Voz da Beira nº5 07-02-1914

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cadp.i Tolarila q q

 

ANNO 1.º. –

CERTÃ, 7 DE FEVEREIRO DE 1914

 

AVENÇA

 

DIRECTOS:

Dr. Antonio Victorino
ema no

– ADMINISTRADOR :

A. Pedro HRamalhosa
EDITOR E PROPRIETARIO:

Fruetuoso 1 Pires

Aapição e UE lraiãor
2 Bua Dr. Samtos Balente
Ê CERTA ;

 

“sAROM “SEMANARIO INDEPENDENTE

 

ASSIGNATURAS :

Anno, 15200 réis; Semestre, 600 réis.

Eri (iracos) 58000, vs. Avulso, 30 rs.

Não, se Rs os; originaes» +

“A ms INTERESSES DA COMARCA DA CERTA

 

“ PUBLICA-SE AOS SABADOS .

CONPÓSTO p IMPRESSO N VA MINERVA-CELINDA DE RANALUOSA E dedo — CERTÃ

ANNUNCIOS ”

Na 3.º e 4.º paginas cada linha, 30 réis
Noutro logar, preço convencional
Annunciam-se publicações de que se
receba um exemplar

 

Es OPERA TENIS

ho concluixem-se “os trabalhos
da safra oleicola, nas colunas deste
jornal elogiou-se sem favor’a quali-
dade finissima do azeite da região,
que infelizmente por: varios” fato-
res não é apreciado e conhecido:
como devia-sersm5 Ju emunt 4

Um produto de tipo. uniforme
com boa apresentação tem por’as-
sim dizer o mercado feito.

No estrangeiro, onde tanta cousa
vamos imitar, sabe-se bem quanto
a apresentação do produto e’o’seu
constante tipo influem ‘na venda. *

Vemos à Dinamarca com as suás
Jeitarias-cooperativas, onde os“di-
versos lavradores de um determi-
nado lugar (chaimemos-lhe fregue- |.
gia se assim o entênderem) reunem
o leite das snas- vatcas, e o mani-
pulam para depois em saborosos
queijos no-lo enviarem por bom di-
nheiro; as cooperativas ovicolas
onde dispensando os açambarca-
dores, os creadores mandam” os
ovos das stas galinhas, que sugei-
tos à um exame são apartados pela
frescura epelo tamanho, sendo ex xpe
didos depois, em pequenas caixas
comportando 24 ovos — essas cai-

 

do um celeiro cooperativista, ali se
“poderiam manipular tres tipos de
azeite que poderiam ser: até 1 grau
— um Stipo até Da giraús? Voutro
tipo, e de 3 a 5 graus (azeites den-
tro da” lei)! um “outto tipo —bem

; Praia a é rotulados, ou em

bidons de 2, 5, 10 Titros com uma
propaganda bem feita nos hoteis.
restaurants e nos bons estabeleci-
mentos de mercearias de Lisboa,
Porto, Coimbra, vte. nós em pouco
tempo teriamos. firmado o nome
dos azeites desta região, bastando
tão somente ter tido o cuidado de
passas! umas an. ostras que gra-
tuitamente fossem distribuidas pe-
los estabelecimentos acima,

Com os vinhos regionaes suc-
cede o miasmo — poder- se-hiam cre-

ar dois tipos perfeitamente. distin- |

tos — os tintos é os: brancos,’ con-
venientemente beneficiados, ejtrea-
dos eles obteriam até mesmo no
consumo lócal uma melhor coloca-
vão; mas infelizmente emquanto no
espinto do nosso lavrador houver
” pretensão de que o seu prodato
não tem egnal, e manifestar relu-
tancia em empregar na sua cultura

 

xas são em cartão, reunidas em
caixas de uma duzia, comportando
em maximo de 4 caixas de 24 ovos
AOL Ch del ad
trabalho! amditeigeaisltm
seu terreno ao mar, tiiMnos tambem
o exemplo do que vale pode! ob-
ter-se com o cooperativismo

A Alemanha que foi, pode dizer-
se; a patria do cooperativismo inici-
ou-se pela ereação das caixas ecu-
nomicas Raiffcisen, onde os pecu-
Jios dos habitantes da. freguesia

 

“eram geridos por uma direção eleita

entre os depositarios, esses obulos
serviram para o melhoramento dos
processos culturaes industrialisan-
do a pouco e pouco a agricultura,

Muito e muito seriamos forçados
a escrever se pretendessemos indi-
car tudo quanto de bom se tem
conseguido no estrangeiro com o
cooperativismo, vestrinjamo – nos

” porem e comparemos. o que. na

nossa região ha feito e o eo se po-
deria faser.
Constituida uma cooperativa ou

um sindicato agricola tento anexa-.

 

 

processos niodermos, nada se fará.
Ainda hoje como ha cincoenta-anos,
os vesultados serão cada vez mais
infimos; devido aoyconstante-enfra-
quacineguér Gm o tenreonhavoura um
dos seus mais importantes“ papéis,
e n ereação de um sindicato ‘agri-
cola que a seu cargo toniasse a
iniciativa da organisação de um,
celeiro cooperativista: teria; prestado

um dos mais relevantes serviços a |’

esta região tão digna de ser mélho-
rada na suu sifuação economica,

O sindicato texia ainda a vantagem l

dh creação da. caixa economica
facultada: por lei, pura emprestimos
aos epritdireah o pequeno Juro,
nas condições e para os fins indi-
cados na lei, .

Muitas outras; vantagens podem

advir com a união dos lavradores

e delas iremos dado uma breve *

resenha noutros artigos.

Antes, porém, a Voz da Beira dei-
xa aquio seu alvitre e“ muito “fol-
gará se por elle alguma . coisa. se
fizer sobre o assumpto que e vem
expendendo. .

A e –

Em inspecção ás escolas, esteve
no concelho de Oleiros o inspector
d’este circulo sr. Joaquim Tomáz.

 

GAZETILHA o *

Pois. é verdade senhores,
O caso está muito serio!
Temos o caldo entornado
No formar do ministerio

 

Não é para brincadeiras,

Sô quem não tenha sentir,
Só quem não queira pensar,
Tomará tal coisa à rir.

Ossnossos acluaes politicos
Com sua luminosa telha, |
Tristemente estão fazendo

Coisinhas do arco da velha.

O ven’rando Presidente

Da nobre lusa nação

– Tem tido, ha dias, coitado;
Mais outra alrapalhação.

Nem”já sabe às quantas andas)
Ao’ver oque vae: por casa: 4
Anda n’uma roda viva, ;

Vê-se em pancas, ve-se em brasa.

Ora chama este, ora aquelle,
Paz-lhe festas, faz-lhe foscas. ..
Eos imarólos em surdina:

— Estás a ver O viroscas…

E sem dó lhe volta costas
Seu gado mosqueixose arisco,
Fazendo o expressivo-gesto
Das amnas de S: Frss meo

Ejos dias passam, mas não passa
Rasgovernio? Eaoragnral’o!
Não se: ata; nem se: desala,

Tenham mais facto na hola
“Seus politicos de’ trama,
Assim com tal caturrice
‘Daes com as vêntas na lama.

A Se não desdalçais: alhora; “
E nto-sais d’esse canudo,

Nunca mais tendes, concerto,
Nem mesmo com cola tudo.

Cree recair a caco n e n sa nen ans

Eu tenho serio receio, *
Já sinto cerlo medraço,
Que não atino o que digo,

Teatro-Club

Vão consideravelmente adeanta-.
das as obras do Zeairo-Clud, e!
pena é que a ilustre comissão con-
sidere já esgotada a verba sub-
seripta.

Uma obra como esta, merece os
aplausos e apoios dos bons filhos
da Certã, demais tendo á frente da
sua Construcção uma comissão que
se esforça por bem empregar e
com vantagens, os dinheiros subs-
criptos.

Aquelles filhos da Certã, a
quem, por: lapso ou desconheci-
mento de suas moradas, não con-
tribuiram com qualquer verba, por
lhes não ser pedida, podem, que-
rendo auxiliar esta tão util obra,
enviar os seus donativos a esta re-
dacção que gostosamente os fará
chegar ao seu destino. :

 

 

Garnaval

Começaram já a manifestar-se .
entre nós os primeiros rebates do
Carnaval.

Pela maneira, porem, como. vi-‘
mos as mostras caleulamos, o que
será o resto epara que se não Ve-
pitam nas ruas cenas de insolencia

| como as que presenciamos, cha-

mamos a. attenção de: quem com-

Petite cada um manifeste-a sua
graça sem offender o proximo é

|cousa desculpavel; mas que, á fal-

ta de espirito ou de chalaça, se re-
corra a meios violentos para enre-
dar quem passa nas vuas, maliva-
tando com violenciase insultos pes-
soas que senão conhecem, é oque
de forma nenhumase pode permitir.

À continuar-se no mesmo proces-
so dos “annos auteriores, -em que
meia duzia de garotos sem classe
faz dos dias de mercado, a sua pro-

 

Que não sei bem o que faço.

bd :
Poi não me sae do bestunto
Este pensar tão sinistro:

—Por este andar ainda o Rutra
Vai ser preso p’ra ministro…

Mas, leitor, de mim não fuja,
Olhe que mal não lhe cheira,
Pois:o medo não é tal

Que eu precise lavadeira…

 

va de prandes homens engraçados,
é querer prejudicar o-comercio da
villa pela ausencia de forasteiros
que se absterão de aqui vir.

Mesmo sem a palmatoria ou a co-
lherque-só serve para maltratar e é
expediente de quem mais não tem,
ha margem larga para todos: se
divertirem nestes: dias sem que
fique um resaibo de vingança a

 

RUTRA

destruir o bom humor da epocha.

Hp

— Sri ua us

des

— e— Sri ua us

des

— e

 

@@@ 2 @@@

 

Fruciuoso Pires

‘Para a capital, aonde wae ilractar de
megocios forenses, sabe hoje este mosso

“camarada «le redacção,

 

Qarta de Eisboa

Boatos, conferencias. reumives…
Eis em poncas palavras tudo:o-que
Ba sobre a crise, que é como se
dissesse em calão vulgar: «muita |
parra e pouca uvas.

Com effeito uada de averiguado
se pode dar aos leitores da «Voz

“da Beira» sobre este acontecimen-

to serio, que traz arreliada meia
população do paiz.

Esta demora na organisação do |
novo gabinete, ao demais das con-|
Jecturas a que se presta sobre vi-|
talidade dos partidos, dá-nos a tris-
te impressão de que infelismente
entre nós se pensa mais em des-
truir do que em edificar.

À intransigencia d’uns e outros
tem dificultado esta crise que,
apezar de tudo, se tem arrastado
lentamente. mesmo depois da che-
gada do sr. Bernardino Machado,
o Messias em quem estão postos os
olhos deste povo de lunaticos,

O sr, Bernardino Machado será
por esta forma o dfeztius gaudei
deste duelo politico, se,na sua con-
ferencia surda com o travesseiro
amigo, não houver por bem tomar
conselho contrario ás opiniões dos
que com tanta ancia esperavam a
stra chegada, ia

O illustre homem de sciencia que,
ás suas tradições de professor aba-
lisado, allia as convicções mais in-
timas d’um democrata distincto,
ainda não arregimentado em qual-
quer dos partidos militantes, é dos
poucos politicos em quem de ha
muito convergem as attenções pa-
ra solucionar uma crise dificil co-
mora presente.

Quererá porém s. ex.” obtempe-
rar ás solicitações dos seus ami-
gos, sacrificando o seu comodo:

Voz da Beira

REPORTAGEM

Tem passado encommodada de
saude a snr. D. Bernarda Rosa
Cimento, esposa do nosso amigo
e assgnante snr. Albano Ricardo,
conceituado comerciante nesta vila.

 

Ácentuam-se consideravelmen-
te as nrelhoras do snr João da Sil-
va Carvalho, que já nosdeu o pra-
mer de o ver na ima em passeio,
om «0 que muito folgamos.
Encontra-se doente, o menino
Rogerio Lucas, primegento do
nosso amigo e assignante sr. Ze-
ferino Lucas de Moura, distncto
fsrmaceutico nesta villa.

O nosso amigo Antonio Augus-
to Rodrigues, habil escrivão de di-

ireito n’esta comarca, tem tambem

aguardado o leito ha uns dias.

O seu rapido restadelecimento é
o que sinceramente desejamos.

Os nossos amigos e assignantes
srs. Antonio Barata e Silva e An-
tonio Augusto Rosa Mella, foram
muito bem classificados nos con-
cursos para secretarios de finan-
ças.

Os nossos parabens.

das Neves Barata.

os seus estudos o sr. Ernesto Lei-
tão, filho do sr. Antonio Eugenio
de Carvalho Leitão, digno chefe
da secretaria da camara.

De visita a sua familia está n’es-
ta villa o nosso presado assignan-
te sr. padre Antonio Nunes e Sil
va, parocho na freguesia de Valle
de Santarem.

Os nossos cumprimentos.

Para Lishoa, sahem hoje a Ex.m* Sr.”
D. Florinda Nunes de, Magalhães e D.
Lucia Nunes de Magalhães, esposa e filha
do nosso assignante e amigo Sr. Emidio
de Sã Xavier Magalhães, conceituado

particular ás rivalidades dos par- | farmaceutico nesta Villa,

tidos?
E’ o que resta ver.
“Se assim fôr, mais uma vez, 0

Rradirita-S aguenta or vó o plo
se, emquanto o sr. Antonio José
d’Almeida canta trovas ao luar, lá

o| Bomjardim onde, vão, proceder, a
seprnindicpRe porario Esvireviia
n’esta villa, vindos de Lisboa, os
snrs. Joaquim R das Neves e dr,

pelas regiões ethereas onde subiu | José Lopes d’Oliveira

no seu romantico aeroplano,

Imponente e significativa foi a
manifestação das classes populares
ao palacio de Belem, onde alguns
milhares de pessoas pediram no
venerando chefe da nação, medi-
das de justiça e tranquilidade para
o paiz.

8. Ex.* que foi muito victoriado,
prometteu solennemente satisfazer
“as reclamações do povo, mostrando
ser essa sempre a sua aspiração
unica, | é

“À amnistia, a reabertura das as-
sociações de classe e a revisão da
lei de separação firmaram os pon-
tos principaes do discurso de S.
Ex.’, em resposta á manifestação
de que foi alvo. .

SenTOMO

HA QUEM DIGA…” >.

Que o cottllon do baile de carnaval, of-
ferecido pelas damas certaginenses
à Direcção do Gremio, será, a pedi-
do das mesmas, marcado pelo dr,
Tavares;

 

que com a colaboração do Xico Moura,
está estudando marcas de gande ef-
feito;

que algumas marcas serão pintadas com
aquella tinta que usa o dr, Mattos,
que já vae seca no pincel;

que emsuma como o colega Marinha es-
tá mais enfronhado nestas cousas,
talvez o dr, Tavares decline no dr.
Ernesto.

 

Bom-duviDo.

 

Voltou já à Certã o sr. Antonio! res,

* De passagem para Sernache do].

ESCLARECIMENTO

O artigo Liquidação, que, por inoh-
servancia de quem competia, foi publi-
cado no nosso ultimo n.º 4, é inteira-
mente extranho à responsabilidade do
nosso presado director. S ex.? por não
ter viado à redacção n’essa semana, nao
tomou conhecimento de nenhum artigo
publicado n’aquelle numero.

«MUNDO MORAL»

E’ o titulo dum novo jornal que co-
meçon a publicar-se em Lisboa, consa-
grado à reforma dos costumes pelo com-
bate ao joga, alocolismo, tabaquismo «
outros vícios que tanto tera concorrido
para a degradação do caracler.

€’ uma publicação utilissima cuja lei-
tara muito descjariamos ver generalisa-
da nos centros de reunião, clubs e col-
legios.

Publica-se mensalmente, ao custo de
20 centavos por anno, na rua dos Anjos
Lisboa.

Aceitamos a permuta e folgaremos de
ver corgados de exito as aspirações no-
bres do nosso presado colega.

 

||| —
Gremio Certaginense

Decorreu com bastante anima-
ção o baile quinzenal que teve lo-
gar no dia 1 do corrente, n’esta
casa de recreio.

Bateu o zecord na expedição de
tolos, a ex“ sr.* D. Fausta Soa-

ESET IO + mira

Sahiu para Lisboa a continuar Belas escolas

O nosso circulo escolar foi benficiado
na ultima distribuição auctorisada por
decreto de 17 de janeiro de 1914, para
constrncção de escolas primarias, com
as seguintes verbas:

Carvalhal, 6005; Figueiredo, 6004;
Nesperal, 6005; Alvaro, 6005; Estreito,
6009; Vilar Barroco, 6005 e Sobreira
Farmoza, 1:0005. Total, 4:600% escudos.

Ficou deserto o concurso para a es-
cola de Sarnadas de Baixo.

A Bandeira Nacional
SUBSCRIÇÃO

Transporte. ……

José Rodrigues de Paula, do Pai-

DDDMERER cAc let cemni SP00
(Continua)

 

—— eg
CICLISMO

Pela camara, em sua sessão de 26,
foi votado e approvado um novo imposto
sobre automoveis e bicicletes que cons-
ta da seguinte tabela:

Automoveis …… 108
Moto-cicletes ….. 413
Bicicletes …..««e 1$

Nesta altura em que o ciclismo. ape-
nas começa a despontar entre nós, não
nos parece que a nova contribuição seja
bem aplicada, mesmo apezar da grande
necessidade que o municipio tenha de
aranjar recursos. O ciclismo entre nós
nio é apenas um meio de sport; é mais
que tudo uma exigencia da rapidez com
que todos procuram vencer as necessi-
dades da vida. Debaixo deste ponto de
visa. em que o Progresso seimpõe, for-
coso é aceitalo nas suas comodidades e
Conveniencias sem pôr entraves à sua
ação civilisadora,

— e — —
Guarda Republicana

De volta de Castello Branco
está já n’estr villa o destacamento
da Guarda Republicana,

 

 

 

 

COBBEEA

 

ras, OS Nossos assignantes srs.: José Ro-
drigues de Paula, do Painho; José Alves
Froes, de Villa de Rei; Luciano A Mon-
teiro, de Beja e Manuel da Cruz Praia,
do Cabeçudo.

amavel carta e seguiremos os seus hons
conselhos.

Candido Teixeira – LISBOA — Publi-
camos o anuncio e agradecemos seus al-
vitres.

J. Farinha—NAVES —Vamos cumprir
as suas ordens como pede.

 

Sernache do Bomjardim

Nodia’2ido corrente falleceu no
logar do Brejo Fundeiro, d’esta
| freguesia, a sr.* D. Manricia Rosa,
‘tia do nosso particular amigo sr.
José Joaquim de Brito, da Quinta
da Povoa, aquem. como a toda a
demais familia, enviamos a expres-
são sincera da nossa condolencia:

 

Na Varzea de Pedro Mouro,
desta freguesia, no dia 1 do cor-
rente, quando José Antunes, sol-
teiro do mesmo logar se prepara-
va para limpar uma arma de fogo,
fel.o com tanta infelicidade, que
desarmando-se lhe decepou o “dedo
polegar da mão esquerda.

Por este motivo teve de recolher
ao Hospital da Certã, onde se en-
contra ainda em tratamento,

Continua ainda em tratamento
na capital, o filhinho mais novo

o nosso querido amigo Daniel
Bernardo de Brito, do Brejo Fun-
deiro.

No dia 29 de janeiro ultimo, sui-
cidou-se por enforcamento, no lo-
gar da Louriceira, freguesia de
Sernache do Bomjardim, José Ma-
riano, solteiro, de 65 annos, jorna-
leiro.

 

PELOS CONCELHOS

Oleiros
OLEIROS, 4 de fevereiro de 1914.

Providencias

Vimos pedi-las e muito insistentemen-
te, a quem, por dever de ofício, tem
obrigação de manter a ordem e defender
a honra individual e coletiva, contra as
selvagerias praticadas n’esta pacata villa,
durante as ultimas noites.

Trez ou quatro individuos, em cujas
caras patibulares uma pessoa mediana-
mente ilustrada descubrivã a lera do
criminoso e que esperamos, se nos não
faltar a vida, ver entrar, entre Dbaione-
tas, às pórias d’uma penilenciaria, apro-
veilando-se, como o assacino e O ladrão,
do silencio da noite, divertem-se assoa-
lhando as fraquesas do proximo e ca-
lumniando honrados cidadãos.

Sabemos que esta epocha, que prece-
de o Carnaval, teve sempre as suas li-
berdades; que o facto, hoje verberado,
tem precedentes em anos anteriores; que
esforços se empregaram para evilados

mas nunca à baixesa alingiu as propor-
ções de agora.

 

Dignaram-se pagar as suas assignatu-

L. A. M, – BEJA — Recebemos à suaevilados

mas nunca à baixesa alingiu as propor-
ções de agora.

 

Dignaram-se pagar as suas assignatu-

L. A. M, – BEJA — Recebemos à sua

 

@@@ 3 @@@

 

)

 

 

 

 

. ções em gado bovino.

Veja quem tem obrigação de ver, se-
ja energico quem deve se-lo, porque,
do contrario, terá cada um de nós de
fazer justiça por suas mãos, obrigando
ao silencio esses miseraveis ladrões da
honra. perturbadores da ordem e ver-
gonha de um povo.

Instrução

Foi concedido o subsidio de 600 es-
cudos a cada uma das freguesias de Al-
vara, Estreito e Vilar Barroco, deste con-
celho, para a construção de edificios es-
colares.

Regosijamo-nos com o facto e aqui

+, fica, em nome dos povos contempladosy

o nosso agradecimento muito sincero,
pelo importante benclicio.

Guarda Republicana

Regressaram hontem de £astelo Bran-
co, para onde haviam partido, por oca-
sião da greve dos ferro-viarios, as pra-
ças que constituem o posto da referida
guarda m’este concelho.

Inspector Escolar

Tivemos o prazer de abraçar, nesta
villa, o mui digno Inspector d’este cir=
culo escolar, Reverendo Joaquim Tomaz.

MADEIRÃ, 3-2-914
Regressou a esta Incalidade o
nosso amigo dr. José Dias Garcia,
que tinha ido a Lisboa fazer o con-
curso para notario.
Felicitamo-lo pela brilhante pro-
va do seu talento. .
—Finou-se o nosso amigo Ma-
nuel Lourenço, que n’esta Jocali-
dade gosava da simpathia de to-
dos. Apezar da sur avançada ida-
de conservava toda a lucidez do
seu espirito, sendo sempre respei-
tado e estimado pelas suas quali-
dades de carater.
A” sua familia enlutada envia-
mos as nossas condolencias. O.

Broença a dVova
5-2-914

Tem estado n’esta villa com sua es-
posa, de visita a sua familia, o nosso
patrício sr. José da Silva Cavalheiro Ju-
nior, proprietario, no Panascoso

Em 31 de janeiro io, realisou-se
em Nação, o enlace matrimonial do nos-
soamigo sr. Cesar Lopes: Tavares com
aoivds Mixtania desilonario iSalgueiria. Os
noivos fixaram resilancia n’esta villa

Sahiu para Aguas Santas, Porto, Sua
Ex.* o Sr. D. Anfonio Moulinho, vene-
rando antislite d’esta diocese, com resi-
dencia nesta, villa,

A ultima feira anual esteve muiio
concorrida, tendo-se feito muitas lransa-

e

Dn

gilla de Rei

“PRZO, 2*2-914

 

s Faleceu n’esta localidade a gr.*
D. Quiteria de Oliveira Braz, mãe
dos : “srs, padre Sebastião d’ Olivei-

xa Braz, professor aposentado do
Seminario das Missões Ultramari-
ras, padre José Adriano d’Olivei-
maps parocho na freguesia de

che do Bomjardim; Izidro
201 ira Braz, professor prima-

 

da

rio e Francisco Cardoso, proprie-

 

ari
AR milia enlutada or nossos
Ren pezames,- Ea

 

 

Voz da Beira

| Belo Eribunal
1
= Distribuições feitas durente o passado
mez de janeiro; –
1.º OFICIO
Inventario de Manoel Cardoso. do Casal
«POrdem.
» de João Baptista da Silva, da
Sobreira Formosa.
» de José Ribeiro, da Cereijeira,
» de Manoel Vicente Simão, do

Troviscal.
» de Manoel Dias, do Fojo.
2º OFICIO
Inventario de Conceição Antonia da Mal-
; joga

2 de Maria da Piedade Nunes,
do Casal de SanU’Ana.

» de Maria Matilde, dos Calvos.

3.º OFICIO
Inventarto de João Francisco, das For-

neas.

» de Maria do Rosario, da Amo-
reira.

E) de Antonio Marçal, da Tira de
Palhaes.

» de Tereza Naria, d
– 4+ OFICIO

Inventario de João Alves, de Oleiros.

» — <le José Simão, das Sarnadas
de S. Simão.

» Ana Genoveva de Mendonça,
de Sobreira Formosa.

» de Joaquim Henriques Vidigal,
de Pedrogam.

» de Antonio Nunes, da Povoa da
Varzea.

ANUNCIO

Pelo Juiso de Direito da comar-
ca da Certã, e cartorio do primei-
ro ofício, nus autos d’inventario
orfanologico por obito de João
Batista da Silva, que reside na vi-
la e freguesia de Sobreira Formo-
sa, d’esta comarca, em que é in-
ventariante a sua viuva Joaquina
Ribeiro Grilo, ali residente, correm
editos de trinta dias a contar da
segunda e ultima publicação do

 

nheixa, do Caidal, avaliada «em
cinco escudos … 5800
Estes bens estão sujeitos ao
uzofructa de Manoel Fernandes
Massano, e foram penhorados na
execução movida pelo Ministerio
Publico contra José Gonçalves
Massano, solteiro, do logar do Car
dal, freguesia do Estreito, d’esta
comarca, pela quantia de cincoen-
| ta e um escudos e quarenta e seis
centavos, proveniente de custas e
sellos,
Certa, 29 de janeiro de 1914.
O. escrivão do 4.º officio,
Adrião Moraes Drvid
Verifiquei a exactidão:
O Juiz de Direito—Mattozo

 

ANUNCIO

Pelo Juizo de direito da comar-
ca da Certã e cartorio do escrivão
David, vae pela terceira vez á pra-
ça, para ser arrematado por qual-
quer preço offerecido, visto na pri-
meira e segunda praça não ter ob-
tido lançador, no dia 8 do corren-
te, digo do proximo mez de feve-
reiro pelas 12 horas, o seguinte
predio:

Uma casa e quintal com figuei-
ras, sita no logar do Tojal.

Este predio foi penhorado na
execução por custas e sellos que o
Ministerio Publico, como represen-
tante da fazenda nacional, move,
contra Pedro Martins (o Pisco);
solteiro; jornaleiro, do logar do
Tojal, freguezia do Cabeçudo, des-
ta comarca, pela quantia de oiten-
ta e um escudos e quarenta e dois
centavos.

Pelo presente são citados os cre
dores incertos nos termos da lei,

Certa, 29 de janeiro de 1914
Adrião Moraes David—Verifiqneia exatidão
O juiz de direito — Mattozo

 

anuncio, citando o interessado Joa-

| quim Batista da Silva, solteiro.

muior, empregado no. comercio,
ausente em parte incerta, em Afri
ca, para assistir a todos os termos
do mesmo inventario, dedusindo
n’eles todos os seus direitos, que-
rendo.

Certã, 24 de janeiro de 1914.

Jor 04 Escrivão-ajudantes ra

Vednqdet= 6Juir ud aireitoBaxadozo

ANUNCIO

Pelo Juizo de direito da comur-
ca da Certã e cartorio do escrivão
David, vão 4 praça para serem

 

 

“| vendidos em hasta publica, pelas

12 horas do dia 8 do proximo mez
de fevereiro, 4 porta do tribunal
Judicial desta comarca, pelo maior
preço offerecido acima de meta-
de do valor da avaliação os seguin-
tes bens:

Uma pequena casa de residen-
cias, no logar do Cardal, sujeita
ao uzofructo de Manoel Fernandes
Massano, avaliada em vinte esca-
20300

Uma terra de cultivo e videiras,
no sitio do Cardal, avaliada em
trinta escudos. …. 30900

Uma terra com videiras, sita na
Barroquinha, avaliada em trez es-
cudos….: 3800
* Uma terra de matto sita 4 06-

OR cimo e ioivroiaiado, ei sito

cenas u sa

 

 

Centro União Apricula

Fabrica a vapor
de adubos chimicos
— pe—

PRANCISCO MORAES
ALFERRAREDE

Do; Sindicato «Agricola; de Pernes, em
«» é Acmusvo prazer die bMniormar que
2 PURGUBIRA: A. TB. O. SUPERIOR
COMPOSTA, que V. nos vem fornecendo
de ha annos, tem salisfeito por comple-
to os nossos consocios que com ela
leem-censeguido ótimos resultados, tan-

to em batata, como em milho

e hortas.

Mais O informamos que no ultimo for-
necimento do ano passado, conseguimos
os seguintes numeros, na analise feila
pela Riição Agronomica de Lisboa:
— Azole 39) — Acido fosforico 2,78 9)
—Potassa 189% de que temos boletim.

E, pois, uma PURGUEIRA recomenda-
vela lodo o desejoso de seméar com
exito,

O Secretario da Diréção,
(a) Bernardino Rosa
es EEE

E” unico nosso depositario «Pestr e
outras marcas na CERTÁ, JOÃO JOA-
QUIM BRANCO

Semea de 1.º qualidade=”Tours

teaux para engordo de animaes,
sulfato de cobre, sal, etc,

JOÃO d. BRANCO
—=GERTA-—

 

 

dVa cultura da batata

as maiores e melhores COLHEI-
TAS só se conseguem com a aplica-
ção da

POTASSA

em dôze elevada, juntamente com O
azote e q acido fosforico

A Potassa é a Epá exigen-
cia da cultura da Batata, mas para
que a Potassa possa influir com à
sua favoravel áção, quer no dezen-
volvimento da vegetação, quer na
produção das batatas, é indispen-
savel que a teria tenha suficiente
quantidade dos outros elementos;
por consequencia aplicar as adu-
bações completas ricas em Potassa
e especialmente apropriadas á Ba-
tata segundo a natureza de cada
terra.

À SECÇÃO AGRONOMICA da caza Os
Herold & C.>, de Lisboa e com
sneursais em Porto, Regoa, Pampilhoza,
Faro, Santarem Evora e Beja, dá gratui-
tamente todos os esclarecimentos que
lhe sejam pedidos sobre as adubações
apropriadas a qualquer cultura.

Presta todos es esclarecimentos
e informações no concelho da Cer-

ti—CARDOSO GUEDES.

LANDAU

q um em bom
estado, pertencente a um
rico proprietario d’Elvas, onde o
mesmo se encontra.

 

Prestam-se informações n’esta
redação.

“Sernache do Bomjurdim”
as STÃO 4 venda os ultimos

Mexemplares desta monogra-
fia ao preço de 50 centavos. Pedi-
dos a Antonio Martins dos Santos,
Sernache; ou Francisco Simões,
rua dos Fanqueiros. n.º 234, Lis-
boa.

Num. apendice se descrey Em di-
ERINAS eesEU TÃO) rsenotiguidad des da

AGENCIA BRAZIL

ANIBAL MARQUES DE SOUSA

Rua do Largo do Corpo Santo, 8, 1.º
LISBOA

OLICITA documentos para passa»

portes, casamentos, hapiisados,
enterros, el ele. INFORMAÇÕES =
TRANSPORTES MBARQUES de passa-
geiros, mercadorias e bagagens em to-
das as Companhias terreslres e marili-
mas, nas melhores condições, para os
portos do Brazil, Argentina, Afri-
ca, America do Norte, etc. etc.

Rapidez, Seriedade, Economia

Presta escalarecim ntosna Certã, o
solicitudor

Srugtrogo A. qria Ro) A

 

J. CARDOSO

ENTES arlificiaes de todos os
sistemas, Operações sem dor,
R. da Palina, (Jo, 2.º—-Lisitoatoa

 

@@@ 4 @@@

 

D
a
y

a

RE nie SS

 

 

Fruciuoso Bires

‘Para-a capital, aonde vae tractar de

megocios furenses, sabe hoje este mosso
f camarada «de red acção,

 

gui de Eisboa
Boatos, conferencias. reunides…
Eis em poucas palavras tudo:o-que

ha sobre a crise, que é como se
dissesse em. calão vulgar: «murta

parra e ponta uva». .

(Com effeito nada de averiguado
se à pode dar aos leitores da «Voz
da Beira» sobre este acontecimen-
to serio, que traz arreliuda meia
população do paiz.

Esta demora na organisação do
novo gabinete, ao demais das con-
Jecturas a que se presta sobre vi-
talidade dos partidos, dá-nos a tris-
teampressão de que infelismente
entre nós se pensa mais em des-
trur do que em edificar.

À intransigencia d’uns e outros
tem dificultado esta crise que,
apezar de tudo, se tem arrastado
lentamente. mesmo depois da che-
gada do sr. Bernardino Machado,
o Messias em quem estão postos os
olhos deste povo de lunaticos,

O sr, Bernardino Machado será
por esta forma o tezíius gaudei
deste duelo politico, se, na sua con-
fereneia surda com o travesseiro
amigo, não houver por bem tomar
conselho contrario ás opiniões dos
que com tanta ancia esperavam a
sta chegada, s

O illustre homem de sciencia que,
ás suas tradições de professor aba-
Jisado, alla as convieções mais in-
timas d’um democrata distincto,
ainda não arregimentado em qual-
quer dos partidos militantes, é dos
poucos políticos em quem de ha
muito convergem as attenções pa-
ra solucionar uma crise dificil co-
moa presente. ]

Quererá porém s. ex.” obtempe-
rar ás solicitações dos seus ami-
gos, sacnficando o seu comodo:
particular ás rivalidades dos par-
tidos?

E’ o que resta ver,
sr. Serinddro BOPAS ARO FEM O
num arrependimento & sobre pos:
se, emquanto o sr. Antonio José
d’Almeida canta trovas ao luar, lá:
pelas regiões ethereas onde subiu

no seu romantico aeroplano,

Imponente e significativa foi a
manifestação das classes populares
ao palacio de Belem, onde alguns
milhares de pessoas pediram no
venerando chefe da nação, medi-
das de justiça e tranquilidade para
o paiz.

S. Ex.º que foi muito vietoriado,
prometteu golemnemente satisfazer
“as reclamações do povo, mostrando
ser essa sempre a sua aspiração
unica,

A amnistia, a reabertura das as-
sociações de classe e a revisão da
lei de separação firmaram os pon-
tos principnes do discurso de 8.
Ex.*, em. resposta á manifestação
de que foi alvo.

Senromo

Voz da Beira

REPORTAGEM

Tem passado encommodada de
saude a snr. D. Bernarda Rosa
Cimento, esposa do nosso amigo
e assgnante snr. Albano Ricardo,
conceituado comerciante nesta vila.

 

Acentuam-se consideravelmen-
te as melhoras do snr João da Sil-
va Carvalho, que já nos deu o pra-
mer de o ver na ima em passeio,
com q que inuito folgamos.

Encontra-se doente, o menino
Rogerio Lucas, primogemto do
nosso amigo e assignante sr, Ze-
ferimo Lucas de Moura, «distincto
| farmaceutico nesta villa.

| O nosso amigo Antonio Augus-

to Rodrigues, habil escrivão de di-
reito n’esta comarca, tem tambem
aguardado o leito ha uns dias.

O sen rapido restadelecimento é
o que sinceramente desejamos,

ESCLARECIMENTO

O artigo Liquidação, que, por inoh-
servancia de quem competia, foí publi.
cado no nosso ultimo n.º 4, é inteira-
mente extranho à responsabitidade do
nosso presado director. S ex.? por não
ter viado á redacção n’essa semana, não
tomou conhecimento de nenhum artigo
publicado maquelle numero.

«MUNDO MORAL»

E’ o titulo dum novo jornal que co-
meçoa a pullicar-se em Lisboa, consa-
grado à reforma dos vostumes pelo com-
bate ao joga, atocolismo, tabaquismo «
outros vicius que tanto tera concorrido
para a degradação do caracter.

E uma publicação utilissima cuja lei-
tura muito desejariamos ver generalisa-
da nos centros de reunião, clubs e col-
legios.

Publica-se mensalmente, ao custo de
20 centavos por anno, na rua dos Anjos
Lisboa.

Aceitamos a permuta e folgaremos de
ver coroados de exito as aspirações no-
bres do nosso presado colega.

 

PE

 

Os nossos amigos e assignantes
srs. Antonio Barata e Silva e An-
tonio Augusto Rosa Mella, foram
muito bem classificados nos con-
cursos para secretarios de finan-
ças. ”

Os nossos parabens.

Voltou já 4 Certã o sr. Antonio
das Neves Barata.

Sahiu para Lisboa a continuar
os seus estudos o sr. Ernesto Lei-
tão, filho do sr. Antonio Eugenio
de Carvalho Leitão, digno chefe
da secretaria da camara.

De visita a sua familia está n’es-
ta villa o nosso presado assignan-
te sr. padre Antonio Nunes e Sil
va, parocho na freguesia de Valle
de Santarem.

Os nossos cumprimentos.

Para Lisboa, sahem hoje a Ex.M? Sr.*
D. Florinda Nunes de, Magalhães e D.
Lucia Nunes de Magalhães, esposa e filha
do nosso assignante e amigo Sr. Emídio
ide Sá Xavier Magalhães, conceituado
| farmaceutico nesta Villa,

* De passagem para Sernache do
Bomjandio Onde MÃMoPTNSpdsTe sa
sor dr Jayme * Pereira,” estiveram
n’est villa, vindos de Lisboa, os
snrs. Joaquim R das Neves e dr,
|José Lopes d’Oliveira.

E E

HA QUEM DIGA…”

 

Que o cotillor do baile de carnaval, of-
ferecido pelas damas certaginenses
à Direcção do Gremio, será, a pedi-
do das mesmas, marcado pelo dr,
Tavares;

que com a colaboração do Xico Moura,
está estudando marcas de gande ef-
feito;

que algumas marcas serão pintadas com
aquela tixta que usa o dr, Mattos,
que já vae seca no pincel;

que emsuma como o colega Marinha es-
tá mais enfronhado n’estas cousas,
“talvez o dr, Tavares declineno dr.
Ermesto.

 

 

Box-OUvIDO.

Gremio Certaginense

Decorreu com bastante anima-
ção o baile quinzenal que teve lo-
gar no dia 1 do corrente, n’esta
casa de recreio,

Bateu o zecord na expedição de
tolos, a ex” sr? D. Fausta Soa-

res,
OESTE + mir

elas escolas

O nosso circulo escolar foi benficiado
na ultima distribuição auctorisada por
decreto de 17 de janeiro de 1914, para
constrmeção de escolas primarias, com
as seguintes verbas:

Carvalhal, 6004; Figueiredo, 6008;
Nesperal, 6009; Alvaro, 6005; Estreito,
6009; Vilar Barroco, 6008 e Sobreira
Farmoza, 1:0009. Total, 4:6003 escudos.

Ficou deserto o concurso para a es-
cola de Sarnadas de Baixo.

A Emas eo esa a
SUBSCRIÇÃO

Transporte… ….

José Rodrigues de Paula, do Pai-
nho… e.
(Continua)

24500
3800

—e— e —
CICLISMO

Pela camara, em sua sessão de 26,
foi votado e approvado um novo imposto
sobre automoveis e bicicletes que cons-
ta da seguinte tabela:

 

Automoveis ….-. 1IO8
Moto-cicletes . . 43
Bicicletes ….. – 18

Nesta altura em que o ciclismo ape-
nas começa a despontar entre nós, não
nos’parece que a nova contribuição seja
bem aplicada, mesmo apezar da grande
necessidade que o municipio tenha de
aranjar recursos. O ciclismo entre nós
não é apenas um meio de sport; é mais
que tudo uma exigencia da rapidez com
que todos procuram vencer as necessi-
dades da vida. Debaixo deste ponto de
visa. em que o Progresso se impõe, for-
çoso é aceita lo nas suas comodidades e
Conveniencias sem pôr entraves à sua
ação civilisadora,

Guarda Republicana

 

De volta de Castello Branco
está já n’estr villa o destacamento

 

da Guarda Republicana,

COBBEdO

Dignaram-se pagar as suas assignatu-
ras, Os Nossos assignantes srs.: José Ro-
drigues de Paula, do Painho; José Alves
Froes, de Villa de Rei; Luciano A Mon-
teiro, de Beja e Manuel da Cruz Prata,
do Cabeçado.

 

amavel carta e seguiremos os seus hons
conselhos.

Candido Teixeira – LISBOA — Publi-
camos o anuncio e agradecemos seus al-
vitres.

J. Farinha—NAVES — Vamos cumprir
as suas ordens como pede.

 

Sernache do Bomjardim

No”dia’2ido corrente falleceu no
logar do Brejo Fundeiro, desta
| freguesia, a ar.* D. Maurícia Rosa,
‘tia do nosso particular amigo sr.
| José Joaquim de Brito, da Quinta
‘da Povoa, aquem. como a toda a
demais familia, enviamos a expres-
são sincera da nossa condolencia:

 

Na Varzea de Pedro Mouro,
desta freguesia, no dia 1 do cor-
rente, quando José Antunes, sol-
teiro do mesmo logar se prepara-
va para limpar uma arma de fogo,
felo com tanta infelicidade, que
desarmando-se lhe decepou o dedo
polegar da mão esquerda.

Por este motivo teve de recolher
ao Hospital da Certã, onde se en-
contra ainda em tratamento.

Continua ainda em tratamento
na capital, o filhinho mais novo
do nosso querido amigo Daniel
Bernardo de Brito, do Brejo Fun-
deiro,

No dia 29 de janeiro ultimo, sui-
cidou-se por enforcamento, no lo-
gar da Louriceira, freguesia de
Sernache do Bomjardim, Josê Ma-
riano, solteiro, de 65 annos, jorna-
leiro.

 

PELOS coNcELHAOS
Oleiros

OLEIROS, 4 de fevereiro de 1914.
Providencias

Vimos pedi-las e muito insistentemen-
te, a quem, por dever de oficio, tem
obrigação de manter a ordem e defender
a honra individual e coletiva, contra as
selvagerias praticadas n’esta pacata villa,
durante as ultimas noites.

Trez ou qualro individuos, em cujas
caras patibulares uma pessoa mediana-
mente ilustrada descubrirá a fera do
criminoso e que esperamos, se nos não
faltar a vida, ver entrar, entre baione-
tas, às pórtas d’uma penifenciaria, apro-
veitando-se, como o assacino e o ladrão,
do silencio da noite, divertem-se assoa-
lhando as fraquesas do proximo e ca-
lumniando honrados cidadãos.

Sabemos que esta epocha, que prece-
de o Carnaval, teve sempre as suas li-
berdades; que o facto, hoje verberado,
tem precedentes em anos anteriores; que
esforços se empregaram para-evila-lo;
mas nunca a Daixesa atingiu as propor-
ções de agora.

 

L. 4. M, – BEJA — Recebemos a sua

 

“a

 

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