Progresso Beirão nº17 26-09-1926
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QUINZENARIO DEFENSOR DOS WNTERESSES REGIDHAIS
ELA PATRIA E PELA REPÚBLICA
Er
Cerfã, 26 de Setembro de 1926
Composto e impresso na Tip. de O ZEZERE
FERREIRA DO ZEZERE
DIRECTOR E EDITOR:
Carlos dos Santos e Silva
IREDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO
Sernache do Bomjardim
Propriedade da Empreza PROGRESSO BEIRÃO
Os Altos Comissarios da Repu-
blica em Moçambique e Angola
O sr. Alvaro de Castro, co-
nhecido homem publico, antigo
presidente de ministros e distinto
colonial acaba de ser nomeado
Alto Comissario da Republica
em Moçambique,
E caso para felicitar aquela
nossa provincia ultramarina que,
diga-se a verdade nada tem ga-
nho até hoje com o regimen dos
altos comissariados a não ser o
conhecimento de mais algumas
blagues de fino quilate ou a cer-
teza de uma bôa vontade, mal
servida do preciso tato e indis-
pensaveis conhecimentos para
tão elevado cargo de muitas e
complexas responsabilidades.
O sr. João Belo, ilustre-Minis-
tro das Colonias, com tal nomea-
gão demonstrou mais uma vez a
sua patriotica isenção e o dese-
jo imenso de acertar e de fazer
obra util para o preciso engran-
decimento. dos. nossos dominios
ultramarinos, assim «como o sr.
Alvaro de Catro, deu mais uma
prova; do seu alto patriotismo
aceitando aquele dificil cargo,
mas marcando bem -a sua dis-
cordancia da actual situação po-
lítica e quais os ideais que .o
animam e defende. E
Muito bem. Só assim, sem
preconceitos e sem preocupações
partidarias ou de facção, com
os olhos postos bem alto no:
ideal sagrado. da Patria, Portu-
gal poderá progredir, elevar-se e
engrandecer-se aos olhos do es-
trangeiro, que nos espreita. cobi-
$9so e com: curiosidade, procu
rando por todos os meios elevar e
engrandecer os: nossos dominios
coloniais.
Tambem ha dias embarcou
para Loanda o sr. Dr, Vicente
Ferreira, antigo ministro das Fi-
Danças e colonial: ilustre, que,
como dissemos em tempo, foi
eleito no Senado da Republica,
para o cargo de Alto Comissario
de Angola, cargo em que foi
confirmado pela nova situação
politica, que naquêle homem pu-
blico achou tambem os necessa-
rios predicados para o exercicio
de tão elevado quão dificil cargo.
0 que deveremos faigr
ERAS RE da
Dizia-nos ha dias um amigo, ainda dos bons tempos, que a
nossa região muito tem perdido pela falta de união, pela disper-
são de energias em coisas futeis, pelas rivalidades mesquinhas e
pelos interesses injustificaveis dos individuos e dos povos!
Mas isto não é só de hoje, diz-nos êle, Por esses motivos,
que apontei, é que aqui não temos já um caminho de ferro; a li.
nha da Beira Baixa. Por esses mesmos motivos é que nós temos
essas estradas ou em caprichosos torcicolas dentro das povoações
ou em desvios dispendiosos e incomodos, que não se justificam a
não scr pelo interesse particular ou rivalidades inconcebiveis é
impertinentes,
Veja. Veja lá você se se tem feito algum esfôrço, por peque-
no que seja, para dotar a nossa região com uma linha ferrea, que
tão: precisa: é para a nossa vida economica e para nos aproximar
dos grandes centros civilisados e comerciais; veja lá você se, pe-
rante a campanha que se vem fazendo, ha algum tempo, contra o
Instituto. lá de Sernache e a constante ameaça do sey encerra=
mento, alguem se une e congrega num solene e Unanime protes-
to contra essa campanha ‘e essa ameaça, que seria uma desgraça
não só para Sernache, mas -para toda esta região da Beira, quer
encarando-o sob o aspecto economico, quer sob: o aspecto moral
e educativo.
O que vemos nós? Politicos, muitos politicos, de escudelas
estendidas n’uma ancia ferós, atropelando tudo e todos, procuran-
do cavalgar toda a gente, sem ideial, sem patriotismo, sem nada.
Põôem os seus interesses acima dos da coletividade e algumas
vezes chegam a imaginar-se grandes chefes politicos, arrotando
poderio e dando-se ares.
Você ri-se?! Não se ria porque o que afitmo é uma verdade |
O que é preciso é que todos se unam para o engrandecimen-
to desta região, tão despresada dos poderes publicos; é preciso
pôr esse ideal acima dos interesses dos partidos e das facções e
dos individuos,
Não quero dizer com. isto que cada um abdique dos seus
ideais, mas é preciso atender, primeiro que tudo, que o partido
Ou governo, que nos esquece e que, até, muitas vezes, nos escar-
nece não pode, não deve ter o nosso apoio. Se o quizerem aten-
dam-nos, sirvam-nos nas nossas. justissimas aspirações de pro-
gresso, $
Mas para isso, meu amigo, é preciso unitmo-nos e procla-
mar bem alto as nossas necessidades e as nossas aspirações para
alguma coisa obtermos. Ê :
Principie você lá no jornal uma campanha neste sentido. Será
Um grande serviço que você prestará á nossa região e muito es-
pecialmente á sua linda terra.
Lembre-se que a vida do Instituto de Missões, essa grande
obra do Abilio Marçal e da Republica está ameaçada,
Toque a unit e mãos a obta, porque depois da primeira vi=
toria outra se seguirá e conte sempre com o meu fraco prestimo,
A questão é principiar; não faltará quem o acompanhe, Verá,
– E’o nosso amigo deixou-nos a meditar sobre as suas pala-
vras que são, em verdade, uma justa censura,.mas que não são
de desanimo, nem de descrença.
“Muito tempo se tem perdido, é certo, porem ainda é tempo
(Conclue ua 2,º pagina)
mociedade das Nações
Acaba de abrir em Genebra
a setima sessão da Assembleia
Geral deste areopago politico in-
ternacional de que já faz parte
desta vez, a Alemanha,
Com a sua entrada sairam
duas nações latinas, o Brazil e a
Espanha, a quem as outras na-
ções não quiseram conceder lo-
gar no Conselho Permanente, o
que é bastante de lastimar, pot-
que, emquanto dessa Sociedade
não fizerem parte todas as na-
ções civilisadas do globo, ela
não poderá satisfazer os fins pa-
ra que foi creada e pode ser,
quando muito, uma. Sociedade
de nações mas não a Sociedade
das nações e, assim, .a paz entre
os povos não passará de um
formosissima utopia.
À nossa situação naquela As-
sembleia bastante prejudicada é
com a saida daqueles dois pais
ses da Sociedade das Nações,
porque eram amigos que sempre
tinhamos ao nosso lado nos nos-
sos pontos de vista e nos ata-
ques que, por vezes ali nos fi.
zeram,
Para lá embarcatam já o sr.
Dr. Bithencoúrt Rodrigues, Mi-
nistro dos Estrangeiros e o sr.
Freire de Andrade, ilustre diplo-
mata e colonial, que já de ou-
tras vezes fez parte da nossa
Delegação e que agora mesmo
acaba de apresentar uma bem
elaborada contestação aos pre-
tendidos mandatos coloniais, que,
não era mais de que um enca-
potado projecto de desapossar as
pequenas nações das suas coloa
nias e em que nós seríamos,
com certeza as maiores vitimas,
ST jeito pego
“ Teatro Tasso
Neste teatro exibiu-se nos
dias 4 e 5 do corrente a aplau-
dida troupe «Os Latinos» com
algumas comedias, dramas e
variedades em que foram mui-
to apreciados, pois é realmens=
A composto de valiosos elemen-
08,elemen-
08,@@@ 1 @@@
“ sando à rua,
“seguros, 1
2
am po Ea
No dia 31 de “Agosto foram
as ilhas do Faial e a do Pico,
no arquipelago dos Açores, -sa-
cudidas por “um violento tremor
de terra, que. “sobre tudo no Fai-
al, fez ruir grande numero de
casas e grande numero de viti-
mas. –
Na cidade da Horta, capitalda
ilha e em duas freguesias perto |
é que mais se sentiu o fenomeno
e’que mais estragos sofreram.
O goveruo logo que teve no-
ticia tomou as precisas provi-
dencias enviando imediatamen-,
te pata lá alguns navios com en-
fermeiros e-mais pessoal samta-
rio, barracas de campanha, re-
medios, gêneros alimentícios e
tambem 2:000:008 paso correr
as-vitimas.
‘Apurou-se já ter havido nove
mortos-e tresentos feridos, fican-
doa maior parte: da, população
sem casa para habitar.
Por toda a parte se nota um
grande movimento de isolidarie-
dade. em favor -dos–sinistrados,
obtendo donativos, «projectando,
festas, abrindo: subscrições para
as socorrer, tendo-se- salientado,
como sempre a nossa colonia no.
Bragiio) a
CERNDÊ EaD
No dia’14 pelas 10 horas da
noite, quando” um criado -do &r;
Antonio” “Antunes Cadete, pro-
prietario e lavrador no Pampilhal,
ia deitar comida ao gado teve a.
infelicidade de deixar cait:“um
“farol que levava para esse sétvi-
ço pegando fôgo ao mato do ‘cor-
ral.
Aos gritos do pobre homem
acudiram Os. visinhos, mas ‘o0-f6-‘
gô tinha tomado tal incremento, |
que não foi possivel debela-lo, por
se ter já comunicado a uma gran-
de quantidade de palha, que ha
via armas-nada no pavimento
superior, ardendo por completo a
casa, tendo-se salvado com: difi-
* culdade; apenas Os animais que |
lá Havia e dando grande trabalho
para evitar que 0 fôgo, atraves:
que Is «estreita, se
fosse comunicar à casa de”resi
dência daquele senhor. ,
Numa dependencia da casá que
é propriedade: do sr.4 Cadete e
““ do gr. Antonio da Silva Serra,
de Sernache, morava Joaquim |
Maranho com sua” família, que
perdeu quasi todos os. seus – -ha-
= veres:no: sinistros o
O causador do cendid
grande- RuElgaçÃO: pretendeu:
tançar-se ás châmas, dando gran-.
de trabalho a, contê-lo, para qne |
não levasse por diante o seu ins!
tentos so
Os” prejuisos que são Ava
dos, parece não, estarem cober-
Rosendo meinÃo
mpunsana os ‘
Era
Continuodo, da ”
de’o recuperar e talvez com alguma vantagem,
pagaria
Sobre o caminho de ferro já dissemos mas nai Rino: a
dizer.
Se houvesse completa unidade de vistas, se fosse: possivel sa-
crificarem . todos um pouco dos seus pontos de vista ou mesmo
dos seus interesses, não seria esta, agora, a ocasião de fazermos
alguma coisa pelo bem comum ? Parece-nos que sim,
Quarrdo- ao Instituto -de-Missões-Coloniais, nós não acredita-
mos, ainda, que o actual Governo nos faça a afrontosa injustiça
de o mandat fechar ou de o entregar aos padres, Seria um crime…
Os homens que estão á frente dos destinos da nação, faça-
mos lhe justiça, são patriotas e são republicanos, não hão-de que-
rer ir arrasar uma obra da Republica, nem fazer deste pais uma
antecamara do Vaticano…
Não somos inimigos da religião, nem dos padres; respeitamos
todas as crenças sinceras, mas entendemos que cada coisa, 0: Es-
tado e a Igreja, tem O seu logar e as suas esteras de acção devi=,
damente limitadas. Passar alem “desses limites será criar uma si-
tuação penosa é intoleravel.
r
Assim, entendemos «que -o-Governo poderá reformar —e deve
imo Instituto de Missões Coloniais em molde
s, que bem
possam servit os fins civilisadores e’ colonisadores para que foi
creado, com! as’valterações que
a experiência tem demonstrado
serem – precisas, sem que: seja preciso agravar ou prejudicar uma
região que ele’tanto beneficia matetial e moralmente.
“Para este udesideratum tódos devemos empenhar-as nossas
melhores esforços, as nossas melhores energias e a nossa melhor
sia vontade,
Um abuso
* Recebemos de um nosso nani
a seguinte cartas
E ash Director do «Progresso Beirâon:
No domingo passado deu-se um fa-
cto no cinema Bomjardim que indi-
guou todaa gente que ali assistia do
espetaculo.
Foi o caso que Ra a correr:a
Fita “Os fidalos da casa Mouriscar.
Va certa arnras quando acabou de
dorrer a 5% parte o emprezario anutn-
cio no ecran que ia repetir novameia-
te essas partes da fita a pedido de |,
pane damas o que imediatamente
ez
“Os espectadores sairam todos in-
dignados, ficando lá apenas’as fa-
qmilias do emprezario e de-um outro
sr. que dizem socio do cinema e uma
familia de Lisboa, o que prova que
Se houve algum pedido, foi das da-
mas das familias dos socios do cine-
ma uma das quais entrou realmente,
em meio do espetaculo. ..
Pode sr. Redactor, qualquer em-
prezario ludibriar assim o publico
igue alt vae deixar o seu dinheirinho,
para ser agradavel a duas ou-trez
pessoas, ainda, mesmo extranhas à.
sua familia ?*
“Não poderiani as auctoridades evi=
tar estes;adusos ?
Pela sua resposta muito grato lhe
ficará o set — eita deitôr.
Sernache, ‘8-
“Tem razão.
respondente. ú
Mas «são coisas ‘de cinema*que
1) já nos enojam tratar aqui.
Realmente o que-se passou foi um
abuso inqualificavel, que á auctori=
dade competia impedir, nos termos
do regulantento policial “dos teatros.
– Mas que quer? As nossas aúctori=
“dades não conhecem esses regulamen=
tos E até ignoram que tem um logar
reservado em todos os espetáculos,
porque “nunca lhes são fornecidos os.
precisos bilhetes. Ri
digna e silenciosamente, saindo em
tos em nenhuma compânhia de
massa € muito bem, Se fosse em ou=
Last
o Es presado cor= |»
tra terra esses protestos seriam mais
ruidosos e completos para fazer coms
preender aos emprezários que; não.
teem. direito de escarnecer um pu-
blico que lhes pagapara ver fitas
velhas e coçadas, mal exibidas é até
mal representadas.
Sobre cinema ainda ha muito a di-
zer, mas para-ser’ ouvido tambem
pelas diversas repartições. Até lá,.. | Su
|ro Gaspar,
— SSBjr Gio -D. egos
Ora pois…
Vac finalmente teruma apli:
cação. o terreno onde estavam
edificados os antigos paços do
concelho e. desaparecer dali
áqueta vergonha,. que, de ha
muito d’ali deveria ter sido re-
movida. Um. grupo do amigos:
da Certã projectou transfor-
mar aquele recinto em belo jar
dim publico, concorrendo a Gar
mara Municipal apenas, com
algum material, quetá esteja!
pé antigos paços do: concelho
êque possa sen aproveitado.
Vimos a planta. feita pélo
sr. Eng genheira Branco, que de
vemos confessa: to; nos deixou
muito bem impressionados. “*
“Vende-se
Uma propriedade sita no Jo-
go, que se compõe de oliveiras,
arvores dé fruto, vinha e terra
de cultura, matos e Pinheiros E
O publico lavrou o seu protesto |- tem agua.
“Informações cofh. sina José
“Teixeira.
RR Mundana
Está. um pouco einor do
Reu de. que fot acometido a
gra Srº D. Maria de Sau-
A “Marinha, mãe dos nossos
presados amigos srs. Drs. Er-
nesto Marinha e Hermano Ma-
rinha.
—Saiw para a REiâneira da
Foz com sua Esposa e filhos o
nosso presado assinante sr.
Libanio Vaz Serra.
—Tem estado na Certã o sr.
Joaguim Barata Correia, di-
rector dos serviços da empreza
hidro-eletrica de Niza.
“—Com sua esposa, tem es-
tado em Sernache o sr. Mi
guel Fraga,
Lisboa.
—Continua de cama o nosso
presado assinante sr. Adrião
David.
“Está na Certã a sr.º D.
Clementina Ribeiro, Condessa
de Podentes,
—Para a sua propriedade
“da Cerejeira, segiuiil com sua
Queiroz.
= Com sua familia estão a
banhos no Vale da Ursa o sr.
José Maria Alcobia.
ANIVERSARIOS
Fazem, anos:
f
Mimi, filha da’sr.“ D. Maria
do» Nascimento Silva e do fa-
tecido sr. Bernardino Francis-
co da-Silva.
—No dia 22: 0 sr; Casini-
Sernache.
—Nodia 27:a menina Au
zendo de Lima Quintão, filha
do nosso assinante sr. Hermi-
nio Quintão.
e me
VISITANTES
Estiveram ha diasem Ser-
nache, «o tustre Director do
nosso presado «colega: «A Re-
generação», de Figueiró dos
Vinhos, sr. Dro Manuel Si-
mões Barreiros) eDr. Acurcio
“Carvatho, advogado naquela
vila.
—- Tambem nos deu o prazer
da suasvisita o sr: Abilio de
Freitas, ex-director do nosso
colega: «O Zezere», de Ferrei-
ra-do Zezere:.
— Tambem estiveram em Ser-
nache’ os antigos alunos do
instado de Missões Goloniais
» Mantel -Atves Carneiro;
neh dh do Banco Ultrama-
rino em Loanda e lidio Cor-
da Missão Givilisadora «Duar-
te Pacheco» onde a-‘sua bri-
lhante. acção missionaria está
desmentindoasmalevolasatoar
Nocdia’ 2t: a interessante
comerciante em
comerciante de
familia o sr. Dr. Gualdim de |
reia da Silva; denodado chefe
das «dos detratores das Mis=
tesões Laicas. EG s@@@ 1 @@@
“tremosos pai
e Faso da onda | F104S-B-PISINHAS
Realisaram-se no dia. IZ do
corrente, como: tinhamos anun-
= ciado, na cérca do hospital da
Certa, as festas da Misericordia,
em que mais uma vêz se paten:
teou bem claramente o altruismo
e-o sentimento da caridads deste
bom. pôvo. Certaginense, coadju-
vando essa bela: iniciativa do
«Diario de – Noticias» e os estor=
ços da Comissão de festejos que
era composta dos srs. Demetrio
da Silva Carvalho, Antonio da
Silva Lourenço, Carlos Santos,
José Ventura e Francisco Martins
Fernandes, tendo: á sua frente o
Provedor daquela casa de cari-
dade o sr. Eduardo Barata.
No recinto, que estava visto-
samente engalanado, viam-se,
num bem agradavel’conjunto, di-
versas barracas de jogos, da tom-
bola e da: quermesse, onde um
grupo: de: gentis meninas, procu-
rava colher os obulos, que irão
minorar os sofrimentos dos que
aquela casa de caridade tiverem
de recorrer. : E
O programa que aqui publi-
camos e que a falta, de espaço,
nos impede de pormenorisar,: foi à
tendo |
devidamente cumprido,
fechado as festas com um des:
lumbrante e feérica iluminação do
arraial à moda” do Minho e come
um vistoso fôgo deitado no alto;
de Santo Antonio, oferecido pelo
pirotecnico desta vila, O St. José
Nunes da Silva,: a
As festas que, foram abrilhan-
tadas pela: | filarmonica: União
Gertajinense e que estiveram con:
corridissimas caltula-se que ten
ham: rendido, aproxim damente
doze mil“escudos.
ce e A meme
Falecimento.
Depois de uma longa e dolo-
rosa enfermidade, faleceu pelas,
15 horas do dia 16 do corrente
a menina Maria Adelia, filha do
nosso presado assinante oisr. De.
Albano Lourenço da Silva, ofi-
cial do registo civil e advogado
no nosso fôro. 5
17, á tarde; compareceu: tudo
que-ha de mais grado na popu-
lação de Sernache, patenteando, |
assim, aos desolados paes.o seu
pesar pela desgraça que os fe-
riu, a É
A- pequena urna foi condusida
à mão até ao cemiterio, forman-
do-se, durante o-cortejo, diver-
sos grupos de meninas esenho-
ras, que pegaram às borlas,
O «Progresso Beirão». envia
à familia éem especial aos es-
a infeliz creança,
os seus mais sentidos pesames.
BARBEARIA
Bem situada e muito afregue-
“sada; em Sernache do Bomjar-
dim, trenspassa-se. À tratar com
Leonel da Fonseca. .
PROGRESSO BEIRÃO
directores do Club Bomjardim,
que a troupe «Latinos? não se
exibiam em-Sernache, apesar
de lhes terem pedido, porque
estavam: comprometidos a ir
dar alguns espetaculos, em
dias já determinados, a Alfer-
rarede. , =
Temos, porem, informações
seguras de que esse grupo «não,
se exibiu no teatro Taborda,
porque um membro da Dire-
cção do Club Bomjardim apres:
sou-sesa procurar na-Gerta o
seu director e declarar lhe que
o teatro não lhe podia ser cer
«dido porque estava arrendado
a uma empreza cinematozrafé-
ca e que para se modificar a
plateia, para qualquer outro
genero-de espetaculo daria muti-
to trabalho! Em vista detal
informação. aquela troupe Ses
guiu para Custelo Branco: dar
espetaculos e não para Alfera
rarede, como se disse !!
“Assin, porque a Direcção
daquele Club poz’os seus in-
teresses. de emprezaria acima
dos interesses de Seinathe, fi-
coit esta povoação privada de
aplandir aqueles artistas que
nos dizem ser muito apreciaveis-
“Soubemos agora deste caso;
outros mais se terão dado, sem
que venham ao conhecimento
dos socios daquela associação;
mas, perguntamos: estará Ser-
nache condenada a’ não ver
qualquer outra qualidade de
diversão no seu teatro, por
amadores. ou por «artistas, à
“não ser essas estafatas é estro-.
piadas fitas cinematograficas ?
Por nossa parte iaí fica o.
Inosso mais veemente e indi
gnado protesto: A
EDV = =
Encarecimento da vida
| Vem-se notando, ha um certo
| tempo para cá um agravamento
constante: do preço dos generos
de primeira necessidade, que não
“Ao seu enterro, que foi no-dia | SS E.
= Os cambios não se agravaram,
como se esperava, com o au,
mento da circulação fiduciaria-
decretado «ultimamente pelo go-
verno, os generos não encarece-
isto? É
Porque ha-de ser? O açam-
barcamento, que com toda a for-
ça se está fazendo em todo O
pais, para depois tirar a pele ao
pobre consumidor. E E
A’s auctoridades: compete de-
fenderem.o povo, procurando Sa-
ber quem são os açambarcado-
mo fiscalisar a qualidade desses
generos para’ não! continuar-mos:
a comer assucar com gesso,-ia-.
rinha ou que é 8 arroz e azeite.
– |improprios =
“Ouvimos em tempo a um dos,
ram. na sua origem, porque será.
res para Os fazer por à vendã os
| generos em seu poder, assim co-|
“CASAMENTO
Realisa-ae no dia 6 do corren-
“te naigreja matriz de Sernache
presado assinante e patrício, sr.
Antonio da Silva Teixeira, co-
merciante em Lisboa, com asr.*
D. Estefania Paes dos Santos
Teixeira, servindo de padrinhos,
por parte da noiva o sr. Miguel
Alves Fraga, tambem comerci-
ante em Lisboa e sua espôsa D.
“Maria: Fraga e por parte do noi-
vo M,º Benjamim da Silva e a
sr2D. Rosa de Jesus Paes.
O acto foi revestido da maior
simplicidade assistindo, apenas,
ós padrinhos e a familia dos noi-
vos, realisando-se depois um al-
moço em’ casa do pae do noivo
onde se trocaram efusivos brin-
des. j :
ofereceu em sua casa um brilhan-
te sarau, seguido de uma lauta
ceia. a queassistiram muitas se-
sociedade-de Sernache e em que,
uma vez mais, se pantenteou a
já proverbial liberalidade e fran-
queza e tambem aquêle incansa-
vel é encantador savoir faire
com que M.: Benjamim da Sil-
va sabe receber em sua casa.
Aos noivos: desejamos uma
longa lua de mel e as melhores
felicidades. x
«ANUNCIO.
Pelo Juizo de Direito (desta
comarca e cartorio do segundo
Ministerio Publico contra José
“Nunes Vieira; soldado n,º sor-da
6º Companhia do Regimento de
Infantaria mn.” 05 natural do Trizio,
freguesia de Palhaes d’esta co-
arca, aúsente-em parte incerta,
corre o presente citando aquele
teu a comparecer no “Tribunal
Judicial d’esta comarca, sito no
Largo do Monicipiod’esta vila, no
dia quatro do proximo” mes de
Outubro, por dose horas,afim de
responder pelo crime de falta de
no prazo legal a multa de vinte
escudos: ; E
Certã, 16 de Agosto de 1926.
Verifiquei a exactidão,
O Juiz de Direito Substituto,
ed. V. S. Coelho
O Escrivão,
Francisco Pires de Moura
*
fnuncio
“Pelo Juizo «de Direito desta
comarca e cartorio do segundo
rrecional do Ministerio Publico
contra José Ribeiro -Azêdo, sol-
va n.º 22, natural e domiciliado
na freguesia de Sobreira Fotmo-
| za, desta comarca, aúsente em
o casamento religioso do nosso:
A” noite, o padrinho do noivo
‘nhoras’ ecavalheiros da melhor |.
“Oficio; na: polícia: correcional do”
em Benguela (Africa Portugueza),»
revista á Inspeçãose não ter pago |
Oficio, nos autos de polícia co-1,
dado n.º 49 da 3.º Companhia do |
Regimento de Infantaria de Reser=”
3
«x
parte incerta, corre o presente
anuncio, citando, aquele reu a
“comparecer no Tribunal Judicial
desta comarca, no dia quatro do
proximo mes de; Outubro, por
[dose horas, afim dê responder
pelo crime de falta de revista à
Insepcção e -não-ter pago no
prazo legal a: multa; dê quinze
escudos. Declara-se que o Tri-
bunal é-sito nesta vila no Largo
Municipios “2.54
Certã, 16 de Agosto de 1926.
“Verifiquei o
O Juiz de Direito, substituto,
“CA. V. S. Coelho
O Escrivão,
Francisco Pires de Moura
“Vale Loureiro
Arrenda-se esta propriedade,
que se compõs: de grande vi-
nha, oliveiras, tezras de cultura,
muitas arvores de fruto, poços
Btc.l : N
A tratar com o Dr. Antonio
Correia Nunes, em Sernache do
Bomjardim. e g
asa go
Vende-se ou arrenda-se, no
“todo ou em talhões.
Dirigir-se a Dr. Mendonça
“| Boavida–Sernache. do Bomjatr-
dim,
“TONE
Vendese ume d bôa madeira
de castanho e solida construção,
para 480 almudes. –
A tratar com o Dr. Antonio
Correia Nunes, em Sernache do
Bomjardim.” E
VENDE-SE
Uma propriedade sita no Alto
Vantoso, que se compõe de gran-
de olival, terras de mato, muitos
pinheiros e pega com a estrada
nacional, É
Metade duma propriedade de-
nominada a Sapada ou Cabeço da
Fonte, que se compõe de terras
de semeadura, olival; vinha. mul-
ltas arvores de fruto, sobreiras,
ahundancia d’agua, toda murada
e pega com à estratia publica.
Uma propriedade sita em Alco-
bia, que; se compõe de grande
olival, terras de mato, sobreiras o
pinheiros…
Uma propriedade sita no Nes-
peral e denominada o Canto da
Portela, que se: compõe de belo
olival. E
Uma propriadade sita no Alquei-
| dão, que se compõe-de olival, ter-
ras“de mato, sobreiras e pega
com a rua publica. – =
“Quem: pretender, derija-se por
carta ou pessoalmente a
Manuel Salvado
FUNDÃO
“a (orando 0 es a ni ei eme
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Bomjardim.
Todos os pedidos deverão ser feitos
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amplos poderes para resolver todos os
assuntos respeitantes à venda dos nos-
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