Eco da Beira nº67 30-07-1916

@@@ 1 @@@

 

picas ras

 

ici :
ADO uma msed + 120
Semestre… . vv. v..ho “> qp6o
Brazil (moeda psi – >ooo

 

 

 

Anuncios, n

 

 

“Publicação na Certã |.
Redacção: e administração em

SERNACHE DO BONJARDIM

 

Composto é impresso na Tipográfia Lbiriense

 

 

“o caminho o sde ferro .

| Velha e legitima aspiração des-
ta região é a da construção | atra-
vez ela duma linha ferrea. .

“Varias são as, tentivas que a
tal respeito se teem feito, os pla-
nos esboçados e as’ hipóteses
formuladas. Forçoso é, todavia,
reconhecer que, embora discu-
tindo muitos projectos e parece-

res e alvitres, não se chegou ain- |

da a uma: solução definitiva e
concreta que marcasse,. ao me-
nos, os pontos termos dessa ca-
minho de ferro.

Nesta parte; nós estamos pa-
gando e expiando severamente
Os erros de nossos antepassados
e a sua desgraçada pd
politica.

O nosso caminho de ferro de-
veria”ter sido a linha ferrea da
Beira Baixa, que. partindo do
entroncamento, atravessasse es-
ta região .em direcção a Castelo
Branco, mas que circunstancias
imperdoaveis ou posticas de en-
tão foram construir á margem
direita do Tejo, para só na Bei-
ra, propriamente, entrar em Vila
Velha, parecendo que cóm o pro-‘
posito de o afastar o mais pos-
sivel da região que mais, proxi-
mamente devia servir.

– O que agora se pa fa-
zer é um remendo. Ss

E” a reparação dum erro que
tem batido nos, escolhos desse
proprio erro sendo o principal e
mais grave o que provem da fa-
cha ou zona dé proteção conce-
dida às companhias construto-
ras-das actuais linhas.

Esta tem .sido uma grande e
porventura a maior dificuldade.

Os parlamentares deste distri-
to teem dispensado, como não
podiam deixar de dispensar a
maior atenção a este momento-

so assunto, que não levantaram |

ainda oficialmente, nem no Mi-
nisterio nem no Parlamento pela
anormalidade da. situação que
conhecida de todos é como im-
propria para a realisação de tais
obras.

Vem, porem de aborda-lo o
nosso querido amigo Pina Lopes,
digno senador: por este distrito,

numa entrevista que deu a um ‘

jornalista da capital e que tive-
mos o prazer de publicar neste

“mesmo lugar do ultimo. numero,

 

Nada entrévista” 0 ilre é
zeloso representante deste distri-
to desenvolve um largo plano
de fomento, obra. de estadista,
que seria o resurgimento des-
ta região e a nosso ver deve
ser o tema e o inicio da iniciati-
va dum congresso. regional em
que todos. demonstrêmos: uma
união respeitavel e afirmemos

uma vontade decidida de traba-

lhar e vencer.

Nessa . excelente. e patriotica
exposição, tratando de.caminho
de ferro, lá fala o nosso amigo
daquele que deve ser o desta re-
gião e a ela convem, nas seguin-
tes palavras :

“ve Alem da’ rede oficial do
estado, que a’ Republica tem
procurado desenvolver, era ne-
cessario. no. norte o prolonga-

mento da linha férrea: Coimbra-

-Arganil até entroncar a da Bei-
ra Baixa, para ligar o grande
centro industrial da Covilhã, —
cuja produção não receia. con-
frontos com o: que nos vem do
estrangeiro, — com a Figueira
que, num futuro proximo, fique-o
sabendo, há-de ser o grande
porto comercial do centro do
país.

—E chega?

—Não! São precisos mais dois:
um, cuja construção se torna ne-
cessaria, é o que partindo. do
Entroncamento e servindo todos
os concelhos do sul, a sede do
distrito e o importante concelho
de Idanha, se dirigisse a Placen-
cia, ligando assim Lisboa à ca-
pital espanhola com uma econo-

“mia de cinco a seis horas…

—Mas isso era óptimo. |
—Se era… E mesmo o mais
importante caminho de ferro in-
ternacional a construir no nosso
pais.
—E, vantagens, trar-nos-ia?
: — Muitas. A principal era tor-
nar Lisboa o desejado cais da
Europa. Teriamos diariamente
visitantes que. deixariam dinhei-

ro, desenvolvendo assim o co-

mercio é a industria do turismo.
Outro é a ligação do caminho
de ferro do Alto Alemtejo com o
da Beira Baixa, cujos trabalhos
foram recentemente iniciados, e
para a realisação do qual, todos

o

 

 

os parlamentares do distrito se
teem interessado.» .
Ássim pensamos tambêm.

“E” este o’ caminho de ferro

que mais convem a esta região
e aquele que mais probabilida-
des. tem de. ser construido em
breve tempo — o do: Entronca-
mento a Placência.

Trabalhos mui: udelintados e
bem prometedores ha neste sen-
tido.

O futúro demonstrará que des-

te grande assunto não descura-

mos.

Sobre todas as vantagens es-
ta linha: ferrea. será: a de vira
ser a de maior movimento inter-
nacional do país. ne

Oxalá as circunstancias: nos
permitam ver realisada essa nos-
sa maior aspiração.

PINA LOPES

No nosso ultimo numero publica-

mos a entrevista que. êste nosso. que-.

rido amigo e ilustre senador por
êste distrito, concedeu ao nosso pre-
zado colega da Tarde, de Lisboa,
sôbre as necessidades do seu círculo.

Por lapso não fizemos então refe-
rencia alguma à transcrição dessa
entrevista, o que fazemos hoje por
que, ela constitue mais uma nova .e
bem valiosa afirmação do zêlo que
aquele nosso amigo merecem os in-
terêsses que lhe estão confiados no
Parlamento e que êle incansável-
mente defende em todos os campos.

No zêlo de Pina Lopes não está o

cumprimento dum dever político de

interêsse eleitoral, mas sim e sobre-
tudo: a afeição sincera e carinhosa
d’um ardente e devotado amor pá-
trio—o amor do seu distrito.
Publicando essa interessante en-
trevista, nós damos às suas recla-
mações, que representam um plano
de transformação e fomento para
Êste distrito, com muita atenção es-

tudado, a nossa solidariedade, mui

modesta, é certo, mas sincera e de-

dicada.
ease ando

No. proximo domingo é o merca-
do grande de Sernache.

Serão distribuidos 15 prémios aos
expositores.

RSRS
– Liceu Colonial

Concluiram os trabalhos escolares
neste estabelecimento de instrução
e já todos os ia sairam em | goso

de férias.

RSRS ro

Saiu para Lisboa o sr. dr. Jaime
Pereira e para as Donas (Fundão)

o sr. Joaquim Matias Lopes, pro- |

fessor do Liceu Colonial.

Serbia

Na proxima semana não Se pu-

blica êste jornal,

 

 

Palavras amigas.

comentem

O sr. dr. Ernesto Mávistia, ho-
mem feliz, a quem muito sobeja 0 tem-
po, vem-se. entretendo a consumi-lo

de mistura com o seu. inexgotavel es-

pirito. escrevendo na Voz da Beira
prosa vária a que poz o -estafado ti-
tulo de Carta aberta, a qual, nem
mesmo aberta se sabe para quem é.

Viu algures aquilo e imitou. E
uma . mania mansa € nêle já velha,
esta das «cartas ‘abertas». Já há. tem-
pos-escreveu uma à um, funcionarió
administrativo, cremos que, com o
intuito de contundi-lo, mas com tal
arte e tal esperteza a escreveu que
conseguiu apenas fazer uma defesa
e estragar uma causa.

Agora, as cartas. abertas do sr,
dr. Marinha, dirigidas a todos e a

ninguem, são uma espécie de mis- |

celania em que se tratâm todos, Os
assuntos aproposito dos quais se
possa dizer mal de alguem ou de
alguma instituição, como- covêm a
um: jornal independente é evange-
licamente editado. .

“Quem nos conhece, a. nossa for-
ma de polemica e a índole dêste jor-
nal terá certamente notado a pacien-
cia com que temos ouvido referir—
porque não as temos lido—as pre-
lengas do sr. Marinha. Temos! mo-
tivos para êste silencio misto, de in-
diferença e paciencia!…..

E são êles que ainda nos obrigam
a mantermo-nos dentro da: forma
amigavel das sonsiderações: que va-
mos fazer.

Das cartas do sr. dr, Marinha é ape-
nas lemos, as duas ultimas, que es-
pecialmente se referem a actos da
câmara.

Nessa sua; prosa não se aumenta
nem se eleva. ..

Vindo. para a imprensa e mal
dos seus colegas da vereação e dos
seus actos infringe as mais elemen-
“tares noções duma leal é honrada
camaradagem. Deixando a sua ca-

deira de vereador para vir para a ter- |

ceira página dum Jornal discutir os

interesses do municipio é denunciar-,

-se, pelo menos, sem senso comum |
Vir contar as facilidades e a con-
fiança, —que nêle tiveram na secre-
taria da câmara é procedimento que
não abona a sua; lealdade,
E da sua personalidade: dá um as-
pecto muito antipatico. |
A sua atitude durante a ultima
sessão camararia, para que foi ex-
pressamente convidado, andando pe-
los corredores, de mistura com o
“povo, a espreitar pelas fisgas das
portas o que lá dentro diziam e re-
solviam os seus colegas, seria repu-
“gnante se num bacharel formado
podesse ser tomado a sério e como
acto de normalidade! Nêste peque-
no meio onde todos e tanto nos co-
nhecemos, que conheçe a sua elei-
ção e a forma como ela foi feita e
para que ela foi feita, o sr. dr. Ma-
rinha, que não tem meia duzia de
votos e devia ter a prudencia de evi-
tar que lhe dissessem porque pro-
cessos conseguiu os 392 com que foi
eleito para o senado municipal, tem
o descõco de vir falar nos seus elei-
tores!… E «no posto singelo que

ES

Certãgelo que

ES

Certã

 

@@@ 2 @@@

 

conquistou nas ultimas eleições mu-
nicipais!,,.»

Que inconsciencia !

chega até, na sua provocação,
a gritar singularmente pelo director
dêste jornal! j

Ora, o director do Eco da Beira
se chega a pegar, a valer, no sr. dr.
Ernesto Marinha é para deixá-lo em
carne viva!

E não queriamos ! : k

Temos por êle uma velha estima,
respeito pelo nome que usa e muita
consideração pela familia a que per-
fencer ne

Estamos, por isso, na disposição
de, não, darmos êsse espectaculo á
galeria, se o sr. dr. Marinha quizer
pôr ponte. no seu. mi sal j

Quando em certo dia, que não
vai muito longe, o sr. dr. Ernesto
Marinha nos veio manifestar as suas
disposições de se filiar no partido
republicano português, falimos-lhe
com uma amizade é com uma leal-
dade que ainda não sofreu quebra
nem desfalecimento.

Que honrasse o nome que usava —
lhe dissemos nós—afitmando com
elevação e dignidade a sua individua-
lidade de forma a ser uma força,
centro de atracção em volta do qual,
com decisão se juntasse tanto ele-
mento de boa vontade e valor que
para aí andava disperso e à quem cu
não podia inspirar, por considera-
ções de bairrismo, a mesma e ne-

gessaria confiança. E

— Seja util á sua terra, lhe disse
eu, que essa dedicação lhe deve,
pela condição do seu nascimento é
pela tradição do seu nome; e que
dela bem carecia na situação em quê
se encontrava e que então lhe defini,
como muito crítica e de mau futuro,
pelos erros dos seus politicos, que
eu, politico, não queria aproveitar.
* Que esta consideração pelos in-
teresses da sua térra e do seu cos-

– celho não deviam ser indiferentes à
sua filiação partidaria.

Por mim, era absolutamente livre.
para seguir o partido que quizesse,
pois não o obrigavam nem eram-cal-
culadas as provas de consideração
que lhe havia dado. E nesta orien-
tação o nosso desinteressado aúxi
lo prometemos. :

Estava perante um amigo coinúm,
seu velho companheiro de infancia,
que, com sinceridade apoiou as nos-
sas palavras. :

Modificaram-se as circunstancias
mas não se modificou a lealdade
das nossas intenções.

Hoje e mais uma vez aqui lhe re-
petimos as mesmas palavras, em
manifestação de estima que por al-
guns factos se tem afirmado. ‘

E’ um programa minimo pará um
homem de bem que quer colaborar
na vida publica da sua pátria.

Se não é capaz de o cumprir, en-
tão, sim, recolha-se do seu capitolió,
mas, antes ponha prudentemente
termo a essa atitude descomposta e
ingloria que só desgostos, e sérios
desopstos, lhe pode dar.

E a êste Lltimo conselho reduzi-
“mos, provisoriamente, todas ‘as nos-
sas considerações.

Estrada de Beler

Uma camissão composta dos srs.
Augusto Rodrigues, administrador
deste concelho, Demétrio Carvalho,
vereador municipal e Augusto Ros-
si, chefe da secretaria da camara,
esteve no dia 19 em Lisboa, onde
se encontrou com representantes dos
concelhos de Vila de Rei, Mação e
Gavião, e, conjuntamente com estes
pediram e obtiveram uma conferen-
cia como ilustre ministro do fomento
a quem solicitaram a conclusão da
estrada da Louzã a Belver, que so-
bremaneira interessa a esta região.

Depois de ser feita aquele estadis-
ta uma desenvolvida exposição da
pretensão, solicitando a convénien-
cia geral e a justiça em que ela se
baseia, o «ilustre ministro mostrou-
se vivamente interessado em aten-
der o pedido que lhe era feito, pro-
metendo incluir na proxima dotação .

 

 

 

“ECO DA BEIRA

de fundos as verbas suficientes para
a conclusão do lanço, já iniciado, da
Certã a Vaquinhas, para se come-
çar o lanço já estudado, em Mação,
e para se dar maior desenvolvimen-

to aos lanços da Louzã.

A comissão ficou sobremaneira

grata pela forma como foi recebida

pelo ilustre ministro e convencida

de que os seus esforçados trabalhos

não-serão. baldados.
Já então agregado à comissão, O
sr. Henrique Moura, esteve no Au-

tomóvel Club e no Propaganda de
“Portugal, «solicitando o patrimonio
“destas consideradas colectividades,

que gentilmente lhes foi prometido,

Para este concelho, mas sobretudo |

para a Certã, representa um extra-
ordinário beneficio a conclusão des-
ta estrada,

São, póis, muito para louvar to-”

dos os eforços empregados pela co-
missão, para conseguir dos poderes
publicos satisfação a uma tão urgen-
te necessidade, (

Sabemos que ha muito o digno
administrador do concelho se vem
interessando por ver realisada aque-
la justa aspiração, na qual o temos
acompanhado com toda “a ‘nossa
boa” vontade, que não: deixará dé
se manifestar sempre o nosso apoio
seja julgado conveniente.

secs

A INGENUIDADE…

O sr. dr. Ernesto Marinha, paran-
do na sua caminhada através a ter-
ceirá página da Voz da Beira, es-
creve, com: assomos de: contrarie-
dade :

«Não me concedem mais espaco
no jornal: não devo abusar

Ora, ora, não abusa nada.

Concedem ! é

Nós conhecemos bem a imparcia-
lidade e as intenções de certos jor-
nais, quê, nãotendo-à coragem dos
seus actos e das suas opiniões, afi-
xam na frontaria a taboleta de «jor-
nal” independente» para abrirem a
terceira página a todos aqueles que
nela queiram dizer mal de homens,
atacar partidos e expor opiniões po-
líticas, contanto que agradem aos
donos do jornal, , !

Conhecemos essa independência
hipócrita e sem dignidade que sabe

que umas contas estão completas ‘e

ao seu leitor vem dizer que nelas
faltam verbas: que sabe, porque
viu, que as verbas estão certas, e
vem dizer aos seus leitores que elas
não jogam; que chama aum dos
juigadores uma bêsta e no jornal o
proclama: um homem inteligente e
escrupuloso!… asa

Esta independência e esta hones-
tidade jornalística editada pelo ‘mi-
nistro: duma religião que prega a
verdade e a justiça e tem a carida-
de como pertume da súa essência, é
muito nossa conhecida ‘e até muito
do nosso agrado.

E o sr. Ernesto Marinha a cola-
borar, agora, nessa mistificação, sem
elevação: moral, está bem-nessé lu-
gar e muito a contento de todos.

Uma frontária-limpa escondendo
uma casa de malta !

Está ali bem o ilustre Ernesto es-
crevendo «atravé: o manto diáfano
da hipocrisia.» E

Dentistas !

E
REBATE!
O sr. Ernesto Marinha, deveras
agoniado,: vindo. à janela do jornal

da Conservatória e metendo .os de-
dos a boca, deitou cá para fora isto :

«uma mistificação ignóbil que nos
vexa e espolia!…»

Pode parecer que se refere a ac-
tos da Câmara, mas não é, que é
composta de gente limpa e séria,

Entende-se com a célebre apreen-
são duma roleta e dinheiro e contas
feitas com os batoteiros !

 

 

 

 

Em redor da guerra

O general «sir» Douglas-Haig

ses; Le Matin, acaba de publicar
uma belo artigo de sir Esher, mem-
bro da Camara dos Lords, sobre o
general. Donglas-Haig — actual co
mandante do exército britânico em
operações na-França. Esse artigo é
interessante pelos dados . biográficos
é psicológicos que fornece ácerea da
individualidade realmente notável,
do generalíssimo. Eis porque o re-

produzimos :

Foi logo após a guerra sul-africa:
na que encontrei pela primeira vez
o general Douglas-Haig. Era ele
então o chefe do estado-maior de
sir John French. Eu era membro

de’uma comissão parlamentar encar- ||

regada de proceder a um inquérito
sobre-as-operações da guerra trans:
valiana. O general Haig era uma
das testemunhas. O seu depoimen-
to impressionoume pela forma -no-
tável como fôi feito, “Teveladora da
mais viva inteligência e das mais al-
tas, capacidades profissionais: Em
1905 presidia eu a um comité de
três membros, composto pelo almi-
rante lord Fisher, corone! sir John
Clark e por mim, destinado a tra-
balhar pela reorganização do minis-
tério da guerra e do. exército. britã-
nico, O: general Douglas Haig pres-
tou-nos um concurso esclarecido.
O exéréito inglês não possuia esta-
do-maior: O general Douglas-Haig
inquietou:se com essa falta–e as
suás ideias. inspiraram-nos. A. sua
personalidade afirmou se tão viva-
mente nessa ocasião que O governo
quiz confiar-lhe, logo que o estado-
-maior foi-criado, a: sua direcção.
Como porem era ainda muito novo
e a sua graduação hierarquica pou-
co ac preciso nomear outro.
Entretanto foi nomeado inspector
geral da cavalaria. Alguns anos mais
tarde foi nomeado chefe do estado-
maior: do. comandante do “ exército
da, Todia, Foi com pesar que. ele
partiu a tomar conta do seu posto.
Pressentia uma guerra entre a Ale-
manha e a França e com grande
clarividencia, Douglas Haig previa
que a: Inglaterra se colacaria: do
lado da França: Ora o seu mais ça-
ro desejo era tomar parte activa nas
operações que se desenrolassem em
França. Permaneceu dois anos na
India. No seu regresso foi nomesdo
general em. chefe do campo: de Al-
dershot. Este comando: é o mais
importante de quantos em tempo
de paz existem no exercito britânico.
Douglas-Haig ocupava-o ainda em
agosto de 1914. : :

Como chefe do primeiro: corpo,
durante a retirada de Mons, e mais

“tarde, como chefe do primeiro exer-

cito na Flandres, o general Dovuglas-
Haig foi várias vezes objecto de
elógiosas citações nas ordens de dia
do marechal’sir Jóbn French. Quan-
do este, cujo estado de saude era
precário, teve, com grande magua
das suas tropas é dos seus amigos
de abandonar o’seu comiundo, o ge-
neral sir Douglas Haig foi o candi-
dato favorito do exercito e do povo
britanico para ocupar o lugar vago
pela saída do marechal French. Tem
sido frequentemente reproduzida a
biografia de Douglas-Haig. Nasceu
em Edimburgo, tem cincoenta anos
estudou na universidade de Oxford
e pensou em seguir a carreira diplo-
mática, O seu país ganhou com a
resolução que ele tomou de seguir a
carreira das armas. Douglas-Haig
é um períeito escossez. 4

Ele tem esse não sei que de ca
valheiresco que na alma escosseza,
tanto agrada à França. O exercito
ama é admira tanto nele a elegan-
cia fisica do cavaleiro, como a ele-
gancia moral do gentil-homem, Dou-
glas-Haig é de resto um grande tra-
balhador. | é

A batalha do Somme é a culmi
nação de uma vida inteira de labor

 

Um dos primeiros jornais parisien- q

 

 

 

 

 

sé de sonhos; A sua fé nos exercitos
da Fiança é, no demais. um novo
traço dé mão entre os dois países.
O general Douglas-Haig tein por
Joffre a mais viva simpatia, Este re-
tribui-lha. Ninguem está, de resto,
e em ultima analise, mais intima-
mente convencido de que Douglas-
* Haig, lutando contra os demais em
terras de França, os soldados inglê-
-Ses lutam simultaneamente para pro-
“teger a existencia moral e material
do mundo civilizado.

sue rm veia
A HIPOCRISIA

O sr. Ernesto Marinha abre à
sua carta do dia 20 com uma men-
tira: : fo
Diz Ele que viu, na secretaria da

Câmara, a acta da comissão execu-

tiva. dp PRER

É mentira. Não viu tal: |

:. Cómo verdade não.é tambêm que

“o livro das actas tenha ido para ca-
sa do presidente, como êle também
afirma em prosa anterior.

Estas afirmações são uma insídia
intrigar e indiréctamente com-
* prometer o chefe e empregados da

secretaria e mostrar que os livros e
papéisida Câmara estão à mercê de
qualquer Ernesto. :

Mas se assim fôsse, se êle, abu-

sando da confiança que lhe dispen-
sassem, tivesse apanhado e lido um
livro: de actas e-sem escrúpulos o
viesse dizer em letra redonda, esta-
ria explicada a razão da sua estra-
nheza quando lá lhe puzeram, na
secretaria, há témpo, uma: teia,”

Oh!… “o manto diáfano da hi-

pocrisia…

es

Antonio Férreira Biscaia

Pode considerar-se livre de perigo
e apenas sujeito a um demorado tra-
tamento’ de descanço o sr: Antonio
Ferreira Bisca a, que, como noticiá-
mos,-foi vitima de um desastre e te-
ve de recolher. ao hospital de Coim-
bra. RR

Foram ali visitá-lo os nossos ‘ami-
gos st: Antonio Pedro da Silva, Jai.
me Raul da; Silvae Antonio Mateus.

LICEU COLONIAL

Resultado dos exames da 3.2 classe

 

 

 

Adriano Caetano de Oliveira, de
Figueiró dos Vinhos, aprovado com
12 valores; Alberto Avelar Labes-
cat, de Angra do Heroismo, apro-
vado com 10; Alvaro. dos Santos
Marcelo, de Aldeia do Bispo, Pena-
macôr, (esperado em “Poriúguês);
Antonio Joaquim Teixeira, de Car-
viçais, Moncorvo, aprovado comrt;
Antonio | Maria. da N. Damaso, de
Carregal do Zezere, (esperádo em
Inglês); Domingos dos Santos Mar-
celo, de Aldeia do Bispo, Penama-
côr, aprovado com 11; Emidio Au-
gusto Rodrigues, de Barreira Méda,
distinção com: 15; Ilda Marçal Cor-
reia Nunes,: de Sernache do Bom
jardim, distinção com 16; João de
Jesus Ferreira, de Torres Vedras,
aprovado com to; João Maia, de
Tomar (esperado em Português
João Paschoa, de Alcafoses— Idanha
a Nova (esperado em Português)
João Preto Rebelo, de Segura—Ida-
nha a Nova, aprovado com 12; Jo-
sé da Conceção Moura, de Moncor-
vo; distinção com 15; José Francis-
co: Pontes; de Freixo de Espada-á
Cinta, aprovado .com 13; José Lu-
cas Martins, de Milreu—Vila de Rei,
com 10; José Marques da Costa Rô-
xo, Aguas -—Penamacôr (esperado
em Francês); Manuel Joaquim Ta-
borda, de Freixo de Espada á Cin-
ta (esperado em Porluguês); Ma-
nuel Luís da Fonseca, de Mogadouro
esperado em Português); Mario
Augusto Taborda Simão, de Freixo
de Espada á Cinta, aprovado: com
14; Sebastião Chambino, de Alca-
foses-—Idanha a Nova, ap: ovado com
12; Zeferino Dias Freixo, de Segu-
ra—ldanha a Nova (esperado em

Português).

Português).

 

@@@ 3 @@@

 

— MOSAIC

enseno

Catárina de Bragança

Toda a gente sabe que uma lilha
de D.-João IV foi rainha da Ingla
terra. Toda’a-gente sabe tambem
que foi essa pobre infanta portugue-

sa, Catarina de Bragança, que intro–

duziu em Londres a moda elegante
de tomar chá às cinto horas. Nin-
guem ignora ainda que a côrte es-
candalosa de Whitehall c.de Ham-
ptom Court pretendeu desculpar os
desvários amorosos de Carlos 1,
justificando-os—di-lo o embaixador
françez conde de Comminges—pela
«portuguezissima fealdade da rai-
nha». Às memorias do tempo são
terminantes é claras. Por que foi
Carlos TI de Inglaterra um devasso
espirituoso, à maneira de Laurian e
de Luís XV?-Responde Charendon;
porque Catarina de Bragança cera
feia. Porque saiu sua magestade
corruptissima dos braços astútos- de

Lady Castlemaine para:a viola cvo-s;

luptuosa da dançarina Moll Davis,

dos olhos v.rdes da demi-vierge
Stewarih para a térnura absorvente.
da grave dugueza de Porthsmouth? |

Responde Pepys, no seu, Diário:

porque Catarina de Bragança era

um monstro. Não. sei até que. ponto
poderá admitir se-a-Singular-doutri-
na de que a fealdade da mulher jus-
tifica as infidelidades do marido. Mas
dêmos de-barato que essa justifica-.
ção moral ou melhor, que essa justi-
ficação imoral é admissível, e veja-

 

mos o que houve de verdadeiio na’

pretendida monstl
ta portuguesa que À
tica dinástica do século XVII fizeram

sidade da infan-

mulher de um dos mais galantes |
reis da Europa, Catarina de-Bra–

gança seria, realmente, tão feia como

quizeram pinta-la em Inglaterra ? As.
estirpes doentias de Medina S donia .
e de Vila Viçosa, já duas vezes cru-,

zadas, teriam produzido na filha de
D. João IV alguma coisa de disfor-

me e de teratológico, que. desse ra-.,

zão às afirmações terminantes de
Charendon e de Reresby; do conde
de Comminges. e do ministro Pepys?
Parece que não, A Íealdade tradi-
cional da mulher de- Carlos II deve
ter sido, fundamental, uma .lenda.
E essa lenda explica-sei. E” claro
que entre as belezas loiras, translu-
cidas, roseás, aladas, normandas,
que revoavam pelos salões antigos
de Whitehall como um bando doi-
rado de Amores e que os pincéis
de Houthorst,, de Lely e de Vissing
fixaram para a imortalidade, —a po-

 

 

bre infantesinha portuguesa, peque- *

na, acanhada, trigueira, de cabelos

retos e de olhos enormes, com o
seu verdugadim hespanhol, a sua
educação de mosteiro, os seus olha-

res de revés, havia ter produzido, .

fatalmente, a mais estranha e a mais
desgraciosa das impressões Suce-
deria o mesmo a qualquer outra mu-
lher que possúisse o tpo escuro,
miudo, vulgar, português, de Cata-
rina de Bragança. Todas as aias
que acompanharam a infanta-rainha
para. Inglaterra-tiveram (a: honra de

ser consideradas «uma formosura».

(Charendon, Memor. IL, 410),—e,
entretanto uma delas foi a amante
preferida de Buck ngoam. E” certo
que um ligeiro prognatismo é uma
defeituosa implantação dos dentes
desfeiavam a filha de D, João IV, per-
turbando-lhe ‘a harmonia da boca;
mas os olhos eram belos, a pele
dum doirado quente de trigueira, as
mãos. finas, os movimentos gracio-
“sos, a expressão atraente e bondo-
sa,
os encantos da mulher, descreven-
“do «os seus olhos maravilhosos e o
seu lindo timbre de voz» (Jesse,
Memor. WI, 6) e declarando em
carta á duqueza de Orléans, dois
dias depois do casamento, que
se sentia completamente feliz com
ela» (Conde de Baillon, Heuriette
de Angleterre, pag. 85). O mesmo
diz John Evelyn, apresentado à raí-
nha no próprio dia da sua chegada
a Hampton Court; «… $ pequena

acasos da poli-‘

O proprio Carlos II reconheceu *

 

ECO DA BEIRA

“de corpo, mas bem feita; tem belos
olhos cheios de languor; só ós dem
tes, avançando de mais, lhe estra
gam um pouco a boca». O progna-
tismo manifesta-se nos retratos de
Huysmans e de Stopp, existentes
na Nacional Gallery; mas é menos
acentuado -na admiravel pintura de
| Peter Lely, onde a rainha aparece
como uma linda mu’her, nada infe-
rior;-na sua grave beleza, à ultima
amante do rei, Lady Keroualle Gor-
tezania do pintor,—para’quem’ não
houve, mulheres feias, sobretudo
quando eram rainhas? Evidentemen-
“te, Mas, dados todos os descontos,

a triste infanta portuguesa que a es

-terilidade condenou à mais dolorosa
e apagada das rialezas, estava longe
de ser aquele «monstro anão, escu-
ro é plebeu» que Pepys descreve,
ou aquele «hediondo morcêgo» a
que aludem as memórias interessan-
: fissimas de Jesse. Quando voltou
“para Lisboa, aos cinquenta e cinco
anos, D. Catarina estava ainda bem
conservada e fresca A sedentarie-
dade, diz Manuel d: Almeidamas
suas Memórias, fê-la «engrossar em
“carnes», Tinha a mania de mudar
constantemente de casá-“de Belêm
para as casas do conde de Soure,
da morada de Fernão de Sousa a
“Santa Marta para os paços da Bem-

|. posta—e vivia absorvida na cura

=das suas. frequentes. erisipelas, de
que a tratava’ o cirurgião francês
Rambaud, que viera com Schom-
berg para Portugal (Torre do Tom-
E |. 60, Cartas de Ma-
stuel Dias. Aos sessenta e sete anos,
precisamente quando chegou a Lis
boa o médico inglês Crickton, encar-
regado: de colocar no rei Pedro II
um céu-da-boca de prata, Catarina
“de Bragança morreu duma apendi-
-gite; As cartas de Manuel Dias e as
Memórias manuscritas do duque do
Cadaval descrevem a agonia da rai-
nha de Inglaterra, durante uma ter-
rivel noite de tempestade. Coisa cu-
– rosa ;, nem ;no próprio dia da sua
morte, deixou de tomar ás cínico ho-
ras, com uma pontualidade inglesa,
a sua chicara de chá. :

 

 

Julio Dantas.
RENDAS

Entre as mil coisas delicadas, finas,
“Ninharias gêntis, róseas poéticas
Adoro as rendas—creações (estéticas —
Que são profundamente femininas.

Rendas de seda, iinho ou de cambraia,
Ou sejam de Peniche ou d’Alençon,
Rendas d’espuma que n’areia espraia
O mar gemendo em dolorido som.

Gazes, tules, bordados ‘primorosos,
Veus de noivas, ou rendas de Bruxelas
Oh ! como são mysticamente belas
Essas quimeras—trapos vaporosos !

Rendas de nuvens pelo azul docel.
Do ceu s’stendem a perder de vista
-—Tece-as o vento—caprichoso artista —
Mais delicado que o melhor pincel,

Vede esse olhar que fulge enternecido
-Dã joven’imãe que com ternura ageita
Afina renda que guarnece, enfeita
A camisinha dum recem-nascido !

Oh ! que bonita (eu a julgo assim)
Renda de touca tão subtil, mimosa

: Que cinge a-fronte= pétala-de rosa —
Da minha filha —loiro querubim i

“Dum baú dos bons tempos ancestrais
Eutiro velhas guarnições e digo :;
«Que lindas rendas do bragal antigo
Féitas a bilro pelas mãos ducais |»

Rendas de pedra de-lavor piedaso
Das igrejas d’estilo manuelino…
Valencisnas que cobris formoso.
Colo de virgem puro, alabrastrino…

As vezes que me ponho a meditar
Quando em redor tudo repoisa e dorme
Sobre o jardim que a sombra faz informe
A noite estende rendas de-luar. +

Flácidas rendas, Vós nos recordais

Ao inspirar-nos a sentida prece

Rendas de sonhos que nossa alma tece
Sonhos de renda que não voltam mais !

j Ervelza,
QUADRAS
Perguntou-me um lábio amado

porque não choro e só canto;
-—Eº porque eu guardo o meu pranto

 

para só chorar q passado.

 

 

Pode soluçar o lirio

e 6 branco jasmim florente;
chore quem quizer, eu canto
porque me sintoscontente.

Eu afido; doce creança, í
como quem nos ólhos teus
achasse abertos os ceus
cheios dê luz e de esp’rança:

Olha, se choro: e te escuto.
que o diga o meu coração,
que anda em viagem, de luto,
nos areais da ilusão.

Antonio Fogaça.
mpegs
Figuras nacionais –

Alfaiate Fernão Vasques

O. povo sabia. que D. Fernando
recusara-os casamentos tratados em |
Aragão e em Castela. Quvira falar,
com. repugnancia e com assombro, ,
da ligação Incestuosa do rei com; a
propria irmã, D. Beatriz, filha de
Inez. de Castro, Por. ultimo, chega-
ra-lhe aos ouvidos a noticia de que
o monarca, perdido de amores por
Leonor: Teles, dona beitõa então de
passagem na côrte, é tão nobremen-

te bela que lhe chamavam a «Flôr «|

daltura», projectava!. arrancal-a: ao:
marido e fazel-a rainha de Portugal.
A exaltação do povo cresceu, como
um incendio. Os murmurios muda-
ram-se em clamores. O adro de S.
Domingos regorgitava, irai
de ruões, de-be o
coalhados em multidão sobre o la-
gedo. As mãos crispavam-se; fuzi’
lavam os-olhares.- Não; ó.povo não.
queria um-réi que espalhasse a ver-
gonha no seu reino. Não permitia
no paço rial o incesto e o adulterio.

A onda popular rugia. Elegeu-se..
um procurador:para ir gritar ao pa-
co. de S. Martinho a indignação do
povo. Esse procurador, homem vir-.
tuoso e bom, leal e rude, aclamado
por mil voses nas ruas de Lisboa, —
foi o alfaiate Fernão Vasques. A
multidão galgou, subiu á Sé, inva-
diu o palacio do rei. :

Que quer o .povo?—pergunta
D. Fernando; palido, a tremer, do
alto de úma janela. . E /

Ea voz de Fernão Vasques rebôa,.
como um trovão: O povo quer que
o rei o não desonre O povo quer
que o rei não ultrage um ‘fidalgo,
roubando-lhe a mulhér. O povo quer
que o rei não seja incestuoso nem
adultero, que não ofenda a Egreja
nem injurie a virtude. Escancaram-
se milhares de: bocas num rugido
de: ameaça. Ou D. Fernando repu-
dia Leonor Teles, — ou lha irão ar-
rancar aos braços! :

rei parece submeter-se e con-

voca o povo, no dia seguinte, para
o adro de S. Domingos. Nessa mes-
ma noite faltando à sua promessa,
foge para Santarém. Pouco tempo
depois, o cadaver do alfaiate Fernão
Vasques baloiça lugubremente na
forca.

 

ANÚNCIOS

BALANÇA

Centesimal com a: força de mil
quilos, vende em boas condições,
Alberto Cotrim da Silva Garcez—

Ferreira do Zezere.

 

 

PROFESSOR DE INGLES

Lecciona. Traduções de inglês,
francês e espanhol.

GUARDA-LIVROS
“Escrituração comercial e agrícola.
Correspondencia. .

Trata-st com F. Tedeschi, Ser-
nache do Bomjardim.

 

“+ EDITAL

Manuel dos Santos Antunes,
– Vice-presidente da Junta da.
Freguesia de Sernache do

Bomjardim:

Faço saber que no dia 6 de Agos-
to, pelas: 14 horas, na-sala das ses:
sões desta Junta’se abrirá praça;pis
blica e-nela será dada:de-arremata:

* ção a: quem por menos: o fizer à
construção dum: edifició para |2 es»
colas, eim: Sernache, no Bairro: da

– República, A planta; orçamento, ca:
derno-de encargos: e demais: condi-
dições estarão patentes todos os
dias úteis, na casa das sessões des-
ta Junta desde as 10 horas ás 16.

Para constar se lavrou êste é ou-
tros de igual teôr, que serão áfixa-,
“dos nos lugares do costume. *

Sala das sessões da Junta da fré-
guesia, de Sernache do Bomjardim,
em 21 de Julho de 1916.

 

O Vice-presidente, em exercício:

Manuel dos Santos Antunes.

 

Castanheiro do dapão

“O unico que resiste à terrivel
moléstia;’a filoxera, que tão gra-
ves estragos tem produzido nos
» &0 castanheiro do

 

 

O castanheiro japonez ofere-

ce iguais vantagensique o bace-
“Jo americano ‘tem oferecido no
caso da doença da antiga videi-
ra cujas vantagens são já bem
conhecid
sido feitas não só-ao-norte–do
nosso pais mas principalménte
em França, onde o castanheiro
foi primeiro que em Portugal
atacado pela filoxera, e hoje en-
contram-se os sóutos já-Comple-
tamente povoadôs de castanhei-
ros do Japão, «dando: um: sendi-
mendo magnífico.: vs
: O castanheiro japonez acha-
-se à venda em casa de Manuel
Rodrigues, Pedrógam Grande.

“CONJUGAÇÃO FRANCEZA

Pelo professor

ABILIO DAVID

RE

 

 

 

 

O mais perfeito e completo tra-
balho: que no género existe em Por-
tugal; Abrange a conjugação de to-
dos os verbos da língua francesa,
devidamente alfabetados, regulares
é irreghlafes.) CO dh É

Poderoso anxiliar no estudo da
lingua francesa para os alunos dos
liceus, escolas normais, industriais e
cursos superiores.

PREÇO, CARTÓNADO $50.

A” venda nas principais livrarias,
em Sernache na casa Serra.

“Todos os pedidos á casa editora
-=Livrariá Ferreira, Limitada.–Rua
do Quro—LISBOA.

 

.

 

 

Cio da Silfa Teixeira

SERNACHE DO BONJARDIM

Interessante monografia de: pro-
‘fundas investigações históricas, ilus-
. trada com excelentes grayuras. :
Obra dividida em 11 capítulos,
com um prólogo e notas curiosas. «

1 volume de 378 páginas +

Preço—850

 

 

 

 

As experiências teems teem

 

@@@ 4 @@@

 

ECO DA BEIRA

“PULLMAN”

O carro modêlo ideal

ad trio NÓ 10380 mercado esta soberha marca de: automóveis:
TORPEDO MODELO 1914

6 cilindros em. dois blocos: 95″/n><1337/n46,5 HP a 1200 rotações.

Allumage: Bosch alta tensão.

Mudança de velocidades: Electrica Vulcan.

Huminação: Electrica Westinghouse.

Conta-kilómetros: Stewart.

Mise-en-marche: Electrica Westinghouse. :

Roda sobrecelente, Faroes e lanterna, Buelop Slectrica,. Bomba-
*“enche-pneumáticos e Capota

à 3 Em outros países teem estes carros já obtido o mais extraordinário su-
cesso, porque, alêm de suplantar todos os aperfeiçoamentos introduzidos
nos de outros fabricantes, ocupam um lugar de destaque pela solidez da sua
construção, elegância, velocidade, duração e economia de combustivel.

Teem uma longa distância entre os eixos, baixo centro de ade,
todas largas com grandes pneumáticos, excelente sistema de lubri na
romática e estofamento Turkish de 11/

“A sua marcha é da maior confiança, tanto nas ruas das cidades, coino
nas peiores estradas de rodagem e nas subidas não teem rival.

E, alâm de todas estas vantagens, são extraordinariamente mais barátos
do que os de todos os outros carros de luxo até hoje apresentados no nosso
mercado,

Representantes em Portugal:

SEQUEIRA LOPES & o
ESCRITORIO; Avenida das Côrtes 17:
GARAGE: Rua 24 de Julho, 5O-E. e 50-

— LISBOA —

End. telegr.: DITA Telefone n.º 1800

– EXMISARIA CYSNE –

J=DE =,
ALR redo | Silva,
166, Rua Augusta, 168- mm “LISBOA

rligos que ninguem deve comprar
Sem ver 0 sortimento e preços desta casa

 

 

 

MISAS Sen “PYJAMAS | BOTOES.
CAMISOLAS “> SUSPENSORIOS
“PUNH , PEUGAS -BENGALAS
“ coLARINHOS LIGAS GUARDA-CHUVAS:
GRAVATAS | LENÇOS: | IMPERMEAVEIS

Sempre ra recebida. directamente. de Londres. e Pais

PREÇOS MODICOS
MERCEIA-

Estabelecimento de géneros alimentícios, louças, vidros
e tabacos

“Grande sortimento de conservas de primeira qualidade, de carnes, pei-
Xes e mariscos.
Licôres nacionais e estrangeiros, vinho do Porto e-de pasto, etc.

Preços lemitadíssimos. (

ANTONIO LOPE s

“Sernache do Bomjardim

“EABRICA DA SALGADA.

Moagens e fabrico de-azeite

«Venda de cereais e farinhas,
“Recebem- -se cereais € azeitona à maquia. –

ANTONIO PEDRO DA SILVA JUNIOR

Sernache do Bomjardim

OURIVESARI E RELOJOARIA

o: ANTÔNIO DA GOSTA MOUGA
—SERNACHE DO BOMJARDIM

Um excelente. sortimento de relógios de ao os
sistemas e variados autores.

 

 

Objectos de ouro e prata de fino gósto, mui pró-

prios para brindes… x
Concertos garantidos, CO ionbaiil dbrdi

 

 

 

 

 

 

= Esta antiga tipografia está está habilitada a executar com a ma-
xima rapidez é perfeição todos os trabalhos de grande e peque-
no formato, para o que possue as competentes maquinas e gran-
de variedade de tipos nacionais e estrangeiros.

 

“IMPRESSÕES à CORES DURO E PRATA

y Bilhetes de visita desde 24 ctv. o cento. Participa-

Miguel da ane Toindado |
É nf

 

ções de casamento é livros

«os DE IMPRESSOS PARA REPARIÇÕES E PARTI COLARES
Larêo do Passeio — LEIRIA

RESSACA

COPIOGRAFO |

Preparado por FRANCISCO SIMOES
O mais aperfeiçoado e mais barato

 

 

 

 

 

 

Lom este aparelho obtem-se 100 cópias de qualquer autógrafo como:
preços correntes, Circulares, mapas, avisos, facturas, cartas, oficios, dese-
nhos, Plantas, caricaturas, anuncios, etc,

&” o único que está sempre a tuncionar, porque se póde lavar COM
AGUA QUENTE EM UM MINUTO.

– E” muito útil nos escritórios comerciaes, govêrnos civis, administrações
de concelho, câmaras municipais e, finalmente, em todas as repartições pú-
blicas e particulares em algumas das quais funciona com inexcedivel êxito.

E! oúnico que dá tantas provas nitidas e que pode funcioner cinco
minutos depois de ter servido, por se lhe tirar a tinta com água quente em

menos de dois minutos, Garante se o bom resultado, restituindo-se o impor

em caso contrário.
PREÇO DO no

Para’tirar bilhetes de visita. +… dade 5oo réis
Foórméio:8. +, cn cd o a nO A Mad ud A asa boo »
Dar iIA ei o do ANANDA SA mendiatho DEV CRI RE EURO 800 »,
» ncomencial ,iç. MR JNdGO, +
DE Maço PR ra Aa er a ESTDO –
» DE QURLO + RA a Sica 38400 »
Massa—Lata de quilo, . … : do ad cas ut JRIO »
»: “meio quilo, «cs. E ds A 7oo »
Tinta—Frasco grande. +…) RR 280 »
» » pequeno . ini a NG a 150 »

 

Para as províncias acresce mais 100 réis por aprêlho.

 

Todos os pedidos devem ser dirigidos a

FRANCISCO SIMÕES

236, RUA DOS FANQUEIROS, 238—LISBOA

Agua da Foz da Certã

A Agua minero-medicinal da Foz da Certã apresenta uma composição

quimica que a distingue de todas as outras até hoje uzadas na terapeutica.

” empregada com segura vantagem; da Diabetes—Dispepsia— Catar-
ros gastricos, pulridos ou parasitarios ;—nas preversões digestivas dirivadas
das doenças infeciosas;—na convalescença das febres graves;-—-na atonisa
grastricas dos idibeticos, tuber culosos, brighticos, etc.;—no gastricismo dos
exgotados pelos excessos ou privações, etc., etc.

Mostra a analise bater:ológica que a Agua da Foz da Certá, tal como
se encontra nas garrafas, deve ser considerada como micróbicabamente
pura não contendo colibacitlo, nem nenhuma. das espécies patogeneas
que podem existir em aguas. Alem disso, gosa de uma certa acção microbi-
cida. O B, Tifico, Difeterico e Vibrão colerico, em pouco tempo, nela
perdem todos à sua vitalidade, outros microbiss apressetam porem resis-
tencia maior.

A Agua da Foz da Certã não tem paus livres é limpida, de sabor le-
vemente acido, muito agradavel quer bebida pura, quer misturada com vi-

= DEPOSITO GERAL
RAU DOS FANQUEIROS-—84— LISBOA
Telefone 2168 |Telefone 2168 |