Voz da Beira nº54 16-01-1915

@@@ 1 @@@

 

ANO 2.

 

REnAA PRINGIPAL:

Fructuoso Pires

— ADMINISTRADOR:
A- Pedro KRamalhosa I
CEDIOR O sed
Santos « e Silva :

oiro: e + elministeução:
RR Bi Santos! Balente

SEMANARIO INDEPENDENTE

 

2 MAO!» 1 te
-aab |s eai pestror ds

Anno, 15200 réis; Semestre, 600 réis
Brazil, (fracos) 55000 rs. Avulso, 30. rs.

DEFEZA DOS ANTERESSES DA COMARCA DA nam

 

– Anuncios
Na 3.º e 4.º pi ada linha, 30 réis
Noutro logar, preço convencional

 

a dgne RA bone PUBLICASE AOS SABADO) =. jo a] Hint mutações do qe do
Propriedade da Represa da Vo oz da Beira COMPOSTO E INPRESSO NA minERVvA GELINDA DE RAMATHOSA & VALENTE =” CERTÃ Não se reslituem os originães
a E a RESTA Pa, RR A RR OS

 

 

Manifesto, de
; trigos a
“Fa questão das ist a
peior de quantas podem “ferir os

interesses vitaes duma nação. 11»
O seu objecto, como: ligado in-;

* trinsecamente á conservação da:

especie, não admite escusas nem
subterfugios. E” por’si patente a.
sua gravidade quando só ao des-.
tempo se lhe meçam os prejuizos e
tão assustadoras são as suas conse-
quencias que não ha governo de Es-

“tado que não trema diante da pos-

sibilidade-da falta de pão. 1.44
Sucede isto nas grandes nações
produtoras onde a colheita excede

“ou pelo menos equipara o consi-

moe muito mais nas de fraca in-:
tensidade agricola,obrigadas anual-
mente a recorrerem no | expediente
da importação r
o Neste ponto” EE nós. Por-
tugal, senhor d’uma area cerealife-
ra’que mesmo: em anos fartos mal
suporta o abastecimento nacional,
tem, de continuo, de recorrer 4 im-

 

 

— portação como” unico ‘méio «de su-

e dade apreciavel,

“A eumpsi

priva-falta: do! seuceleiro. E” este!)
orsumidouro voraz onde se sómem’
quantiosas somas pagas em ouro;

que pela fila dé permuta: em |

generos exportados! vem: todos. 087]
anos a oprejudicar “consideravel-
mente Regus in do. erario na-
cional. y

Mas é lei da; ão que ton
sAfalNex08% yrdgae nt Sof
“ destino tem de angar 6 ouro para,
“mi phrase concisa” de! Vióiri, bis. |
chrpãos !.

Infelizmente, ou por improprie-
dade ‘doeliina: “quiçã por negli-
gencia dos nossos colonos! e mais”
ainda por desconliecimento “dós
nossos governosynão produzem as
nossas colonias trigo em quanti-
Os poucos en-
saios feitos. na Humpata e Huila
em. Angola, em Chaichaie Tete
ontr’ora chamado o celeixo de Por-.

 

 

– tuget na provincia, de Moçambi-

que, levariam a resultados, satisfa-
“torios se | não fôra; a, contingencia
“de muitos, agentes de. destruição.
A praga dos gafanhotos, a irregue,
laridade dos periodos; da chuva e
a dificuldade da mão d’ a tou:
nam ali a agricultara dificil,
quanto o: indige ,
amestrado,. pela:
misteres da lavoura e eda Auignção,)
fazendo. por .es to de calgulo +
que hoje apenas faz por ob: igação.
Não podemos, pois; esperar por.

 

emqntato, que das ppa colonias,

nos venha o remedio á vriseicerea-
lifera. Temos de ir procurar longe,
á America, n’esse el-dorado de-to-
das as: grandes manifestações: da
ptjançae da’riqueza natural o alivi»
com que fazer face” ao deficit na-
cional.

A Argentina, torrão fadado pe-
la natureza para ser b celeiro e

 

açóugue mundial, mereê das suas
boas disposições climatericas e

doutros factores geologicos sagaz-

mente explorados pelo tino d’uma
raça nova qué ú

terra prende. to-
das as suas; esperanças de. resis-

tencia, tem sido d’ha muito o nos-
‘so amparo. Aos sens portos vamos

bater sempre que a estacez de pão
nos obriga a estender a-mão ao
auxilio alheio. Veem navios carre-
gados do cubiçado cereal, mas em
troca à republica transatlantica,
que de nós nada precisa, apenas
pede ouro de lei que por não ter-
mos, temos de ir Comprar fóra.
Póde-se dizer que é este nm dos
peores encargos do paizo Calecu-

ar- se pois quanto seja preciso ao

consumo nacional, mórmente n’es-
ta ocasião desesperada em que a
confligração é europeia por toda à
parte lança o seu tributo de guer-
ra com a deslocação: dos merca-

dos, é niedida de Da Ea

tivo apreciavel.

Obedete à esse “estudo a prohi- :

 

bição. temporay de vendas de tri-
go para em tempo oportuno: se po-
der fazer o manifesto dos. nossos
cetenes é calcular seo que preci
UP sides Evite dao hivsfigio
das.” Corivem não importar de
mais nem de menos, mas apenas
o provavelmente precis para 9b-

 

 

viar á saída, de ouro. em grande,

a afectar Outros ra-

EA

 

escala que 1
mos da vida nacional. vo
Posto isto, a É teoria corrente
e aceitavel, não deverá prolongar
se este periodo por mais. tempo do
que o preciso; de contrario, ir-se-
ha lançaro paiz m“nma confusão
perigosa que a pretexto de cuidar

remedio, venha, a matar o doen-”

te Ba inanição. A ocasião é impro-
pria, se atendermos a que todos
procuram. em! este mez liquidar al-
gum dinheiro para pagamento de
suas contribuições; mas do mal o
menos, 8 se é intenção do govermo
ór-se a coberto da ganancia mer-
cantil açulada . pelos imprevistos
da guerra, progure-se ao, menos
fazel-o em condições de destreza
que pela demora não acarretem 4
vida do paiz peores consequencias
do que as que, se pretendem, “con-
jurar. ERRA UA
— E preciso “muito tino, ,

9]

 

 

Coisas % loisas …

 

Varzea Pequena

Bem pequena a fizeram, acanhada
entre muros, e tão” desprezada: a lédm
tido que nem calçada-lhe fizeram ainda,
Houve já uma proposta na Camara a
esse rêspeiloZe cremos: bem que foi

 

 

aprovada, mas o rouceirismo indigena
ficou-se por ali. — porque por ali não
pas :

 

Só quem por lá transita nestes das
invernosos é que póile avaliar da justi-

ça e necessidade uma tal obras À rua
niumy

cortada de carros Iransformou-se,

vertadeiro lago de luna que. tem, blo-
euntes.

queados os moradores é lr

Ao menos como imredida
por-considaração para com-0s:
ves, am los na sua saude e Iberda-
de, devia dar-se execução “à proposta
do caltetamento.

 

Eleições

Parece que vamos ter eleições muito
brevemer Ora aiita bem. Já era
tempo de acabar com a atual situação
partamentar que aca por lormar-se

 

a origen de perturbações: p a Re-
publica, ao contrario: do que sepia de es-
perar.

Assim é possiy
nQuimi isa ção
volvimento é pic

l que iniciemos , um
yensavel do desen-
Srésso do paiz,

Trigo |

O governo ordenou
trigoSexistente em poder dos producto-
res. na medida deteusavel; m
pelos termos em que doi adoplada
sume mm caraçães de am

 

cia, parecendo pretender servir Os jn-
ter: dos Wotgeirós, em prejmizo ge-
val. esta Ordem p

 

dese meirápius
de BuRO

Sei SIA ico (OO
pedientes

 

 

que ‘o governo er mende à mão, esclare-
cendo ordiploma
min; lhe todos os alçapões

AO sr. Direto nal

 

 

di RUA i está em pessimo estas
do de conservação. As covassucês-
sedem-se lornando-a: pe amente in-

avel. O cantoneiro. respectivo, Ja
anda metendo alguna pedra, mas sã
concertos de pouca dura. Diane-s
Ve ex.d olhar por este estado de cou.

Percebemos ;

Pela nóva formação dos circulos elei=
toraes, O concelho de Oleiros «que! fez

parte d’esla comarca, fica à pertencer.
1

ao cieculo da Covilhã!
Percebemos: Não vale a pena comens
tar.

 

O tempo | mas
Apór longos dias de intento ábor-

recido, conlivmados pela leimosia da
lama pegajosa e do frio ivritante, voltas

ram 0s:DOns dias tão apelecidos. 14 cor

«prorado-

o maitifesto do

as que |

 

ipatica violen=

ole modo à eh-,

 

lheita da azeitona, toda: feita este ano
debaixo de chuva encontra ainda uns
diás mimosos para ultimar as stras ope=
rações a contento-dos lavradores:

O:sol-xoltou-a alegrar os campos é
pelas 1 da vila póde-se já Lransitat
mais livremente, a salvo do lamaçal.

Hesid’ agora qué a vassoura do mu-
nicípio venha ajudar o saneamento,
limpando e pondo em ordem o pavi-
mento das Calçadas, por partes re-
fractarió ao destasque das aguas lorrén-
ciaes

 

Ageite

Tem=se conservado estavel o preço
do azej Regula para o azeite fino alé
Lgrau;? e ahi para) baixo
segundo a graduação mais ON INenos
carregada até 25000 1 Ha Daslante
procura para do concelio:

Us lugares estão ajuda em plena acli-
vidade que se prolongar. alé para ig
mez de fevereiro em virtude do atraz

 

| da colheita da azeitona.

E a de
DR. REBELO
D’ ALBUQUERQUE
De passagem para Castelo Bran-
co, aonile foi assisti” 40 aniversas
vio natalício de seu paé, sr, -Con=
selheiro Frincisco Albuquerque;
esteve na Certã na passada. terça
feira, este nosso prezado amigo;
que foraqui muito cúmprimentado.
De Castelo Branco, vierant até
aqui buscal-o;d ana Os SIS.
Avtur Marques de Carvalho; Mou=
ra Grave e Gonçalyes.
Acompanhava-o o nosso Spas
tico amigo srs eoncEnm Aúgusto
Romão. va

TOUT a A
Cam Ceia MRE RB poced una

primeira sessão, da Camara Muni-
al foram, elaitos: Presidente o
sro dv. Virgilio N. da Silva e vice=
Presidente o sr. J. Ciriaco Santos,
Para a comissão executiva foram
ca os srs: Hetminio, Quintão, *
Emidio Magalhães, Demetrio Car-
valho, MR oe, PAlmeida, Joa-

 

quim ANIS: “Ladeéiras é José Da-+

vide Silva,
Na ultima quinta feira não lóu-
ve sessão por falta de numero,

Declaração

Maria d’Asstunpção Guimarães!

e Hedwigesdo Sacramento Guis
niarães, desta vila, declaram, pata
todos osvefeitos, que os’ sobejas di

agua do marco fontanario do lago
das. Aeneias são exclusivamente

seus emquanto durar q arvendas
mento que d’eles fizeram é Canas
ra Municipal deste concelho, não
reconhecendo: eur pessõu algum,
mais o direito de dispór dos mes,
mos sobejos sem autorisação das
declarantes:

 

@@@ 1 @@@

 

to, mas não menos prejudicial?! .

TON DA

FEIA

 

E ARTA DE bisilá

Secção literaria

 

Lisboa 12- 1. 915 |

“Nunca em Portugal a palifica
«esteve «mais complicada do que no |
actual momerito. Nunca os parti-
«los se combateram com mais de-
uodo,. embrulhando tndo de tal
ananeira que nós chegamos a não
«comprehender quem tem razão.

Ha meste paiz tres partidos
mais ou menos organisados, dos
sqaes um está no poder e dois na
Spgariãor E oque fazem estes dois
miltimos? Unem-se, juntam-se n’u-
ma ação comum, estabelecendo
uma plataforma onde, sem quebra
«los -seus programas, pudessem
“encontrar-se na luta contra o go
verno? Nada disso.

“Voltam uns-coritra os ontros as
Haminas afiadas, fazendo cada um,
emo separado, a oposição que jul-
ga mais opoituna.

“Crise dos partidos? Não, a crise
micional!

E desta tolos são culpados; uns
porque se não organisaram a tem-
mo de impedir esta marcha verti-
«pinosa para o abysmo, outros por-
-que se organisaram não em volta
-dossprincipios, unica base solida
«Vum partido politico, mas em vol-
ta-de’homens-cuja aureola foi de-
-saparecendo dia a dia.

Ergam-se no tablado dos, comi-
=cios os homens que orientam a po-
Jitica nacional e vejam se conse-
:guem hoje electerisar com a sua
palavra, por mais eloquente, as
multidões-que hontem os seguiam
por toda a parte, julgando-os ho-
mens superiores, entidades com
«competencia bastante para salva-
rem a patria!

Não! Não o conseguiriam por-
“que as provas estão dadas e a len-
«a desfez se. À crise dos partidos
seria para nós absolutamente in-
«diferente se por detraz dela não
«estivesse à crise nacional.

Para onde vamos assim desor-
«ganisados? Para onde caminhamos
assim dividos por odios mesqui-.
mlhos, filhos d’uma mesquinha po-

“ditica? Patalmente para o abysmo.

Não apelem para o paiz porque
-opaiz não os ouve. O paiz fechou
qE elles ceder dear pagina |
consciencia da sua propria força.
E um leão já velho, cançado de!

tanta luta, e hoje já consente que
os mosquitos | se lhe poisem nas
garra :

Asi ação É tão grave, tão gra-
ve, que para ella ninguem vê, nin-
guem encontra solução possivel.

Vixk – modificar-se um pouco
«com a realisação das eleições? Não
me parece. |

Eleições n’um paiz que sustenta
mas suas colonias uma luta-com o
povo mais aguerrido do mundo, e
dentro das suas fronteiras uma Ju-
ta politica menos sangrenta. é cer-

 

“Se assim fôr, tanto: peior.

A situação não se modificaá,
mas antes se agravará. Os parti-
dos lançar hão uns contra os
outros numa: guerra de extermi-!
mo, € O puizi.. o paia continuará
a dormir esse somno que tu
syatonia da uma morte certa.

OINPERNO
Nuvens ‘negras. Não hassol!
Sopra ovento frio da serra.

Parece soltar queixumes
A superficie.da terra!

Nos montes branqueja a neve;
Nos vales ha lodaçaes.
Inundam pobres aldeias

As chuvas torrenciaes.

As ribeiras caudalosas
Destroem velhos moinhos

“E os salgueiraes onde ha pouco
Cantavam os passarinhos.

Desce o lobo ao poróado,
Cresce a miseria.no lar,

A creança pede pão

E a mãe não tem que lhe dar.

Na choupana denegrida :
O orphão enregelado
Tiritando longas noites
Sobre o frio lageado.

Tange o sino som profundo…
Morreu um velho mendigo

No limiar dºuma porta,

Sem conforto, sem abrigo!

O misero jornaleiro

Só tem uma refeição:

Vae passando o dia inteiro
Com um pedaço de pão!

E’o inverno que passa

* Com seu cortejo de horrores,
Espalhando ás mãos cheias
Miserias, lutos e dóres!

J. Silva

=eEiSEtS

A CRENÇA

A crênçal. E

Palavra consoladora, que entôa
em nossa alma uma hosana de
amor e esperança. n’uma ladainha
de paz e redempção!

Luz henefica, reflexo de um
Deus ‘T do Poderoso, ó luz divina
que illuminas à escura via d’esta
vida, bemdita sejas tu!

Amparo dos que sofivem, dos
que choram, dos que tombam do
alto, du torre da, À Tluzão 4 da Chi.

que vive Com eu, Sonia EE
de venturase vinvos de esperam-
ças, que se acolhem a teu seio,
buscando o que: jamais lograram
encontrar sobre a terra: Ai, quan-
tas vezes, em meto desta Juctu-
lenta onda da minha amargurada
existencia, um triste e docil cora-
ção não foi de encontro aos EE
lhos.do, Amôr e da Mlusão!
Quantos!. «» E foste tu sempre,
6 trença que me animaste, que
me retemperaste as forças para
novas luetas!

Amparo dos infelizes, mãe dos
aflictos, como eu te amo 6 exença!

A dôr purifica-nos, engrandece-

 

i nos a alma, que tu guias, atravez

dos ceus, por lhe mostrares a
omnipotencia da Creador, pur lhe
exquivares o ler o seu nôme nas
mais bellas crenças da “natureza,
no alvorecer das madrugadas, no
tremeluzir dos soes, NASA AULAS
perfumadas, no sorrir das mães,
nas concepções dos espinitos Su-

 

= Sertorio

-perioves, nas scintillações do talen-

“| to, emfim, em tudo o que ha de

[grandioso e sublime á
| universo.

Felizes pois das almas crentes,
“porque só ellas podem ter a con-
“soladora esperança desque não se
é só no fim de tanta lida, e que os
nossos sonhos iviados de poetas,
as nossas insatisfeitas aspirações
as nossas ilusões fagueiras, todo
jesse complexo de sentimentos que
povôa a nossa imaginação em-
quanto paira nas regiões terrestres
—hade encontrar na mansão ethe-
“ven, onde só impera o amor é a
bondade, a gloria que lhe foi veda:
da sobre a terra.

emaventurados os crentes!

Luiz Silva Dias

———— Des em

Associações
Posse

No lia 2: do’ corrente tomaram possê
dos cargos para que foram eleitos; os
seguintes cidadãos:

Gremio Certaginense

face do

Dr. Antonio Nunes Figueiredo Guima-
rães, Dr. Bernardo F. de Matos, Fernan-
do Bartholo; Adrião Moraes David e

Zeferino Lucas de Moura.

“Luiz Domingues da Silv s
Bernardo Junior, Joaquim Nunês e Silva,
Carlos Santos, José Ventura ,

Mesericordia da Certã)

Eduardo.B. Correa e Silva, João Pin-
to d’Albuguerque, José Dias Bernardo
Junior, Luiz Domingues da Silva e An-
tonio Joaquim de Moura

e

Pauta dos jurados que
hão-de funcionar no 4.º
semestre do corrente ano.

CONCELHO DA CERTÃ

Alfredo Vitorino da Silva Coelho, dr.
Albano Lovrenço da’ Silva, Antonio An-
tunes Cadete, José Dias Bernardo Junior,
José Nunes e Silva,) José Belchior da:
CruzyJoão Cristovam Gaspar; dr. José
da Silva Barlolo, Alfredo Antonio. Henri-
ques Serra, dr. Joaquim Farinha, Tava-
res. Ignacio Fernandes, Adelino Nunes
Marinha, Domingos Henrique Ferreira Vi-
ral, Verissimo da Silva, dr, Hermano
de-Sande Marinha, Francisco Martins
Correia, Joaquim de Gastro’ Macedo, Ja:
huario Ferreira Nunes, José Crisostomo,
Joaquim Nunes da Silva, José Marques.

CONCELHO DE OLBIROS

Adrião Madeira Gonçalves, Joãog Mar-
tins Colonia, Manoel Alves Garcia, Ma-
noel’Antão da Gruz, Manoel Ferúandes,

CONCELHO DE. PROENÇA A

NOVA

 

Francisco Joaquim Tavares, José Alves,
Antônio Fernandes Fandinga, Francisco
Ribeiro de Almeida, Francisco Ribeiro,
João Lourenço Maptadst Bernardino; Per.
reira de Malos

CONCELHO DE VILA DE REI
Bento Filipe.
eme jp 2
Sociedade Patriota
Gertuginense

Fomou já conta da regencia
sm Andrade, mestre de musica
aposentado.

Esperamos qne esta filarmonica
continuará a progredir e obterá

 

| que vinha gosando:

desta antiga sociedade musical | o:

no publico os mesmos creditos ‘de’

4
AGENDA”

Saiu para o Porto, aonde -vae
proceder ‘a-uma: sindicancia esco-
lar, o sr. padre Joaquim Tomás
digno inspector d’este circulo.

— Regressou já a Thomar“o st;
padre José Farinha Martins,

—Sahiu para Coimbra, ‘o nosso
assinante sr. Joaquim Pedro Fer-
nandes. É

— Regressou já 4 Certã, com
sua esposa, o sr. dr. José Carlos
Ehrardt, facultativo o a
te com dElhos

— Vimos na Certã, o nosso ami-
go sr, João Eutam de Proença a
Nova;

—Adquirio melhoras o sr Jacin=
to Valente.

— Está consideravelmente: me-
Thor o “sr. Maximo P.-Franto.-

— À tratar de sons negocios es-
tá na Certã, “o“nosso assignante
sr. Antonio Fernandes da Silva,
comerciante na capital…; ;

— De:visita a; sua: familia tem
estado em Semache do Bomjurdim;:
o sr. Julio da-Silva Leitão, impor-
tante comerciante na capital do:
norte.

— Tem estado na Dertã, o Br,
Augusto: Silveira; de Tomar.

—Sahiu; para- Lisboa | afim de
prestar assuas provas! nos cous
cursos para Notario, o sro dy.
Joaquim Alves: Martins, notaxio
substituto no concelho-de-Proehça
Nova.

—Para o mesmo fim sahiu tam-;
bem para av capital osr. dr. José
da Silva Bartolo, araras n asia
comarca, )

— Sahiu: para Tisboa, o – nosso
bom amigo sr. Conego: Benjamim
da Silva, Vigamio. ra die
S. Tomé.

—Durante:a semana. vimos na
Certã, os nossos; bons assignantes
srs. Afonso Lima, Luiz; Antunes,
Antonio Henriques Neves, dr.,An-
tonio Matos Silva, José: Correia,
José Maria “d’Alcobia, J. Ciriaco
Santos, À. Souza (Guerra, Joaquim ;
Fernandes Calado, A: Santos Li-,
ma, “Antonia: Ribeiro: d’Andrade,:
João Carlos d’Almeida . e Silva,
dr; Rafael Lisboaie João Orisosta-
mo. )
AO van iei

Fizeram anos:

ayocquic ata O

 

|

Tento JOsa gas!
Neves Barata.) lo , 4
No dia 13/a sr! DaAlice Cesar,
Pires e o sr. Padre José Francisco,
Baratas
No dia 15; a sr D. Elisa, Raio
mares Barata e Silva.
Os nossos parabens. É
ea ao IECET ATT NET ODE Ta
NOTAS FALSAS À
Continuando a aparecer em”
circulação notas falsas de: 20:000
reis, 10:000 veis “e 5:000 reis;
convem que’o publico, do sér-les
apresentado qualquer nota“ destes
typos, ‘a examine cuidadosamente,
para não ser burlado na’ sua, bow
fé e receber, com verdadeiras ‘no-
tas falsas, que d’aqueles’ se distin
guem desde logo péla sua imper-
feição no desenho é sobretudo na
marea d’agua, que deve ser sempre
examinada por transparencia.
Olhamaámos portanto a atenção
de todas as pessoas para taes’ fal-
sificações, pois que a’sua inadver-
tencia muito lesiva lhes na
ser, pelo prejuizo e enicomodo

 

| que poderão dar Jogar!o dar Jogar!

 

@@@ 1 @@@

 

16-1-1915

> RUA DA

 

 

Monte-pio Certaginense
Pa inhafSanta Izabel

= Completon mais um ano de existen-
cia esiaítão util instituição. É
“ Do relatorio da ultima gerencia, que
var ser brevemente apresentado à as-
sembléa geral, respigamos os seguintes
dados. t :
SOcIos

“Existentes em 31 de Dezembro de
ADD O. oo | A
Aumitidos em 4914 +… 20
MERRRRR or a aa E TÁ

Eliminados . . 00-83
* “FalecidosMiMil or o o B
DR GRE Ao 10,7 16, e 16
“SPassam a 1915… 0. + 13
-O capital social eleva-se à importante
cifia de esc. 3:615559 que é sobre mo-
do animador atendendo ao meio em
que a associação tem a sua existencia.
– O Fundo de reserva, pedra funda-
mental-da sociedade,é de esc. 2:558594
eo! isponivel esc. 1056865, capilaes
estes em grande parte. devidamente
colocados o que garante uma vida desa-
fogada e livre a tão prestante sociedade,
podendorpor este motivo ir em auxilio
de seus socios quando à infelicidade da
doença os alingr., o erqr o
“A sua receita no ano a que nos refe-
rios foide esc. 546:96 constituida
por juros do capital mutuado;’quotas de,
socios em geral e, donativos, & a des-
peza de esc. 287584. da qual descri-
minamos esc, 144512: de subsídios,
medicamentos serviços clninicos e fune-
raes prestados a socios, sendo O Tes-
tante de contribuição de renda de casa,
ordenados ‘e-outras despezas, todas des-
criptas no referido relatorio. . Pelo que
“fica dito,.e demonstrado o grau de. pros-
peêridade da benemerita associação, Tes-
ta-nos | chamar a atenção dos nossos
leitores residentes n’esta vila. muito
especialmente da classe operariase tra-
balhadores de qualquer natureza, para
“as enormes vantagens que a sociedade
oferece aos: seus associados. Mediante
uma pequena quota ide – 18 centavos
mehsaes, on sejam 4! centavos. por
semana, adquirem o tireito, ao auxilio
social em caso de! doença, prisão ou
impossibilidade de trabalhar, de acordo
com os seus estatutos onde tudo se
acha regulado, devendo ainda salientar,
que uma grande parte dos actuaes so-
cios são pessoas que nunca recorreram
aos auxilios socises, e que continuam
a contribuir para com o seu auxilio, ir
minorar a desdita dos que forem atin-
gidos por aquela necessidade. Merece
pois toda a nossa simpatia tão ulil e
prestante associação almejando-lhe um
continuo progresso para bem dos seus
agremiados e bom nome da nossa ter-
za. » .

 

Corte de pinheiros

Um destes tias, andando eu a cortar
pinheiros, passón no silio/o cvompadre
Anastacio da Costa que, depois da cos-

tumada saudação, me pergublou se elles:

eram para amadas.
Não, compadre; são para, laboas.
Pois muilo me admita que o sr,
– compadre, sendo enténdedor destas
coisas, caia em os cortar na lua novas:
e não guarde ésse serviço lá para dean-
te, porque os serradores, irestes dias
pequenos, não fazem serviço que se ve-
E PDA veto E E
==Não está provado que a loa influa
às arvores, e como não tenho
7 rmadas de noite, pouco me
importa que ellaseja nova ou velha.
Não guardo este serviço – para) os “dias
grand orque a madeira cortada-com
cio não dura a melade, dando um pre-
Juizo muito maior NS à má economia,

 

que 0 compadre na aconselha, de
serrar mais uma duzia de tahoas por dia

 

 

como aco tece nos | grandes,

Se 0 senhor compadre me diz isso,
é por que assim é; mas eu cortava os
pinheiros agora e serrava-0s no vetão.

— Tambem não me serve esse coi-

selho. dovque elles custam muito mais
a serrar pepois de secos. .
Dê recados à sua Raymunda e vá com
esta:—os pinheiros devem ser cortados
antes do cio e serrados logo. O contra-
rio é um grande erro, que dá” muito
prejuizo, J. Salema

Ea N
Feira de Santo Amaro

Realizon-se hontem nesta vila
a feira deste nome assim chamada
por ter Ingar no dia deste santo.

Devido ao bom tempo dos ulti-
mos dias houve enorme concor-
reneia de povo dos concelhos vi-
sinhos. Fizeram-se bastantes tran-
sações em todos os’ generos de
venda, havendo bastante falta de
gado suino para matança e para
tempo.

No mesmo dia teve logar a fes-
ta à santo Amaro na capela pro-
pria. Honve grande numero de
devotos cumprindo promessas ao
santo, tido na crença popular co-
mo advogado contra as dores é
fracturas dos membros. Assim ho-
je ali se veem muitas moletas dei-
xadas pelos curados em testemu-
nho do alivio encontrado.

Era aqui tambem que d’antes
se fazia a feira nos terrenos adja-
centes onde hoje ha constrnções

a favor da junta de Parochia.
Mais tarde por combinação entre
a Junta e a Camara, e a titulo de
maior desenvolvimento, que pas-
sou para a Carvalha, mediante
uma indemnisação que a Camara
pagava á Junta para a compensar
dessa falta de rendimento,

“ Hoje, cremos que ja nada disso
se, faz. Cn

ee =———

ORCHESTRA.

Trabalha-se activamente na or-
ganisação d’um grupo musical que
comporá a orchestra pera a inuu-
guaração do novo edifício Gremio-
“Theatro.

Entrando, na sua composição
varios elementos que já deram pro-
vas da sua proficiencia musical é
de esperar que o resultado será
satisfatorio. à

À organisação está no cuidado
do sr. Andrade, mestre da Socie-
dade Patriota, ha pouco “chegado
e que já vem precedido de boa fa-
ma da sua competencia em – traba-
lhos d’esta natureza,

 

nica

Correspondencias

todSSidprechros eRtao os Liana
de gado suíno fazendo di praça poblica
d’está vila local para efetuar as suas
transações. B’ deprimente este estado de
coisas e devia acabar-se com tal abuso.
Po Parv o eixo chamimos a atenção de
quem compeliv, 04 certeza parem, de
que voltaremos ao assunto se não for
ouvida esta nosa reclamação sob Lodos
os pontos de vista justa.
—Foi adjudicada a ontro arrematante
a condução de malas entre esta vila é
Sardoal, motivo este porque’o correio
é aqui recebido mais cedo que anterior-
mente. ) A ,
“—eu à luz uma creança do sexo
feminino a exm sr? D. Rosa de Moura
Neves Xavier, virtuosa esposa do sr.
dr. Josó Oliveira Xavier, medico muito
distinto e rico proprietario neste” con-
celho; Daqui enviamos as nossas Pelici-
tações aos paes da recemnascida.
==Regressou ha dias a sr D. Maria

da Nazaré Nunes, gelosa professora ofl-
cial do sexo femenino nesta vila.

| ==Tambem regressou com sua. fami-
Jia o sr. José Nuies Tavares, imteligen-
te professor oficial do sexo masculino
n’esta vila. Prslidgos 15$0p)

“ ==Yolton para Coimbra o sr, Antonio
Augusto Tavares, aluno do liceu d’aque-
Ja cidade.
— ==bsliveram aqui o sv. Manel Pidal-
go e sua filha e o sr. Izidoro d’Oliverra
Braz. —(R.)

 

reveftindo o producto de terrado,

 

ESTANTE DA VOZ DA BEIRA

“A Democracia,

Completou dois anos de existen-
eia este nosso prezado colegase-
manario catolico que se publica
na Covilhã. –

A todo o corpo tedatorial e em
especial ao nosso amigo padre Jo-
sé Fino Beja, os nossos muitos
sinceros parabens e comeles o
grande desejo de ver existir por
largos anos a sua A democracia.

“Covilhã,

Na Covilhã iniciou à sua publi-
cação no dia 10 do corrente e sob
aquele titulo uma folha indepen-
dente, tendo por intuito principal
prestar o seu concurso para o de-
senvolvimento daquela. terra tra-
balhadora. ú

E’ seu director o st. Antonio
dos Santos Moraes. É

A sua distribuição é gratuita em
todo à paiz. sd

Agradecemos a visita e vamos
permutar,

LO goma
DSi

ARS

aram-se mandar-nos pagar à sua
assignalura os nossos queridos assig-
nantes srs. Antonio Lopes da Silva, José
Fernandes, Antonio: João, Alonso Lorreia
Lirr Joaquim , Pedro Fernandes, José
jueiróz, José Crisostomo, Ernesto” de
Carvalho Leitão, Antonio Barata e Silva,
Antomo B, de Carvalho Leitão, Practuo-
so dOliveira, Gustavo Bartolo, José da
Gloria L. Barata, Alberto: Serrano, Ma-
noel Milheiro Duarte, José Antonio de
Moura, Joaquim Fernandes da Silva,
Luciano d’Alincida, Monteiro e Manoel
Fernandes Barata.

AVISO

O negociante de Serna-
che do Bomjurdim, “are
tins”, proprietario do es-
tabelecimento a Loja Nova
tendo desde o princípio do
corrente ano dado «d sua
casa comercial a orienta-
ção de só vender a contado,

revine. quem lhe deva
Wualquer Cata NO sá es

tubelecimento de que de-
verá Liquiutar-lh’a até ao,
fim do corrente mez, pois
que depois encarregará.
dessa cobrança o seu pro-
curador. em

Venda de propriedades

| TrENDEM-SE todas Jus: pro-

 

priedades rusticas que per-
tenceram a Possidonio Nunes da
Silva, de Sernaghe ‘do Bomjardim

Quem pretender comprar póde.

dirigir se ao sen actual proprieta-
no José Rodrigues de Figueiredo
— POMBAL —

4. ANUNCIO
RPENDE-SE uma magnifica

 

N casa com bons logradouros, .

dentro da vila de Pedrogum Pe-
queno e bem assim algumas pro-
priedades situadas naquela fre-
guezia. Tratar com o notario d’es-
ta comirca Carlos Daria.

 

Venda de própriedades

pon motivo “de «mudança de resi-
dencia do seu proprietario, .ven-
dem-se as seguintes:

Um “predio de casas e Lrespasse do
respetivo estabelecimento comercial, na
rua Candido dos Reis:

Um prédio de; casas, composto de &.º
andar e lojas, na travessa do Pives-

Um predio de casas com quintal, na
rua Sertorio. q :

Um predio de casas com lojas e tvr-
traço, silas na rãa de Ourem. À

Um quintal com metade dos sobejos
da fonte do largo das Acacias, “sito na
rua do Vale de 8. Pedro.

Um chão de terra de semeadura com
casas, no Vale de Pero Corvo. 1

Todas estas propriedad
nºesta vila e seus suburhio

Para esclarecimentos dirig
proprietario
Maximo Pires Franco

di CERTAS

 

ANUNCIO “2

dia 7 do pro-
ximo Feyerei-
ro, ás 12 horas, á
porta do tribunal
deste” juizo,
virtude dos autos
d’execução por divida de custas de
selos, em que é execuente o Minis-,
terio Publico e executado Joaquim
Ferreira, solteiro, maior ausente
em parte incerta; são postos em
praça, para serem arrematados a
quem maiores: lanços “ offerecer
acima da avaliação, os seguintes
bens: a
1.º— Metade d’uma terra de cul-
tura é testada de matto no sitio
da Ribeira do Aivado, limite dos
Estevaes, mixta com Joaquim Vis
cente, alodial, no valor de 50300;
2º-Metade d’umas casas d’ha-
bitação com estrumeira e-mais Jo.
gradouros, nó Jogar dos Estevues
mixta com Manoel Alves Gaspau!
alodial, no valor de 4 …. 15900;
Pelo presente são citados os cre-
. dores incertos para deduzirem os
seus diréitos, querendo, no praso
legal,
Certã 11 de janeiro de 1915
O Escrivão
Antonio Augusto Rodrigues