Progresso Beirão nº10 02-05-1926

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QUINZENARIO DEFENSOR DOS INTERESSES RESIONAIS
PELA PATRIA E PELA REPÚBLICA
“ Certã, 2.00 Maio de 1926
Composto e impresso na Tip. de O ZEZERE
FERREIRA DO ZEZERE
Il.
DIRECTOR. E EDITOR: |
Carlos dos Santos e Silva
REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO
Sernache do Bomjardim
Propriedade da Empreza PROGRESSO BEIRÃO
DERROTISMO
E! duma loucura inimaginavel a fa-
cilidade com que nós admitimos que
em Portugal tudo está perdido, a não
ser a faculdade de anunciar a nossa
perdição em excelentes e sonoras me-
taforas.
Com que saboreado prazer os nos-
sos proletas mais sombrios prome-
tem para breve a perda das colonias,
a decadencia irremediavel da nacio-
nalidade e com ela a queda do bas-
tião em que se ergue ainda a bandei-
ra da Patria!
Anda a cidade e, porventura, O pais
cheia de papelinhos em que somente
se fala de trevas e cemiterios—derro-
cada espantosa dum povo que a elo-
quencia dos seus arrebatados tribunos
levou á descrença… nas maravilhas
do estilo figurado, f
Em toda à parte onde se reunem os
nossos homens de talento—tantos são
eles em Portugal !–não se faz outra
coisa que não seja ferir esle bordão
— tudo está perdido | ;
Não existe no orbe um pedaço de
terra em que os epitetos laudatorios
sejam distribuidos com maior lárgue-
sa que entre nós: ser; ilustre notavel,
distinto, supremo e inegualavel é uma
coisa tão corrente e vulgar, como ter
os cabelos pretos ou as “unhas mal
polidas.
Como se explica que, sendo inu-
meros os portugueses providos dg
tas qualidades, criaturas que, de Tm=
proviso, sem uma gota de suor, fa-
lam de sciencia, letras, artes e filoso-
fia, resolvendo as suas maiores diti-
culdades e problemas, nós pensemos
constantemente em condenar a nossa
Patria ao. destino. ignominioso dos
que morrem de tristesa é de amargu-
ra fatalista ?
E? ver como,oneste momento, se
discute ardiamente se as ditaduras
têm quaisquer probabilidades de se
enraizarem no nosso solo.
Já temos fascistas e anli-fascistas;
aqueles reclamam um homem que es-
tabeleça a ordem pela força, obrigan-
do a penoso silencio os descontentes
e recalcilrantes; estes clamam que a
lei supera Mussolini, visto que a hi-
berdade, “por ser uma conquista cole-
ctiva, não pode tornar-se no. arbitrio
dum bando ou duma classe.
Uns é outros, porém, em vez de man-
terem bém alto o culto da Patria, deri-
vam para o tom amargo e profético de
quem acastela peritos no hovizônte, afim
de cavar nos rostos, rugas profundas e
nos animos, decepções lamentosas. |
E, apesar de haver na nossa politica
conservadores e radicais, esquerdistas €
direitistas, O mesmo traço Os tune—sai-
lhes da boca a mesma negação. A pro-
pria juventude, nascida num ambiente de
pa não consedie redimir-se da en-
ermidade que punge os seus pais e avós.
«Portugal está perdido !»—clamam todos.
Pela nossa parte, protestamos contra
este derroiismo e contra as frases que o
enaltecem e difundem.
Não façamos das fraquezas duma ou
mais gerações a certeza duma derrota
que repugna á indole dum povo, ainda
atue sufocado por lugares comuns.
Do «Diario de Lisboas
UU CAMPANA INJUSTA!
HI
Ninguem de bôa fé poderá negar, que a campanha que se
vem fazendo contra as missões laicas é tendenciosa.
E’ uma campanha acintosa, sem uma base seria, sem UM ar-
gumento que a valide ou sequer a justifique.
As missões laicas faliram, dizem!
Porque? ;
E o unico argumento é este: porque não possuem o senti-
mento religioso, o unico que pode, abnegadamente, desprendida-
mente levar ao indigena a nossa civilisação |
O sentimento religioso. …
Mas o sentimento religioso é porventura capaz de maiores
prodigios que o sentimento patriotico e o amôr da Patria em al-
mas portuguesas, educadas patrioticamente nos mais sãos ptrinci-
pios republicanos?!
Pode alguem de mediano bom senso negar condições e cara- |
teristicas de civilisação a organismos que teem a escola, a oficina,
a granja, a enfermaria e o exemplo da familia civilisada, que 6a,
‘base de toda a organisação social? ;
Pode alguem negar, de boa fé, o espirito de sacrifício, a des=
prendida abnegação desses pioneiros da civilisação, que ardentes
de patriotismo vão para onde é preciso ir e as auctoridades os
mandam?!
Evidentemente, não. ;
As missões laicas são organismos solida e sensatamente cons-
tituidos, que, mos poucos anos da sua existencia, teem prestado
serviços e que maiores os podem prestar ainda, se forem protegi-
das como devem ser e não forem perseguidas e corridas como
até aqui teem sido.
São uma creação da Republica com homens de ardente pa-
triotismo e onde elas estão, está a afirmação da nossa soberania,
sob a égide do bandeira da Patria.
Extinguir as missões laicas, nessa senha destruidora que do-
mina os seus inimigos e, até—-quem o diria?—alguns homens da
Republica, que não conhecem a sua acção e a sua historia de sa-
crificios e perseguições, seria um acto impolitico e de pavorosas
consequencias.
Seria declarar a falencia do estado civil e conceder o exclu-
sivo da civilisação à igreja |
*%
Como poderiam as missões laicas mostrar serviços retumban-
tes, com pouco mais de quatro anos de existencia, perseguidas,
falhas de recursos e da protéção: devida pelas auctoridades?
Todavia alguma coisa teem feito. Ha mesmo algumas que são
modelares, o que nem mesmo os seus detratores, se atrevem a negar.
Já vimos como foram recebidos em Angola e Moçambique, os
rapazes que constituiam as-primeiras missões laicas, que aquelas
províncias apottaram.
Era bem de esperar que a auctoridades da Republica, essa
mesma. Republica que os educou e para esses prolongamentos da
Patria Portuguesa os mandava, os recebessem com catinho, os
guiassem nos seus primeiros passos e os amparassem na sua inex-,
periencia.
Era o seu dever.
Mas tal: não se deu, nem:se tem dado, salvo mui ratas e hon-
(Çonclue na 2.º pagina) s
Ao Sr. Director
dos Correios
O estado verdadeiramente: lastimos
so em que se encontram. as nossas es
tradas, assumpto a que já nos referi-
mos no numero anterior, tent dificul=
tado enormemente as relações entre
os povos desta região, causando va-
rios dissabores e prejuizos e alguns
irreparaveis.
Para suavisar, e já não dizemos
reparar, esses males, tem-se estabele-
cido carreiras: de camionetes em vas
rios pontos, dando-se relativas Jaci
lidades a essas emprezas auxilian=
do-as na medida do possivel. Assina
se tem procedido com geral e justifi-
cado aplauso. E tambem nós não res
gateamos os nossos mais calorosos
apoiados não só a essas iniciativas
como ás boas vontades que as ten
auxiliado. vo caça ;
Ha neste concelho, porém, sr. Di-
rebtor, quatro freguesias que agora
se vêem com aquela dificuldadende
‘relações comesta vila; embora ela tão
derive do mau-estado das estradas.
São elas as de Pedrogam Pequeno,
Carvalhal, Castelo e Cabeçudo, que
tendo ha mais de trinta, anos o trans=
ports de malas de correio e encomei=
das postais por meio de earro,:vêem
agora esse transporte substituido pes
lo de cavalaria. rata)
Ha cerca de um mês que se modi-
ficou aquele meio de transporte, e
apesar de ser curta a experiencia, às
queixas, os clamores, ‘e até os pro-
textos de alguns começam a fazer-se
ouvir, não no sentido de melhorar os
meios de comunicação que durante
| tanto tempo os servit, mas coin o durtia
co e exclusivo intuito de repôr e restar
belecer o que ha tanto, tempo uzufriu-
EL.
Somos informados de que muitas
das queixas dos povos interessados
sam fundamentadas, Dois que acor-
respoidencia transportada em um cas
valo ou mitar não. pode ser conventei-
temente resguardada da chuva, e que
as encomendas, que alótns dias sam
de quantidade e volume consideravel,
não podem ser transportadas
por um só animal. Especialmente à
laboriosa e progressiva vila de Pe-.
drogam Peqhento tem vm movimento
de correspondencia postal e encomens
das tam grande, que uão pode ser
regularmente feito, fazendo-se de ca-
valaria esse transporte,
Sabemos que neste sentido-o Sena-
do Municipal vae representar, solici=
tando o restabelecimento do anterior
meio de transporte de malas, o que
foi resolvido na sessão do dia 8 do
corrente.
. E estamos certos de que veremos
satisfeitas as aspirações das povoa-
ções interessadas, tanto mais que sa-
bemos não trazer o deferimento de
tam legitimo pedido auginento algun
de despeza, visto o qulerior arremna-emna-@@@ 1 @@@

pmocansso prInÃSO
tante fazer esse serviço pelo preço
por que o fazia.
E” de crer pois, que aquelas povoa-
ções vejam a sua legitima aspiração
satisfeita em breve, contando com à
boa vontade do Digno Director dos
Correios, e de todos os que trabalham
pelo bem comum, jamais! sabendo-se
que Pedrogam pelo seu passado, pelo
seu clima, pelas suas cristalinas e
saborosissimas aguas, pelas suas de-
dezas naturaes e uberrimo solo, tem
progredido bastante, e já está marca-
do um largo futuro! pelas obras já
iniciadas no Cabril.
CEPIS
3 DEIMAIO
Faz amanhã anos que
as naus de Pedro Alvares
Cabral aportaram pela
primeira vez ás terras de
SC Crnz:
Nunca é-de mais relem-
brar esta data celebre da
nossa gloriosa historia,
pois o Brazil é o nosso
maior padrão, atestando
a vitalidade da nossa ra-
ça e a nossa capacidade
de povo colonisador, ago-
ra tão discutida, não so
por extranhos, mas, até,
por alguns maus portu-
guezes.
Coronel Antonio Clemente
Ribeiro Bittencourt
Faleceu ultimamente em Ma-
naus, Amazonas, o antigo go-
vernador d’aquele Estado da Con-
federação Brazileira, coronel An-
tonio Clemente Ribeiro Bitten-
Court.
O coronel Bittencourt foi sem-
pre um grande amigo dos por-
tugueses e o seu governo no
Amazonas foi caracterisado por
um grande espirito de justiça e
uma escrupulosa administração
dos dinheiros publicos.
Sernache, que ele visitou por
mais de uma vez, muito lhe de-
ve, pois foi ele que, por inter-
medio do nosso benemerito con-
terraneo, sr. Joaquim de Paula
Antunes, concorreu com avulta-
das quantias não só para o mer-
cado, que tem o seu nome, mas
tambem para o Club Bomjar-
dim, -que, reconhecido, fez colo-
car o seu retrato e o daquele
nosso conterraneo no salão das
ae sessões da Assembleia Ge-
ral.
Aquela associação, logo que
teve notícia do seu falecimento,
fez astear a sua bandeira a meio
pau.
A” familia enlutada enviamos
as nossas condolencias.
OA CABANA HST!
a (Contintado da 1.º pagina)
rosas excepções.
Ao contrario; as leis que alguma protéção e direitos lhes con-
ferem, ou não são cumpridas, ou são sufismadas na sua interpre-
tação e na sua aplicação!
A lei n.º 1.387, de 25 de Setembro de 1922, que ás missões
laicas dava alguma protéção, só foi publicada nos Boletins Oficiais
de Moçambique e Angola, dois anos depois de publicada no «Dia-
rio do Governo» e isso mesmo por imposição do Ministro que, a
esse tempo, geria a pasta das Colonias, é
Todavia nunca foi devidamente cumprida!
Pelo artigo 8.º dessa lei foram isentos de direitos, nas colo-
nias, todos os fornecimentos e quaisquer objectos, enviados pelo
Instituto de Missões Coloniais ás suas Missões. Pois as Missões de
Moçambique foram obrigadas a pagar alguns milhares de: escudos
de direitos, por alguns medicamentos, ferramentas, umas pequenas
latas de azeite e alguns fatinhos para as crianças, que frequentam
as escolas daquelas missões, com que aquele Instituto as socorreu!
E eses direitos foram, em grande parte, pagos com as econo-
mias desses pobres rapazes, que nessas missões estão cumprindo
o seu patriotico dever, porque as missões não tinham recursos e
estiveram em risco de verem tudo vendido em leilão.
No entanto esses medicamentos eram para tratamento dos .in-
digenas, essas ferramentas eram para as oficinas e para as obras
das missões, esses fatinhos eram para tapar a nudez das pobres
crianças que frequentavam as suas escolas e o azeite-—uns dez li-
tros para cada missão—era uma lembrança do falecido director da-
quele Instituto, para os seus missionarios.
Tudo pagou direitos |
Não as protegem, não as subsidiam devidamente e não per-
mitem que alguem as socorra!
Simplesmente fantástico |
Parecem apostados a asfixia-las, a reduzi-las à mingua e de-
pois veem dizer-nos que as missões laicas nada fizeram e que são
inuteis |
Será assim que essas missões se podem desenvolver e pro-
gredir ?!
BiSerá assim que se pode exigir trabalho e sacrificios ao seu
pessoal? |
Com as missões religiosas procede-se de outra forma; essas
teem protéção, teem regalias e gôrdos subsídios.
Só ‘em Dezembro e Janeiro de 1924-1925 foram as missões
religiosas de Moçambique contempladas com oito mil libras de
subsídios extraordinarios ! S
Uma ninharia.
Nessa provincia foram revogadas todas as leis e decretos so-
bre missões por uma simples portaria provincial |
E? um novo poder a sobrepôr-se ao Parlamento e ao Gover-
no da Metropole,
Por essa portaria podem as missões religiosas ter nas suas
missões quem quizerem, podem contratar livremente quem quize-
rem e até podem pagar a auxiliares vencimentos de missionarios!|
As laicas não; só os governos provinciais podem requisitar
pessoal para elas, quando o requisitam estão sujeitas a intromissão
e aos caprichos de qualquer chefe de circunscrição, na sua admi-
nistração e na colocação do seu pessoal, .
E essas missões religiosas tão fartamente subsidiadas e tão
acarinhadas pelas auctoridades da Republica, serão realmente to-
das genuinamente portuguezas?
“Serão elas a mais competente para combater a influencia des-
nacionalisadora das diversas especies de missões extrangeiras que
lã existem ?
Provaremos que não |
Inacreditavel! DR. JOSÊ BARTOLO
O nosso Senado Municipal-re-
solveu, por unanimidade, tele-
grafar ao sr. Presidente da- Ca-
mara dos Deputados, manifestan-
do-o desejo que o projecto de
lei concedendo personalidade ju-
tídica à Igreja, fosse aprovado,
Houve alguns, com certeza,
que não sabem o que aprovaram!
Sem comentarios!
Foi promovido a Juiz de 3.º
classe e colocado na comarca da
Ilha Graciosa, este nosso estima-
do patricio, a quem apresenta-
mos as nossas felicitações.
VINHA
Vende-se grande vinha ao Ca-
Carteira Mundana
Regressados de férias estão
Já regendo as suas cadeiras os
professores do 1. M. C.sr. Dr.
Marnel P. de Vasconcelos e o
Dr. Sergio dos Reis.
—Regressaram a Lisboa a
sr“ D. Judith Tasso de Fionei-
redo e D. Aurora Sarmento.
—Estiveram na Certã os srs.
Dr. José Garcia, Dr. Acacio
Barata Lima, o engenheiro sr.
Joaquim Barata das Neves e
A. D. Mota, de Oleiros.
—Estiveram entre nós os nos-
sos presados assinantes srs.
Alberto Carneiro, viajante de
Borges & Irmão, Abilio Dias e
Antonio FH. Neves, de Vila de
Rei.
—Regressados de Angola es-
tão entre nós o sr. Antonio Ara
tunes, filho do nosso assinante
sr. João Antunes, do Ribeiro e
o sr. Mario Lopes da Silva,
filho do nosso assinante sr. An:
tonio Maria, da Roda, Casteto.
—Teve o seu bom sucesso,
dando à luz uma menina, a sr*
D. Loura Carneiro de Moura,
espôsa do sr. Henriques de
Moura, a quem felicitamos.
—Está doente, ouardando O
leito, o sr. Manuel Antuness
-——Chegou à Certã o sr. Ani-
bal Mata, novo regente da fi-
larmonica «União Certaginen-
se», que vem procedido da fa-
ma de artista de muito valor.
AE == 43 4) ei) o
ANIVERSÁRIOS
No dia 8: a Aninhas, inte-
ressante filhinha do nosso ami-
go Lucio Graça.
—nNo: dia 9: a sr“ D. Ma-
riasCarmelina Marçal.
—No dia 10; o sr. Jacinto
A. C. Valente.
DESISTA ==
NECROLOGIO:
No dia 22 do mês findo fa-
leceu no Pampilhal a sr” Ma-
ria Oliveira Soares, mãe do sr.
Pº Eduardo Antunes de Oli-
veira e tida do sr. Eduardo de
Oliveira Soares, comerciante
em Sernache.
—Faleceu em Quelimane, o
sr. Americo Albino, empregado
da Companhia Barôr, filho do
nosso assinante sr. Jeronimo
Albino.
As familias enlutadas apre-
sentamos as nossas condolen=
cias.
VENDEM-SE
Duas prensas conjugadas, ma-
nuaes, para azeite, sistema mVeu
rachi-Mahile»,
N’esta redacção se dão infor-
mações.
sal do Amaro, Diz-se nesta redação !
As prensas estão em Sernache.he.@@@ 1 @@@
Subscrição para as obras
no cemiterio de Serna-
che do Bomjardim, pro-
movida pela Junta de
Freguesia.
SUBSCRITORES
Ex.mºs Srs.: Antonio Ferreira Bis-
caia, 1 dia de carretos; Alberto Dias
da Silva, 1 dia de carretos; Antonio
da Silva Gonçalves, 10800; João Ma-
ria Lopes, 2 dias de carretos; Manuel
Alves Jesus; 1 dia de carretos; Ma-
nuel Dias, 5500; Antonio Guerra,
20500; P.º José Simões Nogueira,
25800; Antonio Lopes Rosa, 10500;
Domingos Dias, 20500; D. Amelia
Mata Rodrigues, 5500; José Vaz Ser-
ra, 2550; Dr. Gualdim de Queiroz,
100800; José dos Santos de Almeida
Queiroz, 5500; D. Maria Gaspar,
10800; D. Celeste Lanita, 10500; P.º
João Martins (Castelo), 10500; Liba-
nio Vaz Serra, quota inicial, 150500;
Antonio Nunes da Silva Mata, 30800;
José Gomes de Oliveira, 6900; Anto-
nio Duarte, 5500; D, Calorina Girão,
50800; Anna Neves, 5900; Marcelino
da Silva, 109800; D. Maria da Ascen-
ção Serra, 20800; Francisco Batista,
2550; Antonio Salvado, 2800; Lucio
Fernandes, 1800; D. Amalia Marçal
Correia Nunes, carretos e 20500; D.
Edviges Bravo Lima, 5900; João Lou-
renço Gomes dos Santos, 10300; Ju-
lio da Silva Leitão, 10300; Jarme Raul
da Silva, 10800; José da Silva Teixei-
ra, 10500; José Antonio Perreira,
10800; Pedro da Silva Teixeira, 10300;
Antonio Bravo Serra, 3 dias de car-
retos; José dos Santos Junior, 205004
Jorge Murçal, 20500; Dr. Bemjamim
da Silva, carreto; Adrião dos Santos,
10300; Joaquim de Jesus, 1800; Anto-
nio Leitão da Silva Marçal, 10800;
Elvira Moreira, 5900; Jacinto Va-
lente, 5800, D. Emilia de Matos Li-
ma, 5800; José Dionísio dos Santos
: Silva 15800; Joaquim Marques, 10500;
Verissimo da Silva Leitão, carretos;
Anonimo, 20800; Maria da Piedade
Marques, 2800; Maria do Santos,
1550; D. Maria de Jesus Almeida,
10800; Ester dos Anjos, 5800; Maria
Quuteria, 2850; Luiza Vilelia, 1860;
Antonio dos Santos Junior, 20800;
Manuel Marques (Viuva), 1800 Ma-
noel Alves, 5500; José Rodrigues Lei-
tão, 1800; Julia da Conceição, 1850;
Carlos Antonio Ferreira, 10900; P.º
Antonio Bernardo 50800; Lucio Ed-
mundo Graca, 15800; José Maria
d’Alcobia 50300; Joaquim Pedro, 1859;
Casimiro Gaspar, 15800; Vicente de
Jesus, 2850; Joaquim da Graça, 2850;
Adelino Nunes Paquete, 10800: Leo-
nel da Fonseca, 10800; Antonio Coe-
lho Guimarães, 25800; Izidoro de Pau-
la Antunes, 20390; Piedade dos San-
tos, 859; Carlos dos Sanios Silva,
20500.
o aa) (age E
Fe
Realisou-se, no dia 25 do mêz
findo, na Certã, a tradicional fes-
ta e mercado de gado de S. Mar-
cos, que foi abrilhantada pela
filarmonica «União Certaginense»
que estreiou um novo fardamen-
to, simples mas de bom gosto e
foi muito apreciada pela correção
com que executou alguns nume-
ros de musica ensaiados pelo seu
novo regente.
sta
Oleo sujo
Venle a Electrica Gertaginense — CERTA
PROGRESSO BEIRÃO
SONETO:
Irmã, Soror-Saudade .. ha se eu pudesse
Tocar de aspiração a nossa vida,
Fazer do Mundo a Terra Prometida,
Que ainda em sonho às vezes me aparece!
Mas, em vão, tua bôca empalidece,
E em teus olhos a sombra dolorida
Alárga mais caváda, ungida,
Por wu sucesso mistico de prece.
Tão perto o sonho foi!.– Bastava erguer,
Ao alto, as nossas mãos, para colher
O fructo de um amor quasi intangível…
E se hoje as nossas mãos erguidas colhem
Apenas rosas mortas» «
que os desfolhem
As sombras espectrais dum impossivel!
SENADO MUNICIPAL
Sessão ordinaria do dia 26 de Abril:
Foi apresentado o processo de
contas da receita e despeza da
Camata, da gerencia finda em 31
de Dezembro ultimo e lido o pa-
reçer da Comissão nomeada em
sessão de 12 do corrente mês
para proceder ao seu exame,
que é do teor seguinte:
«Em cumprimento da Lei, te-
mos a: honra de vos apresentar o
nosso parecer sobre as contas
desta Camara na gerencia finda
em 3t de Dezembro de 1925.
Verificamos as mesmas e acha-
mos exactas e propomos um vo-
to à antiga Vereação e bem as-
sim a todos os empregados des-
ta Camara, pela boa administra-
ção e desempenho da sua espi-
nhosa missão,
A Comissão Revisora de contas:
P. Francisco dos Santos e Sil-
va, Demetrio da Silva Carvalho,
Antonio Nunes da Silva Mata,
José Tavares Mouta e Antonio
da Costa.»
Terminada a leitura do pro-
cesso de contas; foram elas apro-
vadas sem reclamação alguma.
—Deliberou mandar continuar
as obras para a edificação dos
Paços do Concelho, dando á Co-
missão Executiva a faculdade de
as dirigir dentro das atribuições
que ao Senado competem para
levarem a efeito a realisação
desse melhoramento,
—Por proposta do vereador sr.
Pe Francisco dos Santos e Sil-,
va, foi deliberado telegrafar ao
Ex,º Sr, Presidente da Camara
dos! Deputados, manifestando o
desejo de ser aprovado o projeto
de lei que concede à Igreja, Per-
sonalidade Juridica.
—Por proposta do vereador
st. Demetrio de Carvalho, foi de=
liberado mandar intimar os pro-
prietarios de predios urbanos des-
ta vila, construidos ou recons-
truidos ha mais de um ano, pa-
ra rebocarem e caiarem a frente
dos mesmos e muros adjacentes.
—Autorisou o pagamento do
seguro d’A Mundial, vencido no
periodo decorrido desde Outu-
bro a Dezembro de 1925, resol-
vendo continuar com o seguro
do pessoal empregado nas obras
da edificação dos Paços do Cons
celho,
Desordem e arrombamento
No domingo 18 do mês findo,
pelas 20 horas, envolveram-se.
em desordem, em frente da casa
comercial do sr, José Barata, al-
guns individuos ebrios, entre os
quais se achavam o João Ferreira,
o Verduga, Manuel Lopes, o Na-
valha e José Mendes. Como
aquele comerciante, que estava
dentro do seu estabelecimento
com um irmão, um cunhado e
um outro individmo tivesse fe-
chadosas portas, os discolos ar-
rombaram-lhe uma, penetraram
no estabelecimento e agrediram
as pessoas que lá estavam fa-
zendo grandes disturbios e pre-
juizos.
Da refrega saiu ferido o Ver-
duga, que foi atingido por um
peso, sendo preso com o José
Mendes, pelos soldados da Guar-
da Nacional Republicana, eva-
dindo-se o Navalha.
Os presos seguiram para a
Certa, tendo sido dada partici-.
pação do ocorrido para a Adini-
nistração do concetho.
NE == 43 =03:50
O CAD BONJARDIM EO CINE
(Continuação)
O meu protesto foi atirado pára o
césto dos papeis velhos e só assim se
compreende que cle não tivesse sido
lido na ultima sessão da Assembleia
Geral, em Dezembro passada, quando
a mêsa, a requerimento meu, o re-
“quesitou para isso. Todavia esse do-
cumento devia ter sido imediatamen-
te á apreciação dessa Assembleia, pa-
ra que ela julgasse, pelo menos, das
suas conclusões.
O mesmo destino teve, sem duvida,
o-requerimento, que depois fiz á Di-
recção do Club e entregue em mão
do director, sr. Serra pelas 21 horas
do dia da sua data, nos seguintes ter=
mos:
A? Excelentissima Direcção
do Club Bomjardim
O abaixo assitado, socio dessa as-
soviação, vem requerer que, para fias
de direito, lhe seja passado por cer=
B
tidão, com a possivel brevidade, o
teor do aviso convocatorio da concor=
rencia para a adjudicação do teatro
Taborda para a montagem de um ci-
nematografo, bem assim da proposta
aceite nessa concorrencia. Pede defe-
rimento. ã
Sernache do Bomjardim, 8 de Jum
uho de 1925. — Carlos des Santos Silva.
Verdade se diga, que o sr. Serra
ainda teve a atenção de me informar
passado mais de tim mês depois, que
o seu colega Almeida lhe pedira para
me dizer que ainda não tinham sido
passadas as certidões, por absoluta fal-
ta de tempo, e que não julgasse que a
demora fosse por menos consideração.
Porisso fiquei esperando e… con-
tinuo a esperar, porque depois tudo
ficou mudo e quêdo como um penêdo.
A nova empreza montou o seu ci-
nema, não deniro do prazo estipulado
na sua proposta, mas um mês depois,
mas não consta que os 200800 do de-
posito, que garantia o cumprimento
dessa clausula, tenham dado entrada
na caixa do Club Bomjardim.
Eu bem sei que a direcção emp;
zaria vae alegar que, se essa con
ção não foi cumprida dentro do p;
so da proposta suplementar tão
galmente admitida, como disse,
por motivo de força maior. Mas ess.
desculpa não colhe porque a clausui
era taxativa e não admite subter’á
gios nem sofismas.
Se fosse eu ou qualquer outro
corrente, teriamos ficado inexora’
mente sem esse deposito!
A Direcção do Club Bomjara
não só não teve na devida conside: –
ção e no devido respeito os meus «
reitos de socio e os meus interesses
de concorrente, que ali foi confiado
na bôa fé e lealdade dos seus mem-
bros, mas fez mais; espesinhou-os e
escarneceu-os porque se sobrepôs à.
propria lei que rege aquela assocta-
ção é á propria Assembleia Geral,
coartando por essa forma,.à um so-
cio, O direito de apelar para éla das
suas atrabiliarias decisões. !
E porquê? ; Eseos
Porque: recearam que ela achasse
bôas as indicações e conclusões do
meu protesto e comissionasse alguent
para fiscalisar: o cumprimento das
obrigações assumidas péla empreza
de que são socios -e isso não lhes
convinha. –
y
Assim o deposito a que acima faço
referencia teria dado entrada na caixa
do Club, por a empreza ter incorrido
nas penalidades cominadas, narelau-
sula 6.º da convocação do concurso;
assim a fiscalisação das receitas
dos espetaculos teria ‘sido mais eti-
ciente e eficaz;
assim não teria o Club pago perto
de cento € cincoenta escudos de con=
Lribuição industrial, por exploração
do teatro, que éra devida pela empre-
za, que é quem, de facio o explora;
assim não teria o Club pago seten=
ta e tantos escudos de energia eletri-
ca registados no. contador do teatro,
nem estaria a gastar energia de lam=
padas ligadas ao contador do Club,
quando pela clausula 3,º do concurso,
é obrigado á despeza da luz e respe-
ctivo material; ;
assim saber-se-ia em que dias ou
quantos espelaculos eram obrigados a
dar, por mês ou por ano, para se sa-
ber quando e a quem era devida «
multa estipulada na clausula 5.º da
convocação do concurso;
assim saber-se-ia porque estando o
teatro repleto no dia do espetaculo
que se obrigaram a-dar em beneficio
do Club, apenas deram entrada na
sua caixa duzentos e tantos escudos;
assim não teria sido facil reter no
teatro, durante todo o verão passado,
o piano que é propriedade do Club e
do Grupo Dramatico, privando assim
as familias dos socios e dos forastei-
ros de suas relações se divertirem
nas salas do Club, como nos outros
anos, e obriga-los, por essa forma, a
ir ás sessões do cinema.
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