A Comarca da Sertã nº665 10-10-1949
A Comarca da Sertã
Representante em Lisboa:
João Antunes Gaspar L. de 5, Domingos 18 r/t – Tel. 25505
Director Editor e Proprietário:
Eduardo Barata da Silva Corrêa
Publica-se nos dias 5, IO. 15, 20, 25 e 30
Sertã, 10 de outubro de 1949
Hebdomadário regionalista, independente, defensor dos interesses da Comarca da Sertã Concelhos de Sertã, Oleiros, Proença-a-Nova e Vila de Rei: Freguesias de Amêndoa é Cardigos [do concelho de Mação] (Visado pela Comissão de Censura)
Ano XIV Redacção é administração: Rua Serpa Pinto — Composição e Impressão: — GRÁFICA CELINDA, Lda. — SERTÃ Nº665
“O valor da nbra de arte de- deiz-se da maior oq menor quan- tidade de ideias associadas que, por meio dela, o artista despcr- ta em indivíduos de igual activi- dade cercbral, no seu tempo, na Sua raço, na saa nação, Quando a impressão recebi- da toca O sea sumo cieito emoti- vo € sugestivo, fazendo vibrar, acordar, irradiar, chamarem umas pelas outras, o máximo número das nossas células ner- vosas, dizemos-—para definir es- se estado do nosso espírito por ima reierência externa à cousa que o determinou—que o artista atingia o Belo, — Entreos complexos sentimen-
mem para homem, que principal -menic distingue o Belo na arte do Belo na natureza. “Um simples cardo tisnado num torrão seco, uma transpa- rência d’água num copo lavado, am espelhamento de lama no lel- to dum pântano, um desprezível rábano sobre uma tosca banca de cozinha, quando bem pintada qualquer destas coisas sobre am retalho de tela, é súliciente para nos obrigar a exclamar: —sComa é exacto! como é verdadeiro! como é simples e fá- eil de fazér1 como é bonito Is, E através da lina susceptibi- lidade desse trabalhador obsearo que, carvado sobre am cavalete, pós toda a sua alma no bio dam pincel, para nos revelar com ama poúca de tinta a maneira de ser de coisas tão humildes € tão desprezadas, como que se transiorma todo-o mundo em torno de nós, envolve-nos, de re- pente, como num banho magné- tico, Um misterioso ilaído de ele- méncia e de bonomia,—e à her- manidade inteira nos parece por um. momento mais doce, mais carinhosa e mais terna. Ramalho Ortigão are O rea pe Selecções do Reader’s Digest Vendem-se na Papelaria da Gráfica Celinga Lda
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“NOTAS de uma:
Viagem
Pelo Dr. ], Barata de Almeida J * pela tarde, quando o Sol declina (a, para ecidente é que 80 viajante, que utiliza como meto de transporte os camionetas de carreira saídas do capital ou da cidade do-Nabho, é da- do penetrar ém teérros da comarca da Sertã. Enquanto o Sol parece desecr em velocidade pronunciade, O carro cm que seguimos tem aparentemente o andamento das diligências de que nos falam os nossos avós. Não admira. À impaciência de chegar à nossa terra depois de longo tempo de susência leva maitas vezes à iormação de jaizos deslitaídos de contéido real. O viandante, insailado por ama emoção de alegria, do perpassar=lhe pela mente que cm breve terá oca pn BRR aa TR NS edad te levam “à nldeta que o oly – ; “| trora, quando jóvem lhe eram fami= |. “Hares, e angastigdo com todos | nasecr, e que ou- ares, sentense andas ERRA COD ii que retardem, “embora por minatos, q seu clevado desejo de chegar, É Mal o carro desce contelosamen- te até ao Zêzere, logo nos nessos olhos se mostra a margem esquerda dourada aqui com os raios solares que envolvem alguns dos ségs con- tornos até ao cimo dos cabeços, sombreada acolá, indício de tárdo já adiontada, Uitrapassada q porte, que se apoia em colunas c alcantis aprumados à beira-rio, logo, serpentcando por ca trada tortaosa nos aproximamos da terra de Non’Alvares, o mais glorioso cardente cavaleiro da consolidação da independência. E’ Cernache do Bon» jardim que se nos depara vestida com as belezas naturais de que foi dotada, Mas é aqui que queriamos ches gar ? Nãoll-pols se a nossa aldein é em pléna scrrania, na encosta de Alvelos; Cernoche do Bonjardim é, porém, já algo da nossa terra e nam da custa 8 considerá-la até como “sola de visitas» de toda à comarca da Sertã, O ser ar civilizado c os sed encantos, assim como os da pila sede da comarca, que percorridos Poncos quilômetros, nos recebe no sed seio, nada são, embora pareça um paradoxo, comparados com a rim deza serrana do nosso recôndito po- voado tão pecaliar c dócil. Isto para uma sensibilidade l- formada por sacdosa nostalgia. CQu- irem pensará o contrário Não há dúvida que há ma dis- paridade extraordinária entre a «ser= ros» € q Sertã, Esta última, situado entre as duas | tão celebradas ribeiras de qo: seria ocioso falar, pois tantas e jantas pes zes têm sido evocadas, É um burgo progressivo, havendo am prolaundo feonelai na 4” pág)
ARE REIMEE PEaESSEADE a EBEITEA S a AREA SER ab AB E RE a O EEE Ed e “Oooperativa Abastecedora de Crédito e Consumo da Região do Zêzera “A Comarca da Sertã» ouve o pres sidente da Direcção, sr. Joaquim Ms. Almeida, acerca da acção que se pros põe realizar aquela Sociedade como elemento de grande valor económico para esta região. E’ sabido que as cooperativas têm uma grande importância ceonúthica não só para us elementos que as constituem ot delas lazem parte mas também, na genernlidade, para as regiões onde actaam, valor cconómicti que se gradaa consoante a sas Finalidade. O termo «cooperativo» indica cooperar ou colaborar estreitamente E, neste caso, a terminciogia prende-se à uma lunção comercial de cooperação comam com vista a alcançar determinados objectivos de proveito ceofúmi co, isto é, tende a cilminor os intermediários de negócios e a suprir o lu ero, de modo a obler, por exemplo, os artigos correntes de constimo por preço vantajoso; para esta melhoria contribucm, também, às qualidades dos artigos, geralmente, adquiridos em lotes elevados, O que conditiona uni desconto apreciável no fabricante oi armazenista, o Lransporte rápido é res galar e tu redação de fretes. Tratando-se de artigos € produtos de gasto contínio, princlpoimente, os de procedência agricola €, entre cstes, 06 [res “cos (como hortaliças c iratas), do Tácil deterioração, é manilesta à pantos: gem das cooperativas, porque nem esses produtos odem aguardar por “Muito tempo a sãa venda, como sacede com os sevos, ném tão podco, dado “0 redozido valor, soportam a sobrecarga do irete clevado. Por oatro lado, levar cases produtos, que se produzem em excesso numa região, paro os centros onde não se enltivam ouwse caltivam em escala reduzido, abastes cendo-os plenamente e conduzir, depois, no regresso, alíaias, adabos e pi- veres que não se fabricam oa prodazem na região, dá-se um Intercâmbio de natureza económica de inegável alennce porque cstimala a prodoção, valorizando à actividade agrívola, criando méios de riqueza coma mhibr ocupação de braços, intensa no tempo e extensa no número, ainda menino que se observe em todo o conjanto o limite imposto pelo função da coopem rativa e pelo número de sócios que 8 constituem. São estas, principalmente, as funcies da Cooperativa Abastecedora de Crédito c Consumo da Região do Zêzere, que até hoje não camprio coim rigor por motivos que desconhecemos c um dos quais, talvez, é não ter sis do suficientemente compreendida, na soa linalidade, por algons dos seis sócios, do mesmo passo que lhe tem faltado o auxílio de muitos Ihdividios que ainda não se decidiram a associar-se ga por desconfiança ou porque estão longe de avaliar os benciicios que cla poderá comportar, Nos nossos meios foge-se à todas as organizações de cardeter colega tivo, ainda quando clas, como é nma Cooperativo, tragám benefícios direcs tos de ordem material 00, como: qualquer associação recreútiva c desporti- va, comporem. alllidade espiritas c físico. Mté os homens da NOSSA rt» gião, com os mesmos costumes é Igual pmcologia, ilustrados od incultos, se furtom ao convívio entre si, à associar-se c anir-se para alcançar um pos drão de vida mais consentâneo com os tempos modernos, para atingir om mais alto nível de instrução c de desenvolvimento lísico e conquistarem uma Írutgosa situação económica, defendendo-se dos gananeiosos pela ob- tenção, em boas Condições de preço e qualidade, de todo quanto precisam para sua utilização permanente, Mtribuimos às coopcrativas-—sejam quais forem–qma função pallosa € mesmo hencmérita e verificamos que nem clas são conhceidos € com preendidas pela maioria das massas populares nem detendidos c acarinha- das por quem lhes deveria valer desde n infância, quando os seas passos são vacilantes e incertos, até atingirem a formação integral e passem a be- HIar com firmeza c todo um saber féito de experiência. Será isto determinante da falta de coltura ou de isenção de espírito Associativo, que se révela, em maior ou menor prófondeza, em todas as comadas sociais 2 “Proporcionoa-se-nos agora oavir o ar. doaquim MM Almeida, netivo € importânte comerciante na praçã de Lisboa, sobrg à nova directriz que se propõe dar à C. A.C. C, R. Z, da qual foi eleito presidente da Direeção na Assembleia Geral de 28 de Abril próximo passado, Apesar da sua vida intensa de trabalho, o sr. Almeida dispõe-se, ger» tilmente, & dizer algo à «Comarca», sem rodeios € formalidades ináteis, pois, como bom beirão e homem prático, gosta de falar claro, sem sofis= mas, discutindo c apreelando os factos com natura] simplicidade, objectiva- mente. Revela, nas saas Cxpressões, certa satisiação por se haver propór= clonado este momento de O ouvirmos e afirma-nos que a «Comarcas 5: manicm, assim, no seu valioso papel de defensora dos povos da região, in-
Câmara M. da Serta Reuniões ordinárias de 16 de Agosto (continuação) e 6 de Setembro —Deliberado enviar à Secção Pos licial para proceder a investigações devendo ser devolvida a presente cx» posição com o parecer do vice-pre- sidente, findas que sejam as investi= gações e aparadas as conclasões, de ama exposição apresentada pelo fan= eionário que faz de zelador, acercã de no dia 15 (Agosto) do corrente quando se procedia à fiscalização da *obrança dos impostos indirectos no recinto anexo à Capela de N. S. dos Remédios, onde se realizava a roma» ria anual, ter verificado que contri- buintes que naquele recinto haviam instalado barracas de vendade vinhos e análogos se encontravam manidos de talões idênticos aos quatro que juntava a essa exposição. — Deliberado aprovar a proposta do presidente, em como as despesas provenientes do fogo que se queima ra no dia da inauguração da luz eléctrica na sede de freguesia de Pen drógão Pequeno sejam suportadas pelo crário municipal, à semelhança do que se fez à quando da inaaga- ração do serviço eléctrico em Cer= naehe do Bonjardim, relativamente às festas promovidas por ama co- missão de particulares que s€ propôs imprimir à maior solenidade à ce» lebração de um acontecimento que tem uma importância fundamental para o progresso € desenvolvimento des populações Pa contenm adas por via dele. neta enviar à J. F. da Vár- zea dos Cavaleiros, afim dele se prom nanciar sobre o assunto, um reque- rimento do manícipe António Joar quim Nogacira, das Ribeiras Fun- deiras, no quel apresentava queixa contra Joaguim Antanes, da aldeia da Várzea dos Cavaleiros, por no dia 21 de Março áltimo ter mandar do construir um maro de vedação à margem do caminho páblico, sem licença alguma, sito à Várzea da Fonte, próximo da igreja matriz, vedando com o referido muro uma servidão da sua propriedade sita do tado sul do mesmo caminho. Junta a esta reclamação uma relação de pessoas que podem atestar como O ceminho é público. —Presente um ofício da Direcção dos Serviços Técnicos da Direcção Geral de Aeronáutica Civil, pedindo, em resposta ao ofício da Câmara, para se colher orçamentos com O fim da execução da pintura do nome desta Vila num dos telhados mais vim síveis e sob a fiscalização da Câman ra e para ser remetido àquela Direcção o mais favorável afim de ser estudam da a possibilidade do encargo ser totalmente suportado por aquele or= ganismo. Deliberado incambir o fan» cionário que faz as vezes de zelador de obter orçamentos, de harmonia com as instruções fornecidas à Câm mara por aquela Direcção Geral de Aeronáutica, para. a execução da obra de que trata este olício, não só na Vila de Sertã como também. nas sedes de freguesia de Cernache do Bonjardim e Pedrógão Pequeno. —Qutro da J. F. do Cabecudo, acusando a recepção dam ofício da Câmara e comunicando ter sido com verdadeira surpreza e tristeza que, aquela Janta, reunida em sessão ex= traordinária, tomou conhecimento do conteúdo do mesmo ofício, notando o desinteresse da Câmara pela obra de electrificação daquela ireguesia, melhoramento de tão grande impora : tância, pelo que a relerida Junta man nifesta por unanimidade o seu desu – contentamento. Tomado conhecimens to e bem assim do seu olício n.º 1321, enviado à dita Junta. —Oatro da J. F. do Castelo, informmando, em resposta a um ofício da Câmara, que segundo cáledio feito às obras de ampliaçãa do cemitério da freguesia custarão 20.000800, tenm do sido gastos já nas obras, dos don nativos dos paroquianos a quantia de 6.710800, faltando ainda receber | desses donativos 1.990800, pelo. que ainda são necessários 12.500800 para a conelusão daquelas obras. Deliben * rado que a petição voltasse à aprem ciação novamente por ocasião da elaboração do segundo orçamento suplementar ou do orçamento ordi= nário para o próximo ano, por yir= tude de no’ orçamento vigente não haver rubrica compatível nem verba disponível por onde padesse ser san tisfeito no todo ou em parte o sabsím dio pedido. —Qutro da J. F. de Várzea dos Cavaleiros, informando que no local onde foi construido o muro por Joan quim Antanes, daquela aldeia, nunca existiu vedação alguma. Deliberado convocar para a próxima reanião a J. F., o queixoso António Joagaim Nogueira e o arguido Joaquim Anta nes afim de se tentar uma solação conciliatória sobre o assanto. —Quiro da Direeção de Urbanizam ção de Castelo Branto, comunicando que o engenheiro-director geral dam queles Serviços havia homologado a adjudicação da obra «Pavimentação da Avenida Dr. Abílio Marçal e da transversal até à E. N. nº 257, em Cernache do Bonjardim», ao emprein teiro António Venâncio Leão, pela importância de 61.5008400. Deliberan do oficiar ao empreiteiro da obra no sentido dele comparecer o mais brem ve possível na Secretaria, alim de ser inteirado do teor do relerido oiício. = <Ouiro da J. E. de Cernache so Bonjardim, pedindo, por motivo das obras da ponte sobre a Ribeira Sar- deira, no sítio da Bastarda, correrem sérios embaraços por falta de dinhein ro, que a Câmara dê ordens para que sejam levantados os 3.000800 dados como subsídio pela Câmara para a relerida obra. Tomado com nhecimento. —Presente uma carta do engem nheiro João Hermínio Machado Gon mes, respondendo às consultas da Câmara acerca dos ruidos que motim varam a reclamação de alguns mo- : radores das imediações da igreja ma» triz, informa ser Seu parecer que es- ses ruidos só poderão ser motivados por contactos intermitentes ou na re- de exterior ou nas instalações partim culares e que qualquer destes casos poderia ser fâcilmente verificado pelo electriciste, vistoriando toda a rede ou desligando momentaneamen= te qualquer instalação que julgue suspeita. Deliberado chamar a aten= | ção do electricista da rede de Sertã para que tome imediatamente provi- dêneias com vista a evitar de futuro – novas reclamações. – – -Deliberado mandar o funcionário | que faz as vezes de zelador verificar no local o que se oferece acerca do assunto exposto num abaixo-assinado dos habitantes do Moinho Branco relativamente à fonte desta localidade. -—O presidente informou a Câma- ra, relativamente à reclamação e proposta apresentadas na reunião or= dinária de 16 de Agosto, pelo verecam dor António Lopes, que por motivo dos seus múltiplos afazeres não lhe fora possível preparar-se para tratar ainda nesta reunião dos assuntos contidos naquelas reclamação e prox posta, mas que o faria certamente-ná próxima reunião ordinária e sem inobservância dos prazos assinados. para o efeito nas disposições legais “aplicáveis vo caso.
O preço do peixe
O peixe, nos nossos mercados, àtingiu preços verdadeiramente as- tronómicos. Só a gente muito abonada pode saborear uma posta de boa pescada, um cachacho, um pargo ou um sal= monete. A própria sardinha, indispensá- vel à refeição dos pobres, tornou-se quase proíbitiva, visto que um quar= teirão trepou, em salto rápido e vers ticalmente ascensional, para 12 escum dos; isto sucede com o clápeo popum lar e modesto que tanta conta faz ao governo de casa de família nume- rosa… Diz-se que tal carestia é simples= “mente motivada, por ter desapare- “eido à tabela que fixava o casto, das diversas espécies de peixe, nas lotas “e, sendo assim, parece não haver oum tro caminho a seguir do que pô-la -nôvamente em vigór. Para grandes males, grandes remédios! Os gananciosos, porque o são, nunca se contentam com um lucro razoável: pretendem, simplesmente, viver como nababos à casta do con= samidor! EXAME
Coneluiu o 6.º ano do liceu o sr. Vitor Manuel Patrício Bastos, um bom e simpático moço filho do sr. Ângelo Soares Bastos. As nossas felicitações. E estranho… ».,que a Misericórdia de Vila de Rei nos não enviasse, para publi- car, o anúncio do concurso para a “empreitada de construção do pos- to hospitalar. “En Vila de Rei há muitas pesa soas de elevada posição social que continuam a fingir que desconhe- cem «A Comarca da Sertáy como órgão da região a que pertence aquele concelho. Porém, nós, em resposta, dedicármos sempre e con- tinuaremos a dedicar a esse con- celho vizinho e à sua sede todo o interesse e carinho que nos mere- cem, sem excepção, todas as ler- ras da Comarca; ali temos amigos e há tão boa gente como em qual- quer outra parte. E ela nada tem gue ver com os teimosos… Quem não se sente, não é filho de boa gente. Franeisco B. Lalanda dos Santas Nos últimos concursos, obteve boa classificação para 3.º oficial da Direcção Geral das Contribui- ções e Impostos este nosso simpá- tico amigo, distinto aspirante da Secção de Finanças neste conce- lho. “Em grande abraço de parabens
concelho de Vila de Rei vô ma- lhorar às suas comunicações rodoviárias
O sr. Ministro das Obras Pábli- cas, pelo Fando de Desemprego, con= cedea à Câmara Manicipal-de Vila de Rei, para construção da E. M. de Boafarinha a Peso—1.º fase—terram plenagens é obras de arte entre per= fis 170 € 321, na extensão de 3.268, CO metros, 30.000800; e para cons= tráção do camanho manicipal da E. N.n.º 2 a Milreu —1.º fase—terraplem nagens, obras de arte e acessórias, na extensão de 1.810,35 metros, 30.000800. Colégio de Nun’Alvares de TOMAR
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AGENDA Acompanhado de sua esposa, regressou do Porto o sr. dr. José Carlos Elirhardt. — Encontra-se na sua casu da Esitradinha, com sua filha’sr* D. Julieta, o sr. dr. Bernardo Ferrei- ra de Matos, de Lisboa. —Regressaram à Sertã: de Vila do Paço, a srº D. Maria Augusta Gonçalves; e da Figueira da Foz, com sua esposa e filhos, o sr, Ácd- cio J. Soares Ribairo. Feira na Sertã Realiza-se nesta Vila, no pró- ximo dia 15, uma das maiores feiras anuais. Construção do Posto Hospitalar | da Vila de Rei
A Santa Casa da Misericár- dia de Vila de Rei tornou público que no dia 24 do corrente mês de Outabro, pelas 14 horas, na Secretaria da Câmara Manicipal do mesmo concelho, se há-de proceder ao concurso público, perante a comissão para esse fim nomeada, para a adjudica- ção da empreitada de aum posto hospitalar a construir na sede do concelho, sendo a base de li- citação Esc. 800.560800 e o de- pósito provisório Esc. 20.014$20. O modelo da proposta, cader- no de encargos, desenhos ce con- dições do concurso, podem ser consaltados todos os dias átets, às horas do expediente, na sede da Comissão de Construções Hos- pitalares—Avenida António Aa- gusto de Aguiar, 19, 2.º, em Lis- boa—ou na Secretaria da Câ- mara Municipal de Vila de Rei. | LIVROS
A Livraria da Gráfica Celinda, à única que na Sertã dispõe de uma existência valiosa e variada, acaba de receber, entre maitos outros, os seguintes volumes: «Cáreere invisi= vel», de Francisco Costa: «Dicioná- rio Lello» e «Dicionário de Sinónin mos»; «Mistério da Estrada de Sin- tra» e «Crime do Padre Amaro», de Eça de Queirós, «Os áltimos dias de Pompeia», de Lord Lytton e «O tio | Goriot>, de Balzac». A leitura é um dos maiores pram zeres de espírito e não se podem considerar caras as obras que nos oferecem óptima caltara e consti= | tuem excelente passa-tempo. Também na mesma Livraria há os livros escolares de 1.º e 2.º clas- ses, ardósias, lápis, borrachas, cax netas, cadernos, tudo quanto é pre- eiso para as crianças que irequena | tam as escolas primárias. As alaições das juntas de fregua- sia foram adiadas para 1950 | Segundo o Código Adminis- | trativo, as eleições das Juntas de | Freguesia deveriam realizar-se | no segundo ou terceiro domingo | do corrente mês; porém, como | em Novembro próximo se eiee- tuam as eleições de Depatados, aquelas oram adiadas para | 1950. Por consegainte, as autar- quais locais continaarão o sed mandato até às novas eleições.
Cooperativa Abastecedora
(Conclasão da 1.º página) fluindo altamente no prestígio de todas as iniciativas que tendem a vam lorizánia. —Se Y. Ex.” nos quisesse dizer algo sobre a Cooperativa… —Tive à pouca sorte de ser nomeado presidente da Direcção nas álti= mas eleições dos Corpos Gerentes e digo pouca sorte porque encontrei tam do em estado de ruinal — (Como assim ? à —E’ como digo! Após oito dias de trabalho, verifiquei haver na Coon perativa um elemento que intitalei de «cancro» 1 Tive que tomar às minhas decisões, pois, doutro modo, a Cooperativa teria, dentro em poaco, de fem char as portas para não voltar a abrínlas. =Mas os antigos directores trabalharam tanto pela Cooperativa |-— exclamámos. : —Ea tenho muita consideração por todos cles, nomeadamente, pelo sr. Mário Florim, que ainda hoje eu considero o obreiro n.º 1, mas não me resta dúvida de que é à antiga Direeção:a úbica calpada de quanto se passou. —0O sr. Almeida dispõe-se a trabalhar porfiadamente por que a Coon perativa venha a ser aquilo que todos os sócios esperam, não é assim? —Não sei para o que estou guardado, nem me disponho a fazer prom messas vãs, mas espero fazer da nossa Cooperativa uma organização sóm lida e estável. — Quer dizer que a saa situação financeira é pouco animadora ? —í é que está o resultado duma administração rainosa. Contado, se não surgir qualquer contratempo imprevisto, dentro em breve transitar-se-á do defieit para O superavit. —Quanto a quotizações ? =Criámos novas modalidades de admissão que constam da circalar enviada a todos Os sócios logo que assumimos os nossos cargos. Por elas se vê que, com a sua aplicação, podemos trabalhar à vontade e se todos os sócios compreenderem o seu dever, pagando pontualmente o que lhes com pete, para que possam asuaíruir os correspondentes direitos, tudo poderá correr bem. Permita a «Comarca» que lhe roube am pouco do precioso espaço para transgrição daqacla referida circalar, dados os seus objectivos de grande alcance para progresso da Cooperativa : «Prezado Consócio:— A Direcção, no intaito de contentar a todos q desejosa de que a Cooperativa consiga marcar uma posição não só de relevo mas a constante progres= são de iomento de que a nossa região tanto carece, resolveu, a título experimental, for» necer BOS seus associados as mercadorirs sem o mais pequeno lucro, e lança-lhe uma quota—base, consoante o número de quilos que gastar durante cada mês. Assim, Os sócios que, por amizade ou simpatia tenham entrado para a Cooperati- pa e dela se não forneçam, pagarão uma quota de 2850 mensais. Nos mesmos casos fi= cam os sócios de comprovada pobreza, mesmo que adquiram à Cooperativa mercador rias até 20 quilos em cada mês. Os sócios não estabelecidos pagarão também mensal» mente a quota de 10800 com O direito a adquirir mercadorias até ao montante de 50 uítos. Os sócios de maior consumo ou comerciantes pagarão a quota de 20$00 com o A éno a adquirir até 100 quilos de mercadoria por cada mês. Quota de 50800 com o direito a adquirir até 500 quilos de mereadoria por cada mês. “Quota de 100800 com o cada mês. Quota de 120800 com o di» reito a adquirir mercadoria até 2.000 quilos por cada mês. 1.º—A quantidade de mercadorias eompradas em conformidade com as quotas acima, podem ser fornecidas parcialmente, conforme o desejo do sócio, não sendo con tudo permitido aos sócios adgairirem mercadorias, no mês anterior, de qualquer saldo havido em quilos. 2.º—Se qualquer sócio altrapassar o fornecimento de mercadorias corresponden- te à sua quota, logo Íiea sujeito ao pagamento da qaota Imediata. 3.º—Os sócios adquirentes de mercadorias de primeira necessidade e que pela sua natureza se possam prejudicar, terão a preferência no fornecimento mais rápido, tendo, no entanto, de sujeitar-se ao ritmo dos serviços da Cooperativa. : 4º—Sempre que o movimsnto O exija, a Direcção solicitará a qualquer sócio & sua colaboração nos servicos de viagem, não podendo, porém, exigir mais de uma úni= £a gez em cada ano. Para mais indicações, queira dirigir-se ae n/ depósito local. a A Direcção» —Não seria conveniente estabelecer um sistema prático e cómodo de armazenagem € distribuição de mercadorias ao longo do trajecto ? —Tenciono criar depósitos nas terras principais da nossa região, ha» vendo em Tomar ou na Sertã am depósito-mãé para armazenar as mercau dorias e deste serem distribaidas para os depósiios subsidiários; deste mo» do, o camião grande, de nove toneladas, faria o serviço de Lisboa ao depó= sito principal c o camião pequeno seria asado para fazer a distribuição pem los depósitos secandários. — Nesse caso, qual a fanção das agências existentes ? —Desaparecem para darem lagar acs referidos depósitos; nestes, será o próprio pessoa] da Cooperativa a fazer o serviço e chamará, a si, toda a responsabilidade da mercadoria entrada e saída. —Em todo o caso, parece que esse novo sistema não pode dispensar uma intensa fiscalização. E claro. Tenciono nomcar aum fiscal geral dos nossos servicos, ao qual-competirá, também, efectuar compras e vendas dos produtos de que earecemos, proceder a cobranças e atender às justas reclamações dos só eios, de modo a evitar a propaganda contra a Cooperativa, como actual» mente se verifica e que até certo ponto tem. justificação. Consta que a actual Direcção projecta aumentar O material circu- lante até o ponto de satisfazer cabalmente todas as exigências do movi» mento. Pode dizer alguma cóisa sobre este aspecto primacial da vida da Cooperativa ? —Temos presentemente dois camions que podem transportar, sema. nalmente, 26 toneladas de Lisboa para a nossa régião e dispômo-nos a comprar tantos quantos vierem a ser precisos. Tenciono também, ainda es te ano, comprar uma furgoncta para distribuição ao domicílio, aqui, em Lisboa. Mas não haja precipitações, tudo terá de ir devagar. E impossível fazer milagres! Quando tomei conta da Cooperativa, havia 8 contos em caixa e as despesas mensois andam à volta de 6 contos, Tado isto se fazia com brevidade e então eu diria aos sócios como seria a nossa Cooperativa se houvesse dinheiro, mas, sem «ele, não se pode fazer mais do que isto: —Há, talvez, necessidade absolata de fazer propaganda conveniente da Cooperativa, dos fins que se propõe Atingir, das suas Importantes vantas gens económicas… —É assim mesmo e tanto recenheco o valor dessa própaganda que estou
Bacalhau
O Ministério da Economia in- jormou que o abastecimento d> bacalhau se encontra normali- zado, devendo verilicar-se, no decurso do decorrente mês, dis- tribuições suficientes para aten- der às necessidades dé consumo. As dificuldades que se nota« ram nos últimos meses, em al: gumas regiões, como a nossa, esclarece aquele Ministério, to- ram devidas ao facto de não te- rem transitado da campanha an terior existências suficientes pas ra permitirem à regularidade da distribuição e, princivalmente, por se terem registado condições climatéricas que forçaram à atrasar as operações de secas gem do bacalhau, já transpor. tado para o País pela frota na- cional de pesca, As quantidadesexistentes ga- rantem o abastecimento nos me- ses de Inverno, em que se veri- lica uma maior procura de ba- calhau, para atender quer às di- licaldades que se oleérecem, nes- sa época, ao fornecimento de peixe fresco, quer à menor abun- dância de carne.
disposto a, dentro em breve, dar ses- sões em Sertã, Oleiros, Ferreira do Zêzere «e Pedrógão, pelo menos, pam ra animar é conhecer os sócios da Cooperativa. Um cutro ponto, de in contestável importância, que quero salientar, é que todos os sócios de- vem esforçar-se por ter em dia as suas quotas é liquidar integrálmente todos os encargos que lhes respeim tam c são impostos pelos Estatutos; sem isso, a Cooperativa não poderá Singrar e não fale em direitos quem não cumpre deveres. Existé em car teira, quer dizer, está oinda por li- quidar à maior parte dos cartões, quotas e exemplares dos Estatutos dos sócios da Província. Com as gem ções, dá-se o mesmo caso: existem, em carteira, centenas de acções. Esm tas deficiências foram objecto de dois avisos publicados na «Comarca» de 30 de Setembro. Há, pois, toda a conveniência para esses sócios em regularizar a sua situação quanto antes; doutro modo, não podem esm perar vir a ser bem servidos pela Cooperativa e muito menos contar com o sacriiício da actáal Direcção, que sem o auxílio de todos os sócios nada poderá fazer de átil, — Tem-se notado que a acção da, Cooperativa tem sido bastante ese. torvada… = Sim. Nem sempre as coisas cor=. rem com a devida regularidade, mas também, sob este ponto, estou dis- posto à lutar por que a Cooperativa não volte a encontrar atritos no seu caminho, que não se explicam. E por- que hão-de surgir embaraços, que ” magoam, aborrecem e prejudicam, se à Cooperativa é uma entidade legal e átil?. Estava terminada a entrevista com o ilistre presidente da Direcção, sr. Joaguim M. Almeida, a quem agradecemos tão valioso depoimento. Pela atilidede manifesta da Coon perativa para a nossa região e para muitos dos seus habitantes «e eleva- do número de naturais residentes na’ capital, fazemos votos por que os projectos do sr. Almeida sejam lex vados a efeito com o melhor êxito e aqui declaramos que a Cooperati= va poderá contar com a colaboração | € o auxílio da «Comarcã da Sertã» * sempre que deles carécer. ,
Campanha de Assistência à Vinicultura Ei 1949 Palestra promovida pela Direcção Garal das Serviços Agricolas
Generalidades sobre Vinificacção Por Eng.” Agr” Adriano de Brito da ConceiçãoDirector do posto Vitivinícola de Dois Portos
S o fabrico do vinho se perde na 3€ bruma dos tempos idos—para ama dádiva magnánima do deus Ba- co, para-ogtros descoberta sobtil de Noé—se já nas ralnas do velho Egip= to sc pérm gravadas Hgarações de vin- dimns e de preparação de vinho, só ainda ontem; mum ontem bem recen tc, é quea orto de o fnbricar se transe formos em iandamentada. ciência e. desta derivou. uma técnica cada vez mais perieita. Mama velha orte de milênios, antcpósase a juventade de aima–ciência de algamas décadas, nascida com Pastcar, po descobrir é estadar os seres vivos microscó- pigos. São as conclasões dessa ciência —A enologia—que a técnita tem de trazer à prática corrente c de que convém fazer | maior propaganda, Cabe-nos hoje focar um aspecto fundamental, aquelo que servc do tia teilo a esta palestra—tSanidade € conservação da adego, vasilhame € material vinário+. A necessidade de não deixar ao acaso das condições de colheita q trato de todo um ano de trabalho, o conhecimento e às possibilidades de intervir. de modo a oblercm-sé 05 “melhores resultados, são ponto de partida animador c seguro, Animã- dor, porque todo O prodator cons- clente c progressivo anscia por co= nhecer aquilo que mais lhe convém fazer e É portanto terréno bem pre» parado para b sementeira, segaro, porque à técnica, conscientemente, só divulga € propagandeia práticas elentilicamente bem fundamentadas, do resaltados certos & vantojosos, parn à boa qualidade do produto a obter e, consequentemente, de inteé- resse econômico para o produtor, As condições lavoráveis que q samo da avã od mosto gicrece à vi- da de grande número de serés mi= crobianos, quer úteis quer nocivos à soa transformação em vinho, condi» eloná c informa a moderná enolo- gia que proeura, por vários modos, favorcecr o trabalho dos priméiros, dcicndendo=se dos meleiicios dos se- gandos. E assim, quer modilicando o meio em que cles vão viver–0 mosto—como cesúltado do estado profado c paciente das suas aptidões ce condições de vida quer por esco- lha, selecção c propagação dos mais favoráveis, quer oinda por medidas : de sanidade c profilaxia, combatendo Os prejudiciais, se consegue hoje, com plena segarança, tirár da maté. ria prima ava, O mais conveniente resúltado—-o melhor vinho que cla posso der. Trabalhando com nm prodoto fá« cilmente alterável é fácil comprecn- der à importância que tem a higiene das Instulações vinárias, onde val decorrer todo O processo fermentati- vo ca necessidade de intransigente- mento alastar todas às possibilidades de infecção por lermentos oq bactérias nocivas. Como é evidente, O prin melro passo para isso é destruir Lo- dos os possíveis iocos de inlecção. Para produzir vinhos sãos é esta a primeira condicional. Dada a facilidade com que O mos- to, 000 vinho contra —em aromas. ou sabores estranhos, ficam desde lego traçadas 6s condicionais a se- guir: Hliminação rigorosa de lo- das as substâncias que possem constituir alimento ou abrigo para maus jermentos ou bactérias noci- vos, afastamento de todos possiveis focos de maus aromas ou sabores.
A instalação vinária será ânica- mente inslalação wlnária e não ars mazém dos mais heterogéncos prod tos da cxploração agricola, atensílios dm metériais diversos. Se em todo o tempraquela exela- sividade se impõe, mormente isso Bm ecde no momento-do fabrico Envque – “está em cansa a fatera vida do pros duto, ‘ A Jimpeza de casa dos lagares e da adega deve ser ciccigada com o maior eoidado, Varrida, lavada, de- sinfectada, Todo o cslorço É podco, toda a mivudência não é excesiva. MW Hmpeza das instalações, sem gue-se a do vasilhame e do material vinário € se aquela se impõe, esta É ainda, se possivel, mais Importante: À «uva, esmagada ou não, val contaclhr com cestos, com dornas de. transporic, com esmagadores, com lagares, Cabos od dornas de fer- mentação, com. prensas, com boms bas e manqguciras e sé Éecrlo que os germes das doenças do vinho é as “mas lepedoras já se podem cneonas trar na própria coa, pior ainda se é esse próprio material a contaminar la en difandir essas doenças, à co- municar-lhe defeitos de prova que Inferiorizam q fataro vinho, a modi= ficar O sem teor em certas sabstân- cias que vão alterar a soa qualidade. Fermentado o mosto, trânsior- mado em vinho. é alojado em pasl= lhas, desde o pipo à grande coaba. Também aqgal o coldado tem que ser extremo. As posssibilidades de in- -Teoção, a facilidade de coniralr des “feitos de prova sabsistem.e, quaso. SEM O querermos, vemenos à mente ume irase lapidar dom técnico mai- to distinto « bom amigo—rsem bows nasilhas, por mais e melhor fécnio ca que se aplique, édificilter bons pintos» verdade que deveria estar gravada no pensomento de todos os vinicaltores, ; Não..se julgue que quando se res eomendam os mbúiores coidados com a sanidade das instalações, do vasi= lhame c do material vinário, isso im plica operações ontrosas, incompa- tiveis com à orçamento apertado do vinicaltor, em especial. do pequeno. pinicaltor. De jorma alguma, Agal- ló que se recomenda e se lhe ensina são práticas láceis, desiniceções ini cuas para os trabalhadores, de pos queno castó lárgamente compensado pela melhor valorização-do seu vinho, E’ claro que, de facto, 0 óptimo: só se conségue em instalações por- feitas, Fem concebidas, de consiris cão adequada, bem apetrechadas, mas O pequeno prodator delts podes rã dispor, quando esse grande sonho das bdegas cooperativas for ama realidade, Maito hã a fazer dentro da mo- desta adega de que, nesté momento, o viniculor diss0e. Esse muito está. a fazer-se pela colaboração franca e proficaa dos vinicaltores portagues ses com à Campanha de Assistência Técnica à Vinicaltira que está em CILSO. Não cabe no Ambito desta pales- tra a descrição dos processos a ses guir, o que seria longo € fastidioso, mas todos os vinicaltores que sé in- teressem por aprender à bem coidas rém das suas adegas podem recorrer à asaisténcia que a Campanha lhes facalta, dirigindo-se sem demora aos Grémios da Lopoura Ou às sedes dos
Foi publicado o Decreto-lei de coprdenação das disposições sobre maiérta eleitoral
O «Diário do Governos publico em 3 do corrente, pelos postos do Interior e das Colônias o Decreto-lei regnindo e coordenando as disposi= cães legais sobrc a matéria eleitoral, acluglmente dispersas por numeros sus diplomas, c, simplilicando Blga- mas delas, de manéira o coltar fres quentes dividas à que têm dado origem, Esse diploma, que contem 86 Bra tigos, ocapa-se, nó 1.º capitulo de Assembleia Nacional: : =-lisposições de cordcicr geral; Dos elegiveis c da perda de môndato: des cirentos eleitorais e da apresen= lação des condidatiras: do apuros mento; e dos disposições especiais pas ra às colónias. Us capílulos seguintes aplicam=sé A todos os actos eleitorais prefere tes às assembleias eleitorais é actos preparatórios da eleição; à cleição: &os recursos e aó sem julgamento c às dispósições penais. Para coitar inconveniêntes regis tados Bté agora, com prejuizo dos votantes, estabelece-se pela primeira vez, que, em Lisboa é Porto, nas asa sembleas ou secções, abrangendo mais de mil instritos, não haverá ehambdas gernis realizando-se n vo- tação à medida que Os eleitores se – aproximem das mesas. Como cm tos, à eleição dos de- putados será feita por ciclos eleitorais os quais coincidem, quanto ad Con- tinente c llhas Adjacentes, com à área dos distritos administrativos. Mantêémese, pois, os seguintes Cim clos com o número dos depatados Abaixo indicados: Rwciro—s; Beja — 4; Braga — 6; Bragançã — a: Castelo Branco == 8… Coimbra — A; Evora — 4: Faro — 4; Guarda -=4; Leiria — 6; Lisboa — 12: Portalegre—4; Porto—10; Santarém —- ty Setúbal—as; Viana do Castelo— -& Vila Rcal-—s; Visca—o Funchal —3 Angra do Heroismo? Horta “1;-Cabo Verde—1, 5. Tomé c Prínci= pe—1; Cioiné—t; Angola—3: Mocama biqae–3: India—z: Macan—1; € Ti- Mmor—, ; A nova lei eleitoral, que-entras rã desde já em vigor, revoga as leis na de 3 de Jolho de 1913; 204, de 26 de Janeiro de 1915 314, de 1 de Junho de 1015; 041, de 14 de Fcpes reiro de, 1020; 08 Decretoslet nº 34958, de 22 de Sclembro de 1045; E. 4065 de 4 de Qutabro de 1045; os Decretos n.º 5.184 de 1 de Março de 1919,:7.543 de 13 de Júnho do 1424; ca portaria nº aisoded de Abril de LO.
RPE E DOS DRE LET Confie os seus impressos à Gráfica Celinda, Limitada DR, ALBERTO RIBEIRO COELHO MÉDICO Doenças da boca e dos dentes Consultas todos os sábados na SERTÃ —R. Hanuel Joaquim Runes
ER ST TEEN CE pr ETR Núcleos onde poderão inscreverem
A maneira entusiástica como o prodator recebe os ensinamentos « conselhos, o interesse que manifesta no apericicoamento do fabrico do ser vinho são penhor bastante de sucesso € dele há tudo a Esperar. Que ele fique com esta ideia clam ra é iaadamentol—a higiene da ade- ga, do vasilhame e do material vind= rio É O primeiro passo para o fabri« to dos vinhos sãos,
NO RABEdS dm a “Viagem
(Conclusão da Li pág
antagonismo com a altancira Alpes los, coberta de pinhais basticos, mas ninhos extensos, salpicada de longe cem longe por anlomerados húmanos ‘ onde a simplicidade alinda à solidao sab os notas dominantes, Há um desegoilíbrio Hagrante enm tre o paisagem Cernache-—Serth, rim ca em várzcas de verdejantes pros “dutos agrícolas é a graciosa serra- “mia que à câmioncia, Lomando-o tis nerário de Oleiros e, baloncando-sé en estrado de. precário estado de Conservação, Começa à vender. Arrastando-se cm áspera c longa. subida em até no ailo onde corro trémala à brisa da montanha, ela pi pai para alegria dos seus ocupantes. Eisque chegamos ão alto do Cam valo € à viagem cslá quase no fim. Daqui se obstrva um dos hori- zôntes mais largos e belos. Ficomos extosiados… Não há palavras que deserevam o contraste perenc, a angustluso grandeza entre a proprih serra de Alvelos cos vales prolundos que a cercam. Ao iundo outros serras degofiam o seg orgulho ca oposição É a css sência da sua própria grandeza. arráncos desesperados. Acolá—vês, leitor para unde apom tomos—uma povoação de basiantes casas alvos entre O verde escuro de olivedos, coroada por monumental igrejo de linhas imponentes, em cuja pla baptismal nos fizemos eristãos-— é a Madeirã. – Contempiada de longe pareec um altar, celestial no sen conjunto har> mônioso, € donbirosa na disposição, Vamos… depressa, queremos lá chegar… Encostar-nos à secular olivcira dos Linhares contemplando “O bBuliçoso sorriso de garotós que andam no «polo”, ou ocupar o lugar de um banco no adro, eis o que de momento mais nos preocupa, Pens Sar sapéritao | ; Caminho fora, ponto à pouco. res | cordando à passado, alterande-o com caprichosas cogitações mn que à Ima ginação não é estranha, vamos ses guindo, ; 7 E, baixinho; rezaimos: Bendita seja à terro onde nascemos. .,
[tomas ramsinio se toa asa] ils olipeiras, nesta região apresentam iruto larto e são, grado, conjecta» rando. ma saoira, se não esplêndida, pelo menos, moito regular, Há oliveiras que vergam ao pese da azeitona € os nossos olhos cons templam=nas demoradamente, riem | Se nam embevecimento amoroso por Esso árvore maravilhosa cuja exis. tência indica fartara c riqueza c da qual o modesto raminho simboliza à Paz. Radipdena Bendita seja a oliveira,
E : Terminaram às pin Vindimas dimas é pode cons siderar-se razodocl a prodição de vinho, que. seria meto maior se as últimas ehivas houvessem caído pelo menos um mês antes. A fgua-pé bebe-se já por aí à farta, sem cerimónia: é que cla é fresquinha, agradável ao piladar € não tem espinhas! E lá para o 5, Martinho começa a prova dos vinhos – novos, acentuadamente claretes noso ta região, copitosos, cspelhedinhos, que lnzem cócegas no céu da boca Com «mas castanhas assadas € prom vado à boea do pipo, o nosso vinho é uma das supremos delícias & que nem sequer se lurtam os fraguissi- mos devotos de Baco…