Progresso Beirão nº21 09-01-1927

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PELA PATRIA E PELA REPÚBLICA
Certã, 9 de Janeiro de 1927
Composto e impresso na Tip. Ferreirense
FERREIRA DO ZEZERE
DIRECTOR E EDITOR:
Carlos dos Santos e Silva
REDACÇÃO E- ADMINISTRAÇÃO
Sernache do Bomjardim
Propriedade da Empreza PROGRESSO BEIRÃO
BIBLIOGRAFIA
O st. Candido Teixeira ofe=
receu-nos um exemplar do T,
volume do seu livro Antiguida-
des—Familias e Varões ilustres
de Sernache do Bomjardim e
seus contornos», em que vem
descritas, as genealogias das prin-
cipais familias desta região e
que é obra que, alem de repre-
sentar uma grande soma do pa-
ciente trabalho, muito interes-
sa não só ao concelho da Certã,
mas tambem aos’ de Figueiró
dos Vinhos, Pedrogão Grande,
Vila de Rei, Oleiros e Proen-
a-a-Nova,
Agradecidos.
+
Ea x
Tambem o st. Dr. Jaime Lo-
pes, digno secretario do Gover-
no Civil de Castelo Branco nos
ofereceu um exemplar de 1.º vo-
lume do seu livro «Etenogiafia
da Beira discrição de costumes,
tradições, lendas ete., da Baira
Baixa, ê
Sobre este livro: alguma coisa
mais diremos no proximo nu-
mero.
Agradecidos.
TENTRO TASSO
No dia L, realizou-se no «Tea-
tro Tasso» uma recita pelo «Gtu-
po de Amadores Sertaginenses>
com as comedias «O marido da
minha mulher» e «Na, boca do
lobos, em que tomaram parte as
sr.is D. Fausta Costa, D. Maria
do Vale Santos e D, Maria Mar-
garida M. de Carvalho e os srs.
Antonio Manso, Olimpio Cravei-
ro, José Ventura, José Ferreira
e Francisco M. de Carvalho cu-
jo desempenho foi corretissimo,
sendo todos muito ovacionados;
nos intervalos a sr. D. Maria
Bela de Moura executou ao pia-
no, com todo o mimo, escolhi-
dos trechos de musica pelo que
tambem foi muito aplaudida,
No dia 16 ha outro espetaculo
com as comedias «o cabelo bran-
co» e «Na boca do lobos.
O “Progresso Beirão” deseja a todos 03 seus let-
tores, colaboradores e amigos, Felizes Nestas e um novo ano
cheio de prosperudades. |
Consumatum est
Foi ha dias publicado no «Diario do Governo»
o decreto extinguindo o Instituto de Missões Colo-
niais de Sernache do Bomjardim e as Missões Givi-
lisadoras Laicas. E
Não nos surpeendeu o facto porque já o espe-
ramavos.
Nunca alimentamos a esperança de uma refor-
ma d’aquela patriotica e genuinamente republicana
instituição, porque sabiamos perfeitamente que o
unico fim em vista, era a entrega do edifício, onde
estava instalada, às missões religiosas.
“Só poderia alimentar essa esperança quem não
tivesse lido nas estrelinhas as disposições do cele-
bre decreto do estatuto missionario religioso.
O proprio Ministro das Colonias declarou pe-
remptoriamente à comissão, que foi de Sernache
solicitar-lhe a manutenção d’aquela instituição e do
liceu anexo, «que fosse qual fosse o parecer da co-
missão de inquerifo, que aí veio, ele estava firme-
mente resolvido a entregar aquele edifício ás mis-
sões religiosas».
Nos considerandos que antecedem o decreto é
mais uma vez cantada a estafada aria da inutilidade
foi fundamentada com a citação de factos concretos.
Diz o decreto que o edificio do Instituto vae ser
entregue aos padres seculares
Ainda bem,
E” preciso, porem, frizar o seguinte facto: quan-
do eles dali sairam, não forçados: pelos governos da
Republica, como se pretende fazer crer, mas sim
pela intransigencia dos bispos, que não queriam dar |-
ordens aos alunos que ali estudavam, deixaram um
casarão velho, quasi nú de mebiliario, uma cerca
quasi inteiramente inculta e agora vão receber uma
casa com amplas aulas e gabinetes, com bom mobi-
liario escolar e belo material didático, amplos refei-
torios, cosinhas e dependencias varias, oficinas com
maquinas e algum material, estabulos, avenidas,
recreios, tudo iluminado a luz eletrica, grande par-
te da cerca arroteada e-com uma vinha, em plena
+ (Conelue na 2.º pagina) – RO
BAPTISADOS
No dia 30 do mês findo rea-
lisou-se em Sernache os baptisa-
nos dos interessantes gemeos,
Alvaro e Henrique, filhos da Sr.º
D. Adelia Maria da Silva e do
sr. Dr. Albano Lourenço da Sil-
va, advogado e oficial do registo
civil nesta «comarca, sendo pas
drinhos do primeiro a sr.* D. Lux
dovina Coelho de Brito, da Po-
voa, e sr. Dr. Afonso Lourenço
da Silva, tio do neofito e advo-
‘gado e oficial do registo civil
em Silves e do segundo a! sr.*
D. Helena da Silva Lopes, de
de Lisboa e osr. Dr. Pedro Gois
Pita, antigo parlamentar e advo-
gado em Lisboa, respectivamen-
te sobrinha: e “cunhado do Pae
do neofito,
Pagamento
de Contribuições
O cofre da Tesouraria deste
concelho encontra-se aberto, to-
dos os dias uteis, das II as I6
horas, até ao dia 30 do corrente
mês para à cobrança voluntaria
da Taxa militar e Imposto pes-
soal de rendimento, que deverão
ser pagas em uma só prestação,
Findo este praso pagarão os
juros da móra e proceder-se-ha
ás operações preliminares do re;
laxe.
daquelas missões, afirmação essa, que até hoje, não,
Tambem. neste praso Se efe-
ctuará a cobrança da 2.º pres-
tação das contribuições Predial
e Industrial, dos contribuintes,
que em Julho ultimo, só paga-
| ram a 1.º prestação.
TEATRO TABORDA
No dia 19 do: mez, findo, por
iniciativa de uma, comissão de
cavalheiros, realisou-se neste tea-
tro um espetaculo para, com O
seu produto dar um, bodo aos
pobres no dia, de Natal, como
de facto se fez. 5
O. espetaculo constou de uma
parte de cinematografo, outra
de uma comedia em um acto, e
outra de; variedades, desempe-
nhados: pelos srs. José Fernan-
des e Lucio Graça, ;
araça, ;
a@@@ 1 @@@
2
ado gras
No dia 23 do mês findo, pe-
las IT horas, mais ou menos,
quando o nosso Director ia dis=
traidamente passando em frente
á capela do Senhor Jesus, saiu-
lhe á frente Francisco Nunes Fei-
xeira, que sacando do bolso
qualquer objecto, com que vinha
munido, lhe deu uma violenta
pancada sobre o nariz de onde
logo jarrou abundante sangue.
Ainda que surpreso do ataque:
inesperado e atordoado pela vio-
lenta pancada, 0 agredido pro-
curou defender-se aplicando al-
guns socos no agressor, estabe-
lecendo-se assim, uma luta de
pugilismo, que em pouco se tor-
nou n’úm corpo a corpos, tolan=
do ambos pela calçada, até que
foram separados pela guarda re:
publicana que os levou para O
pôsto.
Da luta sairam ambos os con-
tendores com algumas contusões,
ficando o nosso Director bastan-
te magoado no nariz, pela bru-
tal pancada, que traigoeiramen-
te lhe foi atirada, no proposito,
sem duvida, de o pôr logo fóra
de combate.
Como ambos declarassem no
pôsto da G. N. R, nada, deseja-
rem um do outro, foram manda-
dos em paz, ;
O caso, como é natural, cau-
sou bastante sensação e geral
reprovação. :
* , x
O agressor permitiu-se à li-
berdade de ainda à porta do pôs-
to fazer ameaças de morte se
este jornal a ele se referisse.
Muito embora nos não enco-
modem essas ameaças, para O
caso chamamos a atenção das
auctoridades competentes, pois
não abdicamos do direito de
apreciar a acção, seja de quem
fôr, no desempenho de funções
publicas e de criticar actos e fa-
ctos, que, pela sua natureza de-
vam ser apreciados e criticados.
O director dêste quinzenario
e todos: o seus colaboradores as-
sumem ás precipnas responsabi-
lidades do que aqui escrevem;
aceitam as sanções legais em
que possam incorrer, mas defen:
der-se-ão, pela forma que melhor
poderem, de todas as violencias,
que contra eles, possivelmente
se possam tentar.
Não é uma ameaça, Não as
fazemos a ninguem, E” sim, um
esclarecimento, para futuras con-
tingencias.
Resta-nos agora o dever de
“aqui deixar expresso O nosso re-
“conhecimento a todas as pesi
-soas, que individualmente ou
por escrito, nos trouxeram o seu
apoio moral e o seu protesto
contra a violencia de que foi vi-
PROGRESSO BEIRÃO
Consumatum est
produção, para um milhar ou mais de almudes de
vinho.
Em alguma coisa
foram. aplicados aqueles tão
apregoados e chorados três mil e tantos contos, dis-
endidos em quasi dez anos de existencia daquela
instituição.
Pinham essas instituições defeitos, deficiencias?
Tinham.- Ninguem lh’as pode negar, mas eram
susceptiveis de
E qual será:
remodelação.
a institução que as-não tenha?
Resta-nos, todavia, uma esperança; é que um
dia, quando a historia
fria e serenamente julgar os
factos de-hoje, ela farà justiça a essa grandiosa e pa-
triotica obra, que Abilio Marçal sonhou e deu corpo
eferreteará aqueles que poseram os interesses da sei-
ta acima dos interesses e da gloria da Patria.
=
E fosse o mew destino,
Ir mundo em fora a embelesar-te a estrada,
Florindo as pedras e estrelando o chão!…
ADORAÇÃO
Quizera ser a flor que sobre a mêzia,
Se curva para ti; quando tu leias,
Quizera ser o livro que folheias
Ete distrai nas horas de tristeza;
Ser doçura da tarde quando alheias
O espirito na páz da naturêza;
Ser a luz de amor, perpetuamente acêsa
E ser uma verdade em que tu creias…
Ser-te preciso ! Afugentar-te a dôr. ..
— Dôce chiméra, tanta vez sonhada !—
Doirar a tua vida de iusdo ..
Ó meu amor
Falecimento
Tivemos ha dias a dolorosa
noticia do falecimento, a bordo
do vapor em que seguia para
Loanda, do nosso assinante e
patrício st. Venceslau Lopes Da-
vid.
O seu’ cadaver foi exumado
na Ilha do Principe,
A” familia enlutada as nossas
condolencias.
HBPASOUTDUESONLAD
Falta de espaço
Por absoluta falta de espaço
não publicamos ainda neste nt
mero um artigo, que temos so-
bre o caso da Junta de Fregue-
sia de Sernache, já hoje do do-
minio publico.
US ALHO
Administrador do Concelho.
Deixou de exercer este cargo,
tendo retirado pata Castelo Bran-
co, no dia 1,
BAILE
Na noite de 31, por iniciativa
de uma comissão de meninas,
realizou-se um baile nas salas
do Club Bomjardim em que se
dançou animadamente até alta
madrugada, havendo profuso e
variado serviço de capa, saindo
os convidados muito satisfeitos.
ELEIÇÕES
Foram eleitos em assembleia
geral para a Direção da «Ele-
trica Sertaginense> os srs. Anto-
nio Nunes de Figueiredo, João
Nunes e Silva e Antonio da Costa
e para o «Gremio Sertaginenses
os srs, Dr. Angelo Vidigal, An-
tonio A. L. Manso, Joaquim Pi-
res Mendes, Isidro da Conceição
e José Ferreira, cujas posses se
realisaram no dia 2.
e nO AR
NOVA COLEÇÃO DE BILHE-
TES POSTAES ILUSTRA-
DOS DA CERTÃ
Carteira Mundana
Carte
De volta da sua viagem q
Fernando Pó, onde foi tratar
de seus negocios, regressou a
sua casa em Sernache o sr, Ber-
nardino da Costa Moreira.
— Está completamente resta:
belecido da doença que o reteve
no leito bastantes dias o sr.
Dr. Joaquim Farinha Tavares;
advogado do nosso fôro.
— De visita a sua tia a sr.
D. Carlota Tasso de Figuei-
redo, estiveram na Certã a srº
D: Judith Tasso Fioueiredo e
o sr. Carlos Tasso Fisneiredo.
— Estiveram na Quinta das
Aguias, Sernache, onde viera
assistir ao baptisado dos filhos
do sr. Dr. Albano Lourenço os
srs. Dr. Pedro Gois Pita, an
tigo parlamentar, Dr. Afonso
Lourenço da Silva, Firmino
Lopes da Silva e esposa, sr.
D. Maria Tavares Lopes, Dr.
José Dias Garcias, esposa e fi-
lho, de Oleiros, Antonio Mar-
tins da Silva, tambem de Olei-
ros, Firmino Silva, da Arro-
chela, o estudante. de Escola
de Guerra, sr. Firmino da Sil-
va, da Vinha Velha e as sr?
D. Adelaide Silva e D. Rosa
Silva, da Madeiram.
—Tem estado gravemente
doente a sr“ D. Maria da Pies
dade Carneiro.
— Regressou de Lisboa a Ser-
nache o sr. Dr. A. Correta Nu-
nes:
—Tem estado em Sernache
05 srs. Dr. Jorge Marçal, Gil
M. Antunes e Antonio Queiroz.
— Esteve na Praia o sr. Dr
Antonio Vitorino, diono cor
servador desta comarea.
— Estiveram na Certã os srs»
Dr. Antonio Nunes da Silva,
Carlos C. Ribeiro e Joaquim
das Neves Barata.
— Regressou de Lisboa o sr.
Gustavo Bartelo, digno secre-
tario da administração.
— Já se encontra na Certã o
sr. Tenente Pinto Ferreira. co-
mandante da secção da G. N.
R. deste Concelho:
— Em goso de ferias, encon
tram-se na Certã os srs» José
Nunes da Silva, Rogirio Ma-
rinha Lucas, José Barata e Sil-
va, Joaquin Dias Ferreira e
Raul Lima da Silva.
— Tem estado em Sernache o
sr. Dr. José Bravo Serra, di-
gno Delegado do Ra
da Republica em Figueiró dos
Vinhos,
ANIVERSÁRIOS
No 1.º de Janeiro:
a sr* D. Antonia de Lima
Quintão;
no dia 17:
osr: Antonio M. Correia Nunes;
no dia 27:
o sr. Dr. Antonio Vitórino da
Silva Coelho;
no dia 25:
] o:st, Tenente À. |
tima o nosso director.
F, Lopes. A venda na FARMACIA LUCAS lo sr Antonio Dias de Paiva»@@@ 1 @@@
iso ai
:
Com este titulo encontramos
nas colunas do «Jornal do Co-
mercio» de Lourenco Marques,
o artigo abaixo, firmado pelo
novel agente de civilisação sr.
Cdlberto “Pego, que, por julgar:
mos oportuna a sua publicação
no nosso jornal, o lranscreve-
mos:
A campanha contra estas mis-
sões continua acesa, sem tréguas,
sábiamente encaminhada por
aqueles que, acima do ideal da
patria, colocam os seus espiritos
pequeninos .e sectários, As pai-
xões politicas cegam lastimável-
mente os homens, entorpecendo-
lhe-por vezes o sentimento: pá-
trio.
E o que, infelizmente, se está
dando com aqueles que veem fo-
mentando a campanha de des-
crédito contra as Missões Lai-
cas.
Obcecados doentiamente pelos
seus ideais, lançam-se na luta
com um porte de feras, não ten-
do dúvidas em falsear os factos,
levantar infâmias de toda a or-
dem, apenas para provarem que
estas missões faliram e que,
portanto, deverão deixar o cam-
po livre ás chamadas Missões
Religiosas.
Para êles, só a cruz é capaz de
pôr em pratica a obra de civili-
zação que se impõe. O elemen-
to religioso, dizem, é insubstituí-
vel como processo de civilização
do indigena. Mas, será lícito pre-
guntar: não; tiveram estas mis-
sões tempo suficiente e campo
livre, durante centenas de anos,
para mostrarem os efeitos do seu
tam apregoado eleixir? Onde es:
tá, então, a obra. de civilização
por elas reajizada? Se a cruz é
a alanvanca mágica de qne lan-
çam mão e que tam grandes mi.
lagres opera nas massas indige-
nas, eu pregunto ainda: quan-
tos já converteram à sua re-
gião ?
A isto responde, em termos
muito clarus;»o’ destinto colonial
sr. Freire de Andrade, numa en-
trevista que, em I9Io, concedeu
a um jornalista de «O Mundo»:
«Temos tido, durante séculos,
missionários nas colonias, tendo
êles ali disposto: da mais larga
influencia e meios de acção,
Apesar de= tudo pode dizer-se
que não há hoje cristãos nas
nossas colonias. De inilhares de
pretos baptizados, de tantas coin-
versões realizadas, restam al-
gumas ruinas de templos, sem
que haja sido modificado o mo-
do de ser religioso do indigena.
Sob este ponto de vista ficou’o
que era». 5 :
Ouçamos agora o que dizia o
ilustre Bispo Barroso—grande al-
PROGRESSO BEIRÃO
mae grande missionário—um
dos poucos que soube, como di-
ziamos no; nosso artigo anterior,
cumprir com galhardia o seu pa-
pel de evangelizador: «O cristia-
nismo: não assimilou’ o indigína.
O missionario isolado em Africa
pouco pode. fazer de bom. Morre
preto que foi ouvir a slla cate-
queze, mas que não compreens
deu as verdades que lhe são te-
veladas, vem um dia, por curio-:
sidade, mas não volta. No fim
de dez anos (ow mil, diremos
nós) de categueze, por este sis-
tema, está tão selvagem como
no-primeiro dia». Aí teem, Be-
nhores apologistas da cruz e do
rosario, o grito de alma, deésa
paixonado e sincero, do maior
missionário” que pisou terra de
Africa, no sagrado intuito de le-
var a luz da civilização ao indi:
gena rude e selvagem,
Uma obra meritoria
O nosso presado assinante &
amigo, o st, Bernardino da Cos-
ta Moreira, quando da sua ultima
viagem a Fernando Pó, donde
regressou ha pouco, promoveu
ali, entre Os seus amigos even-
tre os nossos conterraneos resi=
dentes naquela, possessão espa-
nhola, uma subscrição, cujo pro-
duto se destina á conclusão das
obras do cemíterio de Sernache
do Bomjardim.
te’ como digna de louvores é a
expunianiedade dos nossos con
terraneos, que a subscreveram
e assim, bem demonstraram
quanto amor e quanto carinho
lhes merece este lindo rincão de
Portugal.
O «Progresso Beirão», que a
todos deseja fazer justiça, lou-
vando ou criticando, não quer
deixar de registar nas’ suas) co:
lunas os seus nomes,
«Subscrição patrocinada pelo
Ex.”o Sr. Bernardino da
Costa Moreira a favôr das
melhoramentos em Serna-
che do Bomjardim»:
Bernardino da Costa Mo-
REÍrA, atolada + n/a LOOGIO
Artur dos Santos,.,.. 15800
Carlos Teodoro……. 5800
Antonio Nunes Teixeira
É Hanior.. é, vcs. om 50000
Manuel Marques… … 25800
Augusto Simões…… »I5g00
Antonio Coelho David . 1ogoo
Augusto Roque Ferreira. Iogoo
Anibal da Silva Carvalho rogoo
Antonio da Silva Gouveia | 5800
Carlos da Silva Martins. 25400
José Nunes Silva…..y 5800
de’ nostalgia e aborrecimento. O |
(Continua) |
E” digna de todos os louvores.
a iniciativa deste nosso assinan-|
obras do cemiterio e mais
José Augusto Gomes, .. IOogoo
Adelino Simões dos San-
tos errar rien io e LS 00
José Esteves Garcia &
ITMÃ O) des en ado q o(a GORDO
Joagpim de Castro….. Iogoo
Um desconhecido… .. 5800
Adelino,Goelho David.. togoo
Antonio Rodrigues. …. IOgoo
Jose! Beirão. a. co 25400
Venceslau Joaquim. .. Isgoo
Manuel dos Santos …. 1ogoo
Francisco da Silva,….. IOgoo
Olimpio Augusto Pinto.. Iogoo
Manuel Lourenço……- -sgoo
Artur Leal, ec. = 0.0» IOSOO
Gomes Rosa… 2.0 +. I5800
435800
que ao cambio de 2$97, no dia
20 de Dezembro, produsiu Esc.
1.440575.
SDS SON LD
Os nossos assinantes de Africa
Enviaram-nos s importancia das
suas assinaluras os nossos presados
assinantes os srs, *
Cipriano ‘Corréia Godinho e Ma-
nuel Correia Godinho, da Beira, Mo-
cambique;
Angelo Lopes dos Santos, João
Ambrosio Juvenal da Silva, de Caala,
Angola; José da Gloria Lopes Bara-
ta, de Loanda: José Maria Lemos,
do; Catele, Angola; Artur Santos e
“Antonio Teixeira, de Fernando Pó:
Armando Baião Marçal Correia,
Porto Amboim, Angola ;
“Adelino Lopes da Silva, Benguela,
Angola; Dr. Eurico Carlos de Almei-
da; Loanda Wenceslau Lopes Da-
vid, Loanda: José Lourenço, de: Ca-
pulana Manhiça, Lourenço Marques ;
Claudino dos Anjos Alves, e Fran
gisco-dos Anjos Alves, do Sabié,
Loureuço Marques ;
| Alberto Carlos Fernandes Pêgo,
Pedro Alves Gago e Jaime Alves Ga-
“go, de Fernão Velóso, Moçambique ;
«Luis José de Oliveira, de Zavala,
hambane, Moçambique;
“Antonio Marques, Americo Nunes
e José Pedro Lopes, de Maquela do
Zombo, Angola;
Filipe da Silva Carvalho, e Anto-
nio ‘Melício] Nunes, da Damba, An-
gola;
Bento. F. Trindade e Joaquim An-
tonio.de Oliveira, de Muxinga, Dam
ba, Angola ;
João Mendes Baptista, de Aunza,
Pombo, Angola ;
= Antonio Nunes Marinha e Antonio
Gameiro Alves, de Calunda, Moxico
Angola ;
do chefe da Missão Civilizadora «5
de Outubro», Nova Gaia, Ango-
la, cinco assinaturas;
do Cheteda Missão Givilisadora «Lu-
ziadas» na Lunda, Angola, três as-
sinaluras; E
do- Chefe da, Missão Civilisadore
«Nun’Alvares, Sandando, México,
Angola, cinco assinaturas.
Os nossos agradecimentos.
Calda CASSARO
Para combater o mildium
nas vinhas, tomatei-
ros, batataes, cacoeiros;
algodoeiros, etc.
“”Agente-depositario mos con=
celhos de Tomar, Certã e Fer=
reira do Zeazere:
JAYME M. COELHO
5, R. Marques de Pombal, 53
RN:
MOEDA METALICA
Continuam em circulação as- magias de
niquel de 100 e 50 reis € as de pra-
ta e cupro-niguel de 50, 20 e 10
centavos
São retiradas as de 20,10 8 5 reis,
as de 5.2 e 1 centavos, de bron-
ze, e as de 4 centavos cupro-ni-
quel, a partir de 1 de Janeiro.
Vai ser publicado um decreto
determinando que continuem em
circulação com o seu valor facil
as moedas de niquel de 100 e
50 reis e as de prata e cupro-
niquel de 50, 20 e Io centavos,
e retiradas, a partir de 1 de Ja-
neiro do proximo ano, as moe-
das de 20, IO e 5 réis as de 5,
2 e I centavos de bronze, e as
de 4 centavos de cupro-niquel.
Aceitar-se-hão, – porem estas
moedas no pagamento ao Esta-
do em todos os cofres publicos
e serão trocadas na Casa da
Moeda e nas tesourarias da Fa-
zenda Publica até 31 de Março,
sem qualquer limite, devendo
ser apreendidas as moedas falsas
e detidos os seus apresentantes,
.quando haja motivo pata por
em duvida a sua boa fé ou se
tratar de grande quantidade de
moédas falsas.
De 1 de Abril em diante só na
Casa da Moeda poderão tais
moedas. ser trocadas, nos dias e
horas para esse fim designados
e anunciados no «Diario do Go=
verno» e afixados avisos á porta
do edeficio daquele estabeleci-
mento, mas só até 15 de Julho,
Ninguem pode ser obrigado a
receber, em cada pagamento,
mais de um escudo em moedas
de se Io centavos, mais de cin-
co escudos em moedas de 20 e
5o centavos, e mais de dez es-
cudos em moedas de 1 escudos.
Quando se tratar de pagamen-
tos globais efectuados nos Cofres
do Estado com destino a ferias,
prés ou semelhantes, aqueles li-
mites referir-se-hão a cada pa-
gamento individual a realizar,
sendo’os encarregados dos pa-
gamentos obrigados a declarar
o numero de pessoas a quem
teem de pagar. Excetuam-se os
casos em que os Cofres do Es»
tado não tenham na ocasião no=
tas suficientes para cumprir es.
tas disposições.
Não serão aceites moedas fu=
radas ou com pingos tapando fU=
ros,
CO SR) RS RR
Estenumero foi avisado pela co=
missão de censura.
SENHORA
Para tomar conta de uma ou
duas creanças e ensinar primeis,
ras letras, dando bôas referen=
cias, oferece-se,
Carta a esta redacção para D.@@@ 1 @@@
papais tis
Qossosescsocsesecsssses
| BBCBIBOBODOVIGDOS
ma E
A PROGRESSO BEIRÃO
COMPANHIA INDUSTRIAL | FABRICA DE CIMENTOS JOSÉ VENTURA, Sucessor de
.. -€ e erre X
e PORTUGUEZA Ss! à M. MARTINS CARDOSO & €.º, [Eca
ca EG Rasca-—Setubal
FABRIOASS: E o | E 5 :
: = = o Fazendas, Ferragens, Mercearias, Artigos de Retro-
– ROVOA DES. IRIA 8 má E Mar ? zeiro, Louças, Vidros e Tabacos
E E sos arcas: —
“Adubos compostos para todas as | 5 a E — ARTIGOS DE NOVIDADE —
idos SoParco É ooo, sul-| É E E Alfaias Agricolas; Sulfato de cobre e Enxofre
“ fato é carbonato de soda, sulfato de | E tg e | Correspondente dos
ferro, rôxo rei, vermelho fino, oxido | 2 BANCOS DE PORTUGAL, LISBOA & AÇORES,
de ferro, etc. MST E = 5 : COMERCIAL DE MOÇAMBIQUE, BG:
ç ga EM
marina GRARDE dao | 37, Rua Candido dos Reis, 48 — Run Or. Santos Valent, 1
Cristaes e vidros para varias apli- a E Barticas de 140 Kilos E São e ERT BRR gd
cações comerciaes € industriaes.
EE Eu ns a A
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5 HOTEL CENTRAL q
FE SERTÃ yo
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amplos de Soro
(t Carreiras entre Sernache e a Estação de Payalvo
() A’S SEGUNDAS, QUINTAS E SABADOS ê É
Recomenda-se aos Srs. Viajantes € Turistas
Para quem pretenda demorar-s8, fazemos pregos especiass
O PROPRIETARIO,
Berhjamim dos Santos Pires.
T
() Toda a correspondencia deve ser dirigida à si
ú Tulio Victorino
5 SERNACHE DO BOMJARDIM
É ço.
EsssescssGesoGrSrSnHESdacaes S
E
a [Ne
Qurivesaria e Relojoaria
RE PAVILHÃO CENTTAL
JOÃO LOURENÇO GOMES E DO
DOS SANTOS ERCADO BITTENCOURT
Pelo motivo de disso-
lução de sociedade, ven-.
de ouro, prata e objectos
a com brilhantes por baixo
dB preço.
E aan
SERNACHE DO BOMJARDIM
Lindo sortido de objectos de-ouro
e prata, com e sem estojos proprios é
para brindes.
Variado sortido de relojios de bol-
so e de parede, suissos e alemães.
PREÇOS CONVIDATIVOS
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