Gazeta das Províncias nº44 05-04-1900
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ANADI
CERTA —Quinta feira 5 de Abril de 1909
* SEMANARIO INDEPENDENT
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ASSIGNATURA
S CERTA, mez, 400 Es. PÓRA DA CERTA, trimestre, 40 rs. AFRICA, semestre, 4000 rs, BRAZIL, semestre, 28500 rt, Numero avulso, dO rs. j
“Poda a correspondencia dirigida 4 Administração, R. Sertorio, 17. Os originaes recebidos não se devolvem a
E ; Ernesto Marinha — Director
| Expediente
Aos nossos collegas a quem
enyiamos o nosso semanario, pes
dimos «a honra da sur permuta.
Annunciame-se obras de que se
zeceba um exemplar.
OS PARTIDOS
— EM PORTUGAL
Bs jornaes deram recentemente à no-
qícia de ter fallecido em Lisboa o illus-
Are estadista Antonio de Serpa, chefe
«lo partido regenerados. Deixou um dos
nomes mais sympalhicos de que se po-
de orgulhar a politica contemporanea.
N’uma epocha em que um accentuado
excesso de nevrose vem provocando por
doda aparte as mais Violentas e intole-
antes ambições, o distinclo homem d
Estado soube servir o gem paiz com co-
uhecido desinteresse e dedicação, sem
procuar dar mas vistas e sem alropel-
lar os que pretendessem caminhar.
Grande exemplo de civismo é enor-
melição da vida!
Pois ainda as cinzas desse homem
superior escaldavam o fumulo, e já a
amprensa política, de todas as aualizes,
“andigifava no mesmo dia da morte, no-
aves de individuos e substituição dos al-
Jos cargos desempenhados por aquelle
avotavel estadista. 1” symptomatico este
dactol O mysterio Puma sepulturas que
se acabado fechas sob lagrimas, não.
alcançou Iuculip o respeilo que se deve,
:aos-que partem da vida!
“A voracidade de benesses não Lrepi
«lou perante qmsgadaver aiuda quente, |
não obslinte esse cadaver ter eido invo-
lucro d’um dos espiritos mais seintl-
Auntes dos ultimo» & mpos,
“Tudo isto vem à pouto para dizer que
os partidos portuguezes perderam Já:
aquella mota delicada de sentimento
«que apezar dos. seus anuilos defertos,
sempre mantiveram, assamindojagora O
aspecto puramente BrOSSeIrO é Esp
guante de esfomeados que não descan-
«cam senão depois de fartoo largo es-
“Somago.
Desappareceu o modelo por onde se
dormavam lemperas como us de Mowsi-
bo da Silveira e Passos ManoeldU ideal
recolheu. se amedrontado no livro dos
poetas, ale lá não sae; a consciencia,
que [ez m’oulras eras os grandes lriba
nos e os fortes combatentes, converten-
se m’uma simples parava que os diceio-
ntuios guardam apenas para eutteler «o
ridiculo.
A falta de convicções e de principios
sulwndimulores é a principal caracleris-
dica «bos políticos de hoje. Como cou-,
k
. â
Â
sequencia, os partidos tornam-se inidis-
netos e mdefinidos nos seus program-
mas; nada se lhes reconhece de doutri-
nal que os separe: são simples associa-
ções de soccorras mutuos! EE se não di-
gam-nos que cousas queiram Os pros
gressistas que os regeneradores não
queiram, é vice-versa…
Alguns politicos, 08 de maior estatu-
ra intellectual, affastam se dos aggrn-
pamentos, porque se sentem com forças
para manobrar desacompanhados na
vealisação de interesses egoistas, E” at-
tender a orientação de Mariano de Car-
valho, Emvgdio Navarro, Antonio En-
nes, Dias Ferreira, Augusto : Puschini,
etc. Perguntae-lhes em que consiste o
seu programma político, e todos, à uma,
nos responderão com a forma, indefeni-
da e elastica do interesse nacional, Toda
a gente sabe que não estão comprehen-
didos em nenhuma das facções politicas
da rotação constitucional; é, lodavia, es-
las facções recorrem frequentemente é
compra do sem favoritismo dum momen-
to; por todo o preço, á mingua de es.
teios superiores e melhores. De modo
que elles, os dessidentes, fingindo não
querer mandar, são afinal quem ludo
manta.
Pesstissimo!
Quando se veem os cerebros mais
brilhantes à manifestarem-se assim na
a
FCHOS DA SEMANA
politica, o desalento empolga-nos dolo-
rosamente, e sente-se que uma patria,
que conto alguns seculos de gloria, vá.
em similhante descalabro, miseravel-
mente.
Quando as mais esperançosas e finas
mudividnalidades se esgueiram pelas en-
crusilhadas em negocios suspeitos,que se.
deverá esperar de melhor dessas fac-‘
ções onde se enfileiram loda a casta de
pretendentes amonymos? —A resposta
accude naturalmente aos labios: nada!
Emquanto os estadistas dissidentes
procuram açambarcar, com efficacia con-
ducente, as melhores benesses da orga-.
| nisação politica poringueza, Os membros |
das fecções, coitados! vão arreganhando |
os dentes, uns contra os oulros, na an:
cia de aproveitar os sobejos. da grande.
bachanal cm que tudo isto está.
E mo desenvolvimento Peste quadro,
que tem tanto de comico como de lragi-
co. os partidos esphacelim-se, a olhos |
vistos, na nhpotencia de encher, salisfa- | carcereiro:
ctoriamente, as mãos dos milhares de
pedinehões que se movem no – seu seio,
como zansãos tusbulentos,
E, no meio disto tudo, fica-se com
pena de que esta seja a paleta cantada
por Camões e que seja «Peste desgraça-
do losrão à Danieira que giava os
exercitos de Num Alvares e influmaga o
genio ale Aflouso dPAlbuquerque. ..
Que Deus se amerceie de nós!
“do
. PUBLICAÇÕES
No corpo do jornal, cada linha 80 rs. Anuncios, 40 rs. a ljaha.llepetição, 20/78. alinha Permanentes, preço convencional; os |
tém o desconto de 25.0/6. Jista folha é impressa na Typ- da Gazetaddas Províncias, Certã.
Augusto Rossi — Editor é
+4>—Consta-nos que para o logar de . arcy-
preste, vago pelo falecimento do sr. dr. Fran-
cisco da Silva Martins, de Pedrogam Pequenô,
sera nomeado o nosso presada amigo e bem-
quisto parocho d’esta freguesia, o sr. padre
Francisco dos Santos e Silva.
4—Falia-se novamente na creação d’um
logar de nolario na »êéde da freguesia de Ser-‘
nache de Bom Jardim. ;
O conselho superior do notariado solicitou
dos dignos magistrados desta comarca, novas
informações sobre as vantagens que ha na cre-
ação d’uquelle logar ,é espera-se que as agora
furnecidas sejam analogas às primitivas que
contrariaram tão absurda pretenção
E parece-nos absurda, desde que nesta co-.
marca ha creados seis logrres de notarios, e
que 03 dois da séde da comarca são os suffeci-
entemente necessarios para satisfazer cabal-
mente as obrigações de seus cargos. –
E para os nossos leitores verem quão estra-
vagante é tal pretenção, repárem no numero
de freguesias de que se hade compor 4 area
novo notariado.==Sernache, Castello,
Cabeçudo, Nesperal, Palhaes e Sant’Anna!
D esta forma, ficarão os notarios da séde da
comarca só com 6 (reguesias!!
E ainda o que é sopinamente alvár, é que,
aulguem» affirme que a distancia – d’aquellas
ireguesias para Sernache é menos do
que,para-egta localidade.
Sant’Anna por exemplo.
Coisasi.. coisis… o
é!
4 —A Camara Municipal d’este concelho!
dirigiu a Camara dos Deputados uma represen-
tação, pedindo para”, que seja alterada a lei de
17 d’agosto de 1899 na parte que obriga os
municipios a contribuir com a sexla pare da re-
ceita disponivel do fundo de viação para, o fun-
do de beneficencia a luberculosos, e que seja
arbitrada uma quota menos exagerada e
proporcional aos repdimentos de cada mu-
nicipio.
4—Por ordem do ex º Prelado desta dio-
cese, procedeu-se a nova syndicancia ao parg-
cho incommendado da freguesia da Varzea.
Parece que pottca ou nenhuma responsabilida-
de se apurou egptra o intelligente ecelesiasti-
co, sendo de notar que as accusações de que
era“ alvo: foram anonymamente indicadas ao |
sr, arcebispo-bispo: estando por tão repugnante
procedimento qualificada a reputação do auctor
ou autores da falsa denuncia.
+4+—O digno delegado do Procurador Regio
desta Comarca, fez anvunciar, por meio de
edital, que é expressemente prohibido, sob
pena de inccrrerem em desobediencia:
1.º-—Que qualquer pessoa se approxime das
grades da cadeia, sem licença ou bilhete do
2.º Que por ellas entrem bebidas espiritu-
oSas e armas, oujuaesquer volumes Que sé
Lornem suspeitos; ;
3.º— Que os presos
mata om façam grtarias;
4.º—(Que se communiquem por fora por
meio de signaes ou por qualquer outra manei-
ra suspeitosa.
peçam. esmola para a
4 —Foi apresentado na egreja parochial da
freguesia da Abobyreira, concelho de Mação,
“MARCO POSTAL
Oleiros 3 de Abril de 1
Como tinhamos anpunciado,
se nesta villa, no dia 4.º do
funeção dos Passas.
Oraram os reverendos. José
Cardoso e Francisco Durdes, |
uma vez, mostraram a sua VOL
ra x predica.
Durante o perenrso da proc
xecutou a Philarmonica Oleiri
mas marchas fanebres, com
agrado
— Acha-se gravemente er
reverendo João Antonio Mura
digno parncho da freguesia do
a quem desejamos um rapido
to restabelecimento.
—Consta-nos qne, alguns r;
freguesia do Estreito, se prep;
dar uma recita, por ocgasiãa,
choa.
Não servirá isto de estimulo
dade de Oleiros?
—
PFedrogam Fequeno 3 de
Pela meia noite de 30 para d1 de
timo, falleceu nesta viila o sr. dr.
Martins da Silva. Foi uma perda |
porque o: dr. Marbins era um cararte
pelas suas virtudes e pela sua lhan
pirito. Euos
No“dia 4.º do * corrente, depois
cantudae officio solemne, achando
ver na Egreja, foi conduzido á se
missa fyi cantada pelo ex.?º Coness
com assistencia de bastantes egclesis
tudantes do Real Colegio de Se
Bom Jardim. Entre as ecclesiastico!
reverendos Parochos d’esta freguesia
Castello e Marmelleiro, e outros |
ignoranios, hem como Os dos esl
enterro foi extraordinariamente cone
sar de o tempo estar chuyoso. Depr
cluidas as exequias, foi pronupciade
curso, à beira. da sepultura, por Lu
Gorreia Salgueiro, que, creio, agr
manifestações que depois lhe dirigi
mos-lhe para mandar publicar aque
so, a que, por modestia, se recius
Martins deixou testamento cerrado,
seu nniversal herdeiro seu sobrinho
dre Antonio Fernandes da Silva Mai
xou alguns legados a parentes. mas,
nos consta, de pouca importancia.
— ecoa 1 o Ci ip
Prisão |
A policia prendeu hontem João À
freguesia de Pedrogam Pequeno, po
trabído do carro do correio de Uho
bolza com algum dinhairo.
Averiguou-se horas depois que |
vido ao estado de embriaguez tonot
por engano, sendo em seguida posté
| o sr. padre João dus Bantos.
dade.de.@@@ 1 @@@
SEER UEDTO
BOLETIM
“
Os ossos
Em veralos ossos que se juntam nas
cosinhas são véndidos é com isso suppõe
toda a“ gente aproveitil=os hem.
Os lavradores devem regeitar seme-
lhante nso.
Mandem guardar todos. os Ossos! e,
cin vez de os-vender, tiilucem=n’os eres
duzam-n’os a adubo. Para isso meltem>
se durante algum tempo no forno a tos-
tar ligeiramente, de modo que não per-
cam-o-azolo que encervam. )
Depois deita-se n’tima pia de pedra
e moem-se com um . pilão de: ferro;ou
outro instrumenta-adequado. o
Uma: «az sedugidos a pó, appticam se
às plantações, na orcastão da lavoura ou
cava. Cada cem lulogrammas do, ossos
assim tratados equivalem a 300 kilos de
superphosphato. 4
No poupar vae o ganh o—lá diz o vifão.
SYLVIO CERES:
| ae qu qr
Necrologio
A? memoria do fallecido dr
EFyancisco Martins du silva
“lá descambou para a campa mais um
volto luminoso, ent Cujo coração se veus
nam tantas virtules, e sobre todas ellas
a da caridade! Pobre amigo, que ainda
em edade ão propria para viver, nos dei-
xaste inconsolaveis! o
Quanto perdemos em U, amigo, que
tão util nos eras, já com Os leus paler-
nes conselhos, e já com a tua boa di-
“reeção: Quanto perdeu não só à pobresa.
“para quem sempre
tinhas um obulo e
palavras de consolação, mas alé 08 mais
remedialos, à quem lodos eras tão uti!
Bem longe estavamos de suppor que tão
cedo ficariamos privados da lua amavel
companhia, de que à atrevida Toice tão
depressa ceifaria à tua existencia, mas a
morte inexoravel lançou sabre li, sem
do nei piedade as suas garças adancas
pata nos privar da lua bontusa COMpAa-
mia. Quantos benehcios Le deve esta Ler-
ra, onde prestaste relevantes serviços; já
conio orador sagrado, já como Provedor
da Misericordia, Ju gar que tantos andos
exerceste, e já como cidadão! Mas “em
fim, são Decretos da Providencia, à que
nos devemos sabmetter vesignados, Des-
canca em paz. bom amigo, e que a Ler-
ya te seja leve, e perante O trono do
“«Riemo, pede-lhe uma prece pelo teu a-
migo velho, que tanto sente, à luta falta.
AGRICOLA
GAZETA DAS PROVINCIAS=CERTA 5
cera per rm
CHRONICA LOCAL
Tem passado incomodado de saude,
“o nosso amigo Adrião David.
Ebro EU í “x 1
| Encontra-se doente o nosso amigo.o
er. Padre Francisco dos Santos e Silva.
Desejamos-lhes rapidas melhoras.
Su +
+ Regresson a: Alpedrinha, O DOsso
amigo João Pereira de Gastilho.
E iad a
Regressou de Villa do Conde à Ser:
sidonio Nunes da Silva. 4 :
*
* *
Esteve nºesta villa a ex.ºº sr.* D. Maria
da Matta Ribeiro, d’Aruoia,
x
*
Vieram aqui assistir aos Passos, as
eo nose DO Maria Salurnina e D. Ma-
ria Henriqueta, da: Quintão eco se. João
Seruache.
á *
a
“Sahia para Pedrogam a ex.m* sr* D.
Amelia Moraes David.
na
horas do exPº sr. de. Guilherme Núnes
Tomarmbaç 04
Estimamos,
*
Mm
| Esteve entro nós e já regressou a Lis-
boa, o st. Lenatio Maria da Costa, con-
ceiuado comerciante na capital.
| VARIAS NOTICIAS
Falleceu no logar dos Verdelhos asn.*
D. Maria do Carmo Costa, vinva, estre-
mosa mãe dos srs. Gostas, proprietarios
dao imporlante casa commercial
rua de S Nicolau 0,050 e52, Lisboa.
A morte da sandosa exlincta fot mui-
to sentida por todos que tinham o praser
dea conhecer, porque era um caracter
des.
HANS,
nache com sua ex.m familia, o sr. Pos-.
Nemesio da Silva e sua ex.” familiade |
Tem-se accentuado. felizmente as me-
da:
honesto, oruado das melhores qualida-
A sua enluctada familia os nossos pe-:
DE ABRIL DZ 1900
“Procissão dos Passos
+
Teve logar na sexta feira ultima, com
que alivahe sempre a esta villa grande
concorrencia,
“egreja malriz se iniciam ia funeção, Sa-
lindo à prosissão às 5 horas.
O guião era conduzido pelo sr: José
“Belchior da Cruzçe o pendão pelo sr,
Joaquim Nunes eSilva. Atraz do andor
do Senhor e do paleo que cobria o San-
“to Lenho, que era conduzido pelo digno
“parocho «Pesta lreguesia, seguia a phi-
Inrmoniea certaginense que em lodo o
Erajecto executou algumas: marehas fu-
nebees, chejas de melodia e sentimento.
1 Ao logar do Encontro, foram solem-
nemente conduzidas as duas novas ima-
gens, da Soledade e S. João Evangelis-
tu, que depois das cerimônias do costus
me, seguiram na procissão alé à egreja
matriz, correndo tulo na melhor ordem
e com o devido respeito.
Eram seis horas e meia quando ‘a
procissão dava entrada na matriz, ter-
minando a solemnidade com o sermão
da Valyario, pregado pelo sr. padre Do-
mingos Lopes da Cruz, que foi o mesmo
| orador do Pretorio é Enconto, lavendo-
se em todos habilmente,
São dignos de mensão os 8 anjos que
se encorporaram na procissão pela forma
| como tam vestidos.
Os andores foram artisticamente or-
namentados pelas ex! sr? D. Maria
Joana e D. Elisa Guimarães, e as figu-
ras cepresentandos a Veronica, Marias
e Magulalena ensaiadas e vestidas pela
esposa do sr. Joaquim Affonso Junior.
—e-
Feira dos Passos
Esteve menos concorrida, do: que as
los annos anteriores, a feira que se vea-
“fisou no’sabbado. i
Concorreu sem duvida para isso, 0
dia estar bom é ser approveitado para os
serviços agricolas da epocha, que se
acham bastante atrasados, !
Aimila assim elfeeluaram-se bastan-
tes transacções, principalmente nas-qu-
alto olirivesarias que costumam CONCOI-
ver as uyssas feiras. |
Os presos Jayme d’Almeida e Joaquim
Carvalho, o «Mineiro», que na nonte
de 28 de Março lentaram evadir-se das
toda À pompa.a procissão dos Passos.
Eram 4 horas da tarde, quando na.
cadeias desta villa, são dois vadios bem
co ihecidos do – publico, assim como
as suas variadas e requintadas proesas.
O primeiro, que inda ha bem pouco
tempo conseguiu Engir WPaquella NEISÃO,
e recaplurado em Abrantes, convidou O
«Mineiros à por em pratica nova’fuga o
que este da. melhor vontade “accei-
tosd o SAS ME
A’s-1 1 emeia horas Paquellanônte
trabalhavam os famigerados moços com
o-maior alan no arrombamento da por-
ta de ferro da prisão, quando umas mu-
lhersitas que se achavam -na sala -conti-
gua e ao sentirem tão exltanha activida-
de se poseram a gritar, pondo em alar-
metodos os presos e carcereiro.
Aceudiram muitos populares e a po-
lícia aqui destacada, que immediatamen-
te algemou os presos, pondo-os incom
monicaveis.
Um dos policias, sem “o menor “res-
peito para com a situação do preso Jay-
me e menos acatamento pelos. cavalhei-
ros que alli se-encontravam-deu lhe uma
bofetada, sendo por.lão incorrecto pro-
cedimento acre e justamente censurado
pelos circumstantes, Rai,
Não é assim que os srs. polícias Cd»
ptam as-sinpathias do poyo; ;e senão…
veremos.
CANCIONEIRO.
O Coveiro
Eta hidiondo, phantastico, nojento,
Filho da treva irmão da velha morte,
Andava a farejar ao vento forte
Dos miasinas o sordido (fermento.
Esguio, caminhava a passo lento,
Dentre as larvas na fetida cohorte;
E vendo alguem fiadar a sua sorte
Logo soltava um ávido lamento…
Uma: noite, porem; ao cemiterio,
Não volto e ulisserão lá:— Mysterio!
O coveiro faltar é a vez primotral—
Partiram. No casebre silencioso,
Elle estava, maguado, lacrimoso.
— Aos seus pés tinha—morta–a companheira.
ANTONIO RANCEL
FOLHETM DA «GAZETA Nº 2
» Gantas
á DE:
Carlos as canninha
“E não ho mais doce nem mais suave inter
“tenimento Mespirito do que 6 «Martara con
“uma elegante e graciosa menina ingleza, com
duas é o prazer angelico, & com tres é divi-
no.
Para quem nasceu waquilio, não é perigoso:
para mim degenerinsebreve, aquella placid:
sensação em mais profundo sentimento.
Veio a admiração primeiro. !
8 como as euadmirava todas tres as minha:
gens fascinadoras! : E
E ellas conheciam-n’o, ram, folgevam :
estavam encantadas de me eocantar.
Fizeram nascer 05 desejo».
Julgei-me perdido, e quiz fugir.
Não me deixaram é zmbaram de mim, d
ardencia do men sangue hespanhol da velo
mencia das minhas sen-ações. ..
Y
‘as—queria muito ás ontras dua-: mas amar,
amar deveras, d’alma’ cuidava eu, de coração
ie mulher que creio que Deus moldasse numa
vãos formál-a.
TI
Laura não era alta nem baixa, era, forte sem
“er gorda, é delicada sem magreza, Os olhos
“Je uma cór-de-avelan diaphano, puro, avelu-
“indo, grandes, vivos, cheios detal magestade
mánio se iravam, de tal doçura quando se
beandavam, que é difficil dizer quando eram
ais belos. O cabello quasi da mesma côr l-
ha, demais um reflexo doirado. vacilante, que
» sol resplandecia, ou antes, relimpejava,-—
“var A espaços, não era sempre, nem em todas
15 posições da cabeça: —cabeça pequena, DO-
“Jada Do mais classico da slatuaria antiga,
E oisada sobre um colo de imensa nobreza,
Ve barmonisava com a perfeição das linhas
Ҽ hombros.
“Em breve eu amava perdidamente uma d’el-
“a jurálo, era à segunda-—Laura, a mais gen-.
“til, mais nobre, mais elegante € radio-a. figura:
“ora de verdadeiro amor de artista que-se dig
“qu Lomar por esse pouco degreda que linha nas ‘
A cintura brevc e estreita, mas sem exag-
geração, via se que o era assim por natureza
tinha as exiguidades fabulosas da” nossa! pe-
ninsula, era: proporcionado como 0! daVenus
de: Medicis,
“Tenho visto muita mulher mais bella, algu-
mas mais adoraveis, nenhuma tão fascinan-
te.
Fascinante é à palavra para ela.
O rosto oval e perfeitamente symetrico, pal!
lido; só os beijos eram vermelhos como a rosa
de côr mais viva. E
“A expressão de toda esta figura é que se
não descreve. A bocca breve e fina sorria
pouco; mas quando sorria, ohti. :
Vêl a num baile, vestida e calçada de branco,
cingida com um cinto de vidrilhos pretos— toi-
Jette inalteravel para ella desde certa epocha
— sem mais ornato, sem mais flóres, apenas
um firto fio de perolas derramando-se-lhe pelo
collo—era vêr alguma cousa dessuperior, de
mais sublime que um» simples mulher.
Tal era Laura, Laura que eu amei quanto
podia e sabia amar. bra pouco, sei-p agora;
“então parecia-ne infinito. aa
| Disse-lh’o um dia que passtavamos sós, €
e cem a menor contrafeição d’arte. O pé não .
depois de andarmos, horas é horas esquecidas
sem trocar uma phrase. Pensavamos, eu nella,
ella: não seiiem quê. |
Seria em mimo ii us
“Seria, mas não mo confessou.
E ouviu-me sem dizer palavra, sem olhar
para mim uma só vez, sem fugir com a mão
que lhe eu apertava, que lhe) beijava; e que
sentia fria e humida nas mintas que escalda-
vam.
Bra tarde, dirigimo-n’os para casa. Á porta
disse-me: «Não entre;» e vi-a banhada em la-
“grimas, Quiz segnil-a, fez-me um gesto impe-
rioso que me confundiu. Pela primeira vez, de-
pois de tanto tempo, fui só, triste e melancho-
lico para a minha pobre habitação, oude passei a
noite…
Quando era madrugada quiz-me deitar. Não
“dormi.
“No dia seguinte recebivuma: carta de Julia:
assim se; chamava a mais, velha, a. myls. Sensi-
vel e maiscarinhosa das tres irmãs.
O bilhete, parecia indifivrente; “não continhaã
senão palavras usunes, pedia-me que fosse al-
moçar com ella… Não fallava nas irmãs,
Santi que era chegada a minhaborm, pa-
receu-nie que ia ser expulso w’aquelle: Edenden@@@ 1 @@@
É
E Rida o aaa e O ma a A
Sciencias & Leéiras
À -castell À
O pagem Rand estava n’aquelle dia
melancolico e pensativo. Sentado sob os
salguerros « que, ensombravam us margens
do rio, ema cujas limpidas aguas se re-
le cliam as altas “agulhas das lorrinhas
do castelio, com os colovellos apoiados
nos joelhos e as faces nas mãos brancas
e finas, olhava na sua frente sem ver,
abs orvido m’nnia meditação: profunda.
Havia jávalguns dias que o pagem se |
mostrava lristee pregecupado.
“Uma tarde, do pôr do sól, regressava
elle d’um passeio 4 floresta proxima, on-
“dese demorára além: do usual, quando
num corredor escuro do: castelo sentiti
o regagar d’um veslitlo e unsilabiás pai-
savem-lhe na face mimoga ve avelluaida,
ao mesmo Leinpo que uma voz diaphana
Hessegredava ao ouvido:
qu na teto!
* Deside esse dixo pagem Ran) tona:
se melancholico e pensativo.
Perguntava a. si proprio, quem seria
aquela mulher que lhe murmurára n’ama
voz doce como à sopro da briza vesper-
tina a palavra magica— «amora —
Alda, a joven aia ;de D. Brenda, era
uma denzella formosa como um raio d”-
«aurora, e mais de uma, vez 0 lindo pa-
Ro]
s
gem lhe lêra nos olhos uma declaração
anud: Umas eloquente.
Julgava, porem, não ser a saa voz
aquela que ele ouvira no sombrio cor- |
vedor do castelo.
Havia mais «douzellas ao serviço de
Brenda, a esplendida castellã, mas o
goven Raul nunca fizera reparo se alguma
ellas era bella, espirilnosa
-se elle lhes era sympalico.
e delicada e
– Pot isso à pagem Raul perguntava a
si proprio, quem seria aquella mulher
que lhe murniurára numa, voz doce co-
“mo o sopro da briza pad a palayi “a
Ja gica « A) 2 —
D Rodrigo marido de D. Brenda, au-
dava por aquelle tempo pelejando contra
“08 mouros, ea castellã era a senhora
absoluta no castelo.
Raul estava no seu
quarto contem-
pressado o cotação no mais
“ansente, na guerra, onde a
mento podia perder a vida…
GAZETA DAS PROVINCIAS
S=CERTA *
5 DE ABRIL DERINAO
plando o ceu limpido e malizado de sa- |
phivras esplendentes, quando sentiu que
alguem penetrava no aposento subtil-
mente. Uns passos leves, os passos d’u-
ma mulher ou dam sylpho, resoaram ao
pé delle. Raul não se mecheu; sentia
uma alegria infinita invadir-ihe todo o
sêr, uma alegria tão poderosa -que 0- re-
linha a seu pesar como pregado -ho es-
cabello em que estava sentado. Ta em.
fim conheçer quem lhe segredára pela
primeira vez palavras de amor, Quiz vol-
lar-se e não poude.
Umas: mãos brancas e pequeninas-pe-
garam lhe na loira cabeça de adolescen-
Le, puxaram-n’a suavemente para traz e
uns labios quêntes e voluptuosos impri-
miram-lhe um beijo ardente e lubrico
nos seus labios. Uma voz suave e hat-
moniosa dizia-lhe baixinho, ao de
comoção e desejos:.
“Amo-te! amo-Lel
Raul soltou um grito. Reconhecera a
voz do corredor escuro do castello, mas
tambem reconhecera D. Brenda, a for-
mosissima D. Brenda,a mulhes de D.
Rodrigo, seu amo, que andava por a-
quelle tempo pelejando contra os mou-
| TOS.
x.
Tinha passado um anno de intima li-
gação entre Brenda e Ranl. Uma manhã
as lrombetas guerreiras annuciaram a
chegada do senhor ao solar, À guerra
tinha sido renhida e demorada, e D. Ro-
drigo já tinha saudades da esposa ado-
rada a quem desejava eslveilar O mais
breve possivel em seus braços, aspirar-
lie soflregamente o hálito perfumado e
beber no calice purpureo dos seus labios
as volupluasas caricias d’um amor par-
tilbado e sem limites. D. Rodrigo, o va-
lente guerreiro, que não sentia bater a-
acceso da
relrega, seutia-o agora no peito pulsar
com força á lembrança da angelica bel-
leza de Brenda. O seu cavallo devorava
o espaço que o separava do castello, e
ao entrar encontrou esperando-o sua es-
posa pallida e commovida. Esta com-
mação e esta pallidez attribuia-a elle à;
alegria de que D. Brenda estaya pos-
suida ao ser o esposo ha. lanto tempo
cada mo-
Se elle soubesse que havia já um an-
ne de ilima ligação entre Brenda e
Raull
Alda, a joven aia de Brenda, tinha
um pesar neculto que a lrazia palhida e
abatida. Amára Raul com toda a vehe-
mencia da sua alma virgem e apaixona-
da, mas o pagem não lhe correspondia
porque amava outra que se lhe entrega –
va sem olhar ao erime. Ella bem o sa-
bia e jurou vingar-se. D. Rodrigo soube
emfim, por ella, toda a sua vergonha e
ficou luuçgo de dár. Passado o primeiro
“momento, acalmon e guardou no mais
fundo do peito aquelle segredo que o
queimava como um ferro caudente,
Um dia Raul foi dar um passeio à flo-
resta proxima e nunca mais voltou,
Brenda, desde a desapparição do a-
“mante, ja-se definhando pouco a pouco;
“as frescas rosas das suas faces tinham
emmurchecido, o olhar febril divagava
no espaço como procurando alguma vi-
sãa dolurosa. Um veneno subuil ministra-
“lo pela mão de D. Rodrigo foi-lhe con-
sumindo a existencia lentamente atéque
a morte lhe terrou pare sempre os o-
lhos de crystal é os labios purpurinos.
D. Rodrigo, apoz a morte da esposa, de-
sappareceu do castello e jamais 0 vi-
| ram.
Porem, nas quentes noites d’estio vês
se o especlro do pagem Raul sahir da
Doresta proxima. e sentar-se, soh os
salgueiros qne ensombram as margens
do vio, em cujas limpidas aguas se-re-
flectem as altas agulhas: das lorrinhas.
do castello em ruinas,e por de traz d’el-
le o branco Plan itasma de Brenda,mur-
murar-lhe numa voz diaphana e languis
da:
—Amo- el amo- tel
JOSE/ FERNANDES. DE MATTOS
— caveira
É PENSAMENTOS |
A desbonra é uma ferida que cicatriza, mas
que nunca desupparece.
O maior dos infelizes é aquelle que não sabe
supportar uma desgraça.
A materia dorme, o espirito vela sempre.
um
A economia é filha da prodigalidade.
QUEM QUER VIAJAR DE GRAÇA?!
essi
>
— o pmagps
No proximo dia 10 d’abril enceta a sua publicação em Lishoa um livro satifilado «(D
Annunciador,» e que será: da: mais alta ntilidade e interesse para o pnblico de todo o-paizs
Elegantemente editado, este livro apparece todas às Lres mezes,
fornecendo do, leitor informa-
ções sempre variadas àcerca detodos 0s as-umplos que pendem com a vida morderna em ge:
rul e em particular. De Ludo alise encontra, annúncios dos estabelecimentos mais importantes
de Portuzal, noticia ácerca das, principaes cidades e villas, subsidios e notas sobre 0s movimen-
tos commercial, industrial, artístico, litterario é scientifico do dia, horarios dos comboios de Lo
das es linhas farçen etc., etc. etc,
No genero, «O Annunciador», que sera ilustrado pelos t nossos melhores artistas e collabo-
rado pelos escriptores mais laureados, é uma publicação unica: » extraordinaria,
«O Annuacias
dor» contem 180 a 200 paginas e custará a quantia de cincoenta reis, apenas! De modo
que, loda e qualquer nessoa que quizer adquirir o 1º numero, a salir no dia 10 de o não
tem mais que enviar 50 reis (preço do livro) e mais 10 reis (imposto do correio, total,
dica quantia de GO reis,)á redacção do «Annunciador»,
dar, LISBOA.
Mas a surpresa, não fica por aqui!
nO=
Calçada de 3. Francisco, 23, 1.º am-
aTodos os compradores» deste livro excepcional podem obter a faculdade, mediante a fi-
dicula quantia do seu custo, “de fazer uma viagem à sua escolha, «em qualquer das linhas fer-
reas do paiz ou a Paris!!!
E” assombroso! todavia, nada mais verdadeiro. «O Annunciadoro explicará h’uma das fo-
lhas ao «comprador» o modo de proceder n’este phenomenal brinde, que é concedido sob a res-
pousabilidade d’uma das mais importantes casas da capital. O comprador alem da quantia refe-
rida, deve enviar 0 seu nome e residencia, para em seguida lhe ser mandado «O Aununciador»
com as necessarias a
Quem quer, pois, fazer uma viagem, ida e volta, pela quantia de o) reis?
“de innocencia em que Linha vivido. À jettra de
Juha, uma letira dinda, perfeita, natural, figu-
mrava-se me um azgregado de sigoaes caballis-
ticos terriveis «ue encerravam O mysterio da
minha condemmação,
» Nesti-me, fui, achei-me só com-Julia, no
a periour» elegante de seu exclusivo uso,
Era um pequeno gabinete de estudo, ornado
somente de umes ettageres» com livros de mu-
“socas, uma harpa e um cavallete.
Sobre o cavallile estava o meu retrato’es-
– bugado,na estavte da harpa uma romança fran-
Cega cu que eu tiuba feito
guezas. ..
A ur ta assoviava sobre a meza, Julia fazia
o chá e não parecia allender a mais nada,
É preciso que eu te descreva a pequena Jútia
-—Juliêta como nós lhes chamavamos-—rnós, as
duas irmãs e en que rivalisavamos a qual lhe
leltras portu-
havia de querer mais.
Ob! que saudade e que remorso para toda
“a minha, vida, a estas, Recondagoo de fraterual
intimidade! |
Julia era: pequena, delicadissima, propria-
rente jufantioa no rosto, ba figura, pa expres-
«ão e no habito de toda a sua encantadora é
allminutiva pessua,
Nenhuma ingleza, desde o tempo da rainha
Bess, Leve pê e «ancle» mais delicado Nenhu-
ma, desde o rei Alfredo, se occupou tão ele-
gantemente dos elegantes cuidados de um in-
terior britanico—gentil quadro «de genero»
como não ba outro.
Lady Julia R. era a mais pequena e a mais
bonita subdita britanica que eu creio que Lenha
existido.
Vista á lua, DO meio do seu parque, volte-
ando por entre os raros exolicos que no curto
verão inglez se expõem ao ar livre, facilmente
se tomava pela belia soberana das fadas reali-
sendo aquella preciosa visão de Shakespeare, 0
cMidsumer nights dream.»
Seus olhos de azul celeste, sempre humidos
e sempre doces, os cabellos de um claro e as-
seado castanho todos soltos em anneis à roda
da cabeça e cabindo-lhe pelos hombros, espa-
lhando-se pelo rosto, que era uma kda conli-
nua para os Lirar dos olhos, um corpo airoso,
uma bocea de beijar, os dentes miudus, alvis-
simos e apertados, a mão pequena, estreita. e
de cera—tudo isto fazia de Julia um tLypo ide-
al de bondade, de candura, de innotencia au-
gelica.
E cra um anjo.. “ohse era!
Contemplei-a muito tempo em silencio; ella
sorria-me tristemente de vez em quando, mas
pão faltava. Emfim almoçãmos, levaram o trem,
Ella disse à sua ala:
— Plebe, eu estou so com Carlos; e quero
estar só. Em casa para ninguem.
Sim, minha senhora. Resposta obrigada do
crendo inglez.a ludo. –
E ficámos sos completamente,
HI
Julia levantou finalmente para mim os seus
olhos humisos. assombrados das mais longas e
assedadas pestanas que ainda vi em olhos de
mulher e disse-me
— aCarios, em estou triste. Di consolar-
me; diga-me alguma coisa que me console. Fal-
le-me.»
= «Que heideeu dizer?, e.»
= «E um cavalheiro, Carlos: diga- «me. que.o
é, e desassombre-me d’este Lerror em que es-
“1OU.».
— Pois duvida Julia?,,.»
— Não duvido. Queremos-lhe todos muito
aqui. . muito demais… receio: como havemos
de duvidar?»
=
—cQh Julia. perdoe-me» exclamei eu lan-
cando-me a seus pés, tomando-lhe as mãos
ambas nas minhas, e beijando-llras mil vezes
| wum paroxysmo de verdadeira contrição. Per-
doe-me, Julia: bem sei que liz mal, e promet-
to…»
—«Não prometta nada. senão que hade ser
cavalheiro. Isso sci eu e sinto que o pode com-
prir.»
— duro por… por ella » ,
—akilla!. .. Ella ama-o, Carlos. E melhor
dizer a verdade de uma vez, e encarar todas
as consequencias de uma posição diflicilj do que
illudir se a gente sem as evitar. Loura ama O
mas não deve nem póde amal-o.Se fosse livre,
não sei o que diria—não seio que faria eu…
Mas não se-Lrata de min» —proseguiu com vo-
lubilidade febril—«não se trata de mim, Carlos,
trata-se d’ella. Laura não o póde amar, estã
compromeltida, Hade partir em tres mezes pa-
ra a Iudia.»
—aqPara a India!» a
— «Sim: é verdade; vel-o-a. O seu noivo
é capitão ao serviço da companhia, e parte um
casando.»
ass
(Continua) ALMEIDA GARRETIARRETI@@@ 1 @@@
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ANNUNCIOS
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SERVICO DE DILIGENCIAS |
Da CERTA a TNOMAR (via Sernache de
Romiardigo Vales é Fecreira do Lezere). Sao
pel da Ge as Bbmiaso da tardes e ebegn ce
Petr cas Q da more.
dacmanha echesa a Ceuá 12 e meia da lar-
H
thais
“Codã a [e mea da tarde e chega Procnçi
as Bda torde; Sahe de Proença ás BD 09 ma-
nbã e «heug à Certa as 9 meia da manhã,
po certas comunica com a de Proença
a Castello Branco
Doe etatA a PE DROGAM PEQUENO Sa-
boda Certa 2 ada luníles 6
bed a
cam às 7 da manhã e chega a Certa às Tb
da manhã,
O AMANTE DA LUA
Troducção de Silva Moniz
Doc o quinto volume da cultecção, dus
Lodo com magnibeas gravuras. ho veis
semana em Lishbou Portóce Coim va
Nas provibéias, tusciculo de 96 pag.
re: de três em lies semanas.
124
Ti
a :
Vende-se uma quast nova eystema aliover»
peunali a. E ER
Nesta redução se dão referencias
ADUBOS CEHIMICOS
ER para
de. pragana, favas, ervilhas, cebolas,
conves, melões, melancias, oliveiras, etc.
Vendem-se na loja de
“Alano Ricardo Matheus Ferrelra-—
107-Rua do Valle 107 A==Cerlã
EPT SIT IPA RISE RIS TEL
MC ET NO ÇÕA
TYPOGRAPHIA
DA
GAZETA DAS. PROVINCIAS:
CERTÃ
1— TRAVESSA, PIRES—2
POR preços diminutos acceita
encommendas de impressos OÍli=
cines, facturas, pilhetes de visito,
participações de casa mento, Cir=
culares, prospectos, Cartazes,
: etc. CiC. i
DIDI IST EL RITA COUCE
VINHO VERDE DE AMARANTE
Vende-se, genuino, na antiga casa Maria
Molleira, na Avenida Baima de Bastos.
Gapecde Thomar às d |
Crigos, 10.)
Da CERTA à PROENÇA A NOVA. Sahe da |
Pedro
uam as B e meia da tarde; Sabe de Pedvo-
por
Batatas, milho, lrigo é outros cereaes
ta cinas com uma gravura.
PNCADRRMDOR
EMLAERMADUN
CERTA
Abel da Conceição Ramalho-
dalcom ociicma de enctaderna-
dor,| encarregau-so de todos os
merviços concernentes a esta ars
Et
te, por preços modicos tanto, nº-
esta villa