A Comarca da Sertã nº667 20-10-1949

A Comarca da Sertã

Representante em Lisboa:

João Antunes Gaspar L. de 5, Domingos 18 r/t – Tel. 25505

Director Editor e Proprietário:

Eduardo Barata da Silva Corrêa

Publica-se nos dias 5, IO. 15, 20, 25 e 30

Sertã, 20 de outubro 1949

Hebdomadário regionalista, independente, defensor dos interesses  da Comarca da Sertã Concelhos de Sertã, Oleiros, Proença-a-Nova e Vila de Rei:  Freguesias de Amêndoa é Cardigos [do concelho de Mação] (Visado pela Comissão de Censura)

Ano XIV     Redacção é administração: Rua Serpa Pinto — Composição e Impressão: — GRÁFICA CELINDA, Lda. — SERTÃ Nº667

 

a ] O iruão foi uma £ entidade miste- rosa da idade- ã media. Hoje, eua significação social é desprezi> pel e impalpável; mas então era mn espelho que reftecta, eruel- mente sincero, as feições Redion- das da sociodade desordenada e incompleta. O bobo, que habitavo nos paços dus reis e dos barões, desempenhava um lerrível ministé- rio. Era do mesmo iempo juiz & algoz; mas julgando, sem proces- s0, RO seu foro intimo, e pregando não O corpa mas o espirito do cri= minoso no potra imaterial do míti- pensão, E ele ria, via continuo! Era um rir diabólico o do bobo: porgue nunca deixava de ir pulsar dolo- rosamente as fibras dolgum eurd- são, Os seus ditos satíricos, do posso que suscilavoem a Aitoriede- de dos corlesãos, faziam sempre vitimas, Como o ciclope da Odis- sem no sete dormas ot do ben gueto; nos boleões de proça do fa poledo, mr das tauromáguias; pele nulle brilhante e ardente dos sa- raus, e alé junto dos altares, do rebogr q femplo com as hormortias “dos cânticos e salmos, com as pi- “draçõer dos sons do. órgão, no | meio da atmosfera engrossada pe- “tos rolos do fumo alvacento do in- “censo; em toda a parte ca fodas “ as horas, à Aufão tomase av qcaso “o femor que infundia o príncipe, o: “barão ou o iustte cavaleiro, e O respeito que se devia a dona ve- “nerando ou a dama formosa é to- cando-os com « ponta da sua pá- lhela, ow [Juzendo-os voliear nosel o tintingõulos do ser adufe, conver- Ha esse femor € respeito numa coi- ag iruganesca é ridicula. | Depois, envolvendo o earácier je “da nobre e grave personagem, alos- salhado e cuspido, num epigrama Dgongrento ct num eifinão ingo- tente, aliravo-o gos pés da turba dous cortesãos. rutra o bobo que nesse mo- mento imperaua despótico, fireni- co, inexorável, conpertende por fo- ras q frágil palheta em cepiro de ferro, e ergiuendo-aç aliivo so- bre a sua miserável existência co- mo sobre um drona de rei, mais porventura que trono, porque nes- se momento ele podia dizer:—tTos reis também são mens servos ta, ALEXANDRE HERCULANO Av. dos Combatantos Está agora excciente da Grande Guara mente caiça- da esta avenida que É a parte da es- troda noelonal na zona do Cimo da Vila ce loi dotada de óptimos c am- plos passeios. 56 é pena que alguns dos editívios do decarso apresentem um aspecto de desmazelo e miséria, que oluscam am tanto à beleza do bairro. -Algamas mãos de cal teriam o côndão de madar radicalmente O au pecto caterno desses cdifícios.

 

Reflexões sobre a Vitalidade da Civilização Ocidental Pelo Br. J. Barata de Almeida

Nos últimos anos o progresso em todos os ramos do conhecimento dtingia tm ritmo a todos os titulos consolador. No aspecto material, sos bretado, por efeitos de ima benéilca evolução técnica aliada a uma invesa tigação sábia c ciéntilicamente oriena lado, a Humanidade tem colhido res Sultados que sob q âmbito utilitário podem qualificarese de extraordinám tos. Os mistérios da natireza vão sendo. conhecidos e, em todos os países civilizados existe um desejo vercmento de novas descobertas, As escolas e as universidades são os centros onde a investigação mais Se radica, Nelas sé prepara ama ese pécie de elite cuja missão suprema é por am lado a sistematização do tras ma de factos que constiticm a ciêna ei, 4 por Guiro, sóbretado, préparar indivídaos que pelos seus dotes de inteligência possam lançarese no nom bre e clepado dominio das pesquisas, trazendo o reseipado de tar inbor pad “ra o campo da aplicação. “RW médico aparece hojc um caso “NOVO, do professor depara-se um aluna de psicologia esmi gencriss, ao advogado am problema jurídico inéx dito, cte. Tomar ama atitude do inércia perante tais situações não é aconselhavel. E” preciso manter sempre viva à chama da sabedoria, e | intelectaal necessita reagir contra lu do o que possa fazé-o cair nO pros tendo abismo da rotiná & da crise Lalização. Bem sei que quase só os saper- apiaD e dispondo de meios cconds icos que lhes perraitam trabalhar, fazem com que a ciência dé os chaos mados passos de gigante. Mes quans tos super-dolados não atilizaram o labor dos médios de inteligência é, quantos destes, por trabalho metódi- co e persistente não conseguem apeér- Icivgar=se sobremaneira 9 Atraves de todos os tempos à ciência leve us sews heróis é até os seus mártires, como, por exemplo, Gantea, Mas dal outro problema que repatamos fora do âmbito deste artigo, A técnica alngia tal desenvolvim mento € porieição que hoje. pode acrediar-se nom progresso rúpido Ciêr E ele obstrvamse jáu [Ai AS io cre do e gas E” do. conhecimento de todos O valor que pode desempenhar para à Hamanidade, sendo bem atilizado, à energia alômica; e, 0º radar, velo tam elitar à solução de maitos problemas aLé aqui insoláveis. No âmbito elínin co à penicilina e a estreptomicina (Conclui na 1,8 psg.)

A importante e larga zona

agricola, industrial e hidrografica que se estende da Cruz do Fundão a Oleiros só poderá ser devidamente explorada pela construção duma boa estrada

Riquíssima É aquela ampla e acidentada zona que se prolonga para além da Cruz do Fundão, – desde à estrada nacional Sertã- Oleiros, envolvendo as freguesias do Troviscal, do Mesteira e par- te da de Oleiros, súlcada pelas ribeiras da Sertã, Fscaldado é Sardeira, óptima bacia hidrográ- fica; todo um conjunto soberbo de incomparáveis belezas nati- rais, onde, afogando um vu contre trato de solo improdativo, se es- tendem várzeas ribeirinhas, to- das risonhas, produtoras de mi- lho € de linho ehortejos mimosos; há ama vegetação luxuriante, constituida desde o arbusto mo- desto à árvore gigantesca e se-. nhoril, que se ufana do sea valor prodativo e ameniza a paisagem: o medronheiro, que produz uma baga de que se extrai a agdar- dente, o pinheiro, de que se tira a-resina c o pez; a oliveira, de- tentora do maravilhoso irato que produz o azeite; o castanheiro, dominador da encosta, não pelo número, porque, infelizmente, pá- rece tender a sumir-se da nessa região, mas pelo sea porte, bele- za e excelente fruto; e há ainda outras espécies, que dão alimen- to aos gados, magníficas madei- ras para as mais diversas cons truções clenhas. O carvão extrai- se da cepa que existe quase à su» perlície do solo, abundantemente, do cimo no sopé dos montes: esse carvão é do melhor e tem hoje preferência em todos os mercados onde é conhecido. Essa zona esplêndida, encra- vada em daas orlas extensas dos concelhos de Sertãe Oleiros, ape- sar de esquecida por quem deve- ria volver pare. ela a melhor alen- (ConclmH na 3” página)

|De TrOVÍSDA] cenicas fado do prolvnga+ ah Faval, 1 Tento da estrada ge ligo à Cris do Fundão qo Ertutatal atraves do Faval, Fate do Souto, Mosleiro e cité Oleiros? “dá há quase dois qhos que se “pon felondo insistentemente nesae “prolongamento é desde então se afirme que do Faval partirá uma outra estrada para o Figueiredo é Farzea dos Cavaleiros e, mis far-. de, brmida. Do Proniscal ao Fava! medeion apenas 6 quilómetros. Com b pros longamento desta estrado são be= neficiadas às posoações de Corva- lhuis, Porto, Propiscainho, Lomba, Vilões e Fojo, O Feval é hoje im portante centro industrial de rosie nagem e mantém um comértio de verto relevo; todas estas se sitiani na freguesia do Trotvisçal, Mas há oúlras povoações a beneficiar dese de que q estrada siga o set cilrst neturel até Oleiros: às de Vale Souto, que está indicada como ponto de passagem, Videirinha, Cavalinho, Moqieirinho e Moskei- ro, da freguesia deste nomer e as «de dfolra, Fernão Porco; Mouti- hhvsa, Serdeiras de Baixo é de Cima, Ribeira do Carujo, Mora, Borralhal, Barrocas e Farmaido, da freguesia de Oleiros. Rea nie] Festada Nfesta à 5 Tiago, na É Codeccira, amuncia-se Cofegaira para o próximo domine go e, pelos vistos, promete uma ani macão nado Inferior nos anos ál= teriores, : Havendo, como de costume, mx sica, foguetes, bailaricos, ggua-pé à forta « já os primeiros vinhos novos, à lrislezo acaba por ser corrida dali E sete pés,.. 0 CASO DA RIBEIRA Aegressaram DE SANTAREM Soro o sábado, Jogo Luis de Carvalho Tavares é Er- nesto Crisósíomo, que, por espíri- to de boa fe, haviam aruído au pedido de dois ciganos parã os transportar, de eutomóel, da Ser- tã a Santarém, onde houle uma grande feira na semana pessada, e dali Aibeira de Santarétti, em que se desenrolou a cena de tiros entre aqueles ciganos e um otro. encontrado numa taberna, Puseram=se os díscolos em fá ga e aqueles nossos palrícios fied- ram detidos pára aqueriguações, cerca dama semana, em Santarém. Cremos que já estão livkes de brais aborrecimentos porquanto as rmisto= ridades deverão fer apurado qle não só ndo Hveram qualquer inters ferência na cena como se frota de pessoas pacatas e honestas, inca- pazes, porianto, de se meterem em “OPEntEraO Ss Os ciganos, gente indesejápel e femipel, foram diabos que lhes aparecerem em [igura de gente !

 

A Sociedade Albicastrence da Mármores e Granitos Polidos, L.da, com iábrica de serração, corte e polimento de mármores ce granitos, na Estrada da lina, em CASTELO BRANCO, tem o prazer de co- municar que nomeou sea agente para o con- celho da Sertão Senhor Pedro de Oliveira, pedindo que o consultem sempre que desejarem comprar

Mármores e granitos polidos
para todos os lins fais como: construção civil, jazigos, campas, “ava-loiças, lava-copos, ba- cias, chapas para balcões é mesas, cte.

Os nossos produtos teem já lugar asse- gurado no mercado, devido aos preços razoá- veis por que são vendidos c à boa qualidade e pericição como s: executam para os diversos fins
O lema da Sociedade Albicastrense de Mármores e Granitos Polidos, L.da é produzir bem para vender maito  por bons preços
Não deixem pois de conscitar o n/ agente – da Sertã, Senhor Padro de Oliveira, scmpre que pretendam comprar mármores c granitos polidos

Panais para a azeitona.

Feitos em linhagem nova de 1.º qualidade ar- figo muito resistente, aos seguintes preços: De 2,20 x 1,59) — cada 35500 De 2,50 x 2,20 — cada 53500 De 3 w 2,20 — cada 65400. . A colheita da azeitona apresenta-se este ano prometedora, pelo que convém fazer desde já os seus pedidos, que envio à co- brança, pelo correio ou caminho de ierro. Ezequiel L. Ribeiro-Proença-a-Nova

Colégio de Nun’Alvares de TOMAR ALVARÁ MN 42 Secções Masculina e Feminina em Edifícios independentes e pias- tados, tendo cada um sea Inter- nato « Externato próprios. Ensino: Primário. — Curso de Admissão do Liceu, Ensino Li- ceal completo (do 1.º ao 7.º anos) e Admissão a todos os Institutos e Universidades do País. CURSO COMERCIAL Tratamento cuidado c um am- blente confortável e salutar. Bons resultados nos Exames Oficiais com percentagens muito elevadas de aprovações. Enviam-se regulaménios com todas as informações à quem os solicitar. TELEFONE N.º 3354

Fábrica de Refrigerantes

Vende-se na Sertã com todo o seu recheio, maquinismos, va- silhame e respectivo alvará em virtade de o seu proprietário, por falta de saúde, não poder conti- nuar com este negócio. Tratar com Manuel da Silva Pracana: Praça da Repáblica— SERTÃ Vendem-se
Dois belos pinhais, um à Fon- te Seca e ouiro ao Vale do Seixo, limite do Casal dos Gaios, ire- guesla da Cumiada. Trata e aceita propostas q procurador José Ferreira Júnior — SERTÃ Vende-se
Uma boa propricdade de terra de cultura com árvores dc trato c água nativa, na Fonte Branca, proximida» des da Sertã. Aguai se informa.

Dissolução da Eléctrica Sertaginense
No recnião da Assembleia Ceral dos Accioniatas, de 14 do corrente, toi resolvido dissplver à «Elécirica » Sertaginensca, que, próticamente, dele xara do existir logo depois de haver cessado q jornecimento de encrgla clécirica-a esta Vila. A proposto da dissolação lol apre= sentada pelo aecionista Jonquim Cria súslomnio nos termos – seguintes: 1,º— Tendo em vista do que dispõe o n.º 2º do artº 120º do Código Comer- cial, proponho que se acorde nesta Assémbleta Cierol nn dissolução ime- diata da. Eléctrico Sertaginênse, na conformidade do n.º 6.º” do mesmo artigo; 2″ Que esto dissolinção seja reduzida a escritara quanto antes, devendo segulr-se-lhe à publicação devida como determina o artº 42, do referido Código; 3º—Que a co- missão ligquidoteiria participe de ses guida a dissolução na Sceção de Fi- nanças deste concelho, que é o da sede, jazendo acompanhar as decla= rações c certidão da mesma escritas ro; 4º Que púr dltimo prossiga nã liquidação do activo c passivo da so- cicdade cora vista à úrgente par.ilha do soldo, momento após o qual a Elécírica deixará dé existir de direi- to, como determina o ar” 142º do Código Comercial, tomando-se então as medidas que O mesmo Código manda adoptnr cm cosas análogos quanto ao destino a dar à dócumen lação gue lhe respeito; Posta à discussão cesta proposta, toi votada n sua unânime aprovação para ser dissolvida à socicdade em wlrtude de ter já cessado o objevio para que jo! constituida, nos termas da escritura lavrada no livro de nom tas n.º 115,a fis. 98, do exenotário desta Vila Eduardo Barata Corrêa é Silva cm 27 de Fevereiro de 1925, “Em seguida a mesma Assembleia elegea o dr, José Carlos Ehrhardt para, como sed delegado, outorgar na respecíiva cscriliura de dissolução, conferindo-lhe plenos poderes. A comissão diquidatária, actoal= mente constituida pelos acelonistos Amonio da Silva Lourénço, Mente! Milheiro Drarte, Antônio da Costa, António Alves Lopes Manso e José Antônio Ferinha, como fivou delibe- rodo na sessão de 5 de Março dltin mo, declarou pela boca do sed pros sidente, António da Silva Lourenço, que aceitava e se descmpenharia das atribuições mencionadas nã respée- tivo propesta de Joaquim Crisóstomo, A Assembleia Geral deliberoa reunir de novo, âàmanha, 2t. pelas 20,50 horas, numa sala do Grémio Sertaginense.

Casa de moradia
Na Sertã, com 1, e 2º anda- res, luz « àgua, onde está insla- lado q Scrtanense Foot-Ball Clab. Tratar com João António Mar- tins da Silva, na Sertã, 04 com José Martins, no Ramal da Quin- tà (Cernache do Bonjardim),
DR. ALBERTO RIBEIRO GOELHO MÉDICO Doenças da boca q des dentes
Consultas todos os sábados na SERTÃ —R. Kanual loaquim Nunes
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Duas listas
disptar as eleições que se reali=
[total do dao]
A, zam no dia 13 de Novembro prós ximo, apresentam-se no nósgo dism irito duas listás de candidatos, ama insercpe no sec programa as ospi= roções da (E Nacional, e é pertilhada pelos segaintes nomes: José de Arcúfo Currera, enge- nÃeiro Dr. Pinto Barrigu, professor Dr. Luiz Atendo, advogado Monsenhor Cúnepo Carreta. A outra lista, chamada da oposta cão, por fagir à chancela da União Nacional, apresenta-se Com q caraca ter de regionalista c inscreve no sed programa solações dos problemas nes monais com refléço no vida Cconqu mica e social do Pais, c dela lazem parte: Enpenheiro Francisco de Al- merda (rarreti Engenheiro Connia Leal Engenheirosegránemo Fernan= du Afonso (Leracigsa) Dr. José Ribeiro Cardoso, atuo gado. No intuito de bem informar os nossos leitores, pomos à disposição dos condidotos’ das dias hNstas, às colgnes do nosso jornal. Porto iranco, aqui uns é úutros poderão dizer o que lhes parcecr beim para a deiesa dos seus pontos dé piss to, € os nossos leitores, ouvidos uns e outros, poderão formar o seu juizo pára votarem como lhes parécer mem lhor para o interesse geral. Para O próximo número já temos a promessa sã do primeiro artigo da astoria do Dr. Ribeiro Cardoso, que com a sun prosa incisiga dirá os razões que O moveram a entrar na próxima câma ponha eleitoral. O Dr. Ribeiro Car- doso Conhece comu poncos, as nose sos problemas regionais, € por certo nos dirá com brilho, as soluções que apresenta, j Ficam assim os nossos leitores prevenidos do que se dirá no próxi- mo número da «Comarcas, cd páe blico em qrralíica prevenido também que pode requisitar os cxcmplares que quiser, pois cstómos dispostos O laciltar a venda avaiso do nosso Jornal, enquanto darar o campanha eleitoral. 0 generslissimo FRANGO visitará Portugal Lisboa prepara-se para receber depois de amanhã o generalissimo Franco, Chefe de Estado espanhol, programa da visite inclui uma grandiosa parada militar de guarnição de capital logo após o desembarque, lançamento de foga de artificio, que está a ser prepa- rado pelos muis famosos piretée- nicos do Norle, na noite de 23 doutoramento ahonoris causas na Universidade de Coimbra, no dia e golo em que o generalissimo Franco será apadrinhado pelo Er. Cerdial Patriarca, Cremos que depois da visita de BD. Afonso Al a Portugal, no exr- to reinado de D, Manuel F ne- nhum outro Chefe de Estado do pais vizinho pollou a Portugal. :
Barnardo Augusta Alvas Após uma vilegiatara, com soa esposa, pelo Norte do Pais « pela cópital, regressou a casa de sua mãe, no Cimo-da Ribeira, este nosso sims pático amigo, importante comereian= tc na cidade do Recile-Pergambaco (Brasil).

Através da Comarca
NESPERAL, 12 Com imealgar brilho realizou-se no passado domingo c 22 feira, dias Ge tOdocerrente a festa cm honra de 5. Simão, organizada pelo sr, Ala jredo (ueitão de Melo. Natural dagot, este sr. salu há poncos anos para à Venczacia onde » sorte o protegca. Ao regressar de pisita à sua família € querendo ma- nilestar o são gratidão a Des, réa- lizou esta festa, que no género foi a única realizada aqui no Nesperal é que estamos Certos jamais se apaga- rã da memória do povo, O programa foi comprido fel= mente. Com uma descarga de foguetes, começos à festa às 7 horas, chegan= do pogco depois a Filarmónica «Aq rora Pedroquenses que abrilhantou com o sem voriado reportório masi= co), entusiasmando imenso o público, como sempre, Pelas 11 h. chegaram às fogacas, uma só do Nesperal, em seguida a da Moita, que sobressaia, de valor em dinheiro, pols comportava ccrca de 800500, logo amado lagar de Mom lhapão; oatrã do Jugar de Felgaria. Todas elas bem recheadas, Ás 12 horas começora missa con» toda acompanhada no coro por um grapo da Liga da Acção Católica, e sermão, pregado-pelo Rev. Pº Liz Rocha, digno prior da Iregacesia, ci ja doatrina e palavra maito agrada. so povo que sempre o escuta com a maior atenção é devoção. À procissão realizou-se eram 16 horas, com grhn- de sossego € órdém. Além das ima- gens do costume e do Santíssimo Sa eramento [oram nã procissão as fo- naços tránsportadas por rapazes da iregacsia c respectivos lugares. – Não Se poupou a esforços para comprir à risca o prográma, o pros motor da lesta, é merece com justiça DE nossos parabens, polo bom éxito com que decorrea a festa, deixando a todos o melhor disposição. Após o recolhimento da procissão, procedea-se no leilão do recheio das fogaças alingindo preços bastanteeles vados, sobretado os assados, fritos e belos que compunham as fogaças. Atingia mais alto preço cm belo lei tão assado que rendec 400Ê00. Tanto às jogaças como a quermes- se e corridas despertaram grande in- teresse do povo por ser a primeira vez o realizar-se na freguesia. No dia 10, igualmente foi compri= do 0 programa, começando por mise sa rezada € sermão, reaberiara da quermesse até à meia-noite, sendo então leiloadas as erendas de maior valor. As 16 h. de seganda-feira reall= garam=se os corridas pedestres em que fliguraram 6 corredores. ficando am eliminado, € 5 condecorados com os seguintes prémios: O 1.º que chem gou à meta, receber ma medalha de ouro, ênde tinha grovada a data da corrida; o 2.º uma medalha de prata, cos uma de metal, os ontros dois com 15400 cada um. – Depois foram as corridas de câne taros, em que olgumas raparigas se exibiram, ganhando a 1.º que conse- guiu levar a efeito a proeza 25500 € mais daás que razoavelmente se equi= libraram 10800 cada ama. Rem hajn o sr. Aliredo de Melo que tão brilhantemente soube propor» Cianar aos seus paírícios c emigos uns momentos de distracção, dando talvez o exemplo de Fé e consideras cão pela sue terra natal a outros ram pazes que como ele lutam em terras distantes com mais ou mtãos sorte. — Tiyeimos a grande satisfação de ver no Nesperala Ex” Sr D. Emtu

À importante 6 larga zona (Conclusão da 1.º página)

ção pelo conjunto de clementos naturais que a tornaram jormo- sa erica, reane excepcionais con- dições para se converter em cen- tro industrial de primeira ordem. São ricos o solo e o subsolo e há cursos de água, extensos é de caudal diarante todo 0 ano, à re- talhá-la em todas as direcções, cujo aproveitamento não se limi- ta à rega das coltaras. Apesar de desajudados e es- quecidos, os habitantes daquelas povoações humildes têm travado luta rude com a Natureza, uma luta pertinaz e indómita, para obter o sea sustento é alcançar o melhor proveito dam trabalho portiado c constante; inteligente- mente esses habitantes compreen. deram que tal obstinação não seria indtil porque está à vista Um manancial, por enquanto, €s- cassamente explorado. Quem dúvida que toda essa área seconverterá, dentro de pod- cos anos, em região indastrial de primeira grandeza ? Basta dizer que hoje, não ha- vendo a estrada de penetração desde o Troviscal à Oleiros, exis- tem ali nada menos de: 1 fábrica de resina no Faval; 2 serrações, 1 no Faval e outra no Vale do Souto; lagares de azeite em Fun- dão, Troviscal, Porto, Carvalhal Cimeiro e Fandeiro, Faval, Vale do Souto, Cavalinho, Posteiro, Borralhal, Sardeiras de Baixo € de Cima, Moutinhosa, Fojo, ete.: mós de maquia, movidas a água, cm; Fundão, 2; Troviscal, 4: Por- to, 5; Fontinha, 2; Marin Dona, 2; Vale do Souto, 1: Faval, 4 e Póvoa, 1, Todos estes números dão uma ideia segura do prometedor Tutu ro de tantas e tantas povoações humildes que vivem da pequena, lavoura e duma indústria pouco menos que radimentar, àparte a fábrica de resinas c as serrações de madeiras; e citemos algumas dessas povoações, administrati- vamente distribuidas pelas Ire- quesias de Oleiros, Mosteiro e Troviscal: Tojeira, Vernaldo, Ser- ra, Ribeiro da Serra, Ribeiro do Carujo, Borralhal, Sardeiras de Baixo, Sardeiras de Cima, Fer- não Porco, Folga, Fojo, Moxo, Mosteiro, Maria Dona, Curva- lhal Cimeiro, Carvalhal Fandei- ro, Troviscainho, Troviscal, Fun- dão, ete. Deve produzir hoje, toda esta BRAS PD E SO ii ri pr e mm Ha Barata dig.” professora oficial, Aposentado, que nesta terra exerceir o magistério até à san aposentação. Ro vê-la recordámos os tempos em que esta sr. promovea também algumas festas. Encontrou bastantes ex-alunos, que a Comprimentavam como o mess mo respeito de sempre, GQ que mulio nos agradou. Acompanhava a sr* D. Emília sua Ex”* sobrinha sr“ B. Maria Delfina Borato— C

zona cerca de 2000 barris de re- sina, muito azeite, lenha ecarvão. O que se considera agora pri- macial para acelerar à desenvol- vimento de toda essa area? Con- tindar a constração da estradá da Cruz do Fundão av Troviscal com pontos obrigatórios de pas- Sagem pelo Faval, o conto, por excelência da actividade indus- trial, € Mosteiro, sede de Ireque- sia do mesmo nome, até à sede do concelho de Oleiros. E pedir muito? Vejamos: do Troviscal ao Faval são 6 quiló- metros, do Faval ao Mosteiro, 4 e do Mosteiro a Oleiros, 6. Uma insignificância, alinal! E qual a compensação que resaltará para o Estado dessa estrada, digamos, verdadeira ro- dovia de penetração inter-conce- lhia? Tão grande que nem a pe- demos avaliar. E quanto provei- to obterão as Câmaras Manici- pais de Oleiros é Sertã? Mais: e aparte o interesse especial para essa zona, uma tal estrada não é, diga-se a verdade, a ligação mais própria e conveniente da otrtã para Oleiros, que nunca deveria ter sido pelo Alto da Serra ? E que bem que essa estrada licará no conjunto da rede rodo- viária que terá como placa gira- tória a Craz do Fundão (expres- são usada pelo sr, presidente da Câmara da Sertã ao inaugarar- se o ramal da Craz do Fondão ao Troviscal), quando se abrir a famosa comunicação para as Várzeas de Pedrógão Pequeno! À constração da estrada a que aludimos, do Troviscal a Oleiros, dediquem a soa atenção conjunia as Câmaras Municipais de Sertã e Oleiros porque pres- tarão um raro benciício a gran- | de parte dos povos dos dois con- celhos vizinhos, contribuindo, si- multantamente, para am comam desalogo económico, Há-obras. de arte custosas? Não importa! O rendimento do exploração des- sa estrada compensará o custo dentro de breve espaço de tempo. hão há obstácalos intranspo- niveis quando existe forte yon- tade de vencer.
Quadrilha do Mosteiro Foi adiado, para dia ainda não fixado, o julgamento da querdri- tha do Musteiro, que durante me- ses infestou uquela [reguesia, a de Oleiros e outras limiirofes, rapi- nando Judo quanto lhe ficava ao alcance da mão; frutos, alfains, cabeças de gado, recheios de cu- sus mal precavidas,., São deze- nas os proprielários vitimas desses amigos do alheio, que Jureram de si para si viver à barba-longo sem | cançar à corpo ! O julgamento será em Coleci vo e por ele reina grande inieres- se na drea escolhida para campo de manobras !

EI al E” no dia 13 do pri= BIÇÕES DO ximo mes ae No: vembro que se retas Deputados lizam as eleições d’ Depotados à Assema blela Nacional. Na lista dos 124 De: putados apresentada pela União Nãs cionsfáncizemese mais de 50 nomes Cl pess008 que núnca excrecram a função parlamentar, Foram apres sentadas listes de oposição nos dis= tritos de Castelo Branco é Portalegre. No nosso distrito figaram as ec guintes nomes propostos ao suirãa gio: pela União Nacional, António Pinto de Meireles Barriga, professor de iInipersidade Técnica; António dos Santos Carrcto, monsenhor: Jos sé Dias de Araújo Corrêa, engenhei« ro e administrador da Caixa Geral de Depósitos; c Luis Filipe da Fon= seca Morais Alçada, advogado; pela oposição — Francisco dc Almeida Garrcti, engenheiro; Francisco Pinto da Cunha Ia! engenheiro e antigo ministro; Fernando Afonso de Mela Cieroldes Sampaio Pereira de Figaci= redo (Graciosa), engenheiro AgrÓng mo; e P. José Ribeiro Cardoso, ad- vogado, Dn Serlã foi convidado a apre- sentar a sãa candidatara pela apos sição um conhecido republicana, que não abdia ao pedido.
Juigamento Acusado pelo Ministério Públi- £u, Fespondeu, em fé do corrente, ao Fribunal Judicial desta comar- ca, Veríssimo Ambrósio, cusade, encarregado de padária, de 38 unos, nascido e murador na vila de Pedrógão Pequeno, desta co- marca, de, desde principiosde De- zembro de 1948 até 14 de Março último, ter vendido, na padaria de que era encarregado, sta em Po- drúgão Pequeno, pão por preço superior ao legalmente fixado, atingindo o valor das transacções “Bfelas assim feitas o valor global de 1,2825640, e de, desse modo, haver praticado o crime de espe- colação previsio no artº 7.º do de- crefo-lei n.º 29:064, de 10 de Ou tubro de 1939, e punido nos ter- mos do artº 4.º do decreto-lei nº 32.909, de 16 de Apoio de 1946. Julgada procedente e provada q acusação contra o réu pelo erime de especulação referido no artº 7º do decreto-lei nº 29.904, já cita- do, mas apenas no respeitante a transacções ilegais no valor de 201800 e, nessa conformidade, de- clarado incurso na sanção elo artt 4º do decreto-lei nº 35.909, de 16 de Agosto de 1948 sendo con- denado, em atenção ao provado seu bom compouriamento anierior e considerando que é pessod sim- plesmente remediada, como tam bém se provou, na pena de dois meses do prisão, em SOLÚS0O de multa, com os demidos adigiongis, & Ros termos do gri* 28º do de- crelo-lei nº 29.064, já referido, no impusia de justiça de 200300 e com us legais acréscimos. EEE Er TEC ES ESTES Roso ama inoinhos de Trás da Santo António Serrã Rceita-se qualquer quantida- de e qualidade de cercal para larinar. Rapidez e asseio garantidos,
Cadernos de problemas Ha logé Maria Gomes 6 livros únicos da |, E 2.º vlasses vendem-sena Gráfica Colina Lia—Sertã

Reflexões “sobre a Vitalidade
(Conciasto da 1.º paginas
vieram manter a vida a maitos mis lharcs de seres hamenos. Em todos os sectores do conhe cimento se tem avánçado. Imenso. Mas, pergantáar-nosesio o Jeitor e, maito oportunamente: Qual o dese tino, mo tempo, de tal progresso? Tera ama meta donde jámais avan= çará, embora. consereando Os luctos já obtidos pela investigação, ou, mesmo, esquecê-los-á, atirando-os para o obscaro c hediondo oloido? Esta dltima hipótesc já se obscrs vDao. por várias vezes. A civilização & cultora que desa- brochog no vale do Nilo, algims mis lémios antes de J.Crisio, teve a sa épocas de ouro, vindo por fim a decao- dência. A Ciréciatepe o seu século de esplendor a que os historiadores chamaram de Péricles, Os roma nos cos árabes Hecram as sãos épocas de apogei, vindo a decair eim seguida. Terá a civilização ocidental, ra zão necessária de Lodo O progresso da ciência actual, a mesma sorte qui naquelas? Parece-nos que não e vás rias razões podem justificar tal Lese, anão ser que algo de lógico €, que assumo aspectos de catástrofe, se venha a verdicar, o que jalgamos não ser possível. As ciollizações que ostrora flo= resctram conhecendo o esplendor € que depois rúlram minadas pela deu cadência, foram apenas fenômenos locais, de Amblto restritos mais Om meios cireunscritas a ama área li= mada é com ame elite de intelec- tuais diminata, Podcos, da são to- talidade popalacional, sabiam ler, e 8 forma de transmilir nos vindogros os conhecimentos, tra mais feito por vin oral do que por obras de fólego, oricntadas pelos melhores princípios didácticos e pedagógicos, Abra-se EnA-CXCCpção just pára Os gregos. Além disso o isolamento domina» va em consequércia dos dellcientos meios de comunicação. À naigreza era ainda nessas épocas avassalados! “ta & absorvente co homem sentia-se no seu eco como am: verdadeiro ESCFADO. A witalidade da clvilização oci- dental parece-nos Insbalável por ese tar melhor flicerçado. Não se acha confinada a ama-agren da Terra. Lançoi 08 seus henciícios através | de todo o Globo, é coltivada por pos vos heterogêncos na – mentalidade, mas unidos sob o aspecto elentitico € intelectonl, o que lhe dá um aspeSs to universalisto, Os objectivos dos secs sáblos são os mesmos c as des. cobertos. de ans são logo aproveita» das pelos outros. Não há o desejo dé vedar à Hombnidade o que possa ser-lhe. Gtil.. Felo menos, teorica- mente, OS conhecimentos que Infor» mam a caliora além=Pirencas reu percotem, por exemplo, na América e piccevérsa, : Pot Dulro ládo a imprensa faci- lita a vnlgarização rápida, e sem grandes gastos de natúrcza monctá- ria, O conhecimento de novas Leorias dentro do conhecimênio. capecalatia v0.8, 0 valgarização de recentes dese cobertas, torna-se jácil, A chamada emnoite mediepal» las imáis seria possivel hetwalmente, «Noitcr quanto a certos. aspectos, porque a época das catedrais e das sumos teológicas tem os seus valo- ras que muito são de considerar.
Selecções do Reader’s Digest Vendem-se na Papelaria da Gráfica Celinda L.da

Campanha de Assistência à Vinicultura 1949 Palestra promovida pela Direoção Geral dos Servos Agricolas
Correcção de seidez dos mostos e pela gesso
pelo ácido tartárico
Por Eng.” Agr.” Tavares de Sousa, da Estação Vitivínicola da Beira Litoral— Anadia

A acidez dos mostos à vinlficar em vinhos de pasto tem grande im= portância na condação da fermentam ção, nas qualidades sápidas cos fas turos vinhos é nas sãos fácaldades de conscrvação. No nosso Pais, em alguns cisma, na gcldez dos mostos é salicientt,; mas no geral é deficiente para que us pão nhos daí resultantes tlouhamo boas condições de constroação. medida que a maturação prosa seque a acidez da polpa cai diminimins do e fácil é erer que, quanto mais ricos são 05 mostos cm agitar, mes nor é a sao neidez. E cis porque.se tornh mais necessário corrigir à deu fiviência da neidez dos. mostos mais açucarados para se obterem vinhos capazes de melhor resistirem à In- pasão dos micróbios palogénicos. Quis à Natarezo que as leveda- ras, 08 agentes benclicos da transe jormação do açúcar em álcool, vipis- “sem relativamente bem cem mostos como uma acidez em que as bactérias têm a vida dificaltada. Essa acidez, abstraindo do cons ceilo antigo ogailata-sé melhor pela concessão do PIk é uma Beldez real correspondente-a um PH dá volta de três pontos dois (3.2) que deveriamos fer DS nossos mustos, pará que O trabalho fermentalico fosse só cices tunado pelas levedoras, € por conses quência o meio ficasse comp que imune à interecunção de oulros agens tes provocadores di destruição dos agdcares € desagregação dos prodos. tos Formados € constituintes dos vinhos, Dos dcidos- do mosto É o ácido tartárico O que mais abunda, é é de entre eles o que tem maior energia ácida. Quando haja necessidade de re- forçar a acidez é lógico que seja do ácido tortárico que se deva lançar mão, om quando múilo do que as agás veres ilzcr. Serve também pára corrigir à acidez dos mostos, outros mostos mais acidos, embóra com mes nos oçdoar, prática que não é acon- selhável por anti-econômica, no nos so Pais, par o mesmo im sérvirio também o ácido láctico, que age não só pelo frescor ao paladar mas aln- da por ser um prodalo de secreção dos. micróbios patogénicos € como tal tóxico-para a vida dos mesmos, O decido sulluroso, que tc uma nes “ção selectiva dos lermentos, é tâim- “pém um correctivo da acidez e como tal cmprégado em algas paises em grandes doscs dirante à vinificação, Recorre-se também ap emprego dogs trós prodatos que embora neatros, por dapla-decomposição quimica com os sais do moste dão origem Bo aim mento da acidez real, sem contado alterhr sensivelmente à marcha da queda da acidez nlcolimétrica: está nesse CasQ O gesso, Não interesso por aogorn fazer considerações necroa da mancira € em que graca aclua- cada um dos com» postos que Acabamosde citar, na cora recção da acidez dos mostos atinen- tea dumeêntar a soa concentração hidrogencónica ou acidez real. Cons tudo, pela necessidade actael que ha em fazer economias, não disposmos nós dc dgido tartárico em abundâns cia, por ser na sua malor parte um prodoto de importação, temos de fas zer algumas considerações relativas nO Seg sucedáânco-gesso-como recar- 80 de emergência, em reicrência à

 

acção que por si exerce no meio em que seja adicionado-—ncste caso, O mosto, A antiga concepção da correcção da acidez pelo nemmento da acidez al- calimétrica até um determinado pons to, dava em resultado que os vinhos licavom moito deidos sem contado atingir aquele gra de acidez: apenas se media o conjunto das Innções ácia das sem atender à energia ácida des= sas lunções. E pela queda que se verifica do tartarato ácido de pos tássio ern-se forçado a emprégar doses muito superiores de ácido tara tárico às que esta teoria antiga acona selhável. Depois dos vinhos feitos, pelo desaparecimento de algans ca» teúes do meio (potássio & cálcio) fi= covam Jivres hidrogentões dos áris dos orgânicos e cm grande propor ção os que fém múior energia ácida, E” sobre esta encrgia ácida, me- dida pelo PH, que recal nós boas va más virtudes da neldez dos mostos. Foi pelo estudo Leórico e medida experimento! da energia ácida dos mostos € dos vinhos dai resultantes que, pará a. região da Bairrada, O engenheirosagrónomo Mário Fato, director do Estação Vitivinícola da Beira Litoral elaborou amas tahclas para a correcção da geldez dos mosa tos, Cajo so cnquadroao na ideilmes dida da sãa acidez alcalimétrica. Nº substituição do ácido tartéárico pelo gesso na correcção dos mostos que fermentam com a balsa, prodaz benélicos eleitos porque apesar de não alterór sensipcimente a aridez de titulação, faz aumentar a acidez iú= nico, pelo facto de o salinto de cala cio resgir com o tartarato deido de potássio e dar lagar à libertação do hidrogenião primário do ácido tartã- rico que É o que faz aumentar à encrgia acida do mosto. Na correcção que tenha de ser cita só com gesso o Cesleato da: quantidade a adicionar É o indicado nas tabelas para o ácido Lartárico mais 3 decigramas por litró, por ter em conto o cociiciente de solobilidaa de constante para além da qual se dão es reacções de dúpla decompos sição, o sem grau de imporcza, ele. Melhor <icito se obtéria se pa cor- TeRÇãO cm vez de scr feita só com gesso fosse mista, Isto É, se se em pregesse metade de gesso é metade de fúcido tartárico, Frisase que q gesso deve empre gar-se só quando a fermentação se laz com cartitmenta onde há mais bi= tartarato de potássio, com quem tea- ge por dúpla decomposição, por as operações do recalgue facilitarem a gua sospensão c dissolução. Esta adição em casa blgam deve exceder um grama e meio (1,5) por litro, Quando do envasilharmento do vis Rho, havendo necessidade, reforçar» se-ã então a acidez com ácido tartá- rico no quantidade que faltar para complemento das indicadas nos ta» belas já citadas. – No fabrico de vinhos brancos de qualidade e dos de bica aberta não convem corrigir a acidez com gesso, por dificilmente se dissolveria, além do que poderla carjsar ulteriores pers turbações na saa limpidez.

Vende-se Dois bons olivais « terra de mato e pinheiros, na Bica, muito próximo da Sertã. Nesta Redacção se diz.

Congresso do Sagrado Goração do Jesus em Castelo de Vide (Alto Alontejo) 22 623 de Outubro de 1949 Diocese de Portelegre
Por todo o Alto Alentejo vai uma otda de entusiasmo pela realização do próximo Congresso, Não hã con versa que não recaia nas Festas de Castelo de Vide.
Fela Beira lavra igualmente à incêndio c preparamase gianosamena te as Calegueses para o grande cera tame do dia 225 Não obstante todas 08 dificoldades, todas as Freguesias querem marcar presença.
A Nação Irmã associa-se com à lindo gesto de aum dos seas filhos —— A um urápo de senhoras de Castela de Vide, arde passárám por Badajos nó dia 5, ofereced o Senhor Deméis trio Medina Récio imã linda Estátea do Sagrado Coração de Jesas, com cerca de dm metro de altura, em Jam vor do Congresso.
As Cerimônias serão transmitio das pela Emissora Nacional. A pars te Coral será desempenhada por TO à 80 vozes dos nossos Seminários.
PROGRAMA-Dia 22 8.30—Concentração das crianças noargo do Convento, -0—Missa de Comianhão geral, som: lenizada. x ti—Certame —Catequístico, com. distribuição de prémios às crianças melhor. elasailicadas. O Júri será presidido pelo Sr. Bispo, 12530-—Terço, Béncio e Contas gração das crianças dos Sagrados Corações de Jesus e Maria. 14,50-—Sessão de Estudio para os Sacerdotes, sendo Oradores:-=Mar. Cônego João José Álvares de Mou ra e Po Dr. Francisco Wakers, 59, CO-=Ro mésmo tempo, stssão Tom creativa para crianças. 16,30-Segunda Sessão de Estado para Sncerdotes, sendo Oradores ;— E. Antônio de Almeida Resende é P. Antônio Reato Pereira. — Ro mesmo tempo, sessão ade filmes pará as triâncas. 17,50—Recepção olicial aos Ex mes Prelados é comprimentos: de Boas= vindas nos Paços do Concelho, 22 Procissão de-velas com as Imagens da Vila c das Freguesias pizinhas. A 24: Exposição solene do ss Pe “adoração colectiva, com prigação pes do Sr. Bispo Condjutor da Cinarda, seguindo-se q adoração por Fregue- sias, até às 6 da manhã. — lia 23— 8— Concentração na Praça de D. Pedro V, R530—Missa de Comunhão géral, celebrado por um. Ex,” Prelado, 11— Canto de Tercia na lyrejo de. S.João, seguindo-se a procissão do Clero para a Igreja de Sta Maria para o Solene Pontifical, em que pros garã o Sr. Arcebispo de Evora. 15-—Sessões especializadas para Senhoras, Raparigas, Homens é Ras pazes, em que falarão Saas Ex: D, Maria Adriana Limã, D. Maria Ingo cência Simões, Amônio do Amaral Percira Cobral & Mário Simas: 1650—Procissão Encaristica Bênção Solenc do 55,09, E 21,00-Sessão Solene. Dr. Rogério Devc permanecer E em Lisboa até prin= Marinha LUBaS cípio do próximo mês porque o seu estado de saúde exige com trátamento rigoroso que aqui não pode seguir, este nosso es- timado patrício e amigo, distinto mé» dico na Sertã a quem desejamos rá vidas melhoras.