Jornal da Certã nº34 14-10-1888

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(asso ade no
Anno css is cc, 19000
Seis mezes > “800
Trimestre… 400
Numero avulso hO,
(Ultramar o Brazil)
Anno 2.» eos DPO0O
Seis mezes “o 15400
Ma fio
Rua de S. Sebastião
“CERTA
E
Kalendario
Outubro 34 dias
Segunda 1) 8/15/22)29
Terça ir. 2, 9/16/23/30
Quarto. ..| Bj 0 17] 2451
Quinta casa) afiado (25)
Sexta, D/12/19/26) |
Sabado. ..| 6/18/2021 |
Domingo E qua,
PELASEGUNDAVEZ
PEDIMOS
hos catalheiros que
se acham. debitados
na administração d Ei
te jornal o favor de
liquidarem, suas con-
tas com alguma bre-
vidade.
Ros ses. assignantes
que não satisfizeram
à Eq do se-
LUCIANO CHAYNET
0S.MISERAVEIS
UE SEDA
BEIRA
* Continuado do n.º 30
«Se porem dos dois lados,
falhasso ao: mesmo tempo a
linha masculina, as mulhe-
res ontrariam na administra-
ção dos respectivos. vinculos,
devendo o filho mais velho
usar sempre o nome dos ins-
tituidoros dos vinculos, como
estava estabelecido.
— Ernesto e Fernando, so-
nhor Alberto, são os vossos
ascendentes o os do Luiz de
Athayde.
Não imagines, que vosso
tio, casando com a irmã de
vosso pae o fizesse por amor,
Não! Luiz vendo que Fran-
eisco de Almeida linha dei
| mestre findo, fazemos
identico pedido.
Para compensar a fala
do nosso jornal no domin-
go ultimo, pablicaremos o
numero 35 na quinta feira
proxima,
E aeee
DS GRLMES DA SCIENCIA
Nada mais profundamen-
te triste, nada mais desola-
dor, do que uma digressão
detida pelas ainda tão inex-
ploradas regimes do mando
psyehologico.
Se o sabio,
mitigar “AUSo las
de sciencia, ques devora,
sae do renianso do seu ga-
bincte e so lança no louco
turbilhão do mando, per-
correndo todos os grandes
centros de movimento é
progresso, visando as ca-
pitaes civilisadas, 0s monu-
mentos, analysando Os c0s-
tumes dos povos, pára, por
certo, alsorto, múitas ve-
zes, ante as maravilhas da
arte é da industria, sente-
se deslumbrado ante os
prodigios d’estes dois mi-
raculosos factores, e como
corrente eletrica, hade agi-
tar-lhe todas as fibras, o
fremito do enibusiasmo
que os espiritos cultos sen-
xado passar a sua mocidade
sem se casar, suppôz que el-
le deixaria extinguir o ramo
masculino. pelo seu. lado; e
n’este caso queria reunir em
si ambos os vinculos, mas
como a casa de vosso pae,
além do yinculo tinha mui-
tas propriedades livres, ad-
quividas pelos vossos ara
pretendia chamar a si toda
a casa em peso.
«A mulher de Luiz de
Athayde, esteve muito tem-
po sem lhe dar filhos, e um
bello dia vosso pae apparece
casado.
«O desespero de Luiz de
Athayde foi grande, pois via
tugir-lhe a furtuna, a que
tanto aspirava.
«Finalmente, a esposa de
Luiz dá 4 luz uma menina,
e Francisco d’Almeida tove
a ventura de ser vosso pae
«Desapareciam todos os
sonhos. À sua casa desappa-
receria mais tarde nas vos
sas mãos.
«Lembron-se de fazer-yos
dosaparecor, porém isso tor-
tem perante Ludo: tdo é
grande. *
Mas, no meio d’ ‘estasma-
Imifeslações” externas, “que
tão gralamente ferem o es-
pirito de todos os que se-
guem com olhar-saudoso a
luminosa esteira que após
si deixa 0 carro do progres-
so, que dolorosa impressão
nos não domina ao ver-
mos que, precisamente no
moniento em que mais de-
nedada e sinceramente se
pugha pelo derramamento
das sanctas ideias altruis-
tas; em que o humanitario
alter intenta supplantar o
egoistico égo; surgem uns
monstros de forma huma-
na, abberrações lançadas
no nosso meio social,
mo esses damninhos para-
silas que apparecem de in-
proviso por entr as flores
de nossos jardins, damnifi-
cando-as e distruindo-as
com o seu contacto morti-
foro. a
Como é triste que, n’um
centro populoso e chamado
civilisado, onde pulullam as
instituições-de beneficencia
“onde osloucos, os indigen-
les, os famintos, encontram
abrigo, alimento e conforto,
onde ha remedio para to
dos os males, soccorro pa-
ra todas as desgraças pro-
videncias para todos os de-
sastres, como & riste, re-
petimos, que dentro d’es-
ses fócos deslumbrantes
E xs ,
do progresso, surjam de
tempos a tempos scelera-
tos que são a deshonta
da especie bamana, e co-
jos erimes gelam de pavor
ainda os corações menos
inclinados às emoções sua-
ves.
Poisé exactamente a pri-
meira capital do mundo,
primeira em população,
porque com os seus cinco
milhões de habitantes so-
brepuja a de varios estados
da Europa, primeira em
riquesa pelo extraordinario
desenvolvimento das suas
artes e industrias, primei-
ra tambem em miséria,
porque os seus bairros in-
digentes são o exemplar
mais frisanto de quanto ha
de immundo e desconforta- |
vel em todo o mundo; é
exactamente essa grande |
cidade coberta pelo eterno
docel da negra fumarada
das suas numerosas offici-.
nas, cheia de vida, de mo-
vimento, de rumores, essa
cidade denominada Lon-
dres pelos geographos e
Babylonia pelos moralistas,
é ella, emfim, que tem
servido e está servindo de
iheatro aos dramas mais
sinistros de que lem resa
do os lugubres annaes do
crime.
Não perfilhamos, já 0 o
semos alguns, o monumen-
tal paradoxo de Rosseau,
dea cultura intellectualicor-
nava-se muito serio, é recai-
riam sobre elles todas as des:
confianças.
«Tramou outro plano.
«O vosso casamento com
a filha. Não porque elle gos-
tasso de, avós! ade vos!
Mas para-que ao menos à
seu nome se propagasse em
sangue Athayde.
«lista, ligação era a feli-
cidade dos dois esposados
que mutuamente se amavam.
«Deus não o quiat..
Aqui Alberto não “pôde
deixi de soltar um profun-
do suspiro, por se recordar
dos seus, Desse tempo feliz
que passára !
Apesar, dos odios do tio
amava a sua Clothilde, e a
lembrança de que ella soffria
peio menos tanto como elle,
augmentava-lhe a sua dôr.
André ou não ouviu o sus:
pito, ow não o compréhen,
dei.
== Vós, senhor Alberto,
continuou ello, envsasto O
vosso infortunio o o «ella.
vo tivosseis usado com
prudencia, calado as vossas
opiniões politicas, teríeis tal-
vez evitado muita desgraça:
– «Não terieis dado campo
para Luiz d’Athayde imagi-
nar um plano, verdadeira-
mente infernal, que tratou de
pôr em execução.
«Lembrou-se de aprovei-
tar os acontecimentos politi- |
‘cos, para, compromettendo-
vos; entrar desde logo na
posse do que tanto cubiçava;
pois sabeis que hoje com ini-
migos poderosos, como ten-
des, da prisão à morte vae
um passo.
«Impotente, só por si, jul-
gou encontrar um poderoso
alliado em Carlos Pinto.
«Rompeu as relações com-
vosco e quer atirar com a
filha para os braços d’aquel.
le que avenas tem de bom
um genio malvado, capaz
“de todos os crimes e de to-
das as baixesas, posto per-
tença à casse lidalga, nio
sei como ulcançon relações
d’amisade com fimiliaves de
Do Misuel.
€ utubro de 1888
bege
romper os costumes, mas
não podemos deixar de no-
tar que é nos centtos mais |.
civilisados: que ordinaria:
mente se dão os crimes
mais repugnantes, A ra-
são «Visto não « sabemos.
Hi pouco mais de tres
annos que uma das folhas
mais conceituadas de Lon-
dres, a Ball Mall Gazelte
denunciava ao mundo ci-
vilisado o monstruoso io
fico das viagens, e o mun-
do ouvia hoquialerto e as-
sombrado essa tenebrosa |
historia de uma vasta asso-
ciação, perfeitamente or-
ganisada, cujo fim cra a
permutação da honra das
donzelas por punhados de
ouro. Mulheres perversas,
mas de apparencia agrada-
vel; habitando ás vezes
nos bairos principaes, ro-
deadas de todas as exteri-
oridades denunciadoras de
uma “existencia honesta,
aliciavam pobres raparigas
formosas, e umas vezes
com promessas seducto-
tas, outras com ameaças,
que as gelavam de terror,
lançavam mão dellas e
vendiam-n’as mediante a
quantia estipulada entre a
negociadora e o argentario
crapuloso! E andavam nºis-
to envolvidos personagens
dos mais“illustres, e alé
um dos redactores do pro-
prio orgão de propaganda
contra lão infame trafico
Na primeira! pé
Segunda ot
Quarta pag
eção damn
não se eximin a
cumplico..
Toda a Eur
pavorida par
Albion, toda:
postas ão ser:
sação escreveram.
therma et
Pio ace
Mas os amn
e todos os 4
cimentos,
de todo, de
comentados
ra, por oxem !
gta pagina da |
mio. Cc
quatro an
da erapula,
—uma oulra
chada com
«Para os dois, sois vós
um valente obstaculo; ‘8 co-
mo tal ‘vos perseguem, 1ã)
sem. piodade! e é por isso
mesmo que nós vos deffende-
mos.
— Então sois inimigos de
Luis d’Athayde? perguntou
A berto.
— Não. Mas: protestâmos
que nisto lhe tariamos guer-
ra. Elle, pretende-vos para
vos perder: nós para vos
salvar. É
Mas vos, torno Alber-
to, que tudo sabeis, podois
dizer-me o que é feito de
Clothilde?
—Pouca cousa vos posso
dizer, respondou André, do-
minando a commoção que o
assaltava por ver que a ima-
gem: da noiva lhe não sah’a
do prnsamento. Clothilde vi-
ve, é é-vos fiel.
—Mas aonde se esconde?
— Isso & um mysterio que
só mais tarde se póúdo 8 ber.
—E é feliz perguntou o
nan o ado.
— Agora quasi que 06, Mas
a encontrar-se:
o aguardava à impas
ra ambos irem
do a Midões.
— Reparaste.
perguntou André,
achou ao lado do |
ro. 4
= Sim. Já ma
enganar, responde
rogado.
— Pois bem, c
dré, no fim, ha-um
abertura que commn
a gruta, é talvez
des de passar do
fio-vos este segred
derá algum est
litado de vir aq
En seguida ti
o outeiro até ju
pado castanhe;
erguúia na, vert
e donde so dishi
grande aaao
de Midões
sentados a 5!
con toda a precisão cirur:
siea para vender certos 0r-
vãos que extralem aos ca-
duvezes aúrda palpitantes?
Repugna o commercio
com à honra, mas o trafico
com avidacmmocionamais
profundamente. A rapari-
va arrastaca deka força ou
pelaas aviao tremedaldo
vício; vive, e póde a maior
parte das: vezes; é verda-
de que mandada; fagir do
bordel, regenerar-se e vit à
ser uma mulher exemplar,
uma dignamãe de familia,
alé.
Mas’as desgraçadas ca-
hidas debaixo do. sealpello
dos negociantes de uteros,
essas são irremediavelmen-
te perdidas para a familia,
para a soeiedade,
Chega a parecer impos-|,
«vel esta medonha reali
dade! Que a seiencia sirva
de égide á cabega que man-
da esquartejar, e ao braço
que executa o mandato,
não póde admiltir-se.
E mister que todo o ri-
gor das leis caia sobre es-
ses monstros: que deshon-
ram a scienciá que invo-
cam, que oflendem e pre-
judicam a sociedade que
dizem servir, que final-
mente, no: seu cégo egois-
mo, sacrificam barbara-
mente o sew similhante
para a consecução de um
fim, que porventura jamais
conseguiram.
“Se O fanalismo-religioso,
“que armou o brago, de
“Jacques Clemente contra
Henrique HJ, e o fanatismo
político que fez vibrar o
punhal de Carlota Gorday
contra Marat, são condem –
naveis, que attenvantes po-
derá encontrar 0 fanatismo
da sciencia que armou O
misterioso é lugubre per-
sonagem norte americano
eom o: scalpello mortifero
que tem juncado de cada-
veres de mulheres as ruas
de Londres?!
Em nome dos sentimen-
tos humanifarios, que todos
devemos respeitar, em no-
me da Lei, em nome do
bem soeial, estirpe-se a so-+
ciedade d’esses cancros re-
dores que lhe affectam’ o
organismo.
E? preciso um tremendo
exemplo penal.
TT
Falecimentos
Falleceu ha dias a espo-
sa do sr Daniel Tavares,
sympathico cavalheiro e
honrado commerciante de;
Sernache.
Tambem falleceu no dia
6 do corrente o sr. Joa-
quim Antônio marido da
bem conhecida hospedeira
Maria Moleira. Joaquim
Antonio era natural da Gol-
legã, e durante muitos an-
um logar honroso em casa
do sr. Morgado Simão:
Descancem em paz.
e.
Camara Menicipal da Certa
Sessão de 26 de Setembro de 1888
Eresidente—lvo Pedroso
Baratta dos Reis
Secretario—José q’Almei-
da Ferreira Maio.
Vereadores —Anlonio Pie
res Franco. dr, Antonio Nunes
de Figueiredo Guimarães e Car-
los Guilherme Ferreira Ribeiro.
Approvou sem alteração a
minuta da acta da sessão an-
tecedento.
Conceden um subsidio
de lactação por 12 mezes,
Mandou entregar um ex-
posto de 2 mezes d’edade
a sua mãe, que v reclamou.
Concedeu licença a di-
versos individuos, para de-
| positarem maleriacs na rua
publica, sem prejnizo do
transito.
Mandou proceer a um
pequeno reparo no muro
de suporte do largo da
5
Carvalha.
Resolveu representar no-
vamente ao govermo, pe-
dindo que seja classificada
distrigtal a estrada muni-
cipal da Certa ao Hegere.
Ordenou o pagamento
no dia 2 do proximo mez
d’outubro de Lodos os 0º-
denados e-mais despezas
relativas ao mez de-setem-
bro.
—— aca — ———
Desastre
Foi ha dias atropelado
por um carro de bois, 0 pe-
dreiro João Matheus, de Fi-
gueiredo, do que resultou
fractura em uma das per-
nas.
O infeliz esteve sem o
minimo soccorro medico(?)
uma noite e parte d’um dia
alé que se dignou appare-
cer o classico barbeiro
que como poude ou soube
compriu um devor hnma-
nitorio, prodigalisando os
primeiros soccorros ao Ma
theus, que depois seguiu
sobre uma carreta para a
sua residencia.
Bos Geeupou COMO SUNVOS 7
JORNAL DA CERTA
Portuga! apreciado no cx-
trangeiro
Nem sempre os extran-
geiros, ao tractarem das
nossas cousas, são tão in-
justos tomo aquelle escri-
ptor francez que, ba annos,
escreveu que a lingua por-
tugueza era uma especie de
hespanho! corrompido, é
que a nossa litteraiura na=
da tem produzido digno de
menção, a não ser a gran-
de epopeia de Luiz de Ca-
mões! e
Felizmente, de tempos
a tempos, surgem umas,
apreciações que, com 6.5
rem justos, não deixam,
x
tão pouco aceostumados an-
damos a ser bem julgados
lá por fóra.
No Imparcial, de Madrid,
em artigo firmado pelo eru-
dito escriptor sr. Carracido
e ácerca do Museu anthro-
pologico de Lisboa, lê-se
seguinte trecho:
| « Percorriendo el Museu
antropológico de Lisboa se
abarca en un solo golpe de
vista el amplio ciclo. de la
evolución histórica limitado
al territorio de Portugal,
con la misma claridad y
” sencilicz que en una carta
geográfica se representan
la figura e divisiones de un
continente».
Palavras summamente
asradaveis dispensvo mes-
mo escripor a respeito da
Universidade de Coimbra,
elogiando muito a boa or-
dem da respectiva biblio-
theca.
Temperatura
Baixou consideravel e
rapidamente, a ponto ie
no dia 5, ás 6 horas da
manhã, marcar O nosso
fhermometro, dentro de ca-
sa, 14.º centigrados e 9.º
ao ar livre.
E, desta forma, não nos
surpreende que em poucos
dias, estejamos em zero ou
abaixo 4 ou É gráus, como
no inverno passado.
Vamos, pois, deitando
mais alguns cobertores na
cama, e saccudindo o: pó
e a traça dos capotes, que
jazeram no mais recontlito
canto dos guarda-ronpas
durante a estação calmosa.
Entretanto, um conselho
ta brusca transição da zo-
na torrida para a frigida.
por isso, de lisonjear-nos, |
A Comedia Portugueza
Publicou-se no sabbado
o primeiro numero desta
revista ilustrada.
Os desenhos do nosso
amigo Julião Machado são
finos, e bem revelam o pu-
jante talento deste distin-
clo amador,
A eritica feita por Mar-
celino Mesquita é das mais
vulgares que n’estes ulli-
mos annos tem: appareci-
| do.
Ao novo collega deseja-
mos uma longa vida, é oxa-
Já: qua-os numeros seguin-,
tes sejam esoriptos com
mais verve.
(Das Noticias da Noite).
—— catia mm om
O Aguedenso
Acaba de visilar-nos O
n.º 22, de 30 de Setembro
ultimo, deste jornal.
Os colaboradores d’es-
le numero occupam-Se €X-
clusivamente da celebre
questão das irmãs de cari-
dade, em Aveiro, fazendo
como que uma consagração
solemne do movimento de
reacção liberal operado n’a-
uella cidade ultimamente.
Saudando o novo colle-
ga, cuja visita muito nos ca-
pliva, agradecemos-lhe à
amabilidade, a que hoje
correspondemos — goslosa-
mente, enviando a nossa
folha.
—— e —me—— —.-
Monte-Pio Certaginense
Sessão de 3 de Setembo de 1888
Nºesta deliberou-se que os
medicamentos para os socios
doentes, sejam fornecidos pe-
las duas pharmacias d’esta
villa, cada uma seu mez; for-
necendo a do sr. José Pedro
Lucas de Moura, este mez,
ea do sr. Manuel Joaquim
Nunes, o mez d’outubro, e
assim successivamente: de-
liberou-se mais que as visi-
tas aos doentes, sejam foi-
tas pelos barbeiros d’esta
villa, Antonio Dias da Silva
o José Lopes da Cunha, tam-
bom em mezes alternados,
estipulando-se-lhes | ordona-
dos, visto não haver medico
n’esta villa. Auctorisou-se o
pagamento das despezas fei-
tas até esta data na impor-
tancia de sete mil e oitenta
sóis.
Acceitaram o offerecimen-
toda mesa da mizericordia
desa villa, d’um oratório
hygienico: cuidado com es-,
para collocar a Imagem da
Rainha Santa Isabel, no hos-
pital annexo áquello pio es-
tabelecimento, até que se
concluam os trabalhos que
ha a fazor no templo do m.es-
mo; e deliberou-se que no
dia da 1.º sessão: d outubro,
se man lasso-a: dita Imagem
para o referido o aorio.
Foram. apresentadas pelo
thesoureiro, as suas contas
desde: o principio da sua ge-
rencia até ao fim d’agosto
que foram devidamente ap
provadas; das quaes se vê
que o capital desta Monte-
Pio é de 2355840, das re-
guintos proveniencias:
Esmolasproduzidas pela sub-
scripção . .. 783500
Joias… … 535000
Mensalidads até 31
de agosto 1105620
Motali ame
Despeza documen-
tada, feita até 31
d’agosto
Existe:
Mutuado 2005000
Em caixa 358640
Capital. ….
Quotas por cobrar:
junho 160
julho ….. 39520
agosto. …
“Total por cobrar
forme.
Certã, 17 de setembro de
1888.
O secretario
José Marques Nunes da Costa
—— —— — —— —
Jornaes Extranjeiros
Não temos recebido, ha
tempos, os seguiutes: El
Pandero, de Jumila, La
Gronica, de Badajoz, El
Liberal, de Madrid.
Aos nossos estimados col-
legas pedimos a amabilida-
de da continuação das suas
visitas.
— ce
Cancão do bohemio
O meu amor é cbamima,
é fogo que devora,
é simoun que abraza
e as floritas descora
O meu seio é cratera,
no meio ha um vulcão
que ruge, que palpita
o fóco é o coração.
Ai! fugi, raparigas,
fugi do meu árdor
se não quereis crestar-vos
no fogo d’esto amor!
As lavas são suspiros?
ardentes, a afluir…
a’! nem todas as lagrimas
as podem extiuguir!
E as fiores que apaarecem
à beira, com frequencia
CENAS RASA ST ET
Agradecimento
,
. 2425420
79080
2955840
95280
Não tendo mais do que se
tractar o presidente deu por
encorrada a sessão, assignan-
do todos esta acta. Está con-
Maria da Conceição: é
EC nceição de Maria agra-
decem à todas as pessoas
que Se dignaram ACOm pa-
nhar ao cemilerio seu de-
funto marido e pac, Jou-
quim Antonio.
Pedem desculpa de qual-
quer omissão que se desse;
nos convites, devido ao es-
tado de constur: ção em
qus se achavam, :
A todos protestam o seu
eterno reconhecimento.
Livros e Jornaes
recebidos
Lá Révolte, de Paris, n.º*
1c2 de fúa 29 de se-
tembro e supplemento
terario ao n.º |.
Acaba de entrar no 2.º
anno de existencia este va-
lente campeão do partido
communisla-anarchista pe-
lo que o felicitamos.
Sempre brilhaniemente:
collaborado, este jornal tem:
conseguido ver augmentar
progressiva e constante-
mente o numero de seus
leitores, que n’elle encon-
tram um precioso reposi-
torio que’os orienta cabal-
mente do movimento sôcial
em todo o mundo,
S€-
it
Boletin de la sociedad pro
tectura de los ninos, de Ma-
drid, n.º89, corresponden-
te a agosto,
Insere magnificos artigos
sobre a educação e hygie-
ne da infancia, e dá conta
minuciosa do movimento
das diversas instituições
protectoras das crianças.
O seusummario é o se-
guinte:
La Sociedad Protectora
de los Ninos. Dos Huértanos
-—Los nifos del dia—Por
los Niãos—Bases para la ad-
misiór de enfermos en el Hos-
pil = Estados de los enfermos
asistidos duranto Jos meses
Julio y Agosto – Donativos
-— Ingresos y. socorros —
Costa-Rica–Honduras— 5Su-
dan — Continuación del te:
glamento “de la Sociedad
Protectora de los Nihos do
rtgnsformam se em lonttGeL A a Isla do Cuba—Consejos
apro
Cru e domercia!
Ai! fugi, raparigas,
Fngi do mew amor,
Bo não quereis crestar-vos
nas cbamnmas deste ardor!
OLIVIER.
COMPAN
nosso escriptorio os €
Companhia Real Promotor:
AGRIGULTURA
Aos srs. lavradores e proprietarios fazemos sc
atalagos de machinas e pr
a da Agricuitura Portugueza, para serem
examinados por aquelles a quem interessem taes artigos
PORTEGUEZA
PROMOTORA DA
iente que temos em O
oductos agricolas da
y advortencias familiares,
conclusióa — Balance pentas
neciente al mes de Agosto do
1883, que comp ende desdo
1.º hasta 31 el mismo.
Não havendo dado en-
trada nesta redacção 0 n.º
88. correspondente a julho,
pedimos ao nosso ilustra –
do collega madriteno 4 su-
baia fineza de nol o lazer
enviar. a fim de não ficar
truncada à colleeção de tão
prestimosa publicação mma
das que temos em tuts su-
Dido apreço.
Revista do Ninho, do Es.
pozende, n.º 10 vit doº 10 vit do@@@ 1 @@@
e anno, ecialnos a do do
etembro e | do corrente.
Cantigas e lradições po-
nlares de diversos pon-
«os do paiz coblinuam à
(fornecer aos leitores d’es’a
ntil publicação alguns mo-
mentos de distracção agra-
davel.
Annaes do Club Militar
“aval, de Lisboa, 0.º 9 do
mo XVII correspon-
nte a Agosto.
Contem os artigos enu-
“erados no seguinte sum-
«ario:
Estudos sobre as causas
rapida deterioração das,
deiras das machinas de
sor maritimos. depois da
ipção dos condensadores
superficie— À re rganisa-
» do exercito colonial— O
pedo Howell — As escolas
vaes e a instrucção scien
“ca dos officiaes, em Ingla-
ra—Chronica: Um hyate
dez utilisado como aviso
guerra, O torpedoiro fran-
1 le Coureur, Desenvolvi-
ento da marinha italiana,
avo processo para derra-
ar o azeito no mar, Polyo-
, sem fumo. Inflamação da
rga das armas portateis,
la electricidada, Bibhógra-”
las
O Ensino, revista pedago-
ica de instrucção prima-
ia dirigida pelo seu pro-
mrietario Theophilo Fer-
eira, n.º 47 de 45 do cor-
ente.
0 Zoophilo,-de Lisboa;
nº 9, correspondente ao
mez de Setembro ultimo.
Tres explendidas gravu-
“as, a segunda das quaes,
atitulada O pastor e seus
wneiros, uma paizagem
“um bucolismo seductor,
irilhatam as paginas d’es-
ultimo numero.
Variados e numerosos
Ligos instruclivos e repas-
los de moral, ao par
1s bellas illustrações que
acompanham, teem fei-
desta magnifica” publi-
ção periodica uma das
ais lidas e conceiluadas
paiz.
D Zoophilo, está prestes
contar 12 annos de exis-
ncia, o que conslilne, por
«elo, um dos seus maio-
s elogios.
O Sorvete, do Porto, n.º
35, 30 e 37, de 16, 23€
30 de Setembro. *
Entre as diversas cari-
Caluras, Lorna-se saliente
ada 1.º pag. do n.º 35;
representando o eminente
caricaturista Bordallo Pi-
nheiro dando um pontapé
na morte.
– Por sob o desenho es-
creveu a redacção as se
guintes palavras congralu-
latorias:
«A Raphael Bardallo
Pinheiro, pelo seu complo-
to restabelecimento do ter-
givgranlhiraz que teve atras
e que lhe valeu por (rez, é
que esteve por um [nz com
com dôr atroz a fazzer
ruz!l—nara o oulro mun-
do—.os nossos parabens.» |
– Bevista Popular dos Ca-
mhecimêntos Uleis, de Lis-
boa, n.º 18 de 30 de Se-
tembro ultimo.
Contém o seguinte sum-
mario:
A educação e a instrueção
(V)—O Ceo-—A alimentação
(LV)—O megnetismo—Ven-
tilação — O castigo do açon
te—Incineração de cadave-
res—Portugal na exposição
de Paris — Às leis hygienicas
— Tintura de li — Queda
dos dentes —Nova especie de
cimentos— Divisorios tectos
incombustiveis — Os tuber-
culosos nos estabulus— Nova
formula para o nickelado
eletrico.
O Palito, diario bumoris-
tico do Porto, n.º 61, de 2
do corrente.
Publica o retracto do
abastado capitalista por-
twense, José Maria Ferréi-
ra, e bellos artigos humo-
risticos, entre os quaes so-
bresahe o que allude aos
suicídios na ponte de |.
Luiz, e no qual a espiri-
tuosa penna de Sá VAlber-
garia nos ministra alguns
“momentos de agradaveldis-
tratção, roubando-nos, com
a sua graça inexcedivel, ao
mau humor habitual.
aan fmes

Las Bominic:les del Libre
Pensamiento, de Madrid. nº
307, 308 e 309, de 16,
25 e 30 de Setembro.
Dos jornaes da penin-
sula é este, sem duvida,
um dos melhores, já pela
brilhante collaboração poli-
tica, já pela interessantissi-
ma secção Luz e Sombra,
o noticiario mais variado,
mais desinvolvido, mais
curioso, de todos os factos
notaveis oceorridos em lo-
do o mundo durante a se-
mana.
A regularidade com que
este nosso dislincto colle-
sa se tem dignado entrar
no nosso humilde escripto-
rio, torna-o, alem de todos
os outros, titulos, crédor à
nossa syiripalhia e grali-
dao.
Tambem, é esta uma
das folhas que nunca dei-
xamos de percorrer com a
vista, embora a escassez de:
tempo nos imponha mui-
tas vezes a necessidade de
deixarmos de remissa al-
gumas publicações.
A Aurora, de Campanhã,
n.º 5, de 4 do corrente.
“Yraz bellos artigos e for-
mosas poesias. Bº um bos
nito jornal, que tem o uni-
co defeito de ser quinze-
nal,
A, 6.
JORNAL DA CERTA “
“ESTATUTOS DO MONTE-PIO CERTAGINENSE
ART. 69.º
: O numero de fiscaes é indetorminado; são obrigados a sor-
vir por um anno e por egual tempo os cobradores; e tanto
uns como outros são de nomeação da! direcção, e faltando ao
exacto cumprimento dos seus deveres incorrem na multa de
1240 réis por cada fulta; e om egual pena incorverão os mem-
bros da direcção que sem motivo justificado faltarem às sós-
sões ordinarias e extraordinarias 4 mesma direcção, rever-
tendo (estas malias a favor ‘doicofrê do Monte-Pio. É
“ART. 63.0
Os cobradores e thesoureiros que não: forem exactos nas
suas contas, serio expulsos do Monte-Pio; obrigados ao pa-
garmento do que deverem, o levados ao Poder Judicial para
serem punidos nos. termos da lei.
E ART. 64º”
Os fundos do Monte-Pio, compõe-se” de joias da entrada,
das quotas semanaes; das multas, e dos donativos voluntarios.
& unico—Os rendimentos do Monte-Pio; “consistem nos ju-
ros, de quaesquer capitaes que a sociedade der a juro, ou de
quaesquer beus, que por algum titulo adquirir.
ARP. 65
O cofre estari sob a guarda do thesoureiro e terá tres cha-
ves diferentes, das quaes elto terá uma, ontra o presidente da
direcção, e o secretario mais velho a terceira.
S unico-—Na mão do thesonreiro haverá sempre uma quan-
tia disponivel para as despezas e pagamentos d’ordens de
prompta solução. À direcção des gnará na primeira sessão de
cada trimestro a quantia em disponibilidade, que nunca ex-
cederã a trinta mil réis, e as ordens de pagamento serão ru-
brisadas pelo presidente e assignadas por um dos secretarios
da mesma direcção.
ART. 66.º
“Poas as vezes que no cofre houver fundos de sobejo po-
derá q direcção comprar inseripções da Junta do Credito Pu-
blico, e reservará sempre até 4 quantia de 1003000 réis, para
actul y a qualquer necessidade ou urgencia dos socios, em-
prestando a cada um até 4 somma de 205000 réis, a juro da
lei, sub pénhor de óuro ou prata, conforme os regulamentos.
| CAPITULO XL,
Dos deveres a que tem de sujeitar-se os facultati-
vos do Monte-Pio
‘ ART. 67.º
Os facultativos do Monte-Pio tem por obrigação:
1.º— Tractar 08 socios nas suas enfermidades, e visital-os
logo que tenham participação escripta ou verbal do doente
ou do fiscal respectivo.
2º Nos casos em que o facultativo não possa fazer logo a
visita, incumbila-ha a outro facultativo que a isso se preste.
3,º— Escrever o receituario em bilhetes fornecidos pela
direcção que terão no alto o seguinte titulo: Monte-Pio Cer-
taginense da Rainha Santa Isabel, declarando em cada re-
ceita o nome do socio para quem fôr passada.
4º Examinar escrupulosamente os medicamentos, certi-
ficando-se da sua identidade, e achando alguma diferença
dará logo parte ao presidente da direcção.
5.º— Indicar aos fiscaes rospectivos, pouco mais ou menos;
os dias de duração da doença do socio e os da convalescença,
para se determinar a duração dos subsidios o soccorros.
6.º— Passar gratuitamente aos socios que lh’o exigirem os
attestados de suas molestias, sendo ministrado o papel pelo
interessado.
7.º— Submetter à approvação da direcção o collega que
tenha de substituil-o nos seus impedimentos, e tomando sobre
si a reponsabilidade do salario ou gratificação.
8.º— Visitar os socios enformos quo se tratarem com ou-
tro facultativo, logo que a direcção para isso lhe officiar,
dando parte à mesma direcção do que achar
9.º— Examinar com cuidado e escrupulo os individuos
que por despacho da direcção se lhe: apresentarem, infor-
mano à mesma direcção em carta fechada, do estado em
que os encontrar. RAS SEa ur ;
10.º — Prestar 4 direcção os esclarecimentos de que ella
carecer, no tocante à saude dos socios, e,ao cumprimento dos
deveres, que a mesma direcção tem para com todos e cada
um dos socios. ;
CAPITULO XH
Deveres e atiribuições da assembiéa geral
AR, 68.0
A assembléa geral faz duas sessões ordinarias em cada
anno:; uma no terceiro domingo de dezembro o outra no
quarto domingo do mesmo mez.
S unico— Alem d’ostas fará as oxtraordinarias para que
o presidente da dirceção convocar. por intermedio do presi-
dente respectivo, ou que lorem pedidas em requerimento as-
signado por seis ow mais sosius, declarando-so 0 fim para que,
ce obrigando se vs signatarios à comparecer na sessão pedida.
(CONCLUSÃO)
ART. 69.º
À assembléa geral na sua primeira sessão ordinaria recebe
da direcção o relatorio da sua gerência e estado do Monte-Pio
bem como as contas, de todo o anno corrente; nomeia um
commissão de tres membros. (na qual não poderá entrar nes
nhum dos’ da-direcção): para examinar o dar o seu parecer
sobre o relatorio e contas apresentadas,
ART. 50.º
Na segunda sessão ordinaria discute e vota o relatorio é
contas mencionadas no artigo antecedente, tendo recebido o
parecer da commissão nomeada, que é obrigada a apresental-o
até este dia; e depois procede á eleição da direcção, e da niesa
da assembléa, que devem tomar posse no mesmo dia da elei-
ção.
CART Ro
A assembléa geral fiscalisa por si e por seus delegadas o
cumprimento e fiel execução dos prosentes estatutos e d s
suas proprias deliberações—Designa o emprego dos fund 5
todas as vezes que seja necessario dispôr de mais de trinia
mil réis — Conhece e discute as propostas da direcção. pa &
excluir qualquer socio. — Confecciona o seu regulamento in-
terno e approva o da direcção — Providencia sobre qualquer
caso não previsto n’estos estatutos — Altera as suas disposi-
ções, ampliando-as, restringindo-as, derogando-as, quando a –
natureza das cousas, a ordem dos conhecimentos, e as cir-
cumstancias o exigirem — Defero à escusa de qualquer so-
cio eloito — Approya ou modifica os contractos propostos:
pela direcção, quando o seu objecto exceder o valor de trinta
mil réis — E faz proceder de novo á eleição: do thesowreiro:
todas as vezes que os eleitos não tonham as qualidades de-
terminadas no art. 5T.º
S unico—As alterações alludidas no artigo antecedente,
quanto aos estatutos, ficam essencialmente dependentes da |
subsequente confirmação do governo, quando approvados.
CAPITULO XII
Do presidente e secretarios da assembléa geral
ART. 72.0
O presidente da assembléa geral convoca esta para as ses-
sões ordinarias o extraordinarias; abre as suas sessões meia
hora depois: da designada para a reunião; dá a palavra am
socio que a pedir, para fallar sobre o assumpto em discussão;
rubrica todos os livros escriptos e termos de eseripturação
privativa da assembléa geral; defere dentro em cinco dias,
aos requerimentos, que os socios lhe dirigirem para reunir »
mesma assembléa, designando no despacho o dia da reimião,
que nunca poderá exceder ao decimo quinto da data do des-
pacho; e no caso de indeferimento deverá fundamentar a do-
cisão; e os socios poderão requerer ao presidente da direeção,
a quem cumpre mandar avisar os socios para o dia, que em
direcção se assentar; provê a todo o expediente necessario
para a reunião da assembléa geral, e nºelia fará manter a or=
dem e decencia propria. E
ART. 73.º
Os gecretarios da assembléa geral fazem todo o expediente
de escripta da assembléa, inclusivé os avisos para Os socios
reunirem nas sessões ordinarias e extradrdinarias.
CAPITULO XIV
Disposições eventuaes
ART. 14º
Havendo epidemias ou calamidades publicas, em tão grande
escala, que os fundos do Monte-Pio não cheguem para pres-
tar aos socios os soccorros ordinarios, o presidente da dire-
cção recorrerá logo ao da assembléa geral, para que, fazen-
do-a immediatamento reunir, se tome um accordo sobre: a
conducta a seguir, e sobre o rateio dos fundos a prestar aos
necessitados. E n’estes casos a decisão que se tomar será vá-
lida com’ qualquer numero de socios, que se reunir, podondo
ser canvocados tambem os socios extraordinarios.
ART. 75.º ”
Havendo abundancia de fundos, a direcção o participará
ao presidente da assembléa geral, para que em sessão se re-
solva, se sim ou não se deve augmentar o subsídio e soccor-
ros ordinarios aos socios que devam recebel-os.
ART. 76.º E
Oecorrendo cireumstancias taes, que produzam a dissolu-
ção do Monte-Pio, ou que o levem a dissolver-se, rounir-se-
hão os socios de todas as qualidades em assembléa geral, e
votada ou obrigada a acceitação da dissolução, se fará o pa-
gamento do que se dever; o o resto dos fundos será offers-
cido 4 Misericordia d’esta villa, e não acceitando será repar-
tido pelos pobres mais necessitados. ;
ART. T7º í
Todos os socios são obrigados a cumprir, na parte que »
cada um toca, as disposições dos presentes estatutos, assins
corno as decizões da assembléa geral. f
ART. 18º
Logo que os presentes estatutos obtiverem a competente
approvação, ficam sendo-a lei &o Monte-Pio.io.@@@ 1 @@@
papel,
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1:000 ditos em papel branco. com factura 13800 rs. — Sem factura 18200 rs
VINHO NUTRITIVO
DE CARNE
Priviligindo, auctori-
sado pelo govorno: €
approvado pela junta
consultiva de saude
“publica,
E’ u melaor tonieo nutritivo que
se conhece; é muito digestivo,
fortificante e reconslituinte. Sob
a sua influencia desenvolve-sesra-
pidamente o apetite, enriquece-
se 0 sangue, fortalecem-se os mus
culos, e voltam as forçes.
Emprega-se som o mais feliz
“exito, nos estomagos ainda os mais
Pdebois, para combater as deges-
tões tardias e Inboriosas, à dispe-
psia, anomix, ou inchação dos or-
gãos, rachislismo, consumpção de
carnes, afiecções escrophulosas,
e em getal na conval ça-de
todas às (loenças, onde é | reciso,
levantar forças.
Toma-se: tres vêzes ao dia, no
acto da comida, ou em caldo, quan-
do o doente não se possa alimen-
tar.
Para as creanças ow pessoas
muito debeis, uma colher das de
sopa decada vez; epara/os adul-
tas, duas ou tres colheres lam-
hem de cada vez Um calix d’es-
te vinho representa um bom bife
Esta dóse com quaesquer bo-
lachinhas é um excelente luncl
para as pessoas fracas ou conva-
lescentes, prepara 0 estamago pa-
ra acceitar bem a alimentação do
jantar, e concluido elle, tome-se
eguat porção ao utoast», pura, fa-
cilitar completamente a degestão.
Para evitar a contrafacção, os
envolueros das garrafas devem
conter e retrato do auctor e o
tomo em pequenos cireulos ama-
rellos, marca que está deposita-
da em conformidades da lei de 4
de janeiro de 1883.
«Mais de cem medicos Attes-
«tam o superioridade d’esto: Vi-
«nho para combater a falta de
«forças.
Acha-se 4 venda nas principa-
es phamarcias de Portugal e do
estrangerro. Deposito geral na
Phamaxcia Franco, em Belem.
CONTRA A TOSSE
Xarope peitoral James
Unico legalmente auctorisado
pelo concelho de saude publica,
ensaiado é approvado nos hospi-
tags. Acha-se á venda em todas
as pharmacias de Portugal e do
setrangeiro Daposito geral na
pharmacia-Franco, em Belem. Os
rascos deyem. conter o retrato
fofirma do auctor, e nome em pe-
quenos cive»!ss amarelos, marca
que edtá tepositada em confomr=
dade da (eide 4 de unhode 1883.
Contra a Debilidade
FARINHA PELTORAL
FERRUGINOSA
Pharmacia Franco em Belem
Precioso alimento repa
facil digestão, e excelente conivo
reconstituinto, esta fwriiha, au
unica apctorisada e pri
vilegiada no nosso Paiz. é vti-
lissima para creanças, pessors
edusas, convalescentes, falir de
appetite, anemicos, €, em gerai
para os debilitados nos qvalquer
causa. A” venda em todas as phau-
macias. 200 reis o pacote
a or du
Su RE
Para Typographia
; ENDE-SE uma por-
& ção de letra com pou-
co uso, que serve pa-
ra montar um jornal
le regular formato. Trata-
se na typographia d’este
jornal— Certa.
é! e! L :
tarimdos ce borracha
Systema o mais moderno é apufoiçoado, garantidos por 10 au-
nos,
Casa fundáda em 1880
Vaja-se o Ivel catalogo e eonfronte-se com os de outras casas na
variedade de modelos
49 RUA DA PRATA5
kd. S Bamalho
GRAVADOR
0
Passagens de graça para 0 Brazil
ACULTAM-SE passagens gralúitas sem contracto
gm indo completamente livres como se aqui
tivessem pago a sua passagem, a todos os «lrabalha-
dores de campo que com suas familias queiram ir
para a provincia de S. Paulo» dedicar-se ássua pro
fissão.
Tambem se facultam a homens natúraes «da Gal
lícia,» em eguaes condições, podendo estes ir sós.
Trata-se na rua Augusta, 106, 1.º, com
J A Santos,
Grande serração a vapor –
ORRICINAS DE. CANTEIRO E ESQULPTURA BI PEDRA
Andre Domingos Gonçalves
R. Saraiva de Carvalho, |— LISBOA
Cerca: de Santo Antonio — EXTREMOZ
Calle del Pozzo, 12.- BADAJOZ –
Esta casa, proprietaxia dos afamados marmores das pedreiras
da cerca de Santo Antonio de Extremioz, previne os seus freguezts
de que devidamente fornecida d’aguel’es famosos marmores que
rivalissm com os de Italia, se encarrega da construeção de jazigos
de formato de capella ou de qualquer desenho que lhes exija.
Fornece umbreitas, vergas, oro Red fogões. xadrez para pro-
priedades e toda e qualquer obra pertencente à sua arte, por preços,
gem competencia, em razão do grande material que possue É
Tinturaria de P. J. À. Canbournac
14, Largo da Anunciada, 46 — Rua de 8. Bento, 420
CISBQA
OFFICINA a VAPOR da RIBEIRA do PAPEL
ESTAMPARIA MEGHANICA
Tinge lã, seda, linho e algodão em. fio ou em tecidos, bem como
fato feito ou desmanchado. Limpa pelo processo. parisiense — futo
da homem, vestidos do senhora, de seda, lã, ete. sem serem desman-
chados. Os artigos de lã, limpos por este processo não estão sujei-
tos a serem depois atacados pela traça
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Encarrega-se de reexpedição das fazendas que lhes-forem envyia-
das pelo caminhode ferro, correio on qualquero utra via.
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pes. Celorico da Beira: ph. Sal-
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marães: Figueira da Foz: J. Lu-
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da Costa, Abrantes: ph. Motta.
Braga: J. A. Pereira de Lemos,
Pinhel: ph. Eima. Manteigas: ph.
Fonseca. Villa do Conde: pb, Al-
vão. Famalição: ph. Loureiro.
Povoa de Varzim: José Avelivo
F. Costa. Celorico de Basto: Pe-
veira Bahia. Agueda: ph, Olivei-
ra, Elvas: ph. Nobre.. Vianna do
Castello: ph. Almeida, Niza:
Almeida Crato: ph, da Mi
dia. Faro ph. Chaves. Miratdella
José Alves da Silva. Sardoal” ph:
Cardoso. Cabeçudo: Castro Muce-
do. Certã, Manoel Arnauth.
Ha um só deposito em cada ter-
ra para. evitar falsifivaçõi
Pedidos ao auctor
Antonio Franco
COVILHAN
THOMAR
FABRICA DE MOAGENS NABANTINA
JOÃO. TORRES PINHEIRO
Farinha superfina flor a .. ; ao réis pos kilo
pio Dei» É –
. .
– 86 E
3a 85
é A 4a. 84 E
a ba BO ts
a 6 80
IROlÃO ita y Giu
Semea fina… …… 28
entre-fina…. 26 E:
Barello pica on ú
de Lisboa
Ha a favor, contra as farinhas das fabricas
a diferença dos transportes até Thomar,
‘Todos os pedidos devem ser feitos a
João Torres Pinheiro — Tomar
Companhia Real Promotora
de Agricultura Portugueza
(Sociedade Anonyma Responsabilidade Limitada)
CAPITAL REIS 1.200:000$000
Ala poente do «Mercado de 24 de Julho»
Aterro da Boa-Vista
Deposito de machinas eadubos
LISBOA e PORTO
DEPOSITO DE ADUBOS: Povoa de Santa Iria e Santarem
Pagamentos a prasos e à vista com desconto.
O agricultor accionista terá um desconto sobre o
ralor total dos adubos e machinas que comprar.
Bibliolheca da Agricultura é Sciencias
Leitura para Lavradores — por João de Anilrade
Côrvo.
Endereço telegraphico: Agricultura, LISBOA,
rig
O remedio de AYER contra sezõe
REMEBIOS DE ATER
Vigor do cabello de Ayer.— Impede que o
cabello se Lorne branco e restaura ao cabello grisalho
a sux vitalidade e formosura.
Reitoral de cereja de Ayer.—O reme-
dio mais seguro que ha para cura da Losse, Dronciete,
asthma e tuberculos pulmonares.
Extracto composto de Salsapar ia
Ina de Ayer —P ri purificar o sangue, limpor
o corpo, cura vadical das escrophulas.
s —Pebres mlermilentes e biliosas, Todos as renie-
dios que ficam indicados são altamente concentrados da mautira que sabem baratos, por que um vi-
dxo dura muito Lempo.
Pilulas catharticas de AYER,—O melhor purgativo, suave e inteiramente vegetal.
ACIDO PHOSPHATO DE HORSFORD
| Faz uma bebida deliciosa addicionando-lhe apenas agua é assucar; é nm excelente substiuto do
limão e baratissimo porque um frasco dura muito tempo. é
Tambem é muito util no tratamento de INDEGESTÃO, NERVOSO, DYSPEPSIA, é DOR do CAD
BEÇA. Preço por frasco 660 réis
C.:, Rua do Mousinho da Silveira, 127, 1.º Porto, dão às formulas acs snrs,
requesitarem.
e por duzia tem abalimento.—Us agentes Fasmem Cosmeta A
Faruilativos que as
Perito desinfectanie e purificante de JEYES para desinfuctar cosas é tatrnass
tambem é excelente para tirar gordura ou nodoasde roupa, limpar ingiats
Vende-se em tetas as
.réis-
j luas
Burias, Preco EO
principes pharmarcias e dvipes pharmarcias e dv
Binary file (standard input) matches