Voz do Povo nº115 09-02-1913

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3.º Ano

1

DIRECTOR

Augusto iiodrigues

Administrador
ZEPHERINO LUCAS

ni Editor

Luiz Domingues da Silva Dias

Certã, 9 de fevereiro de 1913

 

 

 

 

Assignaturas
AMO tee 1200. Semestre… 600 rs.
Para o Brazil. -…… 5aooo réis (fracos)

Pago adiantadamente

Não se restituem os originaes

| REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO

Travessa do Serrano, 8
GERA,
Typographia Leiriense — LEIRIA

Proprigdade da EMPREZA DE PROPAGANDA LIBERAL

 

Annuncios

Na 3.º e 4.º paginas, cada linha….. 30 rs.
N’ºoutro logar, preço convencional

 

 

Annunciam-se publicações de que se receba

um exemplar

 

| “Politica geral

Com a reabertura do congres-
so vaio país entrar num perio-
do de intensa vida politica e de
administração.

As importantes questões que
estão pendentes de solução não
podem mais adiar-se, porque o
estado do pais não permite mais
delongas.

O avançar progressivo da emi- |
gração está-se tornando yerda-
deiramente alarmante, e para
aumentar ainda mais os cuída-
dos dos nossos homens publicos
por esse momentoso problema,
acaba de aparecer nos jornais a
noticia oficiosa de que o gover-
no de um dos estados do Brazil
pretende contratar 10:000 fami-
lias, a quem oferece diversas
vantagens.

A nosso parecer, torna-se ur-
gente uma vigorosa e bem diri-
gida campanha de propaganda,
que tire do espirito dos nossos
camponezes a enganadora ilusão
das facilidades da colocação que
o Brazil oferece aos emigrantes,
fazendo-lhes ver que a luta da
concorrencia é,.nesse grande
país, bem dificil de sustentar e
que nela terão fatalmente de su-
cumbir os que menos habilitados
estiverem para a sustentar. |

E” preciso explicar-lhes, que
as despezas obrigatórias estão
de harmonia com as receitas, e
que é quasi um crime a emigra-
ção de 1m chefe de familia que,
sem colocação certa, arrasta
aquela para um meio desconhe:
cido, onde a sujeita a todas as
miserias provaveis.

Ainda mesmo áqueles, cuja
colocação esteja assegurada, é
preciso explicar-lhes que deve
ser de perníciosos efeitos para a
sua economia, sajeitarem-se, lo-
go de começo, ás grandes despe-
zas que acarreta sempre a insta-
lação duma casa, por modesta
que seja.

Bem sabemos que toda essa
propaganda se tornará esteril se
não se atacar, bem profunda-
mente, as causas primarias do
fenomeno da emigração. A sua
base principal ha-de ser neces-.
sariamente a miseria, mais ou
menos pronunciada.

“E preciso, pois, produzir cer-
tas medidas de fomento que ate-
nyem a crise economica de al-

“combatendo apenas as

 

gumas regiões, em quanto ela se

não generalise e pela sua grande
extensão torne mais dificil o re-
medio.

O congresso da republica tem
sobre si uma grande responsabi-
lidade, porque, se é verdade que
ao poder executivo compete em
prineiro logar tomar a iniciativa
dessas medidas, não é menos
certo que o congresso, pela sua
compostura, lhe cumpre facilitar
a sua pesada missão, não só abs-
tendo-se patrioticamente de des-
perdiçar o tempo na pugna de
lisantinas questões irritantes,
com cuja discussão nem ele se
honra, nem o país aproveita, mas
intervindo lealmente no estudo e
aperfeiçoamento déssas medidas.

Queremos confiar de que será
este o criterio do congresso, afas-
tando as preocupações partida-
rias e repelindo todo o espirito
de sectarismo e de ambição po-
lítica.

O país não se acha-em estado
de suportar sucessivas experien-
cias, governamentais, e em vez
de pensarmos na maneira de der-
rubar governos, será bem me-
lhor pensarmos a serio na forma
de os auxiliar em tudo quanto
represente trabalho util ao país,
suas
ideias, em caso contrario, com o
intuito apenas de as aperfeiçoar.

E? nessa politica, verdadeira-
mente nacional, que o país deve
entrar, devendo todos conven-
cer-se que as circunstancias nos
não permitem loucuras.

Aguardemos, pois, serenamen-
te os trabalhos do congresso,
confiando em que deles resulta
alguma coisa de perduravel.

União Republicana

Acaba de filiar-se n’aquele parti-
do politico, o sr. dr. José’ Carlos
Ehrhardt, ilustre facultativo muni-
cipal d’este concelho, antigo e con-
siderado republicano. »

Trabalhos parlamentares

O governo está na firme e louva-
vel intenção de activar os trabalhos
parlamentares, para o. que muito
brevemente apresentará algumas im-
portantes reformas de serviços pu-
blicos.

Em todos os ministerios se traba-
lha’ dedicadamente no estudo d’es-
sas medidas, algumas das quais,
sem duvida, estão destinadas a con-
tr:buir poderosamente para uma sa-
lutar modificação das condições em
que o pais se encontra.

Certamente que o Congresso, por
sua vez, corresponderá ao que d’e-
le todos esperam.

 

 

 

A Defêsa Nacional

Com muita satisfação vêmos que
se sente por todo o país um moyvi-
mento patriotico a favor da defêsa
nacional, levada a efeito por uma
comissão de bons patriotas. Repu-
tando nós, tambem a defêsa uma
necessidade indispensavel à nossa
segurança e independencia, achamos
que tudo que se diga a favor de tão
importante assunto, é pouco, porque
a verdade é esta: Portugal até hoje
não teve uma defêsa propria, para
assegurar a sua independencia e au-
tonomia. Todas as nações se ele-
vam quando a segurança do seu
territorio e dominios assenta numa
preparação vantajosa para a guerra.
Lá fóra, os governos das grandes
nações pensaram duma maneira mais
patriotica que os nossos, pois acima
de tudo está a defêsa da Patria. A
Alemanha, a nação essencialmente
militar, aonde o reformado continua
a dedicar-se á carreira que abraçou,
depois da guerra com a França,
nunca mais deixou de, dia a dia,
pensar na sua defêsa. E a proposi-
to, citaremos uma frase que num
apélo patriotico a liga militar alemã
dirigiu ha pouço á imprensa de to-
do o imperio alemão, e tão patrioti-
ca é ela, que não podemos deixar
de a registar. E” ela: a situação
atual é seria; ela exige impeniosa-
mente que recobremos o tempo per-
dido. Fica-se boquiaberto ao ler-se
esta frase; pois a Alemanha, a po-
derosa nação, receia alguma coisa?
Isto significa apenas que a Alema-
nha pensa constantemente na luta e
não quer ser apanhada de surprêsa.
Nós, não, nunca pensámos assim,
porque despresámos absolutamente
tudo o que diga respeito à defêsa,

Ha pouco mais de um seculo, que
Portugal não dispondo de boa defe-
za, teve de sofrer o periodo mais
melindroso desde a sua fundação. A
1.º invasão franceza trouxe para nós
os maiores desastres e privações. E
isto porque ? Porque não nos prepa
rámos para a defeza.Os excessos
cometidos pelos invasores eram de
tal ordem, que este pobre povo por-
tuguez sofreu esse martírio no meio
da maior miseria Os soldados fran-
cezes desde que entraram em Por-
tugal, não perdem ocasião para dar
satisfação á sua ancia desmedida;
ninguem os póde socegar, porque
aquela sofreguidão que os domina,
é insaciavel. Entram nas casas, nas
egrejas, nos conventos e na proprie-
dade. Tudo é devassado; todos fo-
gem, e ai daqueles que não conse-
guem escapar á sua furia, Matam
quem lhes resiste, matam por pra-
zer, Entram nos conventos e egre-
jas, e roubam as suas alfaias, as me-
lhores joias dos santos; quebram os
sacrarios, espalhando no chão os
destroços das suas façanhas; rou-
bam tudo que encontram, não res-
peitando as sepulturas dos mortos
que violaram para lhes tirar as suas
joias. Tudo isto é medonho, tudo é
horroroso! Quantas atrocidades pra-
vcaram ? Eram sem limites.

A Hespanha levou-nos tambem a

 

essa tristissima situação, porque pre-
tendia tambem a conquista de Por-
tugal, e por isso desejava intervir
nas nossas coisas politicas. O exer-
cito português, ainda obrou prodi-
gios de valor, mas a falta de prepa-
ração, e a confiança excessiva que
depositavamos na nossa aliada, le-
vara Portugal aos maiores sacrifi-
cios.

O auxilio que tivemos, custou-nos
rios de dinheiro, e muitas fatalida-
des se deram porque não eram/os
portuguêses que tinham a chefia do
exercito. Durante a marcha da fron-
teira da Beira até Lisboa, os fran-
cêses viram-se em muitas passagens
dificeis onde a menor resistencia
que se fizesse, segundo eles proprios
confessaram nos seus relatorios, te-
ria aniquilado o seu exercito,

Tal era o estado de detêsa de
Portugal que deixamos entrar sem
resistencia um inimigo que preten-
dia aniquilar-nos!. .. Sempre a mal-
dita incuria tem sido a causa de
tanta infelicidade para este querido
Portugal; sempre a falta de prepa-
ração contra os inimigos que nos
ameaçavam e ameaçam. E só quan-
do as tropas dé Junot chegaram a
Lisboa, deixando na sua passagem
o terror, que as suas façanham in-
fundiam, é que o povo compreen-
deu a triste sorte que o esperava,
Junot, de genio altivo e rancoroso,
deu margem então ao assenhorear-
se de Portugal, ás suas ganancias
pelas medidas opressivas e tiranicas
que tomou, pondo o país em estado
de se ver sem governo, sem dinhei-
ro, quasi sem exercito, porque este
mesmo foi reduzido infamemente a
ponto de estar agregado ás tropas
francêsas.

Por todo o pais lavrava o desa-
nimo € o terror que transparecia na
face dos portuguêses, e que era o
sinal mais evidente de que o seu
sofrer era pesado. Era natural que
este estado de coisas, afrontando a
dignidade nacional, o povo o não
pudesse suportar. Poy isso uma re-
volução geral em todo o país era a
consequencia de um tal estado de
coisas. E” do norte que esse movi-
mento parte, encontrando em todo
o pais uma cooperação leal, desas-
sombrada, e tão patriotica ela foi,
que o povo deve a si tão grande fa-
canha da expulsão dos francêses da
1.º invasão,

Livre o reino da 1.º invasão não
deixâmos de ficar expostos a novas
agressões. lira mesmo natural crêr
que o imperador dos francêses não
quizesse ficar impassivel perante o
grande golpe sofrido no seu enorme
poderio, e por isso tentasse novas
mvasões, para ocupar mais uma vez
Portugal e expulsar os inglêses, Pa-
ra prevenir taes intentos, reorgani-
sou-se o exercito aniquilado por Ju-
not, é dotou-se o pais de uma defeza
adquada ás circunstancias, concen-
trando tropas nas fronteiras amea-
cadas, e cuidando das fortificações,

O Duque de Wellington, coman-
dente em chefe do exercito anglo-
luso, coadjuvado pelos melhores ge-
neraes ingleses e portuguêses, estu-
dou bem a defesa do país, e levaramaís, e levaram

 

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VOZ DO POVO

 

esse valoroso exercito a infllngir nas
tropas de Soult e Massena essas
grandes derrotas que aniquilou por
completo o poderio de Napoleão na
peninsula. A luta foi tremenda, e
as vitorias-alcançadas por nós, são
as paginas mais brilhantes da nossa
historia.

A França teve a ultima lição além
dos Pireneos, e Napoleão curvou-se
aqui, qnando nem os gelos da Rus-
sia, o poderam curvar, e esse, a
quem os loucos chamavam o anjo da
vitoria (general Massena), viu desa-
parecer-lhe a fama em grossas nu-
vens de fumo, nós cantámos inos de
gloria, transluzindo através dum
misterioso clarão a imagem fulgu-
rante da patria portuguêsa, livre e
independente.

Por tudo isto se vê mais uma vez, .

E a falta de segurança e defesa
e um país são a principal causa da
sua ruina, Temos citado factos para
registarmos com segurança a neces-
sidade inadiavel da defesa do país.

M. R.

POSSE DO GOVERNADOR CIVIL

No dia 30 de janeiro ultimo, foi
conferida pelo sr. governador civil
substituto a posse do novo chefe do
distrito, sr. dr. Gastão Correia Men-
des, acto que toi revestido do maior
brilhantismo e entusiasmo e a que
assistiram numerosos representantes
das comissões politicas do partido
republicano democratico. Este parti-
do, no nosso concelho, fez-se repre-
sentar pelos seus valiosos membros,
srs. dr. Abilio Marçal, dr. Virgilio
Nunes da- Silva, Joaquim Ciriaco
Santos e Augusto Rossi, o primeiro
dos quais proferiu nesse acto um
eloquente discurso que foi sobrema-
neira apreciado e aplaudido pelo nu-
meroso e distinto auditorio.

FACTOS E BOATOS

 

 

Juizo de Direito

O nosso presado assinante, sr.
dr. Antonio Ildefonso Vitorino da
Silva Coelho, foi nomeado substi-
tuto do Juiz de Direito d’esta co-
marca.

Apresentamos-lhe os nossos cum-
primentos.

o ICO ———

Assassinato

No dia 4 do corrente cometeu-se
mais um crime de homicidio volun-
tario, nesta comarca, para aumen-
tar a já longa serie de crimes, d’es-
sa naturêsa, nos ultimos anos.

D’esta vez foi teatro d’essa cena
de sangue a socegada freguezia de
Varzea. A vitima foi João Antonio,
da séde d’aquela freguezia, e os cri-
minosos, são: Adelino Lopes, Ma-
nuel Martins Junior e Antonio Mor-
gado, do mesmo logar, todos sol-
teiros.

Já se realisou a autopsia e está-se
procedendo á instrução do proces-
so.

o DOI
Carnaval

Tambem aqui a epoca do carna-
val correu bastante -desanimada, sem
que d’esta vez os foliões se podes-
sem desculpar com o mão tempo.

ICO C-

Recebemos a visita do nosso co-
lega o Globo, que se publica em
Lisboa, e a quem enviamos os nos-

3 .

sos cumprimentos.

; ———2C00€-———

Reassumiu a jurisdição, o digno
juiz proprietario, sr. dr. Antonio
pdolfo Sanches Rolão.

 

Carteira semanal

Fazem anos:

No dia i2—a sr,* D. Ernestina
Marinha David; É

No dia 14-—as sr.“ D. Maria Joana

 

“Guimarães, e D. Henriqueta Ribei-

ro de Figueiredo;

No dia 15, o sr. Antonio Eugenio
de Carvalho Leitão.

Passaram as ferias-do Carnaval,
nésta vila, os nossos patrícios, srs.
Padre Antonio Nunes e Silva, João
José de Magalhães, Joaquim Corrêa
Barata é Joaquim Branco.

Tambem passaram o Carnaval,
nésta vila, as sr.“ D. Guilhermina
Barata, D. Maria de Jesus Batista
Alegria, D. Virginia, D: Laura e D.
Lucinda Batista, D. Albertina e D.
Amelia Lima, D. Severina Alegrir
e D. Celeste Guilherme e os srs.
Joaquim Ferreira Guimarães Lima,
Germano Alegria, Padre Francisco
Marinha e Luiz da Cruz.

Saiu para Lisboa, a esposa do
nosso assinante sr. Joaquim Nunes
e Silva.

Regressaram a esta vila,*a sr.?
D. Ernestina Marinha e o sr. Luiz
Domingues da Silva, e á Barquinha
osr. Germano Alegria, esposa e ir-
mã.

Saiu para Lourenço Marques o
nosso assinante, sr, Padre Antonio
Martins da Costa e Silva.

Está em via de restabelecimento
a sr* D. Amelia Moraes David, es-
posa do nosso estimado assinante,
sr. Antonio Joaquim Simões David.

Regressou a esta vila, completa-
mente restabelecido o sr. dr. Anto-
nio Adolfo Sanches Rolão, ilustre
Juiz de Direito nésta Comarca

Nos três dias de Carnaval reali-
saram-se no Gremio Certaginense,
animados bailes, em que o tiroteio
do confeti e das serpentinas foi pro-
fuso.

Dançou-se com entusiasmo, sem-
pre até tarde, terminando o baile
de terça feira pelas 4 horas.

Saíram para o Pará os nossos
presados assinantes, srs. Floreano
Bernardo de Brito, Firmino Lopes
e João Nunes da Silva.

— opaDidE-—

SUBSCRIÇÃO
para a construção dum edificio pa-
ra Club e Teatro, na Certã.
Transporte… 3:4538585
Artur Caldeira Ribeiro 5o$000
‘3:503$585
Material para construção

José AndréOlival =1 pinheiro,
Manuel Dias Morgado—Olival—4
pinheiros, Manuel Fernandes da
Costa Junior—Perna do Galêgo —
madeira de Castanho.

A Comissão, receiando qual»
quer falta, agradece, por es-
te meio, todos os donativos
subscritos.

O Presidente,

A. Sanches Rolão.

A Comissão, vende desde já
todas as vidraças e portas da
antiga casa da Praça. Para
tratar—A, Torres Carneiro.

SIOGQE= —
Registo Civil

O movimento de registos de 30
de janeiro a 5 do corrento foi;
Nascimentos era

O
S
o
a
E o?)

 

Vida politica

A União Republicana continua a
tratar da sua organisação partidaria
neste concelho, achando-se já cons-
tituídas, além da da Certã, as se-
guintes comissões paroquiais:

Amparo

Joaquim Fernandes da Silva
José Januario da Silva
Manuel Baptista.

Cabeçudo

José Alves Corrêa
Afonso Corrêa Lima
Antonio Ribeiro d’Andrade.

Castelo

Joaquim Ribeiro d’Andrade
Inacio Fernandes
Joaquim de Castro Macedo,

Figueiredo

Joaquim Vicente Farinha
José Dias
Joaquim Gonçalves.

Ermida

»
Antonio Farinha
Manuel Nunes Farinha
José Farinha Matias.

Palhais

Manuel Antunes
Higino Marçal Nunes
Manuel Marçal dos Santos.

Pedrogam Pequeno

José Joaquim da Silva
Manuel Jacinto Nunes
Nuno da Conceição e Silva.

Tropiscal

Antonio José Matias
Manuel Nunes :
Manuel Farinha Junior.

Sant Ana

Manuel Marçal
João Nunes
Antonio Manuel da Silva.

Várgea dos Cavaleiros

José Jorge
Manuel Lopes
Joaquim Alves Catarino.

Marmeleiro

Manuel Farinha
José Nunes da Silva Junior
Silverio dos Santos.
8 PEN RE
Dr. José Carlos Ehrhardt

O nosso colega de Castelo Bran-
co, a Patria Nova, transcreveu, fa-
zendo suas, as palavras de justi-
ça que ha dias aqui publicâmos
ácerca daquele nosso ilustre amigo.

 

ÁS MÃES

(Conselhos)

Propaganda a favôr das crian-

ças e do melhoramento da

raça portuguêsa pela Mise-
ricordia de Lisboa

— sec —

ALEITAMENTO MISTO

Se a mãe tem pouco leite, póde
auxiliar a alimentação do filho com
leite animal, tendo se com este, é
claro, os cuidados que acabamos de
indicar para o aleitamento artificial.

E” muito bom, antes de chegar o
biberon á criança, chegar-lhe o pei-
to. Um poucochinho de leite da
mãe opéra neste caso como diges-
tivo. ;

A? criança custa-lhe neste caso a

pegar no biberon por causa da dife-:

rença de paladar. Cortando o leite
animal com agua fervida e assuça-

 

rando-o mais ou menos, consegue-se
imitar perfeitamente o leite materno.
E É *
Os produtos comerciais (farinhas
varias), nunca podem substituir o
leite, sobretudo nos primeiros mê-

Ses.

O uso da rolha deve ser banido,
não se devendo mesmo deixar a
criança meter qualquer coisa na
boca.

E” um verdadeiro crime dar vi-
nho, aguardente ou licôr ás crianci-
nhas; pois, se não imediatamente,
pelo menos no futuro, as consequen-
cias são funestissimas.

 

O que se não deve esquecer: |

O leite deve ser fervido e cor-
tado com agua fervida assucara-
da, durante as primeiras sema-
nas. Até aos seis mêses não se de
ve pensar em dar ás criancinhas
outra qualquer composição ali-
mentar, como papas, sopas, etc.

O biberon e a tetina de borra-
-cha, serão fervidos em agua, com
o maior cuidado, em seguida a
cada mamada. x

 

 

 

No proximo numero:—O DES-
MAME,

 

Pelo Mundo Literario
À NOITE DE NATAL

Lilha e mãe. Miseria crua.
N’uma noite de Natal,
Pedem esmola na rua,
Não se vê miseria egual.

 

«N’esta noite, filha minha,
Os anjos não quererão.
—Murmurava a pobresinha —
Que nós fiquemos sem pão.»

E antegosando delicias,

De pão n’um triste pedaço.
Cobre a filha de carícias,
Cinge-a ao peito n’um abraço.

Ei-la ao pé d’um candieiro,
Pelo amôr de Deus pedindo.
Vêde: lá passa o primeiro,
Outro, todos, não a ouvindo.

—E o pão, mãe? pede a creança.
Responde a mãe, n’um lamento :
Já vem, meu anjo; descança…—
Vinha, sim, mas era o vento.

Emquanto passa arredio
Dos venturosos o bando,
Chora a creança com frio
E a mãe esmola, chorando.

Uma pobre—Oh maravilha !—
Emfim esmola lhe deu,
Porque essa teve uma filha
Como aquela, e lhe morreu.

E logo a mãe extasiada :
—Filha, pão !—grita a sorrir,
Porém, a filha… deitada
Ficou, como a ave a dormir.

Chama-a. Debalde. . Loucura!
Nada a póde despertar.

Dorme a grande noite escura,
Sonha um sonho de gelar.

Palpaa… E hirta ao senti-la,
Quer da luz vê-la ao clarão.
Ergue-a. Compreende… Vacila…
Cáe a filha morta ao chão.

Emquanto a mãe a levanta
N’uma angustia sem egual,
Um feliz, ao longe, canta:
=-Viva a noite de Natal!—

Bernardo Lucas.

Arrenda-se a terra de cultivo
e horta, na propriedade de Domin-
gos Tasso ‘de Figueiredo, á Fonte
Branca. Para tratar: D. Carlota
Tasso de Figueiredo, d’esta Vila,
ou ao dono, na Avenida da Liber-
dade 82 4.º—Lisboa,isboa,

 

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VOZ DO POVO

 

Conhecimentos uteis

 

O MUSARANHO *

O musaranho é um parente mui-
to proximo da toupeira, e como ela
muito util, :
* Não trabalha, como esta, só no
interior da terra; devora tambem os
ratos e falo com apetite egual águe-
le com que, no interior do solo, nos
desembaraça das larvas, insétos e
vermes nocivos às plantas.

Segundo Carl Vogt o musaranho
distingue-se da toupeira pelo foci-
nho ponteagudo, pelas macilas guar-
necidas de acerados dentes, pela
cauda quasi completamente nua de
pêlos e pelo cheiro cara’eristica-
mente exalado por ele de uma bol-
sa colocada ao lado. É

De nada serve a este animal ser
util; a sua grande semelhança com
a toupeira atrai sobre ele a ignoran-
cia do cultivador, que de uma en-
xadada o mata onde quer que o en-
contra, supondo que mata uma tou-
peira, que, de resto, não é menos
util que ele.

Ha uma variedade de musaranhos
que vivem na agua; ainda estes;
apezar de que ás vezes atacam os
peixes e outros animais aquaticos,
preferem os insétos e os vermes.

Carl Vogt escreve: |

«Os musaranhos, principalmente
as especies dos campos, não mere-
cem menos protecção, menos cui-
dados que a toupeira, visto que nos
prestam á superficie, e nas camadas
superiores do solo os mesmos ser-
viços que ela nas camaas mais pro-
fundas…

«Julga muita gente que a morde-
dura d’este insétyoro é venenosa
para o homem, podendo alem d’is-
so causar graves lesões ao cavalo.

«Parece impossivel que tal se di-
ga. Os dentes do musaranho quasi
que não teem a rijeza precisa pa-
ra agarrar a nossa pele, menos ain
da, portanto, a do cavalo.

«O simples contacto (proclama a
ignorancia) nos é prejudicial, visto
que faz inchar a mão eo braço.
Mas então se realmente assim fos-
se, quantos naturalistas andariam
de braco ao peito!» É

Disse muito bem o marquez de
Maricá quando afirmou ser à igno-
rancia à origem principal de todos
os nossos males, continuando:

«Convem portanto reduzil-a quan-
to possivel a fim de gosarmos mais
e sofrermos menos, o que se con-
segue com a cultura da razão e da
inteligencia, pelo estudo e pela ob-
servação da natureza».

Para isso aqui nos encontramos
sem desfalecimentos ha uma’ boa
duzia d’anos. :

E Luiz Leitão.

A VIOLETA

Não se contenta a humilde cam-
pezina com ser o enlevo dos olhos
e das almas; tambem contribue pa-
ra restaurar a saude.

Aplica se como calmante em infu-
são téiforme, em fumigações, e em
xarope, com o qual se adoçam e tor-
nam gratos ao paladar os remedios
e cosimentos menos agradaveis.

Este xarope, empregado com bons
resultados na tosse convulsa, e como
reagente para descobrir, pela mu-
dança de côr, os acidos e alcalis,
alem da acção emoliente, possue a

 

 

acção laxante, de que não são sus-,

ceptiveis outras mucilaginosas,

As flores produzem salutares efei-
tos no primeiro periodo dos catar-
ros pulmonares, fang’nas, e, em ge-
ral, das afecções exantematicas e
inflamatorias; antigamente eram tam-

 

bem aplicadas contra a apilepsia,
doenças nervosas e convulsivas, ip-
ritação intestinal, etc.

Ainda em nossos dias proporcio-
nam aos medicos homeopatas uma
excelente tintura mãe, de vulgar
aplicação.

As folhas são consideradas como
maturativas, as raizes como um eme-
tico agradavel, sucedaneo da ipeca-
cuanha, á qual se assemelham bas-
tante na fórma e estrutura,

Quando a violeta não possuisse
todas essas virtudes, quando não
fosse o simbolo da modestia, nem
despertasse a admiração dos pobres
e dos ricos, graças á generosidade
com que a natureza nos prodigalisa
essa planta, bastaria a qualidade de
florir entre neves e geadas, e de
perfumar os campos e todos os lo-
gares, para tornar-se credora do
síncero afecto que desperta em to-
dos os corações e da carinhosa hos-
pitalidade que encontra por toda a
parte.

—— —dpramIge=———

Preços dos generos, no mer-
cado de 2 de Fevereiro

Feijão branco, alqueire. ‘ 960 réis
» encarnado » . BS60 »
» frade DES e 700″ am
Grão, pe er ora»
Milho, ACER DOOR»
Trigo, DS ulopi É
Centeio, DER O E »
Batata, DESSE SEBO: UP
Fava RS T O OL: P
Ovos adagiazi cn 180 »
Galinhas, cada… ……. 45o »
IENaND Os e eDau Rs q E e Oia
Coelho manso, cada…. 200 »
Bo CDravO, e EISO
Perdiz, DR SS OD)
Cabrito, cada….u.. 5oo “»

Queijos de ovelha, cada 220 »

 

 

» — daserra quilo.. 440 »
Castanha, alqueire….. EE SoRo
Sardinha, cento. . .,…. 400 »
Vinho, almude.. — 18000 »
Vinho do Ribatejo…… 900 »
Areite lino dae e 520 »
Carne | Toucinho…… 320 »
der ombo o Bico O
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cebemos o ultimo tômo d’este emo-
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Pedidos a esta redação.

 

 

 

— ANNUNCIOS –
ANUNCIO

2.º publicação .

Pelo Juizo de Direito da Comarca
da Certã e cartorio do quarto ofi-
cio, correm editos de trinta dias, à
contar da segunda e ultima publica-
ção dêste anuncio no Diario do Go-
verno, citando os interessados incer-
tos, nos autos civeis de justificação
avulsa para habilitação de herdeiros,
requerida neste Juizo, em que são
justificantes Francisco Henriques é
sua mulher Maria Henriques, Ma-
noel Diogo e sua mulber Tereza
Henriques, Francisco Diogo e An-
tonio Diogo, solteiros, todos pro-
prietarios e moradores no logar dos
Carregais, freguesia de Sobreira
Formosa, desta Comarca, em que
pretendem habilitar-se como unicos
e universais herdeiros de sua irmã,
cunhada e tia, Antonia Henriques,
tambem conhecida por Antonia da
Conceição, moradora que foi no lo-
gar dos Carregais, freguesia de So-
breira Formosa, onde faleceu em
vinte é um de março de mil nove-
centos e onze, com testamento pu-
blico lavrado nas notas do notario
de Proença-a-Nova, João Manoel
Pires Magro, para todos os efeitos
legais e especialmente para haverem
e registarem na Conservatoria desta
Comarcaios respectivos bens, para
na segunda audiencia depois de fin-
do o referido praso dos editos, que
começa a correr depois da publica-

-ção dêste anuncio pela segunda e

ultima vez, verem acusar a citação
e, aí, marcar-se-lhês O praso de três
audiencias para oferecerem qual-
quer impugnação ou deduzirem tam-
bem arugos de habilitação, se a is-
so se julgarem com direito, sob pe
na de se proscguir nos termos da
referida justificação, à sua revelia.
As audiencias neste Juizo fazem-
se ás segundas e quintas-feiras de
cada semana, não sendo feriado,
sempre pelas dez horas, no Tribu-
nal, sito no Largo do Municipio.
Certã, 17 de Janeiro de 1913.

O Escrivão
Adrião Morais David
Verifiquei a exactidão

O Juiz de Direito Substituto
Z. Lucas

Anuncio

Pelo Juizo de direito da comarca
da Certã, cartorio do segundo Oficio,
no inyentario orfanologico de Ana
da Silva Pires Prior, moradora que
foi no logar da Quinta do. Pranto,
freguezia de Vila de Rei, d’esta co-
marca, em que é cabeça de casal
Casimiro Antonio Prior, correm édi-
tos de trinta dias, a contar da se-
gunda e ultima publicação deste
anuncio no «Diario do Governo»,
citando o interessado José do Silva
Prior, ausente em parte incerta, para

 

assistir aos termos do inventario,
sem prejuizo do seu andamento.

Certã, 19 de dezembro de 1912.
-O-escrivão
Francisco Pires de Moura
Verifiquei
O substituto do Juiz de Direito

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