Voz do Povo nº81 16-06-1912

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2.º Anno

DIRECTOR

Augusto Rodrigues

Administrador
: ZEPHERINO LUCAS

Editor

Luiz Domingues da Silva Dias

 

Certã, 16 de junho de 1912

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VOs DO

N.º 81

POVO

 

Assignaturas
Anno…… Ij2zoo. Semestre…

Para o Brazil.
Pago adiantadamente

Não se restituem os oriéinaes

600 rs.
5booo réis (fracos)

 

 

REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO

Travessa do Serrano, 8
CERTA

Typographia Leiriense — LEIRIA
Proprisiaie dá EMPREZA DE PROPAGANDA LIBERAL

 

 

Annuncios

Na 3.º e 4.º paginas, cada linha… .. 30 Ts.
N’outro logar, preço convencional

 

Annunciam-se publicações de que se receba

um exemplar

 

Situação politica

Quando menos se esperava,
quando uma moção de confian-
ça viera como que consagrar a
obra governamental, surge uma
crise que obriga o sr. Augusto
de Vasconcellos a apresentar a
demissão collectiva do governo
da sua presidencia.

Parece-nos bem que o paiz
nada lucra com estas successi-
vas mudanças ministeriaes. Sem
estabilidade governamental é es-
cusado pensar em administra-
ção, nem tão pouco em se con-
seguir a precisa paz nos espiritos.

Uma das condições indispen-
saveis para que a administração
do estado seja o que deve ser,
é que a ordem publica seja um
facto positivo e não apenas uma
palavra vã, sem significação prá-
tica. Não vêmos como seja pos-
sivel mante-la, nas cirçuntancias
em que nos encontramos, sem
uma forte disciplina e uma in-
telligente sequencia na direcção
dos negocios publicos.

*

A constituição votada pelas
constituintes, produziu a ino-
vação de acabar como princi-
pio dos ministerios de gabinete,
estabelecendo que os ministros
seriam independentes nas suas
respectivas pastas,

O pensamento dos legislado-
res foi decerto evitar as crises to-
taes dos ministerios, por causa
da forçada sahida d’alguns dos
ministros. Porém, a tradicção
dus costumes poude mais que a
inovação feita lei. R

As duas crises constitucio-
naes da Republica foram pro-
vocadas, uma e outra, por cau-
sa d’um só ministro. Pois, am-
bas arrastaram todo o governo.

Reconhecemos que, em prin-
cipio, seria util que vingasse O
pensamento dos legisladores;
mas, temos duvidas que, dados
os costumes do nosso paiz, o
nosso temperamento, e as cir-
cunstancias politicas que ro-,
deiam em geral os conflictos dºin–
teresses ou d’ideias que possam
determinar a sahida dum mi-
nistro, esse pensamento possa
tornar-se em pratica. Não oc-
cultamos que nos agradam mais
os ministerios de gabinete, onde
vemos ser possivel mais cohe-
são, mais unidade de pensamen-
tos, mais solidariedade mesmo.

que a nossa opinião, obscuro
jornalista da provincia, possa
ter qualquer influencia no espi-
rito d’aquelles que podem mo-
dificar as leis, mas julgamos do
nosso dever expô-la francamente.

Por certo que á hora do nos-
so jornal estar sendo distribui-
do, a crise achar-se-há resolvida,
e o novo governo terá assumi-
do a gerencia dos negocios pu-
blicos.

Não são pequenas as difficul-
dades que vae encontrar pela
frente; temos fé na sua compe-
tencia, e confiamos que a sua
acção seja profiqua ao paiz, fa-
zendo votos para que a sua ac-
ção não esbarre contra embara-
ços políticos que lhe façam sos-
sobrar a sua boa vontade.

ChUB E TREATRO |

Não nos enganâmos ao prever
aqui que a ideia da construcção
a’um edificio para club e theatro
seria recebida pelos certaginenses e
pelos amigos da Certã com verda-
deiro enthusiasmo.

A subscripção publica, aberta no

| passado domingo, como noticiamos,
teve o melhor acolhimento, e sabe-
mos que a commissão tem recebi-
do, com palavras de incitamento e
de caloroso applauso, generosos of-
ferecimentos expontaneos e promes-
sas d’auxilio moral e material.

Quem conhece os membros da
commissão sabe bem quanto d’elles
se pode esperar; mas, é preciso
não esquecer tambem que todus os
que se interessam pela Certã a si
proprios se devem considerar como

-que agregados à essa commissão,
no sentido de a auxiliar, de lhe apla-
nar dificuldades, de lhe facilitar so-
luções, em fim, de, por todas as
formas, contribuirem para que a
sua ardua mas honrosa missão seja
levada a cabo com relativa facilida-
de.

A subscripção, ha poucos dias
iniciada, attinge já uma importancia
animadora. Principiamos hoje pu-
blicando a sua lista, que continua-
remos nos n.º. seguintes:

Subscripção para o construcção d’um club
8 theatro na Certã

 

Claro está que não supomos

Voz do Poyo. «ss. 208000
Dr. Antonio Sanches Ro-

TAORE Rr DA 308000
Antonio Barata e Silva.. 308000
Antonio Figueiredo Tor-

res Carneiro…. …. 1008000
Henrique Moura…… – 508000
João d’Albuquerque…. 1008000
João da Silva Carvalho.. 508000
Dr. José Carlos Ehrhardt 2008000

– Luiz Domingues da Silva 3008000
Zeferino Lucas……… 308000
Eduardo Barata…….. bo$000
José Antonio do Vale… Bogoo0
Antonio Nunes de Figuei-

TEdONA ja o saia io AS 508000

 

Dr. Joaquim Farinha Ta-
MALES E nata ana Sã 308000

oo RviaBtins 308000
Augusto Rossie José Bel- à

Chjoneda (Cruz la 308000
Joaquim Nunes e Silva.. 208000
D. Maria d’Assumpção

Guimarães ………. 208000
D. Hedwige do Sacra-

mento Guimarães…. 208000
David Nunes e Silva… . 208000
Albano Ricardo M. Fer-

TeICA, ipi cias Eca 158000
Joaquim Thomaz……. 108000
Antonio Pires Mendes. . to$000
Olympio; Craveiro…… 58000
Manuel Milheiro Duarte 5$000
Carlos dos Santos….. 58000
Eusebio do Rosario…. 38000
João Nunes da Silva…. 2$000
Abilio Augusto Correia. 18000

1:2808000

e Sb GI DEL ETR do

Respeite-se o infortunio

(O maior numero de faltas e deli-
tos pratica-se por ignorancia. Mui:
tas creaturas ha que se pudessem
ver um pouco mais alem do ponto
onde as suas restritas faculdades
atingem, se poupariam grande nu-
mero de incorréções, principalmente
d’aquelas, tão numerosas, tão fre-
quentes, que praticadas, redundam
em prejuizo imediato para quem as
comete. Taes são as faltas vulgar-
mente designadas pela palavra 1m-
prudencia. Ha porem um certo nu-
mero de átos criminosos que se per-
petram, ao que parece, com pleno
conhecimento da sua improprieda-
de, e seria talvez para estes que se
inventou o vocabulo maldade. Pare-
ce que assim é realmente, por tal
fórma é neles visivel e palpavel o
lado nocivo, a face prejudicial da
ocorrencia.

Pertence a este numero de faltas,
de mistura com outras, as touradas
(é o termo consagrado), promovi-
das com alguns ebrios. Temos vis-
to com verdadeira pena grupos de
homens e de creanças a tourear um
desgraçado. ebrio no meio de um
grande côro de gargalhadas. Pode-
se admitir n’este caso que haja crea-
turas à quem uma voz interior não
Faia que procedem irregularmen-
te?

Ha porem cousa muito mais ex-
traordinaria do que isto. São os
apupos que por ahi se fazem ainda
a velhos e a dementes. Se no caso
do ebrio se pode achar uma expli-
cação, (não uma justificação), para
o procedimento das pessoas que se
lhe acercam, no caso dos velhos e
dementes essa explicação não é de
nenhum modo admissivel.

E comtudo, o facto não é raro.
Pelas ruas de Lisboa transitam al-
guns infelizes que pela maneira pa-
cifica por que se conduzem ninguem
pode com justiça impedir que an-
dem por onde muito bem lhes apraz.
Essas pessoas encontram-se revesti
das e escudadas por dois atributos

ual d’eles mais digno e merecedor
o nosso respeito e da nossa consi-

 

deração: a edade e o infortunio, Não
obstante, aqui e ali grupos de crean-
ças e de rapazes já crescidos acer-
cam-se. d’essas pessoas, implicam
umas vezes com elas puxando-lhes
pelo fato, outras. pronunciando pa-
lavras e frazes que se sabe terem o
condão de as excitar e ás vezes de:
as enfurecer. Ato continuo afastam-
se para melhor gosar o espétaculo,
a: salvo de alguma agressão, não
tardando a formar-se em volta gru-
pos numerosos de mirones, que em-
bora não tenham concorrido em na-
da para a exibição, riem com ela e
da melhor vontade. h

Isto excede quanto se possa fan-
táziar de cruel, e custa realmente
a acreditar que se faca por ignoran-
cia. Pois não se lembram essas crea-
turas que podem um dia chegar a
uma situação de infortúnio exata-
mente egual ou peor ainda que a
d’aqueles a expensas dos quaes se
riem? E dado que lhes não ocorra
isto, não podem, acaso, fazer ideia
do que sofreriam se se vissem na
crítica. situação d’esses infortuna-
dos?

Isto é tudo quanto ha de mais
intuitivo, de mais elementar, não
precisando, tal raciocinio, para o
fazermos, de nenhum adiantado grau
de inteligencia ou de bom senso.

Lá uma vez. por outra a impren-

‘ sa diaria, que é a maior culpada no

atrazo mental das multidões, de que
é fruto a serie de procedimentos in-
corretos a que este pertence, ergue
a sua voz contra o abuso, mas não
vae alem de pedir para o caso a in-
tervenção da polícia.

Assim. é que, pelo menos uma
vez, na ordem publicada ao corpo
de seguranca, nós pudemos ler uma
advertencia aos guardas para que
não permitissem as scenas de apu-
pos a velhos e a dementes. Manda
porem a verdade que se diga uma
cousa, e é que certos delitos não
são da alçada policial, porque não é
punição que eles pedem, mas: sim
prevenção. Ora a prevenção faz-se
por varias formas, pertencendo ao
numero justamente a predicação da
imprensa. diaria, que entrando em
muitas casas, podemos dizer, em
todas. as casas, e sendo em grande
numero de ensejos o unico alimento
espiritual dos leitores, perde uma
excelente ocasião de insinuar ideias,
preceitos e normas de vida a que
andam alheias inumeras pessoas, e
que, se não fossem beneficas sem-.
pre, tinham probabilidades de o ser
algumas vezes, o que não. sucede
com certeza com a superabundan-
cia de prosa usualmente ministrada
a quem de tão pouco tempo dispõe
para leituras.

E’ incalculavel o bem que o jor-
nal seria suscétivel de produzir se
fosse encarado mais como elemento
civilisador do que como empreza in-
dustrial, Maior do que esse bem só
conhecemos uma: cousa: — O mal
que de facto ocasiona por se obsti-
nar em ser cada vez menos a pri-
meira cousa e cada vez mais a ul-
tima.

Luiz Leitão.uiz Leitão.

 

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Os tratados entre Portigal ea
Inglaterra

Um dos discursos mais interessan-
tes que no nosso parlamento foram
ultimamente proferidos, foi, sem du-
vida aquelle em que o sr. Augusto
de Vasconcellos se referiu aos trata-
dos existentes entre Portugal e a In-
glaterra.

Como o assumpto é d’alto inte-
Tesse e a alguns dos nossos leitores
será agradavel apreciá-lo aqui trans-
crevemos os principaes trechos:

«Baseados desde ha seis seculos
nos mesmos interesses e na mesma
situação “internacional, os diversos
tratados anglo-portuguezes são, nas

Suas clausulas essenciaes, como que

um só tratado: A-essas clausulas, ás
vezes temporariamente, se têm vin-
do juntar as que os accidentes his-
toricos de momento impõem, para
logo depois se fazerem anacronicas.

«O primeiro d’esses tratados é o
de 1373, entre Eduardo, rei de In-
glaterra e França, e D. Fernando,
rei de Portugal e dos Algarves, é D.
Leonor, sua mulher. Seguem-se-os
de 1386, 1642, 1654; 1660, 1661 €
1703, 0 tratado de 1615, de Vienna,
e as confirmações por notas e men-
sagens, ao Parlamento, ‘nomeada-
mente as notas do Duque de Pal-
mella (1825 e 1826), a mensagem
do rei da Gran-Bretanha ao Parla-
mento, 1826, as notas de 1848 a
1829, do | Marquez de Barbacena é
do: Conde de Aberdeen, os despa-
chos do Conde de Granville ás le-
gações britanicas de Lisboa e Ma-
drid (1873), e a apresentação á ca-
mara dos lords, em dezembro de
1898, pelo governo britanico, dos
E em vigor dos tratados até
1815, E” evidente que não me refi-
ro; para não cançar a Camara, a va-
rios tratados, que manifestamente
são considerados: caducos. por am-
bas as nações.

«O que conteem os tratados con-
siderados em vigor? As seguintes
clausulas, que’ resultam da citada
publicação à Comara dos Lords.

«I-Haverá alliança e amisade
constante e perpetua entre Portugal
ea Gran-Bretanha.

«LA. alliança entre Portugal e
a Gran-Bretanha não será derroga-
da: por nenhuma outra alliança ou
tratado que celebre qualquer d’estas
duas nações.

«II-—Nenhuma das partes allia-
das se juntará com os inimigos ou
emulos da outra parte, nem lhes da-
rá conselho ou auxílio, nem advirá
a qualquer guerra, conselho ou tra-
tado em prejuizo da outra.

«IV-—“Cada uma das partes allia-
das impedirá ‘os damnos, descredi-
tos, vilanias que lhe conste intenta-
rem-se para futuros ataques, avisan-
do” completa e immediatamente, a
outra parte alliada, contra taes ma-
chinações.

«V-=Nenhuma das partes alliadas
receberá ou contentará os inimigos,
rebeldes, ou fugitivos da outra, ou
conscientemente tolerará que alli se-
jam’ recebidos, ou contentados, nas
suas terras ou que alli habitem, pu-
blica ou occultamente, sob qualquer
pretexto.

«Exceptuam:se os fugitivos e exi-
lados, não sendo traidores contra a
nação de onde fogem, ou que os exi-
lou, ou não io suspeitos de pro-
curarem para, qualquer das partes
alliadas detrimento ou discordias.
N’este caso, sendo uma das partes
requerida pela, outra, deverá entre-
gar taes pessoas ou expelíl-as para
óra das suas terras.

«VI—Nenhuma das partes alliadas
consentirá que, nas suas terras, ini-
migos da outra fretem, ou obtenham
navios que possam empregar-se em
prejuizo da outra parte.

«VII=-Se as terras d’uma das par-

 

VOZ DO Povo

tes alliadas fôrem offendidas ou in-
vadidas por inimigos ou emulos, ou
estes tentarem, machinarem ou pa-
recerem por qualquer modo proxi-
mo a offendêl-as ou invadil-as, de-
verá a outra parte, quando para isso
solicitada, enviar auxilio de homens,
de armas, navios, etc., para defeza
dos territorios na Europa da parte

atacada ou em outros quaesquer do-,

minios d’esta, contra que se prepa-
rem invasões.

«VII—Se quaesquer conquistas
ou colonias, d’uma das partes allia-
das, fôrem offendidas, ou invadidas
por inimigos, ou estes tentarem,
imaginarem ou parecerem por qual-
quer modo, proximo à ofiendêl-as
deverá a outra parte, quando para
isso solicitada, enviar auxilio de ho-
mens, de armas, navios, etc., para
defeza d’essas colonias, ou para a
sua recuperação quando perdidas.

«IX-—Se Hespanha ou França qui-
zerem fazer a guerra a Portugal nos
seus territorios do cont nente da Eu-
ropa, ou nos seus outros dominios,
a Gran-Bretanha interporá os seus
officios para que se conserve a paz,
e, não conseguindo, «enviará tropas
e navios», que combatam por Por-
tugal. o

«Taes são as disposições que li-
gam, desde seculos, a poderosa e
nobre nação britanica ao modesto
mas valoroso e leal paiz de Portu-
gal. Não temos, nem de um momen-
to a outro poderemos criar, nem nu-
merosos exercitos, nem formidaveis
esquadras, temos porém escalona-
dos pelo mundo tfóra excellentes
pontos de apoio e portos de abrigo
para qualquer esquadra. correndo-
nos o dever, a que não faltaremos,
dé os fortificar convenientemente:
de os valorisar em termos que a
nossa situação como potencia mun-
dial seja tudo o que possa e deva
ser, sem pretensões megalomanias,
mas igualmente sem debilidades, que
requeiram mais amparo que collabo-
ração. Para manter dignamente a
nossa situacão no mundo internacio-
nal temos que contar como um valor,
que se soma e não como um resto
que se abandona.»

 

 

FACTOS E BOATOS

Luiz Domingues
Por ter terminado a licença que

“lhe fôra- concedida, reassumiu as

funcções de vereador da camara mu-
nicipal, este nosso estimado patri-

Cio.
—— —DEyoe=——

Dr. Lima Nobre
Foi novamente nomeado Gover-
nador Civil substituto deste distri-
cto, tendo tomado: posse d’este car-
go, o sr. dr. José Barros Nunes de
Lima Nobre.
PE EI —
* Pelo sr. Albano Ricardo Matheus
Ferreira, commerciante n’esta vila,
foi registada a propriedade de uma
mina de ganga schistosa, ferro e
enxofre, com pequenas quantidades
de arsenico, antimonio, cal e ma-
ghesio e vestígios fortes de nickel e
cobalto e outros metaes associados,
no logar do Cabeço da Fonte da

Pinta.
* DE

Foi posto ‘a concurso o forneci-
mento do rancho para alimentação
dos prezos indigentes nas cadeias
d’esta’comarca, devendo terminar o
praso em 27 do corrente.

FATE ARDE TD
Reclamação

O nosso jornal ha duas semanas
que tem sido distribuido com um
dia desatrazo, devido: a! irregulari-
dades do correio.

Sabemos que o»jornal é entregue
aos sabados no correio de Leiria ás
10 horas para seguir no correio das
doze, Onde é a demora?

 

Pela camara
Sessão de 12

Presidencia do sr. Zeferino Lu-
cas, vereadores Henrique Moura,
ntonio Nunes de Figueiredo e Luiz
Domingues. ;

Pelo sr. presidente foi communi-
cado o fallecimento do secretario
aposentado da camara sr. José d’Al-
meida Ferreira Maio, que foi um
funccionario modelo e um cidadão.
prestante, propondo por isso que
fosse exarado um voto de sentimen-
to na acta da sessão, proposta que
foi unanimemente aprovada, e a que
o sr. administrador do concelho se
associou, devendo ser esta resolução
communicada á familia.

Reassumindo as funcções: de ve-
reador o sr. Luiz Domingues da
Silva, a camara congratula-se por
ver novamente a seu lado tão pres-
tante cidadão. ;

Fez-se a distribuição dos pelou-
ros pela forma seguinte:

Iluminação publica e fontes, Luiz
Domingues da Silva Dias,

Talhos e obras municipaes, An-
tonio Nunes de Figueiredo.

Cemiterio e arborisação, Henri-
que Moura.

;—Concedeu. licenças: a Antonio
Casimiro para depositar materiaes
na Rua do Soalheiro, a Fructuoso
Augusto Cezar Pires e padre Anto-
nio Ramalhosa para arrancar pedra,
o primeiro das pedreiras municipaes
e o segundo junto às estradas mu-
nicipaes do Outeiro e S. João do
Couto.

—Concedeu um subsidio de lata-
ção a Luiza: Farinha, residente no
Valle da Serra. ;

—Um requerimento de Nanuel
Nunes’ casado, jornaleiro, do Car-
valhal Cimeiro, pedindo um atesta-
do de pobreza. A camara em virtu-
de de informações colhidas atesta

ue o requérente possue proprieda-
Rs cujo rendimento collectavel é
de novecentos réis.

—Pelo official da camara foi com-
municado ter o arrematante do for-
necimento da carne de vacca no
dia & do corrente transgredido o
disposto nos art.’* 93 e 106 8 1.º do
Codigo de Posturas.

A camara resolveu aplicar a mul-
ta cuminada nos mesmos artigos.

-— Oficio do Delegado do Procu-
rador da Republica pedindo para
que lhe seja dito qual a sessão em
que foi votado o regulamento do
descanço semanal com referencia a
este concelho, o dia destinado ao
mesmo e se este obriga ou não ao
encerramento dos estabelecimentos;
mandado satisfazer.

—O encarregado da illuminação
em Pedrogam Pequeno informou à
camara de que no dia 31 de maio
findo foram partidos dois vidros
num candieiro da iluminação d’a-
quella localidade, a camara auctori-
sou a collocação. dos mesmos e re-
solyeu communicar aquelle facto ao
sr. administrador do concelho.

—Mandou. satisfazer o forneci-
mento de uma cadeira para o ama-
nuense da secretaria da camara.

= S0çoe-— —

Está n’esta villa; n’ama commis-
são de serviço junto da secretaria
de finanças, o,sr. Alfredo Monteiro
da Cruz, secretario de finanças do
concelho de Oleiros,

—— — <IC00ce-——

«O Povo de Porto de Moz»

Recebemos a visita d’este nosso
estimado collega, dirigido pelo sr.
dr. Adelino Silva, a quem apresen-
tamos os nossos cumprimentos.

eee

ER qr |
Pequena correspondencia:

ada SRU APAE

José Joaquim-—Lourenço Marques
Recebemos o vale para pagamen-
to de sua assignatura, que agrade-
cemos,

 

 

 

Carteira semanl

Fazem annos:

No dia 18, a sr? D. Maria da
Conceição Farinha Carvalho.

No. dia 21, a menina Maria Gui-
marães Marinha. :

Acompanhado de sua esposa, saiu
para Cintra, onde vai fixar residen-
Cia, O nosso presado assignante sr.
José Antonio do Valle. Ê

 

Estiveram n’esta villa, os srs, dr.
José Pinto da Silva Faia, José Nu-
nes Mendes, com sua filhinha, e o
st. João d’Assumpção Costa e seu

cunhado.

Bispo de Portalegre

Chegou a esta villa no sabbado
ultimo, e retirou, na terça feira se-
guinteio’ sr D. Antonio Moutinho,
bispo de Portalegre.

– ex*, que era acompanhado do
seu secretario, sr. padre José Maria
Cardoso, hospedou-se em casa do
digno arcyprestre e vigario desta
freguesia, sr. padre’ Francisco dos
Santos Silva.

Sahiu para Lisboa, o sr. João Pin-
to d’Albuquerque.

Tem passado encomodada de ;sau-
de, achando-se quasi restabelecida,
asr.*D. Maria Thomazia Pinto An-
tunes.

Sahiram para Valle de Santarem,

| a “esposa do: nosso: estimado assi-

gnante sr. José Nunes e Silva.e.os
srs. João Nunes da Silva e esposa,
e. Antonio Nunes e Silva e filho
José. e ;

“Acompanhado de sua: filha, sr.?
D.. Maria. do Carmo, regressou a
esta villa, o sr. José Antonio de
Moura. |,

Foi novamente collocado na esta-

| ção telegrapho-postal de Figueiró

dos Vinhos, o nosso assignante sr.
Alvaro Silveira. E

‘Sahiu paravo Brazil o sr. José
Pestana dos Santos.

 

 

Visita de Mr. Grumbach

Esteve por alguns dias em Lisboa
M. Grumbach, acompanhado de sua
esposa, residente em Paris, corres-
pondente é redactor de La Presse
Socieliste, de Allemanha, e do Peu-
ple, de Bruxellas.

O illustre jornalista veio a Portu-
gal estudar a organisação do parti-
do socialista, a sua orientação poli-
tica e a situação do operariado.

Visitou as associações ‘operarias,
cooperativas e de classe, e em sua
homenagem teve, logar uma sessão

‘ solemne no. Centro Socialista do

primeiro bairro. :
Entre outras collectividades quiz

‘ tambem visitar a Sociedade de Geo-

graphia mostrando-se maravilhado
com a importancia da referida. insti-
tuição affirmando ser uma das pri-
meiras no genero. . :
Retirou-se de Lisboa’ agradavel:

mente impressionado,

Ra tRR === Dono Pis MRE

CONTRA AS CONGREGAÇÕES RE-

LIGIOSAS

Foi expedida pelo ministerio da
justica “a todas as auctoridades-ad-

– mihistrativas e judiciaes, uma circu,

lar. acompanhada de exemplares do
catologo dos jesuitas portuguezes

“em Iglo, conforme o original en-

contrado nãs casas do noviciado do
Barro, Torres: Vedras, e chamando
a attenção das mesmas auctoridadesesmas auctoridades

 

@@@ 3 @@@

 

VOZ DO PÓVO

 

 

para o exacto cumprimento do de-
creto de 8 de Siltabea de igio, de
fôrma a evitar todas as tentativas
de. installação -ou-permanencia em

Portugal; de qualquer congregação.

religiosa “e em especial de jesuitas.
ee e
Chronicas tripeiras

– Da maternidade
: (A Salvador Brandão)
| (Continuação)

Mas, a mulher, que acaba de dar
á luz o’seu’ filho, na escala da sua
tarefa, é apenas meia-mãe.

“ Para pôr complemento: á’sua mis-
são, tem de amamentar essa crean-
ça e, finalmente, educal-a.

Pois ha mães, que, ao comecar-
lhes o puerperio, sem que haja mo-
tivo razoavel para o fazerem, se
quedam vergonhosamente por ahi,
entregando a cuidados mercenarios a
sequencia da sua maternidade.

Duas “faltas, afinal, porque, não
só deixam de cumprir com o seu
dever para com o filho, mas obri-
gam outra, mulher, que tambem é
mãe, a deixar de cumprir com 9
seu. ques

 

O recurso a uma ama é coisa que |

só em condições especiaes, que. ao
medico compete ponderar, deverá

ser permittida. A amamentação, co-

mo complemento da gestação, per-
tence só á mãe. Não é coisa que
possa ou deva ser encarregada a
mulher extranha. AE

Incapaz de procurar a sua pro-
pria alimentação, a creança, quan-
do nasce, é-um ser puramente pas-

 

sivo, dependendo por completo dos |

cuidados d’aquella que a deu á luz.

O que’falta, então, em actividade
da parte da creança tem de ser sup-

– prido peloinstincto maternal, que

irrompeu “ao primeiro grito do in-
fante. É í

Ora esses requintes de dedicação,
que só o coração d’uma mãe sabe
votar a seu filho, não são.coisa que
possa surgir, com egual vehemencia,
em peitos Extranhos, ou que se ve-
nha a comprar a pezo d’oiro.

Substituir a mãe pela ama, é ti-
rar áquella o mais agradavel do seu
dever.

x

Que alegria satisfeita, que vaida-

de; mesmo, não deverá sentir a mu-

lher que; como; saboroso alimento,
distillado, ido -seu peito, conseguiu
apresentar um filho gordo e sauda-
vel, atraiçoando, no rosado das fa-
ces, um sangue rico e oxygenado,
prodigalisando-se: em: sorrisos/e; at-
trahindo com os seus encantos! Que
prazer o seu quando, ao reparat na
plathora de saude, que resumbra da
creança, se lembrar de que foi ella
a-mãe, e só ella, quem tamanha ri-
queza conseguiu! |

Depois, uma mãe, sempre vigi-
lante. sempre cuidadosa, nunca po-
derá.. transmitir insidiosamente a:
doença, como tiza fazel-o a ama,
que não vê a creança com os re-
quintes de providencia e affecto, com
que a olha sua mãe.

Para esta, pois, a amamentação
é uma necessidade, é um dever.

Nenhuma mulher deve confiar a

outra o acabamento da-sua mater-

nidade.
4 *

Logo aos primeiros cuidados da
amamentação, começa, sem que se
cuide, a tarefa educadôra da mãe.

“Haja: vista, por uno o que
succede com as canções do berço.

Por: muito. refractaria que uma

mãe seja às manifestações do bello |

encontra ella sempre, na sua ternu-
rajpelo filho, um estimulo á sua in-
tuição muzical e poetica.

“Canta muzicas e poesias—quando
ella mesmo as não compõe—que,

 

ainda que vazadas, em moldes, mui-
tas vezes ingenuos, ou imperfeitos,
teem o singular condão de serem

– comprehendidas pelo cerebro do fi-
lh

o. ,
Junto ao berço deste, é com uma
canção dolente, terminando em sus-
piro flebil, que ella o adormece.

Amôr, sobresaltos e receios inde-
fenidos, tudo isso faz levantar do
fundo da alma da pobre’ mãe acor-
des musicaes, repassados de extra-
nha melancolia, E é, debrucada so-
bre o berço, os seus olhos mergulha-
dos nos do filho, que ella solta essa
canção magnada e triste, distillan-
do amôr:

Dorme, dorme, meu filhinho
Que tua mãe logo vem!.

 

E a creança entende a mãe; es-
cuta attenta. E cala-se, elaborando
no seu cerebro rudimentar as pri-
meiras ideias.

D’esté modo, a mãe, em quanto
amamenta o filho, não faz simples-
mente nutril-o.

Inconscientemente, decerto, mas
está já submettendo-o aos primei-

“ros rudimentos de educação,

Continua
——— MRE

João da Cruz Calabaça

Falleceu em Lisboa e foi sepulta-

: do no cemiterio do Alto de S. João

O antigo bandarilheiro João da Cruz
Caulabaça que por muitos annos tra-
balhou, sempre com grande applau-
so, na praça do Campo de Sant’ An-
na. Estava de ha muito affastado,
devido á sua avançada edade, das
touromachicas, mas entre cs afficio-
nados era o seu nome lembrado co-
mo um dos melhores entre o tou-
reio, gozando ainda o velho banda-
rilheiro de muitas sympathias.
Contava cerca de setenta annos
de edade, e tinha, infelizmente, en-
doidecido ha mezes achando-se, por
tal motivo, internado em Rilhafol-

des.

Que o velho Calabaça descance
em paz. j
= E capaIe ——

fontra o mildio da vinha—A
“melhor Calda Bordeleza

Teem apparecido grandes varie-
dades de Caldas Bordelezas, mas os
Viticultores que já teem experimen-
tado essas variedades reconheceram
que de todas é a Calda Bordeleza
Schloesing a mais efficaz e mais pra-
tica. Os Viticultores antigamente en:
comendavam directamente de Fran-
ça, ficando aqui muito cara a Calda
Schloesing, mas davam-lhe’a prefe-
rencia. por verificarem serem sem-
pre magnificos os seus effeitos.

Em virtude dos continuos pedidos
que tinhamos d’esta Calda tão apre-
ciada. já em Portugal, resolvemos
ter deposito para fornecermos em
melhores condições e com mais ra-
pidez, o que é de incontestavel van-
tagem para os Viticultores.

Participamos pois que não se de-
vem demorar os pedidos porque por
estes dias temos uma remessa e são
bastantes as encommendas.

A Calda Bordeleza Schloesing ven-
de-se em tambores de ferro com 25
kilos de pezo liquido, ou em caixas

“de 25 latas com 2 kilos cada uma,

Cada 2-kilos são para misturar com
100 litros de agua, misturando mui-
to bem e aplicando do mesmo mo-
do com um pulverizador. Daremos
explicações.

Adubos, Sulfato, Enxofre, etc.,
etc. Pedir a

O. HEROLD & C.:

Lisboa, Porto, Pampilhoza e Re-
goa,

 

Registo Clvil
O movilnento do registo de 5 a 7
do corrente, foi o seguinte:
Nascimentos cc cs ras o
Obitos is me Rê!
O aee meg

DESPEDIDA

José Antonio do Vale, tendo que.

retirar inesperadamente para Cintra
e não podendo despedir-se das pes-
soas das suas relações, fál-o por es-
te meio, offerecendo alli o seu limi-

tado prestimo e a sua casa no Bair-.

ro Estcfania— Chalet Irene.

” ANNUNCIOS

Prevenção.

Tendo-se extraviado uma letra de
cambio da quantia de 150000
réis acceite por Antonio Luiz dos
Santos Junior ou Antonio Luiz
dos Santos Lima, sem indicação
de sacador nem data do vençimen-
to, previne-se o commercio, capita-
listas e publico em geral, de que
tal letra não deve ser negociada,
pois se acha paga ao verdadeiro
portador sr. Manoel Pestana dos
Santos, do logar do (Bailão.)

Se quem a retiver em seu poder,

 

quizer entregal-a, póde fazelio no)

escriptorio do solicitador

Fructuoso Pires
Certã 2 2

ASSOCIAÇÃO DA IMPREN
– SA PORTUGUEZA –

Aviso a crédores

A nova Direcção: da Associação
da Imprensa Portugueza, que acaba
de tomer posse do seu cargo, pede
a todos os crédores da mesma as-
sociação afineza de lhes enviar as
facturas das suas dividas. |

Essas facturas, que devem ser en-
tregues em mão propria edas quaes

| se passará o conveniente recibo, de-

vem ser enviadas, devidamente jus-
tificadas, para a séde na rua Nova
do Almada, 81, 2.º, até ao-dia 15
do corrente.
Lisboa, 7 de junho de 1912.
Pela Direcção

Herlander Ribeiro —presidente
“Armando d’Araujo
Guilherme de Brito—thesoureiro
2 Abilio David—V. secretario 1

MADEIRA DE PINHO

Da Perna’do Gallego, o bastante
para uma boa construcção, a qual
se acha depositada em Pedrogam
Pequeno, vende-se em condições

vantajozas, consta de caixal, forro, |

solho e meio solho, todos de diver-
sos comprimentos. A tratar com

3, Alfredo Serra, na Certã »

2″ Concurso

A administração do Concelho da
Ceriã, faz publico que se acha aber-
to concurso por espaço de 20 dias a
contar da data d’este para o forne-
cimento do alimento aos presos in-
digentes das cadeias d’este Concelho,
conforme as, condições expostas
n’esta secretaria, todos os dias uteis,
desde “as 10 ás14 horas. As pro-
postas deverão ser feitas conforme
determina o art.º 146 do Decreto de
21 de setembro de 1901, devendo
satisfazer primeiramente ao precei-
tuado no art.º 148 do citado Decre-
to.

Administração do Concelho, Cer-
tã, 7 de junho de rgr2. E eu Gus-

tavo José da Silva Bartholo, secre-

tario, o subscrevi.
O Administrador do Concelho

José Carlos Ehrhardt,

|
|

 

EDITAL

A, commissão nomeada pela Ca-
mara Municipal em sessão de 5 do
corrente afim de:dar cumprimento
á portaria de 11 de maio ultimo pu-

“blicada no «Diario do Governo» de

14. do mesmo mez, faz publico que
foi deliberado superiormente a cria-
ção d’uma! exposição de gado capri-
no na Certã, no dia 29 de junho in-
dicado, a qual terá logar no largo
da Carvalha nas seguintes condições:

1) classe-Bode isolado de 18.
mezes a 4 annos d’idade.

2.º classe-—Grupo de 4 bodes de
I8 mezes a 4 annos d’idade.

3.º classe==”Cabras leiteiras isola-

| das de 2 à 6 annos d’idade.

4.º classe—Grupo de 12 cabras
leiteiras de 2 a 6 annos d’idade.

5º classe—Grupo de 12 chibatos
Com mais pezo até 2annos..

* PREMIOS CONCEDIDOS AOS EXPOSITORES

Aos de 1.º elasse—r.º premio
Iojbooo réis—2.º premio 59000 réis.
Aos de 2.º classe— 1.º premio

| 159000 réis=-2.º premio 72500 réis.

Aos de 3º classe–1.º premio
8pooo réis—2.º premio 4jooo réis.
Aos de 4.º classe—1.º premio
12000 réis—2 º premio 6;pooo réis.
Aos de 5.º classe—.º premio
105000 réis—a..º premiô Sjpcoo réis.

Além destes premios o jury po-
derá conceder menções honrosas
quando além dos animaes premia-
dos s: tenham apresentado no con-
curso outros que mereçam ser dis-
tinguidos. ,

A inseripção para aexposição de:
ve ser feita na secretaria da Camas
ra Municipal até ao dia 25 do cor-
Tente, todos os dias uteis, desde as
10 ás 15 horas,

Na inscripção deve ser declarada
a idade do gado que concorre, de-
vendo ser nascido e criado em: Por-
tugal.

Certã, 13 de junho de r9r2.

O Presidente R
Erancisco dos Santos Silva,

PROPRIEDADE IMPORTANTE

Vende se a do Valle da Urça, jun-
to á ponte do rio Zezere; tem bella
casa: de habitação, importantes na-
teiros á margem do rio, grandes oli-
vaes, muitas arvores de fructo e gran-
des extensões de matos e pinhaes,
é de muito futuro, porque deve ficar
perto da linha ferrea do. Entronça-
mento á Certã, quando se explorar

| convenientemente as aguas da Foz

da Certã e outros mineraes da mes-
ma zona. ,

Dão informações, o sr. Jasé Nu-
nes da Malta, linha de Cascaes—Pa
rede-Lisboa e o proprietario Manuel
Pestana dos Santos —Sernache do
Bonjardimn— Bailão.

QUENO DA SERRA

Vende-se na loja de Albano Ri-
cardo Matheus Ferreira—Rua Can-
dido dos Reis. Este estabelecimento
trespassa se por motivo do seu pro-
prietario não poder estar á testa d’el-
le.

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Rua Serpa Pinto—Oertã
Nºesta officina executa-se, por me-
dida, calçado para homem, senho-
ra e criança. Ô proprietario desta
officina desejando manter e até am-
-pliar o seu credito, affirma aos seus
estimaveis freguezes que empregará
todo o escrupulo e attenção na exe-
cução de todos os trabalhos que lhe
forem confiados.
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outras fúrmas de garantia.

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dação de direitos de mercê, encar-
tes, :

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rio do Governo e jornaes nacio-
naes estrangeiros.

Registo de propriedade htteraria,
artistica e industrial; registo de no-
mes, marcas, titulos e patentes de
invenção.

Habilitação de pensionistas no
Monte Pio Geral e outros,

Diligencia sobre serviços depen-
dentes de todas as repartições pu-
blicas, secretarias d’estado, aminis-
terios, consulados, e de todos os
bancos e companhias.

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genero, mais util, completa e eco-
nomica, até hoje apresentada no nos-
o meio, representando sem duvidas
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dãos.

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Commissões e consignações, despachos nas. alfandegas:
informações, remessas de encommendas para as pro-
vincias, ilhas e colonias. Acceita representações de
quaesquer casas productoras tanto nacionaes como estranjei-
ras. Trata de liquidações de heranças e de processoscommer=
ciaes de toda a natureza, estando estes assumptos a cargo do
socio gerente Armando de Albuquerque, solicitador
encartado. )

 

 

 

 

 

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electricidade, etc. – 1 | : É. – 1 | : É