Progresso Beirão nº6 20-12-1925
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: Certi, 20 de Dezembro de 1926 /
Composto e impresso nas Oficinas Escolas do
INSTITUTO DE MISSÕES COLONIAIS
Fa
MISSÕES |
CIVILIZADORAS
Sendo de grande interesse tor-
mar conhecida a acção das nos-
sas Missões Civilizadoras, quenas
asperrimas plagas africanas, tão
denodada e patrioticamente, tra-
balham pelo engrandecimento de
Poriugal, contrabatendo a acção
desnacionalizadora das missões
estrangeiras nas nossas colonias
“e procurando chamar ao nosso
convívio o indigena, resolvemos
entrevistar alguns dos agentes de
civilização que teem vindo a Ser-
nache em visita á casa onde fize-
ram a sua educação, — o Institu-
to de Missões Coloniais.
Procurámos em primeiro lugar
o nosso amigo sr, José Salvado
de Barros, por ser o chefe de uma
missão que mais distante está do
meio civilizado de Angola, pois
“está a mil e-seiscentos quilomeiros
do litoral e tambem porque sen-
do um espirito bem equilibrado e
esclarecido, as suas palavras não
serão mais do que a expressão
da verdade sem exageros de qual:
quer espécie:
Salvado de Barros que, antes
“de ir chefiar a missão «Capelo e
Ivens», esteve alguns anos na mis-
são «Cinco de Outubro», onde
sprestou belos serviços, pretendeu
escusar-se á entrevista, mas, por
fim, lá respondeu á nossa primei-
Ta interrogação:
—Qnde esta instalada a mis-
são?
—A missão de que sou humi-
Jíssimo chefe, encontra-se instala-
«da na circunscrição da fronteira,
Alem-Zambeze, distrito do Mo-
“xico, a dois quilometros, pouco
mais ou menos, de Calunda, séde
da mesma circunscrição. A mi-
nha missão foi creada em princi-
»pios de 1922, mas só pelo decre-
to n.º 306, de 20 de Maio de 1923,
foi fundada a sua séde e dono-
-minada «Capelo e Ivens».
—Pica muito distante do lito-
ral a missão que está chefiando?
—Sim, muito longe; mil e seis-
“centos quilometros aproximada-
«mente. E digo que são mil e seis-
centos quilometros, porque sen-
do de Benguela a Silva Porto,
“Bié, seiscentos; de Silva Porto á
Vila Luso, séde do distrito do
Moxico, quatrocentos; e de Vila
Luso a Calunda, seiscentos: a so-
«ma destas parcelas dá o total aci-
uma referido. E’ a «Capelo e
Ê PELA PÁTRIA E PELA REPÚBLICA
ReDação E ADMINISTRAÇÃO
DIRECTOR E EDITOR:
— Carlos dos Santos e Silva .
CUIDADO!
I ; à E ; A
NES ultimos dias a atenção do país tem estado prêsa do sen-
sacional’ caso das notas falsas de
Vasco da Gama.
Organizou-se uma formidavel quadrilha internacional que con-
seguiu, por uma forma ainda não determinada, que a casa inglesa
Waterlow & Sons, Limited, de Londres, fabricantes e fornecedo-
res de notas do nosso banco emissor, lhe: entregasse o melhor de
trezentos mil contos em notas daquele tipo e fabricadas com a
mesma chapa que fabricou as verdadeiras.
Para mais facilmente conseguir pô-las em circulação, fundaram
um banco — o Angola e Metropole–onde entalaram algumas pes-
soas de honestidade inconcusa, para mais facilmente se acoberta-
rem com os seus nomes e impôr aquela caverna do caco à opi-
quinhentos escudos, tipo
nião publica e ás autoridades do
desenrola-la.
onde estiver.
Cuidado !
A teia estava inteligentemente urdida, não ha que nega-lo;
polícia, porem, agarrou um fio dessa. tremenda meada e lá está a
país.
a
Parece que ha bastante gente comprometida na rosbalheira; e
até o ministro da Venezuela, Planas Suarez, não explicou sufici-
entemente, até agora, porque erá o;ficl depositario de umas ma-
las contendo uma grande quantidade dessas notas.
A anciedade é grande para ver o desfecho deste caso, que po-
deria trazer grande descredito para o País.
Mas não trará. Não trará, porque o que faz o descredito de um
pais ou de um regimen não é o crime, que em toda a parte o ha,
mas sim à impunidade desse crime.
Por isso á polícia e ao poder judicial incumbe descobrir todos
os verdadeiros culpados e os seus cumplices e aplicar-lhes com rigor
as penas da lei, Mas isto sem excepção; seja quem fôr e esteja
Se o não fizer, se houver proteção para alguem que alto esteja,
pela sua posição ou pela sua influencia política ou financeira, não
se admirem se a indignação publica, enojada, num tremendo sacão,
os procurar castigar — protegidos e protetores.
Ivens», de todas as missões por-
tuguesas, a mais internada. Bas-
tante longe do litoral estão tam-
bem varias outras Missões Lai-
cas, como por exemplo a «lLu-
siadas», no Cassai-Norte, a «t.º
de Dezembro», no Cubango, a
«Duarte Pacheco», na Damba-
Congo, a «Nua’Alvares», no Mo-
xico e a «Candido dos Reis» no
Cuanhama. Isto falando-lhe só
nas que mais distantes ficam do
caminho de ferro. O facto de es-
tas missões estarem tão interna-
das e o seu pessoal ir afoitamen-
té, sem um queixume, sem um
desanimo, para onde os seus ser-
viços são reclamados vem fazer
cair pela base a Raio de va:
rias creaturas que di
missionario laico falta a abnega-
ção e o espirito de sacrificio pa-
ra cabalmente desempenhar a sua
acção civilizadora. Quem conhe-
cer as imensas dificuldades com
que as Missões Laicas teem lu-
zem que ao!
tado e o quasi abandono a que
algumas teem sido votadas e qui-
zer ser verdadeiramente impar-
cial, nunca poderá dizer que o
missionario laico é um parasita
do Estado, que vai para as colo-
nias, unica e exclusivamente, ten-
do em mira arranjar O seu pé
de meia e que as missões são
uma. instituição desnecessaria !
Não; se maior desenvolvimento
não teem e mais serviços não
mostram, a culpa não é do seu
pessoal! As nossas boas intenções
não bastam: é preciso que nos
auxiliem, que nos dsem, emfin,
as dotações que a lei determina.
D’outra forma os resultados co-
lhidos nunca poderão seros dese-
jados.
— Diga-me, qual foi o meio de
transporte que tiveram para: lá
chegar ? à
—Qlhe, meu amigo, foram va-
rios. D> Benguela a Chinguar, ao
tempo terminus do caminho de
Sernache do Bomjardim
Propriedade da Empreza PROGRESSO BEIRÃO
;
| ferro de Benguela, fomos de com-
boio; de Chinguar á Vila Luso,
fomos de camionete e de Vila Lu-
so até Calunda, de tipoia ou ma-
chila, como dizem em Moçam-
bique, “isto é, quinhentos e deza-
nove quilometros de comboio em.
que demoramos 28 horas, qui-
nhentos de camionete, em que
demoramos dois dias e seiscentos
de tipoia em que demoramos de-
zoito dias. É
—Foram-lhe fornecidos recur-
sos para a instalação da missão?
—De noventa contos’a que, pe-
lo decreto n.º 300, as Missões
teem direito no seu primeiro ano,
á «Capelo e Ivens» apenas dez
foram distribuidos e note o meu
amigo, que tendo eu chegado a
Calunda no dia 30 de Novembro
de 1923, só em principios de
Março de 1924, quasi no fim do
É
ano economico, consegui receber
aquela quantia. Com esta verba
se fizeram algumas construções
e nos mantivemos até ao fim de
Junho de 1924. Durante o ano
economico de 1924-1925 até Mar-
ço, mês em que saí do Moxico,
nada consegui receber e não ser
se o meu substituto e colega, Ade-
lino’ Santos, alguma coisa rece-
beu até ao fim de Junho.
— Mas… de que forma custea-
vam as despezas da Missão, es-
tando um ano sem receber verba
alguma?!
—A” custa dos vencimentos do
seu pessoal, que muito abnegada
e patrioticamente m’o emprestou
confiados que melhores dias vi-
rão e oxalá que venham.
—Mas não ha verba no
mento…
—Uma verba avultada vi eu
já inscrita no orçamento da pro-
víncia… resta agora que esse or-
çamento seja cumprido e não su-
ceda como em 1923-1924 e 1924-
1925. .
orça-
(Conclue no proximo numero)
es
“GREMIO CERTAGINENSE
Em assembeia geral desta so-
ciedade, realizada no dia 13 do
corrente, foram eleitos os seguin-
tes corpos gerentes. para 1925.
Direcção: srs. H. Moura, Deme-
trio Carvalho, J. F. Tavares, An-
tonio L. Manso e Isidro Lopes.
Assembleia geral: srs. dr. Anto-
nio N. F. Guimarães, Alberto
(Craveiro e José N. Miranda. Con-
selho fiscal: srs. Eduardo Bara-
ta, À, Torres Carneiro e O. Cra-
veiro. :o. :@@@ 1 @@@
>
Presidencia da Republica
Por falta de saude e um pou-
co por desgostos políticos renun-
ciou ao alto cargo de Presidente
da Republica, que ha dois anos
vinha exercendo, o sr. Manuel Tei-
xeira Gomes, brilhante homem
de letras e notavel diplomata, que
durante muitos anos foi nosso
Ministro em Londres.
Para isso, S. Ex.?, dirigiu ao
ao sr. general, Correia Barreto,
Presidente do Congresso Nacio-
nal a seguinte carta:
Presidencia da Republica-— 10
de Dezembro de 1925.
Ex” Sr. Presidente do Congres-
so da Republica Portuguesa:
Impossibilitado, por motivos de
saude de continuar exercendo as
funções de Presidente da Republi-
ca, venho depôr nas mãos de V.
Ex.º o mandato, que para esse fim
me foi conferido pelo Congresso
da Republica, em 6 de Agosto de
1928.
Peço a V. Ex.? a fineza de trans-
mitir ao Congresso as minhas sau-
dações e os meus votos de felici-
dade pessoal para cada um dos
seus membros.
Saude e fraternidade.
(a) Manuel Teixeira Gomes,
O sr. Correia Barreto fez ime-
diatamente reunir aquele Alto
Corpo Legislativo a quem deu
conhecimento do facto, proceden-
do-se em seguida à eleição do
novo Presidente, sendo eleito em
segundo escrutinio por quasi una-
nimidade o sr. dr. Bernardino Ma-
chado, veneravel cidadão e esta-
dista ilustre, que pela segunda
vêz vai ocupar a suprema magis-
tratura da Nação.
E um tardia reparação que se
devia aquele eminente homem do
Estado, violentamente afastado
daquele alto cargo em 1918 pela
revolução dezembrista triumfante.
O Progresso Beirão, envia as
as suas saudações aos dois ilus-
tres cidadãos e faz votos para
que a .nova presidençia do sr.
Bernardino Machado, seja menos
acidentada do que a primeira.
a
CUNHA LEAÉ,
Este vulto do Partido Republi-
cano Nacionalista tencióna vir à
Certã, nos principios de janeiro,
fazer uma conferencia publica.
Os seus corrnligionarios pre-
param-lhe uma afectuosa mani-
festação.
ESFERA R
Falecimento
No dia 7 do corrente faleceu em
Sernache o nosso assinante sr.
Manuel Marques da Silva, mestre
da oficina de serralheria do Ins-
lituto de Missões Coloniais.
Era em profissional muito habil,
mas ha bastante tempo que a doen-
ça que o vitimou, quasi o impossi-
bilitava de trabalhar.
Marques, que era natural do
Pampilhal, deixa viuva e um’ filho
menor.
PROGRESSO BEIRÃO
AVIAÇÃO |
ENHO na vida uma paixão enor-
me, que brotou na minha alma sin-
cera de beirão, expontanea, natu-
ral e decidida: a da aviação. Nasceu
d’um sonho ideal, sedento de realida-
de e tam depressa me foi possivel,
realizei-a senão no tado, pelo: menos
em grande parte: voei. Em Alverca, no
Campo. Internacional de Aterragens,
encontrei sempre tolerante para saciar
a avidez do meu vivo interesse em
dos nossos heroicos aviadores, aquela
delicadêza atenciosa e trato cativante
que são caracteristica notavel de todo
aquele que uma concepção espiritual
superior, fez profissionalmente «Cava-
leiro do Ar».
Dos briosos e valentes oficiais-avia-
dores do Campo de Alverca, recebi as
maiores provas de atenção e deferen-
cia, que tanto me confundiram e sen-
sibilizaram, sendo certo que tão ime-
recidas eram, que não posso de facto,
deixar de a elas aqui me referir com vi-
vo prazer, afim de exprimir o meu re-
conhecimento imenso e profundo por
tanta delicadeza. E um nome de entre
todos a quem estou grato, eu quero a-
qui citar, agora que a bestialidade im-
becil d’um destino tôrvo, tão tragica-
mente o quiz distinguir: o do meu ve-
lho e querido amigo Carlos de Ascen-
são.
O tenente-aviador Carlos de Ascen-
são é uma alma moça enobrê, cheia de
vida e de esperança, que marchava
triunfante na realização do seu gran-
de ideal — honrar-se a si engrancendo
o nome da Patria! quando um azár
do Destino veio impedi-lo para-todo o
sempre de o realizar plenamente, co
esta torpêza tão vil que revolta, ferin-
do dolorosamente: a amputação duma
perna! Uma carreira desastradamente
inutilizada; um sonho nobre, brutal é
violentamente desfeito ! Pouparam-no,
amigas, as alturas imensas a que tan-
tas vezes se elevou, para afinal o inu-
tilizar o fatalismo tragico e absurdo
d’um estupido choque de automoveis !
Perfidia incompreensivel d’um Des-
tino atróz’e por demais injusto, este
subito invernar; tempestuoso e con-
vulso, numa alma em plena primavera!
Que lhe sirvam ao menos de leniti-
vo na sua amarga dôr de resignação,
a muita consideração e respeito que
de todos nós êle ficou merecendo, pela
sua infelicidade e sacrificio !
E reatando um pouco o fio perdido
por estas naturais considerações, dei-
xai-me dizer afinal, ao que venho,
Por circunstancias varias e tão es-
tranhas quanto é possivel sê-lo, à mi-
nha vontade, não pude eu realizar, pe-
lo menos por agora, o meu mais vivo
e ambicionado desejo: ser aviador.
Mas no meu peito tranco e leal de ser-
rano, aideia que um dia se albergou lu-
minosa e querida, ficou. Continúoe con-
tinuarei sempre, a ter pela Aviação,
o mesmo amor e interêsse, e o meu
maior desejo é ser-lhe util sempre que
isso me seja possivel.
com as alturas imensas do espaço,
mais tivessem avivado no meu espiri-
to o interêsse pela Aviação!
Mas olhai que não a encaro simples-
mente como «sport», prazer ou diver-
timento agradavel. Não; encaro-a e
compreendo-a bem em toda a exten-
são da necessidade inadiavel do seu
desenvolvimento, como mágno proble-
ma social, economico e militar, que in-
discutivelmente é. Nem de outra for-
ma seria de admitir, neste momentoso
século do ár, em actividade plena.
De resto, a Aviação no nosso Pais,
não tem ainda nem de longe, aquele
desenvolvimento necessario, que em
todos os outros paises civilizados tem
atingido já. Mas evidentemente que
Portugal tem de dedicar a esse pro-
blema palpitante mais atenção e ca-
rinho, porque imensas necessidades,
como disse já, de ordem social, econo-
mica e militar, assim o exigem impe-
riosamente, E portanto todo o inere-
mento que se lhe possa dar, todo o es-
forço que se produza para o pleno de-
voar, a gentilêza imensa e galharda |
Talvez que até mesmo o contacto.
CLUB BOMUARDIM
No passado domingo houve
uma ruidosa sessão da assem-
bleia geral desta associação para
apreciar um protesto apresenta-
ido contra a eleição de dois socios
que, sendo interessados na Em-
preza Cinema Bomjardim, fun-
cionando no Teatro Taborda, pro-
priedade daquele Club, não po-
diam fazer parte dos seus cor-
pos administrativos.
Foi um espectaculo edificante !
A comedia estava bem ensaia-
da mas o desempenho é que foi
mau; e tão mau que deixou a nú
a anemia moral, de alguns com-
parsas!
Por absoluta falta de espaço
reservamo-nos para no proximo
numero fazer as considerações,
que o caso nos sugere, com a do-
cumentação precisa para que a
ninguem fiquem duvidas da jus-
tiça desse protesto.
CRE e
senvolvimento da Aviação entre nós,
traduz sempre—por mais pequeno
que seja! — e alêm do mais, uma no-
bre e alevantada prova de amor patrio!
E o que a nossa Aviação hoje mais
precisa — precisando muito de tudo, à
excepção de nobrêza, sciencia, é valen-
tia! — 6 sem duvida de campos de
aterragem por todo o País. Haja. em
vista a satisfação, a alegria imensa
com que na Aviação se toma conheci-
mento da oferta de algum novo campo
de aterragens, por parte de ulgum po-
vo que uma clara noção tem do senti-
mento: patriotismo.
E logo que isso seja possivel lá vão
cheios de entusiasmo é alegria, inau-
ura-lo ! Evidentemente, a construção
‘um campo de aterragens hoje, em
qualquer povoação, equivale sobre o
ponto de vista militar, à fundação de
uma antiga fortaleza! E’ uma neces-
sidade impériosa de defeza, para a pos-
sibilidade de existencia duma futura
guerra, que necessariamente será do
ár.
E portanto —e isto era em sintese
ao que vinha — porque não ha de Ser-
nache dar tambem uma clara e inilu-
divel prova do seu alto e tão bastas
vezes provado, patriotismo e culta edu-
cação civica, construindo um campo
de aterragens a oferecer à Aeronatica.
Militar?! Muito se honraria com isso
a nossa linda terra, e muito nos orgu-
lharia mais tarde, a nós sernachenses,
ser a nossa terra, ainda das primeiras
a compreender explendidamente a mar-
cha triunfante da civilização e os seus
nobres deveres civicos! De certo, em
todos vós sernachenses, eu encontra-
rei para a minha ideia, um aplauso
sincero, decidido e entusiastico, sem
ser preciso mesmo lembrar-vos, por-
que isso me levaria longe, todas as
demais vantagens que dai nos advirão.
À nossa terra é linda e portanto atra-
ente como paisagem de recreio; a sua
situação geografica é ainda explendida,
e sem duvida estrategica tambem, con-
dições estas que justificam de sobra a
existencia aqui — no coração (de Por-
tugal — dum campo de aterragens. De
resto, o meu: unico interêsse, aquele
que me move e aqui me tráz a falar-
vos, pedindo-vos que alguêm dentre
vós tome essa iniciativa, — que não é
tão dificil como à primeira vista pode
parecer — é o desejo ardente que em
mim vive, cada hora mais intenso, de
ver esta querida terra que me foi ber-
ço e que tanta vêz tenho jurado hon-
rar, querida, admirada e respeitada
por todos! E depois, todos o sabem
de sobra, são de facto os actos de no-
bre civismo e alevantado amor patrio,
que mais a podem nobilitar, honrar e
impôr!
Sernache, Dezembro de 925.
Gil Marçal
CARTEIRA MUNDANA
Está em Lisboa, aonde foi assis–
tir ás festas do centenario da Re-
gia Escola de Cirurgia, o sr. dr.
Angelo H. Vidigal, medico muni-
cipal.
*
Já regressou à Certã o sr. te-
nente da Guarda Nacional Repu-:
blicana, Pinto Ferreira.
*
Está completamente restabeleci–
do o sr. A. Torres Carneiro, Te-
soureiro de Finanças do concelho.
* é
Esteve em Lisboa o sr. dr. Ar-
naldo Chaves Ubach, digno dire-
ctor do Instituto de M. Coloniais..
*
Saiu para Lisboa com sua fami–
lia o sr. Olimpio do Amaral.
*
No dia 16 tomou posse do car-
go de Delegado do Procurador da
Republica em Figueiró dos Vinhos.
o sr. dr. José Bravo Serra. Foram
assistir à posse alguns amigos de:
Sernache.
*
Com sua esposa sr.º D. Ilda Mar-
cal Nunes Pacheco Jorge, chegou
de Lisboa o sr. Americo Pacheco-
Jorge.
*
Tambem veio de Lisboa, em go-
so de ferias, a inteligente acade-
mica, sr.º D. Edith Marçal Nunes.
Aniversario
Faz anos no dia 23,
O sr. dr. Hermano de Sande Ma-
rinba, professor do 1. M. €.
Instrnção Publica
Pelo ex.Ӽ Ministro da Instru-
cão foram concedidas as seguin–
tes verbas para as escolas deste
concelho: para Sernache, dez mil
escudos; para o Nesperal, seis.
mil.
Estas verbas que já ha muito.
haviam sido prometidas, não se-
rão suficientes, para que possa-
mos dotar estas povoações com
as precisas escolas para a popu-
lação escolar que ha. Entretanto,,
alguma coisa é, se com bôa von-
tade e honestamente forem apli-
cadas.
Ha em Sernache um edifício:
para duas escolas, cuja constru-
ção está paralisada ha muito tem-
po por falta de verba que, a nos-
so ver, não tem as condições hi-
gienicas e pedagogicas precisas.
Perto está um terreno que se:
destinava ao Jardim-Escola e que:
podia ser aproveitado para ali se
edificarem duas escolas nas con-=
dições exigidas pelas estações
competentes.
Bastava, para isso, que se ven–
desse o edificio em construção e
com o producto e a verba agora
concedida, alem de uma peque-
na verba, que, para esse fim,.
tem a Junta de ERÇÃO fazer-
essa construção.
cera
Animatogra fo
Na noite de 25 do corrente, dk:
o empresario do Teatro Tasso, uma:
sessão com films escolhidos.@@@ 1 @@@
Um formidavel libelo da Liga Inter-
nacional dos Direitos do Homem
contra os crimes barbaros
do facismo
A liga Internacioual dos Direitos do
Homem dirigiu à imprensa internacional
uma exposição sobre a situação politica
na Italia, a qual vem assinada por Tu-
cholsky (Alemanha), Vetter (Austria), De-
conter (Belgico), Ortega y Glosset e Una-
muna (Espanha), Menard e Herold (Fran-
ço), Bellegard (Haiti), Ven (Hungria),
De Ambris (lalia).
Segue transerita a referida exposição:
Toda a liberdade de imprensa, de
reunião e de associação toi abolida
na Italia por uma minoria que vio-
lentamente destruiu a Constituição
até os seus fundamentos e que per-
siste no insulto à Liberdade, que o
chefe considera um cadaver pôdre,
Nunca se presenciou na Europa ci-
vilizada um tal ataque á liberdade hu-
mana. Na Italia perseguem-se, dissól-
vem-se e saqueiam-sSe numerosas as-
sociações, não sómente socialistas, co-
mo tambem as catolicas e as demo-
craticas. Identicas perseguições teem
sofrido as cooperativas, sob as ordens
e a acção do govêrnc fascista.
A imprensa está submetida, à força,
a um absurdo regime de censura, es-
tabelecido por um decreto atentatorio
da Constituição. Depois de queimar,
destruir ou saquear os jornais da opo-
sição, não poupando á sua furia des-
potica a imprensa catolica e conser-
vadora em um grande numero de lo-
calidades, o govêrno fascista preme-
dita suprimir ou calar a voz livre com
a vigilancia repressiva dos jornais. À
principal vitima dêste intento foi o
maior jornal italiano, Corriere della
Sera, liberal-conservador. Todos os
dias se perseguem jornais, sem o me-
nor razão, apenas com o fim de abater
implacavelmente toda a Imprensa de
oposição.
Por ordem do governo fascista e pe-
la pratica dos seus agentes, teem sido
cometidos numerosos homicidios, sem
que os seus executores sejam pro-
curados e punidos. O deputado Mat-
teoti foi assassinado ha mais de um
ano e, até os nossos dias, os verda-
deiros criminosos não foram punidos,
nem se pensa fazê-lo.e
Durante muito tempo, não se pro-
curaram os agressores do sr. Amen-
dola, antigo ministro das colonias, os
responsaveis do saque e destruição
da casa dô sr. Nitti, que foi presiden-
te do governo, nem os responsaveis
dos attentados contra os deputados
Tornie Misuri, que se apartaram ha
muito tempo do fascismo.
Como não bastassem a’tão odioso
direito as leis especiais que infringem
a Constituição, foi imposto o regime
de tortura moral a todos os funciona-
rios do Estado e, sobretudo, à magis-
tratura: todo o funcionario ou magis-
trado que não acate o fascismo será
demitido sem recurso legal.
Agredindo toda a liberdade de asso-
ciação, foram assaltadas e saqueadas
mumerosas lojas maçonicas. Depois
desta furia devastadora, a existencia
da Maçonaria foi declarada interdita.
Agredindo todos os sentimentos da
nação, Mussolini fez dissolver violen-
temente as associações livres de estu-
dantes universitarios e as organiza-
ções dos antigos combatentes da
Grande Guerra. Presentemente, são
maiores a violencia e a ilegalidade
do que na epoca dos Bourbons de
Napoles, influenciados por Gladstone.
Mussolini, pessoalmente, facilita es-
tas violencias. Nos seus constantes
discursos, Mussolini insulta a Liber-
dade, a Constituição eo Parlamento,
e glorifica o crime. Estão sem liber-
dade milhões de italianos. As ultimas
elecções foram uma farça tragica pos-
ta em scenas horrorosas pelos bandos
fascistas. E
Foram suprimidas as liberdades po-
diticas e mais de metade dos munici-
pios italianos, a começar pelo da capi-
tal, é administrada por comissarios do
governo, As municipalidades eleitas
com o voto popular foram violenta-
mente dissolvidas pelos fascistas.
tz
EFROGRESSO BEIRÃO
A oposição parlamentar, mesmo a dos. Os chefes da milicia fascista e os
conservadora, está impossibilitada, | funcionariss responsaveis são auto-
sob a ameaça de atentados, de esboçar,
sequer, um gesto. Desta forma se pro-
cura convencer a opinião estrangei a
de que o povo italiano aceita passiva-
mente a tirania. A veidade, porém, é
que os bandos negros do goveino são
forçados à pratica de crimes. para
que o terror mantenha uma aparencia
de ordem social.
Mussolini e os seus bandos fizeram
novas eleições, que foram simples-
mente a repetição de crimes abemina-
veis e de violencias atrontosas pela
milicia fascista, essa instituição. uni-
ca em todo o mundo, quereune os ele-
mentos mais violentos do país e a
quem o Estado paga para impor vio-
lentamente um governo odiado. Esta
guarda branca da reacção distiuta de
uma impunidade absoluta, e os seus
generais, responsaveis por crimes,
ainda que se demitam, são proclama-
dos herois do fascismo.
A proposito, recordemos a frase de
Mussolini contra os que dele se apar-
tarem: — «Morrerá quem me trair!»
Fez assassinar o deputado Matteoti,
quenão era um revolucionario, mas um
socialista moderado e um cooperati-
vista. E o fascismo glorificou este as-
sassinio! E os criminosos autores são
exalçados nas reuniões fascistas de
Roma, em cantos selvagens, procla-
mando-se que o homicidio é previle-
gio da apregoada revolução fascista.
A ordem social na Italia existe, apo- ,
nas, á superficie, para iludir a espre-
tativa do turista estrangeiro que vem
visitar este país que Mussolini aban-
donou inteiramente aos seus bandos
armados. Em certas regiões, os ope-
rarios são submetidos à tortura, são
fusilados ou massacrados, sem que
um só processo se forme, E quando
se forme qualquer processo, uma am-
nistia escandalosa vem anula-lo.
Estas crueldades praticam-se a pre-
testo de fazer abortar uma revolução
que jámais foi premeditada, apesar de
Mussolini lhe formar ambiente propi-
cio com a sua pretenciosa fé e com a
excitação dos seus partidarios.
Emfim, diariamente se prega o cri-
me e se lhe faz apoteose. Depois do
homicidio praticado em Matteotti, em.
vez de se procurarem os verdadeiros
responsaveis, prendem-se indistinta-
mente cidadãos, alguns sendo profes-
sores universitarios, apenas pelo im-
putado delito de pensarem homenagear
as vitimas das violencias fascistas.
Contra as disposições legais e sem
atender aos resultados negativos da
investigação judicial, recusou-se a li-
berdade condicional ao conde Cesar
de Storza, irmão de um antigo embai-
xador italiado em Paris, que fôra acu-
safio de ter feito celebrar, na capela
de sua familia, uma missa de primei-
ro aniversario, por alma de Matteotti,
cujo retrato se teria colocado sobre o
altar, depois da solenidade, Este titu-
lar está encarcerado na fortalesa de
Massa, sujeito ao regime de crime co-
mum.
Mussolini, um antigo revoluciona-
rio, reprime as métodos criminosos
que usou para se guindar à chefia do
Partido : ocialista, e os mesmos me-
todos empregou o ditador na reacção,
proclamando sempre a violencia como
unica norma de acção politica.
O fascismo empenha-se a impedir
que na imprensa estrangeira se publi-
que, enviando agentes que se insi-
nuam por toda a parte, com o intento
de falsear à opinião publica dos outros
países. Sufoca-se em Italia… sob o
peso da interferencia governamental
em todas as manifestações. O crime
que aproveite ao Estado foi estabele-
cido como um direito da pretensa re-
volução fascista.
Todos os discursos do sr. Mussolini
e do seu digno colaborador Farinacci.
um emboscado da guerra, apenas ma-
nifestam desprezo pela cultura e pela,
sciencia, O maior filosofo italiano, Be-
nedetto Croce, foi insultado sem mo-
tivo, só porque defendeu, no campo
meramente filosófico, principios da li-
berdade. !
Populações inteiras, como a da Mo-
linelia, teem sofrido todos os ultrajes,
sem que os criminosos sejam castiga-
res de crimes. Os ultimos processos e
as revelações feitas demonstraram a
culpabilidade daqueles individuos e
dos proprios chefes do govêrno. Com-
tudo, nada pode fazer a magistratura,
porque o govêrno fascista dispõe dela
por uma lei de plenos poderes.
O governo fascista em Italia
não é somente um flagelo nacional.
« tambem um perigo internacional,
porque toda a imprensa fascista e os
proprios discursos de Mussolini, pro-
clamam a sua natureza imperialista.
Mussolini tem afirmado varias vezes
que a revolução fascista tem de se tor-
nar uma guerra no dia em que se sinta
ameaçado. Mussolini e os seus bandos
poderão ainda tentar uma aventura
internacional, a fim de obrigar a Italia
a segui-los. Os crimes fascistas afron-
tam a civilização.
A Liga dos Direitos do Homem
cumpre o seu dever, acusando o fas-
cismo perante a opinião mundial e os
homens livres de todos os países. Con-
vida os homens de raciocinio proprio
a considerarem os chefes do fascismo
italiano, Mussolini e cumplices, não.
como representantes de um governo
legal, mas os chefes de: bandos que
amparam um governo ilegal com vio-
lencia, os quais, depois de suprimirem
a Constituição, violam todas as leis
da civilização e da humanidade e os
direitos maisrespeitaveis doscidadãos
Estas palavras firmadas por ho-
mens de respeitabilidade mundial
vieram confirmar as considerações
que, sobre ditaduras, fizemos no
nosso penultimo numero.
Ainda bem.
—DD——— cimo
Desastre
No dia 8, quando estava repa-
rando uma avaria no motor que
aciona o dinamo da’ central elec
tricã do Instituto de Missões Co-
loniais, foi, devido á imprevi-
dencia de outros que o ajudavam
colhido pela cabota da maquina
o encarregado daquela central,
David de Deus Garcia, que, por
um: trís, não ficou com um braço
esmagado. Ainda assim ficou com
dois profundos furos no ante-bra-
ço, que logo solicitamente foram
observados e tratados pelo digno
director daquele estabelecimento
snr. dr. Arnaldo Ubach.
eme met
CHEIA
A chuva torrencial dos dias 9 e
1O do corrente fizeram com que as
ribeiras, que cercam a Certã to-
massem um volume extraordinario.
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ás 7 4/2 e Sernache ás 8 horas.
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rector delegado,
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EXPEDIENTE
Principiamos já a fazer a co-
brança das assinaturas e vamos
mandar para o correio a cobrança
que, por essa via, temos de fazer.
Chamamos a atenção dos nossos
estimados assinantes para este fa-
eto, afim de não deixarem devol-
ver os recibos que importa sem-
pre em grave prejuizo.
ASSINATURAS — Para o Gonti-
nente e Ilhas, série de 12 nume-
ros, 4380. Para as Colonias, série
de 24 num., 15500. Estrangeiro*
série de 24 núm., 20800. (Paga-
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