Voz do Povo nº120 16-03-1913

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Bm Ano Certã, 16 de março de 1913 N. 120
DIRECTOR | gi!
Augusto Fodrigues a 1
Administrador a ;
ZEFERINO LUCAS [eo]
Editor a 3
Luiz Domingues da Silva Dias e
Assinaturas REDAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO Anuncios:
PANO Soo e 1200. Semestre… 6oors. Ra Na 3.º e 4.º paginas, cada linha….. 30 rs.
Para o Brazil. ……. 5ipooo réis (fracos) CERTÃD-“”—ÃÕ.: N’outro logar, preço convencional

Pago adiantadamente

Não se restituem os originaes

 

ipa Leiriense -— LEIRIA
Proprigiaie la EMPREZA DE PROPAGANDA LIBERAL

 

 

 

Anunciam-se publicações de que se receba

um exemplar

 

“Defga da atri |

Todos reconhecem, não: só
d’agora, mas de ha muito, que
as condições financeiras em que
o país se vem debatendo ha lon-
gos anos, são bem dificeis, de
molde a causar serias apreensões
a todos que se interessam pelo
progresso nacional. –

Não falta tambem quem incri-
mine os governos, tornando-os
unicos responsaveis pelo estado
a que o país chegou, mas quan-
do eles tratam de pôr em pratica
certas medidas tendentes a lan-
çar um freio ao aumento. pavo-
roso dos deficits anuais, não ha
ninguem que não procure pôr
embaraços á execução dessas

medidas, muitas vezes, senão to- |

das, sem mesmo se darem ao
trabalho de as estudar ecompre-
ender.

Ainda, agora, todos podem vêr
os extraordinarios sacrifícios que
o povo alemão vai ser obrigado
a fazer com osespantosos encar-
gos que parlamento dessa gran-
de nação está votando para ocor-
rer ao progressivo aumento do
seu poderio militar. ;

E essa loucura d’armamentos
vai, por sua vez, reflectir-se nou-
tras nações, que se vêem força-
das a acompanhar, passo a pas-
so, Os esforços germanicos.

Póde dizer-se que a Europa é,
nesta ocasião, um grande acam-

pamento, dum momento para o.

outro prestes a degladiar-se. É
possivel que os amigos da paz,
o conhecimento da desgraça, por
largos anos irreparavel, que uma
conflagração causaria, a cons-
ciencia das proprias responsabi-
lidades, afaste, para longe, essa
calamidade.

Contudo, as nações fracas, co-
mo nós, não devem nunca esque-
cer que os pequenos é que pa-
gam as diferenças dos grandes;
carecemos, pois, de, a todo o
custo, equilibrar as nossas finan-
ças, de fórma a robustecer o nos-
so credito e a aumentar as. nos-
sas condições de defêsa, para
não sermos apanhados despreve-
nidos.

Não devemos esperar que nin-
guem nos acuda no momento do
perigo, se ao mesmo tempo, não
oferecermos compensações soli-
das que justifiquem o apoio ne-
cessario.

E não ha ninguem que não
conheça a eterna verdade -—a de-

fêsa dos povos não se improvisa:
e se assim foi sempre, muito mais
O é agora, que a guerra é uma
verdadeira: ciencia, com os seus
complicadissimos aparelhos e de-
licados instrumentos.

Preparemo-nos, pois, todos
para alguns sacrificios em favor
da nossa Patria. Sem as suas fi-
nanças regularisadas, sem a or-
dem na sua administração e a
disciplina na sociedade, não ha
país que se possa fazer valer,
nem que se possa impôr ao res-
peito dos estranhos.

Uma forte dóse de patriotis-
mo, um temporario abandono
de paixões políticas e um sincé-
ro desejo de cooperar no levan-
tamento moral e material da na-
ção, são os serviços que nesta
hora se exigem de todos os filhos
de Portugal,

Da E

FESTA DA ARVORE

Teve logar no dia g do corrente,
a festa da arvore, sendo pelas crean-
ças d’ambos os sexos das escolas des-
ta vila plantadas algumas arvores no
passeio do Adro. )

Era numerosa a concorrencia, ven-
do-se entre a assistencia um grande
numero de senhoras.

A camara achavya-se representada
peios vereadores srs, Luiz Domin-
gues e Antonio Nunes de Figueiredo.

As creanças cantaram a «Portu-
gueza» e a «Sementeira».

Fizeram uso da palavra os srs.
Joaquim Tomás, dr. José Carlos
Ehrhardt, Tomás Namorado, Joa-
guim Moura que versaram varias €
judíciosas considerações sobre a uti-
lidade da arvore, sendo muito e jus-
tamenie aplaudidos no final dos seus
discursos.

Abrilhantaram o acto as socieda-
des musicaes «Recreio Artista» e
«Patriota Certaginense» que fize-
ram .ouvir o hino da «Arvore» e a
«Portugueza», ficando esta ultima
até ás 15 horas executando algumas
das melhores peças do seu reporto-
rio.
O dia estava esplendido, o que
bastante concorreu, para o brilhan-
tismo e entusiasmo como decorreu.o
interessante festival.

E es
Doença nos suinos

Informam-nos ter-se dado ultima-
mente, alguns casos de morte, sen-
do portanto, de toda a conyenien-
cia que nos cortelhos onde se tenha
dado esse facto, os estrumes sejam
queimados, e as paredes é chão la-
vados com uma solução coricentra-
da de sulfato de ferro a 50 8%.

Os leitões aos 3 mezes devem ser
vacinados e na primavera deve dar-
se-lhe o sôro.

Taes são, resumidamente, os cui-
dados a empregar, para evitar o

 

contagio.

 

 

ACTOS E BOATOS

A guerra, no Oriente

O exercito turco que defendia o
termo de Janina, a velha cidade do
Epiro, cheia de tradições gregas,
rendeu-se ao comandante do exerci-
to grego que ha mêses lhe vinha fa-
zendo um rigoroso cêrco.

— + <DOGOC> — ——

De Ceia para Oliveira do Hospi-
tal foi’transferido o sr. Adelino Vi-
riato que, durante algum tempo,
exerceu nesta vila as funções de se-
cretario de finanças.

—— SACVIC>—— — —

Falecimentos

Na sua casa da Moita, freguesia
do Nesperal, faleceu o sr. Joaquim
Pedro, pae do nosso estimado as-
sinante, sr. Sebastião das Dores e
Silva, importante capitalista e pro-

prietario dêste concelho, a quem |

enviamos os sentidos pezames, bem
como aos demais membros de sua
familia,

—Em Proença-a-Nova, faleceu a
sr.* D. Maria do Rosario Gonçalves
Silva, esposa do sr. Simão Luiz da
Silva, tesoureiro de finanças naque-
le concelho, A” familia enlutada,
enviamos os nossos sentimentos.

—Faleceu o pequenino Armando,
filho do nosso assinante, sr“Alvaro
da Silveira, chefe da estação tele-
grafo-postal de Figueiró dos Vinhos.
Acompanhamos o estremoso pae
na sua dôr. ;

Rn Mo

Capitão Antonio Almeida

Encontra-se no Porto, fazendo
serviço em infanteria 8, onde foico-
locado, aquele nosso ilustre amigo,
e ex-governador civil dêste distrito.

et O

Tem estado em Proença-a-Nova,
sindicando dos acontecimentos ocor-
ridos na Sobreira Formosa, o sr.
alferes Josué Knofli, secretariado
pelo sr. Ricardo Mariano, sargento-
comandante do posto da Guarda
Republicana désta vila.

— oco —.

Imprensa

Recebemos a visita dos nossos
colegas Germinar, Alma Academica,
e A,e,1, 0, u, que muito agradece-
mos e a quem desejamos as maio-
res prosperidades.

Eq CO Ce

Recebemos o 1,º numero do Pro-
gresso d’ Abrantes, que iniciou a sua
publicação naquela vila, sob a dire-
cção do considerado republicano, dr.
Ramiro. Guedes. O nosso colega
apresenta-se como orgão da Liga
Republicana dºAbrantes. ;

Os nossos cumprimentos.

A Si qnt

Festa de Lisboa

A pedido da camara municipal de
Lisboa, uma grande comissão que
reuniu nos Paços do Concelho da-
quela cidade, resolveu que em to-

 

dos os anos, de 5 a 13 de junho, se
efectuem as festas chamadas de Lis-
boa; e cujo fim é atrair á capital al-
guns milhares de forasteiros, tanto
nacionais como estrangeiros.

— GDE —
Vida politica

A Comissão Politica Municipal
do Partido Republicano Português
reuniu no dia 9 dando-se seguimen-
to a varios assuntos de expediente. .

Resolveu agradecer ao Directorio
a remessa dos modelos para o re-
censeamento partidario nêste conce-
lho, para o que foram já afixados
editaes.

TT Gaga
Recenseamento Militar de 1913

Estão em reclamação até 31 do
corrente as relações dos mancebos
recenseados para o corrente ano,
achando-se às copias nas portas. das
egrejas das respectivas freguesias.

rs die
Feira

Devido ao pessimo tempo efe-
ctuaram-se poucas transações na
feira trimestral que se reálisou no
passado dia 8. Ê

—— Dec» —

Contribuição predial

Chamamos a atenção dos propti-
etarios para os seguintes artigos do
decreto sobre contribuição predial,
publicado no «Diario do Governo» :

Art.º 10.º—Os predios que, estan-
do. fóra das matrizes, forem n’eles
inscritos por declarações dos seus
proprietarios apresentadas na com-
petente secretaria das finanças até
30 de junho de 1913, só ficarão su-
jeitos ás contribuições prediaes de
1912 e seguintes. *º

S1.º—A partir de 1 de julho de
I9I3 serão considerados remissos
os, donos dos predios já cultivados
ou habitados e ainda não inscritos
nas matrizes, sendo-lhes aplicadas
multas correspondentes ao quintuplo
da primeira contribuição predial
que lhes fôr lançada. ,

$ 2.º-Um regulamento especial
determinará o modo de lançamento
e cobrança, por uma vez ou no ma-

ximo de cinco prestações, das mul-

tas a que se refere este artigo.

Art.º 11.º—- E tambem aplicavel
aos arrendatarios de predios arren-
dados por prasos superiores a vinte
anos a doutrina do art.º 7.º e seu
$ unico do decreto de.4 de maio de
IQLO.

*

Wá-se muitas vezes o caso de va-
rios interessados numa: herança não
requererem a mudança dos-predios,
que herdam, para seu nome. ,

Agora é conveniente que todos se
apressem a fazer essas mudanças
para assim se aproveitarem: do be-
neficio das taxas degressjvas.

A contribuição englobada’ em um
só nome, póde dar logar a que se-
jam contribuidas com maior colecta.

Devem, pois, sem perda de tem-
po, vir-já tratar déssas mudanças.ratar déssas mudanças.

 

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ee

Escolas Normais

Serão em numero de três as es-
colas normais no território da Repu-
blica Portuguêsa, devendo instalar-
se em Lisboa, Porto e Coimbra.

= S00€C-————
Pela Camara
Sessão de 12

Sob a presidencia do sr. Zeferino
Lucas de Moura e assistencia. dos
vereadores srs. Luiz Domingues,
Antonio Nunes de Figueiredo, Hen-
rique Moura e Ciriaco Santos, teve
logar a reunião da Comissão Admi-
nistrativa.

Foi lida e aprovada a áta da ses-
são anterior.

EXPEDIENTE

Ofícios. n.º 168, 169 e 170, da
Administração do. Concelho, dando
conhecimento de multas impostas
pela Guarda Nacional Republicana,
à secretaria para os fins convenien-
tes.
— Oficio do Instituto Branco Ro-
drigues ácerca da cobrança da quo-
ta anual désta camara, respondido
que pode ser cobrada.

–QOficio n.º 22 do Inspector Es-
colar dêste Circular, convidando a
camara a assistir á festa da arvore.
O sr. presidente informou ter-se a
camara feito representar pelos ve-
readores srs. Luiz Domingues e An-
tonio Nunes de Figueiredo.

— Oficio n.º 24 do Delegado do
Procurador da Republica, pedindo
reparos nas cadeias. À camara man-
dou proceder aos reparos que serão
satisfeitos logo que concluidos.

— Oficio n.º 40 do Governo Civil
ácerca da caça ás codernizes nos
mêses de novembro e agosto. Res-
pondido não haver codernizes no
concelho.

— Oficio n.º 566 do Ministerio da
Justiça sobre a representação feita
pela camara ácerca da capela de
Santo Amaro. A camara resolveu
se represente novamente esclarecen-
do do estado de ruinas em que se
encontra a referida capela incapaz
de servir para o fim desejado.

— Uma circular da camara de
Abrantes de 25 de fevereiro para
que se represente ao Governo para
que se proceda contra os engajado-
res afim de lhes tolher a sua acção
nociva.

—Um requerimento de Nunes de
Carvalho pedindo autorisação para
deposito de materiais de construção
na T. do Fernando, deferido nos
termos do art.º 27 do Codigo de
Posturas.

—Um requerimento de Manuel
Lopes, da Estrada, pedindo um ates-
tado de pobreza. A camara em vir-
tude de informações colhidas na
Repartição de Finanças, recusou o
atestado. 4

—Um requerimento de Luiz Mar-
tins, do Casal, pedindo a venda de
272 de terreno no cemiterio munici-
pal, para colocação de uma lousa
na sepultura de sua falecida esposa.

Deferido devendo apresentar o co-
nhecimento do pagamento da con-
tribuição de registo e ter entrado
no cofre da Tesouraria de Finanças
com a quantia de roxooo réis para
que seja tornada definitiva a venda.

—OQ sr. presidente propoz se re-
presente ao Congresso, pedindo a
construção do caminho de ferro que
atravessa esta região e oficiar às
camaras da comarca para que se-
cundem o pedido, o que foi apro-
vado pela camara.

—A. camara resolveu incumbir o
condutor José de Noronha, do levan-
tamento da planta topografica da
vila.

—A camara resolveu adquirir 6
cadeiras para o gabinete judicial, sa-
tisfazendo-se logo que sejam forne-
cidas,

 

 

O o o o

YOZ DO POVO

—Mandou passar um precatorio |

dirigido á Caixa Geral dos Deposi-
tos, da quantia de 20po8o réis.

— Mandou satisfazer a importan-
cia de 19560 réis gastos em reparos
inadiaveis na estrada da Certã à
Portela e bem assim a de 2435520
proveniente das expropriações da
estrada da Varzea em perfis 161 a
204.

—A camara tendo conhecimento
do estedo de abandono em que se
encontram as fontes do Nesperal,
(a de S. Pedro e a de Cima) encar-
regára o vereador Giriaco Santos
de as vistoriar. O referido verea-
dor comunicou ter ido com 6 cida-
dão administrador do concelho vis-
torial-as encontrando-as em estado
lastimoso, julgando que na de S.
Pedro os concertos importaram em
5ibooo réis e quanto 4 de -Cima da-
rá esclarecimentos na proxima ses-
são. A camara resolveu mandar
proceder já aos reparos da fonte de
São Pedro. É

—Um ofício da Junta de Paro-
quia da freguezia de Palhais, acer-
ca de uma alteração de caminhos
vicinais. A camara resolveu respon-
der que em face do n.º 10 do art.º
167 do Codigo Administrativo de
1878 e n.º 24 do art.º? 176 do Co-
digo Administrativo de 1896 são da
competencia das juntas de paro-
quia,

RA ES
Registo Civil

O movimento de Registos duran-
te o mês de Fevereiro findo, nêste
concelho foi:

Nascimentos:
Masculino ssa aan ssa
Remininos Kage isa ti RPA
Óbitos:

Masenlinosa e pc O)
Femininos .

 

corrvecaranode 21

Ca SamriLO SIRER Saca no or dba e dO.
O movimento de registos de 5
a12 do corrente foi:
Nascimentos de mens cap end IO,
Obitos….. 6

 

Casamentos… ..sseererarese I
Carteira semanal

 

Fazem anos;

Hoje — os srs. Joaquim Ciriaco
Santos e Alberto Ebrhardt.

No dia 17—a sr.’ D. Judith Tas-
so de Figueiredo,

No dia 19—o sr, Anibal Diniz de
Carvalho, é os meninos Eurico Ce
sar Pires e José da Silva Carvalho.

No dia 20—José Vitorino de San-
de Lemos.

Está nésta vila, o sr. João Geiri-
nhas.

Regressou a esta vila o sr. Anto-
nio Joaquim Simões David e sua
esposa, e ao Cartaxo, a sr.“ D. Halia
d’Abreu.

Estiveram: em Castelo Branco, o
sr. Antonio Barata e Silva; no Car-
taxo, o sr. João Pinto d’Albuguer-
que e sua esposa, e o sr. dr. José
da Silva Bartolo.

Regressou d’Africa, bastante in-
comodado de saude, o sr. Raul
Marques Barata, nosso assinante.

Realisou-se no Porto, o casamen-
to da sr.* D. Adelina Barros, nossa
ilustre assinante, com o st. Manuel
de Matos Ferreira Carmo, distinto
engenheiro e membro da comissão ad-
ministrativa daquela cidade. Teste-
munharam o acto, os srs. dr. Anto-
nio Pessanha e sua esposa, e os
paes da noiva,

-—Na mesma cidade, realisou-se
tambem o casamenio da sr.* D.
Emilia do Couto Ehrhardt, com o

 

sr. Ilídio José Felix Alves, aluno
muito distinto da faculdade de me-
dicina.

Testemunharam o acto os srs.
Guilherme José Ehrhardt e sua es-
posa, sr? D. Laura de Carvalho
Ehrhardt, com procuração dos tios
da noiva, srs. dr. José Carlos Ehr-
hardt sua esposa, sr.” D. Arminda
Martins Ehrhardt.

Nos corbeils dos noivos viam se
distintas e valiosas prendas.

Aos noivos apresentamos os nos-
sos cumprimentos, fazendo votos
pelas suas felicidades.

= einen

“As minas do Cavalo
OLEIROS

Triste é dizel-o, mas afirmal-o é
vitídico termos que lamentar o fa-
cto de no nosso meio não haver
quem possa coadjuvar a exploração
das mesmas (3 concessões).

As minas do Cavalo dizem res-
peito ao mineral Wolfram e outros
mineraes preciosos, sendo aquele
duma pureza pouco vulgar.

As minas têm uma situação inve-
javel não só na sua situação junto á
Estrada, que liga a vila da Cer-
tã a Oleiros, mas em epecial no que
diz respeito a aguas para lavagens,
podendo ainda fornecer toda a força
motriz para o esmagamento de to-
do o minerio.

Os estudos feitos por a
entre eles o sr Antonio Maria da
Silva, atual ministro do Fomento,
numa visita às mesmas minas, ao
tempo sem trabalhos, e em sua noti-
cia justifica o dispendio do dinheiro
n’estas minas e ainda nos diz que
com respeito ás condições economi-
cas referentes ao esgoto e desmon-
te das mesmas diz ser das melhores
e bem assim quanto se refere a
transportes interiores.

Sabemos que o proprietario nos-
so amigo sr. José Cardoso, farma-
ceutico em Lisboa, vae tratar de
entrar em negociações com uma
companhia e assim deixamos nós ir
para os extranhos o dinheiro que
muito bem nos podia e devia ficar
ca por casa.

——— apresse —— —
CRIME DO TOJAL

O sr. administrador do. concelho
deu já por concluida a investigação
criminal sobre o assassinato de João
Candeias e por ela se apuraram to-
dos os pormenores do barbaro cri-
me, que se passou assim:

No dia 1 de janeiro ultimo, Joa-
quim Carvalho, que andava a mon:
te, apareceu ao anoitecer em casa
de sua mãe, Maria Rosa, viuva, do
Tojal, mandando logo comprar para
a ceia, pão, vinho e bacalhau, dando
para estas despêsas 1 escudo, que
trazia.

Emquanto seu irmão José Ferrei-
ra Moleiro e a sua amante, Maria
da Lomba, foram ao Cabeçudo fa-
zer aquelas compras, ficou em casa
o Joaquim Carvalho com sua irmã
Clementina, de 12 anos de idade.
Esta, estando á porta da casa, ou-
viu ao cimo da Quelha Estreita, o
Candeias chamar pela mulher, o
que, em conversa, comunicou a seu
irmão que estava à lareira, Este le-
vantou-se logo dum salto, pegou
num pau e dirigiu-se para o sitio em
que vinha o Candeias a quem pros-
trou á cacetada.

Diz, porém, o Carvalho que, quan-
do ali chegou já encontrou o primo
Joaquim Pedro Ferreira, do Cabe-
cudo, a espancar o Candeias, em
quem ele Carvalho, deu tambem
pancadas mas já quando estendido
em terra pelo Joaquim Pedro.

Ao voltar a casa, o Carvalho le-
vava o pau manchado de sangue na
sua parte inferior.

 

 

Acabada a ceia, voltou ao sitio
em que estava o desgraçado Can-
deias e com uma navalha que lhe ti-
rou da algibeira foi então que lhe
cortou uma orelha, deu golpes pelo
rosto e pescoço e furou um olho es-

tando ainda o Candeias com vida!

O Carvalho nega esta ultima par-
te, atribuindo-a a Joaquim Pedro:
este, por sua vez, atribúi-a ao Car-
valho e ao irmão, José Moleiro.

Parece, porém, que ela é só da
responsabilidade do Carvalho, que
ao regressar a casa, de praticar es-
ta ultima barbaridade, disse para a
familia: «aquele já não torna a. dar
lidas a ninguem».

Dito isto, pegou no pau e num sa-
co, e saiu de casa, certamente para
não mais lá voltar.

Sobre o Joaquim Pedro acumu-
lam-se em verdade fortes indícios
da sua culpabilidade.

Nenhuma duvida ha que ele foi
ao Tojal á mesma hora e seguindo
o caminho em que foi praticado o
assassinato, de que ele, pelo menos,
alguma coisa deveria ter visto.

Todavia ele negou sempre este
facto, que só veiu a confessar de-
pois de prêso e de fortemente aper
tado com interrogatorios.

Mas ainda a sua confissão é in-
completa, pois diz ter-se afastado
daquele local para atravessar uma
propriedade, por sitio absolutamen-
te intransitavel de noite, e afirma
ter entrado na taberna do Srrano,
o qual, bem como a mulher, negam
tal facto por fórma terminante.

E, a acreditar a amante e a irmã
de José Moleiro, o Carvalho ia com
o Joaquim Pedro quando regressa-
va de espancar o Candeias.

Contra o José Moleiro é que me-
nos se apurou, parecendo, antes,
que ele foi um espectador e não um
cumplice

Emfim, a investigação está feita e
nós não queremos influir na acção
da justiça: ela que averigue e julgue,
que muito tem que pesar e decidir
neste barbaro crime, principalmente
na distribuição das responsabilida-
des de cada um.

ER nto

À DOENÇA DAS OLIVEIRAS

Dissemos no numero de 2 do cor-
rente alguma causa acêrca da doen-
ça das oliveiras hoje em aditamento
devemos aínda acrescentar.

A doença, é como ja dissemos,
causada por um fungo.

Aconselha-se o uso para experien-
cia não só das formulas já naquele
numero apontadas como tambem o
uso da «Aptente» que é um fungi-
cida de grande acção.

Alguns praticos dizem-nos terem
colhido alguns resultados com o em-
prego do sulfato de ferro.

N’uma revista francêsa da espe-
cialidade vimos á dias preconisado
o uso do fluido €. V. de Cooper.

Em virtude das indicações do en-
genheiro agronomo sr. L. Cocq, pa-
ra as experiencias no combate da
doença das oliveiras, o sr. João da
Silva Carvalho, désta vila fez, em
Lisboa aquisição dos elementos in-
dicados como sendo dos melhores
para o tratamento das plantas ata-
cadas. Sabemos que se vão efectuar
varias experiencias e o seu resulta-
do tornaremos publico visto ser uma
questão de maior importancia para
a região. :
Cardoso Guedes,

MATANÇA DE GADO

Quando se resolverá a lei a pro-
ibir a morte de suinos em publico,
no meio da rua, sem o mais peque-
no resguardo em relação aos miro-
nes e ausencia completa de meios
que tornem a agonia da vitima for-
cada menos intensa e menos dura-ra-

 

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VOZ DO POVO

 

 

doura?
Nas povoações ruraes não será fa-
cil conseguil-o, o que não quer di-

zer que seja impossivel; nas povoa-,

ções urbanas, porem, porque não se
trata de conseguil:o, visto ser uma
coisa tão simples e tão facil?

Ainda ha pouco em Le Temps M.
Cunasset Carnot se ocupava do as-
sunto acentuando muito em especial
que a morte e a abertura dos suínos
era, geralmente, um motivo de gran-

. de prazer para as creanças que d’es-

sas cenas são testemunhas.

«Nós, escreve o notavel magistra-
do, matamos o nosso porco exata-
mente como os nossos antepassados
das cavernasmatavam os animaes sil-
vestres que logravam caçar. Osgritos
de agonia, o. sangue borboteando, as
carnes palpitantes que fremem ain-
da sob o gume da faca, nenhuma
d’essas coisas se vê, pessoa alguma
lhe compreende o horror.»

«Mas quão mais pungente não é
ainda a atitude das creanças, (acen-
tua o autor do artgo); dez, sete e
quatro anos. Para elas esse dia é de
festa. Essas creanças são quaes ou-
tros espetadores do circo romano as-
sistindo ao combate de gladiadores.»

A influencia do espétaculo sobre
o espirito das creanças não é menor
nem diferente do que sempre o foi
o das arenas romanas sobre o das
multidões que as frequentavam; ra-
zão mais que suficiente para se pro-
curar extinguir um espétaculo barba-
ro e desmoralisador que hoje nada
justifica e só no nosso proverbial des-
leixo encontra explicação.

Visto que a humanidade se obsti-
na em alimentar-se de carne e con-
tinúa sendo necessario sacrificar ani-
maes para ocorrer a esse vício com
prejuizo embora do nosso bem estar,
porque é que em vez de construir
praças de touros, não edificam antes
bons matadouros para todo o genero
de gado e se não dotam com Os apa-
relhos necessarios para a matança
ter logar ao abrigo de sofrimentos
inuteis e prejudiciaes?

Luiz Leitão.
— — ameno ———

SERENATA

Olha a guitarra a gemer
Os seus doridos queixumes!
Coitada! Sente ciumes

De eu tanto te estremecer.

Quando tu choras, então
Suas cordas orvalhadas
Teem queixas tão magoadas
Que cortam o coração.

Deixa a guitarra chorar
Deixa-a lá pois os teus dedos
Dão-lhe ais e dizem segredos.
Que ela diz no seu trinar.

Mesmo ela não tem direito

A votar-te, linda flôr,

O mesmo acendrado amôr
Que eu sinto dentro do peito.

E ha de chorar sempre em vão
No seu soluço fremente

Que ela p’ra amar tem sómente
A fórma d’um coração.

O meu sim, enche-o de goso
Teu olhar inebriante,

Vê lá se é pulsar de amante
Seu pulsar misterioso.

Pje-lhe a mão; vê como vibra,
Ardente como um vulcão

O meu pobre coração

Que se rasga fibra a fibra.

Ha muito que ele está ferido
Pela séta cruciante

Do desgosto penetrante

De não ser compreendido.

Agora, vê lá, pequena,

Se pões termo a tantos ais.
Não posso já sofrer mais,
Mereço que tenhas pena,

 

E se a guitarra trinar
Faze de conta que diz
Gemidos d’um infeliz

Que tem prazer em chorar.

Figuilo Silvano,
— MDIC ——

SUBSCRIÇÃO
para a construção dum edificio pa
ra Club e Teatro, na Certá.

Transporte… 3:51595585
Miguel Farinha—Lou-
renço Marques…… 3ooo
Antonio Lopes Junior—
Lourenço Marques. . 53booo
3:5235585

A Comissão, receiando qual-
quer falta, agradece, por es-
te meio, todos os donativos
subscritos.

O Presidente,
A, Sanches Rolão.

A Comissão, continúa a ven-
der todo o material, da antiga
casa da Praça, que não sirva
para a nova construção. Para
tratar— A, Torres Carneiro.

 

AS MÃES
(Conselhos)

Propaganda a favôr das crian-
ças e do melhoramento da
raça portuguêsa pela Mise-

ricordia de Lisboa

Vigilancia da suade da
“criança

A PESAGEM

O quadro que apresentamos, re-
presenta medias, notem bem, uni-
camente medias, e portanto pode
uma criança aumentar menos de
peso, e contudo estar de saude. O
essencial é que o peso aumente.

Qualquer balança serve para pe-
sar uma criança, e portanto, em
qualquer estabelecimento comercial
se pode fazer a pesagem: mercea-
rias, talhos, lojas de café, etc. E”
claro que se a criança fôr pesada

vestida, do peso que se obtiver, tem.

de se descontar o peso do fato e o
de qualquer cesto, roupa, etc., em
que tenha sido colocada.

QUADROS DOS PESOS

 

 

 

 

ma mer

Ao nascer — peso medio 3 quilos

No primeiro e se-

Pése-se um | gundo mês o aumento

dia certo | por SEMANA é em
todas us se- CR E

mana” | média de 150 a 210

gramas.

No terceiro e quar-
pas (io mês o aumento por
duas por | QUINZENA é em mé-

mês dia de 280 a 400 gra
mas.

No quinto e sexto
De quinze | mês o aumento por

em quinze | QUINZENA é em mé-
dias dia de 260 a 360 gra-
mas.

O aumento por Mês

posassafo nie de: A2os gramas! no

dos os 1) 7:º e 8.º mês, 360 gra-

mêses ein | mas no 9.º e 10.º mês,

dia certo 1540 gramas no 11.º é
12.º mês.

 

 

 

 

Como vai indicado a criança pé-
sa-se todas as semanas durante os
dois primeiros mêses, em dia certo;
por exemplo, todos os domingos ou
todas as quintas-feiras, etc.

No 3.º, 4.º, 5.º e 6.º mez, pésa-se
duas vezes por mês; por: exemplo
nos dias 1 e 16.

Daí em diante pésa-se apenas to-
dos os mêses; por exemplo no dia 1.

1

|

 

Note-se que o aumento de peso
que no principio é grande (25 gra-
mas por dia), vai diminuindo á
medida que a idade aumenta, (no
fim apenas 5 a 6 gramas por dia).
o proximo numero. ESTATU-

A.

aeee

Oliveiras doentes

O desenvolvimento das doenças
nas oliveiras tem aumentado assus-
tadoramente. De varios pontos do
nosso paiz temos recebido informa-
ções de lavradores e ramos de oli-
veiras doentes. Na verdade, alguns
ramos estão bastante atacados de di-
versas doenças e insectos, mas, ou-
tros tambem mostram enfranqueci-
mento da vegetação, e isto certa-
mente em consequencia da falta de
adubações apropriadas e pobreza da
terta,

Com respeito ás doenças einsectos
é sabido que todas as plantas mais
ou menos enfraquecidas, quer pela
falta de fertilidade quer pela falta
de adubações, se:resentem mais facil-
mente dos ataques e são, portanto,
mais prejudicadas. Indispensavel
portanto se torna o emprego de adu-
bações convenientes.

Mas o ataque das doenças e o seu
desenvolvimento, a invasão dos inse-
tos € a sua propagação se efetiva-
mente tem tido um aumento crescen-
te bastante rapido ultimamente, é,
contudo fóra de duvida que o quasi
abandono em que teem estado a
maioria dos olivaes, muito tem con-
tribuido para que gradualmente os
males que agora atacam as oliveiras
tivessem tomado enorme incremento
em prejuizo dos olivedos sem trata-
mento é mesmo dos que eram cul-
tivados e tratados com esmero.

A casa O.Herold & C.º que tan-
to se interessa pelo progresso da
agricultura, e desejando contribuir
para que se debelassem as doenças
nas oliveiras, participou para a casa

ingleza Cooper, importante socieda- .

de fabricante de produtos quimicos
e de que é agente em Potugal, as
queixas dos lavradores. A casa Co-
oper, que tanto se tem esmerado no
fabrico de produtos especiaes con-
tra os insetos e daenças é que são
tão cohecidos em todo o mundo,
acaba de nos escrer uma carta de
que copiamos o seguinte, vinda da
agencia de Madrid, 1-3-1913: «,..
Com respeito á doença nas olivei-
ras cumpre-nos dizer-lhes que po-
dem recomendar o nosso Fluido C.
V. para esta doença. Na primavera
passada vendemos a entidades ofici-
aes 1:360 tambores de 5 litros d’es-
te produto para combater a doença
das oliveiras na provincia de Jaen
(Hespanha)». 3

Como se depreende da carta aci-
ma- os resultados da aplicação do
Fluido C. V. contra a doença das
oliveiras em Hespanha tem sido
combatidofavoravelmente; era como
as doenças que existem no nosso
paiz, nas oliveiras, são as mesmas
que ha nºesse paiz; aconselhamos os
lavradores a fazerem a aplicação do
mesmo produto, para o que esta-
mos habilitados a fornecer os seus
pedido de Fluido C.V,

Este Fluido C,V. aplica-se na
dose de 1 litro para 75 a 100 litros
de agua e já tem sido empregado
com completo exito, no nosso paiz
pelo que pode ser uzado com toda
a garantia. :

Daremos todos os esclarecimentos
que desejarem os lavradores, pois
que temos o maior interesse em
que possam alcançar excelentes re-
sultados nos tratamentos das olivei-
ras, Devemos, comtudo, novamente
acentuar que do mesmo modo que
tratam das doenças deviam os pro-
prietarios de oliveiras fazer a apli-
cação de adubações racionaes em-

pregando adubos em’ que entrem
o azote, o acido fosforico e a potassa
sendo este ultimo elemente o que mais
intensa ação tem na boa floração e
frutificação, sem o que não se pode
ter boa azeitona e bom azeite.

Queiram os lavradores dirigir os
seus pedidos para a casa O. Herold
& C.º de Lisboa ou para as sucur-
saes em Porto, Pampilhosa, Regoa
| Faro e Santarem (S. Pedro).

CORRESPONDÊNCIAS

 

 

Pedrogam Pequeno, 9

Tambem nesta vila como em to-
das as povoações do nosso país, te-
ve logar a festa da arvore,—a festa
escolar.

Previamente tinha sido elaborado
e que foi pontualmente cumprido o
seguinte programa:

Formatura dos alunos no logar do
cemiterio e cortejo até á escola, on-
de fizeram parada.

Recepção na escola do sexo femi-
nino, onde ficaram em 6 filas á es-
querda da entrada. Canto do hino a
Sementeira pelos alunos, Canto do
hino a Arvore pelas meninas. Canto
da éMaria da Fonte pelos alunos.
Canto da Portugueza pelas meninas.
Recitação de diversas poesias ade-
quadas ao acto, pelas meninas. Dia-
logo relativo ao acto, por dois alu-
nos. Repetição do canto. Cortejo até
ao local da plantação. Preleção dos
professores. Plantação das arvores.
Repetição do canto. Lunch.

A assistencia era em grande nu-
mero, e principalmente de senhoras
e cavalheiros.

O professor José Rodrigues Cor-
reia falou, largamente, sobre as van-
tagens das arvores, incitando aos
alunos á plantação delas.

O professor sr. Antonio Antunes
Amaro falou e muito bem, sobre o
trabalho, sobre a obediencia dos fi-
lhos aos paes e aos seus professo-
res, e sobre o respeito que se deve
á bandeira Portugueza.

Ambos os oradores foram muito
aplaudidos, sendo então levantados
vivas á Patria, à Itepublica, á Liber-
dade, á Instrução, aos professores e
ao povo de Pedrogam Pequeno.

Em seguida foi servido um lunch,
aos alunos, e alunas que constou de
pão, queijo, bolos e vinho.

Para as despezas com o lunch,
promoveu o professor sr. Amaro uma
subscrição entre as senhoras e cava-
lheiros, que generosamente contri-
buiram com o seu obulo.

Entre as diversas senhoras que
assistiram ao acto, vimos: D. Inacia
Vidigal, D. Maria Angela Vidigal,
D. Angela Vidigal Marinha, D. Clo-
tilde Freire Costa, D. Angela Fer-

 

reira Vidigal, D. Eugenia Leite Vi-
digal, D. Albertina Vidigal Amaro,
D. Amelia Alves Pessoa, D. Maxi-
mina Marinha David, D. Maria da
Conceição CG. Salgueiro Santos, D.
Maria do Carmo Oliveira, D. Gui-
lhermina Nunes Marinha, D. Laura
Nunes Marinha, D. Amelia Ferreira
Vidigal, D. Ilda David e Silva, D. –

“Ana Barbara Pessoa, D. Barbara
d’Assumpção Pessoa, D. Prazeres
Ferreira: Vidigal e muitos cavalhei-
ros.

Eº digna dos maiores louvores a
digna professora sr.* D. Herminia
da Conceição, pelo modo como apre-
sentou as suas alunas bem ensaiadas
e bem disciplinadas, pois todas se
apresentaram com a melhor corre-
ção.

No pouco tempo que rege esta es-
cola, não se podia fazer mais nem
melhor.

As arvores foram plantadas no
atrio da escola.

.

 

Correspondente
Pinte
Pi

 

@@@ 4 @@@

 

/

 

| “VOZ DO POVO |

 

TTANUNCIOS
“ANUNCIO

* Pelo Juizo de Direito da Comar-
ca da Certã e cartorio do segundo
vfício nos autos de inventario orfa-
nologico de Maria de Jesus, tam-
bem conhecida por Maria Florinda,
moradora que foi no logar da La-
deira, freguesia de Vila de Rei, em
que, é cabeça de casal o viuvo An-
tonio Gonçalves, residente no mes-
mo logar, correm éditos de trinta
dias a contar da segunda e ultima
publicação deste anúncio no «Dia:
rio do Governo», citando os interes-
sados Maria Florinda, e marido Da-
vid Bernardo, João Gonçalves, sol-
teiro, maior e Joaquim Gonçalves,
solteiro, maior, ausentes em parte
incerta para assistirem aos termos
do inventario, sem prejuizo do seu
andamento.

Certã, 28 de fevereiro de 1913.

O Escrivão
Francisco Pires de Moura
Verifiquei a exactidão,
Juiz de Direito,
2 Sanches Rolão 1

1 2.” publicação

Pelo Juizo de Direito da Comar-
ca da Certã e cartorio do escrivão
do quarto aficio, correm editos de
30 dias, a contar da segunda e ulti-
ma publicação d’este anuncio no «Di-
ario do Governo» citando os reus
Rufino Mendes dos Santos, solteiro,
do Cabeçudo e José Ferreira soltei-
ro, do Tojal, ambos d’esta Comar-
ca, e atualmente residentes em Lis-
boa em parte incerta, para compa-
recerem no Tribunal Judicial desta
Comarca, por 11 horas do dia 19
do proximo mez de Maio, afim de
responderem em audiencia de poli-
cia correcional que contra elles e
José Ferreira Molleiro, solteiro, do
Tojal, move o Ministerio Publico,
pelo crime de offensas corporaes na
pessoa da queixosa Anna de Jesus,
solteira, jornaleira, do Quteiro da
Lagõa. : E

Certã, 1 de março de 1913,

30 Escrivão
Adrião Morais David
Verifiquei a exactidão,

O Juiz de Direito,

2 Sanches Rolão. 2
Comarca da Certã
“4.º ofício

2.* publicação

Pelo Juizo de Direito da comar-
ca da Certã e cartorio do escrivão
que este subscreve, e nos autos d’in
ventario orfanologico por obito de
Eduardo Rodrigues Barata, que re-
sidia em Alvaro d’esta comarca, em
que é inventariante José Mendes,
casado, ali residente, correm editos
de 30, dies a contar da segunda e
ultima – publicação do. anuncio. no
«Diario do Governo» e no periodico
da localidade, citando-se o coherdei
ro João Rodrigues Barata, solteiro
maior, ausente na Africa Ocidental,
Loanda, ignorando se a morada cer-
ta, para assistir a todos os termos do
mesmo inventario, deduzindo n’ele
todos Os seus direitos, querendo.

Certã, 12 de fevereiro de 1913:

O escrivão
Antonio Augusto Rodrigues
— Verifiquei
O Juiz de Direito
2 » Sanches Rolão 2

. objectos de ouro, prata e bri-

 

Venda de propriedades

Vendem-se em Pedrogam Peque-
no, em globo ou em separado, di-.
versas propriedades, constantes de |
terras de semeadura, oliveiras, so-
breiros, videiras, arvores de fruto,
eica

Vende-se tambem uma morada
de casas situadas no melhor sítio
d’esta vila, palheiros, é com grandes
logradouros e por isso suscetíveis de
grandes melhoramentos. E

Quem pretender comprar, dirija-
se a José Rodrigues Corrcia, pro-
fessor oficial, nesta vila, pois, tem
procuração para efectuar a venda
com legalidade.

Eluiza Guedes Santos

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