Voz do Povo nº116 15-02-1913

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Es

 

SADO |

Certã, 15 de fevereiro de 1913

Nº 116

DIRECTOR

Augusto kiodrignes

Administrador
ZEPHERINO LUCAS

Editor

Luiz Domingues da Silva Dias

E

é

pe

 

 

VOZ DO

POVO

 

 

Assignaturas
Anno…… 19200. Semestre… Goo rs.
Para o Brazil… 0, 5ibooo réis (fracos)

Pago adiantadamente

Não se restituem os originaes

 

REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO

Travessa do Serrano, 8
CORTA:
Typographia Leiriense — LEIRIA

Proptigiade da EMPREZA DE PROPAGANDA LIBERAL

 

Na 3.º e 4.* paginas, cada linha…
N’outro logar, preço convencional .

Annuncios
ONT

 

 

Annunciam-se publicações de. que se receba

um exemplar

 

À SITUAÇÃO

Se ha um grande e imperioso
dever que no momento presente
deve obrigar a todos os portu-
guêses, consiste ele, principal-
mente, no afastamento volunta-
rio de toda a questão politica,
para a conjugação de todos os
esforços, tendentes a resolver a
nossa situação economica.

Não ignoramos que outros
problemas existem que são de
molde a prender a nossa aten-
ção e a requerer os nossos cui-
dados, mas é preciso não esque-
cer que utu país que se veja co-
locado numa dificil situação fi-
nanceira, jámais conseguirá fa-
zer ouvir a sua voz no dificil jo-
go de interesses que ora se de-
batem no concerto das nações.

Deve, pois, consistir o nosso
principal anceio em desassom-
brar o Estado das dificuldades
que o assoberbam.

Ora, nada se poderá fazer de:
util, se persistirmos em dar á
questão politica o primeiro logar.
E’ um triste sintoma ver, como
temos visto, que só ela conse-
gue apaixonar grande parte dos
nossos políticos, deixando para
um plano muito secundario as
questões vitais de que depende
o resurgimento do país.

E? justo, porém, confessar que
nesse particular alguma coisa te-
mos melhorado. Vêmos já al:
guns e não poucos homens pu-
blicos dedicar, em especial, as
suas faculdades de trabalho, os
seus conhecimentos e competen-
cia, ao estudo (lessas áridas ques-
tões de cifras e dêsses importan-
tes problemas de fomento que,
bem ponderados e bem resolvi-
dos, podem fazer variar as con-
dições dos povos.

E’ bom que nos não iludamos
a nós proprios. Parece-nos pue-
ril o receio de confessar a situa-
ção dificil da nossa vida econo-
mica. Para os competentes, para
os que seria talvez vantajoso con-
servar na ignorancia da nossa
verdadeira situação, não ha arti-
ficios que valham. Melhor do
que nós, conhecem eles as nos-
sas circunstancias.

O que é preciso é que os nos-
sos estadistas ponham rapida-
mente em pratica medidas efica-
zes que robusteçam o nosso cre-
dito. E? esse esforço que o país

 

lhes exige, como o mais patrio-

tico serviço. Mas, para que o
país tenha o direito de o exigir,
necessario se torna que da sua
parte se manifeste a necessaria
compostura e se crie o indispen-
savel ambiente de tranquilidade,
para o estudo dessas medidas, e
ainda mais para as levar á pra-
tica.

E? o sentimento da propria
conservação que nos ha de for-
çar a proceder assim. Não são
imaginarios os perigos que nos
ameaçam. Na epoca de egoísmo
colectivo que vamos atravessan-
do, as nações pequenas e pobres
de recursos acham-se sempre ex-
postas á facil audacia dum golpe
de mão.

Mas, quando essas nações,
além disso, são ainda pobres de
juizo, então não se acham ape-
nas sujeitas a esse golpe, porque
ele espera simplesmente a opor-
tunidade.

E” necessario que nós todos
nos convençamos de que chegou
o momento dos sacrifícios, e que
entre eles não será menor o de
abafar o nosso temperamento
de meridionais, fazendo-nosolhar
fria e serenamente as questões
que dificultam o nosso progres-
sivo desenvolvimento, facilitan-
do, assim, a sua solução aos po-
deres constituídos.

o
Edministrador de concelho

l’oi nomeado administrador dês-
te concelho, o sr. dr. Abilio Marçal,
distinto advogado nos, auditorios
désta comarca.

E? a segunda vez que s. ex.’ exer-
ce identicas- funções, o que não se-
ria necessario para nos dar a cer-
têsa do criterio, ponderação e inte-
ligencia que ha de imprimir aos
seus actos administrativos.

S. ex.º tomou posse, inesperada-
mente, na passada segunda feira, a
qual lhe foi conferida pelo sr. Ciria-
co Santos que, criteriosamente, vinha

| exercendo essas funções temporaria-

mente.
A um e a outro apresentamos os
nossos cumprimentos.

Teatro-Glub

€ meçou no dia 10 do corrente
a demolição da antiga casa da Pra-
ca, onde se vae levantar agora q»
novo edificio para instalação do
Club e Teatro désta vila.

Principia a realisar-se a aspiração
de todos os filhos e amigos da Cer-
tá, que, diga-se a verdade, conti-
nuam a corresponder brilhantemen-
te ao que déles se esperava.

 

 

EMIGRAR

A opinião publica tem sido incita-
da nos ultimos tempos a ocupar-se
do grave aspecto que a emigração
tomou nos ultimos mezes. Com efei-
to calcula-se que o ano de 1912 não
fechou sem que de Portugal tivessem
saído à aventura mais de g0:000 al-
mas.

Discute-se ainda se não será um
bem este exodo da população por-
tuguêsa esquecendo-se que metade
de Portugal está por assim dizer na
primeira fase de qualquer agricultu-
ra atrazada.

Esquece-se que embora regres-
sem a Portugal ricos ou remediados
algumas dezenas d’estes milhares de
homens, a maior parte d’eles vae
apodrecer de fome e de miseria na
exploração dos mais arduos misté-
res, pois são quasi todos analfabe-
tos !

Não se quer considerar que go:000

pessoas perdidas para a actividade
nacional, n’um pais pobre como Por-
tugal, causam um desequilibrio maior
de que uma epidemia ou uma guer-
ra!
Ignora-se que a grandemaioriades-
tes emigrantes, embora ignorantes €
não dispondo senão da robustez dos
seus braços para qualquer esforço fi-
sico teem ainda o espirito de inicia-
tiva, quiçá de revolta, para fugir da
patria que os condena a morrer de
fome!

Para onde nos conduz este exodo
em massa, despovoando regiões in-
teiras, e desequilibrando o trabalho
nacional ?

Nós pensamos que é da maior ur-
gencia começar a pensar a valer no

problema da emigração, não para a.

proibir, como já vimos alvitrado,
mas para criar no país condições de
labôr capazes de absorver a activi-
dade destes braços, de remunerar o
seu esforço, de fixar esta avalanche
de gente que só pára, só se estabe-
lece e se multiplica onde encontra
condições de trabalho.

Tem-se sistematicamente posto de
parte todos os trabalhos ou estudos
de inquerito á vida nacional, despre-
sando-se assim a organisação da base
essencial para qualquer plano de
reorganisação da actividade nacio-
nal.

Nesta revista por mais de uma
vez temos tratado da necessidade
de fazer um inquerito agricola e in-
dustrial, e hoje, a proposito do gra-
ve aspecto que está tomando esta
enorme emigração, de novo volta-
mos a referir-nos a este trabalho,
que consideramos fundamental para
toda a obra de reforma, que, parece
que todos estão de acordo, é indis-
pensavel iniciar.

Ou a agricultura portuguêsa, no
continente e no ultramar não tem
condições de vida prospera e enri-
quecedora, capaz de sustentar uma
população laboriosa, e então facilite-
se este exodo num salve se quem po-
der, ou Portugal é de facto um país
essencialmente Agricola, constituin-
do esta emigração um crime, cuja
responsabilidade se deve imputar a

 

quem abandona as questões de ins-
trução e fomento, mantendo as pri-
meiras numa fase abstrata e portan-
to quasi inutil, e fazendo assentar as
segundas numa ignorancia completa
das condições de meio sobre que de-
vam influir, e a cuja transformação
deviam operar.

Só com medidas de fomento se
poderá criar a riqueza de que tanto
carece um país empobrecido como
o nosso; só com medidas de fomen-
to se poderá dar ocupação e salario
remunerador a uma população que
não quer morrer de inação e de fo-
me, mas essas medidas de fomento
devem assentar no conhecimento
perfeito do meio em que hão de exer-
cer-se e esse conhecimento deriva
essencialmente de um trabalho de
inquerito que está por fazer.

m país que cultiva apenas me-
tade do seu territorio, que tem pro-
vincias ultramarinas a colonisar e
desenvolver tem o dever de não
desperdiçar milhares de braços que
anualmente está perdendo numa emi-
gração desesperada.

Procure-se remedio urgente a um
mal tão intenso.

Amando de Seabra.

FACTOS E BOATOS

Milho exotico

 

No estabelecimento do sr. Alba-
no Ricardo Mateus Ferreira já se
acha á venda o milho exotico, a pre-
co de 530 réis o alqueire.

Instrução
Concursos desertos

Continuam a ficar desertos mui-
tos concursos, principalmente para
escolas do sexo masculino, visto ser
diminuto o numero de professores
diplomados em cada ano e muitos
dêles depois de habilitados com o
respectivo curso, preferirem outras
ocupações mais rendosas, o que lhes
não é dificil, porquanto é diminuto
o vencimento que a lei concede aos
professores de terceira classe. |

Escolas fechadas

Continua a ser elevado o numero
de escolas criadas e que não funcio-
nam, podendo calcular-se em mais

de oitocentas as que estão néstas .

condições, o que numas localidades
é devido á falta de professores que
ali queiram ir prestar serviço e nou-
tras á falta de casa ou do preciso
material escolar e didatico, que não
pode ser adquirido, por emquanto,
no respectivo orçamento, maior ver-
ba para tal fim.

Assim, de mais de 6o0 escolas
criadas durante o governo proviso-
rio, ainda nem cem puderam ser
postas a funcionar, como tão neces-
sario se torna,

Embora nalgumas localidades a
iniciativa particular tenha consegui-
do a abertura de algumas déssas
escolas, noutras localidades, como
não ha quem disponha dos precisos
meios para fim tão util, continuam

 

VANHTAVY

 

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as crianças sem escola e, portanto,
sem se poder tornar efectivo o en-
sino obrigatorio.

— seg —

Estão presos Manuel Martins Ju-
nior e Carlos Lourenço Brizio, a
quem -se atribue co-participação no
crime de assassinato ha poucos dias
cometido na Varzea. Os outros dois
arguidos, José e Adelino Lopes Mor-
gado ainda não foram capturados,
por se terem evadido. As autorida-
des locais teem telegrafado para di-
versas terras do pais, solicitando a
sua captura.

o — Soc

Almeida Ribeiro

Na sua casa de Celorico da Beira,
faleceu o dr. Antonio Rodrigues de
Almeida Ribeiro, que foi juiz de di-
reito n’esta comarca, e atualmente
se achava no Supremo Tribunal Ad-
ministrativo,

Deixou, a quando da sua saida
d’esta vila, muitas simpatias, pelo
que o seu passamento foi aqui bas-
tante sentido.

A’ sua ilustre familia enviamos
as nossas condolencias.

Escolas normais

O governo acaba de prorogar até
ao dia 20 do corrente mez, o praso
para a matricula no 1.º ano das es-
colas normais dos: candidatos que
apresentarem, alem da certidão de
idade pela qual próvem que teem
16 anos, e da certidão do registo
criminal, um atestado em como teem
o 3.º ano dos liceus,

— << DCOVOC>— —
Vales do correio

Foi superiormente ordenado que
nos vales do correio a indicação da
quantia se faça sempre até milavos,
embora represente mesmo numero
exacto de centavos.

——— co

Notas falsas

O Banco de Portugal não faz
mais pagamentos em notas de réis
20000 e vai recolher as que an-
dam em circulação, visto andarem
correndo muitas notas de essa im-
portancia que são falsas.

—— amo -——
sêlos

Vai ser determinado que, a con-
tar de 1 de março proximo cesse a
circulação, no continente e ilhas ad-
jacentes, dos sêlos e outras formu-
las de franquia de tipos anteriores
aos da atual emissão em que foi
mandada imprimir a sobrecarga
«Republica».

O emprego dos referidos sêlos
e mais formulas de franquia será,
todavia, valido até 30 do aludido
mez, podendo a troca efectuar-se
até 30 de maio seguinte, em Lisboa
e Porto, nas respectivas estações
centrais dos correios; nas capitais
dos distritos, nas agencias do Ban-
co de Portugal; e nas sédes dos
concelhos, nas tesourarias do mes-
mo Banco.

E AQE a

No dia 12 do corrente, morreu
em Sernache de Bom Jardim, com
103 anos, Maria dos Remedios.

Bonita idade, a que nós, com cer-
teza, não chegaremos.

—— SOC ——

A aviação em Portugal

Começou com macaca a aviação
em Portugal. Ante-ontem o aviador
Salés, deu um trambulhão da altura
de 15 metros, quando tentava voar
no seu aeroplano, em Belem, fican-
do bastante ferido e soírendo o apa-
relho importantes avarias,

Ao sr, tenente Carlos Paraiso, que

 

VOZ DO POVO

se encontra no Porto a preparar o
raid aereo Lisboa-Porto-Braga-Via-
na-Penafiel e outras terras do pais,
roubaram uma quantia importante
pertencente á Liga Aerea Portu-
guêsa, supondo se que o gatuno foi
o engenheiro francês, André Che-
vreux, que se propunha empreender
o raid, acompanhado do mesmo sr.
Paraiso, e que desapareceu.

Decididamente a aviação em Por-
tugal anda com a macaca,

—— Dome —.

Mancebos residentes no es-
trangeiro

Os mancebos que estão residindo
no estrangeiro e que são recensea-
dos para o serviço militar no corren-
te ano, devem mandar desde já
os atestados consulares, caso dese-
jem ser adiados, como lhes faculta
o n.º 2 da alinea c) do artigo 164.º
do regulamento

A entrega dos requerimentos,
acompanhados dos respectivos ates
tados consulares, principia em 15 de
março e termina em 15 de abril,
devendo ser entregues ao secretario
da comissão do recenseamento mi-
litar do respectivo concelho ou che-
fe do distrito de recrutamento.

—— 4D0Ce»———

Contribuição predial

Dá-se muitas vezes o caso de va-
rios interessados numa herança não
requererem a mudança dos predios
que herdam, para seu nome.

Agora é conveniente que todos
se apressem a fazer essas múdan-
ças para assim se aproveitarem do
beneficio das taxas degressivas.

A contribuição englobada em um
só nome, póde dar logar a que se-
jam contribuidas com maior colecta.

Devem, pois, sem perda de tem-
po, vir já tratar d’essas mudanças.

AG e e

O capuz dos penitenciarios

Voi abolido o capuz aos peniten-
ciarios e permitido a estes o traba-
lho em comum.

Foi uma medida verdadeiramente
humanitaria que se deve á iniciativa
dessa veneravel e bondosa figura do
Chefe de Estado, sr. dr. Manoel de
Arriaga, expressa, essencialmente,
nas cartas ao ex-ministro da Justi-
ca, sr. dr. Antonio Macieira e pre-
sidente de Ministros, sr. dr. Duarte

– Leite.

Medidas destas honram quem as
promulga, quem délas teve a inicia:
tiva e a propria nação,

ARS TD

Faleceu em Elvas, o sr. João Cri-
sostomo Antunes, natural do Amio-
so, deste concelho, e nosso assinan-
te. Foi muito sentida a sua morte, e
no seu prestito funebre incorpora:
ram-se muitos parentes e amigos pes-
soais,

Os nossos sentimentos á familia
enlutada.

 

 

aim
Pela Camara

Sessão de 12

Sob a presidencia do sr. Zeferino
Lucas e assistencia dos vereadores
srs, Ciriaco Santos e Luiz Domin-
gues.

Lida e aprovada a acta da sessão

anterior.
EXPEDIENTE

— Ofício do agricultor diplomado
Cardoso Guedes, dando parte da
molestia que tem notado nos olive-
dos. Resolveu-se pedir a vinda de
um agronomo para se tomarem as
provicencias necessar:as,

— Oficio do governador civil do
distrito comunicando ter tomado pos-
se, Respondido agradecendo.

— Ofício do administrador do con-
celho, sr. dr, Marçal, comunicando

 

ter tomado posse em 10 do corren-
te. Respondido agradecendo.
—Qfiício do Comando Geral da

| Guarda Republicana. pedindo a re-

messa de um exemplar do codigo
de posturas. Satisfeito.

—Qficio, idem, pedindo 1 nota do
preço dos generos alimentícios. Sa-
tisfeito.

—Circular da Caixa Geral dos De-
positos, sobre depositos das camaras
muncipais. Inteirada.

“—Oficio n.º 1:732, idem, acompa-
nhando uma caderneta para levan-
tamento de fundos de viação. Man-
dou-se acusar a recepção.

—Um requerimento de Ana Lo-
pes Serrano. Deferido.

—Mandou passar um atestado de
pobreza a Joaquim Ferreira, da Es-
tradinha. é

— Autorisada a limpeza de arvo-
res e o concerto dos bancos da Pra-
ca da Republica e jardins do Adro
e Alameda do Carvalho.

—Requerimento do Gremio Ger-
taginense solicitando licença para
depositar materiais no largo da Con-
ceição Nova. Deferido.

— O sr. presidente e vereador
Ciriaco cumprimentaram o sr. dr.
Abilio Marçal pela sua nomeação
para administrador do concelho.

 

 

Carteira semanal

 

Fazem anos:

No dia 17—as sr. D. Cristina
Caldeira Ribeiro e D. Laura Torres
Carneiro, e o menino Francisco Nu-
nes Correia.

No dia 21-—a sr.º D. Maria José Lo-
pes Rodrigues.

No dia 22—as sr.“ D. Maria Ma-
dalena Correia e Silva, D. Armin-
da da Conceição Gonçalves e D.
Branca da Conceição ltranco, e o
sr. Eduardo Campino.

Estão nésta vila, o sr. Hermano
de Sande Marinha; e em Lisboa, o
nosso assinante, sr. José Muralha,

O nosso assinante, sr. João da
Silva Carvalho tem ultimamente pas-
sade incomodado de saude, achan-
do-se porém, agora restabelecido,
com o que muito folgamos.

Estiveram nésta vila, o sr. João
Ramos, empregado na Companhia
Viação Tomarense; e em Lisboa, o
sr. José Farinha Tavares.

“Pelo Mundo Literario

Reflexões, conceitos e pensa-
mentos sobre a liberdade

 

A liberdade começa onde a igno-
rancia acaba.— V, Hugo.

—A liberdade é uma das mais
belas virtudes do homem.

—Não ha nada que seja tão bar-
monioso, tão grande e tão pacífico
como a liberdade.— Castelar.

—E dificil livrarmo-nos da-escra-
vidão; mais dificil ainda sustentar a
liberdade.

—A liberdade conquista-se, não
se pede. —Castelar,

—A liberdade é o encanto maior
desta vida.

—A liberdade é a espontaneida-
de de ser inteligente. —Leibmity.

—O logar natural da virtude é ao
pé da liberdade. — Montesquieu.

— Prefiro as privações ao ar livre
a todas as abastanças dêste mundo
vendo-me enclausurado. —-José Este-
vam.

—E? perigoso despertar o leão; a
garra da aguia é sanguinolenta e
terrivel; mas o que ha de mais pa-
voroso debaixo do céu, é o homem
no delirio da liberdade. — Schilem.

—hHa dentro do humano espirito
um sol sem ocaso que se chama

 

 

 

pensamento e uma peça incontras-
tavel que se chama liberdade. —
Castelar.

—Não é livre quem não tem in-
teligencia suficiente para: haver ou
defender a lberdade,— Maricá.

—pDeve-se usar da liberdade co
mo do vinho: com moderação e li-
berdade.–Idem.

Compilação de
Luiz Leitão.

BELIZA

Não me dás, loira Beliza!
Oh minha hari divina!

Um beijo sonoro e dôce
D’essa boca purpurina?!

Oh dá! Não sejas esquiva,

cas em troca dos meus desejos
ei de tecer-te um vestido

Com o calor dos meus beijos!

Dá-me uma lagrima ardente
D’esses negros olhos teus,

Que eu hei de orvalhar-te o colo
Com as lagrimas dos meus.

Dá-me uma loura madeixa
Do ouro dos teus cabelos,
Farei d’ela uma cadeia

P’ra prender os meus anhelos.

Mostra-me os teus niveos dentes
N’um sorriso tentador;

Se me abrires o coração

Só n’ele encontras amor.

Oh! Mas tu já não me ouves?!

Já por outro me olvidaste?!…
Sou um pobre abandonado,

Sou um verme que esmagaste!…

Os teus olhos são de neve,
O teu coração de gelo,
Falei-lhe muito d’amor
Nunca pude derretê-lo.

No jardim, a borboleta
Salta n’uma e n’outra flôr,
No saltar é caprichosa,
E’ imagem do teu amor.

Oh! tu choras! De teus olhos
Amargo pranto deslisa;
Essas lagrimas acerbas

São de dôr, gentil Beliza ?

Magoei-te com suspeitas
Que não pude refrear;
Mas d’esse crime execrando
Vou-me penitenciar.

Não é,só com padre-nossos,
Nem só com avé-marias,
Mas recordando o teu rosto
Todas as noites e dias.

Vou erguer-te um belo altar
De perenes felicidades;
Depôr-te aos pés um bouquet
De suspiros e saudades!

Francisco Carvalho,
EE EE LIDOS SD dem
Registo Civil

O movimento de registos neste
concelho durante o mez de janeiro
findo foi o seguinte:

Varões legitimos………. PRE DO
Silenciosa erre O
Femeas legitimas…
» – ilegitimas..
Obitos: Femeas,….s..
« — Varões…… Rs
Casamentos ace no dieie não o?

O movimento de registos de 5 à
12 do corrente foi: –

NEGOU Jeso saaoddc ao CO,
MO) EILO SE E res Rear cio tos, o 7
Conpundlolco anboasidon De a obidon De a ob

 

@@@ 3 @@@

 

VOZ DO POVO

 

SUBSCRIÇÃO –

para a construção d’um edificio pa-
– ra Clube Teatro, na Certá.

“Material para construção

Manuel de Figueiredo, Machial da
Carreira—3 pinheiros. Antonio Fa-
rinha Leitão, Codiceira—6 pinheiros.
Manuel Lopes, Mogueira–2 pinhei-
ros. Manuel Antonio, Pederneira—
uma carrada de pinheiros para an-
daimes.

A Comissão, receiando qual-
quer falta, agradece, por es-
te meio, todos os donativos

subscritos.
ã O Presidente,

A. Sanches Rolão.

A Comissão, vende desde já
todas as vidraças e portas da
antiga casa da Praça. 2ara
tratar—A. Torres Carneiro.

————— ptemige———— — —
AS MÃES
(Gonselhos).

Propaganda a favôr das crian-
ças e do melhoramento da
raça portuguêsa pela Mise-

ricordia de Lisboa

O DESMAME

Deve começar-se o mais cedo aos:
oito mêses, e isto se não ha sinal de
saída de dentes, se a criança está
de saude e não sendo nos mêses
quentes, isto é, junho, julho e agosto.

Principia-se por substituir uma
das mamadas por uma ligeira papa
feita com leite. Se a criança não se.
resentir, ir-se-hão substituindo suces-+ .
sivamente as mamadas por papas,
de fórma que aos doze mêses está
a criança desmamada.

As papas podem ser feitas com
tapioca, ficula, araruta, farinha de.
cevada, etc.

A criança só poderá comer algu-
ma carne, pouca, quando tiver os
seus dezasseis dentes. Como bebida
apenas leite ou agua pura.

 

Não desmamar antes dos oito
méses, nem tambem durante o tem
po quente, nem quando os dentes
estiverem a nascer.
| Nunca se deve dar vi-
nho, aguardente ou licôr, ás
crianças.

 

 

,

 

No proximo numero: VIGILAN-
CIA DA SAUDE DA CKIANÇA.

 

A colera e a guerra

Um homem foi um dia ter com
Demosthenes a pedir-lhe socorro
contra alguem que o havia insulta-
do e agredido com pancadas.

Demosthenes respondeu-lhe :

—Não acredito.

Então o homem erguendo a voz
exclamou:

—Quê! Demosthenes! Com que
então não acreditas que me insulta-
ram e bateram ?

—Agora sim, respondeu o gran-
de orador; agora ouço realmente a
voz de um homem a quem insultaram.

Tanto ele estava persuadido que
a voz e o gesto hão de estar em
harmonia com o que se diz e com
os sentimentos que agitam a alma.

E” de Plutarcho a narrativa, co-
mo é tambem dêle o traço que se-
gue:

Como Bruto e todo o seu conse-
lho fosse de parecer que se désse
imediatamente certa batalha que ele
reputava antecipadamente perdida,

 

Atelio opoz-se opinando que se es- –

perasse pelo menos pelo inverno pro-
ximo, e como Bruto lhe perguntas-
se que vantagem esperava ele tirar
déssa demora:

—Quando não houvesse outra,
havia a de vivermos ainda um ano…
—respondeu Átelio.

Luiz Leitão.
op eg nua

Preços dos generos, no mer-
cado de 5 e 9 do corrente

Feijão branco, alqueire. Ôo réis
» encarnado » . Oo »
» frade SE Geo |)
Grão, DRE a Rar (O O
Milho, DAP SÃO) 65)
Trigo, mes Edo up
Centeio, DSR OO D)
Batata, PRE SS 00) Eh
Fava DE 700
(Ovossrdiiziani. secs o 180 »
Galinhas, cada……… 450 »
HIRan DOS RD cre epa 180 »
Coelho manso, cada…. 200 »

» bravo, » ii. 180 »
Perdiz, Dea 200)!
Cabrito, cada-..s….. 500 »
Queijos de ovelha, cada 220 »

» — daserra quilo.. 440 »

Castanha, alqueire….. 050 »
Sardinha, cento. ……. 400 »
Vinho, almude…….. 18000 »
Vinho do Ribatejo…… 900 »
Azeite, litroRpas. «. demo 320 »
Carne | Toucinho…… MEESTOS »
de .|Lombo-: e gu. “400 »
porco [Chouriço…… 600 »
Maças, quarteirão. ….. 6o »
Pescada, lilo… «cetro 180 »
Sal alquelre dr 300 »
Couve;icadar. Ssse cer 20 »
» para despôrcento 200 »
Nabos, molho-……., 29)

»
Deitentitro. ger ooo )
Carne de vaca kilo…. 270 »

» dechibato »…. 19go »

— ape
Para conservar o peixe fresco

O peixe do mar conservado algu-
mas horas fóra da agua salgada é
preferivel e melhor para comer que
aquele acabado de pescar.

A ostra sobretudo, depois d’uma
pequena viagem, tem um gosto mais
delicado.

Se se trata de conservar o peixe
fresco durante muitos dias, princi-
palmente durante os calores de ve-
rão, deite-se no fundo d’uma caixa
de madeira uma camada de pão pul-
verisado, de 5 a 6 centimetros de
espessura sobre a qual se colocará
gelo partido em bocados de tama-
nho de sal marinho; disponha-se em
seguida o peixe, como o salmão,
que se rodeará de gelo o mais amon-
toado possivel; e, finalmente, cubra-
se o gelo com um pano grosseiro
sobre o qual se deitará ainda uma
camada de carvão pulverisado.

No fim de uma ou duas semanas,
principalmente de inverno, o salmão
está fresco ainda.

So o gelo produz o mesmo resu!-
tado, mas derrete-se com facilidade.

A caixa assim preparada deve ser
colocada em logar muito fresco.

REMO CR E de
À agricultura e os adubos
O Fosfato Tomaz

Este magnifico adubo fosfatado sa-
lienta-se cada vez mais pelos resul-
tados que produz. A casa Herold
teve no seu escritorio em Lis-
boa a «visita dum lavrador do con-
celho de Sobral de Monte’Agraço,
que numa terra seca semeou milho
com Fosfato Tomaz em abril de
1912, O milho desenvolveu se de
f rma entusiasmadora, rapidamente
e muito bem. Depois de colher o
milho, o lavrador semeou em no-
vembro de 1912 trigo no mes-
mo terreno sem nova adubação,

 

Pois o trigo tambem está que é
uma maravilha, como contou o
lavrador satisfeito.

Os inimigos do Fosfato Tomaz
dizem dêle quantas informações des-
favoraveis podem inventar. Não se
deixe, porem, o lavrador influir,
mas experimente e com cuidado. A
experiencia pouco custa. Cuidado,
porém, com Fosfatos Tamaz bara-
tos, porque são ordinarios e de pou-
ca solubilidade, apesar das garan-
tias dadas nos catalogos.

A” sombra da fama do Fosfato
Tomaz puro aparecem adubos de
aspecto parecido mas-de natureza
muito diferente.

O Fosfato Tomaz tem entre ou-
tras vantagens a de obrigar o Su-
perfosfato a conservar o preço bai-
xo, porque lhe faz concorrencia. O
lavrador português tem, pois, van-
tagem em gastar bastante Fosfato
Tomaz. E’ claro que juntamente
devia aplicar adubos azotados e po-
tassicos . ;

‘ Fosfato Tomaz inexcedivel em
qualidade, assim como todos os mais
adubos elementares e completos for-
nece, debaixo da marca registada
«Trevo de 4 folhas» a casa O. He-
rold & C.º, com séde em Lisboa e
armazens em Lisboa, Porto, Pam-
pilhosa do Botão, Regoa e Faro.

Queiram os srs. interessados es-
crever para o armazem que lhes fi-
car mais perto.

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numero dêste vigoroso pamíleto de
Silva Passos. Encerra brilhantes tre-
chos de critica, audaz, mas reflecti-
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sente o 4.º tomo dêste emocionante
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ca Recebemos o 14.º tomo dêste
interessante romance, de A. Contre-
ras. São duas explendidas edições
da conhecida empreza Belem & C.,
da rua ‘do Marechal Saldanha, 16,
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mos o relatorio e contas-désta pres-
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