Eco da Beira nº21 03-01-1915

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Certã, 3 de Janeir

 

 

 

“ Assinaturas:

Ano 4 er raiva too TIDO
“Semestre; a it oRcboN ta EStigpõo
Brazil (mocda” aa rooa

 

“Anuncios, na. 3256: 4 27 página, 2 cen-

 

 

 

 

– Publicação na: Certã”

 

“ Redacção e administração em Ra

SERN ACHE DO BOMJARDIM

emma

“Composto e impresso. na Tipografia, Loiriensa.

 

 

 

Quando, estrebuçhante o mi-
nistério Bernardino. Machado, o
sr. Camacho ofereceu na Câma-
ra dos Deputados o suicidio do
seu partido, em holocausto à Re-
pública, houve pessoas bem cin-
tencionadas que se agradaram
com aquele gesto que bem pa-

receu sincero e patriotico, Nós |

que conhecemos o sr. Camacho
ficámos à espera de asneira gros-

“sa. Osr. Camacho não é apenas

.

um irregular e “um impulsivo.
Pertence ao numero daqueles in-

dividuos que se esmeram em

desfazer todos os actos bons que
praticam. Um gesto de desinte-
resse nesses individuos é segui-
do sempre ‘de um acto de egois-

mo. Um acto de bom senso tem

por contraste um desvario. Por
vezes estragam num minuto uma
obra de dias, de meses, de anos.
Cunha é Costa é um exemplar
vivo desta raça humana, O. SF,
Brito Camacho pertence-lhe tam-
bem.-São vriaturas que – proce-
dem sem logica e sem coerencia.
Por estas razões, nós presenti-
mos que, tendo o, sr. Camacho
mostrado, a sua disposição de,
abdicar -das suas ambições polí-
ticas, havia, a breve trecho, dé
as mostrar mais desvairadas do
que nunca, Todavia, não espe-
ravamos: tanto como o. que te-
mos visto. Não, não esperava-
mos, por muito que conhecesse-
mos à psicologia do sr. Camacho.
Vale a pena recordar e ligar os
factos, para se fixar a psicolo-
gia do homem que: não só quiz
ser chefe de partido dentro da

República, como. pretendeu ser

seu arbitro e pretende hoje, evi-
dentemente, ser um ditador.
O sr. Camacho, depois de se

ter mostrado disposto a coope-

“rar no poder com o Partido Re-

publicano Português, recebeu o
ministério presidido: pelo sr. Vi-
tor Flugo de Azevedo Coutinho
com! amais viva é desnorteada
hostilidade. “Não se contentou
em lhe declarar franca. oposição,
Confessou que,’se tivesse meios
para impedir que ele ‘se apre-
sentasse no Parlamento, os em-
pregafia, isto é, confessou que,
se tivesse força. para um movi-
mento revolucionário, a empre-
garia. Ele que fazia luxo em
combater com delicada argu-
mentação os govêrnos da mo-
narquia, ele que classificou de:

 

reveldtionários: de lata os cada
gentes do 28 de Janeiro, ele que
combateu a ditadura franquista
com uma frouxidão que se afi-
gurou justamente: como: cumpli-

cidade —ele tomou, ante este go-

vêrno genuinamente republica-
no; uma atitude de panfletario
feroz e de revolucionário terri-
vel. Mas essa conduta podia ser
uma leviandade de momento. O
sr. Camacho preparou seguida-
mente a tragi-comédia do Sena-
do. Não. hesitou. em crganizar
conscientemente um: crime não
contra O govêrno, mas contra ‘a
República. Ele que pouco antes
afirmára que a República atra-
vessava uma crise grave, urdiu
um atentado contra. os poderes

do Estado, evitando que uma |
câmara funcionasse e querendo |
evitar que o poder legislativo |

exercesse regularmente as suas
funções. O. sr. Camacho, não

tendó força, não promovera a.

revolução contra O govêrno. Mas
o sr. Camacho. procurou de fa-
cto dificultar a vida constitucio-
nal da República, promovendo
um espectaculo! que seria degra-
dante para O país se não fosse

“apenas uma | infamia-de: respon-

sabilidade individual. E não fi-
cou ainda satisfeito, O sr. Ca-
macho era deputado-e tinha na-
quela-câmara uma duzia de -ami-
gos que se chamavam” seus cor-
religionarios. Pois o sr. Cama-
cho fugiu da câmara é sugestio –
nou. os. seus: amigos para O
acompanharem. O leader unio-
nista e os seus amigos deserta-
ram do campo da luta legal. Mas
desertaram porque renuncias-
sem à vida política? Não. O) sr.
Camacho abandonou o: Parla-

mento, porque queria fazer uma |

campanha Criminosa e não: ti-
nha coragem para a fazer em
lugar onde podia ser contradi-
tado e desmascarado.-O sr. Ca-
macho” deixou ‘a Câmara dos
Deputados, porque não era ho-
mem com a coragem moral para
ali estabelecer o dilema que fi-
xou nasua gazeta: o govêrno co-
mete um crime se manda uma ex-

pedição para França, e deshonra-

se se não a manda.

Nunca, no tempo do govêrno
Bernardino Machado, le esta-
beleceu este dilema. Não se

opôz ele, na altura própria, a
que o govêrno português tomas-‘

 

 

 

 

ou de um govêrno. E” da nação.
As responsabilidades ou’as gló-
rias das negociações podem. ca-
ber ao govêrno, que. as dirigiu.
O compromisso é-da nação. Fal-
tar a ele seria; hoje, a ultima-das
deshonras, seria a exautoração
de uma Pátria, Pois é sôbre ês-
se assunto que o. sr. Camacho
faz a mais ignobil, a mais vil, a
mais repugnante chantage, exce-

dendo em muito a especulação

feita pelos quadrilheiros de 20
de Outubro ! E” êsse assunto que
ele diz que, se fosse poder, bem
resolveria—ele que fugiu da Cà-
mara dos Deputados, ele que
deixou de ter a única força po-
lítica legal que possuia, ele que,
em nenhum caso, agora, pode
exercer o poder! E é em torno
“dessa Cchantage que ele sonha em

“Organizar um movimento que o

– Buindo, às alturas de ditador !.

O sr. Camacho ofereceu em
sacrificio da Republica o seu
suicidio político e a breve trecho
ambicionou ser mais do que
nunca fôra. Afinal, suicida-se.de
facto. Mas suicida-se. dando-ra-
zão aquele honrado republic ano
e velho professor que o bapti-
zou de Marat sem tina, acres-
centando. que: podia. dizer-se e
ler-se tambêm: éMarat sentiná.
Com efeito, o sr.’ Camacho não
se atirou ao mar, que, tragan-
do-o, o levaria. Não se atirou
ao Tejo, que tinha água de so-
bra para o limpar. Não se “afo-
gou sequer numa tina, Asfixia
numa sentina. E, conquanto. a

decomposição só haja começa-.

do, já fede. E” insuportavel o fe-
dor! Os próprios monárquicos
que lhe dão palmas e que estão
habituados a maus, cheiros, ta-
“pam o nariz. O sr. Camacho po-
dia suicidar-se como um-homem
limpo. Mas suicida-se’ como um
homem pôrco. Morre sem inspi-

rar, compaixão, porque. morre

causando. PO PIhOS.

 

É transcrito ns nosso Densa di cos

lega Mundo o nosso artigo editorial.

FÊ se,

Felicitamos mui – ni o
nosso amigo Alfredo Vitorino: e seu
fiel Túlio pelo sucesso por êste alcan-
çado na exposição de pintura no’sa-

lão da Ilustração Por tuguesa, com:

os seus dois magníficos “quadros, a

que a crítica tem feito um lisongei-

ro acolhimento e um’ dos quais foi
vendido logo no primeiro dia: de
exposição,

 

Almirante Tasso de Fi-

Certã

Ex.» Sr.
| gueirêdo

 

 

o LEIRIA |
se o! compromisso das nossa’ coo- Ro LÍTICA. LOCAL.
peração! -na guerra. Esse com-
promisso foi tomado, e não-é O
de um. homem, «de; um, partido GARTA.

“Meu Caro Ciriaço-

 

+ Cessaram as tréguas:

Os homens voltaram. à luta.si 03

A. política retomou a sua: intensi-
dade combativa,., :

Aqui me tem, pois, coma: ria

 

resposta, já prometida ‘em- dois: nú-

“meros-do Eco… .

As suas palavras: penhoraram- -me
e comoveram-me.

A sua carta é O espalha da: sua
alma-—limpida ‘e-serena: tema -im-
pressão: do seu: belo caracter-=o, cul-
to da justiça e o amor da, verdade.

à Muito obrigado por mais esta afir-
mação da-sua solidariedade, e pela
generosidade-com que aprecia. £ põe
em relêvo a minha conduta política.

Não: sei quem escreveu a local da
Luta. E” anónima. O que tanto, bas-
ta para não incomodar: ningueme:

Não é um; artigo de, crítica: é uma
verrina de injúrias, negando a hi
radez.e a dignidade do seu autor.

“Deixei-a 15 dias sem-respostação a

espera-que dos unionistas: apareces-

se. um: homem de categoria e:de

bem a repelir e desviar asinfâmias,

– Não veio, e eu segui, ud sem

mágoa nem surpiesa, SU GÃE

Ageantel abc cre A ss A
des ciS z

Refere-se o meu caro Tao
aproximando | factos e atitudes, à me-
moravel sessão de 7 de Outubro de
IQIO.

“Lembro-me bem.

Nunca falei com tamanha contian-
ça e com tanta sinceridade. |

Nunca pratiquei acto politico que
me deixasse na alma uma tão gran-
de é consoladora sensacão de alívio.

A proclamação: da República não
foi para mim uma surpresa. i

“As minhas ilusões sôbre os bene:
fícios e a eficácia’duma monárquia
liberal como meio de fazer conquis-
tas liberais, sem os sobresaltos duma
mudança: de regime num organismo
constitucional; extremamente -depau:
perado; tinham caído: como:-fôlhas
amarelecidas, batidas Frete: vadia do
outono. tb 6

João Pinto, a quem eu aa
nhava, com veneração-pelo sew ca:
racter e com absoluta-tonfiança : na

sua acção; política; quando, com os:

dissidentes se lançou na revolução
política, bem sabia. j já que não. fazia
uma obra, monárquica. Nem… a
monárquia tinha já , concêrto! tias

A revolução triunfante não. se de-
teria a fazer a a duma
monarquia noya. 1

Nem as revoluções param ou se
encaminham à vontade dos homens,

Os que as fazem e preparam são
alfm seus méros instrumentos e não

poucas vezes as suas primeiras vi-

timas!

Deodoro da Fonseca saiu para à
rua para derrubar um govêrno é en-
trou em Petropolis para depôr um
imperador, seu velho amigo!..

A minha desilusão e o meu des-

ânimo havia-a eu manifestado numa

carta que, muito tempo antes, havia

sa suavia

sa su

 

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escrito a um velho e dedicado ami-
go, dos que mais estimo-e conside-

ro. Desde então era um aborrecido
em política, e nêste estado de des-
ânimo me veio encontrar a República.

Despertou- me. Estimulou-me !

Fui ali; à câmara, e saudei-a com.
o entusiasmo de um liberal e a fé

 

patriota. à +

e ofereci-lhe os meus serviços e o

meu apôio, sinceramente e com de-

dicação.
Que fizeram os outros?
vc Nem -eu-set mca

Nunca xDgiho dido que! dfugém os

outros nem penso no que êles dirão
para determinar os meus actos.

» Oferecilhe- túdo quanto podia
dar-lhe—o esfôrço do meu trabalho

 

 

e’à minha boa. vóntáde com fé ce

lealdade. Es

—E recolhi-me à Re casa.

A República entrou de estabele-
cer Os seus ôrganismos provisórios,
sem me chamar. Nem tinha que cha-
mar.

Eu limitava a inha acção políti-
ca a comparecer em“ todas as sole-
nidades públicas, e aí lhe reiterava
os-protéstos:da minha dedicação e
da minha confiança.

Mas não tinha abdicado do-direi-.

to de ter opinião pessoal] sôbre ia
orientação dos homens que serviram
e dirigiram os negócios da Repú-
blica neste concelho: E

“Confesso-lhe aqui, meu. caro Ci-
ríaco, que os seus primeiros actos
me desagradartam.”

Mas calei-me. -sriisievonios

Eu’ núnca” “compreendi” comô é
porque; por: exemplo, a’ comissão
executiva dêste ‘ município, se cons-
tituira- com “ro “vogais, em. lugar

dos 14; que’ mándava à lei, dando.

iassim-a Impressão de que êste con-
celho; que fôra’o primeiro do dis-
trito 4 proclamar a Republica, co-
mo’se registara com orgulho, não
tinha republicanos nem’ao menos
homens de bem para’ completar-se
o sa de atteniniine ação” muúnici-
pal. ã
E tão era veidides pois ali em
Sernache estava um velho republi-
cano;io sr. Isidoro Antunes, que,
com Marinho Portela; Alberto Gas-
pare Luis Domingues, um dos trium-
“viros’da Gertã, constituira a comis-
são que no Pará fundara o Centro
Republicano Português. .- “+,

E êle não renegara a sua fé repu-
blicana.

Esta atitude do triumvirato’ come-
çou a ser para mim um tanto signi-
ficativa. é

Como acto não valia nada. Como
sintoma era de considerar.

“A breve trecho a. política republi-

cana neste concelho (começou a de-
lirar.
“Eu tinha ate uma nisi
nova; e sã, expurgada de preconcei-
tos e de prevenções que: noutros
tempos alguns mudas asia trazi-
do:a:êste concelho. :

Longe de» fazer-se uma” pblicidal

de atracção e concilisção, ela co-
meçou a fazer-se aos repelões’con

tra homens e até contra uma glasse
prestante,ao mesmo tempo! que nos
triumviros: começava a aflórar a bro-
toeja dum caciquismo feroz, que fa-
ria saudades dos’velhos” influentes,
cheios: de fôrça, de autoridade e de
serviços. E de bom senso, qualida-
de que começava-a rárear nos au-
po da: República.

“Algumas vezes ‘intervim, então,
para dar à vida! politica dêste con”
celho uma -oútra * orientação, mais
conciliádora;’ mais | republicana. e
menos imprudente.

Vou dizer-lhe.o que eu pedi e re-
comendei, e o, à que se me fez e Tes-
pondeu.

O públi ico, vai ver como compreen-.
diam e quiseram a. República e a
política êsses que hoje me mandam
injuriar nos seus jornais, a mim de
quem êles nunca receberam um agra-
vo nem ao menos uma, impertinên-
cia. a

Exporei factos; ea O
público nos julgará. Mas essa parte
da minha resposta ficará para uma

 

stei-lhe a. ds Momeiagem

 

 

 

 

 

Biro, que esta já vai a

“demais.
“Um grande abraço do dedicado
correligionário

À Sernache,
31-12-914

 

Pelos” jornais da capital teem os”

– nossos leitores conhecimento dos

” factos ocorridos em Africa entre as
ossas fórças e as tropas alemãs.

À situação não é para receios.

Podemos bem confiar no. valor

elo nosso exército.
‘ Os contingentes que lá estão os!
“que vão a caminho e os que, por –

– cautéla- para lá vão ser mandados
“são mais do que suficientes para in-

“ Alingir ás fôrças germânicas uma der-
rota e assegurar o nosso prestígio e
manter, a, “integridade dos nossos do-
míniôs é a honra da pátria.

*aEm nosso favôr devemos ainda
contar com a-dedicação ‘ e ‘ auxílio
dos -povós indígenas quer, em hor
mens.combatantes, quer em. manti-
mentos e protecção. E. informações
temos que esse apôio nos é dado
com um grande entusiasmo por par-
te da.-raçaipreéta e será duma gran-
de’eficácia no desenrolar dos acon-
tecimentos.,

Um amigo nosso, com grande co-
nhecimento dos negócios de Africa,
espírito | ponderado ‘ E observador,
com quem estâmos conversando nês-
te. momento, “dá-nos informações,
“que, muito nos alegram e nos per-
mitem, sem reservas, levar estas
palavras de confiança, e entusiasmo
aos nossos-leitores.

“ Dias felizes e de eloa n nos vão
da em breve as tropas portuguesas
que combatem em Africa os bandos
de, fibusteiros germânicos.

 

Em volta da guerra

 

Antagonistas.. à amigos

15E’ €O periódico; L Echos “de [Ar
gonne, expressamente, escrito para
as tropas francesas, que refere êste
curioso ‘e originalisstmo incidente:

“cAchava-se um soldado dé eaça-
dorestem! determinado entrincheira-
mento, Uma tarde, teve de saír em
serviço de observação. Ao cair da
noite voltou para o pé. dos seus
companheiros..

Daí por “pouco soava/ uma voz no
alto do entrincheiramento: /

-— «Alo! Alo!» E

— Que demónio! Aquilo é um
boche! O que há *—perguutou um
Suldado,

“—Fala
dores?
“—Vem cá. ver se, queres,

—Faze-me, um, favor. Preciso sa-
Der se está entre êles um que se
chama Untel. Pórece-me tê-lo avis-
tado há’ pouco: por ‘aqui acima.

—Está bem… E o ae lhe que-
res:

— Quero. vê-lo. Foi meu compa-
nheiro. Trabalhamôs j juntos em Sen-
tier, nas: próximidades de Paris

‘=“Como é quete chamas?

baixinho. Estão aí caça:

– O alemão; disse o nome. Foram

chamar Untel—que era o caçador
em questão—e que prestamente
acudiu para palestrar com o amigo.

-—Então como vai a saude ?

—Menos mal.-Etu?

— Tambem eu me sinto na mes-
ma.Qhbe
ata imenso det te ver. dog
volto para falar contigo.

E na: verdade o boche retirou-se
mas voltou. á meia noite, deixando-
se estar um bom bocado-no entrin-
cheiramento: dos: francêses,
obsequeiaram o melhor: E pude-
nam (io –

Ao romper da manhã, o prussia-
no despediu-se de Untel com um
apertado. abraço e. voltou, tranqui-
lamente, a: ocupar o seu posto en-
tre os inimigos da França,

 

que o:

 

BEIRA.

O cheque ao plano
alemão

A Gard de la Bourse, de Paris,

“considera O seguinte sôbre a guerra:
* «Se quisermos encarar a guerra |
“actual sob O aspecto da ofensiva re-
– Ciproca, temos de convir em que, já:
“levâmos de ganho a primeira in.
-estida, porquanto vemos que o int-

 

migo renunciou ao seu plano.
«Queria bater-se na França mas

| achá-se constrangido a bater- se em
“territorio russo.»

Simplicidade e gran-

deza

O conselho municipal de Lens—.
‘ *região: do Marne-—-precedendo pro-

posta do maire, o sr: Lucien Cor-

“net, senador do Yonne, enviou uma.
“eloquente mensagem de gratidão ao
* generalissimo Jofire, que evitara a

destruição da referida localidade, sô-

bre a qual marchavam os alemães a
na vespera da derrota do Marne,

graças a uma proficiente manobr
disposta & executada sob a sua di
recção.

Jofíre respondeu agradecendo vi-“”|”

vamente as felicitações que lhes en-
dereçavam,: remantando o seu, ofi-
cio com estas breves palavras: a
= «Simplesmente. cumpri a missão
E me impoz o povo francês».
Um diplomata: que ultimamente
visitou-Joffre. na casa em querêste
reside desde o.começo das opera-
ções, contou depois com louvor, na
roda dos seus” amigos, o, lance qué
vamos ‘referir’pelo Reno o
des notas sji D:
—«Estavamos eqnversando; sósinhos,
Às dés horas. e meia da manhã-che-
gou um coronel. Levava uma parti-
cipação da linha de “fogo. Joffre,
sem interromper a “palestra, leú-a
com a maxima rapidez, Voltando-se
então para o coronel, disse-lhe:
-4E” preciso que essa povoação
seja ocupada antes de duas horas.
O coronel cumprimentou e saíu.
Voltámos á nossa palestra, que pa-
recia (interessar bastante O genera-
lissimo.:.
– <Ão meio- -dia tornou o coronel a
entrar. Proferiu estas quatro pala-
vras: |
«—Está feita a coisa. aa
«-—Bem-—retrucou Joffre-— Não
esquecerei que se fez depressa.» .
– «E á tarde-—observa em remate a
pessoa que testemunhou o facto —o
coronel póde adquirir a certeza “de
que assim como se dera pressa em
cumprir as ordens superiores, tâm-
bêm.o generalissimo; se .apressava a
demonstrar-lhe o seu vivo regosijo.»

O rei Alberto e o kaiser

O Daily Mail insere no. seu nú-
mero de domingo último uma infor-
mação subscrita pelo seu redactor
diplomático, garantindo que-nio fim
da entrevista do; kaiser com;o rei
Alberto, a que alude o Livro Ama-
relo francês, Guilherme II dissera
para o seu valoroso interlocutor :
«E? possível que lá venha o dia
em que terá de’se lembrar que do
tence à casa de Coburgo !»

OQ rei tornou-lhe sorrindo ;.

«Por certo; mas não é menos ver-
dade que também pertenço a casa
de Orleans !» –

“Ao que pastos sem iidar de
expressão: ..

«.. + E. ainda menos esquecerei
que acima de na sou belga e

“Saiu de nbrgcidi path a
onde foi passar as férias, do Natal,
o sn. dr. Rafae] Lisboa, professor
do Colégio das Missões.

sá a Esses

“Ezidoro Antunes:

Está completamente restabelecido
dos seus incômodos 6 nosso amigo
Izidoro Antunes,

Em gôso de férias,
Sernache os srs. Manuel Amôr e
Francisco Tedeschi, professores do

Colégio das Missões.

 

 

sairam de;

 

 

 

LITERATURA |

Está cá a minha mulher?

 

Naquela noute, Ernesto estava
impressionadissimo. Os jornais, não

* traziam senão notícias aterradoras ;
* roubos, tentativas de assassinato,

infidelidades, emfim, um sem núme-
ro de factos “desagradáveis.

Ho “Tinha estado num café com al-
= guns amigos de infância, conversan-
«do. sôbre. vários assuntos, sôbre..a
vida dos: casados; sim porque Er-
nesto era casado, de fresco é verda-
de; mas era casado; e com uma ra-
pariga que era uma verdadeirajoia;;
muito amiga–dêle, cheia de cuida-
«dos; de: prevenção ss uma. bôa com-
– pontdiras nopaas

“E êle dava-se muito be também
não havia muito tempo ; apenas oito

“meses; estavam ainda nã luã de mel.

“Ele, estimava-a muito, durante aque-

les oito mêses, não tin á

mais pequenina nuvem

pido do amôr conjugal. Depois, ela,

-Ainha.tido uma educação esmeradis-

sima, apesar de ser filha de um ten- |

deiro) dum abastado vendedor de
bacalhau é banha de porco, da’ rua
de… Ar sogra, Sim, porque êle
também tinha uma sogra; era muito
bôa senhora; ; apesar de ser mulher
dum tendeiro, tinha ma gníficas qua-
líidades; erá a bondade das -sogras
personificadas, o up e rároencon-

* Apar-S€L=r” ari

‘O paiea “mãe de porque : ain-
da tinha pai e mãe, gabavam- a mui-
to; tinham pela: mãe da nóra uma
estima’proófunda.

“Ernesto cera “felizi’ Não” rifa +
lhos;’ tambêm como; havia êle de
ter filhos, se, apenas ha oito .méses
que eram casados ; não tinha ct
dos: passava uma “vida! adorável na
companhia da mulher. E depois, ti-
nha’uma certa fortuna; não-digo lá
que fôsse. muito, : inuito: TICO; mas
era remediado. Chegava. perfeita-.
mente -para os dois. Não tinha ha-
vido ainda naquele casal de pombi-
nhos novos tma única” as ol

(E para que 2º E q
– Ele levava-a-aos s passeios, aos tea-
tros, aos bailes mais em. voga; por-
que estava muito bem relacionado ;
fazia-lhe todas as vontades, satisfa-
zia-lhé os mais pequeninos desejos,
todos os caprichos, numa palavra,
era doido por ela. “Fambêém, verda-
de verdade, se não: fosse doido. por
ela, não teria casado. E ela, recom-
pensava- “lhe O seu amôr o melhor
possivel. Se por ataso; quando “ele
chegava da pu -nos“dias.in-
vernosos, coberto de lama, com os
pés humidos, ela lá estaya à espera
dêle, com os sapatos bordados que
lhe tinha dado no dia dos seus anos,
um cálice de cognac quente, limão
erassúcar, para lhe fazer tomar, aju-
daya-lhe: a descalçar as botas, € fi-
nha por êle os, Maiores suidados, e
disvelos,

Eram ambos a” procurarem “vêr

 

 

 

 

 

 

 

4 qual“agradava mais” ao outro. ‘Elé

também, vinha: sempre a horas ra:
zoáveis, às LO, nos dias “ordinários
em que não havia teatro, porque afi-
nal, raras vezes êle ia ao teatro sem

a levar. As visinhas da escadá’ cha-
“mavame-lhe’ os pombinhos do tercel-
ro: e com razão.

Quando êle saia de manhã. para
a repartição, ela ia sempre dizer-
lhe adeus à janela, por entre os vi-
dros, e-ele’ a esquina, fazia muitos
gestos, e cumprimentava,’ e ria-se,
eram: uns vérdadeiros namorados:
Havia apenas uma coisa que êle na
verdade não podia . suportar; era
um defeito que ela tinha ; defeito
aliás muito” desculpável, em quem
trabalhava tanto; porqueela- traba»
lhava muito ; era uma excelente -do-
na de casa, e êle bem sabia. que
para ser-se boa dona de casa, é ne-
cessário muito trabalho. Mas 6 tal
defeito não o podia aturar. Lógo’a
noitinha, assim ‘que eram oito: horas,
chegava- “lhe o; sono; e ela,| mostrava
imediatamente desejos de se ir: dei-
tan co Ra

Quando êle entrava, às 10 horas,
já cla tihha dormido muito, “é de-é de-

 

@@@ 3 @@@

 

pois, se êle começava” a conversar,

ela dizia- Jhe logo:— Estou com mui-
“to sono, amanhã ao ad me con-
tas. isso.

E depois tinha” um sono muito
pesado. Pe,

Era só ac jantar que êles conver-
savaim, porque de manhã, êle almo-
cava a correr; para não oa. ao
ponto.

A sogra e o sogro moravam áli
ao pé, era só atravessar. duas-ruas ;
“sim, porque êle tambêm tinha posto
como condição separarem-se; êle
deixara a «mãese O pai, que mora-
vam próximo, na;rua, paralela; e
portanto a mulher, devia abandonar
os seus. E” a ordem pal dos que
se casam.

* Casamento, apartamento.
* Os mêses iam-se passando e êles
mem davam por isso.

*
* *

iNessa noite, porém, Ernesto, es-
tava triste; O que era raro, porque .

era dum caracter Joyial, alegre, di-
vertido. “Os amigos que estavam

com êle nun caté, já O tinham re-

parado.

– + Não pareces o mesmo, mudaste.

– —Hôómem, que tens tu?
Era o que êles lhe perguntavam.
-JEle não podia explicar; estava.

nervoso; sim, era o nervoso; não.
tinha” razões para estar triste; eram

daquelas Coisas imexplicáveis.

* Pretexiou umas dôres de cabêça,
que precisava retirar-se; descançar,
dormir ; e“saíu-em direcção de ca-
sa. Pelo caminh )
que teria. Tinha sido sempre muito:
robusto, forte, bôa saude, o que se-

 

ria, O que não seria, talvez bexigas, .

tinha assim a modos que febre, e

depois, não admiraria muito que as ‘

tivesse; na cidade havia epedimia,
edie nunca as tinha tido.

Mas o ique seria dêle, se tivesse
bexigas; tinha que separar-se da
mulher; porque êle não queria pe-
gar-lhtas,’ coitadinha, não, ificaria
muito feia; ela que tinha a “pele tão
macia, ficaria cheia de covas, e com
acutis áspera como uma lixa.

Não, preferia ir tratar-se para o
hospital; e depois, não: E de
morrer:

– Ele, não: tinha érada quei ficasse
feio.

Num homem é aa mais des:

cupável.

*
+ *

* Ernesto vinha fazendo estes ‘ cál-

culos pelo caminho, e foi-se aproxi- –

mando de-casa sem o saber.

“Não tinha dado por tal; não ha-
via ainda um quarto de hora que
estava no – Martinho, e já se achava
na calçada da Estrela, Tinha vindo
a vapor; por’ isso é que êle estava
cóôm “calor. Pudera, O caso não era
pára menos. Foi andando, andando,
e chegou em frente da porta. Tirou
a chave do trinco, e subiu até ao

terceiro, depressa, galgando os de- :
graus a dois e dois: Bateu a primei-

ra vez, devagarinho, para que fosse
só a creada que o ouvisse, porque
tinha receio de que a mulher se so-
bresaltasse.
Esperou, mas nada ; o em vão;

a creada não ouviu. Talvez estives-
se a dormir, tornou a bater, mais
forte. Nada; sémpre nada; não ob-
teve resposta. De repente, úma ideia

atravessou-lhe o cérebro; não tinha.
creada; a mulher tinha- a despedido.

de manhã. e já ao jantar tinham
sido os. «dois quem haviam. posto a
meza. Bateu de novo ;. silêncio ab-
soluto.. Não. estava em casa; não
restava dúvida. Talvez tivesse ido
para casa da mãe; erajo que tinha

sucedido ;.: os so ros tinham vindo.

buscá-la; estava lá a cear.
Desceu a três e três os degraus,

e foi a casa dos sogros. Bateu, tor-:

nou à bater. ‘No.fim de muito tem-
po, veio o sogro à janela, em cami-

sola, e com um, casaco pela cabeça,

perguntar quem era.

— Está cá minha mulher ?

Não estava, nem lá tinha ido.

Não estava em casa, não estava
em casa da mãe; então “onde- esta-
va. Só, não saia ela. Ah! tinha ido

para casa do pai dêle; era O que:

 

= E esa

EG ASSISTA

eras estava lá: naturalmente, eles é

que a tinham ido buscar ; e desatou
a correr outra vez.

O suor corria-lhe em bagas pela
testa; pudera, aquilo não era andar,

“era trote largo. Chegou a casa do

pai, mesma demora, veio a.creada
velha à janela de tonta de dormir.
“Está cá-minha mulher?

‘ Mesma Tesposta; não estava, nem
lá tinha ido.-Por um triz que êle
não desmaiou, não estava lá tam-
bêm.
Não havia que vêr; Tugira; era
certoraquele amôr ; tudo mentira.

Mas não; e se a tivessem assassi-
nado ; havia tanto disso, os jornais
estavam cheios dessas histórias ver-

dadeiras ou não. Depois como cor-

ria que êle tinha alguma coisa, eram
capazes de terem ido para lhe rou-

bar a casa, tinham pressentido amu-

lher, e já se vê: estrangularam-a.

Pobre companheira. Voltou a casa

outra vez, bateu, tornou a bater;

“meteu os hombros à porta; nada,
não poude arrombá-la : estava. fe

chada à chave. Talvez lhe tivesse

“acontecido “alguma coisa; talvez
– tivesse saído; o melhor erá ir: à

polícia; aí. sim; deviam saber. (Cor-

reu ao comissariado.
—Está cá minha mulher? e o no-

me e a ocupação, contou tudo. Man-

daram um polícia com êle saber o

que haveria. Chamaram-se todos: os
visinhos, interrogatórios; crime, rou-
bo? Nada sabiam. Era melhor ar-
rombar a porta; um serralheiro;

chamaram um serralheiro: E lá vol-

tou êle para.a rua, desceu a quatro

e quatro os degraus, e foià procu-

ra dum serralheiro; correu, tornou

= a suar; por. fim, lá encontrou um
“velho; e vieram os dois. Toca a ar-
“rombar à porta; e zás; força, e mar-

telo, ce zás, afinal abre-se a porta,

corre ao quarto da cama.

dk RESSA

Ela lá estava deitada, com os-ca-
belos. caídos, a boca meio aberta,
uma expressão divina, ideal na fisio-

nomia,: mais, bela: que: ga e

mindo profundamente,
Acordou- a, contou-lhe tudo; e: ela

disse-lhe, que nada ouvira, estava

pregada no sono. E êle lá veio, di-
zer a todos os visinhos, envergonha-
do, e ao polícia, e ao serralheiro
que ficaram pasmados:

—Está cá minha mulher!!

** x

No dia seguinte, Ernesto estava
doente; tinha dôres no peito; e nas

pernas “principalmente.

Os mandamentos da reforma
ortográfica
Em meia dúzia de palavras, segundo
0 Dr. Cândido de Figueiredo –

1.º—Não se duplicam consoantes.
–Portanto beleza, aprovar, imedia-
to, abade, Melo, Matos, Mota ..

2.º—Simplificam-se e substituem-.

-se os grupos ph, th, rh, ch (com
valor de ).—Portanto filosofia, tea-
tro, reumatismo, quimera, química,
corografia..

3.–Não: se emprega y,nem k,
nem w.—Portanto, lira, martírio,
calendário, Vencesláu… Exceptuam-
-se só. os vocábulos. derivados de
nomes próprios estrangeiros, como
byroniano, kantismo, wiclefitas..

4º-—Dentro. dos vocábulos não & se
escreve h.—Portanto, inerente, ini-

bir, inábil, compreender, inumano..

5º—0s ditongos orais ae ,ão, to,
óe, substituem-se por ai, áu, éu, ói.

| —Portanto, pai, pais, jornais, ma-

ráu, chapéu, herói, anzóis.
6: º*-—Evitam-se consoantes inúteis,

-— Portanto, : escritura, escritor, ES

cultura, distrito, salmo, luta..,
Exceptuam- se Os casos, em quea
consoante, embora se não: pronun-
cie, tem a utilidade de significar que
é aberta a vogal que a precede, co-
mo em exceptuar, rectidão redac-
ção, direcção, actor, etc…. e nos
vocábulós das mesmas famílias!; ex-
cepto, recto, redactor, directo, ac-

“tuar.

gador, pegada.

 

7º—O pronome pessoal enclítico

– lo liga-se aos verbos por um traço.
—Portanto, tu faze-lo e eu não alli
so fazê-lo ; Touvá: lo; ouvi-lo…

8º-O emprêgo do;s e doz ére-
gulado pela etimologia é pelas “tra-
dições da língua. —Portanto, portu-
guês, francês, cortês, freguês, defe-
sa, empresa; e, ao mesmo tempo,
natureza, beleza, civilizar, realizar,
organizar, vez; talvez… . “Em caso
de dúvida, há ainda o recurso dos
bons dicionários e vocabulários, or-
ganizados depois que é conhecida
entre nós a sciência da linguagem,
isto é, nos últimos vinte ou trinta
anos..
9. o Escrevé. se “igreja, idade,
igual.

10.º — Acentuam-se gráficamente
todos os vocábulos esdrúxulos.—

Portanto, pálido, túmulo, crisânte-.

mo, lêévedo, hipódromo, velódromo,

“diário, África. Acentuam-se os ho-‘

mógrafos, não homofónicos, pois há
séde e sêde, govérno e govêrno, dú-
vida e duvida, etc. etc. O acento
grave pertence às vogais abertas
não tónicas. Portanto, corado, “prê-
: E também se po-
de empregar para desfazer ditongo,

como em proibir, miúdamente, e pa-

ra mostrar que.o u se. pronuncia de-
pois de 8 ou q, como aguentar, fre-
quente… (quando convenha repre-
sentar a pronúncia, especialmente
no ensino primário).

Estes dez mandamentos, se ci-
fram em dois: não perder dé vis-
ta os casos. aqui. consignados, e,

quanto ao mais, continuar aLescre-. .

ver como escreviam ós mestres.

capeta.
MÁXIMAS DE SAUDE

Caminha duas horas ou mais to– |-

dos os dias.

Dorime sete ou oito horas todas as
noites.

Levanta-te logo que acordares.

Trabalha logo que te levantares.

Não comas sem fome e, é empre
devagar.

“Só bebas com sédies

Fala só quando é preciso.

Não; escrevas-o que não podes as-
sinar.

Não: faças o o que não podes dizer..

Conta contigo só:

Não sejas avarento.

Sê casto até aos vinte anos.

E depois sê comedido em tudo.

A. Dumas.
CORREIO DO «EGO»

Sr drictór dó Eco da Beira

 

 

 

Venho por êste meio enviar os
meus agradecimentos a quem teve a
gentilesa de me enviar o seu jornal,
não só por vir trazer-me notícias da
minha querida terra, mas tambêm
por confiar no meu-patriotismo e no

prazer que tenho em dar o meu mo-

desto apoio ao jornal que defende
tão corajosamente a República e os
interésses de Sernache.

Ajtodos os colaboradores do jor-

nal envió os protestosda minha sim-
patia, desejando-lhes uma longa vi-
da e fazendo votos pelas suas pros-
peridades com as saudações e cum-
E de b.-f. do :

De v.
am.º e cr.do ven. dor

S. Tomé, Ponta Figo, g-12- -O14::

Adelino Simões dos Santos.

– ANÚNCIOS .
Castanheir do Japão

O unico que resiste à terrivel
moléstia, a filoxera, que tão gra-
ves estragos tem produzido nos
nossos soutos, é castanheiro do
Japão. 4
Õ o apoRc: ofere-
ce iguais vantagens que o bace-
lo americano tem oferecido no

 

 

 

caso da doença da antiga videi-
ra cujas vantagens são já bem
conhecidas. As experiencias teem
sido feitas não só ao norte do

nosso pais mas principalmente

em França, onde o castanheiro
foi primeiro que em Portugal
atacado pela filoxera, e hoje en-
contram-se os soutos já comple-
tamente povoados de castanhei-
ros do Japão, dando: um-r ndi-
mento magnifico. mus

O castanheiro japonez/ acha
se à venda em casa! oa fuel
Rodrigues, ‘ Pedrogam Grande.

ANUN CIO

Ee publicação E.

 

 

 

 

Faz-se saber que no dia” desesse-

-te do Epi. mês de Janeiro, por
treze horas, à purta do Tribunal Ju-

dicial desta comarca, em virtude da
execução para pagamento de custas
e sêlos que o Ministério Público mo–
ve contra Virgínia de Jesus, viuva,
cabeça de casal no inventário orfa-
nológico por óbito de seu marido
Adelino Pires, morador que foi nos

– Escudeiros; freguesia de Sernáche
– do Bomjardim, se ha de proceder à

.venda e arrematação em hasta pú-
blica pelo maior preço que fôr ofe-
recido acima dos valores que lhes
vão des: ‘gnados, dos ag seguin-
tes:
1.º—Uma casa Ea residência com
quintal e árvores no lugar dos Es-
“cudeiros; no faso de cem escudos
(roogoo). E

2º-Um pequeno Tal com sua
testada, nos limites dos Escudeiros;
no valor de quinze escudos (15$00).

3.º—Um olival com testada de
mato, ao Vale Baraços, limite dos
Escudeiros, no valor de trinta escu-
dos (30800). i

4º-—Um cabeço de mato. * pi
nheiros, no. sitio da Foz do Casali-
nho, limite dos Escudeiros, no va-
lor de doze escudos (12800). —
“5.º—Uma terr -decultutaicom oli-
veiras, uma casa“e testadaide mato
no sitio do Vale do Rebolo, limite
dos, Escudeiros; no valor de ttezen-
tos e cincoenta escudos (350800).

6.º—Um, pequeno olival çom tes:
tada de mato no sitio do Vale do
Rebolo, limite dito, no valor de dez
escudos (Tojoo).

São citados quaisquer credores

incertos.

Certã, 18 de Dezembro de Igt4.
-O Escrivão do 2.º oficio
Francisco Pires de Moura

Menifiquel: tre
O Juiz de Direito, ‘:

José Ataíde

PROFESSOR DE INGLES

-Lecciona. Traduções de inglês,
francês e ce, Ê

GUARDA- IVROS

Escrituração comercial e agrícola.
Correspondencia. ,

Trata-se com. F. Tedeschi, Ser-
nache do Bomjardim.

Cândido da Silva Teixeira
SERNA UHE DO BONJARDIM

Interessante monografia de.
fundas investigações históricas, iltis-
trada com excelentes gravuras.

Obra dividida em: 11 capítulos,
com um prólogo e notas curiosas.

 

 

 

 

 

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Massa=-Lasa, de Os a GA E une DE a 21, 19400. 2;
Pen ao ns MO CU hi a das a Dia me DO

Tinta Fraga BApÓRIO. Cs Eae ah nbr é DD
» » a Postado ta not 3 robo E a in 2 nda

 

+

: Todos os no devem, ser dirigidos a Ca E E

– FRANCISCO. SIMÕES |

e “238; RUA Dos EANQUEIROS, LISBOA q

 

“Agua, da. Foz da Gertá

A grado minero- imtedicthal Há Foz] da Corá’ pedia uma ups
o igdaçe que a distingue de todas as outras até hoje uzadas na’ terapeutica.

E’ empregada: com segura vatitagem da “Diabetes—Dispepsias— Catar.
ros gasiricós, putridos ou parasitarios ;—rias’ prevei’sões digestivas” derinadas
das doencas infeciosas ;-—na convalescença | “das febres Br aves; nas atonisa
gastricas dos diabrticos; tubereulosos, br iphticos, e gasth. tejsmo dos
Re peios excessos ou privações, etc, etes -“”

“Mostra a análise bateriologica ‘que a’ “Agua! “da Foz da Certã, tal “como
se enconira nas garrafas. deve ser considerada” como microbicamente
pura não contendo colibacitlo, nem nenhuma das ‘especiês parogenças
que podem existir em aguhs. Alem disso, gosa de úma- Certá “acção microbi-
cida O B. Tifico, Difeterico e Vibrão colericô, em pouco tempo
nella perdem todos a sua vitalidade, outros micróbios apresentam porém te-

 

 

 

|. sistência maior,

“TA Agua da Foz da Gortã não tem gazes livres, é limpida, de sabor le-
vemente ácido, muito Apradavel quer bebida pura, quer misturada com

vinho. a
DEPOSITO GERAL. – RO

RUA DOS FANQUEIROS-— ps ASR DA E
Telefone 2168. b6