Progresso Beirão nº20 12-12-1926

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QUINZEAARIO DEFENSON DOS INTERESSES REG ONAIS
0 BEI
PELA PATRIA E PELA REPÚBLICA É
N.º.20
Certã, 12 de Dezembro de 1920
Composto e impresso na Tip. Ferreirense
FERREIRA DO ZEZERE
DIRECTOR E EDITOR:
Carlos dos Santos e Silva
REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO
Sernache do Bomjardim
Propriedade da Empreza PROGRESSO BEIRÃO
DR. EUSEBIO LIÃO
Faleceu ha dias em Lisboa es-
te notavel homem publico, que
durante muitos anos nos repre-
sentou em Roma, junto ao Qui-
rinal,
Grande republicano do tempo
da propaganda, foi éle que no
dia cinco de Outubro de roro;,
das janelas da Camara Munici-
pal de Lisboa, leu ao povo aglo-
merado na praça do Pelourinho
o auto da Proclamação da Repu-
blica, lavrado: poucos -momentos
antes.
A! familia enlutada. os nossos
pesames,
CLUB BOMUARDIM
Na eleição que se procedeu
na sessão de Assembleia Ge-
ral daquela agremiação, no
domingo, 5 deste mês, foram
eleitos para a Direcção que q
ha-de gerir no proximo ao,
os seguintes socios: para efe-
ctivos: Dr. Albano Lourenço
da Silva, Bernardino da Cos:
ta Moreira e Antonio Coelho
Guimarães e para substitutos,
José Fernandes; Lucio Ede-
mundo Graça e Candido da
Silva Teixeira,
99-44″
Factos politidos
Foi elevado ao cargo de Pre:
sidente da Republica, interino
o Presidente do Ministerio, sr.
General Carmona, que tomou
posse desse alto cargo no dia
29 do mês findo,
A secretaria e mais-deperi-
dencias da Presidencia da Re-
publica foram instaladas no,
palacio do Congresso.
Para a pasta da Guerra
transitou o tenente coronel Pas-
sos e Sousa, ministro do Co-
mercio e para esta pasta fol
nomeado o major Cesar Tei-
xeira.
Tambem foi nomeado Minis:
tro da Instrução, na vaga aber-
ta pela saida do sr. Ricardo Jor-
gejosr. Alfredo de Magalhães,
que já ocupou aquele cargo na
situação sidonista.
As nossas estradas
Bate-nos o inverno à porta e
ainda uma vez mais teremos de
sofrer os prejuisos ocasionados
pelo miseravel estado em que
estão as estradas que servem
este concelho.
E? um horror!
Bastaram as ultimas chuvas
para elas ficarem verdadeiramen-
te Intrasitaveis para qualquer es-
pecie de viaturas -e, em algumas
partes, até mesmo para peões!
Hoje já poucos são os carros
que transitam na, estrada na-
cional n.º 56, que liga êste con-
celho a Tomar, porque. os seus
proprietarios não se animam a
mete-los nesse chavascal eriça-
do-de precipícios e, quando o
fazem, exigem: pesadas remune-
rações, o que muito vem con-
cotrer para O encarecimento da
vida, que nesta região estamos
Sentindo,
As camionetes que faziamcar-
reira entre Certã e Paialvo,
suspenderam essas carreiras ou
propõe-se a faze-las para Alferra-
rede ou Castelo Branco o que
torna a viagem mais longa e dis-
pendiosa,
E’ uma verdadeira. vergonha
o estado da estrada da Certã à
ponte do Val da Ursa e até den-
tro da povoação de Sernache do
Bomjardim, assim como dos Va-
les para diante em especial no
sitio da Gravulha.
“Não sabemos de quem é a
culpa, mas entendemos que é
de todos aqueles que no assun-
to superintendem,
Agora mesmo-temos ouvido a
algumas pessoas que teem vindo
de Tomar, que a reconstrução
que estão a fazer no troço de
estráda daquela cidade ao Pinta-
do e que vae custar ao Esta-
do algumas centenas de milha-
res de escudos, não está sendo
feita com o preciso cuidado, pois
nem as caixas para meter a bri-
ta teem a profundidade precisa
indicada no ultimo regulamento
publicado, para poderem resistir
ao intenso e pesados meios de
viação de hoje.
Não sabemos se o facto é vet-
dadeiro, mas se o fôr, é mais uma
avultada importancia que o Es-
tado atira fóra sem proveito al.
gum, porque dentro de poucos
anosessa estrada estará outra
vez intransitavel.
Se assim é, de quem é a cul-
pa? Evidentemente que. das au-
ctoridades a quem compete fisca-
lisar essa obra.
Não, isto não pode continuar
assim. Nós não – podemos estar
todos os anos uma grande tem-
porada quasi isolados do resto
pais.
E! preciso representar, é pre-
ciso clamar e, até ,se preciso fôr,
gritar a plenos: pulmões, contra
este desleixo, contra este aban=
dono a que temos sido votados
por todos os governos.
A’s corperações administrati.
vas, às associações de toda a es-
pecie e-a todos os elementos vi-
tais desta região compete iniciar
um grande movimento, para que
todas as estradas que servem es-
ta região sejam devida e conve-
nientemente reparadas, mas mul-
to especialmente a «estrada: na-
cional n.º 56.
1º de Desembro
Passou mais uma vez esta da-
ta gloriosa da nossa historia.
Nunca é demais relembra-la
porque ela marca O início de
uma etape de esperanças e herois:
mos e fecha o ciclo de uma qu=:!;
tra de vergonhas e humilhações;
é o fim de um cativeiro e o ptin-;
cipio de uma liberdade, pela res-
tauração da nossa independen-
cia, que custe o que custar é
preciso mantermos, intrega gti-
tando bem alto,
“Viva Portugal.
al clarão
Um falhado moral que a so-
ciedade de Sernache tolera no
seu meio e que acode ao cha-
madoiro pelo nome de Francis-
co Nunes Teixeira, querendo,
como” de costume, dar árias á
sua abjecta e tola vaidade, fez
publicar no ultimo numero do
«Zezere» e em folhas soltas, que
fez circular, uma declaração
anunciando urbi et orbi, que se
afastou do Partido Democratico
e da politica e aproveita a opor=
tunidade para me dirigir alguns
insultos, mascarados em algu=
mas reticencias.
Pretendia o sandeu, naquela
algaraviada, tão falha de grama.
tica como de bom senso, dar
“aos seus conterraneos de Fere
reira do Zezere impressão de
uma: grande influencia política
e importancia social e comercial,
nesta margem do Zezere.
Afinal, o mais que pôde con-
seguir, pelo menos em todos os
meios “em que é conhecido, foi
provocar o riso e a troça, pela
sua estulticia.
Eu poderia deixar de respon=
der aos insultos de um desquas
lificado, mas não o quero fazer
em atenção aos leitores deste
| jornal que não: me conhecem
que poderiam ver no meu silen-
jo
cio, não o despreso e nojo que
esse individio me merece mas |
uma confirmação ou uma jus- |
tificação das infamias que ele *
vomitou contra mim, na sua ar. .
remetida.
Rufere-se a uns, sem duvida,
ipotéticos favores, que “diz ter-”
me prestado, que, ainda que as-
sim fosse, por muito grandes
que tenham sido em nada se
já lhe“prestei em hora: angus-
| poderão comparar a alguns que
tiosa’ da sua vida, quando em –
Lisboa se-viu abandonado dos
amigos e-despresado dos pros
prios parentes, que eu, naquela
“ocasião, julgava injustos. –
“Naturalmente julgou ter sal-‘
dado essa ‘conta com ttinta es= *
cudos que, dias depois, me for=
Ç
‘gava a aceitar e com que’penapena@@@ 1 @@@
3
sou, certamente ter comprado
o meu silencio sobre factos que
possivelmente tivesse visto ou
compreendido,
Esqueceu-se tambem do tem-
po em que me pedia testemu-
nhos abonatorios do seu proce-
dimento para se defender das
acusações “que seus proprios pa-
rentes lhe faziam, mas não po-
diam concretisar e que eu lhe
passei, .fiado nos seus protestos
de gratidão e amisade.
Mal pensava eu, então, que
esses protestos redundariam. na
mais tôrpe felonia e na mais in
justificada e infamissima- agres-
são.
Eu tenho, porem, o mau ses-
tro de arquivar todos os papeis
e muitas vezes, quando casual-
mente os releio, ponho-me a pen-
sar de quão grande é a malda-
de dos homens e a minha estu-
pida bôa-fé ! 5
Diz que não responde. aos
ataques -politicos?l! e particulares
do director do «Progresso Bei-
rão» e depois de fazer o seu au-
to-elogio diz que não quer o
confronto da sua vida com a
minha.
Plenamente de acordo. Nem
eu quero esse confronto.
‘ Que não responde está a ver-
se; insúlta simplesmente.
E” o recurso dos que não teem:
razão e dos fracos.
Não responde nem tem, que
responder, porque o «Progresso
Beirão» nunca lhe fez nenhum
ataque pessoal ou pessoalmente
a ele se referiu. Não desceria a
isso. Seria diminuir-se.
Historiou, sim, um caso pas-
sado em uma associação deixan-
do a nú a sua felonia e a sua
deslealdade.
À isso não Ra nem
podia responder, porque a ver-
dade não se escurece com. pu-
nhados de lama,
Que vivo de expediente, +
E” verdade, mas expedientes
dignos e honestos, :
Nunca abusei da boa-fé e lcal-
dade de quem quer, que seja e,
muito. menos de amigos pata as:
prejudicar e lesar; nunca procu-
rei despreciar coisa ou valôr que
me fosse. entregue em confiança
para lograr. fosse quem fosse;
nunca andei servilmente engra-
xando as botas a ninguem nem
nunca desertei para deixar de
cumprir a palavra dada a qual-
quer amigo e. protector; . final-
mente, nunca como. fiel deposi-
tario de qualquer valor deixei de
O entregar quando devia |
Mas. .» . fiquemos por: aqui.
Quanto a esse caso, de falencia
a -que se refere, éle é já bem
conhecido: neste meio e as pes-
soas. dignas . sempre me fizeram
a devida justiça, como os tribu-
nais que a qualificaram e fizeram
repôr as coisas no devido logar
menos os meus haveres que se
“foram na varagem que o odio e
pe
PROGRESSO BEIRÃO ‘
inveja me abriram aos pés: Mas
que heisde fazer ?
Eu tenho encontrado tanto
Xico Teixeira na minha vida…
Carlos dos Santos
Sernache vae ter um relogio
para saber as horas
Informam-nos que em breve
torre da igreja matriz de Serna-
che o que, em verdade, bastan-
te falta estava fazendo nesta po-
voação,.
Para isso estão já assentando
uma nóva escada na torre para
que ele lá possa ser instalado,
Deve-se este melhoramento à
benemerencia do Sr. Benardino
da Costa Moreira, que o oferece
à Junta de Freguesia e à sua cus-
ta manda fazer a sua instalação.
Actos como estes são dignos
dos maiores elogios e não se-
remos nós que regateamos seja
a quem fôr, e os nomes das pes-
soas que as praticam ficarão pa-
ra sempre ligados aos melhora-
mentos que fizeram ou subsi-
diaram, como estimulo para os
vindouros.
AZDRTADNTASVNEZD LEEDS
Casamento
No dia 30 do mês findo reali-
sou-se na igreja matriz de Ser-
nache o enlase matrimonial da
sr.à D. Judith Lopes dos Santos
e Silva, filha do nosso director é
de sua esposa a sr.* D, Emilia
Lopes Ferreira dos Santos e Sil-
va, com o sr. Augusto Mar tins
Feiteiro.
O acto, que’ ‘se revestiu da
maior simplicidade ea que assis-
tiram só pessoas de familia, fo-
ram padrinhos por parte da noi-
va o sr. José Joaquim de Brito
e sua esposa a sr.“ -D. Ana Lu-
dovina de Brito e por parte do
noivoa sr* D. -Ambrosina: dos
Santos Silva-e o pae da noiva,
‘ Depois da cerimonia foi servi.
dos paes da noiva, saindo em
seguida os noivos para a Fatela,
Aos noivos desejamos-lhe mil
felicidades e venturas.
aaa q urso
Torneio aos pombos
Promovido-pelo Sr.’ João P.
dºAlbuquerque, realisou-se, no
dia 26 do passado, um torneio
aos pombos, em que o Sr, João
P. d’Albuquerque ganhou a taça
de’ honra e o 1.º premio, um
relogio! de biscuit; Sr. Dr. Ange-
lo Vidigal o 2.º, uma carteira de
coiro da Russia; e o Sr. Anto-
nio Manso o 3.º, um polverisa-
dor para a barba; tambem estavam
inscritos os Srs. José F. Tava-
tes, Carlos A. Ro e Augus:
to Rossi. |
vae ser instalado um relogio na’
do um copo-de agua em casa:
Carteira Mundana
Esteve na Sertã, com demo-
ra de uns dias, apenas, o nos-
so assinante-sr. Carlos Ribei-
ro, engenheiro electrecista.
=—Tem estado doente a es
posa do sr. Isidro Nunes.
—Tem experimentado alon-
mas melhoras as sr.“ D. Ma-
ria Saude Marinha e D. Eli-
sa Guimarães Barata.
=—Está na vila a sr“ D. El-
vira T. Carneiro.
=— Teimwestado adcentado o
sr. Dr. Antonio Vitorino, con-
servador desta Comarca.
= Esteve em Lisboa o nosso
assinante sr. Antonio Nunes
Figueiredo.
—Tem experimentado alou-
mas melhoras o sr. Dr. Joar
quim Farinha Tavares, advor
gado do nosso jfôro.
—Estão em Sernache com
suas esposas o sr. Mantel
Mendes Salvado e Silvino Go-
mes.
ANIVERSÁRIOS
Fizeram anos:
No dia 16 de Novembro, o
sr. Alfredo da Silva Mendes,
do Nesperal.
=—No dia 18, o menino Ener
y Malsrand Vitorino, filho do
sr. Tulio Vitorino.
—No dia 27, D. Maria Al
tina de Brito, filha do sr. Da:
niel de Brito. :
—No dia 30, a menina
Olimpia Santos !Silva, Filha
do nosso director.
—No dia 2 deste mez, O
nosso assinante sr. José Da:
vid da Silva, da Galeguia.
=—No dia 7, o sr. Isidoro
de Paula Antunes:
—=No dia 14,0 sr. Tulio da
Costa Vitorino e a menina Ju
lieta Santos Silva, filha do
nosso director.
—No dia 16, o nosso assi-
nante sr, Marcelino da Silva
Maranho.
ENO dia 29, O sr Dr:
Hermano de Sande Marinhas
«Eletrica Sertaginense»
No dia r9 realisa-se a assem-
blea geral para eleição: dos cor-
pos gerentes desta Empresa pa-
ta O trienio de 1927 — 1929:
1.º de Desembro
Esta data gloriosa foi festeja-
“da, pela filarmonica «União Ser-
taginense> que de manhã pre-
correu as-principaes ruas da vi-
Ja, tocando o hino da restaura-
ção e sendo queimados alguns
morteiros e foguetes.
CSIUASIESOIESIESOR
Este numero fo visado pelaie: co-
missão de censura.
Falecimentos
No dia 4 do corrente fale-
ceu a filhinha, de nome Maria”
de Lourdes, da sr.º D. Ange-
la Vidigal Leitão e Julio Lei-
tão, chefe da estação telegra-
fo postal de Sernache, que
foi enterrada no dia 5, cujo
enterro foi bastante concorrido.
Aos desolados pais OS nos:
Sos pesames.
—Por uma deploravel con
fusão do original, não fizemos
referencia, no passado nume-
ru, do falecimento do nosso
assinante sr. José Nunes e Sil-
va, industrial e proprietario
na Certã. :
Habil pirotecnico, conseguts
varias vezes ganhar os primei
ros premios em Concursos q
que foi concorrente.
A’ familia enlutada os nos:
sos pesames.
= Faleceu em Sernache tam-
bem a sr” Rosa de Jesus D.
Ea governanta da casa do
– Conego Benjamim da Sil-
A cujo enterro foi mistio cornis
corrido.
Azeitona
Já começou a apanha da azei-
tona nesta região, cuja colheita
é insignificante, sendo o aseite,
como nos anos anteriores, de f-
nissima qualidade.
Automovel
O nosso assinante Sr. Domin-
gos E. Barata adqueriu mais um
automovel, marca « Th. Snelder»,
para alugar,
epa — 0 — mm
REVOLVENDO: O. PASSADO
Uma carta inferessante
Em um Diario de Noticias de
1870 encontramos uma carta do
notavel escritor Ramalho: Orti-
gão dirigida ao actor Izidoro
que não quizemos deixar de ar-
quivar nas colunas deste jornal
por a acharmos interessante pe-
la sua originalidade
«Meu querido Artista
Acabo de escutar com o maior pra-
zer a primeira representação da
‘nPecadora e Mãen. E’, em met eu
| tender o melhor drama de Ernesto
Biester, um belo estudo de coração
humano, escrito com grande relevo
de estilo e de sentimento.
O terceiro acto, vertice da acção
vibra as cordas mais delicadas do
entusiasmo e arranca alguns sons da
eterna lira da maternidade e de
amor.
O desenlace tem o raro merito de
calcar as predilecções do vulgo, sa-
terificando o aplauso da turba à be-
leza moral, fito de tolos os escrito-
res desinteressados e honestos,
“No desempenho wma só coisa ma@@@ 1 @@@
desagradot. Refiro-mê do marme-
leiro dupla insiguia de regedore de
magister, que se me patenteou nas
suas mãos.
Eu vivi muito no campo e sou das
pessoas mais entendidas na fistolo=
gia dosvarapa us.
Em todas as aldeias se distinguem
quatro marmeleiros capitais: o de
administrador, o de regedor, o do
bolicario eo do mestre escola. sê
Cada un deles tem o seu tipo, a
sua individualidade, o set cunho
moral. Diz-me omarmeleiro quetrsas,
dir-te-hei às manhas que tens. Ora
o seu marmeleiro desta noite, desar-
golado e torto, faz-me o ofeito da,
corsa mais aviltante e refece a que |
pote Lançar q mão wm homem que é
dei
ao mesmo tempo regedor e mestre-
escola, representando portanto simul-
taneanente no seio de uma paroquiá
a instrução e a ordem;
Um marmeleiro enpenado wa dex=
tro de un perceptor, É um agonro
uitissimo triste para q infancia esm
sa.
Um cerquinho torto no punho de
un regedor, inculca a tendencia ma-
nifesta do espirito da autoridade
para a parte do arrecho.
Ha varapaus quesão o vilopendio
da moral, o escarneo da dei ea irrê-
são da sabedoria. Paus tortos fre-
guesia relassa. Visite-me as terras
morigeradas, ahi verá os marmeleis
ros selectos, bustrosos; direitinhos es-
tonados, córados, argolados e polido.
por mão cuidadosa e sábia. ”
Eu trouxe um cajado decada ima
das digressões que fiz a pé nas en-
cantadoras aldeias daminha proviit=
cia natal.
Cala um deles representa hoje
para mim ema data querida,
Remeto-lhe aquele queniais em har-
monia me parece estar com a persona-
gem do se papel.
Se não fôr esta a sua opinião, coii=
sidere-o simplesmentescomo q testes
munho da minha simpatiae do met.
afecto. Chame-lhe, se quizer, ui va=
rapaude critica, masconfesseque em
todo o caso sempre é melhor isso do
que uma critica de varapau.
Perfeitamente sem
Ramalho Ortigão
16, «te Janeiro de 1870 ‘
Calda CASSARO |
Para combater o mildium |’
nas vinhas, tomatei–
ros, batataes, cacoeiros,;
algodoeiros, ete.
Agente-depositario nos con=
celhos de Tomar, Certã e Fer=
reira do Zezere:
JAIME M-COELHO
51, R. Marque; de Pombal, 53
TOMAR
O Dr. Salvador Ribeiro, Juiz de
Direito de comarca da Certá:
Faço saber que se acha aber-
ta a Correição, do corrente ano;
pelo prazo de 30 dias, a comes
car em 9 de Dezembro proximo,
em todos os processos e papeis
a éla sujeitos dos oficiais de
Justiça que servem perante mim,
assim como dos solicitadóres e
oficiaes de Justiça dos Juizos de
PROGRESSO BEIRÃO
DECLARAÇÃO
Perante as pessoas de-bem e que da honra, yer-
gonha e justiça teem uma noção verdadeira, eu
venho declarar sob a minha palavra de honra que não
fui autor nem’ se quer colaborador do .celebres Ulki-.
matum que varios individuos desta aldeia receberam
ha dias pelo correio.
outras vezes se deu a proposito de pasquins, etc,
certos que, compreendendo o aleance do dito Ulti-
matum e atribuindo-me a sua autoria, quizeram
apenas fazer uma denuncia torpe perante a autorida-
ide afim de me fazerem passar um mau quarto
d’hora.
O gesto é significativo e classifica certos
racteres.
Que lhes preste.
Que sobas tacanhos preguem aos prêtos de
“suas aringas, está certo; mas que pretendam des-
+ pretegiar-me perante os meus patrícios, isso é que
“lhes não consentirei sem o meu mais vehemente
| protesto.
Não é qualquer pigmeu, sem estatura moral,
que se póde permitir a liberdade de atirar pedras a
quem está suficientemente alto para ser atingido.
Cam
O faeto dele-me-ter sido atribuido, “como por |
revela apenas pouco senso e alta velhacaria de uns |
Sernache, 1-12-926,
E ficamos entendidos… até verl
|
Candido Teixeira
Paz, d’esta comarca, declarando-
se, por este meio que são cha-
madas todas as pessõas que
tenham queixas a fazêr contra os
funcionarios referidos e apresen-
ta-las ao Juiz Presidente d’este
Triblinal,
1920, ;
O Juiz de Direito,
É S. Ribeiro.
O Escrivão do 2.º Oficio,
Francisco Pires de Moura
ANUNCIO
Pelo Juizo de Direito da co-
marca da Certã e cartorio do
escrivão do primeiro ofício, nos
autos de polícia correcional con-
tra o reu josé Joaquim Junior,
natural do logar e freguesia do
Cabeçudo, d’esta comarca, e au-
zente em parte incerta na cida-
de de Lisboa, corre o presente
citando aquele reu à comparecer
no Tribunal Judicial d’esta co-
marca no dia trinta e um: do
corrênte mez de Dezembro, por
doze’ horas, afim de responder
pelo crime de falta. á revista de
inspecção e não ter pago no
prazo legal a multa. ‘
Certã, seis de Dezembro de
mil, novecentos vinte seis.
Verifiquei a exactidão.
“50 Juiz de Direito,
S. Ribeiro n,;
O Escrivão,
José Nunes
Certã 30 de Novembro «de:
finuncio
Por este Juiso e cartorio do
terceiro ofício corte o presente
citando o executado na execu-
ção Du do Ministerio E
blico, Antoni dis idonça do lo-
par de MAO ad fregue-
sia de Sobreira Formoza, para
em dez dias, depois.da. sua pu-
blicação, solicitar guia no car-
torio e pagar na Tezouraria Mu-
nicipal de Proença-a-Nova,» a
contribuição exequenda de ses=
senta & cinco centavos e juros
demóra ou nomear bens á pe-
nhora para aquele pagamento,
custas e selos da execução, sob
pena de este direito ser devolvi-
do ao exequente. .
Ceriã, 2 de Dezembro de
1926. EE
Verifiquei a exactidão.
O Juiz de Direito,
: -S. Ribeiro
O Escrivão ajudante,
“o José Ferreira Junior –
“Por este Juizo e cartorio do
citando-o executado na execu-
“quim Ribelro Deládo do logar
de Sobral, Fernando, freguesia
de Sobreira Formoza, pata em
dez dias, depois da: publicação
terceiro oficio corre o presente
ção do Ministerio Publico, Joa-
deste, solicitar guia no cartorio
e com ela pagar na Tezouraria
da Camara Municipal de Proen-
ça-a-Nova, a contribuição exe-
quenda de setenta centavos e
juros de nóra ou nomear á pe-
nhora bens suficientes para
aquele pagamento, custas e se-
los da execução, sob pena de
ser devolvido ao exequente esse
| direito. FO ANAC A
Sertã, 2 de Dezembro de 1926.
Verifiquei a exactidão.
O Juiz de: Direito
S. Ribeiro
O Escrivão ajudante,
José Ferreira Junior
ais
ANUNCI
Por este Juizo e cartorio do
terceiro ofício correo presente
citando o executado na execu-
ção do Ministerio Publico, Franz
cisco Ribeiro Cardoso “do. logar…
de Sobreira. freguesia de Sobreira…
Formoza, para em dez dias, de-
pois da publicação deste, solici-
tar guia no cartorio e com ela
pagar na Tezouraria da Cama…
ra Municipal de Proença-a-Nova;
a contribuição exequenda- de.
trez escudos vinte centavos e:
| juros de móra’ou nomeat á pe:
nhora bens suficientes para aque-::
le pagamento, custas e selos da
execução, sob pena de ser de-
volvido ao exequente esse direi-
to. ê
Sertã, 2 de Dezembro de 1926.
Verifiquei a exactidãos.
O Juiz de Direito,
A * 9. Ribeiro
O Escrivão ajudante,
José Ferreira Junior
— fessadia o.
E partes:
finuncio .
” Por este Juiso e cartorio do”
terceiro ofício corte o presente –
citando o executado: na! execu=””
ção municipal do Ministerio Pu-
blico, Manuel Martins do logar
de Monte de Baixo freguesia de –
Sobreira Formoza, para em dez
dias, depois da sua publicação,
solicitar guia no cartorio e pa-
gar na Tezouraria Municipal “de
Proença-a-Nova, a. contribuição
exequenda de noventa centavos
e juros de móra ow nomear bens
á penhora para aquele pagamen-
“to, custas e selos da execução,
sob penade este direito ser de=”.
E
volvido ao exequente.
Certa, 2de Dezembro de 1926
Verifiquei a exactidão. *
O Juiz de Direito,
AHNIO TOS: | Ribeiro
O Escrivão ajudante,
José. Ferpeira. Juniors,

a)
NOVA COLEÇÃO DE BILHE-
TES POSTAES, ILUSTR,
1! DOS-DA CERTãO =, E
À venda na-FARMAGIA-EUGAS + <=> + <=>@@@ 1 @@@
DROG
FUNDADA EM 1893
PROGRESSO BEIRÃO
-DE-
2
para e TR ar DNS SL ASR AS O DR Sn
ARIA: ORIENTAL
POR FRANCISÇO SIMÕES
– NV: Simões & Teixeira, L.º
ARMAZEM DE DROGAS E PRODUTOS QUIMICOS
“TINTAS E VERNIZES
º
PERFUMARIAS
936, Rua dos Sanqueiros, 238 — bISBOA
Com esta cola pode-se colar louças
de todas as qualidades, vidros, perce-
lanas, osso, marfim, biscuit, cabedal,
etc., etc, ficando os objectos muito so-
lidos, resistindo à agua e á humidade,
Cada frasco 2$00 ese.; pelo correio
mais $20 centavos.
A” venda em Lisboa; drogaria de V.* Si-
mões & Teixeira Ltd. rua dos Fanqueiros,
238; no Porto: drogaria: Frederico Cardoso,
rua de Santa Catarina, n.º 396.
:
Créme Berta
DA” á-face e a todo o corpo uma delicada bran-
cura e formositra sem igual torna, a pele lisa e
assetinada, tira’as rugas do rosto, sardas, verrt-
gas, manchas, pano, nodoas, ete. Cada : frasco
10200; pelo correio, 15400. Pedidos á V.a Simões &
Teixeira Ltd, rua dos Fanqueiros 256 e 258-—Lisboa.
ACABARAM
AS NUCAS
MAL
RAPADAS
O Depilatorio Ara-
gonez dissolve o pê-
lo. A navalha não o
az.
Com este Depilato- :
rio consegue-se fazer Cama
desaparecer, em 5 mi- acre
nútos, seja onde fôr, os pêlos e as penugens. Em-
pregando-se tal como se indica, dissolve o pêlo,
que só nasce muito lentamente, fraco fino, & acaba
por desaparecer, E’ muito economico; só se empre-
ga a quantidade necessaria.
CADA FRASCO 8 ESCUDOS
o Percevegite
Universal
E” o unico que em 24 horas faz a des-
truição radical dos, percevejos, baratas
e todos os patasitas. Frasco 4 escudos.
pelo correio 5 escudos V.º Simões &
Teixeira Ld.* Rua dos Fanqueiros, 236
— Lisboa, Frederico & ilhos, Rua San-
ta Catarina. 398-—Porto.
“O OLEO que expomos à venda é o pnro oleo
de tartaruga purificado e perfumado, faz nascer
o cabelo; impede que cáia e torna-o o macio e
ao mesmo tempo um perfume agradavel. Cada
frasco, 5800, pelo correio, 6500.
A” venda em Lisboa: drogaria de V.º Simões
& Teixeira Dtd.º, rua dos Fanqueiros; 258; no
Porto, drogaria de Frederico Cardoso, rua de
Santa Catarina, 596.
Pomada sansão
na cura das feridas e molestias de pele
Não ha remedio me-
lhor; tão certeiro nem
tão rapido.
Feridas antigas se=
ja de que raça e qua-=
lidade forem, erup-
ções cltaneas, afec-
ções do couro cabe-
ludo, herpes, tinha,
cezemas humidos ou
secos, curam-se rádi-
-calmente eem poucos
dias, usando esta ma-
ravilhosa pomada,
Em caixas de 5800
Fraqueza genital –
mir rama
SEJA qual for a cousa ainda mes- «
mô, nas pessoas de idade, o unico re-
medio de confiança que dá logo re-
sultado rapido, sem prejudicar em na-
da a saude é o
vo Vigor Smith |
Aumenta e normaliza o vigor se-
xual, dispondo o organismo a poder
para o futuro exercer uma acç ão per-
feitamente normal. Preço 18800, pelo
correio, oculto; 21200. Dep. em Lisboa
—V.º Simões & Teixeira, Ltd., Rua
dos Fangueiros, 236.
REUMATISMO
SEJA de que qaalidade
fôr: Articular, agudo,
muscular, gotoso sillítico,
ou cronico; o verdadeiro
remedio de confiança que
faz logo abater todas as.
dôres, tira a irritação e
vermilhidão das juntas e
ao fim de poucos dias
deixa as pessoas comple-
tamente curadas, e o afa-
madissimo Remedio San=
são.
Poderoso dissolvente do
acido urico, que munca
Mire falha por mais rebelde e
antigo que seja o sofrimento.
Preço 30$00
Pelo correio mais 5850,
CURA DA SISIbIS
O mais garantido de todos os remedios. Formula
estrangeira. de grande renome, que ao fim de
potico tempo deixa as pessoas completamente cu-
radas é o
DEPURATIVO ROSAN
Preparado puramente novo em Portugal que, se-
Sundo a conclusão do seu ensaio & do alto criterio
de grandes sumidades medicas estrangeiras (Ale-
marha e França, onde tem grandiosa procura)é O
unico medicamento da actualidade com que vanta-
josamente se pode evitar o uso do 914 e outras in-
jecções perigosas.
Remedio inofensivo que pode ser. tomado afoita-
mente pot criauças, senhoras (mesmo no estado de
gravidez) e adultas de construção fraca; não com-
Plicando com outras doenças nem exigindo resguar-
dos o dietas especiais,
E’ de acção rapida, manifestando-se logo aos pri-
meiros dias de tratamento, fazendo desaparecer ma-
ravilhosamente todas as dôres, manchas na pele,
borbilhas, reumatismo, placas; rouquidão e cessan-
do-logo a queda do cabelo e outras manifestações,
Preço (frasco grande) 35500
Porte do correio, até 5 frascos, 6500
Deposito em Lisboa: Cos
ta, 175 e V.: Simões & Teixeira, Ldao rua dos Fau-
queiros, 256. E Ê
Costa & Gonde rua da Pra-. da Pra-.