Voz do Povo nº99 20-10-1912

@@@ 1 @@@

 

2.º Ano
DIRECTOR

Augusto itodrignem-

Administrador
ZEPHERINO LUCAS

Editor

Luiz Domingues da Silva Dias

Certã, 20 de outubro de 1912

 

 

 

 

Assignaturas
15200,

Paravo Brazilo 4 .Qr sto
, Pago adiantadamente

Semestre…

Não se restituem os originaes

 

Goors.
5000 réis (fracos)

 

REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO

Travessa do Serrano, 8
CBRTA.
Typographia Leiriense — LEIRIA

Proprigdado da EMPREZA DE PROPAGANDA LIBERAL

 

Annuncios

Na 3.º e 4.º paginas, cada linha….. 30 rs.
N’outro logar, preço convencional

Annunciam-se publicações de que se receba

um exemplar.

 

os nossos presados |
assinantes

Pedimos a especial: fineza de
mandarem satisfazer a impor-
tancia das suas assinaturas, pou-
pando-nos assim a despezas, O
que muito: agradecemos.

A administração

mem a

Assistencia nacional
aos tuberçulosos

Esta benemerita e humanita-
ria colétividade, com séde em
Lisboa, de que por vezes a im-
prensa, de todo o país se tem
ocupado tecendo-lhe, como me-
rece, os: mais levantados enco-
mios, prosegue, conforme as for-
ças do seu cofre no desempenho
da sua grande Obra, procuran-
do imprimir. o; maior desenvol-
vimento possivel á sua esfera de:
ação, :

São bem conhecidos os fins a
que obdece a;sua organisação,
bem assim é sobejamente conhe-
cida a maneira como se execu-
tam os serviços nos Dispensarios
e Sanatorios, onde os pobres dos
dois sexos, menores ou adultos
que a eles recorrem para o tra-
tamento da sua depauperada
saude, encontram no pessoal,
sem distinção de categorias, o
maximo, carinho e o maior dis-
velo possivel.

A forma como a colétividade
está organizada e a fiel execu-
ção nas determinaçõis dós seus
Estatutos e Regulamento inter-
no nada deixa a desejar,

A sua base principal assenta
neste grande e humanitatio prin-
cipio — Beneficencia e Caridade
— daqui a bela e louvavel forma
como us serviços são: executa-

– dos, e; Como merece, o apoio e
a simpatia que encontra nos co-
raçóis bem formados e nos cara-
teres propensos ao Bem.

A Assistencia Nacional aos
Tuberculosos necessita, porem,
ter o seu cofre robustecido, por-
que as despezas são grandes e
o numero de pobres atacados
pela Tuberculose aumenta, infe-
lizmente, e a todos preciso é
atender, e prestar o socorro me-
dico.e farmaceutico, dar pão aos
que padecem fome, agasalho aos
que não têm roupas.

 

A Assistencia Nacional aos

| Bem.

Tuberculasos, como sociedade de-
vidamente autorizada e como per-
sonalidade juridica, pode receber
legaaos, doaçôis e deixas por tes-
tamento ou átos entre vivos.
Assim, pois, que os protegi-
dos pela fortuna — nacionais ou
estrangeiros -—— concorram. com
os seus donativos ou legados em
pró da grande Obra da Assisten-

| cia Nacional aos Tuberculosos

— socorro: ás “familias ‘ pobres
atacadas pela Tuberculose —so-
corro e amparo ás infelizes crean-
cinhas. mínadas pelo Iymphatis-
mo e; predispostas; a serem ata-
cadas e vitimadas pela Tuber-

| culose,

6! 5h
Conceda-se o possivel auxilio

á Assistencia, contribua-se para

a luta que preciso é ativar con-
tra a terrível — Tuberculose —
que tanto parece zombar dos es-
forços da ciencia.

Os que auxiliarem tão bene-
merita coletividade receberão co-
mo premio as bençãos dos po-
bres e deixarão os seus nomes
vínculados na grande Obra do

Que almas bemfazejas aten-
dam a este nosso apelo e que
jámais olvidem a Assistencia Na-
cional aos: Tuberculosos.

Eis o que desejamos.

SB,

EE ADE Ta —

Bartholomeu de Gtsmão–glo-
rioso precursor da navega-
ção area,

O, governo dos Estados Unidos do

Brazil encarregou o sr. Alfredo Ro-
drigues de tratar da trasladação para

‘ Santos, sua -tetra natal, dos restos

mortaes do padre Bartholomeu Lou-
renço de Gusmão-—o inventor da
Passarola, trasladação que se reali-
sara à bordo do cruzador Benjamim-
Constant.

No de-empenho da sua missão, o
illustre brazileiro, que é neto de por-
tuguêses, chegou ha dias a Lisboa,
donde seguiu para Famalicão, de
visita às propriedades dos seus an-
tepassados,

Voltando. à capital, o sr. Alfredo
Rodrigues, após curta demora par-
tu para Madrid e Toledo para tra-
tar da trasladação do historico avia-
dor.

De Espanha seguiu para Genova
a apressár a construcção do monu-
mento que na cidade de Santos (Bra-
zil) será, erigido a Bartholomeu, de
Gusmão, como homenagem da-sua
patria.

Segundo consta o governo brazi-
leiro tenciona realisar no Rio de Ja-
neiro, em 1915, uma exposição de
aviação para a qual convidará o go-
verno português e os governos d’ou-
tras nações,

 

Tasso de Figueiredo

TC + NT
Por mótivo de doenca de pessoa
de familia e acompanhado por suas
ex.” esposa e filha, retirou na pas-
sada quinta feira para a sua casa
de Lisboa, o nosso ilustre equerido

| amigo. sr. almirante Tasso de Fi-

gueiredo.

Devido; á precipitação da sua par-
tida, muitos dos seus amigos não
tiveram d’ela conhecimento.

Sentimos duplamente a ausencia
deste tão. dedicado, como valioso
filho da Certã, fazendo votos pelo
seu: regresso ao nosso convivio não
obstante a sua estada em Lisboa
redundar sempre em serviço, do
Pais e da sua terra.

FACTOS E BOATOS

 

A. Augusto Rodrigues

Regressou a esta vila, com sua
esposa e interessante filhinha, este
nosso; querido amigo e estimado di-

retor. )
= ICO me

Mais reflexão

O

Na Varzea, dos Cavaleiros, im-
portante povoação, do nosso conce-
lho; deram-se, ha dias, factos desa-
gradaveis que um pouco de bom
senso da parte do respetivo coadju-
tor em exercicio teria facilmente evi-
tado.

Estamos n’um concelho em que
as leis da Republica se teem execu-
tado com um tão inteligente criterio

e dignidade, que torna indesculpa-,

veis e merecedores de reprovação
atos, como os. que tiveram começo
de execução, e dos quaes, felizmen-
te, não resultaram consequencias,
devido unicamente ao bom senso do
povo.

Foi o caso. que o coadjutor, sem
um qualquer motivo serio, cedendo
aos impulsos d’uma injustificada pre-
cipitação, entrou na egreja, consu-
mindo todas as particulas, e sus-
pendendo ali o exercio do culto, o
que queria significar a interdição da
egreja, dizendo alguns que decla-
rando-o expressamente.

Este procedimento provocou ida
parte d’algumas pessoas certa agi-
tação, breve extinta apoz a natural
reflexão. ; )

Depois celebrou-se ato de culto
em casa do proprio coadjutor, cul-
to, que voltou agora à ser praticado
na egreja.

Tudo isto demonstra uma preci-
pitação, uma falta: de’ reflexão e
uma tão falsa compreensão dos seus
deveres, que deixa muito mal colo-
cado quem os praticou. E’ indescul-
pavel o seu procedimento, que, se
não fosse o bom senso do povo, po-
dia acarretar graves consequencias
e responsabilidades.

Ora, a sua posição impõe-lhe o
dever de dar exemplos de cordura
e moderação estando-lhe defeso pro-
vocar atos que, pelo contrario, con-
duzam á desordem.

 

Inspecção e classificação de
solipedes e viaturas
Devem ter logar brevemente es-

tas inspecções, devendo com anteei-
pação ser indicado o dia’ é local on-

de, elas. terão, logar. no nosso, conce- =

lho.

cnc OO

Guarda Republicana

Esteve nesta vila, em serviço de
inspecção ao posto da Guarda Re-
publicana dêste concelho; o sr. ca-
pitão Sande Lemos, ilustre coman-
dante da 5.º companhia da mesma
Guarda. 2

— Pelo comandante da 5.º compa-
nhia da Guarda: Republicana, dis;
trito de Castelo Branco, foram. afi-
xados editais tornando publico que:
serão considerados ‘como receptado-
res e cumpiices, e como tais entre-

-gues ao poder judicial, os negocian-

tes, fabricantes ou mesmo particu-
lares, que adquiram por. Compra,
troca ou dádiva, azeitona, bolota,
lande, cortiça, lenha, ou. quaisquer;
outros produtos agricolas, aves, ga-
do, ‘etc., “a individuos que não -pos-
suam haveres que os habilitem a
tais transacções. j

“O mesmo:se compreende com os
individuos que exerçam comércio
ambulante e adquiram os generos
nas condições apontadas.

Que para evitar incômodos ás pes-
soas que tenham de adquirir estes
produtos, sómente o façam de pes-
soas que haja. a certeza de serem
proprietarios, produtoresou criado-
res, e a desconhecidos quando hubi-
litados por documento legal, assina-
do pelos regedores, das freguesias
ou pelos administradores de conce-
lho; é em que provem a sua: habili-
tação para negociar.

— Dora ———
Registo Civil .

O Diario do Governo publicou
pelo ministerio da justica, a seguin-
te portaria: «Atendendo a que se
não acham ainda inscritos nos livros
do registo civil todos os nascimen-
tos dos individuos nascidos antes de
1 de abril-de 1911, e que varias por-
tarias teem prorogado o praso para
esses registos, sendo a ultima a de
26 de julho desrg12; atendendo a
que a ultima prorogação foi ainda
insuficiente para se fazerem os alu-
didos registos, e sendo de toda a
conveniência que estes actos não
deixem de lavrar-se, tanto mais que
varios pedidos teem sido dirigidos a
esta conservatoria geral, nesse sen-
tido; manda o governo da Republi-
ca Portuguêsa que pelo ministerio
da justiça seja prorogado o praso es-
tabelecido na portaria referida, con-
cedendo-se o periodo de 3 mêses a
começar no primeiro de outubro e
terminando no dia’31 de dezembro
de “1912, findo o qual.se aplicarão
as disposições do codigo do registo
civil.»

O movimento de registos de 9 a
16 do corrente nêste concelho foi:

NASCIMENTOS Dan a 16
BBitos INR Sd LEIS 1 PRE Ba
Casamentos. …. RED BA 3

Aa PRrAVvTVvT

 

@@@ 2 @@@

 

VOZ DO POVO

 

Podem usar armas sem Li-
cença

1.º—Os recebedores e seus propostos,
para a defêsa do dinheiro que tiverem de
transportar de umas para outras localidades.
2.º—0Os regedores de paroquia e cabos
de policia, mas sómente em ocasião de ser-

viço,
3.º—Os zeladores e guardas campestres,
no exercicio das suas Ringõems

4º—Os magistrados do ministerio pu-
blico e os juizes de direito.

5.º=0s cantoneiros das estradas e che-
fes de conservação.

6.º—0s empregados encarregados da
guarda e polícia dos caminhos de ferro,

7º—Os funcionarios dos serviços extér-
nos da direcção fiscal de exploração dos
caminhos de ferro,

8.º— Os empregados florestaes encarrega-
dos da exploração das matas ou arborisa-
ção das serras é dunas, que não ficam res-
ponsaveis pelas consequencias do uso le-
Bitimo das armas’ que lhe são confiadas
para protecção dos interesses da fazenda e
para defeza propria.

9º Os correios das secretarias destado
no exercicio das suas funções ou no de-
sempenho de commissões de serviço pu-
blico.

10.º —Os empregados de faroes.

11,º—Os mestres e guardas dos serviços
hidrauliços.

12.º—Os empregados do serviço inter-
no das alfandegas.

13.ºOs ministros e oficiaes de justiça.

14.º—Os governadores civis, administra:
dores de concelho, os comissarios de po-
licia e seus subordinados, em virtude de
suas funções policiaes.

15.º—Os secretarios das camaras muni-
cipaes, ;

16.º—-Os secretarios das administrações
do concelho.

17º—O0s empregados telegrafo-postaes,
tanto de serventia vitalícia como os tem-
porarios, e bem assim os depositarios, de
caixas de correio e os arrematantes de
condução de malas postaes.

18.º—0s empregados do corpo de fisca-
lisação dos impostos.

19º–Os oficiaes e praças fóra do servi-
ço e dos quarteis, – ;

20,º—Os empregados de fazenda, que,
todavia, ficam obrigados, para suprir a Ji-
cença, a apresentar o seu bilhete de iden-
tidade, sempre que lhe seja exigido pelas
raspectivas autoridades,

Os empregados que forem legalmente, e
sem limitação alguma, autorisados a usar
armas, podem empregal-as no exercicio da
caça, sem carecer de impetrar licença da
autoridade administrativa,

Não podem usar armas sem licença .=-o
pessoal do corpo de bombeiros municipaes
de Lisboa;-—-os . conservadores do registo
predial, porque nem são juizes, nem agen-
tes do ministerio publico, nem empregados
auxiliares dos tribunaes

<< 3C00€C———»
! E)
O Molungo
4

Faleceu em Angra do Heroismo,
o prisioneiro de guerra o Molungo,
que juntamente com o Gungunhana,
Godido e Zichacha foram aprisiona-
dos por Mousinho d’Albuquerque.

Estava cego e – entrevado; d estes
prisioneiros resta apenas o Zicha-

cha,
—— — DO(0€>——— —

Sabão e sabonetes

Recomendamos aos nossos ama:
veis leitores e ao comercio a retalho
os magníficos produtos da fabrica
de sabão do sr. Maximino José de
Assunção Oliveira, rua João de
Lemos, a Santo Amaro — Lisboa.
As diferentes qualidades de sabão
que ali se’ fabricam, o sabonete de
toilete — uma. especialidade — nada
deixam a desejar, e podemos mesmo
dizer que não ha melhor no mer-
cado.

Os preços são modicos e com
abatimento para revendedores.

A seriedade do seu proprietario
e o longo e seguro credito que go-
sa no comercio é a melhor garantia
da verdade que expomos.

A quem requisitar, para o que
bastará um postal, envia a fabrica
os preços dos seus produtos.

Experimentem os que nos lêem.

———— ICO —
Feira

Esteve muito concorrida a feira
realisada em 15 do corrente na Ala-
meda da Carvalha, tendo-se efetua-
do transações importantes,

 

Imprensa

Recebemos e agradecemos a vi-
sita do nosso estimado collega «O
Famalicense». A

—— Doce — —

Por despacho ministerial foram
mandados admitir 17 alunos no Co-
legio das Missões Ultramarinas, em
Sernache do Bomjardim.

PAD IO =
Pela Camara
Sessão de 16

Sob a presidencia do sr. Zeferino
Lucas e assistencia dos vereadores
srs. Luis Domingues, Antonio Nu-
nes de Figueiredo e Henrique Mou-
ra, teve logar a reunião da Comis-
são municipal administrativa.

Foi lida e aprovada a acta da ses-
são anterior.

Foi presente:

Oficio do Governo Civil, pedindo
mapas das percentagens rutorisadas
para 1913, e demonstrativos do es-
tado dos emprestimos municipais
até 31 de dezembro de 1912.

— Dois oficios da Comissão muni-
cipal de Vila de Rei, pedindo e de-
volvendo a representação que estas
camaras vão apresentar ao ministro
do fomento.

—Foi apresentado o orçamento
da despêsa com a instrução prima-
ria no concelho no âno 1913-1914.
Assinado pelo sr. presidente sem al-
teraçoes. :

— Requerimentos: Maria de Jesus,
da Herdade, Maria de Jesus, do
Carvalhal Cimeiro, e Catarina da
Silva, da Passaria, pedindo subsidios
de latação. Concedidos.

— Cartão do Presidente da Repu-
blica, agradecendo as felicitações de
5 d’Outubro.

— Oficio da Secretaria do Merca-
do Central dos Produtos Agricolas,
pedindo informações sobre a colhei-
ta do ano de r912— satisfeito

— Oficio da Administração do
Concelho, pedindo para que se dê
conhecimento das multas por trans
gressão do Codigo de | Posturas,
quando não tenham sido pagas no
prazo legal.

— Oficio do Tesoureiro da Cama-
ra sobre fundos municipais, tomou
conhecimento.

— Autorisaçóis: A aquisição de
uma escada paraa iluminação de
Pedrogam Pequeno—Pagamento ao
empregado da cobrança do real de
agua, do 2.º e 3.º trimestre —A aqui-
sição d’arvores para « subst tuição
das que secaram nas estradas do
cemiterio e de Santo Antonio, sat’s-
fazendo-se a devida despeza.

— Resolveu fazer de conta pro-
pria a cobrança dos fóros do muni-
cipio por não ter havido concorren-
tes á praça, por sua diminuta im-
portancia. .

— Procedeu-se à nomeação dos
vogees que hão de compôr a comis-
são de recenseamento militar para
o proximo ano, de conformidade
com o artº 28 $ 2.º do regulamen-
to de 23 de agosto de 1911, e ob-
servando-se o disposto no art.º 29
do mesmo regulamento. ,

 

 

 

Carteira semanal

Faz anos, no dia 22, a sr.º D,
Maria do Céo Carvalho.

De regresso de S. Thomé, passou

nésta vila para a sua casa de Alya-

ro, o sr. dr, Antonio de Mendonça
David.

 

Estam nésta vila, os srs, Joaquim
das Neves Barata e José Maria Mo-
reira, e em Sernache do Bomjardim,
o sr, Libanio Girão.

Regressaram a esta vila, osr. Al-
fredo dos Santos Alves de Moura; a

 

Evora, o sr. P.º José Farinha Mar-
tins, e a Lisboa o sr. Eduardo Cam-
pino.

Tem estado bastante doente o
filhinho do nosso assinante sr. Anto-
nio da Costa Lima.

Com sua esposa e filhinho, saiu
para a Povoa da Ribeira Serdeira,
aonde tenciona demorar-se alguns
dias o nosso assinante sr. Acacio de
Macedo.

 

SUBSCRIÇÃO

para a construção d’um o pa-

ra Club e Teatro, na Certã
Transporte… 3:1228930
Braulio de Lemos-Pom-

Dare Si Att trd 28000
Luiz da Cruz—Praia.. 208000
Antiga comissão paro-

quial republicana, da

Certã, por saldo de

CONTA St apo feria 620
José Antunes Pinto —

Eisboastes UM Su 108000

A Comissão, receiandoqual-
quer falta, agradece, por es-
te melo, todos os donativos
subscritos.

O Presidente,
A. Sanches Rolão.

> o»pramrge-————.. —.
Na inatiguração do edifício es»
colar da Gava

Uma festa simpatica
Foi na segunda-feira

A manhã acordára pura, fresca,
luminosa O ar livre despertára-nos
a alegria e o apetite. AA che-
gámos lá acima, ao Zé Dinis iamos
todos com fome. Parámos. Não foi
de balde. O bom do velho da me-
lhor ventade nos cedeu umas sardi-
nhas que tinha comprado no sabado.
Mãos á obra. Cinco minutos depois
estavam assadas. Banqueteámo nos
deliciosamente. Não espero provar,
tão -depresa, eguaria tão saborosa.
É o mesmo diziam os companheiros
de viagem Dr. Albano, Martins dos
Santos e Joaquim Nunes e Silva. O
bom do Zé Dinis tinha dedo para
aquelas coisas. E a viagem continuou
mais alegre, expansiva e ruidosa, na
certeza de que o maior perigo era
passado e de que no fundo da outra
encosta nos aguardava um bom al-
moço, um almoço genuinamente
português, em casa do sr. Libanio
Girão. O Martins ao descer a encos-
ta comentava —Que diabo, isto logo
deve custar mais a subir! Deixe-se
disso. Logo ‘é de noite e todas as
encostas parecem planicies.

O exterior da casa era um exte-
rior de festa. A pequenina casa de
escola, toda branca, tendo solta ao
vento a bandeira nacional, parece
rir-se para nós com alegria. No ar
estralejam foguetes. As ruas são ta-
pêtes de verdura. E lá em baixo ou-
ve-se a filarmonica. E pelo meu es-
pirito passou a lembrança da des-
cuidosa mocidade, em que um tom
côr de rosa perfumava de esperan-
ças toda a minha alma. E a vida
apenas me tinha trazido desilusões
e amarguras, tendo um vento de
scéticismo desfolhado tantas pétalas,
crestado tantas esperanças. Quem
me déra cá o tempo das festas sim-
ples da minha aldeia que traziam
musica e foguetes, alegrias e arroz
doce! Mas breve me despi destas
cogitações. Era mistér almoçarmos
para se fazer com tempo a entrega é
inauguração do edificio escolar.

A fiarmonica breve chegou e lá
seguimos todos em cortejo para a
pequenina casa branca, sempre a
ota no meio das suas grinal-

as,

 

O povo acompanhára-nos em mas-
sa. À sala escolar apinhou-se de
gente. E grande numero teve de fi-
car na rua, junto das janelas e da
entrada.

Abriu a sessão o sr. Libanio, fa-
zendo a historia da construção da ca-
sa-e a enumeração das pessoasique
tinham concorrido para o ajudar a do-
tar a sua terra com tão util melho-
ramento e convidou para a presiden-
cia da mêsa o sr. dr. Augusto Men-
des Barata, juiz-do Tribunal da Re-
lação do Porto e para secretarios o
sr. inspector escolar e o sr. David
da Silva, cidadão que pela sua boa
vontade e pelo seu esforço mais con-
tribuiu, depois do sr. Girão, para se
levar a termo tão grande beneficio.

O sr. dr. Barata agradecendo a
honra do convite poz’em relêvo o
caráter do sr. Girão e a grandeza
do beneficio que ele acabava de pres-
tar aos seus conterraneos e convi-
dou o professor oficial a descerrar
dois retratos & que foram uma sur-
preza do sr. David da Silva. Esses
retratos eram os do sr. Libanio Gi-
rão e do venerando presidente da
Republica. Toda a sala irrompeu em
palmas, emquanto a musica, lá fóra,
tocava o hino nacional,

Tomou então a palavra’o inspe-
ctor do circulo que, partindo do prin-
cipio de que o progresso só póde
surgir da escola primaria, evidenciou
esse principio ‘ com o exemplo dos
bons que, não tendo maiores recur-
sos materiaes do que o nosso, cami-
nham comtudo, na vanguarda:

Mostrou as vantagens da instru-
ção para todos os individuos, seja
qual fôr a sua situação e condições,
e dizendo que o sr. Girão tinha pres-

| tado à Cava o maior beneficio que

era possivel prestar-lhe, fez lhe os
seus agradecimentos como funciona-
rio da instrução primaria

Seguidamente falou o sr. David
da Silva, enaltecendo as qualidades
do sr. Girão e’frisando’o facto de
ter de ir á escola a 5 quilometros
dali, o custo com que na Cava se
aprendia a ler, mostrou as grandes
vantagens da escola.

Osr. dr. Albano Lourenço discur-
sou tambem, com muito calor, com
muito entusiasmo, sobre o valor da
instrução geral, mostrando a utilida-
de da escola da Cava. O professor
da Madeira, sr. Francisco Ribeiro,
leu um bem elaborado discurso so-

| bre o mesmo assunto e o professor

de Alvito, sr. Luiz Lopes Sobreira,
fez uma pequena. alocução, numa
linguagem elegante, e por ultimo o
sr. padre Catarino, do Sobral, diri-
gindo-se às crianças incitou-as a
uma frequencia regular e ao estudo,
dizendo-lhes que a sua felicidade
dependia do bom aproveitamento
daquele tempo.

Não deixarei de me referir ainda
a-duas senhofas que naquela sessão
fizeram tambem ouvir a sua voz.
Foram as professoras da Cava e da
Madeirã, as sr.’* D. Berta Lopes
Sobreira e D. Rosa Augusta, A sr.
D. Berta fez como que uma especie
de pedido aos pais e mães de fami-
lia para que mandassem todos os
seus filhos à escola e sempre a tem-
po e horas. A sr.: D. Rosa fez con-
siderações muito sensatas sobre a
instrução e a educação da mulher,
sempre numa linguagem facil e cor-
recta.

Que se deixassem todos “de pre-
conceitos. Que a educação da mu-
lher ainda era mais necessaria que
a do homem, pela grande influencia
que ela exerce na familia.

Francamente, gostei de ouvir a
sr.* D. Rosa, e reconheci que o seu
discurso exprimia mais conceitos do
que o meu. Estava um calorasfi-
xiante. E a sessão terminou pela
distribuição de fatos a todas as crian-
ças da escola,

Foi uma festa em extremo simpa-pa-

 

@@@ 3 @@@

 

em Ter rr

 

VOZ DO POVO

 

 

tica, que decorreu sempre por entre
o-maior entusiasmo e sendo os dis-
cursos a miudo entrecortados de
palmas e de saudações ao sr. Liba-
nio Girão. S. ex.” se alguns dissabo-
res teve na realisação daquêle bene-
ficio, devia ao menos ter sentido, na
2.º feira, alguma compensação.

Jantamos em casa do sr. Libanio
Girão, trocando se brindes muito
afectuosos. Mas: deu-se um inciden-
te desagradavel. A certa altura dé-
mos pela “falta do sr. Martins. Ti-
nha saído da sala sem ninguem: ter
reparado nisso. Foi necessario man-
dá-lo prender por um soldado da
Guarda Republicana. E” que o pati-
fe tinhatse ido meter no baile e nós
precisávames dele. E subimos a en-
costa sem darmos por isso e regres-
sámos satisfeitos comnosco e com
todos;

Sobre educação

A ilustre escritora sr.? D. Virgi-
nia de Castro e Almeida condena o
uso do papão e pergunta se quando
ameaçamos com ele os nossos filhos
teremos em vista a educação mo-

 

ral d’eles ou a nossa comodidade,

e se a creação e emprego d’esse
absoluto espantalho não será basea-
do no facto de quesé mais facil dar
pancadas n’uma porta e fazer voz
grossa durante uns segundos do que
raciocinar, convencer a creança pela
“doçura e pela razão a fazer isto ou
aquilo.

Meter medo ás creanças é uma
das. muitas formas que reveste a
violencia, e esta nunca será demais
condenal:a, não só como improfi-
cua e esteril mas tambem como au-
tora principal dos males que asso-
berbam a especie humana,

Mas o medo que se mete ás crean-
ças ainda é mais alguma coisa que
violencia: é tambem uma refinada
mentira,uma falsidade abominavel
que urgé condenar com» indigna de
quem a’sofre e de quem a impõe.

Violentar e mentir é “pois o: ful-
cro em que muito boa gente, por
inadvertencia, com certeza, faz gi-

rar toda a edúcação das creanças –

que lhes estão confiadas.

Algures lemos:

«Ninguem com mais firmeza do
que os paes pode fundar a base e
o rumo da educação de seus filhos»,
o que é um facto, sendo apenas pa-
ra sentir, que em regra se entenda
por firmeza O soco eo pontapé, o
embuste e o logro, em vez de en-
tender-se a convicção, a crença a
certeza na eficacia de certo ou cer-
tos metodos educatives, como tanta
vez temos dito,

O articulista afirma ainda:

«O educar bem é uma das artes
mais complexas, dificeis e laborio-
SaS…) 4

Já tinhamos ouvido chamar cien-
cia á educação; por outro lado ve-
mos que muita gente faz d’isso uma
industria que explora o mais produ-
tivamente que pode;’ vem agora o
autor do artigo de que fizemos aque:
le pequeno recorte e chama-lhe arte.

Afinal a educação não é coisa al-
guma d’essas; é para nós nada me-
nos que um sentimento, e como tal
está muito acima das classificações
que fóra d’esta lhe vem sendo da-
das.

Luiz Leitão,

LURRESPUNDENCIAS

Pedrogam Pequeno, 2 de ou-
tubro—No domingo ultimo a junta
de paroquia, désta vila, procedeu à
arrematação da expropriação de agua
na fonte publica do logar do Bravo,
désta freguesia, tendo já arremata-
do, em 27 de setembro ultimo, o
concerto das calçadas désta vila e
mandado concertar a fonte do logar

 

 

 

 

do Painho. Vê-se, pois, que esta
junta emprega os meios ao seu al-
cance para bem se cumprir da mis-
são que lhe foi confiada; fasêmos
votos para que continue a desempe-
nhar as suás funções como até hoje
e assim receberá os louvores a que
tem direito.

—Retirou para Lisboa o sr. Luiz
Zilhão, acompanhado de sua espo-
sa e filhos.

— Tambem sairam para Lisboa
as sr. D. Angela Freire Costa e
D. Maria da Luz Freire Costa.

7 de outubro-—Lista dos subs-
critores para um bôdo aos pobres que
se realisou no dia 5, para comemo-
rar o 2.º aniversario da Republica:
D. Margarida da Conceição Silva 28000
Umiafanonio als de indaga Pe 400

 

Outra anonima…. .. 300
José Joaquim da Silva.. 18000
Nuno Conceição Silva. 18000
Dr. Augusto David. . 700
Manuel Jacinto Nunes 500:
José Custodio M. Vi 500
Joaquim Nunes. …… 500:
Augusto David e Silva… 500
Um anonimo de Lisboa. Soo
José Rodrigues Corrêa… A 400:
Antonio Antunes Âmaro……… 400
P.e Antonio Fernandes M. da Silva 300
[toda nn indO cn A Ia RR CR 200:
Augusto Henriques Serra……… 120

A Comissão agradece, em
nome dos pobres.

Sobreira Formosa, 8 d’outu-
bro. —-Faz hoje precisamente dois
ânos, que nós, apesar de ignorarmos
o que se passava em Lisboa, sentin-
do um mal estar atormentador, racio-
einávamos sobre o que iria suceder.

Era a revolução que ia rebentar,
sacudindo o jugo despótico e tirâno,

destruindo ao mesmo tempo um tro-:

no carcomido, infame’e corruto, pa-
ra mplantar um regimen de liber-
dade e fraternidade. RA

A. Republica fez-se, e o povo que
à ama e estremece, cheio de ‘espe-
rança e entusiasmo, está sempre
pronto a sacrificar-se por ela.

A maneira como a politica, portu-
guêsa tem caminhado, especialmen-
te de ha dois ânos para cá, todos
sabem perfeitamente. Tambem ho-
je, como ha dois ânos, começamos
a sentir a impressão de que qual-
quer coisa de grave poderá” passar-
se, se alguns dos agrupamentos po-
líticos não mudarem de rumo.

Não resta duvida alguma: o povo
quer a Republica; mas não como al-
guns politicos a estão moldano. O
povo quer a Republica democrática,
e nunca uma Republica de mascara.

Cinco d’Outubro, ocasião propi-
cia para cada português comemorar
esta data, que encheu de brilho as
paginas mais gloriosas da nossa his-
toria.

As instituições republicanas, en-
carnaram-se no espirito do verda-
deiro português, e, por isso, com
orgulho e entusiasmo mais uma vez
patenteámos a nossa dedicação e
simpatia pelo progredir dos nossos
ideais:

Nós, os sobreirenses, como pa-
triotas que nos presâmos de ser,
tambem não podiamos nem devia-
mos deixar de nos associar á home-
nagem justa e clamorosa que se ce-
lebrou em todo o pais em honra dos
mártires que se sacrificaram.

Não houve bandas de musica nem
outros tantos ornamentos abrilhan-
tadores dessas festas imponentes,
apenas a filarmonica local se fezre
presentar modestamente. Mas o que
não faltou foi a alegria e o entusias-
mo para se não deixar passar des-
percebida a faustuosidade de tão
grande dia.

Subiram ao ar grandes girando-
las de foguetes.

No dia 5 pelas 11 horas, foram
distribuidos 30%000 réis pelos mais
necessitados desta freguesia que por
certo os encheu de consolação; nes-
te acto usou da palavra o sr. dr. Ma-
tos Rosa que num breve improviso

 

expôz ao publico quão prejudicial
tem sido á Republica essa seita ne-
gra, que minando na sombra como
a toupeira e de rastos como o reptil,
tem criado dificuldades inumeras aos
dirigentes duma Patria redimida.

A bandeira nacional tremulava por
toda a parte, tanto no alto dos edi-
ficios publicos, como nas janelas dos
particulares, as saudações vibrantes
dos republicanos sinceros.

Aos nossos estimados correspon-
dentes pedimos desculpa da demora
na publicação das suas correspon-
dencias, devida a absoluta falta de
espaço.

mae |

Pequena correspondencia

Pagou a sua assinatura o sr. General Jo-
sé V. Sande Lemos. Agradecemos.

— DMA
ASSUNTOS AGRICOLAS

Superfosfato de cal de 18 kb

A casa O. HEROLD & G.º tem
nesta ocasião á descarga uma impor-
tante remessa de SUPERFOSFA-
TO DE CAL, de 18% de aciao
fosforico soluvel em agua, que pó-
de expedir imediatamente aos lavra-
dores que o requis tarem,

E” enorme a vantagem que os
lavradores teem em empregarem o
SUPERFOSPATO DE CAL DE
18 “| de perferencia ao de 12
e por isso aconselhamos todos aque-
les que ainda tenham os seus for-
necimentos de superfosfato por con-
cluir a que de perferencia adqui-
ram o de 18 .

As principaes vantagens que este
adubo tem sobre o de 12 “f são as
seguintes.

1.º—Em proporção com a sua
dosagem de acido fosforico o SU-
PERFOSFATO DE GAL DE 18
“lo é mais barato do que o de 12º.
visto que tendo aquele mais 50
de acido fosforico do que este, cus-
ta muito menos que o preço do su-
perfosfato de 12 º% auméntado de
BON

2º-—Para adubar uma certa area
de terra é preciso muito menos SU-
PERFOSFATO DE CAL DE 18
Th que para adubar egualmente a
mesma area com superfosfato de
cal 12 “l e portanto a quantidade a
transportar é tambem menor e por
isso mesmo O frete mais barato.

Assim, o acido fosforico que se
transporta em tres vagons de su-
perfosfato de 12 “|, póde ser trans-
portado apenas’em 2 vagons de SU-
PERFOSFATO DE CAL DE 18
9» havendo portanto só no transpor-
te uma economia de, pelo menos
cerca de 33 º1, o que é importante.

“Em vista d’estas vantagens acon-
selhamos todos os lavradores que
costumam empregar nas suas adu-
bações o superfosfato de cal de 12
“ a que para o futuro empreguem
de preferencia o SUPERFOSFATO
DE CAL DE 18% porque, como
se acaba de ver, são grandes e não
se devem desprezar as vantagens
d’esta substituição.

A casa O. Herold & C.’ tem, co-
mo dissémos, á descarga importan-
tes partidas de SUPERFOSFATO
DE CAL DE 18 ºp AGUA, da mar-
ca inglêsa «GALO» que é a melhor,
e tambem da marca «TREVO DE
4 FOLHAS».

Devem portanto os lavradores que

queiram estes excelentes adubos en:
viar os seus pedidos com a maior
brevidade possivel á casa O Herold
& C.’, em Lisboa, ou qualquer cas
suas sucursaes de Porto, Pampilho-
sa; Regoa ou Faro, para que che-
guem a tempo de se satisfazerem os
pedidos, emquanto aoda marca «GA –

 

Ge pulga

LO», que é o melhor, pois acabado
este será expedido SUPERFOSFA-
TO da marca «TREVO».

— ANNUNCIOS
VENDE-SE

Uma biciclete ingleza, quasi no-
va, com mudança de velocidades,
roda livre, dois travões, sendo um
automatico, lariterna e todos os de-
mais acessorios.

Trata se com Olimpio A. Cravei-
ro—CERTA,.

“ANÚNCIO

1.º publicação

 

 

Pelo Juizo de Direito da Comar-
ca da Certã e cartorio do segundo
oficio nos autos de execução a re-
querimento do; Ministerio Publico,
para pagamento da quantia de cen-
to treze mil duzentos e sessenta réis,
por custas, selos e multa, em virtu-
de de sentença criminal, contra He-
dviges da Conceição, casada, José
Teodero, solteiro, de Borrelos é Jo-
sé Amaro, viuvo, do Casal do Ama-
ro, desta Comarca, correm éditos
de trinta di«s, a contar da segunda

| e ultima publicação deste anúncio

no «Diario do Governo», citando os
referidos Hedviges da Conceição e
José Amaro, atualmente ausentes
em. parte incerta para no prazo de
dez dias, depois de decorrido o pra-
zo dos editos pagarem no cartorio a
indicada quantia, ou nomearem bens
á penhora, sob pena de se devolver
ao nxequente o direito de nomeação.
Certã, 11 de outubro de 1912:
O Escrivão
Francisco Pires de Moura
; Verifiquei
O Juiz de Direito substituto
Zeferino Lucas

AO. CORRER DO LAPIS

Monografias — Monumentos
sacros de Lisboa
e outras curiosidades por

SEBASTIÃO JOAQUIM BAÇAM

Curiosos e interessantes trabalhos,
de impestigação historica e ancheolo-
gica. Livro instrutivo e utilissimo
prefaciado pelo sr. Zeferino d’Albu-
querque. Resto da edição. Preço
400 réis.

Pedidos, acompanhados da impor-
tancia em estampilhas, ao autor—
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Advocacia — Procuradoria — As-
sumptos Commerciaes.

Secção especial de averbamentos

E habilitações administrativas pe-
rante a Junta do Credito Publi-
co.

Emprestimos sobre hypothecns

Consignações de rendimentos e
outras fúrmas de garantia.

Legalisação de documentos, Iqui-
dação de direitos de mercê, encar-
tes.

Publicação de annuncios no Dia-
rio do Governo e jornaes nacio-
naes estrangeiros.

Registo de propriedade lrtteraria,
artística e industrial; registo de no-
mes, marcas, titulos e patentes de
invenção.

Habilitação de pensionistas no
Monte Pio Geral e outros.

Diligencia sobre serviços: depen-
dentes de todas as repartições pu-
blicas, secretarias d’estado, minis-
terios, consulados, e de todos os

 

 

bancos e companhias.

E” esta a primeira publicação no
genero, mais util, completa e eco-
nomica, até hoje apresentada no nos-
o meio, representando sem duvidas
o maior suxiliador de todos os cida-
dãos.

Correspondencia etraducções
em Francez, Inglez e Alle-
mão.

 

NA ANEMIA, FEBRES PA- E

LUSTRES OU SEZOES, TU- E
BERCULOSE E OUTRAS
E DOENÇAS PROVENIENTES
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E menda-se a

EXPERIÊNCIAS “os creo,

E AO meros clínicos,
nos huspitaes do paiz e colonias, confirmam ser

M o tonico e febrifugo que mais sérias garantias À
oferece no seu tratamento, Augmenta a nutri-

E ção, excita fortemente o apatite, facilita a di-
gestão e é muito agradavel ao paladar.

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informações, remessas de encommendas para as pro-
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ras. Trata ve liquidações de heranças e de processos commer-
ciaes de toda a natureza, estando estes assumptos a cargo do
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tylene desde 5a 100 luzes; variado sortimento de candieiros, lus: fl
tres e lampadas para gaz; candieiros de petroleo; lanternas de A
diversos typos em folha e em cobre; fogões para sala e cosinha; |
tinas, lavatorios c retretes; tubos de borracha, latão e ferro; tu- Es
bo de chumbo de tod4s as dimensões, torneiras de metal de di- 5
versos typos e dimensões; grande sortimento de tulipas, bacias
para gaz, mangas de incandescencia, bicos simples e de incandes-
cencia; esquentadores para gaz e petroleo; pára-raios; artigos de
electricidade, etc,

 

 

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