Voz do Povo nº98 13-10-1912

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k

Camaro

2.º Ano
DIRECTOR

Au gusto Fodrignes

Administrador
ZEPHERINO LUCAS

Editor

Luiz Domingues da Silva Dias

Certã, 13 de outubro de 1912

Suas

ú

 

 

Voa DO

N.º 98

POVO

 

 

Assignaturas
rwzoo. Semestre…

Para o Brazil.
Pago adiantadamente

 

Não se restituem os originaes

Instrução e educação

— pec —

Se consultarmos as estatisti-
cas, veremos que no país a den-
sidade de analfabetos atinge nal-
guns pontos a cifra enormissima
de 80 “If.

A monarquia: deposta em 5
de Outubro de 1910, legou-nos
esse cancro hediondo do analfa-
betismo, porque para os seus
fins lhe convinha que o povo,
que pagava todas as suas loucu:
ras e desvarios, ignorasse, pela
leitura dos jornais avançados, os

esbanjamentos que ela praticava. ,

Se volvermos os olhos pela
nossa historia, o que vêmos? A
luta constante que a monarquia,
em todas as eras manteve, para
conservar o povo no’ obscuran-

tismo; D. Manuel, o venturoso, ‘

ao expulsar os hebreus não ba-
nia de Portugal sómente o capi-
tal, bania com ele tambem a
instrução, porque é bem sabido
que os judeus eram homens mui-
to instruídos; quem ensinou os
portuguêses a servirem-se do
sextantee da bussola? Salomão
Lacuto, um judeu.
» A ignorancia, o obscurantis-
ímo do povo trouxe-nos a cele-
| bre Inquisição, a ignorancia ain-
| da deu-logar’a que o povo su-
| portasse’um rei incestuoso como
)D, João 3º, um devasso como
D.. João 5.º, uma mistica como
D.Maria 1.º e um pusilanime co-
barde:como D. Manuel 2.º
Felizmente, porém, para o país,
nos ultimos vinte ânos após as
afrontosas vergonhas do ultima-
tum: e da iquestão-de Kionga,
aqueles’que sómente na Repu-

blica viam a salvação da inde–

pendencia da Patria Portuguêsa,
vinham procurando instruir o po-
vo e educá-lo nos seus direitos e
deveres cívicos.

Não basta desbravar um cere-
bro, ensiná-lo a conhecer os ca-
ratéres do alfabeto, é necessario
formar-lhe o espirito, mostrar-
lhe o papel que cada sêr huma-
no representa na sociedade.

* De que serve a instrução se
se cometem grosserias e incon-
veniencias?

Vêmo-las praticar quotidiana-
mente; é na rua onde melhor se
ajuiza da educação de um povo;
assim, vêmos a falta de respeito
pelos velhos, por parte, prínci-
palmente, dos que frequentam as
escolas; assistimos á passagem

535000 réis (fracos)

600 rs.

 

da bandeira nacional e com ma-
gua profunda observamos ás ve-
zes que portuguêses, ou como
tal intitulando-se, não se desco-
brem ante o simbolo augusto da
sua patria, e isto é tanto mais
para lamentar e tanto mais digno
de censura quanto esses actos
partem de individuos que fre-
quentaram cursos; teem instru-
ção mas faltou-lhes a educação.
Se assim não fôsse não pratica-
riam estas e outras grosserias,
como tem sucedido nalguns pon-
tos do país o não se descobrirem
ao executarem-se os primeiros
compassos do hino nacional.

Aos mortos, que. seguem no
caminho do cemiterio, vêmos não
prestar o preito de respeito de-
vido, quando não vão com acom-
panhamento religioso. Não pro-
curamos nem pretendemos des-
respeitar os, sacerdotes, o que
escrevemos é apenas estabele-
cendo paralelos e confrontos.
Nas grandes cidades, onde a edu-
cação se desenvolve concomi-
tantemente com a instrução, nós
vêmos, ao passar ainda o mais
modesto feretro, os transeuntes
prestarem o devido preito de
respeito, descobrindo-se.

Apostolos da instrução, nós
desejariamos vêr criada em cada
logarejo do nosso país uma es-
cola onde se instruissem novos e
velhos e se ministrasse a educa-
ção. As gerações modernas vão,
felizmente, sendo nesse sentido
orientadas, mas as anteriores,
com o espirito eivado de precon-
ceitos, mergulhadas no fanatis-
mo que lhes obscurece os cere-
bros, só com muita tenacidade,
muito boa vontade, com pales-
tras dominicais que os afaste da
taberna e do jogo e de outras
inutilidades, poderão ser educa-
das na compreensão dos seus de-
veres, e o estabelecimento de
cursos noturnos pelo método de
João de Deus, durante a quadra
do âno em que as noites são
maiores, poderão contribuir para
o progresso dêste povo portu-
guês.

E dizemos isto porque no nos-
so concelho temos visto quantos
beneficios tem prestado á causa
da instrução o ensino ministrado
pelas missões das Escolas Mo-
veis, que devotados amigos da
instrução, republicanos da velha
guarda, conseguiram trazer a es-

 

te concelho, a despeito da guer-
ra surda que, jesuiticamente, se
lhemoveu a princípio, abusando

REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO

Travessa do Serrano, 8
CERTA.
Typographia Leiriense — LEIRIA

Propriedade da EMPREZA DE PROPAGANDA LIBERAL

 

 

! da ignorancia do povo para lhe
dizerem as mais torpes sandices
e infamias.

“Instruâmos e eduquêmos o po-
vo, pois só assim poderemos re-
surgir, ser fortes e poderosos.

— —— opaco — ——

2: ANIVERSARI

DA

Prmelamação da Republica

Decorreram com enexcedivel ani-
mação as festas levadas a cabo n’es-
ta vila, com o fim de comemorar a
data gloriosa de 5″d’outubro, e pro-
movidas por uma comissão de de-
dicados republ canos.

Pode-se mesmo dizer, com toda

a verdade, que elas’ excederam to-
da a expectativa, empenhando-se to-
dos em lhes dar o maior brilhantis-
mo.
O tempo, que se mostrára inver-
noso até á madrugada de 3, mudou
como que sob a influencia de uma
vara magica e apresentou-se de ga-
la dando-nos um sol rutilo e vivifi-
cante, um ceu azul’como só nós pos-
suimos na Europa.

A concorrencia nas ruas foi ex-
traordinaria, tanto de dia a verem
as ornamentações como á noite a
procurar o efeito das iluminações, a
que noutro logar nos referimos.

E orgulhamo-nos de não ter ha-
vido a mais insignificante nota dis-
cordante.

Vamos fazer, ainda que resumi-
damente, a resenha: do que foram
essas festas,

Dia 4

Devido á iniciativa do comandan-
te da força da Guarda Republicana,
2.º sargento revolucionario Ricardo
Mariano, pela 1 hora e 10 minutos
foi, do quartel da referida guarda,
lançada uma girandola de foguetes,
prolongando-se até de manhã esta
manifestação festiva.

Dia 5

A’s 6 horas foi dada uma salva
de 21 tiros e queimadas algumas gi-
randolas de foguetes, seguindo se o
toque de alvorada pela: «Patriota
Certaginense»; que depois percor-
reu as ruas da vila, tocando a «Por-
tugueza.

A’s 8 horas teve logar o astear
da bandeira nacional nos Paços do
Concelho, onde se achavara repre-
sentada a vereação municipal pelos
srs. Luiz Domingues da Silva e An-
tonio Leitão e o digno administra-
dor do concelho, sr. dr. José C.
Ehrhardt, tocando nesse acto a «Pa-
triota Certaginense» a «Portuguêsa»,
subindo ao ar inumeros foguetes e
sendo levantados vivas à Republica,
que foram vivamente correspondi-
dos.

Iguais manifestações festivas se
repetiram no quartel da Guarda Re-
publicana.

-—A «Recreio Artista» ás 7 12

 

 

Annuncios

Na 3.º e 4.º paginas, cada linha….. 30 rs.
N’outro logar, preço convencional

 

Annunciam-se publicações de que se receba

um exemplar
e

horas, tambem percorreu as ruas da
vila tocando o hino nacional.

A’s 19“horas teve logar, no pas:
seio do Adro o

Bodo

anunciado por uma girandola de
foguetes,

ntre a numerosa assistencia ao –

bodo que a comissão e o Partido
Republicano Português ofereciam a
bo pobres da freguesia, constando
cada ração de 500 gramas de arroz,
500 gramas de bacalhau e um, pão,
lJembra-nos ter visto as sr.” D. Ca-
rolina T. de Figueiredo, D. Judit
Figueiredo, D. Arminda Ehrhardt,
D. Natividade e D. Maria do Ceu
Carvalho, D. Maria, Olimpia, Gui-
marães, D. Piedade Carneiro, D
Zulmira e D. laura Carneiro, D.
Ernestina David, D. Amelia David,
D. Margarida Leitão, D. Noemia
Leitão, 5, Maria Julia, Leitão, D.
Emilia Pereira, D. Maria Luiza Pe-
reira, D. Elisa Pereira, D. Concei-
ção Baptista, D. Isabel Marinha, D.
Eluiza Guedes e D, Laura Lucas; e
os srs. almirante. Tasso de, Figuei-
redo, dr. Antonio N. Guimarães, À.
Simões David, dr. José Carlos Eh-
rhardt, Luiz: Domingues da Silva,
dr. Nunes Correia, dr. Ernesto Ma-
rinha, Tasso Carneiro, dr. Albano
Lourenço, Ciriaco Santos, Adrião
David, Joaquim Tomás, Eugenio e
Antonio Leitão, Nunes de Figueire-
do, João Martins, Augusto Rossi,
Gustavo Bartolo, José da Gloria,
Ernesto e Mario Leitão, Antonio Ba-
rata, Milheiro Duartex padre José
Farinha Martins, Celestino Mendes,
Braulio de Lemos, Ermano Marinha,
Santos Valente, Joaquim P, de Mou-

“ra, José e Joaquim Nunes e Silva,

Antonio e Henrique David, Eusebio
do Rosario, Eduardo Campino, Joa-
quim: Afonso e Cardoso Guedes.

Antes da distribuição deram en-
trada no recinto reservado as crean-
ças d’ambos os sexos que frequen-
tam as escolas oficiaes.

Fez uso da palavra o sr. dr. Fi-
gueiredo Guimarães que n’um belo
discurso, cheio de flores de rétorica,
enalteceu a caridade, a virtude mais
bela da humanidade, historiando as
suas manifestaçoes desde as mais
remotas eras; termina pedindo às
mães que ao ensinarem aos seus fi-
lhos as primeiras palavras elas se-
jam para venerar e amar a patria;
foi calorosamente ovacionado.

Segue-se-lhe o sr. Ciriaco Santos

que, falando em nome do sr, dr.

Abilio Marçal e havendo desculpa-
do à sua falta motivada pelos seus
afazes, define ‘o programa do partí-
do Republicano Português e faz o
elogio do sr. dr. Afonso Costa, e ter-
mina erguendo vivas á Republica, Dr.
Manuel d’Arriaga, solidariedade hu-
mana, e ás mulheres republicanas
portuguêsas.

Seguidamente fez uso da palavra
o senador sr. Tasso de Figueiredo,
lembra o dia festivo que o 5 d’outu-
bro de 1910 foi para a Patria Por-
tuguêsa, faz a largos traços a bio-
rafia dos Braganças, historia o que
oi, antes d’aquela data, o partido
republicano e ao terminar pede pa-

VANHAVW

 

@@@ 2 @@@

 

ra que em seguida ao bodo, todos
se dirijam em cortejo a saudar a
bandeira nacional, aos Paços do Con-
celho. ‘ bg a

Depois possou-se á distribuição

do bodo pelas sr.* D. Carolina Fi-

ueiredo, D. Arminda Ehrhardet, D.
Sudit Figueiredo, D. Natividade Fi-
gueiredo, D. Maria do Ceu Carva-
lho e D. Laura Lucas.

Em seguida fez-se a distribuição
de objectos de vestuario a 20 alunos
e 10 alunas das escolas d’esta fre
guesia, oferecidos pe’a junta de pa-
roquia, que tambem fez entrega, ao
sr. inspector, da quantia de 10;»000
réis “para compra-de livros para os
alunos pobres das duas escolas.

Imediatamente organisou-se o cor-
tejo que acompanhado pela «Patrio-
ta Certaginense», que abssistira ao
bodo, se dirigiu aos Paços do Con-
celho perante o qual-desfilou ao som
da «Portuguêsa» e de vivas á Repu-
blica, dissolvendo-se em seguida.

 

Ornamentações e ilu-
; minações

Entre as casas que estavam or-
namentádas destacavam-se pela sua
originalidade e bom gosto artistico
as dos srs. Torres Carneiro, enfeita-
da com pinheiros, Luiz Domingues
da’ Silva, escudos com alegorias é
enorme profusão de bandeiras, dr.
José Carlos Ehrhardt, com bandeiras
nacionaes, Carlos dos Santos, com
transparentes com os’ retratos dos
drs: Manuel ‘d’Arriaga e Brito Cama-
cho, trabalho do conhec do pintor
Valentim Bastos, «Gremio Certagi-
nense» que ao centro da fachada
apresentava uma esfera armilar de
flores amarelas com fundo verde e
encarnado, trabalho do nosso amigo
“Augusto Rossi; João da Silva Carva-
lho, enfeitada a verdura destacan-
dó-se em flores verdes e encarnadas
as letras Vo R. 5—10—1912, dr.
Ernesto Marinha, festões de verdu-
ra, flores encarnadas e colgaduras
de damasco. :

— Poucas foram as casas que não
iluminaram; os Paços do Concelho,
quartel da Guarda Republicana e as
casas ornamentadas a que acima nos
referimos destacavam-se pela profu
sa iluminação, assim como a «Be-
nerenças» do sr. Tasso de Figuei-
redo, «Capitolio» do sr. dr. Ernes-
to Marinha, e o terrasso da sr.º D.
Carlota Figueiredo,

A Praça da Republica achava-se
vistosamente iluminada á veneziana.

Concerto popular

Das 20 ás 23 horas fez-se ouvir na
Praça da Republica a «Patriota Cer-
taginense» que executou as melho-
res peças do seu vasto reportorio
sob a habil regencia do seu mestre
o sr. José Queiroz, organisando-se
danças populares emquanto durou o
concerto. ; DEUA

Cerca das 22 horas foram quei-
mados varios foguetes de vistas do
afamado perotécnico d’esta vila sr.
David Nunes e Silva.

No: «Gremio Certaginense» dan-
sou se animadamente até de madru-
gada. ;

—A expensas da comissão foi me-

“lhorado o rancho dos prêsos das ca-
deias civis desta comarca tendo cons-
tado de: canja, galinha com arroz,
frutas e dois decilitros de vinho.

—-A. comissão distuibuiu ainda 20

esmolas: pelos pobres mais necessi-
tados desta freguesia, no valor – de
0855 réis, do saldo da subscrição.

Dia 6

Fazia nesse dia 2 anos que na
Certã se soubéra oficialmente da
proclamação da Republica, motivo
porque se repetiram as iluminações
ea «Patriota Certaginense» tocou
na Praça da Republica das 20 12
ás 21 1/2 horas; ás 21 horas osena-

 

VOZ DO POVO

dor sr. Tasso de Figueiredo, depois
da filarmonica ter tocado a «Portu-
guêsa», duma janela do «Gremio
Certaginense» saudou os certaginen-
ses que com ele tinham proclamado
a Republica nesta vila havia preci-
samente dois anos, salientando os
relevantes serviços prestados pelo
sr. dr. José Carlos Ehrhardt.como
velho republicano e administrador
exemplar, terminando por levantar
vivas á Patria, Republica e dr. Eh-
rhardt, sendo freneticamente corres-
pondidos com vivas ao sr. Tasso de
Figueiredo, dr. Ehrhardt, Patria,
Eibeidade, eté,

—A Camara: fez-se, representar
no cortejo civico de Lisboa, no dia
5, pelos srs. senadores Martins Car-
doso, Nunes da: Mata e deputado
Americo Olavo.

—No dia 5 a camara dêste con-
celho enviou um telegrama de sau-
dação pelo 2.º aniversario da Repu-
blica ao sr. Presidente dr. Manuel
d’Arriaga.

— Tambem o digno administra-
dor dor concelho: enviou «ao ilustre
governador civil do nosso distrito
telegramas de saudação e descre-
vendo-lhe o: entusiasmo das festas
p’esta vila, o qual lhe respondeu o
seguinte:

«Eu vos agradeço vossos telegra-
mas. Esforços empregados para a
comemoração do dia de hontem sen-
tindo-me perfeitamente satisfeito
com o resultado obtido o qual é se:
gura garantia de que a Republica
póde hoje contar com o nosso! dis-
trito. E eu vos saudo vosso conce-
lho e agora como sempre que o nos-
so lema seja o da nossa querida Re-
publica «Ordem e: Trabalho».

(a) Almeida.

—Publicaram versos comemorati-
vos d’esta data, em colaboração es-
colhida, os nossos estimados colegas:
«O Provir», «Noticias de Cantanhe-
dev, «O Abrantes», «Correio da
Feira», «Cinco de Outubro», «A
Portugu za» e «O Povo de Santa
Clara».

Subscrição para a realisação do
programa

 

 

 

 

 

 

Luiz Domingues da Silva. . +… 208000
Tasso de Figueiredo. . …. «» — 58000
José Carlos Ebrhardt, .. +… 58000
João da Silva Carvalho, . …. 28500
Zeferino Lhéas. Sis sois as 28500
Albano Ricardo M. Ferreira. . . 18000
PAU RUSTO ROSSI. Lone esperto Dare fus 5oo
F. Nunes Correia. . . «vu cc 18500
Eugenio Leitão. . . 2 4… 19000
David Nunes e Silva… 4… 720
José Nunes é Silvai ……+ “4868
Torres Carneiro . … NT 18500
Henrique Moura… 18500
CIFIACO SADIO do uno ceu RODO:
Nunes de Figueiredo. . ….. 18000
Acacio-Maçedo. – ci sic 500
Eduardo Barata. Rica na ed 500
João MaBLiOSE cabo, doi oo apart 500:
Joaquim Tavares … cv. 500
Antonio Baratas eras la a 500
Adria or David. bao rua capo 500
Joaquim Tomaz… Rea 500:
Alfredo de Moura. 910 500
“Santos Valente. … cit 500
Joaquim Pedroso, . . is 500
Sargento R. Mariano. . . . uu. 500
Antonio N Guimarães. . … E 500
Celestino Mendes +… …. “500
José Dias Bernardo Junior. . .. 500
Simões, DaVid: «vo apra eo ap ! 500
Antonio Leitão, . , 4 «+ «tenis 500
Joaquim P, de Moura . . «1… 500
M. Milheiro Duarte. .'(. .4.. 500
Francisco Moura… .. Ê 500
Ernesto Marinha, . … n 500
Abel Cordeiro . . . 5 500
QUASE REAÇÃO os eo ND 500

Maximo Franco .. . : 500
Gustavo Bartolo, «+… cu. 500
“618400

Despeza

Bodo a 100 pobres. . … 277
Impressão de senhas. . . …. 300
EO RO RNA a pe ei AEE RP E TATO DÃO
Iluminação da Praça da Republica | 9g900
Melhoria do rancho aos presos. . Ig600
Copo d’agua à musica. . . .. .- 38630
DONESTEO LAVA e es e a Ra O O DO,
brgg00

O Tesoureiro

Luiz Domingues da Silva

 

A comissão agradece a todas as pessoas
que concorreram para o brilhantismo das
festas e muito principalmente à «Patriota
Certaginense» que obsequiosamente coo-
perou em todos os numeros do programa,

/ O Presidente
Tasso de Figueiredo

Sernache do Bomjardim—O aniversario

da proclamação da Republica foi aqui en-
tusiasticamente comemorado em carinho-
sos é patrioticos festejos, como n’esta po-
voação nunca se fizeram.

Logo na noite de 3 para 4 do corrente,
uma salva de 21 morteiros, lembrou a hora
em que a revolução começou os seus pri-
meiros movimentos nas ruas de Lisboa.

No dia 5, ao romper d aurora foi dada a
alvorada d’este dia glorioso, anunciado por
dezenas de morteiros, o hino patríotico to-
cado pela «Filarmonica Bomjardim», per-
correndo as ruas da povoação n’uma entu-
siasca confratern’sação com o povo de Ser-
nache, que com todo o calôr saudava a Re-
publica, o Exercito, a Marinha, Afonso
Costa, O Directorio, etc.

O acto mais soléne e carinhoso do pro-
grama dos festejos foi a distribuição d’um
bôdo aos pobres d’esta região,

Foram distribuidas 270 rações que cons-
taram do seguinte: um pão, uma couve,
1 quilo d’arroz e 500 gramas de bacalhau;
e, assim contemplados ‘130 pobres da fre-
guesia de Sernache, Soda do Castelo, 10
da do Amparo, 30 da do Cabeçudo! 30 da
de Palhais, 20 da do Nesperal, n’uma afir-
mação. superior de confraternisação que
não se detem nos limites d’uma freguesia,
e de caridade, que não tem patria.

Esta simpatica festa efectuou-se n’uma
das escolas primarias do sexo masculino,
em sessão presidida pelo sr. Sebastião das
Dores e Silva, tendo como secretarios o
sr. capitão Valente da Costa, director do
Colegio das Missões e dr. Abilio Marçal,
que nesse acto usou brevemente da pala-
vra; tambem d’ela usou, lendo um discur-
so, o professor sr. Joaquim Antunes Ale-
xandre. A todas as crianças da escola fo-
ram distribuidos brindes, constando de va-
rios objectos de uso escolar. N’um inter=
valo entoaram a «Partuúguêsa», interpretan-
do com grande sentimento este cantico
patríotico, À distribuição foi feita por al-
gunias das mais distintas senhoras de Ser-
nache, coadjuvadas pelos membros da co-
missão é por outros cavalheiros, animados
de todo o entusiasmo. !

Todos os edifícios publicos e muitas ca-
sas particulares. embandeiraram e ilumina-
ram as sues fachadas, associando-se, as-
sim, toda a povoação a tão entusiasticas
manifestações de regosijo, ás quais se as-
sociou tambem a Tuna dos empregados do
comercio, não só embandeirande e ilumi-
nando a sua séde, mas timbem percorren-
do á tarde es ruas da povoação: tocando o
Hino Nacional.

Tamhem á noite a briosa comissão de
festejos, seguida da «Filarmonica Bomjare
dim» e de muito povo, percorreu as ruas da

povoação em manifestações patrioticas, to- ‘

cando especialmente em frente das associa-
ções de recreio,

No «Club Bomjaárdim» novamente usou
da palavra o sr. dr. Abilio Marçal, que se
congratulou pela maneira entusiastica co-
mo se havia feito tão patriotica manifesta-
ção, frisando o trabalho da briosa comissão
que tomou a iniciativa d’estas festas, as
maiores e mais calorosas que se haviam
feito em Sernache,

s Em verdade a comissão foi d’uma dili-
gencia e correção muito de aplaudir e aqui
lhe flcam tambem registados os nossos ca-
lorosos aplausos aos seus membros—srs.
Manoel dos Santos Antunes==Salvador Fei
xeira — Jaime Itaul da Silva—José Dionísio
dos Santos e Julio Lança.

kinalmente, como do produto da subscri-
ção houvesse saldo, ainda a comissão, no
dia 6, fez distribuir novas esmolas aos po-
bres que se apresentaram ao presidente,
frisando, assim, sempre a nota carinhosa
d’esta festa–patriotismo, confraternisação
e caridade, n’uma larga é generosa com-
preensão d’estes principios

G
t

Pedrogam Pequeno — Tambem nesta vi-
la se comemorou, com entusiasmo, o 2.º
aniversario da proclamação da Republica.

No dia 5, foi distribuido, na escola do
sexo masculino, um bodo a 120 pobres,
que constava de um pão e 5joo gramas de
arroz a cada um, produto d’uma subscri-
ção aberta pela junta de paroquia e pro-
fessores oficiaes e para a qual houve ofer-
tas importantes, o que mostra o bom co-
ração dos Pedroguenses. Antes de come-
çar a distribuição, a que assistiram os alu-
nos da escola do: sexo masculino e muito
povo, o sr. José Joaquim da Silva em bre-
ves mas bem urdidas frazes referiu-se ao
ato que ja realisar-se; tambem o digno
professor sr. José Rodrigues Correia numa
bela alocução aos seus alunos, expoz com
clareza o que é a Republica e o que foi a
monarquia, salientando as vantagens d’a-
quela e as iniquidades desta; em seguida
o sr. dr, Custodio de Paiva, desenvolveu
brilhantemente as ideias apresentadas pe-
los oradores que o antecederam, sendo to-
dos muito aplaudidos,

 

—Centro Tasso de Figueiredo iluminou
a sua séde e queimaram-se bastantes fo-
guetes, tendo tudo corrido na melhor or-
d É

em.
G
Varzea dos Cavaleiros -Não obstante a

exiguidade de recursos, não quiz a Junta
de Paroquia d’esta freguesia deixar de so-

“lenisar o 2:º aniversario da proclamação da

Republica, promovendo para isso, de acôr-
do com o digno professor oficial, sr. João
Diogo Correia, uma festa, aliás modestissi-
ma, que decorreu do modo seguinte ;

Aºs 9 horas foi içada a bandeira nacional
no edifício onde funciona a escola do sexo
masculino, queimando-se n’essa ocasião
muitos foguetes,

A’s to horas foram distribuidas aos po-
bres. esmolas de 30 réis, assistindo ao ato
o sr. presidente. da Junta de. Paroquia é
respetivo secretario, os vogais da mesma
srs, Manuel Francisco Cerdeira, José Jorge
eo professor oficial ” pn t

Finda a cerimonia o professor móstrou
aos seus alunos em termos acessiveis à
inteligencia das crianças, o que foi o pas-
sado vergonhoso da monarquia e o que
tem sido e ha a esperar da obra emanci-
padora da. Republica: Fez o elogio da Re-
volução de 5 de Outubro, terminando por
pedir a todos que fossem sempre bons pa-
triotas. e

Cs.

 

pereemeo

FACTOS E BOATOS

Reunião do professorado

A. convite do digno inspetor do
circulo e no intuito de trocarem im-
pressões sobre as questões pedago-
gicas mais importantes e os méto-
dos e processos de ensino, reuniram
na escola do sexo; masculino desta
vila, nos dias 7, 8 e.g do corrente,
os seguintes professores de. instru-
ção primaria—sr.”” D. Amelia Sil-
vares Mendes, D. Berta Lopes So-
breira, D. Barbara Pires Valente,
D, Garlota Dias Lourenço, D, Con-
ceição da Silva Batista, D. Guilher-
mina do Rosario Barata, D. Maria-
na d’Ascenção Rodrigues Roxo, D.
Rosa Augusta, D, Sara da Concei-
ção Silva Cavalheiro, D. Virginia
da Silva Batista, e os srs. Alberto
da Purificação Ribeiro, Antonio, An-
tunes Amaro, Antonio da Silva Ri-
beiro, Claudio Dias Lourenço, Do-
mingos Luiz d’Almeida, Francisco
Ribeiro, Francisco Vaz d’Azevedo,
Izidro d’Oliveira Braz, JoãorDiogo
Correia, Joaquim Antunes Alexan-
dre, Joaquim Pires. de Moura, José
A, d’Almeida e Sousa, José A. Car-
doso Lopes da Cruz, José Henri-
ques d’Oliveira, José Maria id’Aze-
vedo, José Maria Fernandes de Je-
sus é Luiz Lopes Sobreira…

«Dia 7—A reunião principiow por
uma pequena palestra do sr, inspe-
tor, expondo os fins a-que visava e
fazendo a retificação dos Assuntos a
tratar. Seguidamente o professor sr.
Joaquim Pires de Moura, leu um
bem elaborado trabalho sobre edu-
cação em geral e o ensino da leitu-
ra em especial e’ descendo depois à
pratica mostrou’como devia ser fei-
to o ensino da leitura empcadá uma
das quatro classes da escola pr ma-
ria. Houve varias discussões mos-
trando todos o bom desejo de reco-
lherem’ aproveitamento de tão mo-
mentoso assunto. E os trabalhos fin-
daram perto das f7 horas, tendo-se
aproveitado todo o tempo.

Dia 8—0 sr. inspetor do circulo
versou praticamente o ensino da ari-
metica, calculo, sistema metrico e
geometria em todas as classes e deu
conhecimento aos professores de
varios assuntos que os interessavam.
Falou tambem o professor de So-
breira Formosa, sr. Claudio Dias
Lourenço, que fez uma bela prele-
ção sobre o ensino de mural e edu-
cação civica. Formar o homem de
carater e o cidadão prestimoso, pa-
triota, eis o fim a que deve visar
este ensino. !

Tratou-se ainda da disciplina es-
colar e dos premios e castigos na
escola primaria, ficando “todos de
acordo de que o professor que me-
lhor mantinha a disciplina na suasua

 

@@@ 3 @@@

 

Voz DO POVO

doa

 

escola seria aquele que menos pre-
miasse e menos castigasse.

Dia g — O professor sr. Antonio
Antunes Amaro, tratou praticamen-
te o ensino da historia e da coro-
grafia na escola primaria, tendo
agradado bastante a sua lição. O

* sr. inspetor expoz a sua opinião
ácerca da maneira como ele enten-
dia dever ser feito o ensino da agri-
cultura, ciencias naturais, dezenho,
caligrafia e ortografia.

Chamou a atenção dos professo-
res para’o cumprimento. dos hora-
rios e dos programas, evidenciando

| as vantagens de se fazer cada coisa

em tempo: determinado e faz real-
| car o valor da educação fisica,

| E por ultimo, num pequeno: dis-

curso, fez uma sintese dos traba-
lhos realizados e apelando para a
inteligencia e boa vontade de todos
os professores, disse-lhes que a fe-
licidade da patria repousava n’eles,
que a instrução é o unico alicerce
em que se podem firmar as civilisa-
ções e que principiando ‘no dia se-
guinte um novo ano letivo todos
saissem d’ali com a resolução ina-
balavel de se tornarem cada vez
mais prestimosos, à
Que a unica crise verdadeira era
a crise de caráter e que deveriam
todos aplicar-se a formar os homens
integros; bons cidadãos e bons pa-

– triotas, a. fim de que a geração vin-

doura reparasse os erros e as faltas
das gerações precedentes..

E assim terminou uma serie de
trabalhos, que talvez não fossem de
todo baldados. E :

—— SC19c—

 

Transferencia

Por despacho de 30 de setembro
ultimo, publicado em r do corrente,
foi colocado na direcção de Obras
Publicas. do Distrito de Beja o con-
dutor de 3.º classe, sr. Luciano de
Almeida “Monteiro que; n’esta, vila
prestava serviço como chefe da 3.º
secção de: construção de Obras Pu-

blicas.
OA QE=

Registo Civil

O movimento de registos de 1 a
9 do corrente nêste concelho foi: |

Nascimentos ……….- PNI O)
Obitos ….. E adia O 5
Casamentos. ….. sa giant idea,

—— -30006—————.

Escolas Moveis

Teve logar ‘no dia 6 a inaugura-
ção da” Missão do Amioso, e hoje
E deve realisar-se a da Missão do Pam-
pilhal:
A afluencia de original obriga-nos
a reservar para o proximo numero
o relato déstas festas,

 

—— S060€e—
Vindimas

Estão concluídas as vindimas nés-
ta região, tendo sido no geral a pro-
dução mais abundante do que a do
ano anterior e devendo os vinhos ter
mais graduação alcoolica.
ué oba Si!

Realisa-se no dia 15 do corrente a
4: feira trimestral do corrente ano.

A PCN í
Roubo
Os gatunos tentaram assaltar, na
madrugada de 5 do corrente, o ar-
mazem de vinhos do sr. Eusebio do

Rosario; sendo presentidos puzeram-
se em fuga,

+ DONO ——
Imprensa
Suspendeu temporariamente a sua
publicação, para reaparecer conside-

ravelmente melhorado, jo nosso es-
timado colega O Benaventense,

 

Pela Camara
Sessão de 2

Sob a presidencia do sr. Zeferino
Lucas e assistencia dos vereadores
srs. Luis Domingues e Nunes de Fi-
gueiredo teve logar a reunião da Co-
missão Municipal Administrativa; foi
lida e aprovada a acta da sessão an-
terior, passando-se em seguida ao
expediente.

Foi presente:

—Oficio n.º 120 da Guarda Re-
publicana: resolveu-se agradecer fi-
cando inteirada.

— Oficio 1:765 da Camara Muni-
cipal de Lisboa, enviando um edital
sobre velocipedia. Inteirada.

* — Oficio n.º 802 da Administração
do Concelho pedindo uma nota das
multas não satisfeitas. Mandado sa-
tisfazer.

— Oficio n.º 19, do subidelegado
de saude. nda

—Recenseamento escolar da fre-
gnesia da Cumeada; mandado arqui-
var. E

—Copia das actas da instalação
escolar do Castelo; mandado arqui-
var.

— Um livro «Livro pelos Quar-
teis» enviado pelo mayor sr. Santos;
mandado arquivar.

—Um oficio da Grande Comissão
dos festejos de Lisboa, pedindo pa-
ra a Camara se fazer representar no
Cortejo que se realisará n’aquela ci-
dade no dia 5 do: corrente. A cama-
ra resolveu oficiar aos representan-
tes d’este circulo: Nunes da Mata,
Martins Cardoso e Americo Olavo
pedindo-lhes para representar esta
camara no referido cortejo.

— Oficio n.º 85 de 24 de setembro
da Direcção d’Obras Publicas, di-
zendo não poder ceder sem licença
da Direcção Geral d’Obras Publicas
e Minas os instrumentos pedidos por
esta camara em oficio de 16 do mês
de setembro. –

‘— Oficio n.º 954 do Governo Ci-
vil devolvendo uns documentos que
esta Camara, lhe enviou em 13 de
setembro, referentes á variante da
Estrada da Varzea á Certã.

A Camara resolveu oficiar ao con-
dutor Noronha, organisador do pro-
jecto da estrada referida, para in-

| formar:

—Um requerimento de Adrião
Moraes David, juntando uma planta
d’um muro a alterar na estrada na-
cional 119. Aprovadas as alterações.

-—O sr. presidente propôs para no
proximo dia 5 se enviasse ao sr, Pre-
sidente da Republica, um telegrama
felicitando-o pelo 2.º aniversario da
Republica.

-—Mandou-se pagar ás amas e mães

‘subsidiadas, no dia 15 do corrente.

 

Carteira semanal

Fazem anos:

No dia 14, a menina Ema-da Con-

ceição Maia Martins.

No dia 18, a sr.” D Amelia Mo-
raes David.

Retiraram para Lisboa, as sr.”
D. Emilia Pereira e filha, D. Maria
Luisa Pereira e D. Maria Julia Lei-
tão eos srs. Eugenio Leitão, esposa
e filha, Eugenio Antonio Nunes e
familia, Antonio e Henrique David
e Mario Leitão.

Para frequentar o curso colonial,
saiu para Lisboa. o sr. Filipe Car-
valho.

Estiveram nésta vila os sts, AL
fredo de Figueiredo Carvalho, che-
fe dos serviços dos correios, e Ma-
nuel dos Santos Barata, 2.º aspiran-
telegrafo postal de Castelo Branco.

Encontra-se novamente nésta vila,

o sr. Rogério Ehrdardt,

 

Regressou a esta vila, com sua
esposa, o nosso estimado assinante
sr, dr, Bernardo de Matos.

Estão nésta vila, o sr. João José
de Magalhães, e em Oleiros o nos-
so assinante sr. tenente de infanta-
ria 15 José Farinha das Neves.

Retirou para Lisboa, com sua es-
posa e filhinho, o sr. Antonio da
Costa Lima.

Estiveram nésta vila os srs. Brau-
No de Lemos, Joaquim Campino e
Alfredo Lopes Tavares; em Castelo
Branco o sr. João de Albuquerque

e na Figueira da Foz’o sr. José Pin-

to, ”
Regressaram a Vila de Rei as sr.**
D. Natividade e D. Elisa de Matos
e Silva, filhas do nosso assinante
sr. José R, de Matos e Silva.
—l—-es

Os adubos para fava

Estamos na epoca de se tratar da
adubação para as favas, por isso
aconselhamos todos os lavradores a
não deixarem de aplicar as aduda-
ções adequadas a esta cultura e á
natureza da terra em que fôr semea-
da. Se todos os lavradores assim
fizessem não seriam diminutas as
colheitas, como ultimamente tem su-
cedido, A cultura da fava, em geral,
dispensa o azote quando as terras
não estejam empobrecidas, mas pe-
lo contrario precisa de bastante po:
tassa e acido fosforico, que são in
dispensaveis para que a fava se des-
envolva e produza abundantemente,

pois que a cultura da fava dará tanto |

maior colheita, quanto mais acido
fosforico e pótassa tiver a terra, es-
pecialmente potassa, que é a princi:
pal exigência da fava,

Temos muitasinformações de va-
rios pontos do paiz com respeito á
vantagem na | aplicação da potassa
na cultura da fava e das outras le-
guminosas, tendo nos participado um
freguez’ do norte que devido á potas-.
sa, obteve mais do dobro de colhei-
ta, . do que em outra parte sem po
tassa, um lavrador de Vidigueira

diz-nos” tambem em carta que teve –

mais 5 sementes devido ‘á potassa!;
este mesmo lavrador teve em vi
nhacom adubo completo rico em po-
tassa mais do dobro que a não adu-
bada; um lavrador de Cuba partici-
pou-nos que os favaes que levaram
potassa deram melhor vegetação e
4 sementes a mais, Poderiamos citar
inumerus exemplos. Deve, portanto
empregar-se agora antes das semen:
teiras um dos adubos especiaes da
marca registada Trevo de 4 folhas,
apropriados á natureza da terra, n.º
474» 477, 480, 483, ou então o fos-
fato Tomaz junto com o cloreto de
potassio, ou o superfosfato junto
com o cloreto de potassio, podendo
o cloreto ser substituido pela kaini-
te. Estas mesmas adubações servem
para feijão, ervilha e grão.

A casa O. Herold & €.*, de Lis-
boa; e com. sucursaes em Porto,
Pampilhosa, Regoa e Faro, dá to-
das as informações e esclarecimen-
tos necessarios para esta ou outra
cultura e tem adubos de todas as
qualidades para remessa imediata,

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mado, encarrega-se do tratamento
de arvores e plantas doentes, com-
pras de adubos adequados ás cultu-
ras, os melhores em qualquer caso
pelos bons resultados, não correndo
o lavrador o perigo de perder o di
nheiro e as sementes pela acquis)-
ção de formulas feitas sem criterio.

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Bi] offerece no seu tratamento. Augmonta a nntri-

& ção, excita fortemente o apetite, facilita a di-
gestão e é muito agradavel ao paladar.

4 Grandes premios e medalhas de ou-:
Mi xo nas exposiçõe: de LONDRES, PARIS,
ANVERS E GENOVA-BAROBLONA.
— MEMBRO DO JURY — a mais alta,
mM recompensa.

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DRIGÃO. Deposito geral; Pharmacia Gama.

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Rua do Ouro, 170, 2’=ESGRIPIORIO FORENSE =LAQUE RA

ED =—

Commissões e consignações, despachos nas alfandegas»
informações, remessas de encommendas para as pro-
vincias, ilhas e colonias. Acceita representações de
quarsquer casas productoras tanto nacionaes como estranjei-
ras. Trata de liquidações de heranças é de processoscommer-
ciaes de toda a natureza, estando estes assumptos a cargo do
socio gerente Armando de Albuquerque, solicitador
encartado.

 

 

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RO DRA MINO SR

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aa PREMIADA COM 10 MEDALHAS DE OURO E PRATA
Y NAS EXPOSIÇÕES NACIONAES E EXTRANGEIRAS

ma
B NOTAVEL na CURA na DIABETES,
Bá 108] DOENÇAS DO ESOM ARERIA DOENÇAS INTESTINAES

EIL EL.

9) ANALYSES CHIMICA BACTERIOLOGICA E APRECIAÇÕES
DOS DISTINCTOS CLINICOS E.” Su

DEVIRGILIO MACHADO, D’D AKTONIO «LENCASTRE D’ ALFREDO LUI LOPES FTC

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tylene desde 5 a 100 luzes; variado sortimento de candieiros, Ilus
tres e lampadas para gaz; candieiros de petroleo; lanternas de
diversos typos em folha « em cobre; fogões para sala é cosinha ;
tinas, lavatorios e retretes; tubos de borracha, latão e ferro; tu-
bo de chumbo de todas as dimensões, torneiras de metal de di
versos typos e dimensões; grande sortimento de tulipas, bacias
para gaz, mangas de incandescencia, bicos simples c de incandes-
cencia; esquentadores para gaz é petroleo; pára-raios; artigos de
electricidade, etc.tricidade, etc.