Eco da Beira nº37 16-05-1915
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Certã, 16 de Maio de 1915
Ex.” Sr, Adrião David
ora como =| PROPRIEDADE DO CENTRO REPUBLICANO DEMOCRÁTICO [E
FBDO ) é ) :
eg o DIRECTOR-=- ABILIO MARÇAL
ind E
Anuncios, na 3.8 e:4,2 página-p’cen- |
– Editor e administrador — ALBER PO RIBEIRO NB
Publicação nã Cora
Amos ui nn
Semestre A
Brazil (moeda brazileira),
6% Redacção e administração em
| SERNACHE DO DO BOMJARDIM
Composto & iprbiso ne na Tipografia Leiriio
— LEIRIA
tavos: alinha ou espaço de linha E :
Sagat lirda ess pd rms sd ER re ias
arena seen is
“Pela Pátria! Pela República!
e ditadura, na sua última e abjecta fase, entrôóu nos dominios do di-
reito criminal, e promuigou um aditamento ao código penal.
Desvairada a:
mesma desvergonha: e audácia com que nos assaltaria a propriedade.
“E pelos mesmos processos —a trabuco!
-“”Salvemos a Pátria!
— Vivaa Republica!
Não: se respira: Sufoca-se!
A atmosfera é pesadá, plumbea!
À-própria terra que pizamoses-
calda-nos os pés !,.1
Dir-se-ia que nos movemos sôbre
a cratéra dum. vulcão. Ruge !
Sente-se. a inquietação em todos
os espíritos, a ágitação em todas as
consciências, -assomos de: revolta
em almas de; patriotas.
De revolta e de vergonha |
Perante: todos os póvos civiliza-
dos, peraúte’ o mundo inteiro!
De-veigonha e mêdo !.
Mêdo de morrer, sem glória fem
honra, miseravelmente no pantano
: infecto destas loucuras, que-são’ cri-
mes monstruosos, perante a história!
Que: ância,: que-aflição esta -em
que nos debatemos, ver: cair aos
bocados e apodrecer, aí, miseravel-
mente, navaleta duma rua, com o
escárneo da! Europa: é a execração
da humanidade, uma nacionalidade
honrada’e gloriosa, com sete: sécu-
los «de história que eram «o nosso
orgulho e uma das razões de ser
da nossa existência!
Nunca: descemos tão: baixo !
‘Nunca nos aviltamos tanto.
Perante êste’espectáculo hediondo,
saudosos são os Rega da; monar-
quia! |
“Era a mentira, mas a mentira pú-
dica e velada com pretenções a des-
culpas de honestidade, procurando
as fórmulas. para se mascarar e as
intenções para se defender.
Esta, não; é a fraude, deslavada
e brutal, cínica, sem escrúpulos nem
vergonha !
omo isto não ha, nunca houve,
nem crémos que imais haverá.
Alterar’o código penal:com pena-
lidade; nova contra” quem não obe-
decen á ditadura-com prisão
perpectua!
Porque, se o cidadão não mais
entregar os livros ao ditador, não
mais é solto!
Para tratar destas misérias, sus-
pendeu-se a vida nacional,
Perdemoso crédito!
“Os nóssos soldados regressam da
África, deixando: lá-presos do ini-
migo nossos compatriotas.
Morrem por lá êsses desgraçados
de: fome e febres, sem poderem
combater.
Somos “o escárneo. da Europa!
E estas situação deprimente é
afrontosa, a negação dos princípios
ea falência do regime é amparada
e apoiada por homens que comba-
teram a monarquia, proclamaram a
República!
“Tem o apoio do sr. António José
de Almeida!
Com a cumplicidade dosr. Brito
Camacho !
Tudo perdido !
“Tudo, não!
Esta página é a maisnegra e mais
vil da história politica desta nacio-
lidade, escrita por um renegado.
Pois bem, outra página mais bri-
lhanté de heroismo e liberdade, ali
escreverá em letras de ouro a ância
dum povo ‘sequioso de luz é cioso
da sua honra e da sua nacionalida-
de!
Mais: hediondamentesrevoltante e
odiosa do’ que essa ditadura abjectã
é essa atitude miserável-do tribuno
saúdoso das massas populares, o li-
bertador dos oprimidos, o paladino
das “liberdades, a aplaudir e apoiar
uma ditadura que veio infamar e di-
famar e’ desonrar uma República
que, com ser branda: custou muita
lágrima e muita dôr.e foi para todo
um povo a esperança confiada da
sua libertação é do’seu resurgimen-
to. Faliu!
António José de Almeida a de-
fender um ditador déntro da Repú-
bica. Que dôr!
Um homem, dois “homens, vinte
homens ‘tombaram nêste lodaçal de
abjecções.
Chorêmo-los !
Mas não se afundou a pátria, não
se desonrou a nacionalidade, não se
manchou a República, que vive, vi-
vidae firme, no coração de nós to-
dos, democráticos.
Nesta caminhada da vida, portu-
gueses se poluíram, republicanos se
desonraram. E” verdadade: é triste.
Outros, porêm, se-levantaram lo-
go com a/fé viva dos crentes, com
a energia inquebrantável dos fortes,
com &/audácia impetuosa: das deci-
sões indomáveis.
Ao grito de alarme levantam-se
todos os republicanos e unindó-se
em volta da bandeira: do Partido
Republicano Português, que neste
momento só ela é- a bandeira da
Pátria, eles marcham em defesa da
República com essa decisão e com
essa fé, que fazem de cada comba-
tente um herói!
O momento é decisivo!
Vamos todos lutarem todos os
campos, por todos os meios é com
todas as armas. |
Contra a opressão! Contra a ti-
rania.
Portugueses: a Pátria está em
perigo: a República está a ser es-
trangulada..
Leva arriba!
Cs
COLÉGIO DAS MISSÕES
Tendo o ES dr: Abílio Marçal
solicitado do sr. ministro da instru-
ção que lhe permitisse afastar-se do
seu lugar de director do colégio das
missões em quanto durasse a sindi-
cância aos seus actos, o sr. Goulart
de Medeiros, louvando- esta atitude
determinou que o sr. dr. Abilio Mar-
çalificasse em Lisboa! fazendo -ser-
viço na comissão de reforma de en-
sino colonial, com todos os. seus
vencimentos,
PaRA VER
Que está já confeccionada a lista
governamental,
Entra nela o sr. Tasso de Figuei-
redo. j
Ora, aqui está uma coisa que nós
vamos ver com grande curiosidade,
O sr. Almirante Tasso, em uma
lista, fe camaradagem com monár-
quicos !
E nós a ver…
Mas, oh destino! eu não te pedi
tanto! eu não quero vinganças! eu
não me regosijo !
A mim, dóe-me-—tenho pEna Sr.
Tasso, sr.. Tasso, páre aí! Deixe-.
nos, a nós todos, ao menos, a me-
mória duma integridade honrada e
de coerência veneranda. Ao menos!
Se os algerces eram de lama e
miséria, como é que isto não havia
de ir ao fundo?!
‘Nós, cá, pobpesinass, mas honra-
dos.
Sós
Com sua; ex,M! esposa regressou
à: sua casa de; Sernache o nosso
amigo, sr. Sebastião das Dôres e
Silva. :
Cumprimentos,
sem: escrúpulos, investe com a nossa liberdade, com a
Ditadura meúda
Lembram-se os nossos leitores da
notícia, que aqui demos, fazendo o
elogio da Confraria do Coração, dé
Jesus, de Sernache, pelo seu belo
esto para a criação dum Jardim-
Ee naquela povoação ?
“Foi no penúltimo número.
Pois, ) já a política se meteu a per-
séguir e estragar uma obra.
Nada menos que uma sindicância
ou coisa que o valha!
Ora, vejam lá :
O cidadão Bernardo Ferreira de
Matos, administrador do concelho
da Certã:
Mando ‘ao oficial de diligências
desta cadministr ação que, em vista
dêste por:mim assinado e subscrito
pelo respectivo secretário, intimo o
cidadão António Ribeiro Gomes, ne-
sidente em Sernache do Bamjardim,
na qualidade de presidente da mesa
administrativa da Confraria do Go
ração de Jesus, da-mesma aldeia,
para no dia dez do corrente mês pe-
tas catorse horas, comparecer na se-
cretaria da adminisiração do -con-
celho, fazendo-se acompanhar. dos
estatutos ou compromisso porque
atualmente se rege a mesma confra-
ria e bem assim dos livros das actas,
inventário ou de qualquer outra es-
crituração, respeitantes à confraria.
Administração do concelho da Cer-
1ã, 8 de Maio de 1915 é quinse.
“E eu Gustavo José da Silva Bár-
tolo, secretário, que o escremi.. E
(a) Bernardo Ferreira: de Matos.
Está conforme.
Sernache do Bombaim; 8 de
“Maio de ‘rg15:
O oficial da administração,
‘ José Maria de Miranda.
Antigamente, no: tempo. da outra
senhora, não se fazia assim. !
Os livros não saiam dos cartórios
nem podiam sair, por uma lei que
ainda-vigora, mas que o ilustre-cor-
regedor da Certá desconhece e nem
precisa conhecer.
E quando se queria alguma coisa
das: confrarias, oficiava-se-lhe..: Ao
menos por delicadeza… ..;
Agora, é outro cantar.
Mando! Dá tom: fica a gente es-
tarrecida.
““
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nache, .
à nada é Legs
Até tremem as estevas do Alvito!
Os corregedores (antigos adminis-
tradores do concelho de ominosa
memória) tinham o direito de exa-
me, visila e inspecção. aos arquivos
e cartórios das confrarias: e não
eram, estes “que andavam a cami-
a as administ ações do con-
AB otite
Tanto direito tinha o cidadão ad-
ministrador do concelho em fazer
ir à sua presença, com os livros, O
cidadão Ribeiro Gomes, como o juiz
à contrária à “expedir um aguasil
ao cidadão Dt. Bernardo Ferr eira
Matos, pinsimandor -o a levar-lhe os-li-
tição, do registo Civil »
TAI dd us ado
Muito havemos de rir quando isto
dér o trambulh fatal e próximo…
x
da sôbre o caso, em si. x
Os senhores pimentas cá do sitio,
depois de andarem aos encontrões
aos homens começgm | ni e
trões às coisas.
E
Vendo uma instituição Ra conce-.
beram a ideia de prejudicá-la e hou-
ver por bem pô-la em prática.
Cu ao
“Não pode sé ser.
Tirem lá as vinganças que quise 1 :
rem e as retaliações que,na alma es-
túpida” eí.
Sejam políticos
guras de ufso. q)
exibir.
Aluguem-se ou vendam-se, que
nós nem de graça os queremos, mas
respeitem, e hão de respeitar, os in-
teresses desta terra!
Não lhe exigimos que tenham sen-
timentos de patriotismo, que não
pode tê-l los qua aqui desembarcou
só para comer;e engordar, mas nã
ali 7e
dade e ingratidão por uma terra que
bem os recebeu e melhor os serviu,
Se não sabém ser gratos, sejam ao
menos “decentes.
* preciso que todos os filhos de *
Sernache se unam’ e façam cóm-
perversa se lhe gerarem.
façam essas fi-
preender a êsses tripudiantes sem |
vergonha que não estâmos em ter-
ra de pretos: que isto não é burgo
que êles explorem e de que se apre-
sentem como doios nas regiões da
política, fazendo de pessoas.
Os bens que sejam dêles não lhos
queremos; mas a nossa terra que
seja, nossa, só nossa-—dos que nela
nasceram ou nela vivem tendo- -à NO
coração.
“»’Imaginarem que’hão de tripudiar
sôbre” “Os seus interesses e sôbre as –
suas“ aspirações, para fazerem de
“grandes senhores, é abusar da nos-
sa bóndade é escarnecer da hospi-
talidader de nós’ todos e ‘supôr que
os tharmeleiros deixaram de crescer
por, essas hortas abaixo…
“Uma lição bem explicadaaos’pre-
“sentes bém’pode servir de honrado
ensifafhento | para” outros ‘ que cá
desembarquem “no futuro, com a
mesma Ed ig e as mesmas ma-,
Bhass o
a Por o âmos da dl ads 5
Meio
O. da Quião, em “derivante a Ser-
ma Luta, dizem que foi cá
recebida com muito agrado. a noti-
«giaida. sindicância.
—Foi. Mas não riam tanto. am
devagarinho.
Que: à óutrá, da outra vez, a da *
pobre. “telegrafista, tambêmprinci-
piou com muito bom agrado e sôb
“muito bons auspícios… +.
Muito bons !….’
» Depois ..
Depois, não diremos nas mais
e emos muito termo:
“Está en Sernache, de”visita a
seus ps: com “seus interessantes
filhos, a senhora D. Laura’Leite
Boavida, esposa do nosso Querido.
amigo, dr. Mendonça Boavida:
“povo desta região:
por afiandam a)
Estrada do Cabril
Publicâmos a seguir a represen-
tação que a Câmara Municipal de
Pedrogam Grandé enviou ao govêr-
no pedindo a construção da estra-
da que ha de ligar as duas vilas de
Pedrogram Grande e Pedrogam
Pequeno, e, por elas, os dois dis-
tritos —Leiria— Castelo Branco, o
que quer dizer comunicar provin-
Cias ihtéiras póndo ém contacto ri-
-Quezas, interesses e-vidas diversas.
-XZom a. publicação.da representa-
ção e fazendo nossas as palavras €
razões em que ela funda as suas
E justiças e o seu direito de pedir,
nós damos todo o nosso aplauso e
apoio a êste melhoramento, que é
uma fonte de riqueza e elemento
de prosperidade e riqueza para esta
região, ao memo tempo que realiza
velhas e insistentes aspirações do
“Casimiro Freire, o velho republi-
cano–tão sincero quão desvelado
amigo da sua terra, tem posto em
“defesa desta ideia e da realização
desta obra toda a sua boa vontade
e valimento que são grandes; mas”
que não têm triunfado da apatia é
– lavoritismo, das repartições. je difi-
culdades“do tesouro |
e esE certamente êle- anão abando-. :
“ árd é
ss =» Gremos bem que ca a Câ-s |
“rara-dêste concelho virá dar o ‘séu
«= deeidido-e isincero apoio à sua-cole- : «Ji=
“ga de Pedrogam Grande, répresen- –
tando tambem ao Govêrno: se qe
Mas quando esta instituição” “ad-
ministrativa existir no nosso país.
Para quando o houver !
E se lhe possa dar confiança !
Segue a representação.
Ex. mo Sr, Ministro do Fomento
“A câmara municipal do concelho
de Pedrogam Gránde, em nome dos
interesses -dos povos desta região,
cumpre o indeclinável dever de cha-
mar a atenção de V. Ex.º para 0 as-
sunto da seguinte proposta, aprova-
da, por unanimidade, na sua sessão
de cinco de Maio:
Esta câmara, atendendo a que
a construção da estrada do Cabral é
um melhoramento da mais alta im-
portância e da maiscabsoluta neces-
sidade, para o desenvolvimento não
só déste concelho, mas também dos
de Certã, Oleiros, Proença-a:Nova,
Castelo Branco, etc., facilitando as
relações entre os povos dos distritos
de Leiriae Coimbra comos dos’de
Castelo Branco e Portalegre, iso-
lados pela falta desta estrada, ‘re-
solve apresentar ao gorêrno ponde-
rando a necessidade da sua constru
ção epedindo que ela’se não o fuga
demorar. COTuso
Trata-se, Ex.mo-Sr., dum melho-
ramento a que os povos interessa-
dos há muitos“anos aspiram, sem até
hoje terem logrado ver satisfeita es-.
sa sua legítima aspiração.
Pedrogam Grande, vila antiquis-
sima, podia ser uma das príncipais
do País, — graças aos encantos na-
turais que a circundam e à fertilida-
de do seu sólo-—e permanece núm
atrazo lamentável; unicamente por
não ter estradas que lhe tacilitem a
comunicação com os mais importan-
tes centros. do país, é vias férreas
mais próximas passarem a uma dis-
tância de 60 au proxima-
mente !
A pontê do Cabril, sôbre o Rio
Zézere, nas proximidades desta vila,
é uma bela’obra,-de arte, de três ar.
cós, em pédra, construida no tempo
da dominação filipina. O panorama
que dali se desfrúta égam dos mais
surpreendentes e maravilhosos do
país, mesmo para quem ‘já viu Cin-
tra, o Bom Jesus ou o Bussaco. Até
sob o ponto de vísta do turismo, me-
recia ser conhecido por nacionais €
estrangeiros, se -a-isso se não opo-
zesse, como barreira insuperável, a
grande dificuldade de transportes pa-
“ra” aquele sítio privilegiado, dificul-
dade de tal ordem que os Distritos de
Leiria e Coimbra, não se acham li-
gados por estrada a’maçadam, em
> que o govêrno norteia a
pelo bem-estar dos povos, o que a
pentação.
* nicipais de ss e 5 de
“Maio de 191545
parte alguma, com o de Castelo
Branco.
Nesta situação, o comércio, a in-
dústria e a agricultura não teem po-
dido desenvolver-se e tomar o incre-
mento que algumas iniciativas arro-
jadas teem pretendido imprimir-lhe.
devido à grande dificuldade e caris-
“tia dos transportes.
“A construção da estrada do Cabril,
ligando a importante vila de Pedro-
gam Grande, com-as-de Pedrogam
Pequeno, Sernache do Bom Jar-
dim, Certã, Alvaro, Oleiros, Proen-
ça-a- “Nova, Sobreira Formosa, Cas-.
telo Branco; Alferrarede e o Alto
Alemtéjo, representaria também a
ligação de todas estas povoações com –
Castanheira de Pera, Figueiró dos.
Vinhos, e, finalmente, com todo o
Distrito de Leiria e Coimbra que,
como já dissemos, ainda se acham:
isolados do de Casco Branco. Alêm
«disso valorisaria extraordináriamen-
te os enormes capitais empregados
“nas estradas que dão comunicação
entre as povoações referidas e cujo
traçado pedido: faz parte da estrada
n.º 120 compreendida entre Belver à
Loquzã.
ispensa-se esta câmara de adu-
zirsmuitas outras Tagões, cônscia de
– sua acção
E
animou a formular apresente repre-
Saúde e fraternidade..
“Sala das Sessões dos Paços Mus
O preidanio Me câmara,
Manoel Rodrigues: fit:
Os vereadores,
António David Souto Brando
Antônio Mendes.
Manuel Antunes.
José João Nunes.
Guilherme Coelho Nunes.
Antônio Jacinto Nunes.
Manuúcl Martins.
António Pereira.
“Raimundo Simões Guerra.
Abílio Joaquim Simões.
Joaquim Diniz.
Talassa! !
Diz a Voz da Beira que está nas
Córtes o nosso estimado patrício sr.
Manuel Martins Cardoso, ilustre
membro do senado nacional.
— Que raio de instituição será es-
ta de senado nacional?!
Senado da República ! ]
Escreva assim, para a outra vez.
Escreva com R grande. Parece que
até se envergonha de lhe escrever o
nome!
“Ou, então, não escreva nada, que
não faz asneira, que êle nem sena-
dor já é.
Que praga de talassaria ! E Mass ou
nos enganâmos muito, ou ainda vão
beijar a santa!
NOVAS.
OX, atacado de xisofagia, recor-
reu aos seus acólitos: para que es-
tes lhe ditassem a forma de recor-
rer ao ministro: da instrução: a fim
de ver expurgado o alfabeto da le-
tra X! Um bacharel, que se. diz
doutor objectou que “tal. letra. tem
sido a inicial de muito nome ilustre
e que portanto não éra desdouro
para a grei ter um confrade que se
chamasse X.
E logo ali citou Xerxes, que não
era republicano mas sim o: primei-
ro-rei da Pérsia; Xenocrates e Xeno-
fonte, filososos;- Ximenes, cardeal;
e um alfôbre de papas que e cha-
maram Xistos.
A alimária não se comoveu!
O bacharel continnou—: e os: ci-
tados foram gente, foram alguem.
Não concordo, retorquiu o X.
“Então, – sentenciou: bombastica-
mente o dito bacharel: — passa a ser
o que mereces —ninguem! Troca o
X por um/J, e acrescentá-lhe nin-
guem como apelido, e “assim tens
achado o nome que-te fica a ma-
tar—João Ninguém!
LITERATURA
O ninho de tentilhões
(Conto infantil)
ado no mais “alto ramo da
oliveira grande. |
Eram dois tentilhões, EE aman-.
tes, dois trabalhadores !
Moirejavam todo o santo dia à
cata “duma palhinha, dum cisco pa-
-ra. fazerem o -bercito fôfo..para.os
futuros filhos, muito quente, que a
embaladeira vrisa vinha adormecer.
Ela era uma verdadeira-dona dé
casa: compunha as palhitas-desloca-
das pelo vento;-acamava as penas
tiradas do seu corpito e ja.grangear
sustento: para si e para’o-seu ami-
go, o trabalhador tentilhão..
Depois da parca refeição, uma
môscá talvez, agradeciam a Deus,
em trilos mayiosos, a paz do seular.
– Um dia, três filhitos implumes vie-
ram completar. a felicidade dos amá-
veis cônjuges. À mãe era toda cari-
nhos, toda amôr! O pai muito fe-
liz, andava numa azáfama completa!
Emquanto ela os aquecia e animava
>êle 1a: bustar «sustento, “dava a boa
notícia aos invejosos visinhos e tra-
Zia, às vezes; uma pitada de musgo
para tornar O ninho mais quente.
Eram ambos-benr ditosos !
Uma vez o pastórito da herdade
«avistou O ninho, trepoupela: olivei-
rã, e no meio de gritos de dôr, da-
s dose pelos pobrósios, arrebatou do
“ramo cruciforme O prodúto de mui-
= tos” dias;
dersrabalho;-
s queridos!
ue-stena aquelas 4;
“Os tehtilhões v ltejavam, dando
gritos aflitivos, por cima do i impas-
sível cárrasco que seria: satânica-
mente da dôr-dos pais! Os peque-
nitos: encolhiam-se no ninho, estra-
nhando, de certo, a epi mão
que os afagava.
.. 0… date Ada std)
jinho com
RIDE ds É
No dia seguinte-uma gaiola, ten-
do o ninho dentro, baloiçava-se en-
tre os ramos da-oliveira grande.
Era um estratagema do pastor para
aprisionar os pais.
Os ‘tentilhões saltitavamnas ar-
vores próximas piando loucamente
pelo produto dos seus amores.
Os filhos pipilavam, tristes, den-
tro da enganadora gaiola.
Os pais como por um presenti-
mento funesto, ou. porque lhes-ou-
vissem o pipilar, voaram para à fa-
talioliveira e arremessaram-se, tre-
mentes, à gaiola pendente,
Que alegria, que delirio!
A mãe voava, estridente, por: sô-
bre a prisão, a ver se podia entrar,
emguanto o pai, louco de felicidade,
procurava, veloz, Sisau: fo os
filhos.
A mãe descobriu: din a no
da sus aberta, entrou sem hési-
tar ess como por encanto esta” fe.
Rue sesrapidamente!
O «pastorito surgiu detraz: uia
silvado próximo, correu até à olivei-
ra, trepou apressado; emquanto pro-
nuhciava estas. palavras:
-—Gustou mas entrou.
e cio vio on o 0. as ara o o aluse iodo
Bouity ea
O impassível carcereiro conser-
vava a pobre mãe é os-filhos pri-
sioneiros: : dava-lhe alimeçhos mas
ela não comia.
Nunca mais sé ouviu-na Mendáde
o piar alegre do-infeliz pai!
Um dia em que o pastor: levava
de comer ás avesitas encontrou o
cadaver: hirto “e gelado da. pobre
mãe junto ao dos filhos; – cadaveres
como ela! pos
“ Santo: amôr, o de-mãed sc Res
S. ex.2 o bom e generoso estadis-
ta sr. João Franco, de saudosa e
honrada memória, venerando: depo-
sitario da-arca santa das ,nossas
conquistas liberaes, e que em “tem-
pos: por: aí’ andou “a fazer de’di-
tador, foi há dias recebido emaudi-
encia solene e comovedora:por sua
majestade’ o Czar Arriaga!
Assistiu o éMarcadono.
De capelo e borlas., iso e borlas., is
@@@ 3 @@@
Miscelânia liferária, histórica, scien-
– lífica e jocosa
A imprensa
í
E: o clarim vivo da humanidade ;
toca à alvorada dos povos, anun-
ciando em voz“alta o reinado do di-
reito, Não conta com a noite senão
para no fim dela saúdar a aurora;
ha o. dia: e adverte o imunda.
Ela. é a santa’e imensa locomotiva
do progresso, que leva a humanida- –
de-para a terra de Canaan,—a terra
iii onde haverá, em tôrno dei
nós, só irmãos e, por cima de nós,
o. au. Bia + vob do mundo: é 5
dedo indicador do dever; é ‘O Auéio
liar: do patriota, e o espantalho do
traidor e do cobarde.
Dé todos os círculos, de todos os –
espleêndores..do espírito humano, o.
mais largo é;a imprensa; o seu. diã- al
metro é o próprio diâmetro, da Civi-
lização.
“Falar, escrever, imprimir e publi–——-
car, são círculos sucessivos asinteli
gência activa; são as ondas sonoro-
DU cdgo.sisa
sas do pensamento.
*
tm Amor: nos vérice é persuade,”:
Quanto” oferece, e quanto facilita
Para tirar de uma alma a liberdade.
odrigues Lobo:
lhos.
Peres Escrich..
*
— Madrigar a
Quad toda de branco, à nd do sol Basto
Na. luz crepuscular de uma tarde: de agosto;
Solto o cabelo de oiro, em êxtase de amor,
Vais, pálida, através do teu jardim em flôr,
Para beijar, fitar teu seio alabastrino,
Vesper “abre no iazul-o seu- olhar divino,
Mavioso ‘o rouxinol gorgeia na-espessura
Julgando . ver da Lua a face argêntea e pura,
a cotovia acorda e diz alvoroçada :
ue que E vem rompendo —À Ma-
-drugada.
Guerra Junqueiro.
Xe
OA é paz dos povos é a liberdade, a
justiça é o amor. :
Paul Albert.
seio à suceder assim,
Que:êle era o meu mais eco)
E a-melhor parte de mim ;
ramos ambos, emtim,
Dois corações num só peito.
Rodri igues Lobo.
*
Ao avarento não lhe peço nada,
nem lhe aconselho que-dê a outrem,
nem lhe louvo 6-não dar nada a nin-
guêm ; e assim nem lhe minto, nem
o molesto. Ao soberbo nem mé faço
grande por não ficar com êle em
contenda, nem aos. outros pequenos,
porque: , com “êles se não alevante
mais. Ao ingrato, ou o não sirvo,
porque me não magõe ; ou quando o-
sirvoJembro-me: que-a sua má-na-
tureza não: pode tirar. o preço à obra
que: de si é-boa. Ao falador, calo-
me; ao. calado descubro-me: com
tento; ao: doido não-lhe atalho a fu
ria; ao-néscio não:trabalho por lhe:
dar raz zão ; ao pobre não lhe devo;:
ao rico: não lhe peço; ao vão nem
oigabo, nemco: repreendo; ao lison-
geiro não; no .creio :-e dêste modo
com todos: estou bem, e nenhum me
faz; mal. Não: digo: “verdades qué.
amarguem,’nem-tenho amisades que
me profanem : não adquiro fazendas
que-oútros me-invejem:; porque nes-
tes tempo das: melhores: três coisas
dêle nascem as mais danosas que há
no mundo: da verdade, ódio ; da«
conversação, despréso ; e o prospe-
ridade/ inveja.
Rodr ii Lobo,
E Ê a EA porque é ainteligónicia; É
A experiência .é.a corõa dos ve… +:
Ê
Curiosidades úteis
Nem no campo flôres,
Nem no Céu estrêlas,
Me parecem belas,
Como Os-meus amores.
“Luís de Camões
* – se
K Virtude
Eis aqui. o principal, o mais pre-.
cioso ornamento do homem. O ho-
mem, virtuoso !… Eis..aqui o ho-
“mem que todos desejam para exer-
cer o poder, para subir ao altar, pa-
ra vestir a toga, para cingir a espa-
da, para dirigir todos os seus nego-
cios individuais domésticos e sociais.
Formai idealinente o quadro de
“um homem digno de respeito, de
“imitação e das trombetas da fama;
ponde-lhe na” cabeça“ um “espírito
“vasto; ‘nosolhos expressão do: ge-
-nio; na boca rios de elogquência; no
peito a firmeza, nas mãos e nos ASS
“a energia de acção,
Tendes acabado? Se não lhe pat
des a virtude no.coração e o podeis
animar, el não sei se me aproxime
dêle com confiança; se, fujaççom te-
mor. Espirito. vasto, génio, eloquên-
cia, firmeza, energia de acção, en-
contram-se em muitos individuos
que mais parecem monstros do que
homens. A Eis. aqui o
princípio regulador dêstes dotes bri-
lhantes, que pôdem produzir gran-
des bens e grandes males. E ela
que’lhês amansa a índole, muitas
vezes. bravia;> que os civiliza, que
os perfuma, que lhes dá boa direc-
“ção, que os faz marchar a cami-
–nhos rectos.
Pe Silveira Malhão:
*
Ro nascer mil Versos, a tormento,
Dum só praser, dum berço pequenino,
Duma frase, ou dum seio diamantino ;
Basta que em nós exista o sentimento.
Antônio Fogaça.
*
Árvores anãs
sé
É interessante conhecer o proces-
so. empregado pelos chineses para
obterem árvores anãs, que êles tan-
to apreciam. O | jardineiro chinês to-
ma-uima laranja dus esvasia por um
orifício das dideneDés duma moeda
de vintêm, enchendo-a em seguida
de resíduos de trapos, pó de carvão
e terra queimada. Noicentro dêste
singular terreno de cultura lança à
semente da «árvore que deseja pos-
suir e coloca a laranja assim cheia
dentro de úm copo.
“De” tempos a tempos rega o inte-
rior da laranja peia abertura e acres
centa-lhê uma ligeira camada de cin-
o Za; a semente germina e cresce: pOr
aquele orifício ao passo que as raí-
zes nãoconseguem furar a casca da
laranja. Esta operação repete-se dois
ou três anos seguidos.
Chegada a esta idade,.a pequena
árvore, assim tratada, não cresce
mais, ficando com dez a doze centi-
metros, o que não a impede « de ter
a aparência de uma árvore velha,
cujas raízes não podem crescer mais.
Então o paciente jardineiro pinta
a casca da laranja com um verniz
qualquer e fica pronta a figurar em
todas as Salas a árvore anã, que po-*
de ser, à escolha dó jardineiro, um
“carvalho, uma nogueira, uma laran-
jeira ou outra qua quer.
=
A cabeça: de um-tolo semelha-se
a uma caixa de correio, que recebe
tudo, entrega: tudo e não retêm nada.
Sernache. À
Ea – O compil:dor,
à B.º Cândido Teixeira.
-+-Continúa
Oferta: generosa
A descrição do macaco santo fei-
ta na notícia que publicamos sob ês-
te titulo;é- copiada; textualmente da
obra de Jôhn Zeffries—Tratado da:
familia dos orangotangos.
“Aqui fica um exemplar à dispósi-
ção de quem o quiser lêr. e faz-se a
tradução de graças. «
“Aqui não se fazem-referências: a
senhoras e principalmente quando
elas são de toda a respeitabilidade
—para nós e para todos— e da
nossa maior consideração sem ces-
sar afirmada por todos os modos,
Não, se; agachem. atrás de pessõas,
de respeitabilidade. Quem não tem
estofo para a politica não vem para
ela e muito menos alugado a um
megalomano atacado de idiotia e’já
com manifestação kleptomaniaca…
Quem nos chamar será atendido!
Beliscaram-nos: arrancar-lhe- -emos
aqui à pele.
Ainda nós não NE e já
se estão a doer!.
Morderam: vamos quebrar- lhe os
dentes. Fa
“Antes, porêm, dus pulavráss que
por falta de espaço hoje, ficará para
um dos próximos números.
2 Há, cerca de 10.anos, sua excelen-
cia o sr. Conselheiro João Franco
não quis promover a catedrático da
Universidade de Coímbra o sr. Gui-
lherme Moreira, por êste ser um
espírito avançado e. liberal… e
Conhecia os “homens, oJoão Fran
co! Não queria dar alternativa do
sucessor.
A Voz da Beira, no seu tilfimo
número, faz a apresentação da can-
didatura do “sr. dr. António Vitori-
no eo seu elogio.
Nada temos que opôr senão: a.
uma passagem da mesma notícia,
mas essa é para a repelirmos enér-
gicamente: é na parte em que se
afirma que êle não está filiado em.
partido. algum político.
Não. é .assim. nem a integridade .
de-caracter do srs dr. António Vito-
rino-convêm que assim ‘se diga.
Toda a gente sabe que êle é mo-
nárquico, sincero e intransigente,
Mas é: assim o proclama e assim o
afirmou ao próprio ministro que lhe
-ofereceu a candidatura. Ele por aí
o espalhou é toda agente o sabe.
Não está-filiado em nenhum gru-
po do, partido republicano, está
bem de! ver, porque é monárquico e
não carecia de filiação, porque nês- |
se partido tem sempre vivido.
““Foi convidado. por um ministro da
Republica, vem numa lista republi-
cana, com republicanos, e apresen-:
tada” por autoridades republicanas :
mas êsse é outro aspecto da ques-
tão, para se discutir a seu ata
Mas, é monárquico !
E certamente numa situação mais
digna e honrosa de que aquela, de
hipoerisias, que lhe esboça a Voz da
Beira! que devia até como monár-
quico apresentá-lo, :com-altivez e ale-:
gria.
Estas untuosas hipocrísias. .. mo- :
tals
Habilidades tôlas, as dêstes..,
amigos dos diabos !
Mas não PASSO:
Não !.
E
tade não pudemos assistir ás pro-
vas dos alunos: do curso nocturno
desta localidade, que se realizaram |
no dia 9 do corrente. Entretanto,
sabemos que correram bem «e nem
outra coisa era de esperar, atentas
asaptidões pedagógicas da sr.º D.
Júlia Dantas.
Prestaram provas 14 alunos, ob-
tendo 8 a classificação de bom, e
seis à de suficiente.
A mesa foi constituida pela sr.?
D. Júlia e António Cadete, sôb a
Rea República, sendo rt af
Por motivos alheios á nossa von-
presidência do sr. António Simões
dos Santos e Silva, de Sernache do
somjátdia, Assistiu a família do
– Santos e muito povo.
a de se iniciarem os traba-
lhos foi, pelo sr. Victor Santos, ti-
rada, em grupo, a fotografia à sr.*
D. Júlia e respectivos alunos; À sa-
la da escola estava enfeitada com
flores naturais, vendo-se na rua
adjacente alguns mastros com ban-
déiras.
Ao termirem as Vioas; cos
nos cantaram a Portuguesa; 6 Hif
“da Maria da Fonte é as Manhãs de
Abril, lévantando ‘ vivas”4 Pátria e
“guns foguetes.
— A propósito, ‘ esporque nos ti-
nha sido, impossível dar. no último
– numero a classificação dos “alunos
do- curso nocturno da Quintá, vamos
faze-lo hoje, que para, isso; já. temos
os elementos precisos, .
Foi de 22 o número de = RAR
apurados nêste curso. As provas por
êles prestadas, fôram as que;mais
cabalmente. nos satisfizeram, de to:
das, aquelas a que temos, assistido
nêste concelho, das missões das, es-
colas móveis.
Todos. os que a elas assistiram
esa visivelmente satisfeitos, e não
ocultam as magníficas “impressões
de que se acham’possúídos, a Fes
peito-dos trabalhos da sr.2 D. Emi-
lia de Almeida.
– Nós, talvez porque não estâmos
habituados «a «ver-mestas missões,
provas que correspondam ao recla-
“me; que delas se tem feito, admirá-
molas, “e; por: isso;-de bom grado
declarâmos que excederam a nossa
espectativa. «
“Lendo «e escrevendo relativamen-
“te-bém, todos -0s-alunos demonstra-
ram bom aproveitamento na prova
«» aritmética, escrevendo e lendo nú-
-meros, resolvendo problemas no
– | quadro; onde: escreveram ainda fra-
ses diversas, ditadas ao acaso, mas
» adequadas ao acto. Finalmente, | ua
velaram ainda conhecimentóssr
mentares de História Pátria e Edu-
cação Civica, colhidos indubitável-
mente nas prelecções feitas nêste
«sentido pela sr.2 D. Emília-já de os
instruir e elucidar, relacio ando tu-
do e tudo esplicandoc
“ dos 22 alunos submetidos a | provas,
obtivessem 12 a classificação-de mui-
to bom, 6 a de bom esa de sufi-
ciente. E
Saúdâmos as esto professoras
pelo magnífico resultado dos seus
trabalhos, -enviando-lhes. muitos e
muitos parabens.
“ANUNCIOS
Perderam-se, Dão-se alvicagos:
Carta a esta PE com
a inicial X.
AN UN Gra
Vendem-se todas as propriedades
rústicas, que pertenceram a Possi-
dónio Nunes da Silva, em Sernache
do Bomjardim.
Quem. pretenider ou. desejar es-
clarecimentos, dirija-se ao sr. oro
Garlos de Almeida e Silva, d
SERNACHE DO ONA ROL
PROFENSOR-DE INGLES
– Lecciona. Traduções de inglês,
francês e pende s
“GUARDA-LIVROS
Escrituração comercial e agrícola.
Correspondencia.
Trata-se com: F. Tedeschi, Ser-
nache do Bomjardim.
Com boa vivenda é nosarrabaldes
de Pedrogam Pequeno — vende-se.
Trata-se com à notário: da co-
marca; Carlos David. .
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“Agua da Foz–da Certã
A Agua minero-medicinal da Foz da Certã a uma composição
quimica que a distingue de todas as outras até hoje uzadas na terapeutica.
E/ empregada com segura vontagem da “Diabetes-— Dispépsias-Gatar-
ros gastricos, pulridos ou parasitarios;—nas preversões digestinas derinadas
das doenças, infectosas;—na convalescença: das febres: graves; -—-nasatonisa
a gastricas dos diabyticos, luberculosos, br) ighticos, etleseno gastricismo dos
exgotados pelos excessos ou privações, etc., etc.
Mostra a analise bateriologica. que a “Agua da Foz da Certã, ta como
se encontra nas garrafas, deve ser considerada: como -microbicamente
pura não contendo colibacitlo, nem nenhuma das: especies patogeneas
que podem existir em aguas. Alem disso, gosa dejuma certa seção microbi-
cida. O B. Tifico, Difeterico e Vibrão colerico, em póuco tempo
nella perdem todos a sua vitalidade, outrosanicrobios apresentam porém: re-
sistencia maior.
A Agua dr Fog da Gertã não tem gazes livres, é limpida, de: sabor ie
vemente acido, muito agradavel quer bebida-pura, asd Re com
DEPÓSITO: GERAL
RUA DOS FANQUEIROS-—84—LISBDA
“Telefone 2168