Eco da Beira nº22 10-01-1915

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Semestre… Ep6o
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Anuncios, na 3.2 e 4.º página 2 cen-
tavos a linha ou espaço de, linha

Os resultados

spas m

Segundo um” telegrama que
um jornal da: manhã publica, o
Times, discreteando’ sobre a si-
tuação portuguesa, diz que a re-
nuncia dos parlamentares em
massa, como entre, nós se, pre-
senciou, é-caso: puramente origi-
nal na historia dos acontecimen-
tos politicos em, ocasião de cri-
se» e acrescenta «que os factos
que sé estão-dando em Portugal
desagradavelmente surpreendem
os meios politicos ingleses»…

Eis o resultado a que chega-
«Jam, eis a situação que prepa-
“ram do nosso, país, na, opinião
da sua velha aliada, exactamen-
te aqueles que constantemente
atrôam os ares não só com pro-
testos de fidelidade á aliança an-
gló-lusa, mas tambem com ex-
clamações veementes de que à
Inglaterra tudo se deve dar, es-
teja ou não estipulado no texto
dos nossos «compromissos | inter-
nacionais!

A TnglgieiR a nfgte dia gra-
davelmente surpreendida, di-lo
o grande jornal londrino, com as
manobras equivocas, produto de
inqualificaveis explorações poli-
ticas, que teem manchado o es-
pectaculo, | admiravel de esponta-
neidade, em que o país inteiro
desde à primeira hora revelou o
seu entusiasmo pela causa dos
aliados, em que a Inglaterra ápas
rece, como, a, mais poderosa; e e
magnanima lutadora.

Como podemos estranhar es-
sa desagradavel surpresa se nós
mesmos assistimos, com assom-
bro e repugnancia, a uma cam-
panha. abjecta, em que-tudo se
desvirtua; em que tudo se rega-
teia, em que tudo se pôe em pra-
tica para desorientar o espirito
publico e amortecer as energias
patrioticas ?

Essa campanha de cobardia,
de habilidades, de sofismas, de
impropérios, de hipocrisia e de
traição não podia deixar de pro-
duzir este resultado. Como seria
possivel evitar uma dolorosa es-
tranheza petante a obra da de-
sunião nacional;no-momento cri-
tico de guerra, em paises onde
todos os partidos abateram as
suas bandeiras, onde as mais pro-
fundas incompatibilidades pes-
soais transigiram, perante a ne-
cessidade-superior de honrar e
salvar a patria.

A Inglaterra, por exemplo, es-
tava á beira duma guerra civil,

E

 

 

Já no Ulster dezenas de. milha-
res-de homens erguiamvas ar-
mas para resistir ás forças liais.
E, dum momento para o. outro,
esse antagonismo desapareceu,
e as armas, que iam tingir-se em
sangue inglês, apareceram todas
apontadas contra ‘0 peito do ini-
migo comum…

Como é que esta grande na-
ção pode ver sem vivo e doloro-
so assombro: que em’ Portiigal,
por irritantes vaidades pessoais,
ou por interesses ferozes de sei-
tas, se procura quebrar a comu-
nhão nacional que crises desta
natureza impóem a todos os ci-
dadãos dum país, onde. o patrio-
tismo fão seja unia expressão
desprovida de sentido ?

No “mesmo, artigo, de que o
mencionado telegrama extrata os
topicos” principais, consigna o
Times que-nas nações que teem
de fazer a guerra nenhuma con-
troversia é admissivei neste mo-
mento. Diz a verdade. Toda a
verdade. Se responsabilidades
houvesse para dirimir, só depois
de finda à guerra elas deveriam
ser tomadas. Neste momento, a
sua discussão representa um fer-
mento de desunião, que é um
crime de lesa-pattia.

Precisamos levantat-nos a nos-
sos proprios olhos, pelas inspi-
rações do puro patriotismo, do
verdadeiro’amor a Portugal e á
Republica, para termos o direito
de reclamar que nos seja resti-
tuida a consideração é a estima
das nações com que estão iden-
tificados os nossos destinos, nes-
ta formidavel crise europeia, ea
primeira dessas nações é a Tn-
glaterra. De contrario não nos
poderiamos queixar de que a
sua dolorosa estranheza se. con-
vertesse numa justa condenação.

ER
Colégio das Missões

Dizem’os jornais +

“. «Está em Lisboa o sr. dr.
“Abilio Marçal, director do Co-
légio das Missões Ultramari-
nas, em Sernache. do: Bomjar-
dim, tendo ontem conferencia-
do com o ministro dainstrução

sôbre assuntos escolares; relati-;

vos os aquele. estabelecimento. O

: dr, Abílio Marçal convidou
osr. Ferreira -de Simas à visi-
«tar oicolégio, convite que o mi-
nistro aceitou, devendo reali-
zar-se a visita no próximo do-
mingo ou dai a 8 ess

São estas também as nossas in-
for mações. Re SOS1) iâmos sinc eramen-
te com anotícia 2 “como nós, dey. em
regosijar todos os que acalentam

PROPRIEDADE DO CENTRO REP

DIRECTOR -L ABI

« Editor e administrador — ALBE

 

 

: RIBEIRO
Este Ro

 

+

um bocado de amor pátrio e se im-
teressam pelo progresso “e. prospe-
ridades de a Certamente
que a visita do ilustre ministro da
instrução se relaciona: muito próxi-
mamente com a promulgação da re-
forma do Colégio das Missões, na
qual há tanto tempo sé trabalha
com perseverança e que parece, al.
fim, estar próxima a ser publicada,

csfeREss co
Alves Froes

A tratar dos negócios da sua im-
portante casa partiu para o Pará ês-
te Pass prezado amigo’e dedicádo
correligionário.

Fazemos sinceros votos pelas pros-
peridedes dos. seus. negócios, com
se feliz viagem.

E sobretudo comum regresso
bem próximo.

Alves Froes, pelos primores do
seu Geo pela sua fé inquebran-
tável e pela sua dedicação à causa
républi cana, faz falta aos seus cor-
religionários e saudade aos seus ami-
gos, que sinceramente o estimam e
apreciam. e

POLITICA LOCAL

Carta a Ciríiaco Santos
Meu presado Ciriaco

Estas minhas despretenciosas car-
tas não teem propósitos acintosos
—rememoro apenas factos.

Não adoto os processos de injú-
ria contra mim seguidos descaroa-
velmente pelos nóssos ádversários
políticos; comento apenas aconteci-
mentos políticos, resalvando dêles a
minha responsabilidade.

Exponho erros passados, . porque
me parece ainda tempo de remediar
alguns, e êsse desejo é sinceramen-
te o nosso, que bem o temos de-
monstrado, colocando acima dos ca-
prichos dos homens o bém da Re-
pública e “separando das pequenas
misérias humanas, individuais ou
locais, os interesses e a prosperi-
dade dêste concelho, que é nosso
com as suas 14 freguesias, e não
com uma só.

Os nossos adversários pensaram
e procederam contráriamente: êsse
é o mal que o partido democrático
tem sempre condenado, e’ bem ‘sa-
be oimeu caro Ciríaco com que
sinceridade.

A República nêste concelho foi a
princípio uma coisa só da Certã e
acabou por sér uma coisa só do sr.
administrador do concelho.

Foi, por isso, que êle não chamou
aos negócios municipais os republi-
canos históricos; tão autênticos co-
mo êle, que havia em Sernache e
Pedrogam-—porque não eram pes-
soas da sua entourage…

Eram sem dúvida republicanos
bons, mas certamente não se: pres-
tariam áquele genial ensáio de peça,
antes de cada sessão camarária!

Por mal? É

Desabrochariam no ilustre admi-
nistrador do concelho todos os ví-

 

TR DEMOCRATICO. a:
8

a
5
E

Publicação ni na Gerta

Redacção e administração em 3

SERNACHE DO | BOMJARDIM

Composto e impresso na oa lia Lairíbiico
LEIRIA

 

cios egoistas e autoritários dum
mal disfarçado. caciquismo’?

Creio que não.

Ele procedia assim pelo muito
que queria às novas instituições,
pelo muito que amava a República
—tanto que tinha ciumes do “amor
dos outros e entendia que só êle
podia e sabia prodigalisar-lhe cari-
nhos e amparar-lhe os seus ndo
ros passos.

A República era ele, parafrasean-
do minusculamente a exclamação
audaciosa do rei francês.

o um mal.

A República não podia ser dum
homem nem dum grupo de homens
nem duma parte do concelho: era
o património de nós todos.

Se eu quizesse contundir aqueles
que com injúrias me teem maltrata-
do na sua imprensa, bem fácil me
seria explorar êss’outro enorme er-
ró de andar a arrastar pelos tribu-
nais os padres que não diziam mis-
sa pela folhinha da administração
do concelho!

Mas não deixarei de frizar O fac-
to, denunciando-o como um êrro que
tombou no ridiculo pelas vítimas que
armou em inimigos do regime-—um
octagenário que é a bondade incor-
rutível, um eclesiástico que conhece
a República pela leitura anódina do
“Diário de Noticias e o pároco mais
inofensivo que tem o concelho !.

Quando o juiz me perguntou se o
seu julgamento interessava de algu-
ma fórma à segurança das institui
ções, eu respondi: -lhe que o que lhe
interessava era pôr-lhe termo o mais
depressa possível!

A seu pedido, fui assistir-lhe, mas
não tive coragem de estar até ao
fim!

Não quero explor: ar êste aspecto
da política contra os nossos. adver-
sários, mas não deixarei de expôr e
frizar o contraste da nossa adminis-
tração.

O partido democrático, radical E
avançado, nunca perseguiu ui
dre nem hostilizou religiões, e da
igreja nunca recebeu, hostilidades
ou, sequer más vontades. ..

Pois que tem, a religião com a
política” 2…

Que vantagem há em promíscuir
ideias fundamentalmente | diversas
e poderes absolutamente autóno-
mos!?.

Durante a administração do par-
tido republicano nêste concelho, um
acto de rebeldia, digno de reparos, sé
deu. Só, um. E

Não: me agastei. Aguardei.

O acto é nada: a sa é tu-
do.

E não me arrependi.

Três dias depois, o pároco infra-
ctor ia ao meu gabinete dar-me as
mais leais e honradas explicações,

Sem violências, a supremacia “do
poder civil ficara assegurada, o res-
peito da lei mantido, e a República
não se amesquinhara nem diminuira.

Ao contrário, mostrou-se forte e
tolerante, e o povo ficou entenden-
do que ela não lhe afogava as as-
pirações da sua alma crente nem
lhe “ia perturbar a paz carinhosa
dessa tradição perfumada que o le-
va naquela noite, em descantes sau-

 

dosós à caminho da missa do galo!galo!

 

@@@ 2 @@@

 

Mo

 

*

A acção política dos que hoje tão
injustamente me agridem tocou es-
tas duas notas irritantes. Irritantes
e imprudentes!

A nota religiosa e a nota de ex-
clusivismo local.

A primeira modifiquei-a, tanto
quanto pude, quando administrei
êste concelho, e tive o prazer de

constatar a lealdade e o reconheci-

mento do clero.

Contra aquela orientação que pre-
tendia fazer uma República para a
Certã, com exclusão do resto do
concelho é que eu fui absolutamen-
te impotente.

Por mais que trabalhei. .

Era uma teimosia, uma obsecação!

Uma República que podia e de-
via inaugurar uma nova era de paz
para este concelho, estirpando-o dos
erros e preconceitos do passado
mais de imaginação do que reais,
degenerara afinal, triste e sordida-

mente, na exploração dessas paixões

grosseiras, e nessa exploração pro-
curam um elemento de vida e acção!
Como isto é triste e mesquinho!
Contrariei incessantemente. essa
desorientação.
Nessa luta deram-se episódios cu-
Tiosos— casos típicos. És
Ficarão para uma outra carta.

Um grande abraço do

Seu dedicado,
8-1-915.

cAbilio Marcal.
essa

Um médico heroico

Em Issoire, foi entregue a cruz
da Legião de Honra ao dr. Espa-
gnon, citado na ordem do dia pelo
motivo seguinte :

«Deu provas, em todas as circuns-
tâncias, de uma dedicação superior
à todo o elogio. Havendo-lhe uma
granada arrancado o pé esquerdo e

ferido a seu lado um oficial e um,

sargento; teve a coragem e a abne-
gação de fazer proceder ao curativo
dos seus camaradas e de o verificar,
antes de se ocupar do seu próprio
ferimento.

O dr. Espagnon, que apenas con-
ta trinta anos, apoiado a duas mu-
letas, recebeu o abraço e o ósculo
tradicionais, ao mesmo tempo que
as tropas apresentavam armas e to
da a população aplaudia, entusias-

mada.
O HOMEM E À MULHER

O homem é a mais elevada das
criaturas. A mulher o mais sublime
dos :deais. ]

Deus construiu um trôno para o

/

‘ homem e um altar para a mulher. O

trôno exalta, o altar santlfica. O ho
mem é o genio. A mulher é o anjo.
O génio é indispensável. Contem-
pla-se o infinito; admira-se o inefá-
vel.

O homem é capás de todos os
heroismos; a mulher, capás de to-
dos os martírios. O heroismo nobi-
lita, o martírio sublima. O homem
é o código. A mulher é um evange-
lho. O código corrige; o evangelho
aperfeiçõa.

O homem é o templo, a mulher
o sacrário. Ante o templo todos se
descobrem; no sacrário todos se
ajoelham. O homem pensa; a mu-
lher sonha. Pensar quer dizer ter
lavas no crânio; sonhar—ter uma
auréola na fronte. O homem é a
águia que vôa, a mulher o rouxinol
que canta.

Voar—é dominar o espaço; can-
tar—é subjugar a alma. O homem
tem diante de si um farol: a Con-
sciência; a mulher tem uma estrêla:
a Esperança que salva.

Emfim’: o homem encontra-se on-
de termina a terra, a mulher acha-
se onde principia o céu.

4. France.

 

ECO DA BEIRA

Miscelânia literária, histórica, scien-.
tifica ejocosa

Pad

Comparação da lia e do Soí com a Terra

A Lua é aproximadamente 50 ve-
zes mais pequena (em volume) do
que a Terra, da qual dista 384:000
pri

O Sol é de tão enormes dimen-
sões (1.300:000 vezes maior do que
o globo terrestre) que, se fôsse Ôco,
teria dentro espaço muito de sobra
para que, estando a Terra no cen-
tro, a Lua pudesse girar em tôrno
dela, conservando se sempre à dis-
tância em que realmente está. Pode
intuitivamente fazer-se ideia da gran-
deza relativa do Sol e. da Terra,
considerando que, se o primeiro fôs-
se representado por uma laranja, a
segunda sê-lo ia pela cabeça dum

alfinete.
E X*

Coração ao largo ao largo!
A vida passa a fugir !
Guitarra, mostra-te alegre,
Guitarra, aprende a sorrir.

Fernandes Costa.

Oh! geme, guitarra, geme,
Que, aos teus gemidos, agora
A minh’alma tambêm chora,
Oh! geme, guitarra, geme.

Tudo o que fui me recordas,
E cada nota sentida,

Que vibras das tuas cordas,
São prantos da minha vida!

À aragem nas fôlhas treme,
Quando vem rompendo a aurora;

Abrindo, a violeta chora !…
Oh! geme, guitarra, geme!

Oh! geme, que neste mundo
Não gemem só desvalidos ;
Geme, na costa, o mar fundo,
No ocaso, o sol tem gemidos!

Mas o sol tem muita aurora,

O mar tem muita bonança,

E eu já não tenho uma esp’rança!…
Oh! chora, guitarra, chora.

Bulhão Pato.

Os verdadeiros nobres são aque-
les que teem a pureza da alma a re-
flectir-se nos actos da sua vida.

Cacilda de Castro.
x

Quando te vi, logo disse :
Belos olhos para amar,

Formosa boca p’ra beijos,
Oh! quem tos pudera dar.

*

O desprêso e o recurso dos as-
nos, a máscara em que se esconde
a nulidade, às vezes a patifaria.

Alfonse Daudet.
*

Andam perdidos meus beijos,
Perdidos sem nenhum guia,
Soluçando mi! desejos
Quer de noute, quer de dia.

*

A arte é o simbolismo da natu-

reza.
O. Martins.
*

As epopeias são a história do sen-

tir dos povos.
Idem.

Um poeta é uma paixão que en-
carnou em figura humana.
Idem,

*

Diz alguêm, que a despedida
Nada custa ao coração !

Quem tal diz, que se despeça…
E vera se custa ou não !

*

Um despertar de criança é um
desabrochar de flôres; parece que
exalam perfume aquelas almas cheias
de frescura. O que uma avé canta,
balbucia-o uma crinança. E? o mes-
mo hino. Hino indistinto, confuso,
profundo. A criança têm a mais o
sombrio destino humano diante de
si. Daí a tristeza dos homens que
escutam, confundida com a alegria

da criança que canta.

 

Curiosidades úteis

O cântico mais sublime que pos-
sa ouvir-se na terra, é o balbuciar
da alma humana nos lábios duma
criança.

V: Hugo.

*

VOLTAIRE, que, pela sua po-
derosa individualidade filosófica e
literária, deu nome ao seculo XVII,

compunha a sua última tragédia aos.

83 anos, indo os seus amigos levar-
lhe ao leito da agonia as-corôdas do
seu triunfo sénico;

VICTOR HUGO, morreu aos
82 anos, em toda a pujança do seu
génio poético;

MIGUEL ANGELO, o mais
completo génio da Renascença,’pois
foi homorista, poeta, pintor, escul-
tor e músico, trabalhava ainda aos
88 anos de idade ;

TICIANO, aos 99, começava ain-
da um quadro destinado aos fran-
ciscanos;

NEWTON, o grande matemáti-
co, tendo 83 anos, presidia aínda à
Royal Society ;

PALMERSTON, foi Presidente.
do Conselho aos 80 anos;

FRANKLIN, presidia ao Estado
da Pensilvânia na idade de 82 anos;
finalmente, Lope da Vega, o fecun-
do dramaturgo espanhol, escrevia
ainda comédias admiráveis aos 73
anos.

o

Vão as pombas pelo céu,
Vão as canções pelo ar, –
Vai na dança, junto ao meu,
O coração do meu par.

A dança é um elo de amores,
Feito dum sonho doirado ;
Cada par são duas flôres,

E cada abraço é um: noivado.

António Fogaça.

A música é a tradução do senti-
mento como a poesia o é da ideia.

*

Quando uma mulher obedece aos
seus instintos, o que mais aprecia
no homem é a fôrça e a audácia.

Alfonse Karr.:

Se eu chegasse a ser estrêla
E a brilhar no azul dos céus,
Eu dava todo o meu brilho
Só por um beijo dos teus.

António Fogaça.

A consciência pura sorri, o re-
morso chora; a lágrima é mulher,
o riso é homem; porque na primei-
ra domina o sentimento que afrouxa
e cede; no segundo a elasticidade
enérgica que resiste e vence.

– Disciplinar, porêm, o riso é um:

dever, porque rir sôbre o que é mau
é mais triste que mil lágrimas, e
chorar sôvre as dôres alheias mais
humano e filosófico que todo um
tratado de moral.

Cônego Sena Freitas.
*

Há muíto há que sustenho
No peito um íntimo altar,
E’s tu a Santa a quem venho
À todo o instante adorar.

Queiroz Ribeiro.
*

As monarquias, como as tutelas,

teem a sua razão de ser emquanto.

o povo é pequeno. Chegando a um
certo tamanho, o povo sente se com
fôrça para andar só e anda:
Uma República é uma nação que.
se declarou maior.
V. Hugo.

x

O futuro tem vários nomes. Para
os fracos, chama-se o impossível;
para os tímidós, chama-se o desco-
nhecido; para os pensadores e para
os valentes, chama-se o ideal.

idem,

 

 

*
Na campa duma criança

Gotinha de orvalho estreme
Numa fôlha de jasmim,
Como lágrima que treme
Nos cílios dum querubim ;

Quando reflectia ainda

Esse azul donde desceu,
Viu-a o sol, achou-a linda,
Num beijo ardente a sorveu.

João de Brito.
ã E
O homem trabalha, inventa, cria,

semeia e colhe; destroi e edifica;
pensa, combate e contempla; a mu-

.lher, ama.

E o que faz ela com o seu amor?

Dá fôrça ao homem.

O trabalhador necessita de uma
vida que o acompanhe.

Quanto maior é, mais a sua com-
panheira deve ser suave e doce.

V, Hugo,
*

Deus criou o sol num dia

E noutro fez o luar;

Mas, p’ra fazer os teus olhos,
Levou um ano a pensar.

João Lúcio.

Há abismos bons, são aqueles
em que se despenha o mal.
cv Hugo.
* Ã
Há um só poder, a consciência
ao serviço da justiça; ha uma só
glória, o génio ao serviço da ver-
dade.

Idem.
*
»
A pêna-é uma arma leve como o
vento é poderosa como um raio.

Idem.
*

Bem raciocinar leva a bem obrar,

a justiça no espirito converte-se em

justiça no coração. na
Idems

Se o coração não suspira
Porque a amor não merece,
Não é amor, é mentira!.
Quem ama tambem padece.

João de Deus Ramos.

*

Amar é cair? E’ fechar os olhos

– para não ver a voragem; é cobrir

os abismos de tapetes de flôres.’

2 .C. €. Branco.
*

À esmola entre os anjos converte-se em rosas;
Na vida em delícias; no peito em amor;
Quem lagrimas furta co’as mãos caridosas
Traz nelas diamantes de eterno explendor.

Emília Augusta de Castilho.
*

A felicidade e o amor teem pran-
tos por primeiro sorriso, como ‘se
tivessem, nascendo, o instinto da
sua fragilidade e a consciência de
que nascem para padecer.

Júlio Sandeau.

“Não ha na curva dos ceus
Duas safiras mais belas,

Pois se Deus quiz ter estrelas
Roubou-as aos olhos teus.

*

Os teus olhos negros, negros,
São estrelas lá dos ceus,

Do ceo por serem d’anjo,.
D’anjo por serem teus.

*

Os teus olhos, contas escuras,
São duas Ave-Marias,

D’um rosário damarguras,
Que eu rezo todos os dias.

Augusto Gil.
Sernache. É

O compilador,

Pe Cândido Teixeira,ra,

 

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LITERATURA
“DIVAGANDO…

Não há muito ainda, numa loura
tarde de sol, contemplando o decli-
“nar dêste no horisonte, depois de
feita a leitura do nosso jornal e ex-
citada a nossa imaginação pelas no-
tícias da guerra europeia, solitarios
e entregues a nós mesmos, pensa-
vamos no cruel destino da humani-
dade, convencendo-nos que a vida
não é mais que uma serie indefini-
da de incompreenções, de contra-
sensos, de incoerencias e de duvi-
das, tendo mais de sonho do que
de realidade, e muito de desola-
dora. os

Quão feliz poderia ser o mundo,

 

 

‘ se no coração de cada homem vi-

vesse imperecivel o sentimento de
Bondade e Justiça!

Mas a-grande maioria dos ho-
mens veem-se dominados por um
feroz egoismo, por uma ancia su-
prema de predominio, o mais forte
pretendendo aniquilar o mais fraco,
“o mais poderoso oprimindo o mais
hiúmilde. Adi RA
Assim na vida dos homens como
das nações.

VA aliva e arrogante Alemanha,
na ância de extender o seu poderio,
não hesitou-em-converter a Europa
num “mar de sangue, sem nenhuns
escrúpulos pela devastação e ruina
das nações suas visinhas. que teem
tanto direito como ela ao seu bem
estar e independência.

E sucede isto nesta hora adianta-
da da civilisação, que tem mais de
fictícia do que de rial, porque não
domina os maus instintos dos ho-
mens, porque não refreia o seu fe-
TOZ egoismo. o

Sendo a razão, o raciocínio, que
distinguem o homem dos outros se-
res da criação, que razão é essa que
permite, que consente, que autorisa
todos estes atropelos às leis que de-
vem regular os altos detinos da hu-
manidade?

‘ Que raciocínio e que sentimentos
são êsses que acham bem, que se
comprazem no soírimento de tantos
entes humanos, que não se apiedam

“de tantas mães adoradas que -ficam

no desamparo, de tantas mulheres
queridas que ficam na miséria, de
tantos filhos que ficam ao abandono?

Ah! Como a humanidade está
longe dêsse sonhado grau de perfei-
ção que fará desaparecer as guerras
da face da terra, que fará que todos
os homens se amem como irmãos,
que não consentirá-que alguem faça
a outrem o que não quer que lhe
façam, que fará todos contentes com
o que legitimamente possuirem, aca-
bando-usurpações, dolos, opressões,
deixando o homem de ser o maior
inimigo do próprio homem !!

Não condenamos, é claro, a guer-
ra em defesa do solo sacrosanto da
pátria, que é indispensavel e legiti-
ma, não condenamos a luta em de-
fesa própria, a guerra à guerra,
mas sim os que a acendem, os que
por capricho e prazer a alimentam.

Para estes a maldição do Deus
que eles, sacriligamente invocam e
a execração de todos os povos que
dignamente defendem o Direito, a
Liberdade e a Justiça.

Estreito, 15-—-12—14. no
MU.

“AGRICULTURA

O açafrão

 

 

Esta planta (Crocus sativus, L.),
pertence á familia das Iridaeaes, e
é originária da Italia e da Grecia.

A sua cultura, pouco frequente
entre nús, tem por fm a extracção
dos órgãos reprodutores da planta,
que são de uma bela côr amarelo
alaranjada e com um aroma espe-
cial.

O aproveitamento dêste produto
não sai barato, demanda muito tra-
balho manual, mas o preço de ven-
da compensa cabalmente as despezas
feitas,

 

ECO DA BEIRA

E” bastante usado na arte culina-
ria, nos preparados de farmacia, e
principalmente na fabricação de ma-
terias corantes com largo emprego
na tinturaria.

Floresce no fim do verão, em agos-
to ou setembro; multiplica-se mais
pela divisão dos bolbos do que se
reproduz por sementeira; porque a
produção da semente é muito dificul-
tada pelo facto do aproveitamento
dos orgãos reprodutores da flor.

Esta planta, para dar um produto
com os necessarios requisitos, isto é
com perfume e coloração intensa,
não deve ser semeada em solo miuito
adubado ou humido. Sucede com
vantagem a qualquer culturã sacha-
da que não deixe a terra cançada
ou esgotada, como um faval sacha-
do ou um prado de trevo.

Tambem prospera na terra bem
estercada no outono e que foi semea-
da de verde para forragem.

Depois do açafrão todas as plan-

tas prosperam, porque ele esgota
pouco o solo.
“À plantação dos bolbos faz-se de
junho a fins de agosto em linhas es-
paçadas uns 12 a 14 centímetros se-
gundo a natureza da terra, abertas
com O auxilio de um cordel, á mar-
gem do qual se traçam regos de uns
19 centimetros de profundidade quan-
do muito.

No meio deste rego distribuem-se
bolbos á distancia de 10 centimetros
e cobrem-se com terra do rego ime-
diato e assim sucessivamente.

Antes da plantação, os bolbos de-
vem ser passados á mão um a um,
para os desembaraçar de toda a ma-
teria estranha; da pele velha e da
cebola mãe, Quando se arrancam
os bolbos da última colheita, para

-melhor os conservar, estratificam-se

por camadas em terra porosa e quá-
si seca.

O açafrão não pode voltar á mes-
ma terra senão de oito em oito anos.
Plantando 60 bolbos por metro qua-
drado, um hectare reclama 600:000.

Depois de aparecerem á superfí-
cie da terra os primeiros rudimen-

tos das flores, procede-se a uma le- ‘

ve sacha feita cautelosamente, para
poupar a planta e libertal-a das er-
vas ruins.

Em setembro ou outubro proce-
de-se á primeira colheita.

O segundo ano exige o mesmo
tratamento do primeiro, isto é, sa-
chas e raspas, tantas quantas vezes
a terra reclamar.

A. época de colheita é “a mesma
do primeiro ano.

No terceiro e ultimo desta cultu-
ra, as operações são ainda as mes-
mas,

Como dissemos, a colheita da

flor tem lugar em setembro e outu-
bro; devem ser apanhadas com o or-
valho da manhã; e pelo dia adiante
vão-se separando os filamentos co-
loridos do resto da flor.

Esta colheita dura ás vezes cinco
dias e em certos anos tres semanas
porque as flores do açafrão não
aparecem todas ao mesmo tempo.

A colheita deve ser feita com ra-
pazes e não com mulheres, que,
com as saias-enlameadas, deturpam
as flores quando não as destroem
de todo.

*

Depois da limpa ou seleção pro-
cede-se imediatamente á sacagem,
para a qual o melhor processo, con-
siste em, sobre lume de coke ou de
carvão, á altura de uns 40 ceniime-
tros, colocar uma peneira de arame,
cobrindo o arame com uma folha de
papel, e deitando sobre este uma
camada, de uns dois .centimetros,
de espessura, de açafrão limpo.

De tempos a tempos remeche-se
até que seque e sé torne friável. O
açafrão seco deita-se em caixas for-
radas de pergaminho, acondicionan-
do-o com geito para que se não re-
duza a pó.

Põe-se alternadamente uma cama-
da de açafrão e uma camada de pa-

el

Na Alemanha é conservado em
bexigas, untadas por fora de uma
materia oleosa, e alêm disso envol-
vidas em capas de lã.

 

São necessarias aproximadamente
200:000 flores para render um qui-
lograma de açafrão fresco; e cinco
quilogramas deste para um quilo-
grama de açafrão seco.

O simples exame destes dados é

suficiente para se depreender a enor-

me quantidade de trabalho manual
que requer a colheita deste produto.

Em Inglaterra calcula-se que o
producto é, no primeiro ano, de 2,5
quilogramas de açafrão seco por
hectare; no segundo, ano, 10 quilo-
gramas; no terceiro ano, 17,5 qui-
logramas.

Na Alemanha, admite-se como
media 3,5 quilogramas nos 3 anos

“e como lucro medio por hectare

Sooo anuais, deduzidas as despe-
zas de renda da terra, plantação,

cultura, caça das lagartas, colheita, –

limpa, arranque e preparação dos
bolbos, adubos e sacagem, calcula-

“das em 60900.

 

ANUNCIOS

 

Lastanheiro do Japão

O unico que resiste à terrivel

“moléstia, a filoxera, que tão gra-

ves estragos tem produzido nos

nossos soutos, é castanheiro do

Japão.

O castanheiro japonez ofere-.

ce iguais vantagens que o bace-
lo americano tem oferecido no
caso da doença da antiga videi-
ra cujas vantagens são já bem
conhecidas. As experiencias teem
sido feitas não só ao norte do
nosso pais mas principalmente
em França, onde o castanheiro
foi primeiro que em Portugal
atacado pela filoxera, e hoje en-
contram-se os soutos já comple-
tamente povoados de castanhei-
ros do Japão, dando um rendi-
mento magnifico.

O castanheiro japonez acha-.

se à venda em casa de Marmel
Rodrigues, Pedrogam Grande.

ANUNCIO

1.2 publicação

 

Faz-se saber que no dia vinte e
quatro do proximo mês dé Janeiro,
por dôse horas á porta do Tribunal
Judical desta comarca, em virtude
dos autos de execução em que é
exequente Manocl dos Santos An
tunes, casado, comerciante, residen
te en Sernache do Bom Jardim,
desta comarca e executados Joa-
quim José Francisco da Silva, viuvo
e seus filhoe José Francisco da Sil-
va é Carlos Francisco da Siva, sol-
teiros, residentes na Travessa das
Recolhidas, da cidade de Lisboa,
Alda da Conceição e Silva, solteira
residente em Sernache do Bom Jar-
dim e Victor Francisco da Silva,
solteiro, ausente em parte incerta,
na cidade do Pará, Estados Unidos
da Republica do Brazil, se ha de
proceder à venda e arrematação em
hasta publica pelo maior preço que
for oferecido, acima das seus valo-
res, dos predios seguintes:

PRIMEIRO: Uma terra de hor
tar com agua, testada de mato é
sobreiros, no sitio da Lavandeira,
lemite do Casal Novo; no valor de
trezentos e vinte escudos (320750).

SEGUNDO: Uma casa e quintal
com árvores de fiuto no lugar do
Casal Novo; no valor de cem escu-
dos (1oodco.

TERCEJRO: Um pequeno quin
tal no lugar do Casal Novo; no va-
lor de quatro escudos e oitenta cen-
tavos (4580).

QUARTO: Um olival no sítio’do
Maxial, limite dos Escudeiros; no
valor de trinta escudos (30 escudos).

QUINTO: Uma erra de cultura
com uma figueira, no sítio do Sou-
to; limite dos Escudeiros; no valor

 

de setenta escudos (7omoo),
SEXTO: Um olival, mato e pi-
nheiros no sítio «ie Vale do Bodalho,
limite dos Escudciros; no valor de
quarent+ e oito escudos (4800)
SETIMO: Um olival, terra de
mato e pinhal, no sítio do Casal
dos Mouros, limite dos Escudeiros;
no valor de duzentos e noventa es-
cudus 29090.
– São citados quaisquer credores
incertos.
| Certã, 2 Janeiro de 1915.
O Escrivão do 2.º oficio, .;
Francisco Pires de Moura
Verifiquei:
O Juiz de Direito,
José Ataíde

ANUNCIO

2.º publicação

 

Faz-se saber que no dia desesse-
te do próximo mês de Janeiro, por
treze horas, à purta do Tribunal Ju-
dicial desta comarca, em virtude da
execução para pagamento de custas
e sêlos que o Ministério Público mo-
ve contra Virgínia de Jesus, viuva,
cabeça de casal no inventário orfa-
nológico por óbito dé seu marido
Adelino Pires, morador que foi nos
Escudeiros, freguesia de Sernache
do Bomjardim, se ha de proceder à
venda e arrematação em hasta pú-
blica pelo maior preço que fôr ofe-
recido acima dos valores que lhes
vão designados, dos prédios seguin-
tes:

1.º— Uma casa de residência com
quintal e árvores no lugar dos Es-
cudeiros; no Valor de cem escudos
(roogoo).

2.º-Um pequeno olival com sua
testada, nos litnites dos Escudeiros;

no valor de quinze escudos (15800).

3.º Um olival com testada de
mato, ao Vale Baraços, limite dos
Escudeiros, no valor de trinta escu-
dos (30800).

4.º—Um cabeço de mato e pi-
nheiros, no sitio da Foz do Casali-
nho, Imite dos Escudeiros, no va-
lor de doze escudos (12800).

5.º-Uma terra de cultura com oli-
veiras, uma casa e testada de maio
no sitio do Vale do Rebolo, limite
dos, Escudeiros; no valor de trezen-
tos e cincoenta escudos (350800).

6.º—Um pequeno olival çom tes-
tada de mato no sitio do Vale do
Rebolo, limite dito, no valor de dez

“escudos (Tojdoo).

São citados quaisquer credores
incertos,
Certã, 18 de Dezembro de 1914.

O Escrivão do 2.º oficio
Francisco Pires de Moura
Verifiquei:

O Juiz de Direito,
José Ataíde

PROFESSOR DE INGLES

Lecciona. Traduções de inglês,
francês e espanhol.

 

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Trata-se com F. Tedeschi, Ser-
nache do Bomjardim.

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“Agua da Foz da Certa

Ea a minero- medicinal da. Foz da Ce sã apresghia 1 uma. * composição
quimica que a-distingue de todas as outras até hoje uzadas na terapóútica.

E” empregada com segura ventagem da “Diabetes—Dispepsias— Catar-
ros. gastr os, putridos ou parasitarios ;—ias prever ‘s0es digestinas” derivadas
das doenças infeciosas;-—na. convalescença das febres graves; —nas jatonisa
gastricas dos diabticos; luberculosos, brighticos, elc., “=H0 gastricismo dos
exgotados pelos excessos ou privações, etc., etc.

“Mostra a analise bateriologica: que a “Agua da o da Ferra tal como
-se encontra nas garrafas, deve ser considerada, como microbicamente
pura não contendo colibaciilo, nem nenhuma-das especies patogeneas
que podem existir em aguas. Alem disso, gosa-de uma certa acção: microbi-
cida. O B. Tifico, Difeterico .e Vibrão colerico, em; pouco: tempo
nella perdem todos a sua visalidade, outros. mienobios prPse gua porém re-
sistencia. maior,
“A Agua da Foz da Certã não: tem Ega a é limpida, de dios doe
Ve mente; acido, muito agradavel Auer bebida pura, quer misturada: com
vinho.

DEPOSITO . GIDERA da jaHiovosi

“RUA Dos FANQUEIROS— 84LISBDA |
“Telefone aos

Sd Rd Sa pci ao iara Sae SC o esses