Voz da Beira nº52 01-01-1915

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ANO 1.º

Do

CERTÃ, 1 DE JANEIRO DE 1915

AVENÇA

 

REDATOR PRINCIPAL:
Wrnctyoso!Pirés” ed
ADMINISTRADOR ;
A. Pedro Apos
‘ CSRDITOR:

Santos e Silva

Redação e cFdministração;
= Qua Dr, Santos Bulonte
|. “OCERTÃ

 

SEMATARIO INDEPENDENTE

 

“vs Assinaturas

Anno, “15200 réis; Semestre, 600 réis
Brazil, (traços 55000 rs. Avulso, 30 rs.

Propriedade da Eira da Voz da Beira

Pelo mercado

* De vezsem quando aparecem
gutrá nós teorias novas, quasi sem-
pre de efeito contraproducente.

“Tal foia limitação de preços no
mercado, com que sucedeu o con-
trario do que; se esperava. Alguns
generos teem faltado por completo
com grande arrelia das donas de
casa, emquinto os vendedores ‘sor-
xiem maliciosamente por detraz.

Os ovos por exemplo, apezar da
grande procura e de, emcomenda-
dos antecipadamente, raras vezes
aparecem. Resulta, d’aí que, em
vista da falta, sejam disputados
por muito mais alto preço: do que
d’antes, sofrendo com. isso o con-
sumidor a quem ainda ‘é permitido
o luxo! dum ovo sestrelado. Não
perde o vendedor;porque lá está o

— negociante astuto que de povoa-

ção em povoação vae. fazendo o
seu negocio como póde e sem peias,
“para depois remeter pelo caminho
de ferro.

Queria-se acabar com os açam-
ata dçÕãos e eis que por este pro-
cesso, a generalizar-se, dispersam
o dlpnesgidgá a pib 4

Mas, contrastes da sorte, taxa-

“se o.preço aos ovos e galinhas que

bem «se, podem classificar na cate-
goria de produtos ricos, só acessi-
xeis ú meza dos nobres:e-deixa-se
“ma «contingencia-a sardinha, o ba-
“calhau e ontros generos de pair
Metragem boato e prbros
— eepatpias classes superiores e dei-
xa-se em apertos de ventre .aque-
las que produzem e que mais pre
“cisam de atenção. | (444

A sardinha” que até ha Poucos

mezes rarameute passava “de 400
Gis o cento, vne hoje mta esca-
“Ja ascendente” que já! duplica aque-
custo. -Palar na sardinha o mes-
jo é! que falar no pão que hoje se
vende á razão de mais de 18000
réis 0″ alqueire, tal é a escacez da
massa com que o fabricam.

“Quando se pensou em limitar os

ços do mercado, deveria pri-
omeçar=Ee pelos generos de
em. Inspirava- -se esta medi-
da do governo num alto principio
de prevenção contra o deslotamen-
to que a guerra havia, de ocasio-
nar nas subsistencias, e era por
isso Justo, que o Estado passe ns
portas á especulação . torpe que
w’estas ocasiões sempre faz o mais

qu póde. io Havia muitos gene

 

que não teriam razão para RR
«de preço, é dar-se-fa 0 mesmo ca-

 

“so com os de Pi

 

cedencia nacional

 

DEE DOS INTERESSES DA COMARCA DA CERTA

PUBLICA-SE AOS SABADOS
COMPOSTO E IMPRESSO NA misgRva GrLINDADE RAMALHOSA & VALENTE — CERTA

adquiridos depois. Não foi outro o
intuito do Estado proibindo, como
medida de defeza, a exportação de
certos generos reputados necessa-
rios á nossa economia. nacional.

 

Infelizmente, em proveito do co-
mercio e em menoscabo dos inte-
resses populares, todos temos vis-
to que os generos de armazem,
mercearia, etc., são hoje mais ca-
ros do que d’antes.

Vae uma grande diferença entre
o armazenista e o criador. Aquele
especula com a mercadoria com-
prando aqui e vendendo além.
Aproveita-se da confusão do mo-
mento para determinar as subidas
de preço; convem-lhe o panico e
vale-se da incerteza para melhor
segurar a mercadoria. O produtor
pelo contrario, está sempre na de-
pendencia aquele como interme-
diario. Wºo que mais sofre com os
desequilibrios mercantis e sobre
ele vem todo o pezo do mal.

 

Entre nós sucede que o criador
vends sempre por necessidade pa-
ra satisfazer os seus compromis-
sos com o Estado ou Com OS seus
serviçães, ema anto que aa neles
negocei m com à mira nas gran-
des percentagens que vão Cayre-
gar sobre o consumidor. Isto não
falando já em fraudes e adultera-
ções, iruis gemeas da grande es-
peculação comercial.

 

Fixar os preços dos generos de
praça e deixar aqueles em liberda-
fas?) pe Uta tabs nAdd UA Einliobren=
cia lá está pura fixar a regra e o
limite. Bra esta que na ocasião

 

presente convinha atrair e não
afugentar com indvações mal

admitidas pelo costume: do: povo.

Houvesse bastante abundancia
de ovos e quejandas coisas,” que
eles se venderiam baratos. Ainda
ha pouços dias as couyes de plan-
tar se venderam a 400 réis o cen-
to, e depois isso “já baixaram
a menos de 200 réis. Causas? No
primeiro caso a grande procura;

no segundo, “ giga conccorren-

COS Po A dB PA

Senhores, que has nas mãos
os destinos d’este povo laborioso,
tão alheio aos falsetes e ardis da
grande especulação, não vos enle-
veis em feorias novas que dum
instante para o outro, podem des-
norteal-o é fazer a vossa condena-
ção, Eid

Facilitae a vida ao povo its ne-
vos que da maior oferta no merca-
do, trazida pela esperança do bom
negocio, é que depende a baixa dos

preços que procuraes.

 

DR. BERNARDINO
ALBUQUERQUE

São do nosso prezado collega
«A Folha de Oliveira» um bem re-
digido semanario que se publica
em Oliveira do Hospital, as pala-
vras que vamos transcrever, por
dizerem respeito ao muito digno
Delegado do Procurador da Repu-
blica, sr. dr. Bernardino Correia
Teles de: Araujo e Albuquerque,
ultimamente promovido daquela
para esta comarca.

«Prestamos hoje uma simples ho-
menagem ao nosso: ilustre amigo,
Ex sr. Dr. Bernardino Correia Te-
les de Araujo e Albuquerque.

Sua Bx.?, que era o Delegado do
Procurador da Republica nesta co-
marca acaba de ser promovido a pri-

meira au para-a comarca da Cer-

| esta comar-
Ex? caplivar a estima
speilo de todos que com ele
un, quér como cidulão, quér
como Magistrado. A todos, 3. Ex * Lra-
tava com à mesma gentileza, com a
mesma urbanidade e co aquela
franqueza filha da nobre familia Cor-
reiu Teles e Albuquerque.

Bo Iustre Delegado, um ma
trado que honra a classe e um E
cendente sem desdouro, do nolavel
jorisconsulto Dr. Correia Teles:

Tem | vindo o nosso homenagiado
de comarca para comarca com as re-
ferencias nobres e justas de um ca-
valheiro de caracter, um Magistrado
veto e nobre, não brigando e rê-
tidão com os seus explendidos dotes
de cotação.
LeAliva e energigo quapilo da
Ho pita Modos dusde o pessoal Mac
marca alé ao mais humilde dos seus
habitantes.

Destas as ligeiras referencias
que o Director deste jornal faz, com
Jutica, ao nobre Magistrado Bx.”e
« Dr. Bernardino Correia Teles d’A-
Ena e Albuquerque, lamentando pro-
fuiudlamente que a sum humilde pena
mitis saiba dizer.
Ipe S. Ex.” esta hu-
4 homenagem, pois que com
eta, só prentendemos fazer justiça.
E, sentindo profundamente a sua Ab
tirada desta comarca,
tinha grandes e ded
fazemos votos ardentes: para que o
nobre Magistrado tenha as felecidades
na sua nova comarca de que é me-
“vecedor.— Moraes Pequeno.»)

Sentimos não poder, por falta
de espaço, transcrever outros arti-

 

“gos publicados no mesmo colega,

sabre o sr. dr. Albuquerque, fir-
mados pelas mais cotadas indivi-
dnalidades d’aquela comarca, mas
não deixaremos em nome dos po-
vos desta de agradecer-lhes os
parabens que. todos nos enviam
por termos,como Delegado do Pro-
curador da Republica, um cava-
lheiro do quilate do sr. dr, Ber-
nardino Albuquerque.

 

 

Anuncios
Na 3.º e 4.º paginas cada linha, 30 réis
Noutro logar, preço convencional
Annunciam-se publicações de que se
receba um exemplar
Não se restiltuem os originaes

 

Coisas & loisas…

 

Suspensão de medidas
governativas

O governo não só mandou suspender
cução da reforma de corpos de
i districtos, como
determinou identica suspensão pura to-
dos os diplomas promulgados pelo ga-
binete Bernardino Machado, considera-
dos como actos de ditadura,

 

A caridade do Papa

De Roma dizem que Sua Santidade
decidiu destinar às victimas da guerra
os fundos remettidos a Roma pelos, ca-
tholicos de todo o mundo para o dinhei-
ro de 8. Pedro. Com efeito, o Papa en-
viou para Vienna é para Malines 400:000
francos que os calholicos auslriacos e
belgas lhe linham mandado recente-
mente. Bento XY socorrerá especialmen-
te com o dinheiro de S. Pedro os halyi-
luntes dos puizes invadidos pelo inimi-

EO.

 

Kleições

Dizem os jornaes da capital que está
sendo elaborado pelo governo, um de-

ereto que será publicado em breves
dias, covocando os colegios eleiloraes
pará nm “dos: domingos de fevereiro
proximo.

E nós a teimarmos

As galéras. ao cimo da travessa do
Fernando, continuam a descançar o tem-
po que apraz ao seu conductor., De
maneira que um cidadão tem que pe-
dir venia às. ex.” para poder passar
porque chega o desearamento a inter-
CempipoMapoanus erro quilns. gpu=
tece.

 

As contribuições

As contribuições predial e renda de
se ajuda as colectas industriais
| : iveis apresentarem decli né
rações no mês de Setembro, podem ser
pagas em quatro prestações:

 

mês de

A Lºprestação durante O

mês de

mês de

 

A 4.º prestação em todo o môs de
Outubro seguinte.

As contribuições industrial’e sumpluá-
ria podem ser pagas com duas pres
—laneiro e Julho,

A decima de juros! pagar-s?-ha tolal-
mente em Janeiro,

Decorridos os prazos para pagamento
voluntario das prestações ficam os con-
tribuintes sujeitos ao juro di mora de
6 por cento ao ano, e sessenta dias de-
pois de findo o prazo da ultima proces
der-se ha ao relaxe,

 

Sorteio de jurados,

Deve hoje ler Jogar nos Paços do

Concelho, o sorteio dos jurados que
hão de servir nos processos crimes no
1.º semestre do corrente uno.

 

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VOZ DA BEIRA

 

sErvore do. Natal

“Como haviamos sroticiaido- reali-

cmgu-se no dia do Natal na escola,
«do-sexo feminino Westa vila e-sob.
– =a direcção da distinta professora.

asrD. Conceição da Silva Batista,

«a festa da Amçore do Natal, promo-
“tida por uma comissão: de alunas.
A sala estava simples mas artísti-

«amentese ififiada “com verdura e”

«cousas que simbolisam a escola, e
=ao centro “o tradicional pinheiro
<rguia-se magestoso, deixando cair
«dos seus ramos, é numa profusão
tambem artistica, as varias:prendas
«adquiridas pelo producto da subs-
“-sexição promovida pela mesma “co-
anissão. A’s 13 horas começou a
«fluir ao edifício escolar tudo que
Da demais seleto na Certã, vendo-
se tunbem algumas pessoas de

S-rnache do Bomyardim, e deu-se |

«começo a festa por uma. dança
acompanhada de canto por todas
as alunas. Seguiram-se outras dan-
«ças verdadeiramente portuguezas
– a entrevalos algumas das mais
«distinctas alunas recitaram versos,
«alguns-escritos a proposito da fes-
sta, como por exemplo, A escola,
“produção do mosso querido -amigo
«dr. Silva Faia, recitada com mnui-
vta “correção pela menina Maria
«Guimarães, Entre os reoitativos
«destacaremos: Passarinhos e meni-
nos, pela menina Maria José Ba-
tata; O meu canario, pela menina
Fernanda de Seabra; A violeta,
“pela menina Ana Ribeiro; A minha
Lili, pela menina Manoela Rodri-
sgues; À ceguinha, pela menina
Ema Guimarães, Tem cuidado,
“pela menina Irene Guimarães. e a
Escola, pela menina Ofelia Pires.
“Podas as alunas disseram com cor-
xeção tendo sido muito aplaudidas.
O sr. Joaquim Thomaz, inspec-
tor escolar deste circulo, uzando
«da palavra, depois de varias con-
siderações tendentes a mostrar que
estas festas são sempre uteis e be-
meficas 4 educação das creanças,
“a agradeceu, em nome da professora
«sr? D. Conceição Baptista, a com-
aparencia de todas as pessoas pre-
«sentes e à “cooperação que algamas
se dignaram dispensar-lhe para a
xealisação d’esta festa. Findo este
atato progedlenrst, por meio de, sor;
Retitre toa as nlnnas, é “que “sahi-
mam muito satisfeitos com a sua

 

– esta, prometendo não sera ulti- |

ma.
RAF —>—

NOTICIAS DE ANGOLA

O governo, pelo laconismo “dos
“telegramas lidos no parlamento,
— dá a entender que alguma consa
de rave se está passando por lá.
Kuangar, Nuulila, etc. ete. dese-

Secção literaria

 

KA DESPEDIDA DE [954

Chegâmos finalmente ao teu último dia!
Vai-te embora ano ingralo, aziago e fatal,
Que deixas a estorcer-se em penosa agonia
“O outrora valoroso e heroico Portugal!

“0º Petria infeliz, de mim idolalrada;

Como eu sofro cruelmente ao ver-te amortecida,
“Prestes-a desabar, de todo esfacelada,

Sem eres um só lilho, insullando-Le vida!

Comoeu vejo tom pena cas faces Jacrimosas
“O povo:purtugues, valente, destemido;

“Que exaltou sua nação com acções gloriosas,
Agora sem vigor, “de sangue corrompido!

Ao pensar que já foste entre ‘Lodos primeiro,

Meu pobre Pais! que dor martiriza meu peito!
‘E bojestriste, -aviltado. exangue, sem dinheiro”
‘E’s por’tollas “rações olhado sem respeito!!! .

1 ‘Confiavam alguns só num Regimen novo,
“Quecuidasse de!tiicom destreza e fervor
E viesse restiltuir:ao Lusitano Povo
Sua-antiga altivez, nobreza e pundonor

“Tomando’da Nação as redeas bem a “peito,

Com firmeza e saber, sem fraudes, sem desleixos,
Ditando justas leis, cortando p’lo direito…

‘Que -puzesse a valer tudo isto nos seus eixos…

tPor isso:com fragor=se ‘Tez ouvir num dia

“D som-do liroteio, o troar do canhão

Contra o já secular trono da monarquia,

“Que traído pelos seus baqueou logo no chão!!…

“Eis salva a “nossa Patria! a seguir exclamaram

Os sectarios febris das triunfantes Ideias:

“O” Povo, és livre enRm! p’ra sempre se quebraram
Da tua escravidão, as pesadas cadeias!…

Porém esforço vão! que iluro desengano!

Esse arranco fremente, esse rasgo de heroismo
De mada nos valeu! poi !, de ano para ano
Portugal mais e mais resvala ‘para o abismo!

 

E” facto! só não vê quem de todo for cego;

– Sente-se um mal estar que róe e queconsome,
“Não temes Liberdade e não Lemos socego
“Envelvidos em guerra e «a braços com fome.

2 Veem-se por toda a parte odios, perseguições,
Vinganças, liranias eos Inaiores desatinos,
Cheias de gente honesta as imundas prisões
‘E infestado o pais de ladrões e assassinos.

 

Renegado o bom Deus, despresada a Moral,
“Op’varios sem trabalho, lodustria paralitica,
“Comercio a faliv, retraido o Capital..
Consequencias fatais duma baixa politica!

‘Estadistas/ deixai a intriga, o odio, a ambição,
“Que vos trazem «em luta infrene, emcavniçada!
E correi a salvar a languida Nação,
Não vá ser amanhã ‘por outra avassalada!!!…
Nas bandas do Levante a aurora à despontar
Da nussa escravidão, nao vêdes que já vemtlt,..
“0” Senhor’s do Poder, dispertar! entar!

k Se vós sois filhos bons, defendei vossa Mãel

 

“Se p’ra fanto não lêem intrepídez e amor,
Melhor será então dar lhe golpe bem fundo,
Que de vez ponha termo ao d’loroso estertor
Do velho Portugal exausto, moribundo.

Mas ao menos, se fór esta a sua má sina,
“Que não fique por ai, insepullo, ao abandono,
A servir de repasto às aves de rapina.

“Como um pobre animal lazarento, sem dono!

Compangidos vertendo um pranto de amargura,

 

Carta de longe

cá mademoiselte. ..

N’estas noites: longas de inver-
no em que a chuva bate com força
nas vidraças, nos telhados, tornan-

do as ruas quasi intransitaveis, ra-‘

reiam os-habitués nos centros de
cavaco, ‘as farmacias estão ‘deser-
tas, e só:0s mais ousados se aba-
Jançam a uma visita ao-clab.

Eu sei que no inverno não ha
distrações na provincia; e porque
osei, não perco tempo a jprocu-
ral-as.

Espero sentado & brazeira, onde
o fogo lentamente amortece;que as
horas passem.

Chegam para tudo os serões da
provincia!

Em Lisboa. dificilmente me -en-
contrariam a esta hora fazendo
deslisar a pena sobre o papel.

Cá longe, onde não chega o ‘sil-
vo estridente do gigante de ferro,
onde se não houve’o tropel’dos’ca-
valos da ronda nem’os garotos “dos
jornaes anunciando as edições ‘da
noite, vou escrevendo algumas pa-
ginas’do meu livro de melanco-
has…

Devaneios de poeta? Talvez.

Mas. emquanto o vento frio da
“desventura nos não “arrebata a ‘ul-
‘tima petala d’uma ilusão, a:alma
tem vibrações que umas vezes mos
entristecem, outras nos fazem :sor-
“PPS

Não se admire “que eu entriste-
“ga. Pois se o inverno é tão triste…!

Nunca viu em dias tempestuo-
sos o vento e a’chuva quebrarem
os ramos das arvores, arrastando
na sua queda os ninhos das avesi-
mlhas que fogem espavoriêas em
busca d’outro abrigo?

‘Como-se póde-estar alegre ‘quan-
do tudo é triste ‘em volta de nós?

Se, ao ‘menos, ‘o sol me visitas-
se no dia primeiro do ano! Que-
ria, 4 luz vivificante d’um “raio de
sol afagur n’esse dia uma esperan-
ça risonha: —’a esperança de en-
contrar’no proximo ano aquilo que
procuro ha tanto tempo. ., a feli-
cidade!

Um ano que começa é um pon-
to de interrogação no horisonte da

Movie Va! fe qhe traga venturas mil,
são ‘os votos mais ardentes do
30-19-9414 Cllulis

INCÊNDIO

À semana passada, manifestou-
se incendio no Dragão Chinex, es-
tabelecimento comercial do nosso
bom amigo e patricio sr. Manoel
Marçal Nunes, sito na Rua de S.
Pedro de Alcantara, em Lisboa.
Felizmente devido 4; intervenção

mham-se à nossa imaginação sa ” Prestai-lhe o ultino preito-ow quem sabe?- O primeiro, LR om ba a d
triotica Jaivados de sangue dos “Gavando-lhe piamente a fria sepultnra, ; imeliata dos bombeiros ao en
mossos soldados. Mas se realmente 4 “Onde durma lranquilo o sôno derradoiro!!!… dio foi logo extinto, não. havendo,

aliha o casus beli entre móse a
“Alemanha, devido á incursão guer-
eira d’esta nos nossos teritorios,
como sé comprehenderi a harmo-

nia de relações que na metropole ||

gosam as duas nações, mantendo
«de parte a parte a respectiva ve-

 

Ano Novo! eu te saúdo! E oxalá que em Leu seio
Nos tragas o Blixir eficaz, divinal,
Que inda possa salvar deste apertado anceio
A minha qu’rida Patria, 0 nobre Portugal!!..

Marmeleivo-3 1-12 914 e [-1-915

 

Artur M. de Moura

 

presentação? = compr end
mos. Er

A! ultima hora chegam noficias
graves que ferem o brio. nacional.

 

Co NOZ DA BEIRA

Junta fiscal

 

“Atendendo á solenidade do dia,

por isso, prejuizos de maior, pelo
que felicitamos o mosso amigo. |

EE Op ———
Notas falsas:

Tendo aparecido notas falsas de
10 escudos imitando grosseiramen-
te as do Banco de Portugal, pre-
vine-se o publico para que ao re-
ceber qualquer nota d’este tipo n

 

A Junta fiscal das matrizes que! examine, afim de evitar o seu pre-
o nosso escritorio e tipografia estão | hn de funcionar no corrente ano,| juizo, por mero descuido na co-
hoje fechados. Por este motipo a | deve instalar-se úmanhã na se-| brança, pois que a nota falsificada
emissão do nosso jornal fax-se co. | | eretana de RARA deste conce-| de modo algum pode confundir-se

um dia de antecedencia, “lho, com a nota verdadeira,

» “Alguns oficiaes e soldados caíram
mo combate ante forças numerica-
mente snperiores, tendo os nossos
de retirar para Togar Mais seguro,eguro,

 

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AGENDA

A passar o diz de Natal com
gua família tendo já regressado á
“capital, esteve n’esta vila o nosso
amigo sr. senador Martins Cardo-

SO. y

— Está em Oleiros, o sr. José
Antunes Pinto, lente do Instituto
de Agronomia e Veterinaria.

— Com seu filho Hygino vimos
na Certã, a sr.” D. Mara do Ceu,
esposa . do nosso amigo sr. dr.
– Gualdim de Queiroz. :

— Esteve na Certã, de passeio
“no seu bello Minerva, com sta es-

sa, o nosso amigo João Carlos
d’Almeida e Silva.

* —Comdestino a Benguela, aon-
“de se vai dedicar á vida comercial
parte amanhã para Lisboa, o nos-
“so assignante des Adriano José
“Alves.

“0 —A passar dis dias com
seu cunhado sr. José Antunes Pin-
to, sahiram para Oleiros o nosso
amigossr. Bugenio Leitão, sua es-
posa e filha.

—Com um ataque de gripe, es-
teve algunsdias por casa o nosso
-amigo sr. Carlos Ascenção.

i — Tem passado incomodado de
saude na sua quinta da Estradinha
“o nosso assignante sr. José d’Aze-
vedo Bartolo..

« —Com sua” esposa e filhos re-
gressou já a esta vila o nosso
amigo sr. tre Bernardo F. de Ma-
tos.

—Em goso de férias está já en-
“tre nós o nosso camarada de reda-
ção sr. José dos Santos e Silva.

— Durante a semana vimos na
Certã os nossos assinantes srs: dr.
Gualdim de Queiroz, dr. Silva
Faia, João Batista, Joaquim Gui-
lerme, Verissimo da Silva, José
Rodrigues Corrêa, padre João da
Cruz Prata, Libanio da Silva Gi-
ão, Francisco Alves dos Santos,
padre José Fernandes, Antonio da
Costa Monga, Antonio D. Barata
“Salgueiro, Joaquim Ribeiro d’Ap-
drade, Adelino Pessoa, M. Jacinto
Nunes e Manuel Alves.
Aniversarios:

– Fizeram anos: .

No dia 28 o sr. Joio Lopes da
“Silvano dia 91 a menina Magia
Bela de Moura emma Magia

– Fazem anos:

Hoje o sr. José. Pinto Duarte.

No dia 2 o menino Alvaro

 

Mel
No. dia 3 a menina Maia
Amalia Pires,

—No dia 4o sr dr Antonio
Nunes de Figueiredo Guimarães.
Delivrance
| Deu á luz, no dia 25 de dezem-
bro ultimo, uma creança do sexo
“feminino, a esposa do nosso assi-
“mante sr. Antonio Marques, guar-
da nacional republicano do posto
d’esta vila.

Apenas

O

Dito dias no Gabegudo

“ (Conclusão).

naturalmente abservar tudo
Puma janella da «Villa Matilde» a ter
de passear pelo arraial, onde a multi-

— dão era, aqui e alem, compacia, e o pó
Jevantado pelos bailaricos cada vez mai
asphyxiante. Não perdi nada com es
resolução, visto que a «Villa Matilde»
foi o ponto de reunião das pessoas mais
importantes da localidade e dos foras-
“teiros mais graduados, Durante o dia a

 

o MOEDA BEBA

animação foi alli ininterrupia. À amabi-
lidade e à gentileza dê Monsênior Fer-
reira e de suá sobrinha sr.? D. Mathilde
penhoraram todas as visitas. Bnlre es-
sus especialmente me agradou O illus>
tre redactor principal da «Voz da Beira»

“o sr. Pruclnoso Pires, a quem promel-

ti, nos accidentes da couversa, enviar
umas notas de viagem relativas á es-
tada no Cabeçudo, Pareceu-me que os
resaciores Rrucluoso Pires e padre Ra-
malhbosa devem enlender-se perfeila-
mente; e os pontos de vista geraes que,
dominaram a troca d’impressões havida,
dariam oc à entrada de mais um
associado nas lides da imprensa local,
se outra fosse a minha vida ou se à
Cerlã não demorasse tão longe…

do almoço, no dia da festa, passei
um verdadeiró tormento, sem que Mon-
senhor Ferreira e a sua familia o pudes-
sem notar. Em ár trivinphante, de es-
petialidade, nos usos da térra, appare-
ceram uns enchidos horripilantes, de
exquisilo sabôr, cujo nome se me var-
reu da memoria, por entré a indigna-
ção com que os observei saudados é
servidos, com aprazimento indisivel dos
convivas. Todo o escrupulo empregado
no-cotinhado eo esmerado requinte do
meuu foram impolentes para me rêcon-
ciliar com à lradicional especialidade,
inimiga ligadal da oratoria, pois quê
alugenta a inspiração, ápezar do arroz
à mistura, Aqui me vingo nobremente
da desillusão soffrida, a maior depois
da que me despertot uma celebrada
«caldeirada» em Marselha e que por
signal me-féz lembrar saudosamente as
caldeiradas do nosso paiz. Creio que,
pelo menos, em caldeirad somos in-
contestavelmente, os primeiros, no
mundo… já o grande escriptor Rama-
lho Ortigão as celebrou, na sua prosa
caro ica, de bella exactidão photo-
fographica.

Da cosinha sahiam ifinterruptamen-
te os mais variados pratos. Ao jantar e
á-ceia, à vista de Lanto convidado, com-
prehendi’ então o tostume dos pre-
sentes abundantes e a ante tarefa de
juiz e da familia do juiz d’uma festa
nestas regiões. Mas a compensar este
vac-vem de iguarias, este esforço tal-
tenção, esteve a ausencia dos discursos
com que incorrigiveis maçadores móem
por vezes, em jantares de fest, a pa-
ciencia dos convivas. Não houve «o’fal-
taria de certo a um dos mais sagrados
deveres» e similbantes bngigangas de
oratoria papuda, barata. Tudo se redu-
viu à brindes singelos e incisivos, e que
Monsenhor decerlo apreciou, por que
não é homem para maçadas, embora a
cortezia natural e a obrigaloria o pos-
sam manter imperlurbavel n’esse sacri-
ficio.

Gentilissimas sr! e
creanças auimavam a ci
quer que seja de impressivo e doce na
tocante e franca familiaridade que Mitos
ralinqute estapeleçe, nie
educação ‘religioswe prociraniser agia
dave m exugeros e sem bypocrisias
no convivio. Ioflnivá n’esse estado d’al-
ma, a vida passada no campo, no amo-
ravel contacto da nalureza sempre poe-
tica, repleta d’ideas puras? Ou será to-
do esse visivel bem estar resultante do
afastamento das graves ND des da
vida moderna das cidades? Não sei. Sei
que no trato dislincto e ao mesmo Lem-
po uma simplicidade insinuante d’es-
tas pessoas ba alguma coisa de indi-
givel, que vivilica a alma, assim como
o ar puro, genudo d’esses extensos
pinheiraes vivilica o corpo. Achei muita
graça ao comentario d’algumas sr,” s
bre a minha predilecção pelas Dellezas
do campo:—Venha para cá! Ainda gos-
tará mais deste povo. Pregarã os seus
mões. Lá teria muitos presentes em
cas o lhe faltava nada. Responde-
mos por isso—Mas… sem a condição
de, ser juiz da festa, lornei eu.

festa! Mas a festa terminára e o
contraste entre a animação do dia ante-
cedente e o silencio do dia seguinte
impressionon- me devéras, lrazendo-me
úmemoria uma passagem do Ramunicho
de Piérre Loliz «oh! la tristesse des fins
de fête, dans les villages uwês isolés,
quand le soleil maca plus, et quad
c’est Pautomne!..

Fóra uma festa Comprhi sim; mas
proporcionava-me opportunidade para
veviver uns dias à vida da provin-
cia e para observur goslosamente q re-

 

encatadoras

 

sistente devoção da alma popular. Amo |

a sinferidade dos corações mais do que

o brilho das ideias. Supórto Inelior a
siinplicidade tude, mas revelando fundo
bom e generoso, do que as ficções e.as
hypocrisias revestidas de magico esplen-
dor. E n’estas parágens Fecordei tem-
pos idos e apretiei y’úma forte ihlensida-
de, à sciencia dós contrastes da vida
D cleró, por aqui, apenas tem
de vigiar pelá maúúlenção das fervero-
sas crenças existentes. Algumas cateche-
ses, algninas pralicas que 0 povo enten-
da bastarão à alimentar o fôgo sazrado
das crenças e das tradições. Admiréi-
me quando me disseram que nem o
padre José Maria Cardoso nem o padre

 

“Pranciseo Sequeira faltaram ao povo é

que houve pedidos para que o ex.mô
vev.º Bispo dê Portalegre falasse no
Cabeçudo. Certamente nenhum d’elles O
julgava necessário. Mas é tão Julil
o estimulo da palavra evangelica pré-
gada por pessoas dé incontestável com
petencia! Ê
Perdúem-me os amaveis leilores, sé
alguns tive, eslãs ligeiras Notas de via-
gem. Sem sacrifício da verdade, eu quiz
agradecer a Monsenhor Ferreira e a
outras pessoas amigas, às atténções
penhorantes qué recebi.

Com a lransformação ahlipatriotica
do seminario dê Sernache do Bom Jar-
dim, a perdas missões qué nos expõe à
rapida perdá das colonias e com a re-
lativa indifferença pelo custo do santo
condestabre D. Nuno Alvares Pereira
não m> pússo conformar,

A fixação de residencia, dé Monsenhor
Perreira, no Cabeçudo, em múilo deve
Contribuir para o culló em Sarto Este-
vão e para a approximação dos elémen-
tos calholicos de influencia no intuito
uma nobre vigilancia pelo bem do po-
vo é pela liberdade religiosa.

Amavel e conciliador, experiente e
bom, elle púdle prestar relevantes ser-
viços à sud lerrá,
regresso a Lisbôa, não tive auto-
movel Um longo dia” de char-a-bades,
que pára mais duma hora a meio ca-
minho, sem se saber porque, visto que
O gado é snbsliluido; poeira, em uu-
vens suffocantes e. . proximo do Ze-
Zeve, O automovel conduzido por juntas
de bois” Podiamos esperar por elle!
Pazendo votos pela concialiação de in-
leresses locaes e polilicos que na Cerlã
aliflicultam ha annos, uma nova linha
ferrea, e agradecendo à ilustre reda-
cção da «Voz da Beiras o generoso
acolhimento, por aqui, coneluo, para não
parodiar uns celebres artigos do sr.
Larânjo, fallecido: sobre uma viagem à
Carregosa, que não acabaram nunta/

P.: João Vacondets

Correspondencias

“OLEIROS, 30XIT—Chegon
hontemy a esta vila o ex.Ӽ sr, dr,
Prancisco Rebelo d’Albuquerque,
governador civil demissionario do
distrito de Castelo Branco.

Informam-nos que o governo
convidou s, ex.º à continuar á fren-
te do distrito que superiormente
regeu durante nove mezes, e mais
nos dizem que s. ex.º declinára o
honroso convite com o fundamento
de que tendo exercido até hoje o
cargo como republicano indepen-
dente que é, não quer por emquan-
to filiar-se em qualquer partido.

A casa do ilustre amigo de Olei-
ros tem ido varias pessoas apre-
sentar-lhe os seus cimprimentos,
e entre elas o ex.””º gr. dr, Mendon-
ca, Alvaro e seu filho Antonio,
que hoje tivemos o prazer de abra-
car.

—ho concurso aberto pela. ca-
mara d’este concelho para provi-

 

mento do partido medico munici-

pal, apresentou- -se apenas o dis-
tinto facultativo em Pampilhosa
da Serra dr. Francisco Peixoto,

A camara vae em breve fazer o

respetivo despacho. — (55),

 

VILA DE REI, 28-Foi Gren-
do n’este Ebficallias cotho noticia-
mos ha dias, o Jogar de arcipreste
com jurisdição em todo o concelho
e na na freguezia da Amendoa, é
nomeado para este alto cargo o Br.
João Pires Neves; patoco colado
n’esta freguezia.

Bem merece à nomeado está su-
bida e justa prova de confiança e
cabe aqui dizer que o clero do
concelho honra sobremâneira a
classe a que pertence pela suá in-
teligencia é pelos seus atos que
são d’ima conduta irrepreensível.

Nós que rejubilamos tom esta
nomeação endereçamos d’aqui os
nossos cumprimentos de sinceras
felicitações à s. ex.“ o Monsenhor
João Pires Neves.

— Regresso à esta vila, depois
duma loga viagem pelo noite do
paiz, O ar. Jonqúim Martins Rolo
que ali andou a tratar dos seiis
importantes negocios.

— Assumiu o cargo de coman-
dante do posto da guarda tepubli-
cana daqui, o st. Artur de Sande
Pimentel, cabo da mesma guarda.

— Realisou-se na egreja matriz
d’esta fréguezia e vila, no dia 25
do Gorrente, a festividade do Na-
tal que constou de missa cantada
pelo clero & povo e sermão prega-
do pelo sr. padre Pedro Lourenço
Viana:

Produziu ótimo efeito à minsa
coral, como das Vezes anteriores;
e o serihão agradou bastante.

—Houve apenas uma concol-
rente á escola mixta das Valadas,
d’este toncelho e, por ter concotr-
rido fóra do prazo; constá-hos que
vae ser provida interinamente.

Na secretaria de finanças d”
este concelho trabalha-se ativia
mente pata que a cobrança das
contribtiições possa começar ein
janeiro proximo:—(S.)

1 ANUNCIO

“1: publicação

NO dia 24 do proximo mes de
Janeiro, às 12 horas, á porta do
tribunal judicial d’este juizo, em
virtude dos autos viveis execu-
ção que o Ministerio Publico move
contra Joaquim José e stia mulher
Carolina de Jesus, d’Arrifana, e
Antonio donguipo, casado, do Bai-

rem AE PairniRdos! h quem HiiorUs
lanços oferecer acima da avalia-
ção, os seguintes bens:

1.º—Duas casas terreas com
dois quequenos quintaes, uma d’um
outra d’outro lado da rua, no lo-
gar da Arrifana, no valor de 35800

2º—0 dominio util d’im praso
foreiro aos lrerdeivos de Francisco
Teixeira, de Sernache, em 27,188
e um frango, constituido n’uma ca-
sa de residencia, situada no logar
du Bailão, no valor de… 32500

3.º—Uma courela com oliveiras

 

“no sitio do Porto da Cruz, limite

da Arrifana, alodial, no valor
dai PS SRA IA NULO)

4º—Um cerrado, no sitio da
Antiga limite dy Arrifana, alodial,
no valor de…….0..0 30300

5.º—Um cerrado de terra de
cultura, sita és Barrocas, limite
da Matta, no valor de.,. 90300

Pelo presente são citados os cre-
dores incertos pata deduzirem seng
direitos, querendo, no praso legal.

 

Certã, 21 de dezembro de 1914.

O Escrivão,
Antonio Augusto Rodrigues
O Juiz de Direito –Mattozoreito –Mattozo

 

@@@ 1 @@@

 

“gua da, Fyz da Certa

4 Agua miner a-medicinal da Foz
dr Mertã apresenta uma composição
«cuitoioa que a distingue de todas as ou-
t é hoje usadas mia therapenlica..
empregada com segima vantagem
ma “Diabetes — Dyspepsias—Catarvos
gastricos, putri idos ou parasitarios; =
=ras preversões digestivas derivadas
Eadà enças tufecciasas:-=na convales-
=censa «dias febres graves;—nas atomas
gastri icas dos: diabeticos, tuberculosos,
ni Tehificos, etc:,-—no ‘gastricismo dos
«exgotados pelos excessos Om pr tracões,
ele, ete.
– Mostra a analyse halereologica que a
Aga da Foz da Certã, tal «como se
«encontra nas garrafas, deve ser consi-
“«derada como microbicamente
pura não contendo colibaci-
Jo, nem-nenhuma-das especies patho-
geneas que podem existir em aguas.
Alem disso, gosa de uma «certa accão
“anicrobicida O JB. Thyphico,
Diphterico,. e Vibrão
«cholerico, em pobco tempo n’ella
merdem’todos a sua vitalidade, outros
microbios apresentam porém resistencia |
maior… .)
A A, eua da Foz da Certã não tem ga-
zes “livres, é limpila, de sahor levemen-
“e’acido, muito agradavel quer bebida
«pura, qquer misturada com vinho.
; A

– DEPOSITO GERAL

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