Voz da Beira nº148 21-01-1917
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Ano 3.º.
REDATOR PRINCIPAL:
Hustctuoso Pires
* ADHINISTRADOR E EDITOR;
A. Pedro Ramalhosa
Redação o Saminisização:
Buu Dr. Suntos Balente!
CERTÃ
Assinaturas
Anno, 18200 réis; Semestre, 600 réis
Brazil, (fracos) 58000 rs. Avulso, 30 Ts.
Propriedade da Empreza da Voz da Beira
A TABERNA
Os males que afectam a socie-
dade portuguesa são muitos e quem
se atrever a combatê-los tem de
dispor de força herculea, para le-
var até ao fim a sua campanha.
Como dessa força não dispo-
mos, porque somos fracos, não nos
atreveremos a estabelecer uma cam-
panha contra os vícios enormes
que: afectam a sociedade em que
vivemos.
Iremos a pouco e pouco, com
os nossos pequenos e modestos re-
cursos, abrindo simples brechas
nas rochas invulneraveis dos males
que afectam a vida, especialmente
dos pobres, dos humildes, que são,
‘os que mais sofrem e que Com mais.
facilidade se vão arrastando pelos
antros da miseria que dia a dia os
vai depauperando.
» Começaremos pela taberna, por
esse antro cheio de veneno, que a
pouco e pouco se vai enraizando.
no corpo dos que a frequentam.
* Poiso que éa taberna?
E” a desgraça, é o vicio, éo me-
lhor caminho para o crime.
A quem é que ela utiliza ?
– À ninguem.
“Nem “mesmo áqueles que esse
mister exercem ela aproveita. |
“”E porquê? biz
‘* Porque até esses arrasta para’a
vala Eros incutindo-
estabslecendo-Ines ma
ase dE IO-
SE : ‘ Ho
«ralidade que muitas vezes não ti- |
nham e até desconheciam.
“O que dá a taberna?
* Dá o hospital, dá a cadeia e co-
mo consequencia a fome e a mise-
ria no lar. y
Como deve ser a taberna consi-
derada? teus
“Como casa de perdição, porque
ali perdemos tudo; a honra, a di-
gnidade, o brio e a moral, |
E” um antro de vicio que a tudo
obriga. tm 25 IL
— Esta miseria social, este cancro
que envenena, e seduz, está conde.
nado e necessita tanto de demoli-
ção como a necessita uma casa que
a aruina. na
| Ammpreciso que providencias se
“tomem para esse mal não conti-
nuar a germinar. hi
» E» preciso acabar com a taber-
na; reduzindo-a ou fazendo-a de-
saparecer é autorizar apenas o es-
| tabelecimento de casas de vinhos
“ou adegas onde a venda a copo
seja rigorosamente proibida,
E que mais é preciso ?
DEFEZA DOS INTERESSES
RR do mm
AVENÇA
21 de Janeiro de 1917
SEMANÁRIO INDEPENDENTE :
DJ COMARCA DA CERTA
hes vícios e |
Em nossa opinião torna-se ne-
cessario lançar um imposto pesa-
do sobre o vinho, imposto que pe-
se em todo o país, e com o seu
produto aliviar os impostos que pe-
sam sobre os generos de primeira
necessidade publica, como pore-
xemplo o pão, bacalhau, açucar,
etc.
E aos borrachos?
A esses devia ser-lhes aplicada
uma multa pesada e àqueles que a
não pudessem pagar obrigá-los a
trabalhar em serviços publicos e
por dias que rendessem o valor da
multa imposta como castigo do a-
buso que fizeram do vinho. y
E porque a taberna é um can-
cro social, aqui lhe, declaramos
guerra.
Marco Tulio.
Fizeram a sua passagem por esta
vila, os estudante portuenses srs. José
Teixeira e Alfredo Vieira, que emmis-
são de estudo andam fazendo um cir-
cuito’ pedestre a’ Portugal, tendo já
percorrido toda a provincia do Minho
e Douro.
Crime da Portela de
Oliveira
“Já tinhamos sido infórmados da ca-
ptura do assassino de Manuel Rodri-
gues ou Manuel Bento das Besteiras,
Hipa fal, Ergastácas Coglie o rd Da
qu
à TIME à
é nos referimos em devido tempo,
quando se nos deparou no nosso cole-
ga A Fronteira, que se publica em El-
vas, a seguinte local:
«Pela Guarda Nacional Republicana
foi detido em Arronches, por lhe ter
sido encontrado um revolver sem ter
a respectiva licença, Francisco Coclho,
solteiro, natural de Nesperal, concelho
da Certa.
» Vindo com destino ao Governo des-
ta Praçã, foi recebido em Santa Eulá-
lia por uma patrulha do posto da Guar-
da, desta cidade, de que fazia parte o
‘soldado de cavalaria, n.º 22, João Emi-
dio de Almeida, que: tendo notado “a
preocupação do preso o interrogou tão
“habilmente “que acibou por descobrir
que o Coelho era o autor dum crime
de ‘morte, cometido no sitio da Porte
la de Oliveira, concelho de Certã, na
noite de 24 de Dezembro findo,
E” digno de louvor o procedimeto
do soldado n.º 22 pela maneira como
conduziu os seus interrogatorios».
Consta-nos que. a autoridade admi-
nistrativa deste concelho, “solicitou já
das autoridades de Elvas, a remoção
do preso para as cadeias desta vila,
para ser acareado com os donos. da
taberna da Portela de Oliveira, que
ainda se acham presos,
PUBLICA-SE AOS DOMINGOS
N.º 148
Anuncios
Na 3.º e 4.º paginas cada linha, 50 réis
Noutro logar, preço convencional
Annunciam-se publicações de que se
receba um exemplar
Não se restituem os originaes
Oficiais portugueses em
Paris é
E! do «Diário de Noticias», a seguin-
te noticia sobre os nossos oficiais em
París:
Paris, 2 de Janeiro—São o «plato del dia”.
Nos jornais, a crónica ocúpa-se deles com ama-
bilidades extremas. E Paris vê, com, enterneci-
mento, todos esses militares de uniformes no-
“vos, ar bemimarcial, muito bem postos, os oficias.
e-sargentos dos nossos regimentos «de artilharia,
de engenharia, . da intendencia militar e do cor-
po de Estado Maior.
Muitos estão alojados nos hoteis da acité Ber-
gere”, no «Palais d’Orsay”, no «Hotel de Por-
tugal et Bresil”, no «Trianon Hotel”, no «Cen-
tral”. E à noite vêmo-los nos «music-halls-, nas
aFolies Bergeres” no «Olympie”, na «Opera”,
na «Comedia” e até no «Mayol” muito admira-
dos, “ponto convergente de todos os binoculos
é dos sorrisos das lindas parisienses. E
Os nossos sargentos do 7, do’3 e-do 8 de ar=
tilharia teem feito sensação no elemento femi-
nino de Paris. E asseguram-nos investigadores
dum naturalismo à Octavio Mirabeau que os
nossos portuguesinhos valentes, com o unifor-
me tentador, teem honrado as tradições lusita-
nas sempre gloriosas em proesas travessas com
Venus.
E antes de conquistarem as trircheiras da pri-
meira-e segunda linhas, sem receio às’vagas da
ofensiva, OS nossos amorosos sargentos e outros
jovens oficiais conquistaram os corações das
amidineltes” e de todas as parisienses que tive-
ram sempre um decidido fraco… pelos galões.
Até aqui os herois amorosos eram Os belgas
sempre. alegres ou os: ingleses reclamando
aChampangne”. Agora são os portugueses, A
Lusitania sentimental e mavortita antes de an-
dar a principiar a tosar os inimigos, anda de bra-
ço dado a Cupido, o que é “digno de todo o
aplauso. ‘ 1 ur
sarbemeS Tecchido, visita de muitos qf
preparam a partirem ção do sector indica-
do pelo Estado maior inglês.
E todos se mostram animados do mais pro-
fundo entusiasmo, decididos a dar este puro e
generoso sangue português pela mais nobre e
mais justa das causas, a fim de honrarem o no-
me do nosso Portugal nos campos de batalha
do «front” ocidental,
A hora legal
A hora legal vai ser adeantada 60
minutos a começar em 1 de Março pro-
ximo, até 31 de Outubro.
Escolas
Foram creadas escolas do sexo mas-
culino nos lugares da Quintã ciPam
pilhal,- da freguesia de Sernache do
Bom Jardim, ‘ : ,
Suspensão de garantias |
Por editaes da administração do con
celho, foi já levantada nesta vila a sus-
pensão de garantias. |
Por este motivo entrou a Certã na:
sua perfeita normalidade.
Nevada
Na passada terça-feira, caiu sobre
esta vila, uma grande nevada,
As casas e OS campos apresentavam!
um aspecto lindissimo,
Servico militar
Foi determinado. pelo sr, Ministro
da guerra que ficasse suspenso até no-
va ordem o alistamento dos recrutas
que devia efectuar se desde o dia 12
ao dia 15 do corrente mês, à, excepção
dos apurados para a armada.
A, Pestana & CG.
Pelos nossos amigos e patrícios srs.
Antonio- Pestana e Joaquim Pestana
dos Santos, foi estabelecida na capital
uma firma comercial que girará sob a
rubrica, de A. Pestana & Companhia
com sede na R. de S.. Julião n.º 52.
O seu principal comercio será fabri-
co de gravatas e roupas brancas, em
grande escala.
| Aos simpaticos comerciantes des: ja-
mos que a sua nova firma lhes seja de
largo futuro.
Taxa miltar
A contar do corrente ano, estão
isentos, do pagamento da taxa militar,
todos os mancebos que tinham ficado
isentos do serviço militar e que nas
últimas inspecções foram julgados aptos
para qualquer serviço, não obstante
serem avisados para efecturem tal pa-
gamento.
O Liberal
Eoi levantada a suspensão ao diario
monarquico «O Liberal», motivo por-
que-voltou a publicar-se.
Proposta de lei
Em vista das instancias constantes
do professorado, este tem toda a es-
perança de que o sr. ministro da ins-
trução apresente ao Parlamento a pro-
posta que torne obrigatoria para to-
dos os municipios: a nova tabela de
aumento de vencimentos.
“Carnes
Não foi ainda arrematado o forne-
cimento: de carnes verdes, nos talhos
| municipais.
Por esta razão continua livre a sua
venda. f
Feira de Santo Amaro
Realisou-se na passada 2.º feira, nes-
ta vila, a anual feira conhecida pela de
Santo Amaro.
Devido ao bom tempo, a feira foi
bastante; concorrida, tendo-se efectua-
do, grandes transações, sobretudo em
laníficios e suinos.
A carne de porco regulou por 6800,
7000 réis a arroba.rroba.
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Récita intantil
Como já noticiámos deve realizar-se
no proximo dia 25 (quarta-feira), dia
do aniversario do Grémio Certaginen-
se, uma nova récita infantil sob a di-
recção dos srs. Dr. Fernando Matoso
e Carlos Ascensão, eo seu produto se-
rá aplicado á compra de um piano pa-
ra o respectivo Teatro.
Finda a récita a Direcção do Gré
mio, abre aos socios e visitas, o seu
salão aonde se poderá dançar até qual
quer hora visto ter sido levantada a
suspensão de garantias. K
Uma cumissão de senhoras solteiras
oferece um serviço de chá e bolos.
O programa da récita é o ssguinte:
1.º PARTE
1—Hino do Grémio—Pela orquestra.
2—No 29º aniversario do Grémio
Certaginense—Hino—Letra de Carlos
Ascensão—Musica de A. J. Ferreira
de Andrade—Cantado pelas meninas
Fernanda Seabra, Ofélia Pires, Car-
mo Magalhães. Isaura Ascensão. Cons-
tança Lopes, Ruth Valente, Ema Mar-
tins, Lourdes Branco, Rosaria Santos.
Maria Nunes, Arminda Moura, Emilia
Rossi e Mimi Pires e pelos meninos
Jorge Ascensão, António Andrade,
Guilherme Andrade e Nuno Ascensão.
3—0s Fantasmas — Comedia num
acto—Desempenhada pelas meninas
Ofélia Pires, Isaura Ascensão, Cons-
tança Lopes e Mimi Pires e pelos me-
ninos Antonio Andrade e Jorge As
censão.
4—Vou recitar—Monólogo pela me-
nina Mimi Pires. Rus
5—A Boneca—Cançoneta pela me-
nina Fernanda Seabra:
2* PARTE E
i—Velhacarias infantis—Comedia
num acto, interpretada pelos meninos
Fernanda Seabra e Antonio Andrade.
2—A Judia-—Diálogo pelos meninos
Jorge Ascensão e Antonio Andrade.
3—4 Passa e o Figo—Dueto can-
tado pelos meninos Mimi Pires e Nu-
no Ascensão.
4—Uma revolta em familia—Co-
media num acto, desempenhada pelos
meninos Ofélia Pires, Ruth Valente,
Carmo Magalhães e Jorge Ascensão.
5—Bábá, Bébé, Bibi—Terceto can-
tado pelos meninos Fernanda Seabra,
Jorge Ascensão e Antonio Andrade.
3-* PARTE
I—Ideias de Bébé—Comedia num
acto, interpretada pelos meninos Fer
nanda Seabra, Isaura Ascensão e Jor-
ge Ascensão.
2—?…—Monólogo,
Constança Lopes.
3—Aninhas e Zé da Horta—Dueto
cantado pelos meninos Fernanda Sea-
pela menina
VOZ DA
BEIRA
DMOGANTO ORAVA…
Vi-a a primeira vez, de
A uma piedosa menina
joelhos a rezar
Ante o altar de Maria em funda devoção,
E fixando, menina, em
vos 6 meu olhar
A minha alma exultou de doce comoção.
Tão atraente que estava assim aioelhada,
Num suave arroubamento e em santa compostura,
Mãos erguidas ao céu, a fronte reclinada,
Que me pareceu ver um anjo de candura!
Notei logo atravez dessa unção piedosa,
Uma alma virginal, de graças um tesouro,
A inocencia da pomba, a fragrância da rosa
E um nobre coração moldurado a fino ouro.
Vosso rosto gentil… Mas retratá-la?! Não !!
A tanto não me atrevo!
Até de Rajael
Se tal empreendesse a portentosa mão
Talvez só conseguisse uma cópia infiel!…
Oh! Maria, velai p’la mimosa donzela
E, como galardão do acrisolado amor,
Que vos consagra já, fazei cair sobre ela,
A Riu, dos altos céus, us bençãos do Senhor.
Não deixeis macular sua ungelica alvura,
Guardai-lhe o coração ao bem todo disposto,
Da vasa das paixões, perniciosa e impura,
P’ra que a beleza da alma iguale a do seu rostol!…
Que a Virgem queira ouvir esta prece sentida
De quem do coração vos deseja wma vida
Placida a deslisar por sobre um mar de flores,
Inocente e feliz, sem lágrimas, sem dores ..
Figueira BA Foz — JaNEIRO-917.
bra e Antonio Andrade,
4— Em segredo — Monologo pela me-
mina Mimi Pires.
5—Viva a Ceritã—Côro-Por to-‘
dos os meninos.
* Hx
Por lapso, escapou-nos fazer refe
rencia, na nossa ultima cronica de tea-.
tro; á menina; Isaura Ascensão que na
comedia «Os Fantasmas» fez com cor-
recção o papel de Helena, bem como
o de Amelia na comedia «As Ideias
de Bébé»,
Demais, só por lapso de confusão
de nomes, nos pode ser atribuida esta
falta, pois é certo que a ninguem pas-
saram despercebidas as suas más in-
POLIHNDTIM
Descrição da Vila da Certã
Pelo Almoxarife Clau-
dio de Menezes e Cas-
tro, dirigida ao Prin-
cipe do Brasil D, João
VI em 1791
Tem tambem Meirinho que junta-
mente o é do Juizo geral, e tanto a este
como ao escrivão os nomeia Sua Alte-
za Rial. Pertence a este almoxarifado
um procurador da rial fazenda, e o é
tambem de todas as mais vilas do Prio-‘
rado daquem do Tejo, a quem nomeia
Sua Alteza Rial, que pela folha lhe
manda dar 127000 réis por ano.
O distrito deste almoxarifado se es-
tende fóra da Sertã e seu termo. á vila
e termo do Pedrogam do Priorado, e
aos dois casais de Malta-o do Rio
Fundeiro e o da Barrada no termo da
vila de – Dornes. Andando, como seus
de há muitos anos arrendados os al-
moxarifados do Grão Priorado, não re-
cebe o almoxarife frutos alguns da rial
fazenda, nem lhe são carregados emre-
Ceita mais do que o dinheiro e os gene-
tos com que deve fazer pagamento aos
filhos da folha: e ainda estes mesmos
generos e dinheiro os pagam os con-
EES! Qd os Im soS ahtig em 65 AMAS
xarifes para esse efeito.
Nisto costuma haver seus inconve-
nientes, os quais deram ocasião no ano
de 1754 a que o Senhor Rei D. Pedro ;
III que descunça em gloria, mandasse
fazer um ourro mais pequeno celeiro
junto ao grande, e que neste novo ce-
leiro; de que o almoxarife teria as cha-
ves, recolhessem os Priostes logo o
grão. necessario para o almoxarife ir-
entregando aos filhos; da folha. Este
celeiro novo, porêm, não teve efeito,
não obstante o estar já a obra’arrema
tada e mandada fazer por uma provi
são do sobredito Senhor de 4 de Abril
de 1754, a qual se conserva ainda jun
ta ao auto de arrematação no cartorio
deste almoxarifado, sem que conste da
| razão porque se não poz em observan-,
cia. Ex
* Na cobrança do que se fica devendo
á rial fazenda como são dizimos, pen-
sões, fóros e das dívidas dos rendeiros
subalternos ao contratador, é o almo-
xarife o juiz, quando o contratador ou
os sub-rendeiros lho requerem, e estas
cobranças começam por um mandado
executivo segundo o privilegio da or-,
dem. Ê
Faz o almoxarife audiencia em to-
das as quartas-feiras de cada semana.
Procede á vistoria e arbitramento de
fôro por louvados em todos os novos
Artur Mendes de Moura
| tenções para com o avô, vindo a pa-
‘gar com um trambulhão nas escadas
| a travessura do sebo,
Gritou com aflição sincera para que
lhe acudissem, e estamos ainda a vê-la
desfeita em pranto, com ais repassa-
dos de dôr, a pedir que lhe esfregas-
sem as costas.
Fica assim salva a nossa isenção de
cronista, e Deus nos livre de que só
por sombras pensassemos em melln
drar os créditos artisticos da novel
actriz, logo ao encetar da sua esperan-
çosa carreira,
Era caso para uma greve ou pelo
menos para uma corrida á pedra e nós
não queremos ser causa duma nem vi
tima da outra.
Esteve na sua casa da Codiceira
Grande, tendo já regressado a Lisboa;
o sr. João Farinha Leitão, socio da fir-
ma Sá, Leitão & C.*
— Esteve na Certã na passada 2.º
feira acompanhada de seus filhos, a
sr.* D, Clotilde da Mota Pestana.
— Esteve em Oleiros em serviço da
sua especialidade o sr. Beça, inspector
dos impostos deste distrito.
— Regressou da capital o sr, Anto-
vio Barata de Almeida.
— Está em Lisboa, o sr. Adrião Ma-
deira Gonçalves.
—Por virtude da ultima feira anual
esteve na Certã, o sr. João Nunes Ta-
vares, de Vila de Rei.
— Esteve na Certã, a sr.* D. Maria
José Pavão, professora no lugar do
Bravo, freguesia de Pedrogam Pequeno.
— Esteve em Lisboa o sr. dr. Alba-
no Lourenço da Silva, distinto advo-
gado nesta comarca, :
Saiu para a capital o sr, Joaquim
Pestana dos Santos.
— Estiveram em Proença a Nova, os
srs. Gualdim de Queirós, dr. Antonio
Vitorino e João de Albuquerque.
— Vimos na Certã, o nosso amigo
P.º João Martins, do Castelo:
—Está novamente na Certã o sr.
Daniel, Rodrigues, escrivão e tabelião
em Benguela.
— Regressou á Certã o sr. José Pe-
dro Franco.
Durante a semana vimos na Certã,
os nossos assinantes srs.: Pe Domin-
gos Cruz, dr. Domingos Lopes, dr.
Augusto David, Antonio João, Santos
Lima, Antonio D, Barata Salgueiro,
P.º Alves Pereira, P.º Antonio Fernan-
des; P.º José Franc sco, Manuel da Sil-
va Cardoso dos Reis, José d’Oliveira
Tavares Junior, João Crisostomo, Ade-
lino. Nunes Marinha, dr. Gualdim de
Queiroz, Antonio Cristovam Gaspar,
Pie José Dias Junior, João Rodrigues
da Silva. é
Aniversarios
Fez anos:
No dia 20.0 sr, Luiz da Silva Dias.
Hoje: o: sr. dr. Antonio Ildefonso
Victorino da Silva Coelho.
Parabens
Consta-nos Que foi reintegrado no
lugar de aspirsnte de finanças e colo-
cado. no concelho de Belmonte, deste
districto, o sr. Ivo de Abreu Barata,
pelo que o felicitamos.
q A ES dB Eann hos ga ár fa:
zenda no que pode, representa outros
á junta da serenisyjma casa do Infan;
tado e executa quanto por esta se lhe
ordena.
E’ juiz privativo para a cobranças dos
direitos rias traspassados pela Ordem
ao “alcaide-mór, como são a portage,
e tudo o mais que consta do Foral.e do
Tombo da alcaidaria.
To governo eclesiastico e
freguesias da Gertã ‘
E” a vilada Sertã governada no
Eclesiastico: por um vigario da vara,
que agora é, e ordinariamente costu-
maser o mesmo da sua Matriz. Tem
este: vigario, escrivão, meirinho e um
premotor. lisa
A sua jurisdicção a qual se estende
alêm da Sertã, ás vilas de Oleiros, Al-
varo e Pedrogam do Priorado com os
seus: ternos, consiste em executar as
ordens do Juizo superior do ilustrissi-
mo e revercn lissimo Provisor e Viga-
rio Geral de todo o Grão Priorado do
Crato.
Tem o mesnno vigario alçada de dez
tostões, pode conhecer e deve: provi
-denciar os casos ocorrentes, dando lo
go conta ao mesmo Juizo.
Conhece das cavisas por provisão, e
no fim remete coLq O seu parecer; €
fR2 cual ENGândiS bartes em dois dias
“E” dedicada a matriz desta vila’ao
apostolo S. Pedro, foi edificadamo ano
de 1442. O seu; vigario recebe de con-
grua pela folha quatro moios de trigo,
um moio de centeio, sessenta almudes
de vinho á bica, uma carga de uvas
para tinta, seis alqueires dé azeite, eim
dinheiro! 22580 ‘e para Casas da sua
residencia 42800 réis.
«Alêm do vigario há nesta igreja seis
beneficiados curados, que coadjuvam o
pároco na administração dos sacra-
mentos e rezam’em côro as horas ca-
nonicas.’A cada um destes se dão pe-
la folha três moios de trigo, um moio
de centeio, uma pipa de vinho á-bica,
meia carga de uvas para tinta, três al-
queires de azeite e 4000 réis.
Ao pároco e mais padres desta igre-
ja se dão tambem 12800 réis por apli-
carem a missa pro-populo nos domin-
gos e dias santos, como são olaigados
na forma do direito de 15 de | de
Há mais dois beneficiados simples,
que só são obrigados ao-côro, insiitui-
dosem capelães por Antonio Gomes, e
sua mulher. Maria Lobata, moradores
que foram nesta vila, e erigidos depois
em beneficiados de côro pelo Senhor Rei
D. Pedro HI, e por isso ficaram sempre
sendo da nomeação de Sua Alteza Rial.
(Continua)ua)
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DO MEU RETIRO
CARTAS
ALZIRA
Não quero que te desgostes com a
leitura desta carta, entendes?!
Não quero que ‘te contrarics com as
minhas palavras tão pobres de colorido,
tão simples, quanto são sentidas e sin-
ceras.
Desculpa-me a franqueza, mas dei-
‘xa-me dizer-te que me foram um tan-
to desagradaveis as impressões que na
tua ultima me contavas.
— Dizes que depois que abandonaste
o Colegio, a vida para ti tem sido um
mar de pungentes dissabores,—de so-
frimentos constantes !
—Que és timida,—que trepidas pe-
rante qualquer contingencia da vida, —
que és acanhada em extremo !
—Que não estás habituada a esse
bulício do murido,—que detestas tudo,
chegando até a aborrecer a companhia
das tuas amigas,—a convivencia dos
que te são mais queridos! .
Ora, se refletires um pouco nisto.
deves convir que não te fica bem o di
zeres tal coisa.
Desculpa-me sé te recrimino, mas,
como deves compreender, a amizade
que te consagro impõe-me o dever de
repreender-te, e até mesmo de dar-te
conselhos,
—Dizes ainda mais:—que és uma
perfeita criança, não obstante os teus
dezesete anos:—que te ruborizas na
presença de qualquer pessoa estra-
nha,—enfim, que tens medo de tudo e
de todos!
—Francamente, Alzira!,—acho es-
travagantes as tuas despropositadas
queixas, como singular encontro tam-
bem o teu desânimo perante a vida!
—s« Para que serviu o andar a educar
-me num colegio?»,—dizes tu, muito
pesarosa!
—Com franqueza, Alzira !,—dcixa-|
-me chamar-te criança!
Por ventura aprendeste tu, no Co
legio alguma coisa que tivesse rela-
ção intima com a vida prática?!
–Qlha:—por acaso li, ainda na pas-
sada semana, uma carta que de lá
me escreveste, há já tempo, e em que
me dizias que já falavas quase correc-
tamente o «francés»,—que a tua pro-
“ fessora de piano estava muito contente
comtigo, visto que tinhas feito admi-
raveis progressos na musicay—que to-
cavas divinalmente violino, – que eras
a melhor classificada na aula de dan-
çay—que bordavas admiravelmente, —
enfim, que estava concluida a tua edu-
cação,
—Saiste finalmente do Colegio e,
qual setinosa flôr de estufa que a mi
PUMG GRABCAO ABRA A SHiop duda mero
coisa mais insignificante !
«—pDeves resignar-te e ter coragem!
—Penetra na verdadeira importan-
cia das coisas, e acabarás por concor-
dar que a educação que no/Colegio re-
cebeste pouca utilidade tem para a vi-
da prática, À à ida
A mulher deve ser educada noutro
sentido!—Deves enriquecer o teu es-
pirito com o germen sublime da ins-
trução, mas urge tambem que assimi-
les os conhecimentos, da vida domes-
tica, para que possas vir a ser uma ex-
celente dona de casa. !
— Se te fôres educando neste senti-
do, verás que hás de viver mais feliz,
Adeus. f
“Crê na amizade do que te estima
muito,
Correia da Silva,
scolas Moveis
Foi criado um curso nocturno na
freguesia do Carvalhal e nomeado seu
rofessor o sr, Antonio da Silva Ri-
eiro,
+
Foi concedida a exoneração á pro-
fessora da escola do lugar das Sardei-
ras de Baixo (Oleiros) a sr.º D. Julia
Adelaide da Conceição Dantas,
VOZ DA BEIRA
AGRICULTURA
Serviços de Janeiro
Nos campos :—Procede-se ás lavou-
ras que ainda não estejam feitas, para
sementeiras de primavera. O revolvi-
mento antecipado do terreno corres-
ponde a uma boa adubação, porque o
arejamento dado, a infiltração das chu-
vas, e o effeito das geadas, modificam
a natureza fisica e quimica do solo,
permitem a acumulação de reservas de
agua para o verão no sub-solo, e pro-
vocam a transformação em principios
nutritivos para as plantas, de substan-
cias que ficariam mais ou menos iner-
tes sem a mobilização da terra.
O Lavrador aconselha a todos os
agricultores a construção de nitreiras
que, convenientemente exploradas, são
na exploração agricola uma das mais
rendosas dependencias,
Principia no sul do país a plantação
da Batata para produção no cedo.
Convem desenvolver tanto quanto pos-
sivel esta cultura, que se torna muito
remuneradora, adoptando-se nela as
regras apropriadas.
Hortas :—Dá se começo aos traba-
lhos de preparação da terra para a cul-
tura de plantas de hortas.
Semeiam-se: Favas, ervilhas, grão
de bico, alface, rabanetes, couve-flor,
broculo. repolho, saboia, cebolas e ce
nouras. Para as plantas mais mimosas,
se o tempo correr muito frio ou se re-
ceiem as geadas, devem constituir-se
abrigos com esteiras, ou canas, gies
tas, Urzes, etc., para se cobrirem, pelo
menos á noite, para que as geadas não
as queimem,
Pomares: — Continua a fazer-se a
limp:za. poda e adubação ‘dos poma-
res, e plantam-se arvores de fruto.
Principia se com a enxertia das amen-
doeiras. Plantam se estacas de marme-
leiro, para depois servirem de cavalo
para a enxertia de pereiras.
Arvoredos : — Plantam-se arvores.
Os terrenos incultos, que tanto abun-
dam no país, actualmente de valor qua-
si nulo, podiam tornar se em grande
riqueza em alguns anos, desde que fos-
sem povoados de arvores. Nisso tem
havido um grande desleixo, devido á
falta de compreensão da importancia
| que tem a arborização dos terrenos.
Faz-se o corte de talhadio dos cas-
tanheiros, salgueiros e carvalhos, prin-
cipalmente destes ultimos, visto reben-
tarem cedo.
Vinhas :— Contnuam-se os traba-
lhos da poda das Videiras, cujo ser-
viço só deve; ser confiado a operarios
competentes, pois que maus podado
res podem em poucos anos arruinar
por completo uma vinha.
Plantam-se vinhas em terreno seco,
e continuam-se as surribas para futu-
“No fim do mês podem principiar as
enxertias nas Videiras.
Adegas :— Trasfeguém-se para vasi-
lhas sulfuradas os vinhos novos que
ainda estejam sobre as borras,
Gados :=Resguardem-se os animais
do frio e dê-se alimentação substancial
ás femeas criadeiras ou que estão para
ter crias, Vigiem-se as camas dos ani
mais, renovando as, para que se-con
servem sempre enxutas.
Crime da Portela de Oliveira
Depois de composta esta local, que!
noutro lugar publicamos, chegou a es-
ta vila, acompanhado de dois policias,
o assassino Francisco Coelho, que deu
entrada nas cadeias á ordem da auto-
ridade administrativa, ?
CORRESPONDÊNCIAS
Oleiros, 15-1-917
Os nossos caçadores andam fulos,
enraivecidos pela imperícia de que teem
dado prova nas últimas batidas aos
javalis. Os velhos, experimentados
neste genero de Sport, onde tinham
ganho as suas.esporas de ouro, arre-
pelam-se, quando veem perdido um ti-
ro, que noutros tempos julgavam ful-
minante. Os novos, com o cuidado
de escolher armas e preparar muni-
ções, esquecem-se de que depende do
sangue frio a precisão da pontaria. E
no meio de tudo isto os animais, alguns
de respeito, c os maiores que por aqui
teem aparecido, atravessam impune-
mente o cerco dos caçadores, na cer-
teza de que não é a detonação das ar
mas que os fará baquear sem vida.
Diz-se que o homem é o unico animal
que ri, porque todos os outros são in-
capazes dessa manifestação externa da
alegria; mas se os javalis, que por aí
vaguciam, com uma abundancia fora
do vulgar, podessem responder aos ti
ros dos caçadores com a gargalhada
do sarcasmo, ela abalaria, certamente,
os vales das Amieiras da Roda onde
procuram refugiar-se dos pechotis sem
coração, que lhes. perturbam o sono
reparador do dia.
—De visita ao Rev.º Vigario desta
freguezia vimos «em Oleiros no dia 11
do corrente, os srs. dr. Gualdim de
Queiroz, esposa e filho, de Sernache
do Bomjardim, e João de Albuquerque
e esposa, da Certa. Pela consideração
que s. ex *Ӽ nos deram, honrando-nos
com os seus cumprimentos, aqui dei-
xamos expresso o nosso reconheci-
mento.
—O movimento do registo civil nes-
te concelho durante o ano findo foi o
seguinte: nascimentos 346, obitos 301,
casamentos 72
— Está grassando, nesta vila e arre-
dores, com um caracter epidemico in-
quietante, a febre com bastantes si-
nais de tifoide.
São muitas as pessoas atacadas, que
ha já dias guardam o leito, e por em
quanto, sem melhoras apreciaveis. Se
a epidemia até agora se tem mostrado
benigna, não devemos estranhar que
ámanhã que se torne violenta e faça
muitas vitimas – dadas as condições
pouco higienicas em que vegeta a maior
parte da população. É é nesta altura,
com o estado sanitarió-muito longe de
regular que se chama para o servico
da mobilização o facultativo municipal,
unico médico em todo o concelho! Co
mentarios para quê? Não vale a pena
faze-los. Os doentes que morram ao
abandono, levando para a sepultura a
certeza de que o sol não deixará de
iluminar os felizes da vida.
CORREIO
Dignaram se pagar a sua assinatura
os srs;
Vicente do Vale, José António do
Vale, Antero do Vale, António Manuel
e Ras, a Pr
go ilvam AÓPIA pêlrss jda Piedade,
ratr Correia, Joaquim Nunes, Manuel
Farinha Martins, Rufino Martins David,
P. José António Ferreira, António Lo-
pes da Silva, P.º José Dias Junior,
Manuel Nunes, João Rodrigues da
Silva, Joaquim Fernandes Calado, Joa
quim, Pestana dos Santos, D. Henri-
queta de Miranda, Manuel da Silva
Cardoso dos Reis.
TRAPO DE LAN
Compra-se a 180 réis desforrado e
a 140 réis forrado.
Pracana
R. Candido Reis, —CERTÃ.
SERVIÇO DA REPUBLICA
EDITA,
O cidadão António Augusto
Rodrigues, Administrador
do concelho da Certã.
Faço saber que, nos rermos do art.
130 do regulamento de 21 de Feve
ro de 1889, é em virtude de ordens
superiores, todos os proprietarios de
carros de transporte, pertencentes a
este concelho, quer de passageiros,
quer de mercadorias; deverão solicitar
o seu registo na Administração deste
Concelho, até ao dia 31 do corrente
mês de Janeiro.
Os transgressores ficam sujeitos á
penalidade de 12%00 a 3oihoo de multa
ea 30 dias de prisão correccional, nos
termos do art.º 196 do mesmo regu-
lamento.
Para constar e para que ninguem
possa alegar ignorancia se passou este
*e ídenticos que serão afixados nos lu-
gares do costume.
Administração do concelho da Cer-
tã, q de Janeiro de 1917. E eu, José
da Glória Lopes Barata, amanuense
da Administração que o subscrevi.
O Administrador do Concelho,
A. Rodrigues
ANUNCIO
1.º publicação
Pelo Juizo de Direito da Comarca
da Certã e cartorio do segundo oficio
foi requerida a intgrdição por demen-
cia de Maria do Rosario, tambem co-
nhecida por Maria Amelia. solteira,
domestica, “residente em Proença-a-
“Nova desta comarca que foi.julgada
e decretada por sentença de io do
corrente mez.
Certã 15 de Janeiro de 1917.
OQ Escrivão,
Francisco Pires de Moura
Verifiquei a exactidão
O Juiz de Direito
Matoso
ANUNCIO
1.º publicação
Pelo Juizo, de Direito da comarca
da Certã e cartório do quarto oficio,
escrivão David, correm editos de 30
dias a contar da segunda e ultima pu-
hlicação deste no «Diario do Governo»,
citando a interessada Maria Ribeiro,
solteira, maior, suzente em parte. in-
certa, para assistir a todos os termos
até final do inventario orfanologico
por obito de sua mãe Francisca Ri-
beiro, moradora que foi no lugar do
Chão Redondo, freguezia de Sobreira
Formosa, e em que é cabeça do ca-
sal José Ribeiro, residente no mesmo
lugar.
Certã, 10 de Janeiro de 1917.
escrivão
Adrião Morais David
Verifiquei
O Juiz de Direito
éMatoso
ANUNCIO
2.º publicação
No dia 21 do proximo Janeiro, às,
tt horas, á porta do tribunal deste,
juizo, em virtude dos autos civeis de.
execução que o Ministerio Publico mo-
ve contra Antonio Mendes, viuvo, do
EAR E load na dee ea
nache do Bóm jardim, “São postos?ém
praça, para serem arrematados a quem:
maiores lanços oferecer acima dos va-
lores que lhes vão designados,.os se-
guintes bens :
1.º—Uma casa de habitação, situada
no Casal da Madalena, alodial, no valor
de 240:%00,
2.º—Um bocado de terra de cultu-
ra em mau estado, no sitio do Porto
do Carro, limite do Casal da Madale-
na, no valor de 3poo
Pelo presente, são citados os cre-
dores incertos para deduzirem os seus
direitos, querendo, no praso legel.
Certã, 23 de Dezembro de 1916.
Escrivão ajudante
José da Glória Lopes “Barata
ES Ad
Fabrica do Tramagal
PREÇOS DA FABRIGA
Vende:
Martins Cardoso & Comp.” Limit,”
CERTÁTÁ
@@@ 1 @@@
E mio gets O
nie a
Acua DA Foz Da CERTA
A Água minero-medicinal da Fox
da Certã apresenta uma composição
quimica que a distingue de todas as
outras até hoje usadas na terapeutica,
E” empregada com segura vantagem
na: Diabetes—Dyspepsias —=Catarros
gastricos, putridos ou parasitários;—
nas preversões digestivas derivadas
das doenças infecciosas ;—na convales
censa das febres graves;—nas atontas
gastricas dos diabeticos, tubérculosos,
brighticos, etc.,—no pas + ícinismo dos
exgotados pelos excessos ou privações
etc, etc.
Mostra a analise batereologica que a
Agua da Foz da Certã, tal como se
encontra nas garrafas, deve ser consi-
derada como microbicamente pu-
ra não contendo colibacitlo, nem
nenhuma das especics pathogencas
que podem cxistir em águas, Alem
disso, gosa de uma certa acção micro-
bicida. O B. Thyphico, Diphterico
é Vibrão cholerico, em pouco tem-
po nela perdem todos a sua vitalidade,
outros microbios spresentam porem
resistencia maior.
A Agua da Foz da Certã não tem
gazes livres, é limpida, de sabor leve-
mente acido, muito agradavel quer be-
bida pura, quer misturada com vinho.
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dada esta publicação, não só por estar
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lo relativo luxo da edição. O tomo que
temos presente,insere o Diárioda Guer-
ra, de 1a 31 de Março de 1916 e as
seguintes gravuras:
Vista panoramica da cidade de Bag-
dad; Orfãos servios chegados a Mer-
selha-e dirigindo-se do’cais do desem-
barque para o local do seu alojamemo
provisorio. Destroços causados pelas
bombas dos zeppelins em Londres;
Umacasa que ao derruir fez 10 vitimas.
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