Jornal da Certã nº1 25-12-1887

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Preço da Assignalura
DOMINGO, 25 DE DEZEMBRO DE 1887-— ANNO 1 |
|
Preco daz Puiticações
Anno, eres co. 00 00+ 19000réis No vorpil do jornal; linha. GO réis
Seis mezes ……cesvcre. 800 » NUMERO 4 RAN ofo nes Eanes 0a
Trimestre… ..corerecoo. 400 » | Livros recebidos, anmunciam se gratis
CERTÃ Foi approvada sem alteração aj. Claro está que para Ines con-| para os nossos assignantes e redun-
E
Pedimos aos cavalheiros a quem
enviamos este jornal, o favor de
nos honrarem com a sua assigna-
tura, attendendo à que é um em-
prehendimento que tende aengran-
decer os concelhos de que se com”
põe a comarca da Certa.
Aquelles cavalheiros que por
qualquer motivo não nos presliremo
seu concurso, rogamos a fineza de
devolverem o jornal até ao proximo
sabbado para a redacção, indican-
do o nome do remettente, afim de
evitar que continuemos à remessa.
Todá a correspondencia dirigida
para a Certã, ao adminislrador do
jornal — A, €. Santos.
——— meia meme
Camara Manicipal da Cerlã
Estracto da sessão de 14 do dezembro
e * de 1887 É
“ Presentes os exm. srs. ;
residente—Ivo Pedroso Barata
dos Reig 2 Guns eso A
Vereadores Antonio Pires Fran-
co, João Nemezio da Silva, e Gar-
los Guilherme Ferreira Ribeiro.
psi ndo rate
aa
“ FOLHETIM
– LUCIANO CHAYNET
Os Miseraveis da Beira
A nossos pés, vemos desenrolar-se
uma paisagem grandiosa. Os campos
da Ribeira, estendendo-se por perto
d’uma legua desde o Arnado até ao
Pixão, cujas casas se descobrem ao
longe, são sulcadas por aquella que
lhe dá o nome.
No centro alveja 8 ermida da Se-
nhora das Neves, como que guardan-
“do é protegendo aquelles esplendidos
campos, d’onde provém a abundancia
e w rigneza para a povoação. | ?
fts não adormeçamos; que longo
“passeio temos ainda para dar.
“ Na encosta d’aquelle outeiro, que
d’aqui temos a 5. E., lovantam-se
os perfis d’uma outra povoação. |
* E’ a Seulca.
Alem, muito alem ainda, e o logar
d’onde devemos ir contemplar o vas-
to theatro, em que se vão dar as
scenas, que fazem O objecto dºeste
‘ pequeno estudo. :
“À caminho pois; subamos a ladeira
– ingreme da Seulca; atravessomos a
povoação; subamos ao ponto mais
elevado do outeiro do Furcado, e en-
tremos no caminho d’Agoa-d’alta:,
minuta da acta da sessão antece-
dente.
— Indeferiu um requerimento
pedindo subsidio de lactação.
Nada mais havendo a tratar o
exm.º presidente encerrou a ses-
são.
PEDIDO
A legislação administrativa mo-
derna teve em vista acabar com to-
to e poderio pessoal ou pôr em
tanta evidencia a honestidade e cor-
recção dos gerentes de dinheiros
populares, que não fosse dado a
ninguem ter duvidas a lal respei-
to.
Um dos meios de que o legisla-
dor se serviu para attingir este so-
branceiramente lisongeiro e honro-
so resultado, foi exigir a publicida-
de de todos os actos de adminis-
tração e garantir à todos os cida-
dãos o direito de intervir n’elles..
– Assim estaluiu que os forneci-
ou quaesquer outras Iransacções
officiaes entre o funceionalismo e
os parliculares fossem feilas em re-
sultado de concurso.
aaa ese sas asse ae
percorramol-o ate As ruinas d’uma
casa, edificada no encontro do câmi-
nho com o atalho, contemplemos o
panorama que se desenrola À nossa
vista.
. Vode!
Em baixo, no sopé do monte, a
Bemfeita; a poente as Luadas; a
norte d’esta a Drên o a Cordeira: ao
longe, sempre na direcção de norte,
Villa-Pouca, Gallisses e Lourosa, dis-
postas n’uma linha leste-veste. |
Mais longe ainda, e sempre a nor-
te, Midões, cema terra tio celobre nos
fastos da Beira. E
Tal é o terreno que escolhemos
para theatro da nossa narrativa,
Levantado o panno, principia o
drama.
“Ao romper da manhã, d’um dia
de julho de 1828, dois cavalleiros, |
-| percorriam a passo dos seus possan-
tes cavallos o caminho que de Lou-
rosa, ia directamente a Midões.
O tempo havia corrido sêeco é
abrazador, mas parecia querer mu.
dar brevemente. Ee E
No horisonte viam-se umas nuvens
espossas que ameaçavam, tempes-
tade. : Pei
Um vento S. E. começára a soprar
havia algum tempo mas tão levemen-
Pela posição que os dois cavalleiros
oceupavam era
mentos, obras, empregos, vendas|
cursos estarem nas condições mar-
cadas na Jei, é necessario que 0 to-
nhecimento de que se vae proceder
a elles seja largamente divulgado,
Um dos meios usados até hoje
são os editaes, e muitas camaras
annunciam lambem nas folhas da
capital; todavia, um e outro d’es-
tes mein: São ineficazes,
A publicação na folha da locali-
dade de taes concursos é decerto o
meio mais util, e neste sentido es-
peramos que as camaras de que se
compõe esta comarca nos honrem
com taes annuncios.
A tei civil foi mais longe e mais
explicita a este respeito: impóz a
obrigação dos annuncios na folha
local; a lei administrativa apenas
impõe como obrigação a publicida-
de, sem citar os meios de a conse-
guir, e por isso esneramos, da he-
nevolencia das Camaras estas In-
serções, que muito as honram € sa
tisfazem a intenção do Codigo Ad-
ministrativo.
municação das deliberações, por
extracto, das actas das sessões, O
que decerto ser muito interessanto
diferenças socines, que entre elles
existiam.
Eram amo e creado.
O cavalleiro da frente, vestido com |
Ao: mesmo tempo pedimos às
Camaras a especial fineza da com-
dará em honra e gloria dos dignos
vercaderos.
Ao mesmo tempo sollicitamos
das pessoas que estimam a prospe-
ridade dos concelhos que compõem
a comarca da Certã, o favor de nos
informarem das occorrencias que
se derem e mereçam publicilade, é
le qualquer melhoramento que 3e-
ja necessario reclamar.
CONCURSO
A Camara Municipal da Certã
faz publico, que se acha aberto
concurso por espaço de trinta dias,
a contar da publicação d’este no
«Diario do Governo,» para provi-
mento d’um dos partidos de facul-
talivo deste concelho com o venei-
mento annual de 5008000 réis pe-
lo cofre do municipio, e 1008008
reis pela Miseritonkia desta Villa
pulso sugeito à tabella camararis.
Além «das condições mencionadas
no artigo 173.º do Codigo Admi-
nistralivo, é o facultativo obrigado
ao comprimento das respectivas
condições d’admissão, que podem
ser examinadas na Secrelaria da
Camara, durante o praso do con-
Os velhos, recordavam a tradição
x e “
que de paes a filhos havia chegado
anto elles, a tencionavam transmite
tila aos netos. narranda-o durante as
simplicidade elegante incitavs a cada ; longas noitos d’inverno sentados aó
momento o cavallo, como que agita- | lume dolar, emquanto a roda girava
io por impaciencia que não podia
dominar.
Os labios contrahinm-se-lho de-
monstrando um movimento de raiva;
o resto, tomava momentaneamente
uns vislumbres de desprezo, e algu-
mas vezes soltava palavras que o
vento, posto que fraco, arrastava nas
“| suas inviziveis mas valentes azas.
O creáilo vigiava 08 mais peque
nos e involuntarios movimentos, quo
o instincto, a raiva, o desprezo ou o
odio despertavam em seu senhor; €
um misto de tristoza e afilicção as
sombreava-lhe o rosto, quando eram
mais bruscos ou violentos.
De repente o cavallo em que o pri-
meiro vinha montado, encabrita-se, 6
arremessa q cavalleiro a grande dis-
tancia, :
A poucos passos do logar onde se
dava esta sceua, erguia-se uma eruz,
que a crença popular tinha enflnrado |
com úma lenda d’amor e que era con-
servada com o cuidado que a gonte
dos nossos campos presta a esses
objectos, que lhe fazem vibrar as cor-
das mais sensivois d’alma.
te que não dispereava esses vapóres, |
nem os fazia avançar sensivelmente. mais lindas flôres do campo.
fucil comprebendor as | plicavel reverencia 0 chapéo,
As jovens enfeitavam-n’a com as
Os mancebos tiravam-lhe com inex-,
agitada pela pequena, delicada e la-
boriosa mão «a filha da cusa que,
fiando as finos vellos de 14 ou o funa
estala torcendo as fortes fibras do h-
nho, que mais turdo deve dar o bra-
gal, em quo consiste o principal luxo
do lavrador beirão.
Essa historia, recordando dns
victimas d’um amor desgraçado, que
uma após outra ali encontraram &
morte, está hoje esquecida, Só alpura
ancião se recordará d’esmes transes
dolorosos de duas almas, que, unidas
pelo amor, e depois minadas pela
saudade, ali encontraram o esqueci-
mento para as suas ponas.
Foi aos pés da eruz que o caval-
leiro foi cahir.
O creado que o acompanhava pres
cipitou-se do cavallo com a rápidos
do ra.o, e abandonando-o aos sens
prantos instinetos toou cm goccarra
o seu companheiro, tabido o talves
ferido.
Aos primeiros passos porém, os
pés encontraram um vubstaculo ines-
perado, e cahiu timbem, mas na
quéda encontrou um corpo flaceido
que lhe amolleceu a pancada.
“De repento erguen-so, impellião
por um movimento instinttivo de-hjr-
jror,o de-hjr-
jror,@@@ 1 @@@
ie Ra
, “podia ainda-es
“4% de dezembro do
caro. O
1887.
t
Ivo
9 Provedor da Miscricordia
í
Presidente da Camara
3
)
| + ja
Pedroso Barata dos Reis
Antonio! Pires Franco.
ar
CONCURSO
A Camara Municipal da Certa
abre concurso de lrinta dias, à con-
tar da publicação deste annuncio
no «Diario do Governo.» para pro-
vimento das cadeiras d’ensino cle-
mentar do sexo masculino da Fre-
guezia da Cumeada, e do sexo fe-
minino da Freguezia de Pedrogão
Pequeno com o ordenado de réis,
1004000, e gratificações marca-
das ná Lei,
Certã, 24 de dezembro de 1887.
– O Presidente da Camara
tê Ivo Pedroso” Barata dos Reis,
tpm
Reuniram hoje os socios do Club
1 ] ?aq o
Certaginense, ha dias creado nesta
villa: à bo
Uonsti-nos que o fim para que
se reuniram fôra a leitura € appro-
vação do projecto de Estatutos.
E feet
OS THBATROS DA EUROPA
Existem – actualmente 1:407
Ahentros: a Haha, com uma popa-
Jação de 28 milhões de habitantes
possue 348; a França com 36 mi-
lhões, tem 337; a: Allemanha com
hÃ, tem 193; a Austria com 24,
4en1-142; Portugal com & e meio,
tem 45; e à Russia, não obstante
* = >g3 seus 80 milhões, não tem mais
aque 44,7
“Com as mãos havia tocado uma
humidade fria e vi
À “A juz exopuse lar da mashã, mal
ve selo; assim mes-
mo reconheceu estendido um corpo
nmano, Re E
“Nu présonça do dois “corpos, 0
desconhecido ficon in leciso para qual
“dos dois, se dirigiria primeiro,
“Um suereto presentimento o pren-
dia ao que o:tava a seus pés; a ami-
zade, chamiva-o para o outro, Ven-
cendo-se porém, segiin essa voz se-
ereta. Daixou-se o tacteon-lhe o pnl-
so. Não sentiu o mais pequeno siznal
de vida. Palpou-lhe os membros; es-
tavam frios.
Cumprido aquella dever, marchou
Avante: foz à musina observação san-
“tin um leve arquejar da cuixa thora- |
“eidi, é percebru umas pequenas con
tra ções do coração.
Santom sa no chão ersteu o com-
* paoheiro » amparou-lhe a cabeça.
Descjariw: prostar-lhe ontros soe
“ corros; mas como, estando tão. longe
do povmado. e gs À y
“Longa foi a espera, .Sgrando aan.
“ciodade. | Ee
A cada passo tacteava-lhe as caró-
“tidas, corria-lhe 4 mão pelas fontos,
: “escutava-lhe o mutrmurio respiratorio,
e lagrimas ardentes de profundo sen!
“timento lhe sulcavam as faces.
x O horisonte, tinha se pouco a potco
iluminado do lado do nascente. :
“A cortina de nuvons que so ceton-
[antos, ha;
Love
; E | í
titimendo goipo deu na
Co’a folha carcomida, e
Dizendo assim, da esqui
me im
Muitas vezes succede deitar san-
gue pelo nariz ou ter uma forte he-
morrhagia proveniente de uma qué-
da, de um golpe. ele, Se o sangue
não estanca, expontancamente, ou
se resiste aos meios orinarios, eis-
nos afílictos, atrapalhados… E en-
tretanto o remedio é façilimo € está
bem perto de nós. Qual é à casa
onde não ha uns ramos de salsa?
Esta planta é um excellent he-
moslatico. Pisa-se hem fresca, e se
se trata de hemorragia pelo nariz.
tapam-se com clla as ventas; se de
um golpe, applica-se sobre a ferida:
O tesuliado não se faz esperar
muilo
Ne Lá
RATOS E MAÇAÇOS |
À praga dos ratos e dos maca-
dia; em jvoita, da terra algum temp
se TO alér
* A esta claridade,
vam. – estada Sica
A! direita crescia um pinhal-novo,
que requeria ser desbastado, A” es-
querda, em graciosos declives, alguns
tampos -semeados de milho.
“Além, uma vinha pomposa e luxu-
riante, deixando advinhar que debai-
xo dos verdes pampanos, se escon-
iliam os frnctos-qne breve entrariam
em maturação. miar ea
Sobre os seus joelhos a cabeça do
compwbeiro, que havia momentos
começava a dar alguns siguaes de
vida,
Mais longe um outro corpo, com a
face virada para a terra, e com aim.
mobilidade d’um cadaver. De mais
ninguem se aproximava. o
“Tudo estava deserto. É
Só a cotovia cantava os seus tris-
tes o melodiosos hyrmios, celebrando
a volta do dia, e o vento gemia le-
vemente por entre a ramagêm do pi-
nhal. ess f PPA sato
Elle chorava ao encontrar-se n’nm
destes momentos que nunca esque-
cem, por mais longa que seja a vida
rdraguelle que os passou.
— Jos6… ella… Infame!.,. Foram
as primeiras palavras pronunciadas
cos, destruidora dos fructos das ro- doer.
ças de 8. Thomé, está atormentan=| – =.
| Uma barba negra e espessa emol-
nb E
“Iguida,
p= =Uii! greatyrio! Ê
vá cintura,
ta que te ensino,
sima NINO. o.
ira dura.
le
Com tal força, que della o fogo tiva
em continente,
Sosinho brada, lodo accezo em ira:
Ah! tens a’alma de fogo! Impertinente,
hã se retira;
Não brigo por ser arma diferente.
Ricardo Faria.
do. os roceiros d’aquella feracissima
ilha. :
Estabelecem-se premios aos ser-
Viçaes que matem uma determina-
da quantidade de macacos (a tiro)
e apezar de ser a carne destes O
manjar favorito Dara Os negros,
sabe-se de uma propriedade aonde
cerca de 1:000, quantidade” insi-
razia no cacan, milho, cafê, etc,
ele. Eddie –
Contra os milhões de ratos, são
impotentes os cães, gatos, raloei-
ras, armadilhas e arsenico.
qe
—0” mamã, doe-me muito este
dênte; eu queria tiral-o. ‘
ao dentista. — É
—Ao dentista não, que faz
“Então como queres tu?,.. –
face
E fronte “e rosto, para “onde ttimosa-.
claramente 08 objoctos que (o: cerca-|mento voltavam, apesar dos constan-
Sater E jtes esforços do companheiro,
“O nariz levemente aquilino; a boca
regularmente lançada; os olhos ras-
gados, que em certos momentos de-
veriam lançar poderosos efluyios ma-
gneticos, e assombreados por espessas
e bem lançadas sobrancelhas; a tez
alya e delicada era um typo verda-
deiramente bello. Rana
Poncoa poaco, o sangue girou com
mais força; a respiração augmentou
de trequencia; as faces coloriram-so;
fez alguns movimentos authomaticos
com os membros; olhon em volta de
si, e contemplou com pasmo esse ou-
tro corpo, que. ijazia estendido a al
guos passos d elle, É
—Unde estou?! murmurou em se-
sem ter notado que repoisava,
a cabeça sobre os jus hos do compa-
nheiro.
Na Cruz dos Namorados meubom
senhor. Respondeu aqnello,
Ah! E’stu, meu bom João tor-
mou q mancebo. No meu desmaio fal-
lei? Perguntou pouco de Epa
palavras “oltas que nada, si nificam.
Sempre ella o nada mais. x
pelo mancebo que mostrava ter de
2% a 26 annos de edade,.
cando o tadaver.
Fomos “atacados? Que acontecen?
Interrogou elle. pow
em alguns mezes se tem apanhado |.
gnificantissima dos que ali fazem|.
—Pois sim, meu “filho, vamos!
— Pouca Sousa, senhor Alberto, | d;
==”WU-Dic mititos doces… à uu:
diz que faz cair vs dentes!
em
Em Alvorninha, suicidou-se uma
senhora, procurando um genero de
morte, como nunca Linhamos ouvl-
do descrever, e que nos parece da-
ria capitulo novo numa” estalislica
de suicidas. sem
A pobre senhora: padecia de
alienação mental, e preoecopava-a
2 adein de que a queriam matar.
Pugiu de casa, relugiou-se nos apo-
sentos duma visinha, e ahi fechan-
»40-S€ num quarto, pegon fogo aos
fatos e morreu queimada!
Era natural da Marinha Grande
e pertencia à distineta familia Pe-
reira Crespo, d’aquella localidade.
Notas de Espedição
A 80 réis o cento. Muito supe-
riores a 120 réis. Vendem-se na
typographia d’este jornal.
——>——— e
Noute de inverno
Dezembro quando veste
“O manto seu de arminho,
E o escuro torvelinho
Empana o azul celeste…
E sopra o agudo léste
No arido maninho,
Deserto é o caminho,
E a noute é fria, agresie,
Que doce então scismarmos
Na alcova socegada,
E, quasi adormecer,
“A fronte reelinarmos
Na onda aveludada
– De um collo de mulher! -.
Gonçalves Crespo.
Não meu bom amo. Talvez o
vos Jançasse a terra ospanta-
aver. Foi tõo inesperada a
‘quéda, que não posso explicul-a, -a
não ser d’esta fórma, .
— Talvez assim seja. Mas quem o
matou? Interrogou ainda o mancebo,
=lgunoro-o. Mas vamos ao que
importa, V. Ex.º estã ferido? —
Não sei, mas creio que não: re-
torquiu’o manceho, no momento da
quéda vinha tão distrahido, que não
dei por cousa alguma até ao momen-
to em que senti o cavalo evcabri-
tar-so, e arremessar-me para este la-
do. Ao lembrar-me da lenda quo se
conta relativamente a esta crus edas
Circumslancias que se teem dado co-
migo, oecorreu-me com a. velocidade
do relampago, que ia aqui morrer,
canção. ‘ SE
—E soltasteis um guito.
co Talvez não mo lembro,
E” tempo do apresentarmos ao ros-
so leitor este. segundo personagem,
sobre um tronco de linhas fortemente
pronunciadas, o de proporções mais
do que regulares, pousaya uma cabé-
Sê, que um estatuario cubiçaria para
modelo de esculptura onde houvesse
de fazer um misto do energia e bon-
dade caca 0 E :
Nos tabios brincava-lhe sempre um
sorriso de bondade. | es
eo depois; indi-
; 5
1
Continua.
como esses desgraçados de que fulaa |@@@ 1 @@@
Ê
” na passagem a graciosa curva de
affustado,
– nava visivel o seu airoso e peque-
– detes é guardadas. nas, cumi
* pelos moinhos afastados.
“ampare-me do outro lado, disse el-
“puidos olhares, esquecidos.de tudo.
us cs
“a custo, deitou a corre
as err aÃão k É
— fóral
FRAGUEATOS
—————————
Vamos à praia, dissera ella ale-
gtemente.
— Como quizer Laura. Ru acom-
panho-a.
“juntos desceram a encosta ári-
da da montanha que corre sobran-
ceira ao mar e onde espalhados aqui
e além, os cactos salpicam com a
sua folhagem carnuda é verdejante
o escuro do terreno.
Como o caminho fosse muito es-
treito, Laura appoiava-se no braço
de Alberto. A brisa fresca do ocea-
no fazia-lhe ondear o veslido € tor=
nino pé. E elles iam descendo, mui-
to “unidos, silenciosos, cuidadosos,
em “não escorregarem no lerreno
quasi talhado “a prumo.
A meio pararam. O panorama
era explendido,
Em baixo estendiam-se as aguas
socegadas e tranquilas que vinham,
dobrar-se na praia, fazendo ouvir
um murmurio compassado. Ao lar-
go, vogando serenamente com os
latinos enfumados, destacavam-se
os barcos de pescaria que voltavam.
Gaivotas e maçaricos de plumagens
alvacentas cortavam o aspaço n’um
vôo rapido.
Para o nascente descortinava-se – —
paizagem verdojante dos logare-
pados e plantações extensas, ma
sadas, pelas casil 1
O sol já um ponco inclinado pa-
ra poente, feria em myriades phos-
phorecentes as aguas do oceano e
estendia-se pela paizagem fóra.
“o — Formoso panorama, disse/ |
Laura. –
= — Está aqui a belleza desta vi=
da ignorada do campo.
E, continuaram descendo, affas-
tando..as- pedras soltas com receio |.
de cahirem.
Estavam proximos. Era apenas!
preciso saltar um pequeno muro é
“achar-se-hiam na praia.
– — Salte primeiro, Alberto, é
la rindo e deixando ver.uma fieira
“de bonitos dentes,
— Cuidado, Laura.
Do lado opposto, o rapaz ampa-
rou-a. Mas Laura deixára admirar
uma perna lorneada, i
“Estavam finalmente em baixo.
“Naquele instante, emquai
aguas queixosas vinham murm
E
à praia, os seus olhares eruzarame| tas que. admiravam aquelle espe |
Fe “ide aee ds a É me e
Uma sensação profoniia e initen-
sa insadiu-lhes os corações juv
Permaneceram embebidos em
Tan-|
rindo,
Subito estremeceram:
: pelo areal!
nã,
e E
E
“Alberto seguiu-a. aa
cnmvisinhos. Laranjaes co-|
lantações extensas, mali- | cida-ao lraço do companheiro.
i De repente porém, na sua mão!
ta umarlageima ardente, Fitou
Alberto e vio-lhe os ólhos mareja-|
enis. | de
mos das
lencia. Não sabiam o que disses-
sem.
— Que tristeza a nossa, princi-
piou Laura.
— Tristeza para mim bem feliz.
Estou junto de si e isso dá-me ale-
gria.
— O que quer dizer?
— Dizér-le pela primeira e,
quem sabe, ultima vez, que a amo
com delirio.
E alberto estreitava-lhe as mãos
sinhas delgadas e pegueninas, en-
volvendo-a n’um apaixonado olhar.
— Então que creancices são es-
sas?!
O rapaz levantou-se, fitou-a um
momento emhevecido n’aquella po-
sição que ella occupára, e disse-lhe
gravemente, com os olhos razos de
lagrimas e os labios tremendo pela
commoção: ;
— Tens razão, Laura, fui um
louco em lhe declarar um segredo
que devia morrer commigo. Ama-
do, sempre com q mesmo fervor e
a mesma abnegação.
— Sabe que me vou casar e que
o não devia ouvir.
— Retira-me tambem a amizade
de quando brincavamos jtntos ?
== Não: alê lhe perdôo, o que me
acaba de dizer. Vamos.
E, silenciosos lornaram à subir
islã nelo nesipo carreirinho.
a encosla pelo n
dos: ia interrogal o mas elle, -vol-
os barcos que tinham já chegado,
disse-lhe: E pe
homens que formam a companha
da pesca andam alegres.
11
Um anno depois, na mesma praia,
numas lormosissimas oito horas de
uma manha de setembro, a joven
:[condessita de M… preparava-se pa-
va tomar banho.
“ Durante à noite soprára uma ra-
jada forte do sule, apesar da ma-
drugada se apresentar amena, o
oceano resenfido de poucas horas
tinha forte arrebalação.
“Com o dorso um pouco picado,
“cavando e erguendo-se adlermada-
mente em convulsões, ondas gigan-
lescas que se despedacavam com
ria nos salpicando com
os flocos punia as basibis-
claculo soberbo.
Gr
pos ile jovens madrugadoras,
bellos cahidos € toileltes ma-
passeiavam pelo areal, rin-
que-o oceano socegasse… Algumas!
vezes, unidas, corriam para Os cl-
| -penedias -marginaes, e)
ahi; a dois-metros de-ondas, fia-.
vam admiradas aquela extensão va mais perto do
Foram-se sentar num T
Essas Raro
Irexollas da
“ 7 A CRE
PE
U sungue girava lhes com vio-
Fa-hei embora esquecido e ignora- |
“Ella encostava-se como na des, AS :
rat Tem eriatuivo topuva 0. banho só.
| ra Es 5]
No emtanto, um dos banhuirosap=|
tando-se para o mar e apontando!
—bOlhe, Lanra, como aquelles)
do numa alegria franca e à espera |
Os Danheitos, fortes e ageis me,
rilimos de espaduas largas, fuma-
vam encostados aos barcos em se-
co e contavam acontecimentos do,
inverno anterior,
Os homens disculiam entre si as
vantagens da estação € referiam
casos succedidos nas praias, pelo
arrojo de muitos.
Foi então que se abriu uma das
barracas e d’ella saiu à condessi-
nha em trajos de banho.
Estava ainda a mesma rapariga
estouvada que descera e subira no
anno anterior o carreirito da mon-
tanha.
Os seus cabellos de um louro
castanho cahiam-lhe abandonados
sobre um elegante fato, deixava
admirar uns braços brancos e um
pequenino pé torncado e bem
feito.
—Cuidado, condessa, disse-lhe
o marido sabindo do grupo onde
conversava, repare como está 0
mar. A
—Qra não é esta a primeira
nem espero seja a ultima vez, res-
pondeu-ella com um sorriso.
E correu para as senhoras que
estavam junto do mar.
“O conde, um rapaz da capital,
de longos bigodes pretos e ligura
afeminada, encolheu os hombros
ao vêr a resolução da esposa e.
negligentemente, lirou um cliaruto
que accendeu.
A condessita aprendera a nadar
proximou-se d’ella e fez-lhe notar
(ue se ja arriscar a um perigo,
teimando em querer entrar magua.
— Espere V. Ex.* que temos
ressaca forle c o mar puxa para a
—Não tenhas receios, José, de-
mais, foste’tu que me ensinasle à
nadar, Do
—Verdade seja que me otgulho
«isso, no emtanto ..
—No emtanto tens medo, Pois
vou-le provar que sou mais: cora-
josa.do que tu. E
“ E Laura desembaraçando-se d’u-
ma’toalha que trutia, correu para
o mar
— N’aquelle instante apparecia Al-
berto no Lopo da montanha.
Desceu lentamente pelo carrairo
“e veio cuçostar-se a uma das. bar-
racas. Ê E
Estava tambem o mesmo rapaz,
apenas se conhecia que havia uma
constante Iristeza naquela phy-
sionomia atlescente. O seu olliar
vivo é exprimínido. Tranqueza e
lealdade, estava fixo no marc.
“A condessa mergulhara e fóra
[surgir ao largo no cimo de uma
vaga enorme. À” mercê das ondas,
ora era levantada e envolvida pela
puma, ora desappavecia por de-
traz de unia nova: montfúnha de
aguas RA ar io
Estava muito longe,. afiefias se
percebia a sua pequenina cabega. |
Subilamente lodos correram
perto ar e sollai
um grito afitctivo.
f
Per vbia-se pi
Rpg ço
a condessa, tn
pouco cunçada, era levada quis
pressuca o fazia inlvis usturços pre
ta voliar,
O conde, não abandonando a
sua posição de fidalgo e vindo um
pouco ulé, disse para vm dos ba
nheivos que a tosse Inisear,
—Lembro a V. Ex, respondea
estes que será preciso um bole. A
distancia é grande e entre nós não
ha nadador que a vença,
A condessa estava perdida à visa
ta de todos; uns minntos mais €
mergulharia para sempre,
— Vinte hbras a quem salvar à
condessa, bradom o mario.
—A somma é boa e nenhom de
nós a rectsadia, disse-lhe um velho
matttimo, mas a nado é impossivel
alcançal=a,
Cincoenta..,
—hNão se trafa de dinheiro, sos
nhor conde, cada um de nós estis
ria já no mar se visse que podes
riamos salvar sua Esposa com a
forca dos nossos braços.
E alto para à comparnhas
—Ulá, rapazes, a lancha gran=
de e quatro braços para os remes,
Todos correram para o barco
mencionado, mas antes que ella
tivesse alcançado acagua, Alberto,
despido rapidamente o casaco e o
coilete e descalçando-se, correu
para as ondas e mergulhou,
—Quem é, perguntaram as se-
nhoras admiradas pela ousadia Pas
quelle mancebo. 1
– v o primeito nadador d’es.
PE a DS ;
2 “OMG” Debi CAPAZ 6
tatila temeridade, respondeu um
banheiro,
—Qumo se chama? perguntava
o condeo
«8º o’sr. Alberto, um valento
tapaz, disse-lhe o velho banheiro,
Todos os olhares convergiram
tio mesmo ponto, Alberto cortava
as vagas com à percia de um mas
rinheiro € approximava-se rapida
mente da condessa:
Um grito dalegria sabitu de. tos
dos os peitos. :
— Wstá salva, disserant alguns,
— Valente rapaz, dizitum as ses
nhoras;
(Conclue domingo).
1 0 nosso jornal sairá regular»
mente aos domingos, O que não
succeden este muniero altcudendy à
solenidade du dia
“ Achasse quasi restabelecido dj
pertinaz doença que la tempos uy
accommnelteu, 0 ex. sit conselho
ro Anlotio Rodrigues Seite, djs
gnissimo vicesalnuirante da mari»
ulia» ]
O promplo e completo. restabe-
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VO JURIDICO — de A, 6, Vieira
Paiva, editor, Rua do Bomjardim,
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LEGISLAÇÃO IMPORTANTE
preitadas, de 28 de abril do 1887. —
Urganisação dos serviços technicos de
obras publicas, de 24 de julho de 1886,
e mais legislação posterir. Regula-
mento para os serviços bydraulivos,
de à de outnbro de 1886, —Organi-
sação dos serviços florestues, de 25 de.
novembro de 1886. — Organisação dos
serviços agricolas, de 9 de dezembro
de 1886. —Urganisação dos serviços
anti-phylloxericos, de 9 de dozembro
de 1886. —Instrucõões para a venda
zembro de 1886,—.-
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