Gazeta das Províncias nº63 16 08-1900

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Eb

CERTÃ E Quinta-feira
. ASSIGNATURA. )
CERTA, mez, 400crs. FÓRA DA CERTA, trimestre, 330 15. AFRICA, semestre, 4$000 25. BRAZIL, semesire, 25300 rs. Namero avulso, 30 18,
“Poda & correspondencia dirigida é Administração, R.Sertorio; 17. Osoriginaes tecebidos não se devolvem
Ernesto Marinha — Birector
No corps do iozaal, cada linha 80 rs. Anúncios,
ad TARA PA
têm o desconto de 25 0/9. Esta folla-6 impressá na Typ- da Gazeta das Provincias, Certã.
SEMANARIO INDEPENDENTE
PUBLICAÇÕES
Ep
40 rs. à linhaRepotição, -20 rs. a linha, Pormanontes, preço convencional; 05 srs. assignante
Augusto Rossi — Editor
==— ===
Expediente
Aos nossos estimaveis assignantes da
Africa e Brazil, pedimos a fineza de nos
salisfazerem a importancia das suas as-
signaturas relativas ao 1.º anno.
Prevenimos tambem os nossos esti-
maveis assignantes de continente que va-
mos começar com a cobrança do 4.º
semestre do 2.º anno, esperando dever-
hes a fineza de nos satisfazerem a im-
-portancia das suas assignaluras, O que
desde já agradecemos.
Toda a correspondencia
este jornal deve serdirigidaa Emesto
de Sande Marinha
J0G0 DE AZAR
As ordens do governo contra as lavo-
lagens estão-se cumprindo em – todo o
paiz, não obstante uma ou outra debil
voz quo se levanta a delendera causa
dos baloteiros.
Relativamente ao jogo clandestino,
tambem estão tomadas providencias pa-
ra se lhe não dar quartel.
Folgamos com esta altitude correcta
e energica do governo. Os grandes be-
neficios que hão de resultar da repres-
são do fogo de azar, só mais tarde é que
se poderão apreciar.
Medida enssencialmente moralisadora,
se ataca os interesses dos banqueiros e
das emprezas, que do jogo só viviam,
defende e salvaguarda a tranquilida-
de, a fazenda, e até honra de numero-
sas familias. Alem d’isto, que é muito,
extinguindo de vez esse Lerrivel cancro
social, estimulo de vicios e crimes, cha-
ma ao trabalho licito e honesto muitos
individuos que levaram uma vida | cra-
pulosa à sombra do Jogo.
Já se veem muitos d’esses
relativa a
homens,
meio alquebrados pelas vigilias e pelas.
fortes emoções dos palpitos, maldizerem
o seu passado e procurarem quaesquer
occupações em que possam angariar
honradamente os meios de subsistencia.
E’ o primeiro triumpho obtido | pela,
civilisadgra providencia do actual gabi-.
nete.
Q illustre ministro do reino, segundo
sabemos, não admilte à sua presença
quassquer solicitações dos-defensores do
jogo; e as ordens que tem communica-
do ás respectivas auctoridades adminis-
tralivas, haduzem uma inquebrantavel
resolução de não recuar um passo sequer
na encetada campanha. Este
duma absoluta intransigencia, tem ae-
ção vivificante e consoladora no; espim-
to publico, tão habituado ás indecisões
o fraquezas dos nossos governantes.
aprumo, :
tm
ECHOS DA SEMANA
4>—Foi nomeado administrador d’este con-
celho, osr. dr, Guilhera.e Nunes Marinha.
4—Foi agraciodo com o grau de Cavallei-
ro da Ordem Militar d’Avis,osr.Albano Augusto
de Portugal Durão, tenente da armada.
4>—Foi nomeado administrador, efectivo do
concelho de Villa de Rei o sr. Jose Buptista
dos Santos; e substituto, O st. Mallos e Silva. .,
4>—Fizeram coneurso para O logar de es-
crivão direito, ficando. aprovados, Os DOSssOs
amigos srs. Adrião Moraes David e Carlos
Lacerda. Parabens.
4—Foi publicado o decreto sobre a ex-
propriação de tres parcellas de terreno, pa-
ra a construeção do lanço da estrada distric-
tal n.º 121, Castanheira de Pera, pela povoa-
ção de Reguengo a Leiria e á Marinha Gran-
de, comprehendido entre Va!lougo e Aldeia da
Serra,
4—Chegou a Macau no domingo passado
o crusador “Adamastor, € o transporte , Ca-
zendo” que conduzia a expedição portuguza. |
Bo q pedição portug
gy —
Exames
Fizeram exame de instrucção primaria 2.º
grau, em Thomar, Os seguintes alumnos ma”
triculados na escola elementar desta villa:
Abel da Conceição Ramalhosa, Amadeu da
Cunha Valente, Adriano Rosa Mella, Carlos
Martins, Hermano de Sande Marinhe, Norber-
to Pereira Cardim, e Victor: Antonio Nunes,
Todos ficaram aprovados. havendo a resistar
cinco distincções. aste resultado, é por si só
elequente para demonstrar o zelo e alta com-
pentencia do nosso bom amigo € companheiro
de redacção sr. Thomas Florentino Namorado
que ha mezes apenas tomou à regenecia da
escola d’esta freguezia.As nossas sinceras fe-
licitações.
*
Fez tambem exame de admissão aos lyceus
em Castello Branco, e obtendo distincção, a
menina Piedade dos Anjos. Parabens.
*
Fez acto de pharmacia de 2? classe, em
Coimbra, obtendo a classificação de distinclo
o nosso amigo sr. Accurcio Farinha Campos.
Parabens,
time
“Tiros de dynamito
Na quarta feira um heroe qualquer,
cujo nome ainda se ignora, deitou um
tiro de dynamite na Ribeira Grande,
junto às Regorices, o que produziu a
morte a grande quantidade de peixe.
Fazem mal começarem a abuzar,
pois que as auctoridades administrali-
vas estão dispostas a corrigirem energi-
camente esses desmandos.
ip
Esteve hoje nesta villa o nosso prezado
amigo sr. dr. Augusto Henriques Dovid, de
Pedrogam Pequeno
MUNDO EM FÓRA
Turquia
Conta um jornal de Paris que o sul-
tão da Torquia ficou de tal modo impres-
sionado contra os italianos, após 0 al:
tentado de Monza, que mandou despe-
dir os musicos daquella nacionalidade,
que faziam parte da grande orchestra
imperial.
O sultão tomou horror aos italianos.
Em Pretoria
Segundo a letra de um – lelegramma,
com data de 9 do corrente, enviado de
Pretoria para a imprensa Iranceza, esta-
va alli preparada uma conspiração para
assassinar 08 officiaes ingiezes e raptar
lord Roberts, incendiando depois a ci-‘
dale.
– Execular-se-hia este plano quando-a
oficialidade ingleza estivesse assilindo a
um baile. Às “tropas que estavam — pro-
ximas acudiriam ao Incendio e, entre-
tanto, os quinze conspiradores—que
lantos eram os que machinaram o com-
plot-—destruiriam as munições, os vIVO-
res e ludo quanto pertencesse aos in-
glezes. ;
Porem, como a conspiração gorasse,
dez dos conspiradores cahiram em po-
der do inimigo.
A colonisação na Tunisia
A França pensa em aproveitar a Tu-
nísia, o melhor que as .cirtumstancias
lh’o permitam, constituindo al a pou-
co e pouco um nucleo de colonisação.
O assumpto, que está sendo ainda de-
batido, tem encontrado o applauso de
bastante gente, que se inscreveu já cO-
mo colona.
Manobras em E’rança
Está marcado o praso de 6a 11 de
| setembro para as manobras do 6.º cor-
po do exercito.
As manobras, que consistem especi-
almente em exercicios de conjuncio é
tiro de combate, realisar-se-hão no cam-
po de Chalons.
——— ag em
UNIVERSIDADE
A Livraria França Amado, de Coim-
bra, abriu um escriptorio de negocios
universitarios, encarregando-se de todo
o serviço de matriculas para o proximo
anno lectivo.
Dá na volta do correio todos os escla-
recimentos pedidos.
MARCO POSTAL
meme
(Gorrespondencias particulares)
Sernache, 15.
Chegou do Espinho com sua exm.*
esposa, depois de passarem maquella
praia alguns: dias, o sr. José Diniz da
Silva Mendes muito digno vereador da
Camara Municipal.
—Acham-se em Sernache Sua Ex.
Eminehtissima Arcebispo-Bispo de Por-
talegre nobre Prelado e o exm.º sr. «dr.
Antonio José Boavida, dignissimo Deão
da Sé de Lisboa e superior do Real Gol-
legio das Missões Ultramarinas. Suas
ex.º vieram conceder ordens aos novos
missionarios que em breve seguirão pa-
ra as nossas possessões Ultramarinas em
prol da nossa religião e da patria.
— De visita a esta pitloresca aldeia esti-
veram entre nós no principio da sema-
na os srs. João Henriques da Matta, dr.
Bordallo Pinheiro, Lessa e Alfredo Keil,
de Lisboa; a quem foi oferecido um lau-
to almoço pelo st. Alfredo Victorino.
— Teve logar no domingo passado à cos-
tumada festa a Santa Maria Magilalena,
que constou de sermão e missa cantada,
Urou o rev.” sr. padre Anfonio Serra.
— Algumas familias de Sernache e do
Becco, reunidas em bello convivio pas-
saram todo o dia de terça feira na mar-
gem esquerda do rio Zezere, junto á pon-
te do Valle da Urça. Honve pescaria em
peixe em «magna quantitas» sendo leito-
seguida servido um variadissimo ctau-
to almoço e jantar. Passou-se um dia
agardabilissimo que deixou gratas recor-
dações.
Pedrogam Pequeno, Id.
Diversos affazeres tem-nos impedido
ha tempo, termos dado noticias desta
pittoresca villa; tambem os leitores da
«Gazeta das Provincias» nada tem per-
dido, porque nada tem havido de nota-
vel e de sensação. Do que agora se tra-
ta, é de ir gosar nas praias e nas lher-
mas, e de celebrar com maior ou menor
pompa uma ou outra festevidade. E a-
gora que falamos em festevidades, apraz-
nos dizer, que este anno, alem da pro-
xima e com rasão afamada festevidade de
N. Senhora da Confiança, está projecta-
do fazer-se uma outra à mesma imagem
e logo em seguida à primeira, à expen-
sas d’um devoto piedoso d’esta Lerra,e do
qual se acha obsequiosamento incarrega-
do o sr. Joaquim Henriques Vidigal. A
segunda festevidade constará dos mesmos
elementos que a primeira, isto é, a mes-
philarmonica e igual fogo d’artifício, sen-
do de cada um d’elles encarregados os
| dois habiiississimos pyrothechnicos da@@@ 1 @@@
E=TP2PE EEE NT
Cerã srs. Jose Nunes e Silva e seu it-
mão David Nunes e Silva.
Temos, pois, que esta villa vae estar
em festa por lres dias suecessivos-7-8 e
9 do proximo moz de setembro. Como
é sabido, aquella festevidade, ha uns LO
annos, tem angmentado consideravelmen-
qe: e este anno, a digna junta de paro-
chia, a cargo de quem está a festa, está
“mo propesito de que ella sobre sája ás
dos demais annos: é Lemos a certeza de
«que ha de sobresahir. porque à besta dl
aquella corporação estão cavalheiros
cheios de energia e abnegação.
— Regressou ha pouco a esta” villa O
sr. dr. Augusto Henriques David, que
coneluim este ano à sua formatura tid
facuidade- de direito; consta-nos que vae
fixar s sua restdencir como advogado
e notavio na villa de Pedrogam Grande.
— Regressaram tambem a esta villa
o sr. José Custudio Henriques Vidigal,
e sua exni* familia, que, durante o tem-
po lectivo fixaram a aua residencia em
Cotmbra, para efleitos de educarem seus
estremosos filhinhos. Já Lemos tambem
o prazer de ter em nossa companhia o
sr. Antonio Ferseira Vidigal, que re-
gressou ha-pouco do Norte, onde tinha
ido em viagem de recreio, depois de ter
vindo do Brazil. Vae, por tanto, esta víl-
la voltando ao seu auge de esplendor
que ia definhando com a auzencia dos
seus mais circumpectos habitantes. Fal-
ta agora que regresse dos banhos no
Rio Zezere, a exm.* familia Vidigal, que
tanto honra esta tetra,
“ Ficaremos agora por aqui, e até para
a semana, pois está um calor tão abra-
zador que quasi nos axêxia,
C.
cm e O Ga Po
Chronica Religiosa
No dia 2 do proximo mez de setembro
realisam-se os lestejos de Nossa Senho-
va da Guia, em Villa de Rei.
Tomam parte nas festas duas plilar-
monicas e queimar-se-ha logo do pyro-
heclhnico d’esta villa, ste José Nuues e
Silva. ;
Texe logar no dia 15 a tradiccional
festa de Nossa Senhora dos Remedios.
Na vespera honve artaial em que se
queimou um bello fogo d’artificio do co-
nhecido pyrolheehnico Josó Nunes e Sil-
va. No dia seguinte houve como nos an»
Folhetim da «Gazeta das Proviúcias»—5
CAMILLO CASTILLO BRANCO
SUIGIDA
ELISA LCi* E-WEIM AF
Entretanto, Elisa pernoitava sobre os lexi
cons allemães, e decifrava a Lraducção biblica
de Luthero D’este afaneso estudo tenho à vis-
ta a-prova do fragmento duma carta que me
ella escreveu por essse tempo. Eu tinha pub:
licado um folhetim de. ma prosa ácerca dos
PROVERBIOS E CANTARES. Dos PROVEBI-
OS extrabira eu estes periodos dos capitulos
XI, VIV e XV:
«A mulher diligente é a corôa de-seu mari-
do; e a que obra cousas diguas de: confusão
fat-lhe-ha apodrecer 08 ossos».
«A saude do coração é a vida da carne,
acinveja é a podridão dos ossos».
«A luz dos olhos alegra a alma; a boa re
putação engorda 08 0ssos».
Ísio, boni cu mau, está assim, em osso nas
GAZETA DAS PROVINCIAS—CERTÃ 16 DE AGOSTO DE 1900
nos fransactos missa cantada a grande
instrumental e de tarde procissão e ser-
mão.
Ao capellão daquella ermida, 9 vene:
rando sr. padre João Antonio da Silva,
enviamos cordeaes felicitoções pelo sen
crescedivel zelo que sempre tem mani-
festado. ‘
AGRICULTURA
Yinhos acidulados
Entre os vinhos de pasto mais procu-
rados em Kala, para consumo, figuram
os vinhos ligeiros acidulos, vulgarisados
pelo gosto local-e que se recommendam
pelas-suas proprieilades digestivas.
Us vinhos asperos, segundo a opinião
de distinctos meiliros – hygienistas, são
efectivamente prejudicines ao-trabalho
da digestão, por eelorvarem “a acção da
pepsima sebre os alimentos, “bem co-
mo tambem os vinhos pesados e grossos
| produzem em geral dôres de cabeça.
Não querendo com isto effirmar que
os unicos vinhos bygianicos sejam os
acidulos, comludo estes, normalmente
aleoolicos e muito agradaveis ao paladar
auxiliam e activam as fnncções de esto-
mago, pela quantidade de acido carho-
nico que conteem, A propriedade acidu-
la de alguns estes Evinhos é devida á
qualidade da uva com que são produzi-
dos, sendo o mais apreciado o Chianti
da Toscana. Em muitos, porém, esse a-
eidulado é feito artificialmente, allenta a
muita procura que estes vinhos encon-
tram no mercado, não diferindo as pro-
priedades desta imitação em cousa al-
guma das do verdadeiro Chianhi,
As qualidades das nvas de que preten-
dermos obter um bom vibho com estas
propriedades, devem ser escolhidas e
combinadas de maneira a produzir um
vinho que não esja muito adstringento
pela de tanino, nem muito aspero por
excesso da acidez, communicada pelos
acidos larixico, racemico, malico e outros
notando que à sua força alcoolica não
deverser superior a 10.º ou 41.º E
Tendo uvas nestas condições, proce-
de-se à piza, pelo sysiema commum, é
concluida a fermantação, obriga-se a re-
fermentar, depois dé já envasilhado.
Para conseguir esta segunda fermen-
lação, o processo-seguido na Toscana,
no fabrico dos afamados vinhos acidulos
FTSE IA Ter error
principio de março.
consiste. em juntar dentro da pipa (não
sulfirada) que contem o vinho, € isto 10
a 45 dias de envasilhado, po (o:
mosto recentemente fabricado com uvas
boas e um ponco passadas (o “que se
consegue expondo-as ao sol durante al-
guns dias) tendo o cuidado “de bem — es-
colher todos os bagos podres ou altera-
dos.
Desenvolve-se então uma nova «fer-
mentação» e o vinho adquire progressi-
vamente um angmento-do alcool, côr,
«bonquet> e sobre tudu gaz acido car-
bonico.
Em nada poderá ser prejudicada a
quantidade do primitivo vinho por esta
adição; pelo contrario, pois d’ella: só
resulta: a formação do acido carbonico,
que, por numerosas experiencias está
provade obstar á acelificação de alcool,
que auxilia lambem em grande parte a
conservação do vinho; venocyanina, que
o torna mais vendaval e indirectamente
mais nuteitivo; de tannino, que faz pre-.
cipitar um porção dis materias albumi-
nodes, porificando-o e separando-lhe as
materias estranhas.
O imosto pode ser introduzido na pi-
pa, logo depois de pisada a uva ou pas-
sado um dia de fermentação, separando-
o das pelliculas e grainhas, só no caso
do não se querer augmentar à côr ao vi-
nho. |
A quantidade a empregar do uva será
de &a 8 Kilos porcada heetolitro de vi-
nho a tratar, ou seja 1 a O litros de mos-
to para os mesmos 100 htros.
Para deixar passagem ao gaz proda-
zido nesta fermentação, o casco só será
perfeitamente «abatocado» passados. oito
ou dez dias.
O vinho soffre as trasfegas uzuaes,
sendo geralmente feita a primeira em
fins de dezembro ou, o mais tarde, em
CG. Ficar
e DE 7 mma :
Agradecimento
Amaden da Cunha Valente, Victor
Antonio Nunes e suas familias. veem a-
gradecer a todas as pessoas que com suas.
esmolas os ajudaram nas despezas dos
exames do 2.º grau d’instrueção prima-
ria, cujas provas prestaram na semana
finda, em Thomar, com feliz resultado.
— ge
Foi capturado na festa da Senhora dos Re-
medios, por se envolver em desordem, Antonio
Lopes da Sapeira, freguezia do Gastello.
Foi remettido a juizo.
CHRÔNICA LOCAL
*–Estã n’esta villa a sr.2 D. Maria do Ceu
Aguiar, do Bollo.
«— Estão na Certã, os nosso: amigos ars.
Carlos é Alberto Pinto-de Figueiredo.
4*— Esteve na Certã e regresson já a Tho-
mar o sr Manoel dos Santos, e sua familia
4>«— Esteve n’esta villa Telirou hontem pa-
ra Lisboa. o nosso amigo sr. Carlos Pinto de
Figueiredo.
4*—Ghegaram hontem a esta villa, as srs.*º
D Conceição Matta e D. Henriqueta Victoria da
Malta Ribeiro.
4*—Esriveram na Certã, os nossos amigos
srs. Antonio. Joaquim do Valle, do Vergão,
Padre José Lopes, do Nespral, Padre Antonio
Manso, de Cardigos, Augusto Costa, de Lisboa,
e Padre Antonio Martins da Silva, da Barqui-
nha. era
4+—Passou no dia 12 o anniversario na-
talício do nosso amigo sr. Jose dos Santos
Marques. Parabens
x—Regressou do Oliveira de Azemeis, O
sr. dr, Antonio Victor Lemos da Rocha, digno
delegado do procurador regio n’esta comarca.
— aim
Inauguração
Com grande concorrencia de povo inaugu-
rou-se na terça-feira passada a ponte da Car-
valha, sobre a ribeira da Certã. ;
A ponte achava-se embandeirada, por uma
commissão da operarios do quadro das Obras
Publicas. Assistiu a philarmonica Certagineuse.
TRIBUNAES
em audiencia-da
Causas civeis distribuidas
13 d’agosto;
Acção commercial, ordinaria, que move Ma-
nuel Fernandes, da Rolla, contra Margarida de
Jesus, do Cardal, freguezia de Palhaes.
Escrivão: E. Baratta.
Foi – publicada a sentença condemnando J.
Pedro da Silva, da Sobreira Formosa, na
quantia pedida por Manoel/Ribeiro da Gruz e
nas costas e procuradorias
Em audiencia de 16 do corrente:
Execução promovida por Antonio Simões de
Cassl-dos: Galfos, contra José Nunes, da Car
diga Cimeira. Escrivão: —Moura,
eme mui
MUSA POPULAR
Olha as estrellas doiradas,
Que estão no vasto ceu,
‘Stão ouvindo, socegadas,
O teu coração e o meu
ETR
versões biblicas portugiezas; porém a illustra
da e talvez religiosa dama, acudindo pelo siso
do poeta hebreu, arguiu de muito paraphrasti-
ca e covillosa a minha interpretação, e corri
giu-a nos seguintes termos:
«cv. La meilleure, la plus cxale, la plus
clegante traduction de la Bible, c’est la traduc-
tion allemande de Martin Luther. Or voici, mot
ponr mot,les versets que Mr. €. C.B. a’ eilé:
La femme déligente est la coronne: de son
mari, la monchalante est lulcére de son
corps(1).
Un bon cour est la vio de la complexron
(conslitution du corps)lenvie est Pulcére des os
Un cor joyeux rend la vie agréablo; mais
une humeur sombre desséche le corps.
Une visage amicole rejouit le coeur, une
bonne renommée engraisse le corps.
Le langage affectueux est du miel qui con-
forte ‘âme et rafraichitle corps.
Na verdode, o monge angustiniano, verten-
do para corpo o que os setenta «orsificaram»
desgraçadamente, expunguin dos versiculos a
parte picaresca, Bom foi isgo,
x
Traslada a versão de Luthero corresponden-
te a -cuda verso,
| quando o
A demencia de Elisa Weimar manifestou-se
n’um lance que, a não ter a irresponsabilida-
de da lovcura, seria o maximo desdouro—uma
catastrophe moral, Foi ella pessoalmente dela-
tar á authoridade” civil que seu marido e ou-
tras pessoas conjuravam contra a dynaslia é
elaboravam tramas sanguinolentos nos subler=
raneos da officina do Nacional. O magistrado,
como se a respiração da mentecapta o conta-
giasse provisoriamente, lançou inculas, ades-
trou espias, alurou certas luras onde os cons-
piradores podiam «lapardar-se. Afinal relaxou-
se um pouco, confiando a sorte da dynaslia às
fatalidades indeciinaveis do des iuo,
D’outra vez, a deploravel, senhora,
meu querido amigo Joc Cir-
doso Vieira de Castro era já fellecido em Loan-
da, dennunciou ao administrador do bairro de
Cedofeita que, em casa do seu marido, estava
escondido Vieira de Castro, fugitivo de Ango-
la, onde, deaccordo com as authoridades. de-
ra morto por si. Esta denuncia foi despresada
com bastante admiração minha. Varias pessoas
me disseram por esse Lempo que Vieira de
Castro passeava vivissimo na America ingleza;
não sera, pois, absurdo fazelo viajar até
casa de: Gonçalves Basto, na Ramada Al-
tajuso
N’esta visualidade: de Elisa ba: uma coinci
dencia memoravel. Na ca que ella-indicara
como escondrijo do condemnado, hospedára-se
Vieira de Castro com sua senhora, quando
chegaram a Portugal. Morava então alli seu ir-
mão Antonio. No anno seguinte foi habital-a
Gonçalves Basto, atlrahido pela bellszo do si-
tio e prazeres da jardinagem em que se 0€-
cupava todas “as horas vagas dos seus labores
de escrivão de fazenda.
Aqui viveu tres alegres annos o fatiado li
dador do jornalismo, cultivando flôres, morans
gaes, parreiras,. e fabricando elle mesmo, no
qualidade de lagareiro, o seu vinho, com que,
no estro, deliciava os hospedes.
Nesta innocencia de patriarcha, o a assal-
teou um dia a esposa, ao cabo de nove annos
de devorcio, intimando-lhe que sahisse d’aquel-
la casa que era d’ella. O fleugmatico marido
enfardelou alguns objectos de primeira neces-
sidade e mudou-se, como quem foge. Tinha
juizo. Aquela visão etheria de J. Janin, oloro-
sa de violetas, recendia” agora à polvora e
phosphoro dos rewolvers, desde queo rapazio
da Foz lhe pegou de apupar as abas amorphas
e infinitas de uns chapeus de palha mastrea-
dos de escumilhas variegadas.
(Continta)ta)@@@ 1 @@@
GAZETA BAS ia VINCIAS—- CERTA 40 DE AGOSTO DE 1900 *
[==
Sciencias & Letras
— 4 —
Tuico amor
emacs asa a round o ss ass ob unos
Era à beira do mar, casa pobre. mas
aceiada e limpa; uns degraus de pedra
subindo a um pequeno patamar com seu
alpendre davam-lhe entrada; a porta era
– pintada a verde-linho e linha uma gelo-
sia no alto onde quantas vezes— que
saudades sintol—vi sorrir-se para mim,
alegre e lindo, o rosto de Clara Maria.
Recanto mais piltoresco junto ao mar
não ha com cerleza por esse litoral. a-
baixo. À verdura do campo, as mellas,
trigos, milhos, arvores de frucio gado
pastando, veem, como no mar Thyrreno,
quast terminar ao pé das aguas. Ha ali
marinhas dum encanto raro…
Mas o verdadeiro encanto era ella.
Senhoril, graciosa, [vições docemente
tocadas de melancholia e serenidade
olhos tranquilos, morena. Vivia só: o
mar levara-lhe tudo. Era renidilheira e
trabalhava no patamar da gua escada,
sombra do alpendre. E sobre as aguas,
ao longe, andava aquele que ella espe-
rava ha annos e viria esposal-a em um
dia grande de jubilo, trazendo: sobre o
o coração 3 cruz que ella lhe dera ao
partir, como um penhor-sagrado.
Este amor perfumava a povoação; eu
adorava-a em silencio, a dentro do meu
peito, sofrendo; todos a amavam; ella
era a flor d “aquela beira mar.
Sentada á sombra do alpendre, espe-
rava-o trabalhando as suas rendas, em-
quanto os bilros contavam nos seus de-
dos as angustias do seu amor. O mar em
frente ia infinito, sereno, azul Navio ao
largo:
— Elle vem! elle e elles,
e toda a almofada vibrava; iam, vinham,
dançavam, cantavam como. nºuma festa
ephithalamica:— Oh! que lindas rendas
para uma camisa. de noiva!
Ceu carrancudo, mar bravo… Se
não voltasse?! Se. ..?! Desalento pro-
fundo na almofada, movimentos desen-
contrados de duvida, de desesperança,
de anceio; os olhos tranquilos” pertur-
bavam-se-—meu Deus!-—e os alfinetes
espelavam-se com mais força, com dor
na renda triste e molhada.
Mas uma vez calaram-se, Elle não
veiu e em seu logar trouxeram-lhe de
longe uma cruz preta arrancada de: so-
bre o coração d’um naufragado.
Oh! o mar levara-lhe tudo! |
Ergueu-se. Era de tarde. Arrumou
no seu logar a almofada:deitou ao pesco-
co o fio de curo cuja cruz agasalhou no
seio; e, muito serena e pallida, sem vol-
tar-se, desceu a sua escada e caminhou
em direcção à praia,
Estava o sol ao rez das aguas; myri-
adas de espiritos luminosos. brincavam:
“no seu dorso de gigonte socegado 6
– bondoso. A onda chapinava dôces quei-
“xas de encontro ao rochedo illuminado
“de rosa. Havia uma penetrante saudade
ma pacifica extenção silenciosa. Vinham
suspiros no marulhar da-da vaga, talvez
“de pobres marinheiros mortos ao longe
“e que dormiam sesinhos e esperando no
“claro seio das aguas. Ella ouvia no fun-
do o sino argentino o festeiro de uma
– capellita submarina, encantada no meio.
“das algas verdes, a repisar a chamal-a
a um eterno 6 vehturoso noivado, Ben-
zeu-se cruzou as mãos sob o peito e
muito docemente, como se partisse em
sonho para deliciesa viagem onde alma
ma adorada a esperava, deixon-se escor-
regar na agua verde e profunda. Levava
as mãos Crisis sobre.o peilo, à Docca
apertada,os olhos fechados serenamento,
Ja lindal É sumin-se já quando a luz se
extinguia, o mar lLomava um tom azul
escuro, uma ave alravessava gemendo, €
no horisonte apparecia, como altonita,
uma estrella. O sino, em lerra tocava à
oração.
Guilherme Braga
—— ia
PENSAMENTOS
— PDetodos os generos de Ia do 0
peior é ter sido feliz. s
Asmulheres governam nos, proenre-
mos portanto lornal-as perfeitas; quanto
mais luzes liverom, mais nos eo
— == —
E’ mais enssencial para um poeta ser
venção.
—— [o ras
«»- Porque el principio de amores
Es comienzo de tristeza.
o retas |
“SERVIÇO: DE DILIGENCIAS–
Da CERTÃ a THOMAR (via Semache de
Bomjardim, Vallese Ferreira do Zezere). Sae
h da Certã as 2horas da tarde e chega as
Thomar as 9 da noite. Sahe de Thomar as-b
da manhã e chega á Certã 12 e meia da tar-
| de.
Certãa É e meia da tarde e chega Proença
as B da torde; Sahe de Proença es 5 da ma-
nhãe chega a Certãas 9 e meia da manhã.
Esta ciiigencia communica com a de Proençá
a Castello Branco
he da Certã a 2 da tarde Se chega a Pedr
gamas 5 e meia da tarde; ahe de, Pedroy
“gam às 7 da manha & chega a Certa as 1-
da manhã.
ETETIEPERTA SA re DE Da A
MERO SADO da CERTA
Milho nacional, alqueiro reis … 600
» “palaloc ag cos car 100
Cenleloras a tacos se top OU:
Cogada ss: LiSadADMoS Siad ar n0800
nIgO Ss 2 teto ste ico ai 00
Baias fotos o 200
Vinhos
Tinto da ferra, 20 litros. . . .. 1400
|» Tinto de Almeirim, . «0… 4100
BralicO tuna enigmas sons isca ODE:
: “Carnes frescas,
Came de vacea,- KO o, ce DOU
Chibato MIA io aja O
Eerrrrrecrreasessião
ANNUNCIOS
E OMtUrsceisd
um.
redacção com as
TYPOGRAPE
Carta dirigida a esta
“IÍniciaes A. D. d’Oliveira
FFERECE-SE um professor aposenta-
do para, em casa de qualquer lavra-
dor, leccionar Porluguez e (Grammatica
Latina, Garta com as iniciaes—A. R.
sia dd
verdadeiro no sentimento do que na: in-‘
Propriedade yoxor. SE uma propriedade de
terra de cultura e de rega, no sitio denomina
do Namurado, Couto da Certã, pertencente
a José Josquim de Ciurvelho, d’esta villa; parte
do nascente com Jose Serrá, do Pojal; poente
com herdeiros de Francisco Serrano; da Cestã
e sul com a casa da Borralha.
Quem pretender comprar dirija-se ao seu
proprietario
AM
Nino, trigo e centeio da proxima colheita,
compra-se, adiantondo-se o preço desde já.
Nºesta redacção se indica o comprador.
DE LEFTE-— Precisa-se em casa de
Joaguim J. Bastos—R. Nova, Certã
Elvicaras. Dão-se a quem entregar n’-
esta redacção um varapau de junco ama-
rello satapintado e – [errado na parte in-
lemor, ow quem indicar a pessoa que 6
possue aclualmente.
VINH
VERDE PURO. Chegou a casa
Maria Molelra, onde so vende,
ROFESSOR NORMALISTA — Oferece-se |
para leccienar particularmente exame de
admissão às Kecolas Normees, ou qualquer das
disciplinas poofes-adas nestes institutos. Egual-
menteensina deilura ecescripta a cegos “pelo
methodo Braille, o melhor até hoje descoberto
essinando tambem este methodo a videntes
que por ventura o queiram estudar, sendo pa- |
ra estes o preço ce cada lição B0O reis, e
preparando em 12 lições aquelles que saibam
já lêr e escrever. Esclarecimentos na escola
«Conde Ferreira» d’esta villa;
pr
DICICLETE
Vende-se uma quasi nova systema «Rover»
neumatica,
Nesta redação se dão referencias
Da CERTÃ a PROENÇA A NOVA. Sahe aà |
Da CERTA a PEDROGAM PEQUENO. Se
– COMPANHIA NACIONAL
+» »oEDITORA
Adminislrador-—.F ustino Guedes
90—Largo do Conde Barão—50
lissoa
OS MYSTERIOS
DA INQUISIÇÃO
A distribuição d’este Dello e nda
romance effeetuar-se-ha semanalmente ás ca-
dernelas de 24 paginas in 8.º gr,
Cada caderneta. contera uma: esplendida
estampa, em que se reconstituirão os factos
mais notaveis descriptos no texto da obra,
A parte litteraria, devida a penna de um
dos mais brilhantes: e teruos escriptores do nos
so tempo, terá pois, com a collabgração artis-
icade Mannel de Macedo. e Fios
que Gameiro um attractivosingular, por
asso que as ilustrações são compostas em face
de documentos -authenticos, “ce que tudo fara
réviver a plena luz da – verdade, as scenas e
os acontecimentos, que se encadeiam em fora
ma do romance mas que teem a mais fidedign-
origem historia.
Preço da caderneota—GO0 reis
PARA LISBOA E PORTO
Todos os srs. assignantes receberão
como ultimo SCCO,
Um primoroso brinde;
Teito espressamente pelos srs.
MANUEL DE MACEDO E ROQUE GAMEIRO
púrstesta obra. O brinde representa u-
madas scenas mais brilhantes “da histo=
portugueza. :
HISTORIA
DOS JUIZES ORDINARIOS E DE PAZ
POR
: Antonio Lino Netto
Bacharel formado em direeto e socio effeclivo
Instituto de Coimbra
“Vende-se na livraria França Amado
“— Coimbra, Preço 400 reis. —
e
e cen RR PR es e “o = oa
“OS LUSEADAS
LT. de Cainões
Crande cilição popular e ilustrada
sob a direcção dos: insignes
— artistas Roque cio
e Manoel de Macedo
Esta. edição de «Os Lusiadas», q
mais monumental e mais economien oo
– quantas se teem publicado até hoje, tem
:
como compete ào maior monumento la
nossa litleralura e esta empreza impri-
me atodas as suas publicações, cum cu-
nho verdadeiramente nacional,» pois o
papel é sahido de fabrica portngueza, o
typo fundido na Imprensa Nacional, il
lustrada por arlistas genuinamonte é –
luguezes, cas photogravuras feitas egn-
gualmente por artistas: porlugnezes
PREÇOS DA ASSIGNATURA
Cada fasciculo de 2 folhas, de 8 pr
ginas cada, in-4.º, grande fcinalo, cun-
tendo cada fasciculo 2 esplen lidas gra-
vuras—- SO reis.
Cada tomo contendo 5 fascieutos am
89) paginas, inserindo cada tomo £0 ma-
gnificas gravuras originaes— 300 res
iEmpreza da Historia de Port:-
gal
*
:
:
[Ei
+
sa
CYCLEDOR é
Penn: SE uma byclete deste ;
auclor, quasi nova, e, por preço &
muito convidativo. –
Quem pretender dirija-se a An 2
nibal da Silva Garvalho— CERTA. &.
sete sssAsAsA es CO6S
1 a
TERA
Ricardo 3 ra
L thous Ferr EA e |
44
1
N ESTE estabelecimento encontra-se mm
completo sortimento de generos i
essim como uma grande variedade
crús, chitas, haetas, ristados, cotii
cobertores, fizendas de algodão, lis,
tas etc, ele,
PREÇOS CONVIDATIVOS.
elimenticios,
E
Agente da Companhia de seguros =
«REPORMADORA »
SESI POLL SOC HÇOHO
Eicio
Í
“SOATIUPIANOO Sodoad Jo(
91? ES P Sojuouddotoo SOWequil SO sopoy op os-vã
a BI
vjeiso e tued seudoJd Sepuazey op
DERA] outddiaa ODSIONVA A é
=BJIROUO 9 01
=== YSONHON VUMUTOS =
4
OJUOMITFÃOS OPpELIZA WIN 99991 0p VIVO
oro rALAPALPPOHOro rALAPALPPOHO@@@ 1 @@@
QUEM QUER VIAJAR DE GRAÇAR
No dia 40 d’abril encetou a sua publicação emLisboa um. livro intitulado «O
Elnnunciador,» e que será da mais alta utilidade é interesse para o publico de todo 0 paiz.
ções gantemente «ditado, este livro apparece todos os tres mezes, fornecendo ao leitor inforna-
dal sempre variadasa cerca detodos os assumptos que pendem com a vida morderna em ge-
toe e em particular. De tudo alisa encontra, annuncios dos estabelecimentos mais importantes
à Portugal, noticia ácere das preincipaes cidades e vilas, «ubsidios e notas sobre 0s Movinen-
gas commercial, induxtrial artistico, lillerario é scientifico do dia, horarios dos comboios de to-.
das ag linhas ferreas, ele., ete. etc. i :
No gaero, «O Annunciador», Que serhillustrado pelos nossos melhores artistas e collabo-
ârdo pelos esariptores minis laurcados, é uma publicação unica e extraordinaria. «Q Annuncia-
nor» contem 180 a 200 pogiras e custará a quantia de cincoenta reis, apenas! De modo.
que, todas e-quelquer pessou que quizer adquirir o 1.º numero, a snhir no dia 10 de abril, não
eni mada que enviar DO reis (preço do livro) e mais 10 reis (imposto do correio, total, à nio-
diea queinta de 60 reis,)á redacção do «Annunciador», Calçada de 5. Francisco, 23, 1.º au-
pr, LISBOIA
Mas a s”rprosa, não fica por aqui!
«Todos “’s compradores» deste livro excepcional podem obter a faculdade, mediante a ri-,
fievla quantistdo seu custo, de fazer uma viagem à sua escolha, cem qualquer das linhas fer-
cos do paiz ou a Parisl!l
E” assombroso! todavia, nada mais verdadeiro. «O Annunciador» explicará n’uma das fo-
has vo acomprador» 0 modo de proceder n’este phenemenal brinde, que é concedido sob a res-
ansabilidade d’uma dus mais importantes casas da capital. O comprador alem da quantia refe-
da, deve enviar o seu nome & residencia, para em seguida ihe ser mandado «O Annunciador»
om as necessarias explicações. É
Quem quer, pois, fazer uma viagem, ida e volta, pela quantia de 50 reis?
Noviade litteraria
Tim circulação 03 fasciculo
Arzano Srmors FeRREIRA
| PYRILAMPOS
(CONTOS)
ERR

CASA
LONME RCIAL João RaPiAEL DaprisTA
DE 7-8 Largo do Municipio, 9
À CERTA
Naximo Pmus Iranco Eq getao
— == QERTÃ==—
Vende o seguinte: arroz, bacalhau, |
assucar,caló,chá, manteiga massas |
alimentícias, bolacha,atum, sabão, 28
petroleo, pregos d’arame, gomma
tabaco do todas as qualidades, vi- 24
nho branco é into e aguardente de 28
superior qualidade Sá
PREÇOS CONVIDATIVOS
Fanqueria, Fazendas de Algodão Lã
e Seda, Chapeus, Ferragens, Quinqui-
herias, Papel, vellas de Céêra, Drogas,
Tintas, Solla, Cabedaes e Cimento etc.
Agencias dos Bancos Commerciaes de
Lisboa, Porto, Pará e da Companhia de
Seguros «Probidades—e da Casa Ban-
caria de Silva Beirão, Pinto & C.* de
Lisboa.
EPE AA
O AMANTE DA LUA
Trnducção de Silva Mqniz
Decino quinto volume da collecçã illus-
sedo com magnificas gravuras, £o réis por
tsemana em Lisboa Porto e Coimra.
Nas províncias, fasciculo de 96 pag. 120
te. de tres em Lies semanas.
ANTONIO LINO NETTO
PRINCIPIOS NOVOS
DA SCIENCIA CRIMINAL
IMPRENSA DA UNIVERSIDADE
COIMBRA
ERR EL SIDO OS SS
00
TYXPOGRAPHIA X
DA Ee
a A
ê GAZETA DAS PROVINCIAS x
A par
no 1— TRAVESSA PIRES—2 bé
4 E +
Ea CERT &
» — POR precos diminutos acceita encommendas de ims= 2
RS pressos oficiaem, facturas, bilhetes de visita, partici- +
à pações de casamento, circulares, prospecios,cartazeos, 4
: etc. etc, etc. : há
ED DOS SA PIC MSCICISEE es
GAZETA DAS PROVINCIAS—CERTA . 16 DE AGOSTO DE 1900 *
RCA MADON
CERTA
Abel da Conceição Ramalho-=
sa, com oficina de encaderna-
dor, encarrega-seo de todos os
serviços concernentes a esta Ar=
te, por preços modicos tanto nº=
esta villa como fóra, para o que
tem material apropriado.
COLLECÇÃO DE PAULO KOK
Assigratura extraordinaria
100 REIS o fascículo de 80 paginas, ou 72
gaginas com uma gravura. g
Aos novos assignantes da COLLECÇÃO DE
PAULO KOCH oflerece a Livraria Editora Gui-
marães, Libanio & C.º
Um briude no valor de 1$000 rs.
A” escolha do assignante, entre Os seguin-
tes objectos: Um relogio d’aço. Um magnifico
binoculo. «O crime da sociedade», sensacio-
nal romance de João Chagas.
Lisboa: Livraria Editora Guimarães, Liba-
nio & C Sua de S. Roque, 110.
Porto: Livraria E. Tavares Martins—s8, Cle-
rigos, 10.
CAPSULAS TOENIFUGAS
Prepradas por Manoel Simões Castanheira
Pharmaceutica—Pedrogam Grande.
Estas capsulas, de preparas
ção inteiramente vegetal, são
dum efícito seguro e in-
falivel para expulsar a toe=-
nia (bicha solitaria), como
se prova por alguns at=-
tostados medicos |.
PREGO DO FRASCO 800 REIS
Desconto aos srs. pharmaceuticos
TODO O MUNDO PHOTO-
j GRAPHO !
LEPATANT == Apparelho photozrahico de
não, * chapas, 2 chassis, 1 pacole
de papel, 1 frasco revelador, e 1 frasco de vi-
ragem-fixagem == Preço 1,8000 reis, pelo cor-
reio 1,100 reis = Cada chassis supplementar
DO reis.
LE COMPLET — O mesmo apparelho com
| tudo em mais quantidade e utensilios para la-.
boratorio. Preço 2/4500 réis, pelo correio
28800 reis.
Completo e variado sortimento de materia
photographico==Pedidos á PAPELLARIA CEN-
TRAL de Francisco Barges—2 Rua do Viscon-
de da Luz—Coimbra..
IMPOSTO DO SELLO
Carta de Lei da 29 de julho de 1899 com
as respectivas tabella e PORTARIA de B de
| agosto carrente, esclarecendo-as.
Edição em bom papel, cuidadosamente re-
zista e impressa sob a direcção de um fuecio-
nario pratico.
Recommenda-se, porque a sua clareza e ni-
tidez a torna superior a muitas outras, [acili-
tando a procura de qualquer verba referente a
determinado objects e contendo no final umas
paginas em branco para referencias e annola-
bões.
anno corrente um SUPPLEMENTO com todos
os diplomas que sobre o imposto do sello fo-
rem publicados até al, duvidas que a pratica
suscitar, opiniões auctorisadas e quaesquer
arestos de interesse para a boa interpretação
do lei.
Será enviada a quem remmetter em vale ou
carta a qnantia de 200 réis,
O SUPPLEMETO, porém, sú será remmel-a
tido a quem envir 40 réis para elle. Em troc
quisital-a se no principio do anno de 1900
não tiver dois enviado.
Pedidos e correspondencia sobre 0 assumpto
a JOSE” MARQUES UES DA COSTA Es-
crivão e Tabellião==EVORA. –
P. S.— Muito conviria reunir na mesma re-
quisição mais de um exemplar, enviando a sua
importancia em valle uo carta registada para
evitar extravios. E .
Satisfaz a qualquer requisição d’exemplares
= Augusto Rossi==CERTÃ
Promette-se publicar e distribuir no fim do-
mandaremos uma senha que dará direito re-:
ATLAS
DE
GEOGRAPHIA UNIVERSAL
DESCRIPTIVO E UNIVERSAL
Publicacão mensal
Contendo 40 mappas expresamenre
gravados e impresssos à cores, 170 pagi-
nas de texto de duas columnas e perto de
300 gravuras representando vistas das
principaes cidades monumen.tos do mun-
do, paisagens. retratos de homens cele-
bres, liguras, diagramas, ete
ga primeira publicação que n’este ge-
nero se faz no nosso paiz, Todos os mezes
será distribuido nm faseiculo contendo u-
ma carta geograhica cuidadosamente
gravada e impresa a cores, uma folha de
h8 paginas de texto 2 columnas e 7 ou
gavuras, e uma capa pelo preço de 150
reis pagos no acto da entrega,
RUA DA BOA-VISTA 62, 1º D,
– LISBOA
eo
ALFAIATHRIA — COSTA
Encarrega-se de fazer todo O serviço
concernente á sua arte, tanto para esta lo-
calidade como para fora. Garante-se o bom
acabamento e Loma medidas em qualquer
ponto d’esta comarca.
Preços sem competencia
CERTÃ- RUA SERPA PINTO —CERTÃ
de
“CENTRO COMMERCIAL
DE
Luiz da Silva Dias
CERTÃ
Completo sortimento de fazendas di
algodão, lã linho é seda, mercearia, fer
ragens e quinquilherias, chapeus, guard:
achuvas e sombrinhas, leços, papel, gar
valões, relogios do sala, camas do Ferr
e lavatorios, folha de Flandres, estanho
chumbo, drogas, vidro em chapa e obje
etos do mesmo, vinho do Porto, licores
cognae; livros de estudo é lillerarios, ta
Agencia da Companhia de Seguros:
tamanhos desde 800 reis duzia, garar
a qualquer ponuo deste concelho, med
E RR:
: Branco e tinto, qualidades es-
Dias— Certa.
CERTA
para qual ponto do paiz fogo d’artific
grande e variado sortimento de fogo
-GUALDIM PAÉES-e da INDIA, (nº
imprensa,
$ CORE RE us
baratos e sem competencia,
RETRATOS==Tiram-se em dilferente
Encarrega-se de ir tirar photograqhi:
1 a T,PRAÇA DO COMMERCIO, 1 a 7
DE
Quem pertender dirija sea L.
PYROTHECHNICO
pyrolhechnia, encarrega-se de lorne
Na sua officina encontra-se sempre
queimado nos centenarios: -ANTONI
to tem sido applaudido pelo public
bacos, ete, Preços extraordinariament
—PORTUGA
tindo-se a sua perfeição e nitidez,
ante ajuste especial,
lmanDe DEPOSIN) 4
4
q
4
q
4
4
é
peciaes, por preços resumidos. |,
CIEIRISIRICIEICISAS
David Nunes e Silva, com officina
com promplidão e garantido acabamer
ostoiros, e foi d’ella que sahiu o É
sómente de estoiros e balões). cujo ef
PREGOS SEM COMPETÊNCIACIA