Voz da Beira nº139 19-11-1916

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Ano 3.º
REDATOR PRINCIPAL:
Fructuoso Pires
ADMINISTRADOR E EDITOR:
die Pedro E adia

Reteção º Miailalettaçãos
Bus Br. Santos Balente
ae ER TA:

as Maio

Certã, 19d Novembra-de 1916

DA Sbt

AVENÇA

Nº 139

SEMANARIO INDEPENDENTE.

ala

ARBO, – 18200 réis; Semestre, 600 réis
Brazil, (fracos) 59000 rs. Avulso, 30 rs.

 

propriedade da Empréza da Voz da Beira,

un’dlyares

 

vp ” e

Passou no dia um do’corrente o
aniversário do passamento dêste
grande português cujo esforço e
energia militar foi o melhor penhor
da consolidação jossa naciona-
lidade, num’ periodo em que ela

mal podia, resistir aos embates |

dum, inimigo, avantajadamente su-
perior; +

Grande português lhe-chamamos
e com tanta mais convicção quan-
to é certo que nem antes nem de-
pois. outro. praticasse pela patria
aquelas ousadias de valor que o
tornaram: um dos primeiros herois
da nossa galeria historica.

Brotava-lhe pura a vis patriótica
da sua índole altiva de família, edu-
cado num ‘meio: onde. o estrépito
das armas fazia parte da formação
& caracter, por isso logo de pe-

o o: vemos nos paços riais
E ce os “queixumes de Lio-
nor Teles e mais tarde na fronteira
causar mágua ao novo: ei; Compa-
nheiro de armas.
arece que a clarividência do
seu futuro, sôbre os destinos da, pá-
tria lhe garantiam essa -impassibi-
lidade austera com que sempre se
conservava Superior aos que o ro-
deavam.

Crescido nos anos e na experiêri-
cia da vida, nimbado gu, «halo d de
paia Ubsde “a anfóra dé Anjibar: | v
ia até ao seu ocaso no convento
do Carmo, de tal, forma se subli-
mou nêle o-valôr cia crença que
bem lhe poderamos chamar o gier-
reiro e monge por excelência. |

Guerreiro pelo cúlto da patria,
e monge por-uma idiossincrasia es-
pecial do seu misticismo de pureza,
soube vincar fortemente com o E
a da espada pt pena de

eo! geh com, ue

a ima a ias a sua fi Rs a
“Santo Condestável português.
+ Pade-sesfem: dizer dêle, apezar
de passados já 485 anos, que tem
sido – Ra a nossa história o
heroi querido-do: ã
falta sequer a avreola é

go.
Quando vemos, por Ea o pais

 

– alastrar e dominar uma forte cor-

rente “de” negativismo’ que descrê

“da continuidade dos nossos desti-

nos como nação gloriosa e indepen-
dente, como se para o Portugal das
conquistas: e descobertas já esteja

 

DEFEZA DOS INTERESSES

u CONARÇA DA genTA

terminado o ciclo heroico, faz bem
renovar, em comemorações patrió-
ticas, o culto dêsses grandes ho-
mens que com a ideia e com o bra-
ço alargaram as ensanchas do tor-
rão natal.

E êste culto é para nós, leitores
da Voz da Beira, quasi todos fi-
lhos dêste concelho, uma obrigação
quando se trata de render homena-
gem a um vulto grandioso désta
região; pois, quer D, Nuno Alvares
Pereira: nascesse em Sernache do
Bomjardim, onde por-vezes vinha
residir seu pai, quer no Carvalhal
(Troviscal) onde sua mãe tinha o
seu solar, é fora de dúvida que é

uma a do nosso concelho, a

que importa dar relevo duma: for-
ma condigna.

Tão enlevado nos achamos nes-
te preito de homenagem. a render
ao nosso ilustre patrício, brilhante
paladino das glorias nacionais, que
não resistimos ao desejo de para
aqui transcrever o elogio que na
sua, Certã, Enobrecida lhe tece
outro ilustre. patrício, nosso, o be-
neficiado P.º Jacinto Leitão Manso
de Lima, escritor do seculo XVIII.

* Diz’êle: «Encheu o mundo com
a sua fama, à Europa com o escla-
recido da sua alta descendencia, e
soube densa oceu com as suas

E rh Ro A it
E Caso ÉS RE João py q m

ia não “só nas, guerras contra

| Castela mas na tomada de Ceuta,

que o fez Conde de Ourem, Senhor
de Vila Viçosa, Borba, Estremoz,
Evora Monte, Almada, Sacavem,
com seus reguengos, Portel, Mon-
temor-o-Novo, Frielas io Ca-

|marate, Colares com seus: termos

reguengos, eserviço rial de Lisboa,
Porto de Mós, Rabaçal, Boucos,

Alvaiázere, Terra de Pena, Basto, |

Arco de Baselhe, Terra de Barrozo,

| rendas de Guimarães, Ponte do Li-

ma, Valença, Vila Rial, Chaves, Bra-
gança e Atouguia, além de outras
muitas mercês. Dêle procede não só
a Serenissima Casa de Bragança,
masgs imperadores da Alemanha, os
Reis de quasi toda a Europa, mui-
tos Duques, Marquezes, Condes e
Senhores de Terras, e o que é mais
que tudo os esclarecidos Reis de
Portugal, que todos por descen-
dentes seus são originários desta
vila da Certã, junto da qual ha um
pego na Ribeira da Certã que se

 

PUBLICA-SE AOS DOMINGOS

Açúcar
Barateou já este artigo de consumo

artigo de primeira necessidade.

De 600 réis passou para 440 O quilo
ê que ainda dá margem para uns lu-
crositos… apesar do Kaiser ser tão
má pessoa,

Por nossa parte rn dias que
se organizasse uma liga defensiva con-
tra o uso de tal artigo, e veriamos co-
mo desapareceria em breve a E speculg
ção torpe.

Talho

Continua a ser irregular o serviço
deste estabelecimento municipal, À ca-
restia dos generos veiu dar aos arrema-
tantes fóros de grandes pessoas, pelo
que ainda havemos de os ver inscritos
numa lista de benemeritos da terra.

As cabeças são todas passadas ao
contrapeso, e por vszes sucede que só
ao meio dia as criadas saem, do talho
gom a carne para o almoço, por o cor-
tador ter de ir três e quatro vezes ao
matadouro fazer matança, a uma dis-
tancia de dois quilometros, ida e volta.

Adro .

De qualquer dos lados por onde se
entra, junto ás escadas, a agua fica em-
poçada na largura de mais de dois me-
tros, sendo preciso ao transeunte des-
Bisho de preconceitos e arrostar com

a ba com umas catradas de terra ou
entulho remediava se aquele mal que
nos dias de chuva chega a bloquiar por
completo aquele recinto, com grave
prejuizo dos crentes que ainda frequen-
tam a igreja.

De resto em tolo o adro é bem ne-
cessario levantar-lhe o nivel, ou abrir-
-lhe canos de esgato por onde as aguas
se vazem,

Magustos

“Com o dia de Todos os Santos pas-
sou a ocasião dos magustos familiares,
este ano tão sem importancia que quási
se não deu por isso.,

Não admira. Na dao ouvimos pe-
dir a 300 réis e a 300 por cada rasou-
ra de castanhas, o que, conjugado á
elevação. dos preços dos outros gene-
ros, vem quási tirar o apetite por cas-
tanhas.

Que nos conste só a sociedade mu-

que a guloseima nacional converteu em |)

Anuncios

Na 3.2 e 4,º paginas cada linha, 50, réis.

* Noutro logar, preço: convencional
Annunciam-se publicações de que se
receba um exemplar
Não se restiluem os originaes

 

“sical «Recreio Artista», a convite do

“seu, “director, festejou o dia e manteve

| à tradição.
Bem haja!

Limpesa

Estão a pedir vasoura uma grande
parte das ruas da vila,

Ao sr, vereador encarregado do pe-

louro. da limpesa lembramos este as-
sunto.

Subsistencias

Passados dois ou três meses depois

do periodo das colheitas começa já a

notar-se o rareamento dos generos no
mercado.

Apesar dos preços subidos porque
se teem vendido os cereais, a ganán-
cia do lavrador ainda não satisfeita
com este exagero, procura maneiras ar-
tificiosas de provocar a falta, para mais
se locupletar com um ganho arrancado
á pele do consumidor faminto.

Todos guardam as suas arcas para
uma melhoria de preços mais conforme
aos sentimentos avaros, e, se medidas
de rigor não forem postas em execu-
ção procurando evitar a saída para fóra
do concelho, teremos a sentir como no
ano passado o pêso da fome.

* Não se fie a autoridade administra-
tiva nos escrupulos dessa gente de co-
ração metalizado, porque na ansia do
vil, interesse hão-de arranjar maneiras

Soda a Brelhória Ot que Dj QEer
no outro ano e que agora vai constan-
do com uns certos laivos de regosijo.

Passaram carradas de milho € trigo
disfarçadas em sacaria de carvão e car-
radas de palha.

Bem certos estamos de que a com-
petencia de S. Ex.* o Administrador
não deixará chegar as coisas áquele
abuso e disso deu já sobejas provas,
mas é que nunca é demais estar de
sobreaviso contra as traças de tais se-
nhores.

Homem prevenido vale por dois…

Azeitona

Vai começar em breve a apanha da
azeitona que este ano promete ser abun-
dante.

Alguns lagares já funcionam no apro-
veitamento da azéitona do chão, para
ocorrer ás faltas de azeite que há por
muitas casas.

chama pego do coração, e em do-
cumentos antigos vejo se chamou
antigamente pego de Nuno Alvares,
e diz a tradição que por êle ali se
banhar se lhe poz este nome».

Não deixou a nossa vila de ser

teatro tambem de suas acções e jus-
to é que na apoteose que lhe fez
todo o país pela voz da imprensa,
se venha juntar mais este grão de
areia sem importar saber a catego-
ria de quem o conduz.

 

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Com uma suspensão Ea asi 2 me-
zes, motivada | falta E papel de
impressão, se “aparecer com a
mesma regularidade de sempre, o nos-
so modesto semanário. q

Gontinubrá com a mesma bôa, von-

Es a pugnar pelos interesses désta
ião, e ando-se de contendas
pa ticas e pessoais. teem os nossos as-
sinantes ou quem quer que seja, estas
colunas á sua disposição.
-—Não. temos .esta empreza, e todos o
sabem, para defender ideais políticos
nem tão pouco como meio de vida; da-
mos-lhe toda a nossa boa vontade, to-
do o nosso trabalho, com um único
fim: sermos utis à nossa terra e “pu-
gnar pelo seu engrandecimento.

Não temos porventura nestes irês
anos “de faina jornalística atingido o
nosso fim?

Seja-nos isso levado à conta da fal
ta de competencia que não á de boa
vontade de’ ver engrandecida toda es-
ta nossa região, |

modE A isto a proposito o pretender-

che apr “aos nossos presados as-
sin

obre tudo aqueles que, matu-
rais daqui, algu interresse teem p
este canto da Beira, a conveniencia &
pagarem, sempre que lhes sejam apre
sentados, os recibos das suas assina-
turas, pará nos evitarem trabalho e
despesas quais são as da devolução,
pelo correio tornando-nos assim menos
pezada esta tarefa.

De contrário ver-nos-emos forçados.

a suspender de vez a Voz da “Beira,
poros nossos recursos não comporta-
rem as despesas Ra da sua
publicação. SIDA

merda: “ir Embregã

»D5DSE<e
Bispo de-Portalegre —

Acompanhado do reverendo Padre
Francisco de Sequeira, pároco da Var-
zea dos Cavaleiros, em comissão na fre
guesia de S. Lourenço, em Portalegre,
chegou a esta vila no dia nove do cor

rênte S. Ex.º Rev.” o Sr. D. Manuel
Mendes da Conceição Santos, ilustre e
virtuoso prelado dssta diocese,

S. Ex.* que viajava de automovel
chegou às 10 horas, sendo o seu in-
gresso na. vila, anunciado como estra-
lejar de fogui s.

– Depois do almoço que lhe foi ofere-
cido pelo reverendo Arcipreste Padre
Francisco dós Santos Silva, S. Ex; re-
cebeu os cumprimentos de todo o cle-
ro do arciprestado « e troçadas algumas
impressões sobre assuntos de serviço
seguiu ás 3 horas para Oleiros onde
tambem era esperado pelo clero daque-
le song

fe que assim termina a visita ão
Gieta dioERSE o pstha Rusrtedita, dera?
Blesso, ás sete horas da noite, indo
com direcção a Portalegre. |

Durante a sua curta demora nesta
vila, alêm dos cumprimentos oficiais
do clero, dignaram-se visitar S, Ex.)
algumas, pessoas gradas do concelho,
entre as us. nos lembra os srs. Dr,

ldim d e Queirós e Dr. Matos Sil-
e Sernache. EE

 

“FERROADAS |

«2ich ug se uiaeo
Parece que p “ras eleições
que não vieram a ter lugary o

havia várias combinações,
Ee, nelas uns figurões,
m quêm nunca ouvi falar. ;
Hu 198 1 o
Democráticos, unionistas,
a — católicos! 5 e independentes,
“é que formavam as listas
‘dos dezaseis camaristas,
ou dezaseis aparentes,

| Quem osantor foi damanobra,
| «el procuro, sem que ache,
mas,9 que fez uma tal obra ,
ou tem o mamat, de cobra,

el

ay ou E Martins em Sernache.

tudo vai bem.

VOZ DA BEIRA

Campo de ciprestes

Se o nosso modesto semanário se
tivesse publicado nas ultimas semanas
não deixariamos passar sem, em oca-
sião oportuna, dar a infausta noticia do
passamento de duas senhoras muito
queridas no nosso meio: Dº Laura de
Sande Marinha Lucas e D. Beatriz
Adelina Esteves da Silva Neves.

A primeira era casada com o nosso
querido amigo sr. Zeferino Lucas de
Moura, inteligente farmaceutico nesta
Vila, e à segonda viava dosr. Joaquim
Maria das Neves, que durante muitos
anos exerceu o lugar de secretário da
Administração dêste concelho.

Senhoras de esmerada educação eram
o protótipo da bondade, eram verda-
deiras almas dé caridade, almas bem-
ditas que prendiam aquelas que com
elas tinham a felicidade de tratar.

Os seus funerais de caracter religio
so, foram uma verdadeira man’festa-
ção de simpatia ás duas famílias enlu-
tadas, pois neles se incorporou tudo
que havia de mais selecto nesta Vila,

e muito povo.

* Sentindo profundamente o passa-
mento de tão bondosas senhoras, en-
via à Vox da Beira, a suas respecti-
vas famílias o seu cartão de sentidos
pesames.

 

No lugar da Malpica d’esti fregue-
sia, finou-se tambem na passada se-
mana o sr. António: Cristovam, pai
dos nossos: patrícios srs. António Cris-
tovam Ferreira Pires, sócio da acredi
tada firma comercial da capital Ferº
reira-& Sousa, e do sr. Carmelino/Fer
reira Pires, caixeiro de cobrança da
mesma firma, a quem: como: a demais
familia enviamos muitos sentidos pes
zames: ,

a ema

Em S. Tomé (Africa Portuguesa)
dizem-nos ter falecido em Agosto ulti-
mo o nosso patricio sr. Abilio Lopes
dos Santos; que ali se dedicvaa à vida
comercial.

“Era um bom rapaz, muito novo ain
da, pois devia con“ar 25 anos ou pou-
co mais, e estava prestindo O seu au-
xílio à família, de quem era amantis-
simo. : !

A sua familia os nóssos sentidos Pe-
zâmes. |

E ebtegio. c

Ás 11 horas da noite-de; terça feira
ultima, faleceu nesta vila a sr.º D.
Margarida, da Conceição Farinha, es
posa do sr. Fernando Martins Farinha
proprietario e há muitos anos Juiz;de
Paz.

A desditosa Ra foi ha poucos
dias acometida da doença de que veio
a falecer e que a deteve sem, fala por
alguns dias.

valia vagão A ão Demeirioado fil:
Pi a quem como a seu sogro e
demais, familia, enviamos o nosso car-
tão de sentidos pezames.

| pDDDÉEce

“”Pudo vai bem.

 

“Estamos pessimamente servidos com
o transporte de malas do correio entre
esta Vila e Tomar, pelo menos em-
quanto este ramo de serviço estiver a
cargo da Companhia Viação. Toma:
rense.

O carro que conduz as mel tem
chegado: aqui estes ultimos dias, ás E
e meia horas da’tarde! :

12 horas e tal de Tomar à Certã!

Em menos tempo sé fazia em carro
de bois.

Mas não há queim olhe por isto.’

* Nem ao ‘menos os dirigentes do mu:
nico reclamam contra um tal estado
de coisas. pus

Tudo vai bem—diz um nosso amigo
de Pedrogam—e nós ditémos tambem:

a imo bBBadee

1 “Estrada de Oleiros… :

Está quasi concluido o empedramen-
to da’ estrada que desta Vila segue

Dr. Sabifio

para a de Oleiros;

SECÇÃO LITERARIA

EVOCAÇÃO

Vinde, oh! Deuses do Olimpol—ungi minh’alma
Duma lug diuturnal,—da Luz bemdital—
Dai-me um ósc’lo de pa; ardente e calma. ..,—
Aliviái meu peito que palpita!

Espargi no meu cer’bro mansamente

Os aróômas suaves da Poesia! —

Fazei que eu tanja a Lira ardentemente…,
Dai-me a Luz por fanal, o Amor por guia

Quero cantar as Ninjas, a Saudade,

O Amor numa paz mística, completa |—
Vinde pois espargir a claridade
Nest’alma atribulada de Poeta!

E eu, “emquanto estalma em vão suspira
Nos paramos nostálgicos da Dór,

Farei soltar da minha ardente Lira
Tristes êndeixas de Saudade e Amor!

(Do meu livro inédito «Lamentos d’Alma»

M. Correia da Silva,

 

NOTAS LIGEIRAS..,

Lembro-me ainda como se fosse ho-
je e no entanto vão já passados oito
anos.

Aum:ntava em mim de dia para: dia
o interesse. de me aproximar daquela
rapariga de tez morefia e olhos negros,
uns olhos em que havia um não sei que
de melancolia, ainda mesmo quando
os lábios deixavam escapar. leves sor-
risos.

Cumpriinentavamo nos cerimoniosa
mente, mas nunca O aciso me havia
próporcionad» ensejo: de lhe falar.

Um dia-ia já alvo o mês de Setem-
bro-e aproximava-se a époza de voltar
ao colegio=fui convidado para uma
pequena reunião por alguem que me
dá a honra duma amizade que jamais
esquecerei, porque’a ela andam | gadas
recordações /sauosas: dos meus tem-
pos de estudante.

Fiquei agradavelmente surpreendido
quando a encuntrei entre os convidados.

Falei lhe a principio timidamente e
depois ‘com o á vontade de quem fala
a uma mulher: delicada e inteligente

sem pruridos de literavismo barato, sem,

vaidade de filosofia individualista.

“Faiámos de coisas de arte, de literatu-
ra, detivemo nos alguns instantes dian-
te das Dfguras ‘magestosas de alguns
dos nossos poetas e, por fim, abordá-
mos o assunto «amor»,

Eu tinha um extraordinario interesse
em “profundar os segr dos daquele co-
ração. Li naqueles olhos uma melanco-
lia extranha e procurava sabero que ela
ocultava.

“Inteligente como era, adere:

-me logo e sorrindo tristemente, disse-

-me numa voz repassada de s:ntim-nto:
«E” escusado tentar prescrutar os se-
gredos deste coração, Fechado para o:

fRanAo» pap O ana Are Dee podeção
são. palavras de ódio, são palavras de
perdão, avivadas dia a dia pelas recor-
dações do passado “O sr. é movo ain
da, não sabe quanta perfidia’sé oculta!
num sorriso, quanta mentira-se escon-
de num juramento. Quando um dia a
sociedade. lhe | aproximar, dos; labios a
esponja desse fel arrancado ás entra-
nhas da’ maldade humana, compreen:
derá então se em criança tiver-apren-

dido os ensinamentos do loiro Nazare |

no, porque são de purdão e não de ódio
as palavras, que no coração conservo
ocultas aos olhos do mundo »

“Vão passados quási oito anos !

» Nunca mais vi aquela rapariga; mas,
se a visse hoje, dir-lhehia amargamen-
te: Compreendi tudo !PerJoam sem-
pre aqueles que odiar não podem…

« nSantos e, dra
DU ,
Quadras: populares

Pomba é rosa te chamei

Nos meus versos pobresínhos.. . ‘
O pomba, faltam-te as azas,

o /FOsa, não! téns espinhos!!!

O SL

j ya

“Christ finou-se na Cruz
Meigo fitando os espaços,
Quem me dera assim morrer
Crucificado em teus braços !

Regressa por êstes dias a E sboa
com sua esposa, o sr. Antópio da, Cos
ta, importante industrial na capital.

—Tem andado em serviçoide inspec-
ção as escolas do circulo o redor
sr. Joaquim Tomás: 14 05

— Esteve na Certã, o sr. Dr. Augus-
to Henrique David, Notário no visinho.
concelho de Pedrógam | Grande.

—A fim de prestar às, suas provas
no concurso: para escrivão e tabelião
do Ultramar, sai hoje para Lisboa com
sua esposa, a sr. José da Glória Lo-
pes Barata, amanuense da administra:,
ção dêste concelho.

Regressou -a-sua-casa na Cavada,
o sr. Joaquim Pestana dos Santos.
Tem estado gravemen enferma
na Ponte de Sôr,ia sr. DBeatriz da
Silva Neves e Oliveira, Virtu9sa espo-
sa do sr. Antônio Carlos de Oliveira,
secretário de finanças naquele concelho.

— Estiveram na Golegã, os srs. Dr.
Luís Loreno, João Pinto de Albuquer-

ue, Celestino Mendes, António Jaime
edro da Silva,

— Com sua Ex.m família tem esta-
do na Madeirã, terra da sua naturali-
dade, -o sr. Dr. Augusto Mendes Ba-.
rata, Juíz aposentado da Relação do
Pôrto, que «ali tem sido cumprimenta-
do por muitas pessoas do concelho,

Daqui estiveram na Madeirã para o.
mesmo fim o sr. Dr. Albano Louren-
ço da Silva e Dr. António Vitorino,

—De’visita-a ‘sua familia esteve nes-
ta-vila, o sr. P,º Luis Bártolo, muito,
digno Deão da Sé de Macau, para on-,
de vai partir brevemente.

—De passagem para Lisboa esteve
na Certã, o sr. Adrião Madeira Gon-

calves; que era acompanhado-por suas
filhas.

— Sai amanhã para a “capital « com
demora de alguns dias, o sr. José Pes-
tana dos Santos. :

— Regressou da capital ‘o”sr. Dr.
Abilio Marçal, deputado por êste cir-
culo.

Tem estado na Certã de visita a
sua familia a sr.º D. Maria Carolina
Neves de Mendonça.

=-Esteve em Castelo Ear o spy
Joaquim Vasco; alferes comandante da
secção da Guarda Nacional, nesta-vila,

— Saíu «para, Lisboa o sr. José Lo-
pes dos Santos a tratar de negocios
da sua casa comercial de Loanda.

= Sai hoje para a capital o sr. Fran-
cisco-Farinha: Portela.

Com, sua esposa e filhos regres-
sou à Certá, o sr. Ernesto Martins
Cardoso, conceituado comerciante nes-
ta praça,
vila JA HBBISs bons TABBmabiEPSrsRepia
José: Antonio Ferreira, Conego Benja-
min da Silva, Manuel Luis da Silva,
José Alves Carreira, Joaquim Ribeiro
de Andrade, Joaquim Guimarães Limas
Luis Antunes, Joaquim Nunes“Corrêa,
|P.º; Domingos Lopes; da Cruz, João
Carlos de Almeida, e SRA Sebastião,
Farinha Tavares.

“Aniversários mom 9

 

“Fizeram anos:

No dia 11,2 sr.” D, Adelaide da, Mo-
ta Pedroso Franco,

-No dia 16 a So D. Maria José eo
rano,

“Faz anos:
“No dia 21 a’srd Da tias Piresde
Moura é Goiris 8

 

-Patabens.

 

Teatro Tasso’

No nosso elegante teatro entrou em
ênsalos;a engraçadissima comedia em
3 actos de Eduardo Schwalbach, A
bisbilhoteira, “que, tanto exito, obteve
no teatro Ginásio, de Lisboa.

‘Parece que subirá á scena nos’pri-
meiros domingos de Dezembro proxi
mo, :& O) espectaculo será completado,

 

@@@ 1 @@@

 

É
E
Rs

.

TT

RA

personagens do séquito e pessoal do |
* comboio foram.

BETRA

 

a comedia em acto — Ao calçar
AR SS, “casi

Ao mesmo E e, sob a a “direcção
do st; DE; Fernando Matoso, estátim
Dele rrada io dude espectaculo infan-
til, subindo á scena, entre outras, à en-
graçada comedia em 1 acto de D. Bea
triz da Nazaré— Os Fantasmas.

Não faltarão por certo a ambos os
espectaculos | nem aplausos aos inter-
pretes nem espectadores, ao Dossp| belo
teatro.

O ERR < See ,

Mães portuguesas! Reparail na- mis-
são que vai caber aos vossos, filhos.
Atentai nos altos destinos para que. o
Eid o de foi fadado quundo-a- na-
turezalhe deu avincumbencia-de gerar
ess novos soldados da liberdade, Eles

o bater-se na. tepra-estranha, mas de.

fai Eta gire pela ae ur
rá. tam
Ego 1 Eles ão

ste antecipado os do solo a dt Se
eles não fossem, nós não podiamos
aguentar a situação internacional que ac
tualmente sustentamos e ficariamos para
aqui abandonados e indefesos; sujeitos
á fúria dos invasores, AE
filhos aindas crianças nie à

dormir socegados no ob mit éim pule

sável que os vossos filhos já homens

 

vão para o campo da batalha, onde |
entre faixas dolorosas se estão criando |

um novo Direito e uma nova Justiça.

O que se passa hoje é de’todos os
tempos, mães; |lusitanas, | Aoligamen: 1
te os portugueses iam em galeras, que
estrelas guiavam, buscar o oiro e o
ebano, perolas de Malaca e de, Ceylão
ou simplesmente ás pé radas, em
Asi m Tanger, conquistadores
ou fronterros, ta poderios, man-
ter privilegios.

Hoje os portugueses, ainda de es
pada e de lança, já não vão em nabs,
com velas cortadas pela cuz e pela es:
fera, à busca de riquezas, de sonhos |
grandes e delirantes, que foram epo-.
peias famosas e quiméticas. Ah! Ma
eles vão buscar uma riquesa maior,
mais deslumbrante e mais augusta;
vão buscar a garantia dos destinos da
nossa raça, vão buscar um quinhão
que chega para nós, da liberdade dos
povos, um pedaço, que nos seja b
tante, da autonomia das pátrias. |

Mães portuguesas! Beijai os vosso!
filhos; incuti-lhes animo, fé e coragem
e incitaiios a que vão batalhar por |,
esta nossa Pátria. —

 

aa
a mais formosa e linda |

Que ondas do mar e luz de luar viram ainda |
Antonio José de Almeida,

q o «Kaiser» em. perigo.
Dizo «

pofeoRh
bido os seguintes “pormenores: à
Quando o comboio que transportava |

o Kaiser a Pei A Rs

Bombas cotiNE M E
jui

do-lhe prej eis. Ore n-
em, m que ai va o ça

cid

enheiro D
0,0, foi morto e o fogueiro;. algumas

feridas gravemente.
muito. impressionado,

ArFOçOS, ormauil
“Dizem-de-tondres queo — «Times»,
publica uma noticia do seu correspon-
dente de Tanger, segundo a qual as
«tribus montanhezas da zona hespanho-
la em Marrocos proclamaram o Raisu-
li, kalifa de Islam.

Lembram que o Raisuli Ena
em linha recta da primitiva dinastia
mussulmana e, portanto, do Profecta
E ques por conseguinte, | é elegivel paro

alifa.
“Um tal acontecimento torna muito

CORREIO ‘

lendas) se pagar a sua ussinatura
os nossos prestes assinantes Srs.:

P. IS Vidénite Leria:, Carlos da
Silva Martins, Eduardo Henriques Ne-
ves, P. Daniel Simões Ladeiras, Raul
Marques Barata, José Martins, Luís
Cardoso Tavares, Alberto Tasso de
Figueiredo, D: Izabel Frazão, Dr. Alba-
no Frazão, Joaquim da Silva Ladeiras,
Eurico Lima Magalhães, João Henri-
ques Martins Moreira, José Antunes
Pessoa, P.Antonio-L.. Lopes, Manuel
Martins Aparício, José Joaquim de
Moura Neves, João Nunes Tavares, P.
João Henriques Netesa Joaquim Mar-
tins Rolo, Dr. Eduardo de Castro, An
tonio Henriques . Nie João Miguel
dos Santos, P. Joaquim Nunes Ber-
nardo, João Ape da Costa, Joa”|

Martins, Antônio Simões Ferrei:
| do Mendes Je E ERA ha,
Antonio D:Barat ne eiro, Dr: José
“arçal. Correia-da Silva, Viraliáno da
Silva-Paufo, P; Manuel Alves, D. Emi-
lia do Rosario Alves, José Lopes da
Sílvaç: D’ Cerzeélina-de Brito Boavida,
Dr. Francisco, H. David, Abilio da Paz
Neco) nai lexandre =Alves Barata e
tonto Frincisco Pires Tavares.

“Os nossos agradecimentos.

 

A Escola do Outeiro

+ Está já funcionando, de-de o princi-
Pio do ano lectivo, sob a regência da
sr* DJ Egópoldina “Izaura! Rodrigues
de Andrade, a escola mixta, ultima-
mente criada no “lugar do Outeiro da
spa desta freguesia. — =

De ha muito que tal Reno

se impunha, porque os povoados do
Pátio, Calvos, São Gião, e outros
limítrofes, “que quasi constituem já uma
SÓ povoação, teem creanças em edade

colar mais que suficientes para o
máximo da frequência legal e isso se
vê já, porque segundo nos consta, es-
tão matriculadas e frequentam a esco-
la 55 creanças de ambos sexos.
“Felicitamos, pois, os povos daqueles
sitios, por verem emfim coroados de
e bom exito ds seus esforços de ha

gos anos.

Serviço militar

Pelo sr. ministro da Guerra foi de-
Erilhado que todos os mancebos re-
dos no corrente ano e que fica-
m isentos temporaria, definitiva ou
condic: onaliente, e foram presentes á
junta de revisão, ficando apurados, se-
jam incorporados em Janeiro ou-Maio”
do proximo. ano, nas unidades a que
pertencerem, sendo considerados aptos
para o serviço todos aqueles que se

| Rãa “tenham epresentatio à referida

Eco aos interessados.

“AOS EMI

o EAN

| IDEA leo aipiod DuA

h Rsaveniado

eus regressos moti-
lorme’ falta de trabalho
alnação sul é americana.

osissima, tanto. por as

icas daquele. rico pais
E: haverem ressentido com a’guérra eu-
ropeia, como por todas as obras do
estado estarem paralisadas. Emfim,
prevenindo os nossos compatriotas da
situação que além mar os espera
quando ao presente emigrem, cumpri-
mos um dever de solidariedade.

Dr. Ernesto Marinha

“Mudou o seu escritório de advogado
para a Rua Serpa Pinto, esté nosso

delicada a situação da zona espanhola,

presado amigo, anpinisA alleigon!

(=. FOLHINHA

“Dia de S. Martinho –

Já é mais velha que o arco da velha,
essa, história do bom Martinho, frade
mendigante, obêso e gulotão, com seu
surrão magro de vitualhas e seu capo-
te cheio de remendos, fazendo parar
ajinvernia e reviver em pleno Novem-
bro.o bom Sol amigo, com quem num
cerrado matagal de urzes bravas, fizes-
se Morir a graça dum cravo vermelho
e Sb como ja boca fresca duma ra-

pariga

E’ velhajadenda do verão de, S.Mar-
tinho. Mas caso é que ainda agora,
nestes-turvos-tempos de guerras, o
bom dó santo, milagrosamente se
lembrou da humanidade e fez parar as
Chuvas, as ventanias, os temporais, ao
chegar” a festa do seu dia.

Serenou o mar. O rio readquiriu a
sua cantada translugidez de esmeralda.
O ceu cavou-se, profundou-se, fez-se
dum luminoso azul-de turqueza. O ar
espiritualisou-se, adelgaçou-se, tomou
aromas puros como O riso claro das

creanças. E o sol triunfal, como um |

Deus, surgiu radioso nos horisontes
largos e limpos, tudo aquecendo e ves-
tindo de oiro e de luz!

E assim, o luminoso dia de hoje,
com seu aspecto de dia festivo, de dia
santo, dêstes dias felizes dalegria que
se contam de quando em vez na aben-
çoada terrade Portugal, só se deve à
graça e benefício. do devertido santo
dos beberrões.

A noite de hoje é a noite dos magus-
tos, Por. terras da Beira, que, é onde
mais cayo inda hoje se conserva é
guarda o fundo tradicionalista da nos-

“| sa! raça, hão-de familias agrupar-se

em tornô de lareiras, vendo estoirar
no lume vivo castanhas em barda, e
chiar nos picheis de barro escuro, o
vinho novo; palheteyoloroso e limpido!

«. «. Que pelo-S. Martinho, prova o
teu vinho…»

Por páteos de Iradores ricaços,
hão: de” barulhar naazafama das mo-
ças-acarretando rimas de loiça, e no za-
ragateio dos”) creados aprontando-se
p’rá faina, grandes srestolhos-de ma-
a :

. Que atada Bacorinho, vem seu

a Fies dBi :

E tudo, na folga dêste dia bento, rirá
e cantará no banho de oiro do Sol, na
‘neve branca do luar.

tas». Dia de A Martinho, dia alegre]

do Povinho.
JO.

AGRICULTURA.

A cultura da couve gigante
de horto ou couve cavaleiro

colFeRrE AS, Planian a Que Podemos HE:
raginósa, ha. lina Couve Bigante que
se cultiva muito nas províncias da Bei-
ra e em todo o norte do; pais, “Em
França, por exemplo, na região da
Vendéa, cultivam muito esta couve ca”
valeiro, sobretudo a variedade deno-
minada aconve gigante ramuda do
Poituv

Esta planta é principalmente: usada
na alimentação das vacas leiteiras; tem
esta couve um modo particular de se
desenvolver, chegando a atingir mais
de um metro de altura, revestindo-se
de largas folhas de tal maneira que
parece uma moita de verdura. Esta.

couve floresce. no segundo ano depois

de plantada; no. primeiro ano colhem-
se sómente as folhas, e no segundo
ano e bad aparte superior da plan-
ta. No m/do obtono, | quando” se co!
lheu toda” al folhagem, cortam-se os
caules, partem-se em bocados e, dão-se
aos animais. É

A colheita das folhas faz-se, a pob-
co e pouco. Em França aicouve cava-
leiro ramuda de Poitu, produz frequen-
temente!4 a 5 quilos de tolhas por cada
pé, e como o hectare comporta vinte
mil couves, vê-se que a produção da
forragem sobe a oitenta mil e cem il

uilos, durante o pesindo de existencia
dplêncar

Em terras de boa qualidade, a” Cou=g
ve dá grandes proiduides no-nosso)
país, contanto que o terreno esteja.
bem estrumado. Em Vila Nova de Fa-
malicão, por exemplo, um terreno chl-
tivado com couve Saboia bem-estru:
mado e adubado suplementarmente
com superfosfato de cal e nitrato de
sódio, produz anualmente 129:000 qui-
los de couves por hectare,

|
Na nossa regão,. sobretudo nesta
parte da Beira, esta conve é a que me-/

lhor se adapta aos terrenos, chegando
a criar-se verdadeiros exemplares.

Convenientemente adubadas as ter-
ras pela maneira indicada, que ainda é
a que mais se presta aos terrenos fra-
cos como são os nossos, o lavrador
pode soleccionar este genero couvere
conseguir bons exemplares’em tamanho”
e qualidade, tendo assim grande farto-
ra de hortaliça para uso próprio ie “dos
animais e uma boa fonte de receita,
porque “uma boascouve tem gêmilte
procura no mercado.

Aos italianos residentes

em Portugal .

A. rial legação. de Italia comunica
que em virtude de um recente decres
to, são chamados ao serviço activo os
militares de terceira categoria nascidos
no ano de 1878, pertencentes a. tados
os «distritos do reino. Os. sobreditos
militares residentes em Portugal e suas
colonias deverão apresentar-se o mais
breve possivel nos consulados riais, «a
fim de serem enviados, para, O. reino
gratuitamente, no caso de serem, lp
gados aptos. p :

‘* Batalhão de surdos-mudos

A: Associação protectora dos surdos”
mudos e’cegos de Londres formou um
batalhão ‘de mil voluntários ‘surdos-
imudos, mas de constituição vigorosa.

Esse batalhão, convenientemente ins-
trúido, recebe as diferentes ordens por
meio de’sinais.

ANUNCIO

= Dublicação

Pelo Juizo de direto da comarca,
da Certãe cartorio do 1.º ofício, nos
autos civeis de acção. nos termos. do
decreto de vinte e nove de Maio de
1907, que Domingos ‘ Alves, casado,
proprietario, morador em Alvaro, mo-
ve contra | Augusto Mateus, viuvo,
João Mateus e sua mulher, Antonio.
Marcus, solteiro, maior, Mafalda Ma-
ria Barata, solteira, maior, David Ma-
teus, solteiro, maior, e Elvira Augus-
ta, e seu marido, Antonio Luís, este
pda e STA ds E COREL ga 3L
e última publicação do anuncio, Citan
do este ultimo, réu Antonio Luis, cujo
ultimo “domicilio conhecido foi, com
sua mulher, no lugar da Povoa da Tal-
vinheira, freguesia de Alvaro, e ago-
ra se acha ausente. em parte incerta,
para no praso de dez dias findo que
seja o dos editos, impugnar, querendo,
a referida acção, em que o autor pre-
tende que os réus sejam condenados a
pagar-lhv a quantia de 49299, juros de
8% desde 16 de Fevereiro de 1914;
es sêlos e procuradorias como
unicos herdeiros do falecido José Ma-
teus a quem o autor emprestou aquela
quamtia por trtulo- patente de: Tó de
Fevereiro de igig. api

A impugnação deverá ser epresenta-
da/ no referido cartório ‘até ao ultimo
dia do decendio legal, dentro das ho-
ras regulamentares, sob pena de cor
fer a acção á sua revelia.

Certã, ro de Novembro de 1916.

O escrivão ajudante: *

» José da Glória Lopes Barata |

Verifiquei
O Juiz de Direito
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E” empregada com’segura vantagem
na: Diabeles—Dyspepsias =Catarros
Bastri icos, putr idos ou parasilários;—
| nas eversões digestivas derivadas
das doenças infecciosas ;—na convales
censa das febres graves;—nas atonias
omni dos diabeticos, tuberculosos,
righticos, etc. —no gasiticinismo dos

MANUAL DOS PROGESSOS

exgotados pelos excessos ou privações ra him
etc., etc. COMPETENCIA
Mostra a analise batereologica que a DOS

Agua da Foz da Certá, tal como se
encontra nas parrafas, deve ser consi-
derada como microbicamente pu-
Fa não contendo colibaciftlo, nem
nenhuma das especies pathogencas
que podem BR em águas. Alem
disso, gosa de uma certa acção micr
bicida. O B, Thyphico, Diphterico
e Vibrão cholerico, em pouco tem-!.
po nela perdem todos a sua vitalidade,
outros, microbios: apresentam porem
resistencia maior.

A Agua da Foz da Certã não tem
gazes livres, é limpida, de sabor leve-
mente acido, muito agradavel quer be.
bida pura, quer misturada com vinho,

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