Jornal da Certã nº2 01-01-1888

@@@ 1 @@@
Preço da Assignatura
Anho lts ga somava va | LDU00róis
“ Seis mezes…a. ca BUO o Sé
Primestre. . « AOM do;
CERTÁ
KALENDARIO
Janeiro 50 dias
DOMINGO, 4 DE 3
ANEIRO DE 1889
O nosso semanario, pedimos à subida
honra de se inscreverem como assi-
gnantes o que desde já agradecemos .:
—— apa
Relação dos cavalheiros que durante
: a semana finda nos henraram com
Domingo ………. 1) 8/19/2220] à importancia das suas assigualu-
ES Si Rea s
Segunda… ….0..0.0..| 2] 9/16/2880 E Ex.Po Sra,
Merça. 0. – 8 1017/24) | or nn ado
amei is ORE a Ed j ;
duna : “ailigia Rana Tiborio Domienso de Carva-
SC ERA ed Ra RR RS iE da é Por sois mezes
Muinia pasa ae pa ea Julio Evangolista de Barros e Silva.
Ser asas ate os 20/27 João Rodrigues Tavares.
DE E Colas RIE E Por trez mezes
Sabhado sv… e tá al Eae D. Amelia de Portugal. Durão.
Valeutina de Sousa Bastos.
Antonio David e Silva.
– EXPEDIENTE Dr. Albano d’Oliveira Frazão.
cam ga
“dendo às grandes des;
mas com a montagem
na.
*%
* Nos cavalheiros a quem, por igno-
Farmos o nome, não tenhamos enviado
» fazemos alten-
pezas que live-
da nossa offici-
Alberto Eugenio Carvalho Leitão.
Antonio Eugenio Carvalho Leitão.
Antonio Neyes de Figueiredo Gui-
mardes. (nc
Rey.”º Padre Antonio José: da Silva
“Serra. . E !
Rev.Ӽ Padre antonio Mendes Barata.
Antonio Rodrigues de Mattos e Silva.
| Antonio Farinha de Figueiredo.
| antoRio Pires Franco. .
Alberto Carlos Freire d’Oliveira.
Antonio Nunes Ferreira Ribeiro,
Antonio Baptista d’Araujo. É
Antonio Figueiredo Torres Carneiro.
“NUMERO Se ANO |
Angusto:de Mattos Rosa,
arlos Guilherme Ferreira Ribeiro.
Cesar Augusto Pires.
Firmino da Motta Arnaldo.
Francisco d’Almeida Ferreira Maio.
Francisco Ezequiel Fragoso Serrano.
Francisco Farinha David Leitão,
Frederico d’ Albuquerque.
Dr. Guilhermino Nunes: Marinho.
Guilhermino Nogueira.
João da Silva Carvalho.
| João José Teixeira.
Joaquim Maria das Neves.
José d’Almeida Ferreira Maio.
José Marques da Costa. ,
José Pedro Lucas de Moura.
Dr. José Osorio da Gama e Castro.
José Nunes da Silva Junior.
José d’Azevedo Bartholo,
José Antonio de Moura.
José Joaquim Nunes da Silva.
Revm.º Padre José Antonio Perreira.
Joaquim Bernardo dos Santos.
João Nemezio da Silva.
José Antonio da Silva Serra Junior.
José de Castro Ribeiro.
José Vicente. Lopes
Luiz Ignacio Pereira Cardim.
Dr. Manoel d”q Imeida Ferreira Maio.
Manoel Antonio Grillo. :
Manoel Joaquim Nun: n.
Possidonio Joaquim Branco.
Simão Luiz da Silva.
—————m—
Por emquanta não estamos habi-
litados a preleccionar sobre os me-
lhoramentos de que carecem os con-
Preco das Publicações
No corpo do jorual, linha. … 60 réis
Annuncias ….
Livros recebidos, annunciam-se gratisa
4) su
celhos qué compiem esta comarca,
porque ha poucos dias ainda que
wella entrâmos e só muito superh-
cialmente poderiamos escrever so-
bretão vasto assumplo,
Aguardamos estar mais conheci
dores das necessidades Incas para
então nos ocenparmos d’ellas com
conhecimento de causa.
Em todo o caso diremos que ha
tres condições de que as camaras
municipacs devem SCMmpre promos
ver a existencia nos concelhos : —
Instrucção, Hygienne e Segurança
individual.
E sobre o primviro ponto que
havemos accentuar a discussão,
quando a practica nos favoreça,
porque não é acreamente que se
póde julgar do estado de instrução
um concelho e ainda mesmo de
um agrupamento onde ha quatro
camaras municipaes, entro as quaes
é facil entontrar uma mais zelosa
ou mais negligente do que as ou-
lras.
Com respeito ao ensino primario,
o Annario, ultimamente publicado
pelo ministerio das obras publicas,
refere que em 1884-1885 exi
tiam no continente e ilhas adljacen-
” FOLHETiM
LUCIANO CHAYNET.
É ne Ro .
Os Hiseraveis da Beira
Os olhos, negros e vivos, tinham
um conjuncto de meiguice, força de
vontade e energia.
“O eranco coberto por uma alva
cabelleira, e as rugas, que lhe sulca-
vam a fronte, indicavam que teria 65
annos pouco mais ou menos. –
— Vamos, João, disse passado al-
gum tempo o mancebo. Ajuda-me
erguer; sinto os membros ragelados e
preciso fazer exeveicio para facilitar |
a circulação… isto passou; tornou el-
lo pouco: depuis, deixando apenas uma
fraqueza que deve desvanecer-se.
:—Ora vamos, senhor Alberto, di
se o ancião ajudando o mancebo
pôr-se em pé. O tombo não foi mau,
e devemos um eyrio a Nossa Senhora
das Preces, por não haver perna nem
– braço quebrado, juntou com. alegria;
depois de vêr que o companheiro
executava com facilidade todos os
movimentos. O peior, tornou elle.
“ainda, é que os cavallos correm não
efeu já não posso andar.
sei por onde,
atraz d’elles, |
«Vamos, continuou depois d’um
movimento do reflexão: é um bom
passeio até Persellada, d’onde man-
daremos alguem por elles.
—Tens razão; respondeu Alberto.
E’ o que temos a fuzer, ou então vol-
tarmos para Lourosa, :
»—Se não entivessemos tão perto
Nieto! não tivesse gente por estas
redondezasi? Mas como quizer. |
* — Ando lã. Façamos como enten-.
deres, disso Alberto. Mas primeiro,|
vamos vêr esse desgraçado, para com |
quem vejo, foste tão cruel, que nada
fizeste. Quem sabe?!… Talvez ainda
n’ello haja vita, e o possamos sal-
var!… | dizendo isto; encaminhava-
se para o cadaver do desconhecido.
— Está morto, e bem morto! Diss
Joio para descargo de consciencia. |
Mas vamos lá; e encaminbou-se para
o mesmositio,
Voltaram o cadaver já rigido; .e
a
Meu irmão! exclamou elle. E.
com lagrimas e beiros cobriu aquolles |
restos queridos, d’um ser que idola-
rquas Cs Ce O pi
O cadaver, era d’um velho tam-.
bem: as feições semelhavam-se, linha.
a linha, com as de João; apenas mos-
trava uma pequena differença de eda- |
a
| A vida, a-se-lhe esgotado por |
duas largas feridas abertas nas cos-|
tas: uma entre as espaduas, e outra
de Villa Pouca!… Se osse maldito |.
fi atravessar o coração. Dovia ter
morrido instantaneamente. Ambas fo-
ram mortaes.
Os soluços e lamentos de João,
sram sem numero; e difficil foi para
Alberto o arrancal-o d’aquelle logar.
A necessidade obrigava-os a tomar
uma resolução prompta.
João, porém, antes de separar se
d’aquelles restos queridos que ali
deixava, murmurou algumas palavras
mas tão baixas que só Deus as pôde
onvir, depois enxugou o pranto, e
enchendo-se de resolução exclamou:
—Vamos! e tomou a dianteira no
caminho de Persellada.
* Longa e dolorosa lhes foi essa ex-
tensão de caminho. que tinham a
percorrer desde o logar onde se de-
ram aquellas scenas, até Persellada!
Jembranças tristes o pungentes,
lhe assaltaram as almas! Em slen-
de repente João soltou um grito agu- jcio, haviam feito já a maior parte do
do, cahindo de roelhos ao lado do | caminho. à casa
| corpo. a “Avistayam a povoação a quo se]:
ivigiam. 0 je
“De repente, ao voltar d’um angu-
ho, “um objecto pesado, em volta. do
| qual estava embrulhado um papel,
cahiu aos pés d’Alberto. |
“O mancebo olhou em roda, e pa-
recou-lhe vêr ngitarem se irregular-|’
proximo. a
– —Que mystorios são estes! mur-
murou. elle, Abaizon-se e apanhou 0|
objecto; era um bilhete escripto, em
mente, alguns arbustos d’um matagal
no lado esquerdo do trouco que lhe
eat
letras irregulares. Continha poncas
a | x
linhas, mas que indicavam um ami-
go.
Eis o gne elle pôde lêr, no fim de
algum tempo de estudo:
«Não ontreis em Persellada, qua
está ocenpada ne uma guerrilha, A
vossa fugida, foi participada já, o es-
peram-vos em tod s os pontos onda
podericis passar, poia descontiam dos
vossos projectos, de que pedirieis re-
fugio aos vossos parentes de Midões,
Segui até ao Souto: em seguida, en.
trai no atalho. é yossa esquerda;
atravessai pinhaes € matas, cortai na
direcção de Candrsa, e depois do
Varsea, sem entrardes u’cllas, e dis
rigi-vos para Midões,
* Chegando á ponte, descei ao rin,
andai quarenta pussos para buxo e
entrai na primvira gruta. Tereis nos
ticias. Iispérai. Os cavalos, já estão
em logar seguro, Não vous afasteis
som aviso
– —Que te parece, João, este excri-
pto mysterioso!?. Deveremos dar- he
credito? Segiiromos as suas jnse
trucções? ou o nosso primeiro intento?
Perguntou Alberto, :
João pensou algum tempo,
—Vamos para ave elle -indica
respondeu finalmente, Um bom con=
“| selho nunca se duvo despresar, Co-
nheço n gruta; é ponto seguro, E se-
gundo as indicações que tizham ara-
bado de recsbor, tomaram a direrção
que lhe tinham tulicado,tulicado,@@@ 1 @@@
SONETO
tes Z94D Neguegias cm que havia
Ri aa
escolas. primarias o 1:42 em que Eae
ni e É E Quando o sol encoberto vai mostrando FRAGHENTOS
Ao mundo aduz quieta é duvidosa
Ão longe de uma praia deleilosá
Vou na minha inimiga imaginando
As escolas elementares eram em
numero de 3:409, sendo 2:348 do
sx masculino, 28 do feminino é
133 mixtas.
As elementatrs e complementa-
res subiam a 473; isto é, 17 do
“do masculino, e 57 do feminino,
Q to a! geral das escolas era de
31986. : E
As escolas particulires Existen-
tes no. mesmo periodo subiam a
1774 sendo: elementares do sexo
tContinaadd do rinmero 1)
A condessa fitan-o é fetonhecen-
do-o estremêceu involtintakiamente,
la à agradecer=he com titij sorriso
e apertar-lhe as mãos, quarto cEs :
disse, descobrindo-se respeitosa
mente;
= Estimo. senhora condessa,
que desta manhã leve apenas gorio
recordação um pequeno suslo.
E cobrindo-se notamente diriz
Aqui a vi os cabelos concertando;
Ally cota mão na face, tão luminosa;
Aqui fallando alegre, alli enidosa
Agora estando quéila, agora andando,
Aqui estexe sentada, allime Piso
Erguendo aquelles olhos, tão isentos;
Commovida aqui pouco, alli segura:
q
masculino 521, do feminino 840,
mixtas 228, elementares e compilt-
imentares: 104 do sexo masciilina
e 72 do feminino,
Os cursos nocturnos, regidos pot
professores ofhiciaes eram de 19 do
sexo masculino para menores, de
418 do sexo masculino, e 2 do fe-
nánino para adultos,
Us cursos regidos por profrsso-
res p. t iculares eram de 8 do sexo
masculmo, e 4 do feminino para
udultos,
O numero de alumnos destes
cuesos subia a 49229, sendo 1:312
rapazes, 2:897 lomeus e 20 mu-
Meres j
A Camara Municipal d’esta loca-
Hilulo fiuidon todos os seus debi-
tos cony particulares e empregados
com respeito 4 exercicio de 1887,
ficar do por isso cm lodas as suas
coulas saldas,
bre procedimento devia servir
de incegtivo para outras que para
stisfentarem seus loucos caprichos
deixem sofrer hastantes misérias
uus scus empregados,
RE
E, em fim, nestes ca
Passo esta vida yãa,
pn
——— age
Citnra Municipal da Certã
Extracto dá stssão de 21 de dezembro
de 1887 E
Presentes ds cxm.“ srs.
Presidente—lvo Pedroso Batata
dos Reis. “ne
Vereadores—Dr: Antonio Nunez
de Figueiredo Guimutães, Antonio
Pires Franco, e Gar los Guilherme
Ferreira Ribeiro. R
Approvou sem alterações: à mi-
nuta da acla da sessão ariteceden-
te. RR E
Mandou remetter ao escrivão, del
fazenda d’este concelho uma certi-
dão da tarifa.dos generos de pro-
dueção agricola relativa aos annos
| vago de facultativo d’este municipio,
de 1884. 1885 c 1880,
Mandou abrir concurso de 30
dias para provimento do partido
si oi e nn
Aqui se entristeceu, alli se riu;
le das cadeiras d’ensino elementar
[do sexo masctiliriv da freguezia da
nsados pensimentos
que sempre dura. ;
Caimões
Cumeada, e do sexo feminino ale
Pedrogão Pequeno, ]
Marco o diá 16 de janeiro pro-
ximo para à arrematação dos di-
versos rendimentos municipaes a
cobrar no anno civil de 4888,
Tendo procedilo no dia 48 ás
necessarias experiencia na canali-
sação das aguas da Bica mandon
pagar à Empreza Industrial Portu-
gueza, fornecedora da tubagem, a
importancia da 2.º prestação nos
termos do respectivo contracto.
“Mandou prevenir a Junta de
Parochia de Palhaes de que não
póde ser provida a escola da mes-
ma freguezia, sem que se mostre
hater casa propria ou arrendada
paia ella, e de que no caso de re-
eusa da Junta sé tomarão as pro-
videncias indicadas na portaria de.
k de dezembro de mil oitocentos e
oitenta e seis.
giusse para a montanha que subiti
lentamente.
— Excehltico rapaz; dizia de-
| pois o condo a sua esposa,
Só ella, numa recordação aviva-
da conslintemente pelo cotação;
pronunciára baixinho como n’um
segredo e com os olhos razos de la-.
grimas:
— Sempre Alberto.
Hi
Vae longo o conto para uns fra:
| gmentos arrancados ao livro intimo
de uma existencia.
Voltemos á ultima pagina e ves
jamos o fim.
A condessita enfititára havia um
anno e ia passar a segundas hu-
pcias.
Encontramol=a por isso n’umá
sala d’um club da praia onde, ape:
sar do lueto, ella ia todas as noites:
Verdade seja que-lhe devemos per- ;
doar —Laura não arava o defun-
lo
Quando Alberto. entroti nia sala:
preludiava-se uma Valsa.
O rapaz approximou-se da con-
dessila e pediu-lhe a honra d’aquel: –
la walsã. Ea
N
E | Não os segu tm? Foram procla- , Então, desenvoiv6 se uma. por ue por isso. E aura elle or.
Apra-oilamos o ponto tempo que
temos disponivel na serie de aconto-
«mentos que vÃo auscedor-se, pro-
pros d’uma epocha anormal como a
«que descrevemos, para satisfazormos
a cnriosidade legitima dos nossos lei-
tores que cu vejo dosejam sabor
que é 0 nosso hrros, e qual o acaso
que a estah at; matinal, so acha-
va em semeil nto logar,
Alberto d’ Auncda, filho unico de
uma tamilia tidalga de Fi… tinha
uma imaginação ardento, e abraçira
con enthusiasmo essa idés, que con
ceboram alguns bons patriotas, de 1.-
ie tarem a patria do jugo de ferro
esn que té ali havia sido gaveranda,
Posto que ainda creançu, compra-
ra «em ouvr fallar dos acuntevis
2 viu da revoltição de 20 Ce «onto
«e 1320, que trouxe comsigo a de-
yusição da regencia e a eleição das
“côrtos Constituintes,
Us seus promotores desejayam en-
grandecer a patria, 6, posto que, a con-
sequencia das medidas, fosse muito
differente do que ellos esperavam, não
podemas nem; devemos, como alguns
escriptores fazem, — rediculsrisai-os;
)»r ‘s O masmo que poucos mostra-
ram melhor vontade; o | orque numa
terra, ondo tudo est +. desorganiza.
do, estabeleceram unia orlen mais,
resonvel buseada em principios de
motalidado. A
“| vista do estado
mados mais cedo do que deviam, em
do pv» “embrutecido
e dominado .
sas?…
Ho tomplo de Cezar, para só alguos
serulos mais tarde se propagarem, e
ô:m em stecução;
Accusa-se tambum o dívino phylo-
sopha, de préger tão cedo as suas
lontrinas porque elle devia sabor
que o povo o não comprehonderia,
gscarneceria delle desportando-lhe
aqnell.a santa palayras «Parce illis
quia nesciunt quod facient;»
Em 1821 estabolocoramise ng: ba-
ses para a constituição do estado, que
só fui assigriada a 23 de setembro do
anto seguinte, e logo depois referen-
dada e snrada por D. João VI que
veculhêra à patria -depoiside 15 antios
ne aus meia, tata
O infante D. Miguel porém, inei.
tado pela mão, promoveu & revolução
anti-liboral de gre foi a primeira
victina o duque de Loulé, e que ter-
min u com o destorro do Iufanto. |
Im 1828, depois da morte do pra,
é
em nome da sobrinha, havendo pri-
nis’ro prestado juramento de defender
a Carta Constintcional.
praudo-lho a revolta, aconselharam:
pelas ordêns religio-|fectos
Christo prégava as suas doutrinas do,-quanto é certo que & dilação o a
volivil à patria, e assumo a regencia
“Os seus fanaticos partidarios, so-l
Eguição encarniçada contra todos aque
les que tinham mostrado os seus.
a cousa da libétdado. j
“O jugo tornou-se tanto mais poza-
intriga campeavam; o vdio ea vin-
gança satisfaziam os seus votos.
– Um grande numero dos que até
áquella epocha haviam defendido as
idéas de liberdade, que sei as sipre-
car, achavam muito boas, mudaram
repentinamente de pensar,
“ Cataventos políticos, que viram pa-
ra o lado gnde sopra o vento das
conyeniencias particulares, Adoravam
(como sempre succede) o sol nascen-
[to para o apedrejarom Ho oceuse. |
| Assim aconteceu com uma grande
parto dos parentes d’ Alberto.
! Só no mundo; sem pe, que lhe
hayia/ morrido tres/aunos antes, sem
jmiio que morrera: ao dal-o á luz, se-
nhor d’nma fortuna consideravel em
propriedades e numerario, tinha-se
no fogo da edade compromettido bas-
tanto, proclamando as suas idéas de
Jiberdado, “e havia conquistndo os
odios dos seus mais proximos paten-
tes, que lhe invejavam os bens & a
inteligencia, :
fé e nas suas idéas, um vulto res-
no a perjurar 6 a aclamar-se rei o
que, foz a 11 do junho do mesmo
“4 Auno.
Peitavel na historia da Beira, que
figurára-nas constity ntes, o já tivera
à Sua casa compromettida na revolu-
De: todos elles, aperas encontrou |fi
dem deprizão:
* Agora começava de novo a soffter
as consequencias da sua firmeza do
crenças. ; E
A historia tambem tém conservado
O seu nome sem a mancha de rene:
gado com qe enlutou q d’alguns
que a exemplo dos duques de Lafscs
8 Cadaval, abjuraram as guas cren-
sas aos pés do throno, em prol do ca-
cete; da alçada e da forca.
Em tempo, gut 6 annos antes:
Yaquelle em que fuliamos, havia o |
pro d’ Alberto, D. Francisco d’Al:
meida, contractado o Casamento do
filho com uma sobrinha, filha d’uma
sua irmã casada com vm parente o
visinho, Luiz de Atha d ; Cuja casa
era igual 4 sua,
FA noiva permaneceria no convento
de Villa Pouca, onde se estava edus
cando e lá dsveria aguardar a maio-
ridade d’Alberto, qno só em 1828,
completava 25 anrivs de edade (ques
tro annos depois da epocha em “que
esto contracto esponsalitio, foi assi-
gnado).
“Alberto tinha a faculdade de vêr a
noiva, e com ella demorar-se algum
tempo conversando asrivez dais gra-
des do locutorio, sobre o seu proximo ‘
futuro; e n’essas intimidades 0 amor
enraizára-so-lhe n’uhma. e
* Continta,
são de abril, promovida pelo infanta,ta,@@@ 1 @@@
CIA ot Te SM D E D cecios
=> Aqui tem à minha carteira
Albetio, ins 1 44 » seu nome.
Alberto ia colocar 0 seu nome
essa elegante carteirinha que lhe
cileteciâm, mas, subitamente em-|
pali leceu € entregou-a novamente
u E tura Sem se inscrever. :
lissá carteira já talha um nome:
g do noivó da contdessita,
E, cinco minutos depois, a walsa
era suspensa repentinamente por;
esta noticia lugabre que um con –
dad Ironxera: Ara
— Acaba dese suicidar Alberto
de Sa! ú
:— Porque? perguntaram
Hihoras horrorisadas.
— Ignora-se. Apenas junto do
coração se lhe chicontrou um retra-
to de mulher. – À
— De quem? | ;
E == E’ um segrê
nhoras.
E o noticiarista tsgilivando-se a
perguntas entregou a Laura, a 0€-
cultas, o retrato que à détiunciava.
Estava ali o segredo do suicídio
d’aquelle rapaz. :
Perguntam agóra os leilóres se
a condessita se metteu a freira: . .
Pelo contrario, casava um mer
depoais e rindo-se alegremente, lo:|
,
q
as se-
do; minhas se-:
cas as vezes que contavá a seéná | –
do mar que descrevemos.
|meata deixado a religião de Calvic
Dia 19, Amparo—Sachristia da
Ugreja Matriz,
Dia 22, Pedrogão Pequerio—Ca-
sa.da Escola,
Dia 28; Troviscal:
Quando Napoleão T entron cmi
Vienna d’Anstria; e fallou coin o
imperador, disseslhe; indicando-lhe
lhe alguns gianadeiros ffancezes,
cheios de-cicalrizes: hi
—s Que julgaes de soldados que
receberam taes ferimentos?
— E vós, retorquiu o impera-
dor, que pensães dos que lh’os fi
zeram ?
== Esses fotam todos mortos!
respondeu um granadeiro.
Um padre protestante estava len-
do a seguinte passagem da Biblia:
«Deis deu úma companheira a
Adão…»
Limpou os oculos, voltou-a fo-
tha, e continuou «—e ali havia to-
da a casta de animães»
O pobre honiem sem reparar,
voltára umãs poucas de folhas;
e mi tm mm
Tendo um medico de grande nos
Mulheres | :
“ Augasto Forjaz.
Noute de inverno |
“Fo escuro torvelinho
– E sopra 6 agudo-léstê ..
“ No arido maninho,
* Deserto é o cáminho,
– Eà boute é fria, agresió,
Que tloce então scismátimos
Na alcóta socegada,
E, qnasi adormecer,
À fronte réclinarmos
Na onda »elludada .
“Deum VÁlo de imtilher!
– Gonçalves Grospo.
Cobrança da contribuição do Estado
nas fregatezias da Certa
Dia 2, Marmeleiro— Casa do sr.
-João Nunes do Roque:
Dia 2, Sanl’Anna-—Gasa da Es-
cola, Resns
Dia 3, Palhaes—Casal io Ra
Jha+s, residencia de D. Maria Ma-
gialena Galvão Marcos.
4
do Sachristia da
— Diaf, Figueire
Esreja Matriz. Ro
Dia 5; Cabeçudo-==Casa do sr.
José Alves Correia.
Dia 5, Nosperal-=Casa do sr.
Manoel Dias. . Pp
Dia é Varzea—Casa da Escola,
Dia 8 Sernache—Casa do sf.
Dr. Guilherme Nunes Marinho.
“[ensejo para dizer ao Duque de Sul-
uam!
Empana 6 azul celeste. | Um espiritoso do mau
7Grignon, imaginou um method
no e passado para a ealholica, Hen-
tique 1Y de Inglaterra aproveitou o
dy: «A vossa religião é muito doen-
Ha; os proprios medicos a abando-.
A
Jcolas obriga o lavrador à procurar.
jna abundencia dos productos, o!
| pos de experiencias, Lúdo se empre-?
tninaka mais do que até hoje “se
» [um allubo é cotiprado no mercado,
to.seu preço fixa-se amigave’mente
à nau gosto re-
melteu, a um individuo com quem
tinha poucas relações, uma peque-.
na caixa com aparaste « pau do ar,»
-Jallegando ser im bom presente. –
O presetiteado devolveu a mes-
ha caixa, cheia de flóres, com-o se-
guinte distico: «cada qual dá o que
tem.»
= tm o
9 VALDA DOS ADUBOS
“Uma das principars “difficalda-
des que 0 lavrador encontra guan-
| do procura obter rendimentos mais
“Jelevados’ou modilitár d sen Gyste-
ia de cultura, é à apreciação do
| efleito util 1tal das materias ferti,|
Ilisadoras a que tetn de recorrer.!
“No geral, vê-se reduzido a ava-|
linções approximativas que não
permiltem estabelecer rigorosa-
mente a relação entre à despeza €
o producto: te né om
| Preoecupado com este problema,
M. Dehérain; professor no:museu
de historia natural e na eschola de;
4
novo que apresento nos Ann
| Agronomicos. . Reproduzimos aqui!
as suas apreciações afim de submet-.
tel-as ao julgamento dos liárrado-
res a quem ellas direclamente res-
peitatn; c este um dos estados mais
[interessantes para clles: Póde al-
guem objectar que à palavra «va-
Dia 8, Ermida. =.
Dia 12, Castello—Sahristia da
“ Egreja Matriz.
2
lor» é empregada nºeste trabalho,
em sentido diflerente d’aquelle que
A
| mais elevado do que comportava a
“| dedyzindo deste facto que o estru-|
lhe dão cs ecomstas; o ponto, pes
rém, é »£indaro com referencia
ao result d) pratico:
A depreciação dos gentros agri-
lucro que aibida by poncd obtinha:
da venda d’elles por preços mais
altos: escolha de especies prolificas.:
ensaios variados de ádubos; cam;
ga para readquirir à antiga pros
peridades pie
“0 miinislério da agricultura quiz;
que os resultados óblidos: por cs-!
tudos já numerosos fossem paten-:
tes nos lavradores e resolveu esta-
belecer campos dê demonistração
pratica: Para estes sérem de com-
pleta vantagem, para que 6 livra-
dor se decida a imitat os exemplos
que vê patentes, é Indisponsavel
qué se convença de que o emprego
das Yariédades du dos adabos pre-
conisados Me dará Um lucro que
vão póde colher persistindo nas an-
4igas praticas; é nevessario qué eile
se convença de que o valor do
uugimento de produção, devido aos
adubos, excede o valor do adubo
empregado: Deve:se calcular assim
por algarismos; em dinheiro, à pro-
dueção e o adubo. :
Ora, é dificil fixar o valot dos!
adubos, e na esperabça de deter-:
tem, feito volt indicar aquium novo
methddo de avaliação
5 a Custo dos adubos—Quando
entre o cotriprador e o vendedor, e
por. isso é inutil discúlil-o;
| Os progressos da analyse, o ha-
bito. contrabido pelos negoci: nie»
Je adubos de venderem os produ-
elos segundo a sua composição. as
liscussões.que teem tevelado: que,
à adubos cotitpostos eram vendi-
los muitas vezes por um preço
quantidade de elementos nteis nºel-;
les «contidos e quê determinaran.
uma baixa sensivel de preço. div
aos lavradores garantias :difiicien
les para que baja vantagem em in
sistir no preço de compra dos adu-
bos. fabticados na propriedade,
principalmente com d eslrame dv
curral, O mais Importante de todos.
Alguns aticlores, fandanD-se no
das propriedades ruraes, que não
permittem a venda dos estromes, e!
ne não;é pm praducto. mas:S.m um
elemento de produeção, recusam!
se ardiscutir o valor d’elle,
– Entendemos que 0 lavrador tem
|O major interesse em saber 0 que
ale;o seu estrume como elemento
producção , portjtte, segundo a
proprio texto dos arrendamentos!
Alê Visão É dbsoluiaiindo aa:
cessitrio caleilár o valor da espa
nb. para eurperação astro as ada
derentes adúbuis qtos itapos dera
petientias pobqlie sb comipuenada
esse valor cum o das aedilos coma
Hiórciaes & que qide sabeis os
convem cmpregaio eui dôse mal:
fores ou se Mathvis santa em asd
substilmil-o párcialtactite que ada:
bos comimeraaes:
O iniidr aitiriero des estriptores
agricolas dá do estriinio vm valor
e protuta. deterduir o snesa
comparando a Teceita des estaly < los e redis Coina despesa Aalimen- 108 & palha que os dnimazes conse BL ara SOM Sustenta q Coma o À noção que asótm se adquire 8 sempre Uusaria, não só pela pras hibição da venda das palhas, da- posta nos arrendamentos, coma tambem por ser bastante dficd detérminar cxaciimeme o v; &r des alimentos tonsemtidos pelo gados que nem sempre são generos ven dáveis: Printipalmente no outb anos OS carneiros pastum mm algas cauda ade não é susceplitel de avaliação: A dilhculdade êm calenlif o va- lor do estrame & portanto real, 6 Seria conveniente -Chcontar am me- thodo diferente do que tem sido usado alé hoje. À segunda grande deu lade qne se entonira tia apreciação di valor dos adubos provém da por sistencia dá arção olles duram 4 muitas colicitas sacoesscas. Que se ponha em pirallelo run capo de experiencia ava adubos como.o axolálo 8 soda, e um um tro como 6 estrume do curral: sr argiato de soda det iina colheita mais abuso que o estrume dá envral deve concluir-se que o pus jmeiro nêrece a preftneia? Tal conelusão seria evidentemente lti- tficraria; por tão haver provas dá que na estação mumediasa deixe dg obter-se na parcella de terrena, adubada coth o estrume de carral; uma segunda coleta abund vio” sem nova addição de adabes, em quanto à parcela estrumada com o adubo solnvel dará apenas mas produtção ntdio re, é preciso pot. tanto, para apreciar pradenten as re osvalordos adubos, alimader não “Ó à sna acção 8 bre a propria enc lheita quê ns receltu; mas Lambe sobre às tullivitas seguintes: Pedittios ãos edvalhui ros dique envtimos este jornal, tb ficor dé nós honrarem cit à sua assigtida tura, dtendendo-a tjue É am tiiia prebendimeilo que tende a engrana Idecer os toncelios do lit se tune pôé a tofiiinca da Cora; - Aguelles cavalheiros ijne pi qualquer niolivo são nos presturema seu concurso, rogémias a fincya ta applicição d'esse estiâme fôr mais ou menos efficaz do que a dos ardu- bos commerciaes, o lavrador será, levado a angmentar ou restringir me: as cultui: 0 é 'gado, às furraginosas € devolverem 0 os meios de'ptodtieção d'esse estru-| Jornal atédo proximo tabbado para A delieção, dali fi do o nome do teiicitente, afim do evitar que contiiiitnos a E nessas “Toda a correspondencia «lirigida para a Coriã. am administtudot dy jornal —a A, E. Sutlos. : x@@@ 1 @@@ CODI O DuS LOJVADOS, Tabsila dos Emolumentos Colleeção de todas as disposições, Das Juntas Giernes— Secretaria, * pentes, a eles relativas, desdeldas camaras municipaes — Garer-| vigentes, 1838 até 1887; contendo tambem mos cicis— Administrações dus con- as Jastraeções cum os «Pvemplas celho e: commnissariudos de policia pava a aviação dos predios, (e-) Juntas de Parochia— Regeda- (er '6, Rua Nova do Almada, [6 coa U7E ty Pes q LISBOA 18 (6 CAMAGHO--PROTOGRAPHIA É & + ementa q t ros e pensheso e ts hustrucções pa-lrias — e Tribunaes administrali- à. Retratos pois ú oa e para salla. Ampla permanentes 2) va u