Eco da Beira nº44 18-07-1915

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Assimaturas

 

1230

 

Bra tan brasileira, 1 58000

Anuncios, fá 34/e 4 página 2 cen-

JOStIcA

O desiste de que foi lima o so
e determi em
o doorosa

 

 

oe pm Vetado sis da
Ho polca E

 

sidades pessoais, cudeim Ante a con-
diego dois dq mó
te peida

 

acção que engrandeceram Esses ho-
mis, “dando estitura. dos
grandes vultos macjontis.

 

sanção
ida Seo no em eim
ni do rúmlo:

55 actos,
dum Romeim que há dez anos ocupa
ante, tm dia fumeibulrio gigantes.
“comra uma monarquia decaden-
uiro, revolucionário audacioso

ibrá a êsse regime os últimos
golpes; outro, estadista não menos.
dojado ques implantadas Repúbii
cd a rm juidicameme! com um
ja a ea! ovas) procura
O tuto da ua pária pelo

 

su vidas amigos, is
diretos adversário, todo tee

à percepção intima de que ésse ho-
“per é um prende Cid io destina.
do pelos sets talentos, pela sua ener-
gia”e pelo seu trabilho à merecer
as consegrações da jade. E:
em (presença da eva
seu “desaparecimento em
consciências em que ajvorece a jus
diga não despontar cambém o e-

miorso!

fipaceãs denis

não petsay–que ela contribua a de-

 

 

 

Certa, 18/de Julho de 1915

 

 

párar as possas disse
dos extremos, da pa vi

 

qe sucede, com o x Afondo Cai.
ta sucede Com quisas homens emi-
ública, com outros ho-

 

 

Esspie
afie. Compreendetemos as noss
injuiça, 56 LGRAGEROS da “oasa
REI e
Grito Jo aicependernostema
e iolênia som que una veria:
ra, alucinação conturbou a clara luz
ea

a aa
riamos, resuscitaloé. aos que es

 

em, pego. desejamos possui

 

er. maravilhoso de atastar do
ano, déles a da
mori, ão da
justiça, que, nunca. ce das

 

Sonsciências; fá-lo. iamos pela se-

jgurança dos nossos ideais, pelos in

teresses da nossa pátria, pela pró.
ria grande da iamankdade de

suja deção esses homens são p
culas fortes « ppt

 

 

ds é finds quai de out
de estéreis iemebrosas
to 5º Compreende jd que
os homens só dever é à

 

 

mináeão “0 (eu
ensaio

Saio Os nó

alêm” de ‘scivage, absurdos Nim
gut vene, de” ão Gontêicã é
a contentar não bite polpta
Tais, imprecações: É nesaadei
acao, alia di leis, Torga du

popa a E
à solução do problem

 

 

se peem iravado, adiem de algumas

palásras. iecepar us

a

isso deriva de não se atender à

são da justiça, porque, ela demons.
a a m leis puguas se die

 

ceram a sua falta de razão, O seu
esquecimento da verdade, a gua de.

 

 

ploravel cegueira,
É vem um dia a fatalidade, O

ABILIO

gs
ALBERTO RIBEIRO

RÇAL E

use secas

esáio, frio por la cs
Dipssdiia ancão que uma fu.
a embriaguez. se alieipa, e é

 

vulto, trememos. pelo futuro, reco-
nhecendo à falto

que ele faria e que
ni o ana ol

 

tanto mo

pele causa dos, princípio
resse da. pátria, surge a justigs
deginir: soberanamente” 01 caráeter
luma vida e 4 lógica duma acção,

 

O que- hoje aueede: com ‘o- df
Afonso Costa sucedenia manhã

 

«se desgraçadamente nas mesmas cir-
sunsiáncias se en

 

 

 

So eximi loca “e doido:
pois disso se pote concluir, com tá
gor, se eli foi bon ou na pará as

ideias e para a
odas as’eras, a dor tem sido
fecunda. Não seja infecunda agora.

Mayer Garção.
ape
ALMAS VIS

Ha gente de tão má fhdolé é tão
obsecada pelo,

todo o ho
tos acanhádos, almas de lama; tudo
emporealtam “coin o seu coniaco

Vim désses iroc-sintas que poe al
Migas Tio Ga Pat

 

 

Bstque lu ea iinsmida a bm

rado cd bem conhecido,

em “todo “0: caso é regé

eriga mionárquico aléssica!
Quem s subscreve

tante ciodesto da tal ci

 

eque
por rr da jntça sjepou ha teme

Pos da pet :

êste estólo os Gatões de
maça pequena déste pequeno, br
go! Simplesmente reles e vis!

 

— Numero 44.

Eco DA BEIRA.

SEMANARIO
PROPRIEDADE DO CENTRO REPUBLICANO DEMOCRATICO [5

CAT TICO

Publicação na Certã

 

 

x. 8º. Adrião David

 

E

 

Rodseção o adminitração eim

[É] SERNACHE DO BOMJARDIM
tom

Tira tas! gs
AO O

 

Afonso Costa intro

 

Devido. à um lastimável extravio
de correspondência” dirigida te tipos

grafia. deste” jorne

ero sera dd Hon
leilotes/ do horrível desúistte’
fo

mo na

 

enfu” o’Serw al
abs nega

Portugal Se pedem mbricigs da estã

do do querido 0.
! ansiedade não é ao dos je
ias de

e

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personidades dé diaque: qu

sim

róva! de qu
ão enérgica, imreligente &

o é apre-

parmibdica aquele emifente homem
publicar

astra tomo ss 6 ro
pegue de cólsmidade nucional

Se

duvidas di quinto é querido e apre-
tinha neste jfeiz enátjo à
prova cabal do se

ciudo, “ti

sta. tivesse ainda

o valor, neste

Plebiscito indirecto “a consagração
ss bons parriotas porta:

gueses.

‘Sernache, onde S. Ex.* tem

dedicados ami

 

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excelentes correligionários, a noncia

do desastre can

consternação que sinda subsiste à

pesar

des “boas é ahimadoras notf

cias qué na tarde de’ofitém

rernádor
de

 

 

SSene à de Torna 4 VAb ei brei

anda fervorosamiente empenhado
tornar tir é mai próspera epreti—
tigiosa a pátria portuguesa,

 

 

da nacional.

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crio di vidarde

 

usa grande €irreparáelpers

A pátria perderia nele dando

e’a sal

 

cm dós séis fis dedicados

prestigiosos defensor
Re pública ao

 

 

rat ques ger

rá europeia nói rode

Pelas

 

suas rápidas e definitivas
mefhoras fazem votos todos

 

quintos
triá é, foste número,

 

presado assinante e conterrâneo sr.

 

Anibal Nunes da Silvasda Silvas

 

@@@ 2 @@@

 

A Igreja e a República
Portuguesa
(Continuado do n.º 43)

Outro expediente usado pelos je-
suitas para realizar o descrédito do
clero secular era postó em prática
dentro e fóra do confissionário insi-
nuando beatificamente que o padre
secular não tinha crenças, era igno-
rante, desmoralizado e… ricol…

Desfrutava benefícios rendosos,
capelanias bem retribuídas ; casas;
passais e côngruas suficientes para
viver à larga. Este bem estar-torná-
ra-o indolente e desmoralizára-o; a
ponto-de ser duvidoso e talvez teme-
rário encarregá-lo de actos cultuais —
administração de sacramentos e ce-
lebração de missas-—que bem podia
ser não obtivessem do céo as graças
inerentes a tais actos ! Assim era de
toda a prudência encarregá-los a êles
jesuitas de preparar as crianças pa-
ra a’ primeira comunhão, iniérnan-
do-as’ à seguir nos seus colégios úni-
cos em que elas receberiam a edu-
cação religiosa indispensável. Demais
eram, pobres, viviam de esmolas,
por isso era justo que os fieis os au-
xiliassem, encarregando- os das mis-
sas, dos. sermões e da preparação
literária e, religiosa da mocidade !

Para que o leitor se convença de
que o jesuita tinha em vista o des-
crédito. do clero secular vamos re-
cordar-lhe o que se passou no Con-
gresso Jesuitico celebrado na igreja
paroquial da Graça, de Lisboa e que
intit dese por irrisão— Quinto Con-
gresso das Agremiações Populares
Católicas ! 7 |

O núncio em Lisboa, após ter
apresentado esta proposição digna
de registo — «Sem Religião não há
amor sincero da Pátria» —invoca a
protecção divina em toda a sua
amplidão. sôbre, o venerando Epis-
copado e slustre clero português |

Aquele. nosso sublinhado parece
que não agradou ao Dr. Lino Neto
que, a pesar de leigo, falando numa
igreja e do alto dum púlpito, teve
a audácia de brindar o clero portu-
guês assim—«O elero oficial, salvo
honrosas excepções que teem aumen-
tado muito nos últimos. tempos, não
é bem um clero à altura da sua mis-
são, é um clero que não conhece as
torturas da dúvida nem sofre de do-
cias de fé, é um clero que está lon-
ge de compreender o grande drama
religioso do seu tempo. Oferece. ti-

pos: de decadência como 6 «padre
dE ante ou liberal» de que fala Ra-

Saia ho Ortigão nas suas «F “arpas»,

o «padre comodista ou videiro», de
que trata a cada passo Camilo Cas-
telo Branco na numerosa série dos
seus romances.

«Oficiais de missa» os designa já
o povo, na sua linguagem corrente,
Depois de classificar o clero secular
de indisciplinado, acrescenta : «Ora
um. clero de tal modo disposto não
co vêm a ninguém. . – porque nada
incomoda, mais a consciência do que
a simbolização dos respectivos ideais
confiada a Fa os não prése ou
não: tenha alma para os sentir. Daí
tem derivado zaturalmente o apare-
cimento de duas correntes bem de-
finidas… equi Hiao ou invasão es-
trangeira… clero ou.igreja nacio-
nal… A primeira obedece a um
movimento de reacção contra a se-
gunda, à necessidade de contrapôr
a uma parte do clero do Estado, um
clero mais sincero, de mais fé, e

melhor preparado para o seu apos-,

talado.»

Em vez de optar pelas estúrdias
de Coimbra e pelos chorudos resul-
tados do diploma univi ersitário, por-
que não se refugiou o espírito do
façanhudo critico—ex-aprendiz * de
clerigo do seminário de Portalegre—
na. Companhia com a qual melhor
podia cooperar no alevantamento
intelectual, moral e religioso EE cle-
ro que tanto causticou N

Questão de vocação, talvez… ou
melhor de interesse.

A evidência do que precisâmos
provar–a- tentativa de descrédito
do clero secular—fica com estas
transcrições tão bem aclaradas que
me esçuso de as comentar.

 


ECO DA BEIRA

Ainda dêste congresso extraímos
êste periodo velhaco que faz parte
do relatório sôbre beneficência— A
caridade, muito embora não seja um
campo ueulro onde possam colabo-

var todos os homens quaisquer que
sejam as suas crencas e princípios
religiosos, é contudo, suficientemen-
te vasto para nêle se expandirem li-
vremente todas as iniciativas inspi-
radas no espírito da fé!!» O que é
triste é que esta falsa noção de ca-
tidade teve seguidores—exemplo :
Santos Farinha e Pinto Coelho no
Dispensário de Santa Isabel —a
quem um judeu-—Bensaúde-—den de-
pois no seu testamento uma lição
eloguentissima-—legando um conto

de réis a viúvas pobres católicas e .

outro conto a pobres de quaisquer
* Outras religiões que não fôssem ju-
daismo é catolicismo !

Tartufos a pretenderem conven-
cer os ignorantes de que a caridade
é obra exclusiva do catolicismo !

Para encurtarmos razões passã-
mos a apreciar alguns dos muitos
factos sucedidos após 5 de Outubro
de 1910; A reacção continúa impu-
memente a sua obra de sapa. Vaci-
lante e tímida nos primeiros meses
de República, transformou-se depois
em arrogante é provocadora, ligan-
do pouca importância às repressões
do poder. Emquanto se liquidavam
jesutas e Congregações, se transfor-
mavam cápelas em escolas, se pro-
mulgava- à lei do divórcio e se fe-
chavam igrejas com um culto histó-
rico, fervoroso é permanente—como
ade Santo António de Lisboa—ne-
nhum protesto se fez, O alto clero
imudecia estarrecido, e os fieis nem
sequer murmuravam.

Os rabiscadores e oradores guar-
davam os grrraudes talentos com
que até então empolgarampapal-
vos que lhes pagava o servicinho. O

* vento soprava, contrário e era per-
der o tempo remar conira a maré.

O jesuita ainda não tivera tempo
de assestar baterias, os prelados
ainda esfregavam os olhos mal acor-
dados perante a ruína dos;tronos
donde despediam os seus raios, e os
fieis aguardavam a voz da revolta!

O pretexto surgiu com a lei de
Separação que era a única que podia
ser aproveitada com êxito. A ques-
tão não era religiosa era política,
mas convinha dar-lhe aquela côr a
única capaz de surtir eleito quando
bem explorada.

O alto clero certo de que nada
lhes faltaria começa a exercer pres-
sões ocultas para que o baixo clero
não: aceitasse as pensões prometen-
do jesuiticamente aos padres pobres
aquilo que lhes não podia dar.

Oitocentos clérigos não se deixa-
ram. Judibriar porque amavam sufi-
cientemente a sua pátria para não
colaborarem numa tentativa de res-
tauração monárquica !

Pouco tempo depois, a- miséria
começa a torturan.o clero pobre que
se vê ludibriado pelos prelados que
faltam às promessas feitas, e resol-
ve emigrar; os priores vendo cer-
ceadas as receitas que lhes permi-
tiam luxos, confortos, lauta mesa e
deleitosas viajatas por praias, ter-
mas(e: outros lugares de prazer den-
tro e fora do País, planeiam e or-
ganizam um exército de devotos e
devotas para reconquistarem à velha
pitança que lhes permita a conrinua-
ção do regabofe,

Falta-lhes, é certo, o pária coad-
jutor para fazer todo o serviço a
trôco de miserável retribuição, infe-
rior à de qualquer galego de esqui-
na, mas… 10 clero tolo que se fiou
em cantigas fementidas os servirá
por menos! Seria edificante. sáber
quanto certos pr iores receberam de
esmolas e qual a percentagem dis-
tribuída. pelos colegas. pobres das
“suas paróquias… dado o caso mui-
to problemático de alguma coisa te-
rem dividido! Indaguem os subscri-
tores e verão,

Do conluio do alto clero surgiu
esta coisa paiusca-—guerra ao clero
pensionista! O espírito de classe,
caridade: insiguificâncias que não
recheiam bôlsas, não enchem estô-
magos, não satisfazem vaidades,

 

 

Sacrifique-se sem rebuço o seu

irmão no sacerdócio ainda que êste
tenha aceitado por miséria uma pen-
são que nada mais é do que uma
compensação pelos prejuizos sofri-
dos, o saldo dum contrato bilateral
do encarte de seu benefício.

E para execução de tão vergo-
nhoso plano como é o de tentar re-
duzir a miséria o padre pensionista,
depois de o desacreditar, inventa-
ram-se todas as ciladas, todas as
intrigas, exploraram-se, as crenças
inais sérias e radicadas, assoalhou-
se a-sua vida particular… como se;
a dêles fôsse limpa!, E como teem
procedido os pensionistas? calando.

E é tão alta a compreensão do
seu dever, tão nobre a sua conduta
de heróico silêncio que ainda não
processaram os bispos que sem de-
coro os insultaram nas cartas dirigi-
das ao sr. Presidente da República,
nem sequer se queixaram ao poder
civil das perseguições e vários vexa-
mes à que séus colegas os teem su-
jeitado, e das suspensões que os
Prelados lhes teem’ imposto sem
processo canónico!

Não pode, porque ninguêm tem
aútoridade moral para fazê-lo, es-
tranhar-se alo eu fale do recurso ao
poder eivil, quando os padres injus-
ta, leviana e revoltantemente perse-
guidos sabem demais que Os seus
recursos levados ao juizó eclesiásti-
co“ seriam recebidos com desdêm e
aproveitados: para saciar ódios im-
potentes, Tambêm não ignoram que
o recurso a Roma não encontraria
um pis mas o geral da compa-
nhia… de farçantes a quem só in-
génuos fornecer iam ensejo de obter
mais uma prova ‘do ódio que não
sabe perdoar para corrigir, da vin-
gança que anceia por uma vítima
em que se sacie.

Retrocedamos mais uma vez um
pouco para” frizarmos factos indis-
pensáveis à elucidação do leitor.

Quando se anunciava a próxima
publicação da lei de Separação hou-
ve um prior da cidade, que se pres-
tou a fazer uma conferência pública
advogando” essa Separação. O con-
ferente, Santos Farinha, formado
em teologia, devia saber que esta
proposição «a Igreja deve separar-
se do Estado e o Estado da Igreja»
está condenada pela alocução Cácer-
bissimum de 27 de setembro de
1852 e no Sylabus sôb o n.º LV

 

 

 

 

(Continta)
Ps Cândido Teixeira.
—ppR ndo —

Sernache do Boijerdim; o.

A notícia de que o sr, Bernardo
Ferreira: de Matos ia novamento ser
Semaido administrador do sencelho

da Certã, causou aqui e em algumas
freguesias limítrofes o mais vivo é
justificado desagrado.

Na verdade, não se compreende
nem faz sentido que, tendo o ilustre
oficial do Registo Civil, da Certã,
exercido com certa vaidade o mes-
mo cargo no reinado Pimenta de
Castro, de nefanda memória, volte
a ocupá-lo dois mêses depois, pre-
cisamente na ocasião em que os
Poderes Constituídos pensam, à
bem da, República, em afastar dos
cargos públicos os funcionários desa-
fectos ao Regime!..

à Plácido.

Teve a sua delivrance, dando à

 

luz uma robusta criança do sexo .

masculino, a sr.? D. Maria do Céu,
esposa do nosso amigo José Nunes
da Siva, de Sernache do Bomjar-
dim.

 

Encontra-se em Sernache do Bom-
jardim, onde: é muito considerado,
o nósso particular amigo sr. João
Nemésio, que há dias chegou =
Lisboa com sua bondosa esposa, ‘
sr.2 D. Albertina Leite.

Aos recemchegados apresentamos
os nossos cumprimentos de boas
vindas,

 

 

Os pressentimentos

Eu creio cegamente nos PR
mentos. Não falo já daquela previ-
dência dolorosa, de que o espírito
se atribula, quando a-consciência nos
vaticina a próxima ou tardia expia-
ção dum crime.

Nêste sentimento, por assim dizer,
lógico e rigoroso, é o remorso que
magôa, é o castigo que se anuncia
por um pavôr estranho.

Quero falar daqueles temores de
dentro, que nos assaltam a alma,
derramada nos folguêdos dum baile
ou concentrada na meditação dum
livro.

Não pulsa um coração debaixo do
céu, que não sofra.

Vêde êsses espíritos frívolos, essas
cabeças ardentes, essas almas cini-
nas e estéreis, êsses fortes de senti-
mentos apaixonados:—ai está um
feixe de espiritualidades contisas;
cujo atilho é a dôr.

: Não pulsa um coração dehauo do
céu que não sofra. Ê

O sol abrazador que tisna o sar-
gaço na raiz do penedo da monta-
nha, queima tambêm o lírio mimo-
so de gracioso jardim.

E! como a-luz pressentida no, COra-
ção do: miserável. aconchegado de
vermes .e andrajos, ou no do homem
que aí vai revendo-se, nos listrões
prateados da sua libré.

Não: perguntarei. ao primeiro se
nã série. continua dos seus padeci-
mentos há um pesadêlo de improvi-
sada, amargura – que o suspenda no
abismo .insondável das suas dôres.

E? possível que para êsse esteja
cerrado “o horisonte da esperança ;
e então não há previsão que lhe in-
funda o vago terror duma nova des-
graça. j

A? consciência, do segundo é que
aqui se fala,

Não pulsa um coração debaixo, do
céu que não sofra.

Pergunta-se à ;virgem dos doira-
dos sonhos, no gõso das suas poéti-
cas e inocentes realidades, que nu-

+ vem pálida de sofrimento lhe assom-

brou, um instante, a púrpura das fa-
ces?

Pergunta-se ao homem de muito
dinheiro, e muitos amigos, se é pos-
sível dar a uma bacanal vinte horas
de deliciosa vida, sem a mescla dum
palpite doloroso, que é, as vezes,
como o pensamento repentino duma
tragédia apensa a êstes festins?

Pergunta- se o que é essa-tenaz de
fôgo, que nos entala o coração duma
dôr compressiva, quando um movi-
mento antes se nos dilatava êste amor
do mundo folgasão como descuidado
sorriso de eterno prazer ?

E a donzela, o mancebo, o rico e
o:miserável, sentem a necessidade
duma lágrima sem causa, sem -defi-
nição, para soltar q vida dumas peias
pesadas e atrozes !

Não pulsa um cor ação debaixo do
céu que não sofra.

4 €. C. Branco.

Com sua ex.”a a regressou
de Africa Ocidental (Malange) o
nosso: estimado: amigo sr. Manuel
Rodrigues, que renciona demorar-se

entre nós.

Para. Lisboa. saiu no dia 14 últi-
mo o sr. Manuel Rodrigues.

SEDES

Devem realizar-se hoje, dia 18, as
provas de aproveitamento dos alu-
nos da escola móvel da Quintã, e
no dia 25 próximo as da missão. de
Pórto dos Fusos. :

Em casa do nosso amigo Verissi-
mo da Silva, alfaiate e-comerciante
muito conceituado, de Sernache do
Bomjardim, encontra-se gravemente
doente uma simpática filhinha do
nosso bom e dedicado amigo, abas-
tado proprietário, da visinha fregue-
sia, do Nesperal, José David da Sil-

Boas melhoras, é o que do co-
a lhe desejâmos,âmos,

 

@@@ 3 @@@

 

– ECO DA

Miscelânia liferária, histórica, scien-
tifica e jocosa

,

O dia tem duas horas,
Duas horas, não tem mais ;
Uma é quando vos vejo,
Outra quando me lembrais:

*
“A amisade não pode existir senão
entre gente de bem.
Cicero,
*
Tuas mãos são branca neve,
Teus dedos são lindas flôres ;

Teus braços cadeias de oiro
Laços de prender amores.

*
Plebeu é hoje só o ocioso, nobre
é todo o que se torna útil pelo tra-
balho honrado.
| Júlio Diniz.

*.

As grandes desilusões eos pro-
fundos desesperos são para os que.

fazem do amor um culto e sônham
a mulher duma essência superior:
Persuadem-se de que é de cristal a
bola de sabão matizada que os se-
duz, e portanto ficam muito descon*
solados quando ela se lhes desfaz

nó ar.
ldem.
*

Os três Reis foram guiados
Por uma estrêla do ceu;
Também teus olhos guiaram
Met coração para o teu.

 

Não é o dinheiro que domina já,
e sim a inteligência é o trabalho.
E. Richebourg.
*

Sofre só quem é solteiro
Vou casar co’o-meu amor;
Quando eu chorar chora êle,
Partimos ao meio a dor.

*

O português ama, o espanhol tou-
reia, o francês ri, o alemão scisma,
o italiano canta, o inglês industria,
o musulmano dorme ou fuma.

Cônego Scua Freitas,
E é

Vítimas ilustres da adversidade

Homero, tendo perdido a vista,
implorava pelas ruas o óbulo da ca-
ridade; Ovídio e Juvenal morreram
pobres” e no destêrro ; Torquato Tas-
so, Ariosto e Dante viveram na in-
digência; Buchauan, insigne poeta
da Escócia, foi enterrado à custa de
alguns de seus amigos; Milton es-
creveu o «Paraizo Perdido» depois
de cego e morreu entre os rigores
da pobnresa; Cervantes morreu po-
“bree desconhecido : ; Lopo desVega
viveu cheio de desgostos enderte
cessidades; finalmente, morreram

obres Diogo Bernardes, Nicolau
Tolentino, Gil Vicents, Bocage e
Camões.

*

Crianças

Olhos sem pranto. Peitos sem dor.
Joias dilectas. Mimos de amor. |

Peitos sem fel do ódio e paixões.
Almas de luz. Gentis corações.

Cândidas flôres são as crianças.
Beijos de auroras ! Luzes de esp’ranças!

Arronches Ribeiro.
E *
Onde está o coração da mocida-
de-está o espírito do futuro.
, : Lamartine,
*

A civilização dum povo subsiste
em gérmen nas suas instituições de
ensino ; emquanto uma geração cres-

Ce e: morre, outra nasce caminha.

pela mesma “trilha para a substituir:
as tradições da primeira são o pa-
trimónio da segunda. A humanidade
tem destarte uma eterna criança que
instruir e educar.

ldem,

 

 

Curiosidades úteis

Tu me viste, eu te vi,
Tu amaste-| -me, eu te amei;
Qual de nós amou primeiro ?
Nem tu sabes, nem eu sei.

os

Já não tenho coração,

Que mo tiraram do peito ;
No lugar onde êle estava
Nasceu um amor perfeito.

E *
Os livros

São uns mestres mudos que ensi-
nam sem fastio, falam a verdade
sem respeito, repreendem sem pê-
jo, amigos verdadeiros, conselheiros
singelos; e assim como à fôrça de
tratar com pessoas honestas e vir-
tuosas se adquirem insensivelmente
seus hábitos e costumes, tambêm à
fôrça de ler os livros. se aprende a
doutrina que êles ensinam, forma-se
o espirito, nutre-se a alma com os
bons pensamentos, e o coração vem
por fim a experimentar um prazer
tão agradável, que não há nada com
que se compare, e só o sabe avaliar
quem chegou:a ter a fortuna de o
possuir.

Padre António Vigira.
*
O soalheiro

O soalheiro é tão nosso !…
Vinde, vinde ao soalheiro,

Ao RR da aldeia,

Ão forum do mulherio,

A” notável assembleia,

Onde pode o mundo inteiro
Murmurar da vida alheia

Com libérrimo alvedrio. –

Nem vós sabeis quanto é nobre
Este comício senil,

Assembleia maldizente,

Contra a qual verga impotente
Do tempo o braço viril.

Pode passar sôbre a terra
Geração e geração ;

Crie a paz ; destrua à guerra ;
Na febre dos cataclismos
Revolva-se o mundo embora ;
A aldeana povoação

Há-de salvar dos abismos

O soalheiro e o serão.

Tomás Ribeiro.
o.

A história é mãe da: verdade,
émula do tempo, depósito das ac-
ções, testemunha do passado, exem-
plo e aviso do presente, advertência
do futuro.

Padre Antônio Vieira.
*
Vai-te carta venturosa,
Ver um bem que Deus me deu;
Antes tu, carta, ficaras,
No teu lugar fôra eu.

Carta vai onde eu te mando,
Que uns lindos olhos vais ver ;
Carta, põe-te de joelhos,
Quando te forem a ler.

*

k otigem da polka

Na Áustria conta-se que a polka

foi devida ao capricho de uma cria-

da que, aborrecendo-se ná sua cosi-
nha, se poz a dançar, um pouco ao
acaso, cantando para acompanha-

“mento uma ária da sua terra. Ten-

do-a surpreendido os patrões no
meio dêsse exercicio, chamaram-a à
sala onde ela recomeçou diante de
um músico chamado Joseph Nerudo,
o qual: notou. a música e o passo.
Pouco tempo depois, esta nova dan-
ça foi ensaiada num baile da burgue-

sia, em 1830. Em 1835, a mesma.

dança apareceu em Praga, onde re-
cebeu o nome de polka, por causa
do seu meio passo, o qual em tche-
que significa metade.

Quatro. anos depois, a polka foi
importada em Viena, onde fez. fu-
ror. Foi em 1840 que um dançarino
de Praga, chamado Raab, executou
pela primeira vez uma polka em Pa-
ris, no teatro do Odéon.

(Continua).

 

 

BEIRA

Água potável

Eis um meio simples, e caseiro,
de reconhecer se uma água é potá-
vel; Encham-se tres quartas partes
de uma garrafa de vidro branco, de
meio litro de capacidade, com a
água que se quer analisar,e deite-
-se meia colher (das de chá) de açú”
car puro; rolhe-se e ponha-se de
parte, em sitio um pouco quente.
Se ao cabo de vinte e quatro a
quarenta e oito horas a água se faz
turva e apresenta flocos, a água não
é potável; se, pelo contrário, se
conservar limpida, é boa para beber.

 

Exmo Sr. Redactor Príncipal da
02 da Beira,

Publicou o seu acreditado sema-
nário de 10 do corrente uma corres-
dência de Oleiros, na qual se lê o
seguinte :

«Dizem-nos que vai ser criada uma
estação telegráfica na Madeirã, que
ficará ligada à rede geral-dos telé-
grafos em Pedrogam Pequeno. Re-
gosijando-nos com o melhoramento,
que vem beneficiar uma das fregue-
sias dêste concelho, e das mais im-
portantes, sentitemos que a ligação
se não faça nesta vila ou em Alvaro,
porque -a-Madeirá não tem, a nosso
vêr, mais relações com Pedrogam
do que com a séde do Concelho. Mas
talvez estejâmos: em êrro, enêsse
caso faça-se a vontade a quem é úni-
co juiz das suas conveniências—os
interessados.»

Na noticia transcrita transparece
qualquer coisa parecida cóm má von-
tade, filha taltez/de errada informa-
ção ; por isso vonvêm esclarecer que,
de facto, por diligências da Comis-
são Republicana de Defesa dos In-
teresses do Concelho de Oleiros, foi
há pouco criada uma estação telefó-
nica na, Madeirã. Sendo, porêm,
igualmente certo, que a Comissão
peticionária não indicou nem podia
indicar o ponto certo da sua ligação.
Tal assunto, como é óbvio, pertence
exclusivamente à Comissão técnica
dos telégrafos e à sua administra-
ção geral, resolver.

De resto, é bom que se fique sa-

bendo, tambêm a Comissão entenda
que de preferência a ligação da fu-
tura estação deve ser feita com a de
Alvaro, não só por ficar muito mais
próxima como tambêm por perten-
cer ao nosso concelho cujos interes-
ses tem defendido e continuará a de-
fender com vigor e entusiasmo sem
preocupações de politica partidária.

Eis, sr. Redactor toda à verdade
dos factos que espero V. Ex.2 se di-
gnará publicar no seu acreditado Se-
manário.

Saúde e Fraternidade.

S/c, Lisboa, Rua do Salitre, 55-1.º
14- VI -Q15,
O Presidente da Comissão,

A. Baptista Ribeiro,

a aesiegndso

Nunca se devem cortar as unhas
sem se meterem primeiro em água
tépida, a fim de as tornar macias,

Em volta das unhas nunca se de-

– ve cortar nenhum pedaço de pele ou

de carne,

Não é conveniente polir muito as
unhas; deve-se-lhes dar apenas um
lustro regular.

Não se devem limar ; o uso da lima

torna as unhas grossas. Só as deve-
mos esfregar com o pó finíssimo de
cinabre e esmeril, empregado para
polir o marfim.

cases js S Ea
O número cinco.

Os chineses teem grande predilec-
ção pelo núm ‘ro’ cinco.

Segundo êles há cinco elementos:
água, fogo, metais, madeira e ter-
ras há cinco virtudes perpétuas;
bondade, justiça, probidade, sciên-
cia e verdade ; cinco gostos; azedb,
doce, amargo, ácido e salgado; cin-

 

co côres: azul, amarelo, côr de car-
ne, branco é preto; cinco visceras :

figado, coração, pulmões, rins e es-
tomago, e cinco orgãos dos sentidos:
ouvidos, olhos, boca, nariz e sobran-
celhas !

 

ANUNCIOS

CARREIRA DE AUTOMOVEL.

No dia 18 de Maio começou, a
carreira de automovel de Barqueiro
(Alvaiázere) a Paialvo é de Paialyo
s Figueiró dos Vinhos. Começou a
fazer carreira a 19 de Maio, de
Paialvo á Certã e vice-versa.

Parte o automovel de Barqueiro
todas as terças e sextas-feiras ás 16
horas para Puialvo.

Parte de Paialvo todas as quartas
feiras e sabados depois do: comboio
correio em direcção a Certã saindo
dalvás 15 horas novamente “para
Paialvo. De Paialvo parte para Fi-
gueiró: dos Vinhos ás-quintas feiras
e domingos depois do comboio
correio. Preços resumidos:

Lemos, nibi Santos & C.*

Castanheiro do “Jão

O uniço que resiste à terrivel
moléstia, a filoxera, que tão gra-
ves estragos tem produzido nos
nÓssos soutos, é castanheiro do
Japão. :

O.castanheiro japonez ofere-
ce iguais vantagens que o bace-
lo americano tem oferecido no
caso da doença da antiga videi-
ra cujas vantagens são já bem
conhecidas. As experiencias teem
sido feitas não: só ao norteido
nosso pais mas principalmente
em França, onde o castanheiro
foi primeiro que em Portugal
atacado pela filoxera, e hoje en-
contram-se os soutos já comple-
tamente povoados de castanhei-
ros do Japão, dando «um -rendi-
mento magnifico.

O castanheiro japonez acha-
se à venda em casa de Manuel
na Pedrogam Grande.

PROFESSOR DE INGLES

Lecciona. Traduções de inglês,
franéês e espanhol.

“GUARDA-IVROS”

Escrituração comercial e agricola.
Cotrespondencia.

Trata-se com F. Tedeschi, Ser-
nache do Bomjardim.

 

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SERMACHE DO BONJARDIM

Interessante monografia de pro:
fundas investigações históricas, ilus-
trada com excelentes gravuras.

Obra dividida em 11 capítulos,
com um prólogo e notas curiosas.

 

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Vendem-se todas as propriedades
rústicas, que pertenceram a Possi-
dónio Nunes da Silva, em Sernache
do Bomjardim. :

Quem pretender ou desejar es
clarécimentos, dirija-se ao sr. João
Carlos de Almeida e Silva, de

SERNACGHE DO BOMJARDIMDIM

 

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