O Renovador nº200 05-01-1974
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Ano IV — N.º 200 — AVENÇA
D RENDURADOR
5 de Janeiro de 1974
SEMANÁRIO DEFENSOR DOS INTERESSES DA REGIÃO FLORESTAL DO DISTRITO DE CASTELO BRANCO — CONCELHOS DE: SERTA, OLEIROS, PROENÇA-ANOVA E VILA DE REI
REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO:
Rua Lopo Barriga, 5-r/c — SERTA — Telef. 131
DIRECTOR E PROPRIETÁRIO:
JOSEÉ ANTUNES
COMPOSIÇÃO E IMPRESSÃO:
Gráfica Almondina — Telef. 22109 — Torres Novas
ANO NOVO
O ano de 1974 nasce sob pers-
pectivas um pouco sombrias, do
.ponto de vista da política in-
ternacional.
E, como no mundo dos nos-
sos dias todos os países são
economicamente solidários e
depentlentes uns dos outros, a
crise afecta o nosso Pãís como
afecta os restantes.
A guerra Israelo-Arabe de
Setembro passado, com a con-
sequente crise do petróleo,
trouxe aos povos industrializa-
dos da Europa e da América
e também ao Japão ameaças
de recessão económica de gra-
Vves consequências para o mun-
do inteiro. Se os países mais
progressivos parecem extrema-
mente preocupados, os que se
encontram em “vias de
volvimento, como o nosso, não
‘podemo deixar de sofrer tam-
As quotidianas mutações de
perspectivas parecem, por ve-
2eS, apresentar-nos uma visão
do futuro menos sombria. Mas
o certo é que, com mais petró-
leo pu menos petróleo, o preço
a pagar, por cada litro será
sem dúvida mais caro. E tal
aumento trará um cortejo in-
de outros aumentos de
imúmeros produtos de que a
nossa civilização já não pres-
cinde e que elevarão o custo de
vista a proporções nunca atin-
gidas.
Para já, apesar da Tuta que o
Governo está a travar para re-
duzir o mínimo a inflacção, as
estatísticas insuspeitas dizem-
nos que o aumento geral dos
preços em Fortugal, durante o
ano de 1973 foi de ló%-
Mmor do que no ano ante-
qwmdo se esperava que o
não awrvg’asse
O Estado anuncia um acrés-
cimo das suas receitas gerais,
no montante de 21%.
E pareceria que cada um de
nós, no seu orçamento privati-
vo, deveria calmamente poder
prever aumento idêntico. Será
assim, realmente?
Em momentos como o pre-
sente, se há quem triunfe, quem
aproveite a oportunidade, a
maioria, a que se não mete em
aventuras, a que tem rendimen-
tos mais estáveis, sofre as con-
sequências do desajustamento
das circunstâncias. Sente me-
nor segurança no futuro, mais
dificuldades no presente.
Mas, o pessimismo nunca foi
utll a quem quer que fosse. À
esperança de melhores dias
dar-nos-á confiança para atra-
Vessarmos a crise com um sor-
riso nos lábios, reduzirmos pru-
dentemente os nossos gastos e
interiorizarmos cada vez mais
a nossa felicidade e o nosso
bem-estar.
ÁssSim, as perspectivas som-
bras do Novo Ano poderão sal-
dar-se positivamente, por um
acréscimo de mais íntima har-
monia entre as nossas ambi-
ções e a sua satisfação, pois é
nisso, em última análise, que
consiste a felicidade humana.
Várzea de Pedro Mouro
(Cernache do Bonjardim)
Uma aldeta que continua…
Soalheira e calma, exposta ao sol
outonal, ali está a povoação. À beira
da .Barragem do Castelo de Bode.
Do outro lado é o concelho de Fi-
gueiró dos Vinhos. Ali,oda Sertã
No extremo Poente, a.20 quilómetros
puxados da sede do concelho e a 10
Condições
de Assinatura
VIA NORMAL
Portugal Continentel
e Ultramarino, Brasil e Espanha
100800
Estrangeiro: 180$00
VIA AÉREA
(Pagamento adiantado)
Províncias Ultramarinas: 2008.
Estrangeiro: 250800
NOTA — Tol.s as importâncias
nos podem ser remetidas em
: vale de correio, cheque ou di-
nheiro de qualquer nacionalida-
de eu ainda os Srs. Assinantes
encarregarem quem nos efec-
tue directamente as liquidações.
As assinaturas devem ser pa-
gas adiantadamente.
Para o Ultramar Português
e Estrangeiro não fazemos co-
branças através dos C.T.T.
RENOVAÇÃO É
da sede de freguesia (Cernache do
Bonjardim). A estrada mais próxima
passa a 8 quilómetros. Perdão. Passa
ao lado uma estrada líquida, a bar-
ragem do Castelo de Bode ou antes
o Rio Zêzere por onde tem sido trans-
portada muita fadeira de pinho e, até,
muitos esquifes com os entes queri-
dos finados em tardes medonhas de
inverno.
Naquele esmaecer dourado de prin-
cípios de Dezembro a aldeia animou-
-se. A autoridade municipal vinha pela
primeira vez conhecer no local as con-
dições de vida e as necessidades da
povoação. Sobretudo a grande neces-
sidade da povoação: — uma estrada
condigna de acesso.
perto de cento e cinquenta
Continua na 3.º página
O RENOVADOR
O. mensário. paroquial «Voz da
Minha Terra» que se publica em
Mação referiu-se no seu número
de 24 de Dezembro último, ao
artigo aqui publicado pelo nosso
colaborador, senhor Eng. Antó-
nio Cardoso, e relativo à E. N.
n.º 351, apoiando inteiramente
as considerações tecidas pelo
seu autor.
São
VIDA
Preço da
assinatura de
Q enovador
O RENOVADOR vai entrar bre-
vemente no seu 5.º ano de pu-
blicação. Desde 1970 mantemos
o mesmo preço de assinatura
que para o Continente é de 80$00
anuais.
No entanto, desde o pr/me,ro
número até agora, c custo da
impressão e do papel subiu cer-
ca de 100%. Mantivemos o pre-
ço da assinatura com grande sa-
erifício após as primeiras subidas
do custo, mas agora é-nos impos-
sível continuar. Basta dizer que
cada exemplar nos fica, só quan-
to a impressão e papel, a 1$50.
Sabendo que a publicidade é in-
Ytelizmente escassa, por mais es-
forços que tenhamos desenvolvi-
do no sentido de à aumentar, é
fácil de concluir que trabalhar
graciosamente pelo Bem Comum
ainda é possível (e temo-lo pra-
ticado incessantemente), mas re-
tirar o ganho noutras tarefas pa-
ra o gastar na de jornalista, não
pode ser solução.
Assim, esperamos que os nos-
sos amigos e assinantes com-
preendam e aceitem de bom gra-
do o aumento para o mínimo de
100800 anuais que vamos prati-
car a partir de agora. Este au-
mento está longe de fazer face
aos encargos com que os novos
custos do papel e dos salários
dos tipógrafos. sobrecarregaram a
imprensa. E só a esperança de
que se verifique um acréscimo
significativo no número de assi-
nantes e naá publicidade, nos faz
manter no limite anunciado. Que
ao menos. aqueles que nos com-
preendem e vêem utilidade em
que existamos, aumentem volun-
tariaemente a sua contribuição,
pagando um melhor preço pela
sua assinatura, para que possa-
mos continuar a servicos e a
promover o desenvolvimento eco-
nómico, social e cutural desta
zona Sul-Poente do Distrito de
Castelo Branco.
MILHREU
(Vila de Rei)
mais uma aldeia que definha
Quem seguindo de Sertã para
Abrantes, passa pela E. N. n.º
2, encontra, a cerca de 4 quiló-
metros de Vila de Rei, a povoa-
ção de Milreu. Encarrapitada num
cerro sobranceiro à estrada, dá-
-nos a impressão de não ser mui-
to antiga. No entanto, será sem-
pre anterior à construção do tro-
ço da E. N. n.º 2 que lhe passa
no sopé, deixando-a a 100 me-
tros cortados a pique, mas a
2000 metros por caminho muni-
cipal que a serve depois de ter
ródeado o cerro.
Visitámo-la há dias. E a pri-
meira impressão que nos acolhe
após um percurso agradável em
que a via se desenvolve mais ou
menos rectilinea, é a curva re-
torcida e extremamente aperta-
da da ponte que junto a Casais
da Pereira atravessa um pequeno
afluente do Zêzere. Daí em dian-
te, passando a ponte sobre o Co-
des que faz a separação do Dis-
trito de Castelo Branco com o
de Santarém, e até S. Domingos,
a estrada serpenteia perigosa e
estreita exigindo atenção e perí-
cia não vá surgir qualquer veícu-
lo em sentido contrário e obri-
gando à utilização da berma, às
vezes protegida por anteparo de
cimento, mas outras, ameaçando
saltar por uma ribanceira de mais
de 50 metros.
Perto, a um escasso quilóme-
tro, no sentido de Abrantes, o
Miradouro do Penedo Furado,
com o fontenário convidativo e
ao fundo a paisagem imponente
e alcantilada da Rabadão com o
regolfo da Barragem do Castelo
de Bode e as piscinas que O
Continua na 4.º página
NOVOS ASSINANTES
Do nosso estimado assinante,
senhor João Farinha Fernandes,
residente em Luanda, recebe-
mos a indicação dos seguintes
Floriano Mendes, de Luanda
e José Antunes, de Gabela, An-
gola.
Do nosso amigo e colabora-
dor, senhor Venâncio Fernan-
des Mendes, de Madeirã, rece-
bemos mais dois assinantes:
António da —Conceição, resi-
dente em França e João Nunes
da Conceição, residente em Ma-
deirã.
José António, de Carrascal
(Sertã), indicado pelo nosso
amigo Mário Farinha Nunes, do
mesmo lugar.
Libânio Dias Alves, indicado
pelo nosso assinante, Manuel
Dias Alves, de Troviscal; Fili-
pe José, residente na Suíça e
Gabriel Fernandes da Silva, de
Loures.
Foram integralmente
pagos os legados
testamentários deixados a várias instituições
de heneficência pelo grande henemérito
que foi o comendador José Farinha Tavares
No passado sábado, dia 29 de
Dezembro, os Herdeiros do fa-
lecido Comendador dJosé Fari-
nha Tavares procederam ao pa-
gamento dos diversos legados
testamentários deixados por
aquele benemérito a diversas
instituições religiosas e de be-
neficência, da Sertã e Proença-
-a-Nova.
‘Os donativos distribuídos ele-
vam-se a 558 mil escudos sendo
Foi assinada
1 escrílura
DO TERRENO DESTINADO À
CONSTRUÇÃO DO EDIFÍCIO
PARA TODOS OS SERVIÇOS
DOS CTT DA SERTÃ
Após procederem à escritura
de quitação dos legados instituí-
dos pelo benemérito José Fari-
nha Tavares em favor de diversas
instituições de beneficência, co-
mo noutro lugar informamos, os
herdeiros procederam, ainda em
cumprimento do estatuído no
respectivo testamento, à venda à
Empresa Pública dos Correios e
Telecomunicações de Portugal,
do terreno destinado à todos os
serviços dos CTT, Trata-se de
UNIÃO E
de compra
um lote situado junto ao quartel
dos Bombeiros Voluntários da
Sertãá com a área de 2189 me-
tros quadrados que foi vendido
pela quantia de 350 contos, pre-
ço estipulado por metro quadra-
do, ainda em vida do saudoso
benemérito.
Espera-se agora que entre em
fase de efectiva realização a
construção do edifício o qual se
está a tornar de grande urgência
não só porque a actual sede não
dispõe do mínimo de condições
aceitáveis, mas ainda porque se
impõe que entre urgentemente
em funcionamento no nosso con-
celho, a automatização dos tele-
fones há muitto esperada.
os principais: 240000$00 à
Santa Casa da Misericórdia da
Sertã; 100 000$00 para conser-
vação e reparação da igreja ma-
triz e capelas da Sertã. 50 000$
à igreja matriz de Proença-a-
Nova. 50 000$00 à Misericórdia
de Proença-a-Nova; 10000$00
à capela do Vergão pertencen-
te à paróquia; 10 000$00 à ca-
pela do Vergão pertencente à
Família Tavares; e 10 000$00
à igreja matriz da freguesia de
Palhais. A amigos do extinto
ficaram 50 000$00.
O quantitativo a distribuir
pelos afilhados de baptismo é
de 46 000$00 e de 12 000$00 a
importância entregue aos seus
criados.
Os afilhados que ainda não
reeberam o legado € compro-
varam essa qualidade por cer-
tidão competente, têm à sua
disposição, cada um 2 000$00.
Além dos quantitativos em
dinheiro, o benemérito José Fa-
rinha Tavares deixou ainda à
Santa Casa da Misericórdia da
Sertã, terrenos para construção,
no Pinhal de Baixo com uma
ãrea de 5000 metros quadralos.
Após a assinatura da escri-
tura: de quitação, foi celebrada
missa em sufrágio da sua alma,
pelo Rev.º Cónego João Maria
Carrilho.
PROGRESSO.
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Página 2
De semana a semana
(De 24 a 30 de Dezembro)
EM PORTUGAL
24 — Um comunicado miílitar de
Bissau anuncia que, na primeira .quin-
zena de Dezembro, foram abatidos 26
guerrilheiros, tendo a actividade ter-
rorista incidindo especialmente con-
tra as populações.
25 — O Chefe do Estado e Espo-
sa ofereceram, em Belém, uma festa
de Natal aos filhos dos funcionários
da Presidência da República.
— Deu-se um eclipse do Sol visi-
vel em Portugal mas que passou qua-
se despercebido à grande maioria da
população devido à nebulosidade do
tempo.
— O Cardeal Patriarca de Lisboa,
D. António Ribeiro, pronunciou, atra-
vês da TV, a sua mensagem de Natal.
27 — Foi aumentada a taxa de juro
dos depósitos a prazo e à ordem e
instituídos certificados de depósitos
em estabelecimentos de crédito do
Estado e bancos de investimento.
— Cerca de cem mulheres e crian-
ças fugiram à Frelimo e regressaram
a Moçambique.
— A alta de preços foi, em Setem-
bro, no nosso País, de quinze por
cento.
— O Ministro do Ultramar recebeu
os muçulmanos da Guiné que seguem
pada Medina e Meca em viagem de
peregrinação aos santuários do Isla-
mismo.
— O Ministro do Ultramar, Dr. Re-
belo de Sousa, disse a Harold Mar-
Realizou-se no passado Ydia
25 de Dezembro, o baptizado
da menina Maria de Fátima
Farinha da Silva, filha do nos-
so estimado assinante e conter-
ráâneo Fernando Silva e de sua
esposa, srº D. Lídia Farinha
Vicente da Silva.
A cerimónia teve lugar na
igreja de São Sebastião da Pe-
dreira, em Lisboa, e foram pa-
drinhos, — Fernando Valério,
construtor civil e a senhora D.
Maria Delfina da Silva Duarte
Correia, residentes em Lisboa.
Além de vários convidados,
assistiram também os avós da
Fátima, Manuel António, Jose-
Ffina de Jesus António e Engrá-
cia Farinha, toados nossos con-
terrâneos-
« Renovador» formula votos
de uma vida plena de felicida-
des para o neófito e de ventu-
TAS PATa seus pais e avós.
tin jornalista da UPL, que a solução
para o problema africana não pode
ser outra senão uma sociedade mul-
tirracial.
— O Conselho .de Ministros, reu-
nido em Belém sob a presidência do
Chefe do Estado, aprovou o Orça-
mento Geral do Estado para 1974.
— O jornalista norueguês Bernt El-
dsvik declara no jornal «Morgenbia-
det» que é mentira que os terroristas
dominem Cabinda.
— Foi simplificado o sistema de
tributação relativo a veículos auto-
móveis pela criação de um único
imposto.
29 — Foi criado, em Lisboa, o Cen-
tro Católico Africano.
30 — Um grupo de trabalho na
Corporação do Comércio estuda os
problemas resultantes das restrições
no abastecimento de gasolina.
— Em Angola, a refinaria de Luan-
da produziu 46 mil toneladas de ga-
solina nos primeiros nove meses des-
te ano.
NO MUNDO
24 — O Xá da Pérsia anunciou
que o preço tabelado do petróleo foi
fixado em 11,60 dólares por barril.
— Um avião belga despenhou-se
próximo de Tânger. Houve 105 mor-
tos sem nenhum sobrevivente.
25 — Prevê-se a reabertura do
Canal de Suez logo que se chegue a
acordo sobre a separação das tropas
egípcias e israelitas.
— A República de Malgaxe (antiga
colónia francesa de Madagascar) re-
Ccusou a entrada nos seus portos a
unidades navais americanas.
28 — O «New York Times» escre-
ve que o aumento do preço do pe-
tróleo poderá ter consequências tão
graves como as restrições inicialmen-
te decididas.
— Na Inglaterra, 400 mil homens
encontram-se em desemprego tempo-
rário devido à crise de energia.
29 — Numa conferência de im-
prensa clandestina, próximo de Bor-
deus, quatro indivíduos mascarados
declararam-se autores do assassínio
de Carrero Blanco e descreveram,
com todos os pormenores, como se
deu o atentado.
— Um mineiro soviético descobriu,
na região de Tchukotka, uma pepita
de ouro com o peso de 3,451 kg.
30 — O Generalíssimo Franco no-
meou Arias Navarro, actual ministro
do Interior, presidente do Governo da
Espanha.
Serralheiro — Civil
Américo Nunes e Silva
Telefone 54 — SE RTÃ
Deseja aos seus Ex.Ӽ* Clientes e Amigos, Boas-Festas
e muitas prosperidades no Novo Ano
GABINETE DE TRABALHOS TOPOGRÁFICOS E AGRIMENSURA
José Almeida Saraiva
TOPÓGRAFO – AGRIMENSOR
Encarrega-se de delimitação de propriedades rurais — Forneci-
mento de marcos com as características legais e sua colocação.
Rua de Sertório, 1 a 3 — Telefone 188
SERTÃ
O RENOVADOR
5 de Janeiro de 1974
Nos Estados Unidos
circula metade dos veículos
que existem no Mundo
A produção mundial no mundo au-
mentou em &6 por cento entre 1963
e 1971 — e, num país de neocapita-
lismo ascendente, como é o Japão, o
acréscimo nesse período foi de 270
por cento, enquanto no país socialis-
ta que é a União Soviética foi de
189 por cento; o número de automó-
veis e outros veículos a motor é à
escala mundial, de 200 a 210 milhões,
mas quase metade deles, ou seja 92
a 95 milhões, circulam nos Estados
Unidos.
O consumo de jornais atingia, em
1971, os máximos de 534 exemplares
por mil habitantes na Suécia, de 510
no Japão e de 463 na Inglaterra
E quem bebe mais vinho? Naquele
ano os italianos beberam 6427 mi-
lhões de litros, os franceses 6 128, os
russos 2820, os espanhóis 2330.
Cerca de 4600 milhões de pessoas
foram, em 1971 a sessões de cinema
na Rússia, ao passo que nos Estados
Unidos, onde a televisão é soberania,
foram apenas 1000 milhões os espec-
tadores que a estatística registou.
Mas a Espanha foi o país do mun-
do que recebeu mais turistas em
1971, com 26,65 milhões, seguindo-se
o Canadá com 14,5 milhões.
E em matéria de energia, que está
NA MÃO
DE DEUS
MARGARIDA DE JESUS
FERREIRA (SERTÃ)
No passado dia 22 de Dezem-
bro faleceu na Sertã, após lon-
go sofrimento, a senhora D. Mar-
garida de Jesus Ferreira, viúva
de Manuel Ferreira. .
Deixa dois filhos: Ângelo Fer-
reira Ramos, casado com Maria
Amélia da Silva Ferreira, zelador
da Câmara Municipal da Sertã,
e D. Ângela Ferreira Nunes, casa-
da com Jaime da Silva Nunes.
A extinta tinha 72 anos de ida-
de e vivia com sua filha na Pra-
ça da República, na Sertã.
ANTÓNIO MENDES BARATA
(SOBRAL — OLEIROS)
No dia 26 de Dezembro fale-
ceu na sua casa no Casalinho,
da freguesia de Sobral, o senhor
António Mendes Barata, proprietá-
rio, pessoa muito conceituada na
sua freguesia.
Acometido de uma trombose
há cerca de dois meses foi con-
duzido para Lisboa imediatamen-
te, mas a doença era fatal.
Deixa viúva e cinco filhos.
MANUEL FERNANDES
(TROVISCAL)
No Troviscal para onde viera,
depois de haver estado interna-
do numa casa de saúde em Coim-
bra, faleceu o senhor Manuel
Fernandes, de 42 anos de idade,
casado com Maria Custódia Al-
ves Figueiredo e filho de José
Fernandes e de Amélia do Car-
mo.
Deixa viúva e cinco filhos, o
mais velho dos quais com 16
anos de idade.
O extinto era negociante e
muito havia ainda a esperar do
seu espírito de iniciativa.
O funeral, em que se incorpo-
raram cerca de 700 pessoas, foi
dos mais concorridos que tem
havido na freguesia, pois a mor-
te de pessoa tão nova causou
geral consternação.
A causa da morte que se ma-
nifestou apenas há cerca de dois
meses, foi um cancro.
Às famílias enlutadas apresen-
ta «O Renovador» a expressão
sentida do seu muito pesar.
Manta de Retalhos
agora no primeiro plano das atenções
mundiais, —regista-se que os países
subdesenvolvidos ou em via de de-
senvolvimento, que contam o dobro
da população dos países industrializa-
dos apenas consumiram um sétimo
da energia produzida no mundo.
Sociedades de consumo, de maior
ou menor consumo, do mais judicioso
ou mais absurdo consumo, são hoje
todas as sociedades. E ainda não se
viu .vnenhuma que não o quisesse ser
cada vez mais.
Portugal possui, presentemente,
boas reservas
de fontes básicas de energia
Segundo um editorial da revista
«Electricidade» — e no que respeita
apenas ao território português da
Europa, o balanço energético de 1972
(Instituto “Nacional de Estatística)
aponta as seguintes preferências rela-
tivas dos consumos, pelas várias for-
mas de energia:
Combustíveis líquidos: 7172%.
Electricidade: 13,37%.
Propano e butano: 6,19%,
Carvões: 6,07%.
Gases: 2,66%.
Total: 100%.
No espaço nacional referido, os
«consumos líquidos» de produtos de
petróleo atingiram nesse ano 4097 019
t e importaram-se 4364 031 t de ra-
mas.
Não temos presentemente os ele-
mentos que permitam apresentar um
quadro comparativo equivalente em
relação ãos consumos de Angola e
de Moçambique. Temos, porém, por
segura a presunção de que os valo-
res relativos se afastam bastante do
condicionalismo observado na Metró-
pole. Todavia, a consideração global
do que se reporta a todo o espaço
nacional não altera a feliz posição
das reservas de fontes básicas de
energia em território português rela-
cionadas com as preferências e pers-
pectivas dos consumos.
O ano de 1974 será o
ano mund’al da população
No ano 2000, e segundo estima-
tivas da ONU, a população mundial
atingirá cerca de 6500 milhões de
habitantes, que se distribuirão do
seguinte modo: Ásia, 3777 milhões;
Europa, 568 milhões; U.R.S.S., 330
milhões; África 818 milhões; América
do Norte, 333 milhões; América Lati-
na, 652 milhões; Oceania, 35 milhões.
Em meados de 1970 a população
mundial, de acordo com a mesma
fonte, era de 3706 milhões de ha-
bitantes, assim distribuídos; Ásia,
2104 milhões; Europa, 466 milhões;
U.R.S.S., 145 milhões; África, 354
América do Norte 229 mi-
lhões; América Latina, 291 milhões;
Oceania, 20 milhões.
No ano 2000 a população mundial
será quatro vezes superior à que era
António Mendes Barata
AGRADECIMENTO
Maria Ângela Amaro e Fi
lhos, de Casalinho, na fregue-
sia de Sobral, do concelho de
Oleiros, agradecem muito re-
conhecidamente a tódas as pes-
soas que tiveram a bondade
de os assistir na sua grande
dor e de acomponhar à sua últi-
ma morada seu querido marido
e pai António Mendes Barata,
falecido no dia 26 de Dezembro,
na sua residência do Casalinho.
em -princípios do século XX. Nos 30
anos que faltam ela aumentará 2900
milhões de pessoas.
E a todos eles será necessário ali-
mentar, vestir, alojar, instruir, colocar
em empregos.
E é de assinalar que do aumento
referido, cerca de 2500 milhões irão
engrossar a já densa população dos
países chamados do terceiro mundo
ou em vias de desenvolvimento.
O aumento da população mundial
levanta problemas graves que uns
consideram uma autêntica calamidade
e outros apenas uma esperança que
é preciso estudar convenientemente.
Esses problemas irão ser estudados
em profundidade no ano de 1974.
A vila e freguesia
de Álvaro
Continuação da 4.º pâg.
cios a freguesia de Alvaro virá
a agradecer —muitos melhora-
mentos. E outros que seria mo-
roso enumerar e que mais te-
riam feito se alguns conforta-
velmente instalados nos assen-
tos que conquistaram há muito,
não lhes entravassem o passo
e o entusiasmo.
Muito há a esperar do novo
Presidente da Junta de Fregue-
sia, José Cristóvão que, substi-
tuiu o anterior talvez saturado
pelos muitos anos que passara
no cargo, e não podia, apesar
da «reconhecida» boa-vontade
que o animava fazer mais ou
interessar-se por mais.
O povo, eterna vítima, é que
precisa de mais. E ninguém, se-
ja sob que pretexto for, pode
negar uma mínima parte do
esforço que lhe deve, para sa-
tisfazer ou, pelo menos tentar
satisfazer, os seus legítimos an-
seios.
Enumeramos alguns: abaste-
cimento de água ao domicílio;
electrificação dos lugares ainda
não abrangidos; construção da
ponte sobre o Rio Zêzere que
ligue a freguesia à Pampilhosa
(aspiração tão antiga e tão le-
gítima pelo bem que traria a
tanta gente!); caminhos e es-
tradas que estão ao abandono
e carecem de reparações de to-
da a ordem.
Não haverá alguém na fre-
guesia suficientemente novo, ca-
paz, activo e não-saturado (ou
não atingido pelo pó da indife-
rença) que se arvore em repre-
sentante do povo e clame ordei-
ramente pelos seus direitos?…
Em ÁAlvaro é grande a reli-
giosidade popular. A festa
maior da freguesia, a do Pa-
droeiro, S .Tiago Maior celebra-
da no 4.º Domingo de Agosto,
testemunha-o — eloquentemente.
Todo ele participa activamente
com um fervor notável. Mas,
noutros tempos, ela manifesta-
va-se talvez mais ainda e de
uma forma bem mais simples:
a tradicional reza do “Terço.
Após o sol posto e acabada a
ceia, vinha cada um para o seu
portal ou janela e em pequenos
grupos entoavam conjuntamen-
te o terço em voz bem alta,
cantando.
Em Álvaro nasceu um advo-
gado ilustre que deu nome a
uma das ruas de Lisboa: o Dr.
Adriano Antão Barata Salguei-
ro.
Corroios, a 12-12-1973.
O RENOVADOR É O SEU JORNAL
ASSINE-O
E ENVIENOS NOVAS ASSINATURAS
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5 de Janeiro de 1974
O RENOVADORK
Página 3
Notícias Pessoais
António da Mata
Tivemos — oportunidade de
cumprimentar na Sertã, nas
vésperas do Natal, o nosso que-
rido amigo, senhor António
Aparício da Mata, conceituado
industrial, dos Envendos, que
com sua esposa, senhora D. Ma-
ria Cristina Caldeira Ribeiro de
Matos Neves da Mata, esteve
nesta Vila de visita a sua famí-
lia.
Desejamos-lhe um novo ano
cheio de prosperidades.
Eng.º Pedro Niny dos Santos
Mais uma vez passou na Ser-
tã a época do Natal este nosso
muito prezado amigo, em com-
panhia de sua esposa, senhora
D. Maria Teresa Portugal Du-
rão de Carvalho Leitão e de sua
sogra a senhora D. Irene de
Portugal Durão.
Fazemos votos por que te-
nham um ano de 1974 à medi-
da dos seus desejos.
Leonel Ferreira Barreto
Encontra-se na Sertã em casa
de seus pais, o nosso prezado
conterrâneo, senhor Leonel Fer-
reira Barreto, conceituado co-
merciante no Lobito.
Boas férias.
Mário Farinha Nunes
Partirá em breve em missão
de soberania, para Moçambique
Já se encontra
parclalmente construída
a casa do
João Gonçalves
de Roda — Oleiros
Como já anunciámos, em 3 do
mês findo de Dezembro inicia-
ram os trabalhos de construção
da casa em referência.
Porém, dias antes da quadra
natalícia os trabalhos interrom-
peram para, prosseguirem, se-
gundo declaração dos pedreiros,
depois da dita quadra festiva.
Presentemente, a obra encon-
tra-se praticamente pronta a
receber o telhado e a entrar na
fase dos acabamentos.
Afinal, ao que parece (e gra-
ças a Deus por isso) a obra não
irá ficar por acabar por falta
de fundos, como chegámos a
dizer no nosso último artigo
que, felizmente, por outro lado,
não foram palavras lançadas ao
vento.
Do senhor José Esteves Gar-
cia, de Oleiros, recebemos
1000$00; do sr. António Gui-
marães Andrade da Silva, 3008;
do sr. Cônsul António Robert
Thiele, 100$00.
E, com a graça de Deus, a
campanha continua…
R. G
que o nosso prezado assinante
senhor Mário Farinha Nunes
que veio a casa de seus pais no
Salomão (Sertã) passar uns
dias de férias.
Fazemos votos pelo regresso
feliz deste brioso militar.
Baptizado
Realizou-se no Domingo ante-
rior ao Natal na Sertã, o bapti-
zado do pequeno Rui Pedro, fi-
lho de Rui Manuel Barata Fa-
rinha e de sua esposa a senhora
D. Maria Teresa Ferreira Bar-
reto, residentes em Lisboa e
neto dos nossos amigos, Alberto
Santos —“Barreto e António
Francisco da Silva e respectivas
esposas.
Ao novo filho da Igreja e a
seus pais e avós auguramos as
maiores felicidades.
Louros
da Recompensa
Vim da noite
Quente
É fria
Dos tempos ainda mtormes.
Dos pensamentos
Arrastados nas arribas pela
aragem
Rodopiante do mar
Vagas de memórias
Num roiar suave,
Que em mim dormem
Penosamente transformando
O mundo gigantesco,
Não me corroem nostalgias
Do caos que por vezes desperta.
À terra chaguente,
Que me é própria,
Cheia de lugares recônditos,
Estronha,
— Pouco forasteira,
Expatriada pelo espectro
De medrosos e paralíticos
Levo-lhes bálsamo,
Pão
E água
Recolho, dos loucos
Desenraizados,
Cicatrizes,
Grandes cicatrizes,
Que são louros
Da sublime recompensa.
José Marçal
Furriel Miliciano
Fernando da Gonceição
Santos Pedro
Em missão de soberania, par-
tiu para o distrito do Moxico,
em Angola, o furriel miliciano
Fernando da Conceição Santos
Pedro, filho do nosso estimado
assinante e amigo José dos San-
tos Pero, residente em Agualva-
-Cacém.
Desejamos-lhe as maiores fe-
licidades.
Manuel Mendes Murtinho
Júnior & Irmão
EMPREITEIROS
Fornecedores de materiais
Encarregam-se de todos os trabalhos de calcetamento de
granito, calcário, vidraço a branceo ou incluindo qualquer dese-
nho, xisto, etc. com caixa, mão de obra e transporte.
ANSIÃO — Telefone 78
de construção e outros
Conselhos úteis
MASTIGAR BEM OS LÍQUIDOS
E BEBER OS SÓLIDOS
Pelo Dr.
Martiõez de Almendro
Sim, não há engano! É exacta-
mente isto que quero recomen-
dar-vos. Os líquidos devem ser
bebidos a pequenos goles, como
fazem os pássaros. Conservem o
líquido na boca, mastigando-o
para o ensalivar cuidadosamente.
Não se deve esvaziar um copo,
ou uma chávena, duma vez, mas
em pequenas porções, sem pres-
sa. E os sólidos devem ser mas-
tigados com tal minúcia que, na
boca, se transformem em líquido
e, só então, devem ser engolidos.
Não se deve encher muito a bo-
ca para que este trabalho seja
mais perfeito. O pão deve ser
mastigado até se tornar adoci-
cado, sinal de que o amido já
principiou a ser sacarificado pela
ptialina da saliva.
A mastigação perfeita, comple-
ta, é indispensável para se gozar
saúde. Não devemos engolir os
alimentos sem mastigar, porque
não temos papo como as aves,
nem moela para desfazer o que
comemos. Não devemos tragar
como os animais carnívoros, que
têm suco gástrico tão forte que
digere tudo, até os próprios os-
sos./ Pois os carnivoros necessi-
tam comer ossos, para obterem
o cálcio indispensável ao equili-
brio fisiológico, cálcio de que a
carne é desprovida. Por isso, as
pessoas que se alimentam predo-
minantemente de carne (mas
não comem os ossos!) andam
sempre tão excitadas, tão nervo-
sas, têm dentes cariados e doen-
ças nos próprios ossos agora tan-
to em voga, como osteoporose,
bicos de papagaio, vértebras gas-
tas, artritismo, etc., que atacam
o esqueleto e as articulações de
tanta gente.
Mas também não devemos ru-
minar como os bovinos, pois o
nosso aparelho digestivo é muito
diferente do deles.
‘A digestão, para nós, começa
na boca. Na boca temos dentes
e seis glândulas salivares. Os
dentes incisivos servem para cor-
tar, Os caninos para prender, e os
molares destinam-se a triturar, a
moer como mós que são, a des-
fazerem o mais possível o que
entra na boca, antes de descer
para o estômago. Com o movi-
mento dos maxilares, a saliva vai
embebendo o bocado, e os hidra-
tos de carbono (farináceos, ami-
dos, féculas, açúcares) recebem
aqui a sua primeira transforma-
ção química. ‘As proteínas e as
gorduras não começam a ser digeridas na boca, mas devem ser
bem desfeitas pela mastigação
para facilitar o trabalho do estô-
mago e dos intestinos, onde elas
são desdobradas em moléculas
mais simples. Quando os alimen-
tos se tenham liquefeito na boca,
estão nas devidas condições para
serem engolidos. Não é preciso
chegarmos ao exagero da rapa-
riga japonesa que bateu o «re-
cord» da mastigação prolongada,
mastigando um simples bocado
de cebola 1 200 vezes antes de a
engolirl…
A mastigação correcta, além
de ajudar os órgãos digestivos
do ventre, tem a grande vanta-
gem de absorver toda a vitalida-
de que o alimento nos pode for-
necer. Mastigando mal, parte
dessa preciosa energia vital é
desperdiçada pois o organismo
não poderá assimilá-la. Essa
energia etérica é absorvida pelos
nervos da língua, dos dentes e
da boca. E os nervos conduzem-
-na aos plexos, ou centros, onde
é armazenada e depois distribuí-
da por todo o organismo. Um
desequilíbrio na distribuição des-
ta energia nervosa dá origem ao
mau funcionamento dos órgãos
e às doenças mais variadas.
Menos quantidade de alimen-
to, bem mastigado, produzirá
muito melhor efeito que grandes
empanzinadelas, Comendo muito
estragamos tudo. Os órgãos não
conseguem digerir, cabalmente,
grandes porções de alimentos.
Estes só em parte serão digeri-
dos e mal, originando, por isso,
produtos de degradação incom-
pleta, intoxicantes do sistema,
dando origem a prisão de ven-
tre. Assim, os resíduos mal dige-
ridos permanecerão estagnados,
sem serem expulsos dos intes-
tinos, ou sê-lo-ão só em parte,
com todos .os inconvenientes das
auto-intoxicações e das doenças
crónicas daí resultantes.
Por isso, a primeira regra para
ter saúde é: Meter porções pe-
quenas na boca. — Segunda re-
gra: Mastigar até liquefazer os
alimentos na boca. — Terceira
regra: Não comer demais, porque
o excesso não é aproveitado e
intoxica o organismo.
Em resumo: Moderação e nada
de comer à pressa.
A gula é um pecado mortal.
E a pressa é inimiga da perfeição.
(De «Região de Leiria»)
Mais uma Aldeia que definha
Continuação da 1.º página
idealismo turístico e o bom gosto
do Presidente Baptista Mendes
ali mandou construir.
Rodeado o cerro, o acesso a
Milreu faz-se por um quilómetro
de caminho municipal outrora
macadamizado mas em péssimo
estado de conservação. As vale-
tas desapareceram ante os des-
moronamentos das barreiras. As
enxurradas causaram regueiras
por onde é difícil transitar.
Ao lado da via, pinhais limpos
de mato, mas bastos como cen-
teio de palhada.
E pensamos — estará esta
gente bem elucidada sobre as
vantagens evidentes do desbas-
te para melhor produção da ma-
deira?
Milreu dá-nos as boas-vindas
num plaino desafogado onde se
ergue, elegante e moderna uma
capela recente. Do outro lado,
a escola de duas salas, também
de construção pouco recuada.
O caminho empedrado conti-
nua à esquerda, para Norte, sem-
pre sem valetas, atravessando a
aldeia. À direita, casas simples
desalinhadas, entremeadas de
quintais.
Não se vê uma pessoa na
placidez da tarde luminosa de
inverno. Silêncio absoluto. Onde
Escrevem os nossos leitores
Continuação da 4º’ pag.
ainda nada nos foi possível
obter dos melhoramentos por
ele sugeridos, como as ruas cal-
cetadas, a estrada, a energia
eléctrica. Será porque a Câma-
ra Municipal não tem dinheiro?
Talvez sim. Mas talvez não só.
Vamos lutando para ver o que
consegumos. A união faz a for-
ço. É isso que não acontece na
povoação do Vale de Souto
Não há dúvida que o sr. José
Lopes Martins tem-se visto in-
teressado pela sua terra que
conquistou há poucos anos.
Manuel de Jesus Martins
Contas das Festas
da Fundada
Ex.Ӽ Senhor
Director de «O Renovador»
Pedia a V. Ex.º para publi-
car, se assim o entender, o que
aqui vai escrito, para conheci-
mento dos Fundadenses resi-
dentes noutras terras, mas que
gostam de saber notícias da sua
querida Fundada.
O tesoureiro das Festas da
Fundada que exerceu a missão
nos últimos quatro anos entre-
gou as respectivas contas ao
Rev.º Pároco.
RECEITAS:
Saldo das Festas 68.000$00
Outros recebimentos 24.000$00
Soma 92.000$00
DESPESAS:
Obras no coreto 13.477$00
Aquisição de 36 me-
sas, obras na casa
paroquial, — bancos
para a igreja, al
faias, pagamento ao
sacristão, etc- 52.000$00
Depositado no
BLESSC l 32.000$00
Entregue ao pároco — 8.000$00
Com os meus respeitosos
cumprimentos e desejos de
Boas-Festas do Natal e Amo
Novo,
José Mendes Laranjeira
estará, pergunto a mim mesmo,
a gente que habitará a mais de
meia centena de casas da povoa-
ção?
O carro busina como que a
chamar quem, acaso possa estar
sentado ao sol gozando o repou-
so dos setenta anos. E aparecem,
aqui e além figuras arrepiadas de
velhos calmos e um que outro
moço tímido, de mãos nos bol-
Sos a ver o que passa.
O silêncio oprime, como se a
solidão tivesse ali instalado o seu
arraial de tristeza.
O diálogo estabelece-se com
brevidade ante as primeiras pes-
Soas que aparecem.
Milreu é uma desolação. Não
tem abastecimento de água. As
diligências por diversas vezes
efectutadas no sentido de trazer
o precioso líquido canalizado, por
gravidade desde os montes mais
próximos, não deram resultado.
O povo abastece-me de uma pe-
quena bica, situada a meio da
encosta, de acesso penoso e
distante.
As ruas mereciam calçada e
alargamento para que os veícu-
los pudessem aproximar-se de
muitas das habitações.
Por cima das nossas cabeças
vemos cabos eléctricos. Em mui-
tos dos postes, porém, os braços
de iluminação pública estão par-
tidos e sem lâmpadas. Há cinco
anos que foi estendida a rede na
esperança de a respectiva ener-
gia por ela correr. Em vão.
A humildade e o espírito de
sacrifício da população aguardam
pacientemente a chegada para
Março próximo. Será?
Seixos rolantes miúdos e lisos,
poças de água escura das chuvas
e das pocilgas fazem-nos acaute-
lar na travessia das ruas.
Um anúncio berrante do gás
Cidla dá-nos a única sensação
de que também ali chegaram os
produtos da civilização. Mas o
estabelecimento está fechado.
Durante quase uma hora que
ali estivemos, vimos apenas 8
pessoas. AÀA povoação dizem-nos
que terá uns 60 fogos. Alguns
sabemos trabalharem fora, no
negócio.
E partimos. Pelo caminho mu-
nicipal de desvio da estrada na-
cional. As chuvas fizeram nele
barrocais e regueiras. Caminha-se
com dificuldade. Em pleno inver-
no não será possível transitá-lo.
Mas, mais uma vez, a esperan-
ça: — 100 contos de compartici-
pação estadual deverão ser gas-
tos brevemente naquele caminho.
Milreu fica-nos já para trás.
Ali no extremo do Distrito de
Castelo Branco, junto ao mira-
douro do Penedo Furado uma al-
deia a definhar. Por quanto tem-
po ainda?…
J..A.
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Página 4
ESCREVEM
É preciso concluir
o alcatroamento
da estrada
do Sobral (Oleiros)
Pontinha, 18 de Dezembro de
1973
Ex.”* Senhor Director
do jornal «O Renovador»:
É com o maior apreço, que
todas as semanas, ansioso espe-
ro o nosso jornal, para por al-
guns momentos sobre ele, re-
Tlectir e poder então saber al-
8o, das nossas sempre queridas
terras
Sou natural do Sobral . de
Baixo, aldeia. que, a meu ver,
está sob o esquecimento de tu-
do e todos, relativamente a
quanto por ela deviam procu-
rar de bem fazer. Não é só al-
deia, mas também sede de fre-
guesia com algumas localida-
des vizinhas. Uma localidade
que não é das menos transita-
das do concelho de Oleiros e ca-
be-me dizer que muito mais se-
ria, se realmente estivesse con-
cluído, o que há muito, quem
de direito começou. Mas, por-
que o sr. Presidente Alfredo
Fernandes, foi a meu ver, infe-
lizmente excluído do cargo, que
havia já muitos anos desem-
penhado com a maior das afei-
ções, caiu tudo isto no esque-
cimento.
Estou a referir-me ao melho-
ramento mais necessário da fre-
guesia. do Sobral, que é, sem
dúvida, a meu ver, o resto do
alcatroamento da estrada desta
freguesia, numa distância de
dois mil e quinhentos metros,
(o que falta alcatroar).
Venho aqu pedir e creio que
o meu pedido, não cairá no es-
quecimento. Digo não cairá,
visto que temos mo te de-
sempenhado o seu bem mereci-
do cargo, o nosso sempre dese-
jado sr. Presidente Alfredo Fer-
nandes.
Ele irá, por certo, debruçar-
-se, sobre o resto do alcatroa-
mento da nossa e sua também
querida terra.
Com os meus respeitosos
cumprimentos, subscrevo-me
com elevada consideração,
José Alberto da Silva
Cumprimentos
de Boas-fFestas
a O Renovador
Agradecemos e retribuímos
com muito prazer os votos de
Boas-Festas que recebemos dos
nossos amigos e assinantes:
Reitor do Seminário Liceal
das Mssões, de Cernache do
Bonjardim; José Barata do
Alto e António Manuel dos
Reis, de Lisboa; António Alves
Martins e Raul da . Graça de
Oleiros; Manuel “Marques Ta-
borda, de Castelo Branco; Com-
panhia Viação Cernache, Ld”;
José Luís Fabião Baptista, de
Cebolais de Cima; Ernesto. An-
tónio Farinha, de Luanda; Au-
gusto. Gonçalves, de Lisboa;
CarlosAmílear Dias, de Luan-
da; José Ferreira Lima, de
Carmona; João Luís, do. Hotel
Palácio de Seteais, Sintra; da
Direcção do Grémio do Comér-
cio dos concelhos de Sertã,
Proença-a-Nova, Oleiros e Vila
de Rei; da Ala Regionalista da
Freguesm. do Troviscal; de Jo-
Mendes, de Cor-
rouos, de João Custódio, de Lis-
boa, e Alberto Pessoa dos San-
tos Salgueiro, de Almada.
O RENOVADOR
5 de Janeiro de 1974
0S NOSSOS LEITORES Várzea de Pedro Mouro
uma Áldeia que continua…
Visita de
emigrantes
Madeirã, 26-12-73
Ex.Ӽ. Senhor
Director de «O Renovador»
Nesta quadra tão festiva que
todos os anos se repete, é sem-
pre com prazer que vemos che-
gar à nossa Madeirã os amigos
espalhados pelo Mundo. An-
dam por longes terras a gran-
gear a sua vida, mas não es-
quecem a terra natal, os fami-
liares e amigos.
, Este no, como nos anos ante-
riores, cá tivemos a visita de
e contamos que venham
de novo para a festa do Senhor
Jesus, do Vale Terreiro- Ele,
que a todos ajuda, bem merece
a vossa visita.
Aproveito a oportunidade pa-
ra enviar à V. Exº e sua Ex.”º
Família, assim como a todos
os que trabalham em «O Reno-
vador», votos de um Ano Novo
muito próspero.
Com os meus cumprimentos,
subscrevo-me, amigo mt.º cer-
to,
Venâncio Fernandes Mendes
De Elvas
para Vale do Souto
(Oleiros)
Ex.””º Senhor
Director de «O Renovador»
Como militar a cumprir o
meu dever cívico e assinante do
vosso jornal, lembro-me de me
dirigir a «O Renovador» paro
agradecer ao nosso estimado
amigo José Lopes Martins por
Várias vezes se ter lembrado da
nossa terra. Até ao dia de hoje
continua na 3.º págma
A Vila e Freguesia
de ALVARO
Alvaro é, juntamente — com
Oleiros, uma das mais antigas
povoações de toda a nossa re-
gião. Quando da doação de D.
Sancho 1, em 1194, ainda não é
nomeada. No entanto, em 1345
já é motivo de demanda entre a
Ordem de Malta e a Coroa, ga-
rantia de que já nessa data era
importante. É o próprio Comen-
dador da Ordem quem aparece
lá «pedindo às justiças da Vila
Por
JOSE DOMINGUES MENDES
que atestassem ser esta da Or-
dem de Malta». D. Fernando
confirma a sua posse à referida
Ordem, em 1381. Contudo, uma
carta de D. Afonso V, datada
de 1449 declara-a —de Gomes
Martins de Lemos. E o mesmo
rei a chama à coroa em 1456,
para logo em 1457 a confirmar
de novo a Gomes Martins de
Lemos.
Teve grave demanda com a
Covilhã, juntamente com Olei-
ros e pelos mesmos motivos. Só
D.. Manuel os sanou com foral
em 1514 que veio reafirmar a
independência da Vila. “Tinha,
então, 3 freguesias: Amieira,
“ Sobral e Madeirã.
Finalmente, por Decreto de
9 de Março de 1836 foi extinto
o seu concelho e a vila integra-
da no de Oleiros, como fregue-
sia.
A origem do topónimo é cu-
riosa, como no-lo conta a tra-
dição, segundo Frei Lucas de
Santa Catarina: certo cavaleiro
fez Casa e Castelo no cimo da
colina em que se encontra a
Vila, quando da expulsão dos
mouros que dominariam a re-
gião. Depois destes definitiva-
mente expulsos teria deixado os
seus haveres a um criado, de
nome Álvaro Pires, incumbindo-
-o de povoar o sítio. E deste
‘veio o nome à terra.
. À história é talvez, tão im-
provável como à permanência
dos mouros na região. No en-
tanto, não deixa de ter possi-
bilidade histórica pois se não
é provável a permanência dos
mouros, é-o, pelo menos, a sua
passagem mais ou menos for-
tuita ou demorada.
Está situada a 12 km de
Oleiros entre Machio e Pam-
pilhosa que a limitam a norte;
Oleiros,’ a sul; Amieira a nmás-
cente; e, a poente Sobral.’
Em 1960 tinha 1318 habitan-
tes, segundo o censo então ofi-
cialmente realizado. Hoje tem
cerca de mil.
Como nas demais freguesias
há muito que realizar para aten-
der às necessidades do povo.
Mas, aqui, alguns homens têm
desempeuhado papel muito sé-
rio na luta por esse objectivo
e mereceram já a alegria de
algumas realizações. Lembra-
mos o pároco, Rev.º P. Marti-
nho Lopes Lourenço, que enri-
queceu extraordinariamente a
Igreja com aquisição de novas
e hboas alfaias litúrgicas; o gru-
po residente em Lisboa e que
se associou sob a designação de
«Os Unidos da Freguesia d’Al-
Varo» a que f preside um dos
fundadores, o sr. João Fernan-
des Correia e a cujos 100… só-
Continua na 3.º página
Continuação da 1.º página
pessoas. Quarenta e dois casais. Al-
guns bastante jovens. Contrariamente
ao que sucede na maioria das aldeias.
Até na aldeia ma’s populosa a quatro
quilómetros — daquela, erguida pela
Junta de Colonização Interna e pelo
Centro de. Assistência de Cernache
do Bonjardim, a Aldeia-Piloto, Porto
dos Fusos.
Boa gente aquela, Paciente, sofre-
dora., Tem água abundante para abas-
tecimento público. Mas só um fonte-
nário. Pelas ruas espraiam-se, no in-
verno, às chuvas torrenciais descidas
da encosta da serra da Mendeira
Não passam por ali, senão carros de
bois. Os ‘veículos motorizados, com
excepção das motoretas, têm de ficar
à entrada do povoado que se esten-
de quase em anfiteatro, por uns bons
500 metros.
A escola foi recentemente arranja-
da. Uma sala com quatro pequenas
janelas de pouco pé direito, mas so-
frivelmente funcional. 20 alunos das
quatro classes. A professora, vinda
das bandas da Guarda, com 18 anos,
verdes e citadinos, percorre, sem
azedume, a pé e todos os fins de se-
mana a distância que a separa da
estrada nacional onde passa a car-
reira. Apenas, de vez em quando,
vai até à vizinha povoação da Men-
deira onde convive com uma colega.
Todo o problema da Várzea de Pe-
dro Mouro é uma estrada, a estrada
pelo menos maácadamizada que per-
mita aos seus habitantes sentirem-se
menos isolados, mais perto da sede
de freguesia e do concelho. É quase
só o que pedem, por enquanto.
Mas merecem muito mais. Sobretu-
do, o que não ficaria caro, mais uns
fontenários que lhe pusessem a água
potável mais junto de suas casas. E
calçada, para não andarem a saltar
de pedra em pedra pelas ruas que
servem de leito de correntes cauda-
losas.
E terão a estrada. A Câmara Mu-
nicipal da Sertã deliberou em sua
reunião de 4 de Dezembro, mandar
proceder à elaboração do competente
projecto que, partindo de Porto dos
Fusos até onde foi recentemente
construído com bom traçado um ca-
minho municipal, atravesse por Men-
deira, Mercador e outros lugarejos
onde alveja aqui e além uma casa
perdida entre os pinhais.
Arranjo do Caminho para a
Serra da Milriça
Alguns : turistas se nos têm
queixado de que o acesso des-
de a E N. n.º 2 até ao cimo da
Serra da Milriça, que uma pla-
ca mandada colocar pela Direc-
ção de Estradas do Distrito de
Castelo Branco, indica ser o
Centro Geodésico de Portugal,
é extremamente precário. O
automobilista que convidado
pela placa ali tente subir, vê-se
em apuros não para chegar ao
pico, que não conseguirá senão
de «Jeep», mas mesmo para
voltar à meio do caminho.
Trata-se, assim de uma ar-
madilha que não favorece de
modo algum o turismo da nos-
sa região.
Não poderá a Câmara Mu-
nicipal de Vila de Rei mandar
oonstruír outro traçado menos
e emais consentâneo
com a beleza do lugar. Não nos
parece que seja obra de vul-
toso encargo. Mas é sem dúvi-
da urgente que seja feita antes
da. próxima Primavera,
: Construção de Caminhos
A Câmara Municipal de Vila
“de Rei vai receber a participa-
ção do Estado para a constru-
ção de novos camnhos munici-
pais: o da Borda da Ribeira
que importa em 392700800 e o
de Casal Novo, cujo montante é
de 323 000$00. (E.)
Todo o ponto está em saber quan-
do será possível a sua construção.
O traçado deverá seguir pela picada
ou estradão florestal aberto com vi-
são limpa pelos Serviços Florestais,
no Verão passado. E interessava . que
uma das etapas de construção fosse
suprimida. Elaborado o projecto, obter
a respectiva comparticipação do Es-
tado imediatamente; para, o alcatroa-
mento Ou, pelo menos, para o empe-
drado. Se assim não for, aquela boa
gente continuará ainda por largos
anos isolada arrastando uma existên-
cia penosa, até com dificuldades no
transporte dos seus mortos para o
cemitério de Cernache do Bonjardim.
A boa vontade da Câmara Munici-
pal, da Junta de Freguesia e do Pá-
roco são garantia de que a Várzea
de Pedro Mouro, uma aldeia que quer
continuar a existir no mapa, quanto
possível com melhoria das suas con-
dições de vida em pleno terceiro
quartel do século vinte, há-de ver
satisfeito o seu maior anseio de sem-
pre: — a construção de uma via de
acesso até à estrada nacional n.º 238,
que a levará à sede de freguesia e
de concelho.
Escola
Industrial
da Sertã
NÚCLEO DE ACTIVIDADES
DESPORTIVAS
Campeonaio de corta-mato escolar
Fase Distrital — Castelo Branco
Femininos
Infantis — 1.º classificado —
Maria Isabel Farinha Simão, Es-
cola /Preparatória, Sertã.
Iniciadas — 1.º classificado —
Isilda de Jesus Gonçalves — Es-
cola Técnica da Sertã.
Juvenis — 1.º classificado —
Maria Isabel Leitão Ruivo — Es-
cola Técnica da Sertã
Fase Nacional — Viseu
Indicam-se a seguir as melho-
res classificações dos represen-
tantes do Núcleo da Sertã, no
Campeonato Nacional Escolar de
Corta-Mato.
Infantis — 4º classificado
(cqm medalha) — Maria Isabel
Farinha Simão — —Escola Prepa-
ratória da Sertã.
Iniciadas — 6.º classificada —
Isílda de Jesus Gonçalves — Es-
cola Técnica de Sertã.
A professora responsável
Núcleo
pelo
Maria Fernanda Silva
A Santa Casa da Misericórdia da Sertã
hensa consiruir brevemente
com o dinheiro do Legado instituído
pelo falecido Gomendador
José Farinha Tavares
ulgumas cosas pora famílios
economicamente débeis
Cumprindo a vontade do tes-
tador de que a Santa Casa te-
nha um rendimento permanen-
te e certo para poder conti-
nuar a sua acção beneficente, a
Mesa da Santa Casa da Miseri-
córdia pensa construir nos ta-
1hões legados pelo Comendador
José Farinha Tavares, junto ao
Bairro que foi de sua iniciati-
va, e tem o seu nome, um novo
conjunto de habitações para
pessoas de economias mais dé-
beis, aproveitando o preço em
dinheiro da demissão da pen-
são pelo mesmo : instituída.
O problema está a ser estu-
dado e estamos certos de que
irá ser acelerado agora que de
modo nenhum convém manter
durante muito tempo o dinhei-
ro depositado a desvalorizar-se.
