Certaginense nº5 07-11-1889

@@@ 1 @@@
mente
“de extraordiiarias absurdid
da estofa do sr. Alves Mendês
“ quezas de sandeus. Teéinos nã am
RTA(
Administradct proprietario-==J. M. Grillo
| ARNO ea
ASSIGNÁTURAS
.coi 1$200)
Ea 000 |
CW Quinta-feira ? de Novembro
|
t de linha
| Annunei
os, cada Jin
Editor responsavel-=A. Pires
PUBLICAÇÕES”: a
“No corpo-do jurnal, cada linha: ou espaço **
a ou espaço de inba 40. »

ránco sd re
80″ réis
NUMERO &
| Y | Repetições, cada linha ow espaço de tinha 20»
(Numero. avul dia “o, de 1889. | Annaneios permanentes preço convenciomal, ” «|
Braz ESA ! | Os srs. assignantes leem 6 abatimento de 25 p.’c.|
Africa, ano – 25000) || Toda a correspondeneia— dirigida à administração ||
* a bem de muitos, é um crime; ca guerrai ——E>75E23A5 FDL Ea
* & é o assassinato, o roubo, à prostituição, +: | ELEIÇÕES
“Questões Fensind
“JOÃO DB DEUS
BA
CARTILHA MATERNAL
gi as mais celebres e mais ic
lhantes conquistas nos dominios da scien-
cia e da arte; entre as mais transcen-
“dentes é luminosas concepções de toda
— a ordem; que se admiram ao expirar do
) ! !
ultimo quartel do xix seculo; a «Caiti-
“ha Maternal, istô é, o metliodo sublime
de Joio-de Deus; deve otchpar incoii-
testavelmente, um logar assás distiheto.
E” racional, bella e felicissima a des-
cobert ir omparavél do entinente e mi-
moso poeta das «Flores do Campo».
No meio da enorme alluvião de pseu-
do-cartilhas que desde muito enxamea-
vam o mercado dos livros escolares, a
«Cartilha Matertal véiu preshcher uifia
importantissima lacuia, fazendo que se
assentasse de vez n uma fórina unig
a de
a, é acabar detimti
ensmo
neraveis e ret?
dos sg us, que até ali Ji mn sido o
AR se ex “
sinistrô pesadelo dos prof
tortura inquisitorial dos discipulos:
As antigas nobrezas, ainda hoje arrei.
gadas n’uma parte da sociedade-—por-
ventura mais elevada mas menos culta
pelo sarigue e pela tradicção, eram duas
— «armas é lettrasr. D’ahi as carreiras
que elevavam o homem a topetar no
marmore ou no bronze das estatuas, ou
nos sumpluosos altares das cathedraes.
À primeira, esteivada de abrolhos,
cheia de durezas e. privações, febril,
irriquieta, cortada de teyezos ou de oya-
cões«delirantes, ainda hoje faz retumbar
as auras que as coroaram, nos sarcopla-
gos dos reis como Frederico, O «Grande»,
e dos imperadores tomo Napoleão Bo-
naparte. a ER
Triste gloria, porém, é aquella que se
adquire. à custa do sangue da Irimani-
dade: Na alternativa de optar pelas au-|
ras de um. guerreiro fumoso, oii pela ce-
lebridade de um idiota ao mesmo tempo
curioso e irresponsa
él como Jayme José
” . EM . .
Ribeiro de Carvalho; confesso leitor ami-
go, que era preferivel o celebrismo do
solitario d/ Ajuda; porque o irem unico |
crime teria sido esvasiar tinteiros, dar
o maximo expediente ás fabricas de
ES A pd ” é
pel e parti à gurgalhada indigena.
| Ora q guerreiro tem de derramar san-
gue, e 1ão vejo, cin face da sã pliloso-
phia e da razão; que alguem tenha o
direito de tiva o que não póde restithir.
a não ser em defeza, propria; ou
a desordem, o cateriminio! É
Existem as guerras, porque existem
Os exercitos permanentes—escreveu al-
gures um grande pensador que já hoje
dorme o somno eterno na paz do tumu-
lo. j
A segunda carrbira; a das letras; essa
sim que era, e será sempre a mais bri-
Jhante nitro as brilhantes.
Serena, pacifica, tapetada de rosas &
de loiros, incensada com a admiração
de coevos e vindoiros, rotor homens
como Virgilio, Petrarta, Camões, Vi
ctor Hugo, ete.
Na antiguidade, dava-se geralmente
uma espada ao individus que encetava
“arreira publica; hoje, dá-se-lhe tm
liyro que lhe ensine os deveres € os di-i
feitos que tem a Gunprir para comsigo, |
“a, com a famiha propria, e para com]
| ess” outra grando fami a comnmum que se |
:chama, Sociedade: Hoje, as espadas fe-
mecemoxydadas nas bainhas
i
; e se alguma,
[vez sácm, é por intribas da velha egoista
4 x A
Albion:
Continuatemos,
4 e: ;
Abilio David.
ERP = Pesa
esta folha um artigo do Ex.” Br,
Fernando Mendes,
No promo numero publicará |
RA i q
No dia, 3 do. corrente – procedeu-se
m’este concelho à eleição dos corpos ge,
rentes, sendo eleitos:
“. Procurador 4 Junta geral. :
Dr. José Domingos Ruivo Godinho.
“amo + Substituto,
Antonio da Silva Marçal,
Vereadores da Camara Municipal.
– Bffectivos ‘
Dr. Guilherme Nunes Marinha:
Dr. Antonio Nunes de Figuiredo Gui-
marães, Rio ,
Ivo Pedroso. Baratta dos Reis.
Antonio Pires Franco. –
João Nemezio da Silva..
José, Viturino “da Silva.
Manoel Joaquim Nunes.
« Substitutos gta uia
Franeisco / Exaquil Fragoso Serrano.
João da Silva Carvalho.
José. Alves Correa… .
Rufino Victória da Matta.
Francisco: Farinha David Leitão.
Joaquim Ferseira Quimaries Lima. –
Emygdio pe Sá Xavier Magalhães. |
Os elitoares d’este concelho mais uma
vez reelógeram a mesma camara ‘com-:
posta na maioria de regeneradoras, e os
restantes de pulitica desconhecida. ”
: Procedendo assim deram 4 :illústre
Vereação a prova da sua confiança. 7
Não podia deixar dé ser, porque to-
das as obras importantes“ que sé teem
feito na Certã são devidas 4 “iniciativa
de suas ex.* e portarito, répetimos, bem,
avisadamente andaram, reeleégeo-a cama-
xa a que sé devem 0s progressos d’esta
villa. ! ;
O DISCURSO DE ALVES MENDES
ACERGA DE
ALEXANDRE HERCULANO
Isto pensou-se, isto escrey
disse-se e pelo cerebro é pela
pela boca do sr. Álves Mena
Confesso, presadissimos leitóres, que
parei espantado perante esse punhado
ades que se
Pum prin-
s que são abo-
roprias de um esexiptor
-se, isto
penna e
comprehendiam é explicaria
cipiante inconttiente, 1
solnt,
fra-
dosa
proposição do eonego uma prova bem
evidente. ‘ ; à
E foi para isto que tertó jomnal, que
não possue lá um unico redactor de com-
petencia em assumptos de litteratura,
Us grandes espiritos teem és ve
– nos andou para, ahi à byfar. aos ouvidos
que o sr. Alves Mendes é 0 «principe
da palavra!» Ei
Principe da palavra!, Mais devagar,
senhores; ande nos querem levar? Que
desorientação é essa? 4
Ou, os senhores não avaliaram bem .o
enorme ptzo da phrase, ou lhe desco-
0% & por isso a en
pregaram com a ins encia Jeviana é P
dantesca de um alumpo dinstracção pri-
maria. à !
Escolhaim.
*o *
joã , cap
gundo o talentoso orador sagrado,
na littévatura portugieza houye simples-
mente, dois homens eminentes— Luiz dé
Jamões e Alexandre Herculano: Todos
os outros preexcellentes escriptores que
têm enriquecido sobejamente a ttera-
tura nacional com vbras montuuentacs,
foram «pennas mais on menos aparadas, »
umas personalidades de maior ou dê me-
nor talento, as suas obras centanguidas
produeções,» e daqui não ousaram pas-
sap! PR j
E? pasmoso, forniidalosamente pas-
moso, mas está escripto e foi dito pelo,
er, Alves Mendes. ER
Em qualquer outro eseriptor que não
houvessê dado as provas publicas do in-
concusso talento e saber com. que se
tem affirmado, mais de uma vêz, na ga-
leria dos escriptores portuguezes de: su-
bido mérito o famoso orador sagrado, |
similhantes proposições — excluindo a
parte. respeitante a Camões que foi
um genio-—ou provotariam simplesmente
o sorriso do mais soberano desdem, qu
seriam apenas um deploravel attestado
ida profunda ignorancia de quem qusasse
publicadas: ; fora
“Na verdade, é bem dificil a situação
“vitico—se Peste nome alguma Coisa
t nte dos vôos auda-
ciosos de um talento caprichoso e des-
egual, assim se destriba. e; desmaia,
f adô nas, azas potebtes da mais des-
enfreada e phantastica hyperbole que se
é conceber em espiritos superiores.
1 Sim; seria deveras embaraçosa para
“determinar arelo alhcação; se d próprio
anctor dodisenrso sênão howvera entarre-
gado, inconscientemente, de se refutar
à si proprio, citando aquela pleiade’ de
enormissimos talentos, ent£e os quaes
figuram verdadeiros genias-—o que Her-
[eulano decerto não: foi-se alguns até
lhe foram superiores, nú. poesia como
na prosa ainda mesmo. apreciados à luz
da Jodietha geração, como por exemplo
—o:padre Antônio Vieira, E
: Argumentarci mieste ponto com tm
ouw’outro dos nomes de-que falon sex?
o sx coiego Alves Mendes, para não
me. explanar demasiado nestas ccorre-
rias venatovias pelos montados da eritica»
— como Meste vaso escreveria O sr, Ale-
xandre da Conceição.
y ie
O celso iconego, com uma indiferença:
samento do. tônspieno ‘escripto
esmagadora, com uma frieza visivel di-
gna de melhor emprego, métteu o padre)
Vieira em ‘o numeno dos grandes talentos,
& com isto se contentou. Ha-de perdoar
s. ex:*, mas; ou conhece pouco dos qua-
torze tómos em que estão collecionados-
os sublimes, vs magestosos, Inimitáveis
e immortaes discursos: do padre Antonio”
Vieira; ou quiz ser injusto muito de pro
DONOS aa Raio RAE dE
“Porém… não; não foi, provavelmente, !
nada isto; façamos justiça do talento:
do er; conego. Foram as palavras, foi g:
penna ‘que «mon tima cilada ao pers.
: expr )
mindo, wma coisa, diversa do que elle,
pensava: Nem podia ser. de outro modo, ”
a hão querremos admittir a possibilidade
de aum desequilibro physiologico nó ce-:
rebro de s; e Falando de: Antonio”
Vieira, o qué o sr! Alves Mendes; quiz,”
oito que pelo menos a sita consciencia”
lhe: bradava bem alto, eta que o logar ‘
d’esse colagso inextedivel da penna, tal- |
vez tão cedo incoualavel, que sé cha-”
mou “António Vieira, esse gigante que”
esculpia vom 0 ciizelde Miguel Angelo |
e coloria com 0 “pincel de; Raphael de:
Rubens, superior a. Monte-Alyerne, a
frei Francisco de: Santa. Thereza de Je-”
sus Sampaio;’a Bossuet é a Massillon, 6”
no plano superrimo dos genios, dos semi-
* | deuses da penna e da palavra!
(Continua)
E sed
Abilio Davidd
Abilio David@@@ 1 @@@
a
CORREIO DE LISBOA |
CHRONICA |
E |
Repousam; emfim, no pantheoil de 5.|
Vicente, os restos mortaes de S. M. ei-
rei o senhor D. Luiz de Bragança.
Não é agora o momento aprepinqua-
do para analysar os factos que no auno |,
do reinado d’aquelle monarcha mais ou
menos fizeram agitar a oponião publica,
n’este páiz da larangeira c de batatas,
onde houve homens «que viram crescer
arvores seculares à beira dos rios», €
onde pululam «Catdes» que fazem «cre-
coneiliações sinceras», ao cabo de enxo
valharem mantos regios e salpicarem ves
tidos de rainhas! |
a a , e
Não, não queremos meste momento
resolver, —n’um dixeito aliás legitimo —
o da entita— às cinzas ainda quente
do esposo dá sentora D. Maria Pia.
Que a veneração e o respeito por um
morto, quer elle seja um presidente de
Republica, quer seja um rei, quer seja
um imperador não púde ir tão longe,
que faça calar a vox serena e justiceir:
da Historia, a cujo tribunal a “memo!
de sr. D. Luiz um dia ha de apparecer,
e onde, por consequencia, será julgada
como merecer.
Não é anós, obscuro chronista, aquem
compete fazer aqui a historia d’esse rei,
que uns tognominaram «de litterario,
outros de «marinheiro arrojado», outros
de «popular», outros ainda de «beneme-
rito», c de quantos epithetos pomposos
se lembraram, é as cirénnistancias lhes
suggeriram, nos momentos de fervor
dynastico—fetichista:
Eu, porém, que não morró de amores
nem de odios pelo finado, não me julgo
obrigado a cair estarrecido aos pós do
defuncto rei, nem tão pouco a invectivar-
lhe o cadaver ainda palpitante—se me
permittem esta figura de rhetoricar
Falo, pois, com a imparcial serenida-
de de quem não é movido pela corrente
Festa ou d’aquella dpinião, mas apenas
levado pelos dictames sinceros, indepen-
dentes da sua. consciencia: Agradarei?
Não agradarei?
Ponco importa.
Todo o escriptor qu não disser franca-
mente o que pensa é o que sente, não
é um escriptor; é uni hypocrita-como|
bem escrevem algures; 0 se. Ratnalho
Ortigão, e muito antes delle o grande
sabio e pensador, Paulo Luiz Courriêr.
Fechando por aqui o méu preambulo,|
que aliás era indispensavel para resalvar
a dignidade desta folha, e de quem sob
um pseudonymo subsereve estas linhas,
descrevaraos à largos traços & «voldor
sean»; os funeraes de 8: Mº elxéi o!
sr: D; Luiz: À 5
po k
* * |
Foi extensissimo o frestito aberto!
como é d’estylo, pôr Whi grosso piquete
de cavallaria municipal, commandado]|
por sargentos, seguindo-se-lhe uma gran-
da quantidade de trens conduzindo per
sonagens que mais ou menos exam obri-
* gados a compareger áquelle act.
Duas alas de povo que se estendia
desde os Jeronymos até S.Vicente, |
assistia ao desfilar d’aquelle enorme cer”
“tejo, com a curiosidade inherente 3 ex-
ta especie de sulemnidades, de sua na)
tureza varas. ) à ;
E
* %* 1
Fez-se uma longa espera, gner dizer,
houve um largo espaço de tempo, em
que não appareceu, nens deu signal de
vida a comitiva: Correu na maultidão que
«houvera transtorno»; e esta unt com
mentava a cuisa como lhe parécia:
Afinal surgiu uma nova turma Es caro
ruagens em que itun membros de ambas
[officiaes superiores,
tdgcentes
iorxbartam mésnio nó largo do 8
(serie de progressos, Bom se carecia
dl clle 9 HO entanto rece im possi-
ve. Go no correr Pim tedm pequens
CERTAGINENSE
allemães oc alguns
dos representantes de paizes estrangei-
vos: E y : ?
Novo piquete de cavallaria munici-
pal seguido dos «passavantes», uns ty-
(pos archeológicos, que muito fizeram rir Ihores na da localidade, do ramal,
com os seus estranhos vestuarios. Atraz
marchavam creados da casa real, mon-
tados. Apoz elles à banda dos bomber
ros: mimicipaes, tocando marchas fume:
bres, e logo os respectivos com
gal dus machinas, Para falar à
de, parcceu-nos que marchavar
melhor; do que algtins regimentos que
depois vimos quasi estropiados.
Depois, a Associação Antônic
PAguis
nas do conser
vas embarcaçõ tido «w capricho.
Depois, as carriagens com os miniaivos
à em écoches tirados a tres parelhãs, q
infante 1 ; de aspecto carro-
gusto; acompanhado do principe Hohen-
zulern, comunistas, -oficiaes Pórdens
ajudantes de campo, representantes de
do ingeitas, a corôa, é afinal
ent outra coche D: Cartos, D. Autadeu
e o duque de Montpensier.
De espaço a espaço ouviasie o troar
Jugubre da artilheria, casando-se admi-
ravelbuente com o tenpo, orá carregado,
ora chuvoso, ora melancholico.
Oiúivi ali pertoa um velho monarelista:
—=«No dia do enterro de D: Pedro V
tambem estava assim o tempo!..: E
sina dos reis—tendem a desappa
“ Appareceu, afinal, o carre de res
e o que conduzia o corpó, todos
tos de crepe, arufados em camarinsy fe-
chando o cortejo: As coroas eram em
grande quantidade, e por isso iam acun-
muladas sem arte nem gesto!
Em seguimento do carro funebre iam
o duque de Loulê, estribeiro-mór, duque
de, Palmella, commandante da guarda
real de aréheiros + o commandante da
casa militar do clerei, |
Depois, os oficiaes montados que pelo
ministerio da guerra haviam sido convi-
(dados; que tanto vale ttizer; mandados.)
[Estado maior; engenheria, artilheria, in
Hanteria, caçadores e cavallaria.
A marcha era fechada pela força de
infanteria da mnicipal, seguindo-se-lhe
artilhéria nº 1 que deveria destaco
5. Vicente uma divisão para as salvas
da praxe, presériptas pela ordenança.
: *
| e
EM S. VICENTE
Chegados em frente do magestoso ec
ficio, formaram as tropas pela ordem
que guardavam: na marcha. Cavalaria
n.º2 e 4 sepiiram pela mia da Ilfancia;
até do largo da Graça. Os marinheiros
q, Vicente
seguindo-se todos os outros «orp
% F a
* |
LVAS
Foram uma verdadeira pandega, as
alvas “Aguilio não crum descargas cer-
radas—era verdadeiro fogo à vontade,
ém ordem de atiradores: Os pobres sol-
dados, áiqueila, hora da tarde desespera-
dos, Com os estomagos vastos, tinham um
aspeeto cartaneudo e pouco pata graças,
“Pudera! Sé a ração da manhã não ti-
tha sido nenhima fartura!
(Continua) Ro dao E
; Samuéi cetb.
DR TS mer gra
THEATRO
Cada anno que decorre, têmos a re-
gistrar na historia deste concelho, uma
lapso de t sistdo à tar
vidincdar é csvisilação.
iobez- |
|celho e Somarca, e que está destinada
|que ultimamente tem obtido nos seus ar-
sjnova e el
sente memorial indicando as quem:
| Ribeiro, Carlos Guilherme Ferreira Ri-
No espaço de cinco annos, se a me-
moria, nos não falha, temos a enumerar
a reedificação da tua do Valle, abaste-
cimento de agua, construeção do mata-
douro, da praça nova, do talho, dos me
ds
atr da villa, avenida do Trinchete,
cre de Monte-pio: e do Club, que
e f e mn 4
tornão a Certê, se não uma terta boa
orute se encontra-o necessario ao bem
esta do povo, ao menos uma villa que
olfereco as commodidades auficientesidon-
ge do grande rebolico das cidades mas
úo meio das mais suaves delicias cam
pestres; e duma harinonia inalteravel,
No meio de tão progressivo desenvolvi-
mento, faz-se porém sentir um decerto
dos mis + € que maior Rupulso por
Quando vemos todas ou quas quasi
rodas as villas de Portuga] redobrarem de
forgós para formar Gm seu seio um
theatro, lamerntamos que só a Certa,
que devia marchar na vanguarda da É
vilisação, se mbstre: refractaria e indi-
ferente a tão grandes melhoramentos.
J verdade que ha cerca de dois annos
se trabalhar para este fim, mas até hoje
inda não vimos apparecer o frueto de
tal trabalho, i
“E certo que no dia 21 de dezembro
de 1887, possuidos do mais. acrisolado
amor patrio, algutis cavalheiros desta
villa, constituiram-se em comissão e dis
rigiram aos seus contertanco, residen-
tes ho império do Brazil é em algumas
localidades do continente um memoran-
dum do seguinte theor:
«Os abaixo assignados meradores na
villa da Certã, desejando” promover o
engrandecimento e prosperidade d’esta
antiga villa, séde d’um importante Con.
a ser o emporio do oommercio da Beira
Baixa, logo que se últime o erusamen-
to dis estradas em via de execução
Pentro do Concelho resolveram fazeé edi-
ficar wn theatro, que, serviádo de pode-
roso elemento de civisilação e moralisa-
ção, venha concluir a grande obra da re.
centração material e moral da referida
villa encetada. com os melhoramentos, |
rmuamentos, com O abastecimento Vags
‘potaveis é com a construtção. de um
mto | práca, satisfazendo á
[sua mais muperiósa necessidade actua,
Nesse intuito decidiram constituir-se
em comissão, que realise tiló importan-
[te milhoacmesto, e abrir uma subscrip-
ção entre as seus contorrancos, con o
him de gruigear o; InGios’ precisos para
tão importante emprehendiménto como,
: enediento de que podem lançar
/ :
; ssa conformidade veem pois os ss
PA : e
gnatarios appellar para o patriotismo dos
acus patrícios residentes nó Imperio do
ação para um tão justo fim, rogando-lhe
se dignem inserever seus nomes RO pre:
com que subsereverem; as quaes poder?
“Thesoureiro da Comnussão Antonio Pires
Franco, esta villa, como melhor enten-
Por tão subida finésa desde já se con-
fessam agradecidos». ,
Certa, 21 de dezembro do 1887.
O Pr
rinha:
idonte:-— Guilherme Nunes Ma-
í ER al PM
Os vogaes:—Antonio Nunes Ferreira
beixo, Antonio Nunes de Figueiredo
Guimarães, António Baptista d’ Araujo.
O Thesonreiro: — Antonio Pires Pran-
co é
Estes imemorandos: foram expedidos
se apu
tadora morte atrebatava dois amembros
da são; o primeiro o sr. Antônio
Nunes Ferreira Ribeiro, que foi substi-
as casas do parlamento, e de algumas
de algumas corporações scienutica
ults retorna
empo tenhamos e
sfaio, e o segundo o st, Carlos Guilher-
wido pelo ax. Josó d’Almeida Ferreira
(Dorgos (Hungria) um individuo chama-
Brazil pedindo-lhe a sua valigsa Covpe-|
entregar à pessoa, por quem o mesmo!
lhe for apresentado, ou ou envial-as ao/
para as diversas localidades e antes que)
se o resultado final já a devas-|
me Ferreira Ribeiro, de saudosa memo-
via, que ainda não foi substituido: Ses
gundo nos consta já se teem recebido
varios obolos, no entanto ainda não es-
tá dibnitivamente escolhido o local para
a construção, o que deveras sentimos,
Avante Sr. já que affrontaram o pe.
dir, não trepidem agora, quando já pou-
co resta fazer, mostrem mais uma vez
a sua energia e boa vontade, resolvam
dificuldades mesquinha e construão-nos
ao menos as paredes, porque para isso
talves já chegue o capital existente, e 0
restante, attento o, ardente desejo de
que estamos pessuidas, se angariará.
Já temos dado subejas provas de quan-
to somos amicissimos de theatro; por
diversas vezes temos feito parte das reci-
tas d’amadores que se teem dado n’este
villa, e em nome de todos elles, decla-
ramos 4 nobre comissão que poderá dis-
per das nossas modestas forças, porque
estamos plenamente convencidos de que
os lucros que se anferirem com recitas |
quizenaes ou mensaes, à comissão pos
derá fazer face às finaes despezas, de
certo as menores, no y
Não desprezeis o exemplo de vossos:
maiores, Leimbra-vos que foi Portugal
vm dos primeiros, senão o primeiro rei-
no em “que se deram reprezentações,
sendo a primeira em 1502, devida à pe-
na do imortal Gil Fernandes.
Desde o começo do seculs XVI que
se construem theatros no nosso paiz e
por tanto ha 3 seculos que se mostra |
praticamente que é o theatro a eschola
dos costumes, e sobre isto diz o sr. Ed-
Thierry: «Se o theatro não corrige os
vicios dos particulares, eleva 9 nivel dos
costumes; faz a educação dos espiritos,
propêe-lhes exemplos permanentes de
virtude e de honra, esclarece a questão
de todos os deveres, e forma; osclares ‘
cendo:a, a consciengia publica!» :
Eia pois sr.” ponde mãos à esta obra
e ficareis conscios de que praticasteis
im acto verdadeiramente louvaxel, d to-
dos os Certaginenses saberemos prestar:
preito ao vosso philantropico caracter,
RAR Ê Ec
O RETO DE LUIS XVI
No dia 21 dê mez ultimo morreu em
do Henrique de Botirbon, conhecido por
duque de Berry (?) e que durante trm-
ta anhos exerceu o logar de tabellião
maqnella pequena aldeia de stiscentos’
habitantes. a no
— Filho Pum emigrado francez, semqre
afirmou possuir dochmentos provando
[que era neto de Luiz XVI RE
Re Em Dorgos éste misterioso pêrsona-.
gem tinha o respeito e a. consideração |
de tedos:
|
O conhecido professor de esgrima |
Cid trata de fundar, em Lisboa uma
«Academia de armase RR
(Do Joinal da, Noita)..
Cavalheiros conhecidos, 1)
Homens todos de mão cheia,
Gederam á grandeideia
Dando à sua protecção…
Com tão habil professor
E de suppôr que esse ninhó,
«Das armas»/com perfeição.
Mas o mundo já miurmrira
E o imúnido falla verdade,
Que na bella sociedade
Ha soçãos em demazia, y
Sendo assim é de suppor, ‘
Que alguns não possam entrar
Nas sallas da academia.
Bavix. éix. é@@@ 1 @@@
LITTERATURA
SINISTRO MARITIMO
A miseria preseguia a desgraçada fa-
milia do pescador; a ventura era contra-
ria á não de Pedro, é a torte oscilan-
do sobre elle, procurava arrancalo ao
seio dos seus, pará quem era o unico
amparo. E
: Nºum d’esses dias para si tam frequen-
| tes, o pobre pescador luctava com o bra-
vo oceano, emquanto os filhos juntamen-
te com a mãe, supplicavam ao Senhor
que salvasse 0 pae e o marido d’aquelles
infelizes, que o grande mar estava a ven-
Ger É
Porém, as nuvens encastelladas vomi-
tavam fogo, e o aceeano agoitado pelo
suão tinha tomado um aspecto horrivel;
só Pedro, só aquelle infeliz sófíria o nau-
fragio. o E
Batido atrozmente pelas vagas, foi de
encontro ao eruel cachopo, onde a sua
barca o “Cysne» foi immediatamente|
despedaçada, ea tripulação tentando a
nado, morxia dolorosamente:
Na praia já se esperava, chorando, o
desenlace fatal de tamanha desgraça; no
entanto à triste familia g’aquelle. infeliz
– com os olhos ha mesircordia divina, su-
— bia ao cume mais, alto do logar, e lan-
gando uni iblhar afilictivo para as exas-
peradas aguas, suplicava no. eéo em ter
mos commoventes, a salvação do seu
hefe, sua unica consolaçãol,..
“De nada valia; o pescador era já mor-
toy uma saudade profunda entrou n’a-
quelles. corações, c apesar da caridade
“de muita gente, desappareceram; foram
— proturar no seió de Deus, o que morreu,
para lhes matar a fome.
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HIGHLIFE
DE perna san
Como noticiamos no nosso numero an-
| terior, fez annosno dia prmeito do cor
* rente mez 0’sr. José dos Santos Coe
“Mo Godinho. Sen aa
: Sua ex.” offereceu um jantar aos geus
amigos .a quê assistiram as JuRS gr 2
D. RittaGonçalves e filh D. Alico eos
“sr. dr. Guilherme Nunes Marinho, Joho|º
da Silva Carvalho, José Alves Correia,
Francisco PA lmeida, Empydio de S4 Ka-|
“vier Magalhães, José d, Almeica, Fran
* “gisco Serrano, Árítonio de Wiguciredo
— Torrês Gameiro, Francisco Cezar Gon
calves, João José ‘Peixeir “Joaquim
Maria das Neves, Antorio lies Fran.
0, dr. Antunio Guimaries, “Joaquim |
— Ferreira Guimarães Lima, Josó Baptis-),
a d’Aranjo, Josê Bartholo, Guilhermi-
no Casimiro Nogueira, Francisco. Duarte |’
Torres Carneiro, Antonio Dias e Joa-
quim Martins Grillo. À noite houve
reunião onde vimos as | |
Ma dera dv ia
YE
Fez annos no dia 3 do corrente o!
Exmo Sr D, Maria Benedicta Libania
“Nunes Nogueira
Parabens.
vie
Chegaram à esta villa. vindos do Rijo
de Janeiro e São Paulo Imperio do Bra-
E Domingos Raphael Baptista,
“e Antonio Raphael Baptista e esposa.
No dia 3 do corrente foi à phylarmo-
ca cumprimentar suas Ex. que se
presentaram com a maior afabilidade.
No dia 3 do corrente, quebrou uma |
ima o filho mais novo do sr. José Pi-|.
5 Mendes, esta vila, croatça de dois|.
lhe devún:
lar
as primeiras damas).
Sanehes’ Rollão, “pi not
pendentes da sua vontads o obrigaram
a retiraít-so d’essa, villa, por algum tem-
CERTAGINENSE
Sonetos alegres
RESPOSTA A RAVIX
tâproposito das Folhas Verdes dé Abidio David)
Eugene,
Eu que admito: & «erves que resalta
Das tuas gazetilhas tão facetas
Ri d’essa graça que jamais affectas
Quado li esta que o Abilio exalta.
Não fostê, entanto, mui completo. Falta
: Algum reparo, pois 08 bons poctas,
(Quer comam
Deve
«iscas», bife ou costelletas,
! Io.
ter sempre a critica bem alta.
: . Lda
E. eu vou dizer-te, meu Ravix amigo,
O que escapou. do teu ‘acalpello fino,
Ao teu monoc’lo de tão puro di
sto:
— Devias pôr mais chato inda que um fi-
O demo do typographo-—assassino
deu fóros de «petisco»… |
Que & poesia
MAXIMAS E DISPARATES
go
Rinrtim Feio,
Deante de uns pés enormes:
= Caramba! que grande par de-pés tem
aquella mulher? De cada vez que preci-
“ |sa de um par de sapatos, manda matar
um bezerro. : Ê
*
Ah! Meit caro amigo, 3 que tempo
chegamos nós. Pois o meu neto, hs di
não me chamou patife!
as,
O amigo, em tom conciliador: ..
— Então meu caro, bem sabes que ja
4
não: ha stsredos nas familias:
*
Um marselhêz lia o passaporte que
e otono
—Trapalhõe
a das Dieçaãs
r
— Qual é à homem mais alto?
wiz aguilino, boca” regu-
“eu tinha-lhes dito. que
do Rkedano..,
“Tm Juiz quê tem duas varas.
Em que se parecen
com os palhaços?
*
— Em ganhar ávida na praça,
é falo perder nc
Uma boa conrés
4
; iheres do” que vm co
Não podemos publicar no wnmero
como tinhamos dito no anterior; 0 ar
Sr. Dr. Antonio. Adolpho |
ado Ex o
eg são 04 hod
em conto carmicho?
| —Os que Bascem na Madeira,
| DEOLARAÇÃO
*
ad
viptor perde o