Eco da Beira nº14 15-11-1914

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SEMANARIO|

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AWD eo do a 120
DERICCNS E o nar – pOO
Brazil Feia braxileira) | PibOOO

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tayos a linha ou espaço de linha

 

ara ce Ps ES

É fale claro!

Am
Diz-se que vai reunir o Con-
gresso da: República extraordi-
náriamente. Já não é sem tempo.

Propositadamente nos temos abs-
tido de discutir a“política inde-

” Cisa e um pouco obscura do go-
“vêrno, porque entendemos e en-
tenderemos sempre. que quando

estão em foco circunstâncias in-.
ternacionais de carácter grave
como aquelas em que presente-
mente nos encontrâmos, O dever
de todos os bons portugueses e

de todos os verdadeiros amigos

da República, necessáriamente
deve consistir em não estorvar

«com: qualquer campanha, por

mais justa e legítima que pareça,
a acção governativa dêsse mes-
mo govêrno.

Temo-nos. limitado, por isso,
mas sem nunca um só momento
deixarmos esquecidos os nossos
direitos jornalísticos, a apreciar
a situação. internacional pela for-
ma que julgâmos menos melin-
drosa é ao mesmo tempo mais
exacta, não precisando de curar
de episódios secundários que ao
govêrno e só ao govêrno, como

único responsável, cumpria orien-

tar e solucionar.
Era necessário ‘ compartilhar

da guerra? Não. deviamos hesi-
tar. Mas como aliados da Ingla-

terra, e-sendo a guerra directa-
mente com esta, áquela nação

competia julgar da oportunidade
e da necessidade. da nossa inter-

venção. Irmos para a guerra por
fanfarronada, não.:-Seria, pelo
menos, ridículo. Mas cooperar-
mos na guerra porque essa coo-
peração era necessária á nossa
aliada, e, ao mesmo tempo, útil
á nossa: política e ‘á salvaguarda

‘da nossa: nacionalidade, ebsúli

tamente de acôrdo..
Acrescente-se que dado o ca-
so de a nossa aliada julgar con-
veniente a nossa intervenção nos
campos dé batalha da Europa,
dêsse facto, como resultado final,

só adviriam incalculáveis. pége.

ficios de ordem política e moral
para o prestígio da nação por-
tuguesa. Em todo ocaso a nos-
sa intervenção militar na Eu-
ropa, combatendo . ao lado de

belgas, de franceses e de ingle-
ses, só deveria dar-se quando a

nossa aliada claramente mani-
festasse a conveniência da parti-
cipação portuguesa. Foi isto o
que sempre dissémos e é esta,

cremos, a boa doutrina. Nada |

Eee

 

 

 

ans

ocioso again

– Editor e administrador — 441 Fa = aro. RIBEIRO

 

al PROPRIEDADE DO CENTRO RE BLICANO DEMOCRATICO E

DIRECTOR — ABILIO MARÇAL.

Publicação na Certã,.. e

 

Redacção e administração se As

SERNACHE DO BOMJARDIM

Composto 6 impresso na Tipografia Loirionso E :

 

nara LEIRIA cá. e

 

mais, nada menos. Em vez de
importunos, desejados…

E E

Alêm disso, a Inglaterra sabe,
como:osabem os aliados, que,
no caso da nossa cooperação,
esta se faria não só por obriga-
ção e lealdade aos tratados, pela
fé e verdade que, em todas as
circunstâncias, especialmente nas
dolorosas, se devem aos amigos,
mas tambêm por muita devoção,
por, profunda simpatia, porque
a todos-os bons portugueses e a
toda a República anima o dese-
jo ardente da vitória dos que he-
roicamente estão combatendo
pelo direito e pela liberdade das
nações. Interesse teriamos, em
conclusão, tanto politico como
moral, em que uma legião por-

tuguesa lutasse sob o comando
do generalissimo Joffre, nesta

guerra unica na história do mun-
do e cujas incalculáveis, comple-
xas e variadissimas consequên-
cias dificilmente se visionam.
Mas a partir, deveremos partir
como elemento confessadamente

util, ambicionado, pedido. Se for-

mos, é como iremos —- porque é

“= Como devemos | dr.

Ora é para que o pais se in-

teire da situação, sem: refolhos,

nem duvidas, nem hipoteses, que

o Congresso vai ser convocado.

O govêrno vai falar. Pois. que
fale e que fale claro, de modo a
todos O compresaderem, de for –
ma a ficerem todos scientes; do

que-ha:e do que não ha. E” real-

mente tempo deo govêrno falar,
porque desde 7 de Agosto que
está calado, ou, peor ainda, que
tem deixado proliferar toda a es-
pécie’ de duvidas, de incertesas
e de… boatos —sómente uteis
para as campanhas surdas dos
inimigos da Republica e do pais,
Ap possivelmente, dos encapota-
dos amigos dos alemães, cuja
discreção não é tanta nem tão
habilmente dissimulada que o
publico não, possa distingui-las…
à vista desarmada.

“Pode agora sem inconveniente
dizer-se, a poucos dias, supomos,
da abertura extraordinária do

Congresso, que a atitude do go-

vêrno em toda, esta questão tem
sido ‘ exageradamente obscura e

cambaleante, lançando nos espi-

ritos uma confusão perigosa,
pretexto excelente para todas as
marombas . dos especuladores,
das quais não é pouco responsá-
vel o próprio órgão jornalistico
do govêrno, mercê dos dogmá-
ticos, mas cabalisticos. .. escla-
recimentos com que, periódica-

 

mente, Costura? confundir e re-
confundir a opinião de quem lhe
lê os. oficiosos assêrtos. Desta

“confusão, em que todos andam,

é principal, senão único culpado,
o govêrno, pelo que diz, manda
dizer e também pelo que não diz.
Pois é preciso que fale e fale cla-
ro, ao menos uma vez. Convo-
que-se a sessão extraordinária
do Congresso quanto antes, pois
quanto antes precisa o pais de
saber com quem vive: e; como
vive. Fale o govêrno- claro, sem
mascar palavras nem ter silogis-
mos de ocasião. Seria inadmis-
sivel. Seria insuportável.

Q pais quer saber e tem o di-

reito absoluto de saber O que ha
eo que não ha. E” necessário
definir uma situação que tem
permanentemente existido na
meia sombra. E”, para isso que
o Congresso vai reunir.

o Es
Colégio das Missões

Foram admitidos como alunos in-
ternos ‘dêste colégio os e
concorrentes :

— Renato Alberto Saquêta, de Mon-
COrvO.

— Francisco Antonio de Oliveira,
de Penamacôr.
— José Maria Rascão Gomes, de
Salvaterra do Extremo, ses
— Artur Marques Correia, do La-
doeiro (Idanha).

— João Mendes Baptista, do Sal-
gueiro (Castelo Branco).

— José Simões, da Aguda (Figueiró
dos Vinhos).

— Virgílio Dias de Sousa, de Car-
digos (Mação).

— António Augusto-de Sampaio Gui-
marães Pires, do Vimioso.

— Manuel mas Junior, de Cam-

polinho (Gaia).

— António: Pereira Rodrigues Cla-
rinho, de Panascoso.

— Eduardo José Fernandes Pêgo,
do Mogadouro.

—Pedro Alves Gago, de Mação.

-——António Alves Jona, do Panas-
coso (Mação).

— Manuel Fernandes Cipriano, de
Salvaterra do Estremo.

Para professores; respectivamen-
te, do curso dos liceus e de inglês
foram propostos ao governo os srs.
dr. Rafael Pereira Lisboa e Fran-

– cisco Tedeschi, que já, interinamen-

te, estão regendo as’ cadeiras: que
lhes foram distribuidas em conse-
lho geral.

cESÇEO sento

Pelas 5 horas do dia 11 do cor-
rente, faleceu, na casa de sua resi-
dência em Sernache do Bomjardim,
a sra D. Maria Queirós do Amaral,
virtuosa esposa do sr. Olímpio dá
Amaral, conceituado farmaceutico
nesta a

A êste nosso amigo e ex.” famí-
lia enviâmos o nosso cartão de sen-
tidas condolências,

À e

 

“A política déste eafcaliia vai en-
trando nurha” fase de «agitação vio-
lenta € irritante.

Muito mal. procedem os que salte
vairadamente’ lhe e está
feição irredutível.

“Isto não acaba bem.

Mui míopes são e de actitlora
raciocínio os que não anteveem as
más. consequências das suas imper-
tinentes provocações.

“As reacções em matéria política
desmentem sempre as leis físicas:
são sempre mais violentas é Emo
cáveis! –

TAS creanças ‘ ‘desculpam- sé as in-
fantilidades da sua inconsciência:
à mocidade relévam-se as precipita-
ções dos seus arrebatamentos.

A” idade madura a consciência
pública não perdôa nem infantilida-
des, nem arrebatamentos, nem Pa
xões, nem caprichos.

O sr. Tasso de Pgnbipéao; “Sa-
“bendo que havia no concelho um
monárquico intransigente, que ofe-
recia o seu valor, eleitoral a quem
se prestasse a ser instrumento das
suas vinganças e indo fechar com
êle o pacto, praticou um acto que
não abona a honestidade” dos seus
processos políticos. |

Ele abriu as portas do seu | parti-
do à um elemento declaradamente
inimigo da República, que do seu êr-
ro não fez penitência nem profissão
de fé republicana.

Eis, por estas frestas abertas em
ódios e outras paixões, que dentro
da República teem entrado os seus
inimigos, e nela estão provocando
a desordem e o seu descrédito ab-
sorvendo e dominando é lançando
uma funda perturbação na: oe
de portuguesa.

Por via de regrá, “estes astaidê
da talassaria aos arraiais republica:
nos teem sido feitos “astutamente,
com o disfarce pen nada cóm-
versão. |

Aqui não. “Teve o merécimento
da franqueza. sea

Um contrato bilateral.

Um negócio político!

O partido unionista recebe os vo-
tos e encarrega-se-do trabalhinho de
enxovalhar o: partido -adverso,.’de
persegui-lo e difamá-lo, de requerer
sindicâncias e provocar a demissão
dos seus homens dos cargos públi-
cos que exerçam.

Damos de barato que assim acon-
teça, é não nos damos mesmo aó
trabalho de perguntar se tal acto si!
gnifica uma depravação moral ou é
uma imbecilidade política.

Concedemos que assim seja : que
o partido unionista, conseguindo tu-
do quanto pretende, pague genero-
“samente os votos que recebe: que
venham as sindicâncias e as exone-
rações reclamadas nessa imundice
mandadas publicar na Luta. Pode
ser.

Simplesmente, o sr. Tasso de Fi-
gueiredo, está abrindo um prece-
dente terrível.

Numa situação que, êle não com-
preende, e de consequências que êle
não vê nem pressente.

E bem pode ser que o partido

eo partido

e

 

@@@ 2 @@@

 

unionista tenha de limitar as suas
contas, por agora, à prestação de

injúrias e calúnias ;que ejaculou no *
seu jornal, de fácil pagamento por-.
que depende apenas da iniciativa |
individual de qualquer celerado sem .

educação nem vergonha.

Bem pode. ser que a ância do sr.
Tasso tenha. de. contentar-se, nesta

 

investida, com a satisfação de man-

dar anavalhar a reputação dum ho-
mem que por êle só tem tido. consi-
deração e respeito: mas também pc
de ter aberto uma conta corrente
polítii
de tenha de pagar, com alguns amar-
gos de boca…
| lerem “mudar. de vida? Seja. e
UG FsniPasso que começou por
do a vida. política. dêste con-
celho entra agora a comprometer
os interesses dos “seus âmigos.

 

 

“A política neste concelho exerceu-

se sempre. em termos – duma maior
correcção-e dignidade. Sds

Combatia-se com serenidade e ga-
lhardia e sem violências nem ódios.

nO: políticos não, se andaram por
ai aos. encontrões, a, cubiçar o que
cada um tinha em casa nem a, as-
saltar a lugares que os adversários
ocupavam, quer os tivessem | con-
quistado por merecimentos próprios,
quer os devessem aos, taperes] «da
política… ..,

“Lugares, políticos, havia só um
neste, ; concelho—o. da administra:
ção.

Veio agora, a a do ; “sr,

asso, ea sua cordealidade e mais
elexires de, pacificação, e já a coisa
é outra.

Uma politicasinha de cafres, ven-
dendo-s -Se mesmo, a preços: Ódicos,
um ataque à honra, pRSPsapRR dum
AVE as :

O que vale o génio eo queé a
gente, ter sido precursor dum Es
eller puxado à guita da bandeira
na manhã de 5 de Outubro, ali, nos
“Paços do: Concelho. :

Quem não teve essa ini ciação ) po-
lítica lê ainda, pela velha cartilha,
segundo a qual a vida particular e
a vida profissional estão sempre ao
abrigo, das pelejas politicas e nestas
as posições e às influências conquis-
tam-se com dignidade, não se mer-
cadejam por infâmias.

– Assim, O lemos, assim o ente: ie
mos e assim o temos praticado,

Nunca promove mos uma violên-
cia, e «algumas, perseguições evitá-
mos. E

Tambêm nunca as recebemos nem

sofremos, dos homens que créaram,
robusteceram e honraram êsse. par-
tido que o sr. Tasso de Figueiredo
da por .aí a estrangalhar e a pôr
almoeda. –
“sEB ão, «escrupulosos temos “sido
na nossa correcção, que, tendo. in-
teresse. político na.creação de. certo
lugar e termos-.tido ensejo de o criar,
de, tal propósito, nos temos abstido,
sómente para; não prejudicar, adyer-
sários políticos e dos que mais; mal
nos. teem, feito e mais Anjnstaipente
nos teem tratado. ENS E

Compare-se o sr.) Tasso… éivi-
va muitos anos para presencear: ain-
da; as tempestades que insensata-
mente têm andado a semear.»
»hEle-es05 seus Scárpias!”.

 

 

A convite do aigás inspector, do
circulo escolar da Certã, reuniu o
professorado dêste círculo, no dia
12 próximo pretérito, pelas. 1> horas,
na escola do sexo feminino desta
vila.

Nesta reunião, que foi a todos os
respeitos. inROrtAnias ultimou-se a
questão dos diplomas de encarte, é
versaram-se outros assuntos de ca-
racter pedagógico, de grande inte-
resse para,O ensino primário e res-
peaures pi

Foi criado um 3.º lugar de profes-
sór, na escola para o sexo masculi-
no da freguesia de se do Bom-
jardim, e

“que o seu” partido, “mais tar= +

 

Em volta da guerra

General Joffre

Sobre a alta personalidade do
generalissimo francez, um corres-
“pondente“de Londres dá, entre ou-

; tros, êstes interessantissimos traços:

“Todos se ocupam do general Jo ml:
“mento parou: a três passos de dis-

Res O generalissimo do exercito –
francez, e não muitos os que o com-
param ec com” Napo-
edlda A

” Raras vezes o teem visto montar
a cavalo; mas a sua figura tem
certa) semelhança com à de Bonapar
– 4e, pela sua robustez de homem pe- —
“queno e forte.

 

 

Emprega uma boa

“parte do dia percorrendo-as linhas ‘|
Bem um automovel baixo e veloz.

– Ser-lhe-ta impossível – visitar todos

– Os pontos importantes e seguramen-

te confia noutros chefes que cui-
dem. do cumprimento, do, seu . plano
estabelecido.

Um generalissimo deve. manter o
Conitacto pessoal’com as“ ‘stias tro-
pas, mas<sendo isso impossível nu-
ma frente de «tanta; extensão, pro-

vávelmente: Jofre instruiu nos, res-
pectivos papeis. as suas -sentinelas
ou oficiais de guarda. .

“Entende-se, porém, que Jofre de-
veter.na mão os ne deste tremen-
do sistema; 7

Sabe-se que, passa . muitas horas
do dia no quarto do telefónio com
ô auscultador pegado ao ouvido. Os
generais do estado-maior estão cons-
tantemente inclinados sobre os. ma-
pas, examinando todos) os pontos
estrategicos do-país: mas Jofre não
carece desse estudo, porque na sua
memoria tem profundamente grava-
Рdos todos os rios, vales ̩ monta-
nhases:

E; ae dino tanto na: Res
ra como na paz., Tem confiança em
si mesmo e confia tambem nos de-
mais

“O seu Sstádo rdnior não duvidoú
nem por um momento, da sua. ca-
pacidade para a victoria e esta con-
vicção ‘transmitiu-se á massa das
tropas.

“O seu melhor timbre é de Bloria
a organisação do seu estado maior.
Escolheu os maiores talentos milita-
res de França e coordenou as. suas
fôrças admiravelmente. Conjurou. a
acção da politica que envenenava O
exercito francez. Isso é tanto mais
raro notar quanto as suas próprias
opiniões politicas são opostas ás
dos chefes que o rodeiam. Os seus
confidentes foram desde logo os ge-
nerais Pau é Castelnan, nenhum de-
les pertencentes à sua “escola nem
correligionarios seus em politica.

O resultado da sua firmeza é sim-
ples intenções é que “actualmente
dirige a máquina de guerra mais
formidáve! do mundo. Quando foi
nécessario cortar a carreira de cin-
co generais que haviam, demonstra-
do fraqueza durante umas manobras.
não hêsitou um momento. A suá pro-
pria carreira fél-a rápidamente. Aos
16. anos era bacharel; dos 17 entrou
na Escola ‘ Politenica. Entrou na
guerra de 1870. como segundo te-
nente, RE se pelo seu va-
lor e nos trabalhos de fortificações.

Nas de Pariz demonstrou tais ap-
tídões, que Mac Mahon o fez capi-
tão aos 22 anos. |
Não é um militar de paradá, não
tem pose. E’ um soldado “simples,

moderno e scientifico. E” um: sabio
que não temos defeitos do sá:
bio. A maior: parte das suas teorias
sustentam-se com um admiravel sen-
so pratico; Considera-se um Simples .
soldado; e sabe: o que se a
dele.
Jofre mal era, conhe Ed no mun-
do quando foi designado para co-
mandante do exercito francez em
rgt1. Poucos tinham oúvido o seu
nome. Finha trabalhado silenciosa-
mente e silenciosamamente traba-
lha agorra, como compele ao seu al-
to cargo.

Hercismo das raparigas
francesas

Diz um jornal francês:
Avrechy é uma: E geid aldeia

 

Ee os cavaleiros avançavam na calça-

 

 

com 400 habitantes, sita no departa-
mento do Oise e dependente do can-
tão de Clermont.

Uma manhã, treze uhlanos, vin-
“dos não se sabe donde, apareceram
de subito nas suas ruas tranquilas. |
As casas, bruscamente, fecharam-se |

 

“da deserta. De repente, O destaca-

tancia, de pé, na expectativa, erguia-

-Se uma silhueta..O. que é isto? res-

mungou no Seu calão o comandante.
E, sem demora, avançou, seguido

pela sua prudente escolta. Uma jo-”
ven, uma creança-de;dezeseis anos,
apareceu então aos olhos da coorte.

Socegadamente, afastou-se, oh! mui-

to pouco, ‘como: que para deixar pas-.
sar os cavalos. Um dos uhlanos, ao.
contrário abaixou a sua lança agu- é
da e, apontando-a ão peito da pe-.
quena didea

: — Menina, disse-lhe, não tenha

medo, o “chefe vai falar-lhe.

E o chefeCfalóuclhe. cod uiiodin:

—=Vai dizer-me-a verdade, não é
assim ?

=5-S jm osenhor. 8 .0=zib (NSIA
“ Harsoldados dida nos ar-
oa Responda com franqueza.

Oh! não tenho mêdo, replicou a
joven, e pósso Tespo der , com. a
maior franqueza.

——Nesse caso? ?
“Não vimos soldado» algum fram-
cês.nestas paragens; fo

—Diz;a verdade ?

—A verdade.

“A’lança ergueu-se ‘e o ‘destaca-
mento, socegadamente, continuou O
seu caminho. soidioos

Entretanto no fim da rea no
pateo de uma herdade, uma compa-
nhia de infantaria franceza descan-
cava de algum combate recente. Os
uhlano, ao passar, viram’ o alto por-
tado” por onde entram os enormes
carros carregados de feno.

—Se entrassemos ali?—
comandante ao cabo.

— Se entrassemos?-— repetiu o ca-
bo:subjugado: E entraram.

Pum! Pum! Pum! Eram os ta
soldados. francezes que lhes davam
as boas vindas. Sete inimigos cairam
por terra, os restantes renderam- sê.
Foram aprisionados. –

Entre os mortos havia um Mi
esclarece”o narrador da atção. Ora,
a presença da infantaria era: conhe-
cida em toda a região. Era-o princi-
palmente pela jovem Clotilde Bón-
cry, à creança | heroicamente menti-
rosa. Não ía ella, á “tarde, havia
trêz dias,ilevar aos soldados fructos
e legumes frescos?

Clotilde Brocry é neta do Bravo
decano dos bomibeirós de Prança.

» Revés Rê no dia de filiados; a
trasladação, do cemitério antigo pa-
ra o novo; das ossadas daqueles que
faleceram nesta, Hr eguesia desde 1891
a 1896,

Ae exumação foi múndada fazer
pela junta de paróquia, que deixou
ao prior a liberdade da cérimónia
religiosa; Dobraram os sinos e após
uma procissão em que fotam con-
duzidas as ossadas do cemitério ve-
lho para a Matriz nesta se celebrou
um ofício seguido de missa e ser
mão. ,2o5
Pelas 3 horas da sa safa o
igreja, matriz. uma nova procissão
conduzindo as ossadas para uma va-
la aberta ao longo do! muro do lado
norte do cemitério novo.

Assistiu a estes actos a’quarta
parte da população da freguesia, mil
indivíduos, que ali foram prestar o
preito comovido de sincera venera-
ção pelos seus queridos mortos.

Foi uma homenagem ‘ edificante

onde vimos muita guns sentida; e
adivinhamos muito: soluço a custo
reprimido.
“A não ser meia ria de pessoas
que ha pouco vivem nesta aldeia e
que por ‘um dever de solidariedade
humana assistiram ao acto, todas as
restantes tinham naqueles modestos
caixões os restos mutilados dos que
mais amaram na vida.

Compreende-se assim muito bem
a’comoção da maioria dos assisten-

disse o

 

 

“modesta,

 

desse 4

tes, que era composta da gente mais
a gente que trabalha, a

“gente que produz.

Foi muito notada a não compa-

“rência à êste acto dos poucos indi-

víduos que nesta aldeia ainda se di-
zem monárquicos! Quiseram asgim
provar que a sua religiosidade não

 

»passa de palavriado e que lhes; re-

“»pugna todos os actos que represen-

tam fraternidade ou sohidartedade

“—Aumana.

 

sbre 1 incoerentes !

Seguiu : a “Mossâmedes incor-
porado na expediçãode marinheiros
0 nosso patrício e amigo João da” Sit
va, primeiro sargento da armada.

Como velho e devotado republi-

“Cano, foi um dos primeiros a ofere-

cer-sé para fazer parte daquela ex-

—-pedição que, em Africa, vai afirmar

maistpma vez que o heroiço solda-
do português «+
qualidades gu do, o
guiram como sendo um dos mélho-
res do mundo.

Fazemos votos para que os ma-
nes” dos «nossos | heroicos: patrícios
Nun’Alvares, Miguel “Colaço, Fran-
cisco Simões Leitão, Cipriano Aires
Lopes de- Figueiredo, Airés de Fi-
gueiredo, | Vicente Nunes” Tárdaz,
João: GomescSerrão e Parada Lei.

tão, etc. lhe ensinem.o caminho. da –

vitória e O tragam incólume ao seio
dos amigos que aqui O ficam « espe-
tando anciosos de o abraçar no seu
Rd De

“BOVERMADOR emo

“Tendo o nosso presado. dale o
Mundo publicado um artigo em que
o sr. dr. Francisco Rebelo era maltra-
tado, conto governador civil dêste
distritos com manifesta injustiça, O
sr. dr; Gastão Correia Mendes pu-
blicou. naquele jornal a Seguinte car-
ta, que com muito prazer transcre-
vemos : e

«Sr. ei do jor ad «O Mi:
do». —O número de hoje do Mundo
publica sob o título Outro caminho
umas acusações contra o governador
civil do distrito de Castelo Branco,
que o meu conhecimento da política
daquele distrito não pode deixar de
repelir por injustas. E” claro que-da
redacção do Mundo houve apenas

a-boa’fé que à levou a aceitar como
Sto a informação recebida. É

E facto que o governador civil’de
Castelo Branco não estava na-séde
do distrito, a quando os aconteci-
mentos do mês passado. Mas estaya
dentro da área do seu distrito, em
Oleiros e mais-seguro estária na ca-
pitalida súm: jurisdição do que na-
quele; concelho sertanejo, ondera in-
fluência reaccionária. ainda é.grande
e pode em certos casos agitar as
massas incultas é fanáticas. As

E” esta a primeira acusação; ‘ que

“julgo ter desfeito. A segunda tem

por base, os:desmandos;de bngua-
gem de. determinad o jornal da Co-
vilhã.

Como v. muito bem sabe, O pro-
cedimento dirécto contra esses des-
mandos compete não ao governador
civil. mas ao delegado do Peseone ad
da República.

Um governador civil não pode
evidentemente fiscalizar O que pu-
blicam todos os E s do seu dis-
tritos é

Quando. muito! essa EbiaÃo se-
rá dos administradores dos, conce-
lhos, que devem dar à informação
respectiva ao magistrado superior.
Ora o administrador da: Covilhã é
ovelho e dedicado republicano Au-
rélio Neto, que está acima de, toda
e qualquer, suspeita. Na mesma po-
sição de prestígio e de lialdade pa-
ra com a República, fica o ilustre
governador civil dé Castelo-Branco
que, não estando filiado em nenhum
partido, tem deserapenhado as suas
funções com extrema correcção e
verdadeiro espírito republicano. |

As pessoas imparciais o atestam
e reconhecem de certo quanto tem
sido difícil a sua acção, rodeada: de

 

& rodeada: de

 

&

 

@@@ 3 @@@

 

mil obstáculos e embaraçida sobre-
tudo pelo facto de não estar bem

“definida a situação política naquele
“distrito.
Perdôe-v. estas adhsitsradãos mas

mal iria?a-um jórnal.o nome e os
serviçosido Mundo se continuasse a
inserir-.informações.:menos justas,
explicáveis de-resto pela cireuástân-
cia de não conhecer a pessoa visa:
da.

“Espera lhe desculpe. a imperginên-
cia quem é dev. com muita consi-
deração correlig.—Lisboa, 11 de

 

Novembro «de AA, —Gastão Cor-

reia Mendes.

“LITERATURA
Cronicas

 

 

 

 

 

 

 

nim al ‘Da Praia

Ela. sentia, não sabia. porquê, den,

tro, | ‘do peito, um imenso amôr, De

noite, no inverno, emquanto ó vento –
orneava em Ra do chalet, muito

embrulhadinha’no;seu chale, lia, es-
‘quecida, o Prevost. Incéndiavam-se-

lhe os olhos pequenos, quando O ga

lã elegante, num ífmpéto de paixão,

saltando a pés juntos por sôbre as

conyeniências, arrebatava nas. azas
do desejo a donzela que se lhe en-

tregava.
É, de olhos cravados no livro, fi-
cava-se fnuito! quiéta, sonhando, sem
pera que um dia, Alguem

 

viesse Bag”
sombrio é a que sua alma un fu-
gir.

 

Levantava-se, ia aq à Ega, corria.

tirasse” “daquele torpôr

pelas teclas os dedos esfusiados e |

acabava sempre por um lânguido
nocturno de Chopin. Chegada ao
fim, voltava para a chaise-longue e
a mesma languídez enervante a ae
dia.

Indo só duas ou três vezes a Lis-
boa, a um teatro ou outro, conse-
guira já que um agi chic a seguis-
se até ao-Cais de Sodré. ,

Mas, quando viu que ela sé me-
tera no comboio, afastara-se sem
olhar para traz. Ficara-lhe na cabe-
cita a sua figura. Era esbelto. Um pe-
queno buço marcava-lhe melhor os
lábios um pouco carnudos. E duran-
te meses aquela figura de homem ti-
nha sido o seu ideal.

‘Um homem!…

* Chegou o verão e-ela como: as:
andorinhas que correm apressadas:

quando “o sol aquece, ia e vinha pe-

la casa, saltitando, arfando-se-lhe’o:

peito numa esperança infinita. ‘
la chegar o tempo dos banhos.
Tiravam-se os escritos das casas.
Pela estrada poeirenta, carros e car-
ros seguiam: a passo transportando
piramides, duma pêle- -mele de objec-
tos de uso.

«Aquela era a cómoda do, conse-

lheiro Silva.» «Aquelas eram as cai-
xas dos chapeus das- “meninas Pin-
tos.»

E a mesma pergunta tantas vezes
repetida apareçia- lhe sempre.

Quem virá êste ano?

Senhoras de É agp ingam para
a praia.

Armavam-se os toldos é e crianças .

descalças com fatitos brancos, fa-..

ziam fundas covas na areia.
Vestia- -Se com cuidado. Tinha ar-

relias, diante do. espelho porque o

penteado custava a amoldar-se. Já se

Zzangara com a mamã porque não

queria tão compridos os fatos de ba-
nho. O decote tinha de ser mais lar-
go, mais aberto, com uma boca gran-

de. que. lhe aflorasse. o. principio de

curva dos seios.

Arrastava com donaire alargaca-.

pa azul, segurando-a muito na frente
para «que a esbeltesa do corpo se
afirmasse bem na clara luz da manhã.
Atirava-se de prancha e nadava com
movimentos, ritmicos, afiando mais
o, corpo.

* Duma vez que uns rapazes a con-
templavam da praia, afastara-se de
mais com O mar revolto e nadava

cogu

até mais longe, tendo-se sentido .

quási perdida. Que importava |.

 

 

 

 

ECO DA BEIRA

Os olhares curiosos dos homens
tinham-a seguido e isso bastava.
Ao princípio da temporada lia e

–conversava- debaixo do toldo, com
“modos serenos,.mas os homens na-

moravam outras e uma raiva atre-
vida apossara-Se-lhe do corpo. Não

“tinham conto os; flirts que tivera.

“” Atreyera-se-d. mais, até. Mas êles

– Hnham- E conseguido beijos e de-
pois..

E êste “depois comgyia-a. Quando
os primeiros frios apareciam—revol-

ta de não ter prendido um, cegava-a
quasi;

Abria mais o decote, mostrava

mais as pernas “nuas, atirava com

“furor louco olhares atreviados je

queria prender alguem…
-Intrigava às outras senhoras é. dhe-

– gara já uma vez a vir noite alta pa-
“Fa a praia, , escondida na mantilha

para um rendez-vous.

Ele viera; «mas, à resistência do
casamento: que ela Gneria, êle ER
ge ua

Passavam, os anos e a mesma ân-

“cia ‘a comovia. Os olhós muito. ca-
co vadosp ospeito aplainara-se, a sua
“figura adelgaçara-se, mais e mais, e

só o carmim conseguia encobrir-lhe

EA palidez. E

la para os bailes e dançava até

de manhã, já mesmo quando uma

 

tosse sêca“e Constante a sacudia.
Ja de vez em–vez ao bufete e be-

bia de um gôlo: cálices de-lúmel:

dava-lhe fôrças; uma alegria enor-
me, dizia.»
Pedia com insistência para dança-

rem com ela, tinha ínsónias depois,
e vinha para à longa verandala do

chalet, numa cadeira de lona, amo-
lecida, a tossir sempre, passar em
revista os olhares que lhe tinham

spremidosa O

Um, sobretudo, encantava-a e, a

pensar nele, adormecia, num sono
ade creança.

Vi-a êste ano ainda. Esforçava- -se
para rir, alegre numa roda de rapa-
zes. Tinha gracejos pesados, mas o
seu corpo’ alargava-se: mais, € era
mais febril o seu olhar.

RC RIO TO
Morreu hoje serena e branca.
Uma tísica a matara. Em: volta

dos lençois estavam abertas muitas

declarações que. lhe, tinham. feito.

Palavras! Palavras!:.. Não conhe-

ceu nem tivera jamais o homem a

quem queria e que a quisesse.

Hey ha

“Miscelânea itiráio ia

— – sejentifica € jocosa.
Curiosidades útois

 

Gente do’campo’

Quero muito à gente rude,
Essa pobre e boa gente,
“Que ao menos diz o que sente,
E sincerá, não ilude,

E tem a grande virtude —
“Não elogia nem mente.

(Tenra do Sól — José Coelho da

Cunha.)

*

Há na vida de todos: os homens
uma hora de ouro, um “planalto lu-
minoso onde tudo o que podem de-

«sejar de prosperidades, de alegrias,

de, triunfos, os espera é lhes é da-
do. O ponto fica mais ou menos al-
to, mais ou menos escabroso e difi-
cil de subir; mas existe igualmente
para todos, . tanto. para os poderosos
como para Ôs humildes.

Mas como o dia major do ano é
êsse em que o sól deu tudo o que
podia dar e que ao outro dia dá.)

o seu primeiro passo para O Ea
no, êsse summum delicioso das exis-
tências humanas é apenas um mo-
mento, depois do qual tem de des-
cer outra vez a ladeira. Aquele fim
da tarde do primeiro de Maio, raia-
do de chuva e de sol, recorda-te

bem dêle, pobre homem, fixa bem

na tua Menor o seu brilho deslum-
brante. : *
Foi a hora do teu verão o pleno:

de flôres espanejantes, de fructos

 

doirados ‘ que vergam ao pêso dos
ramos, de seáras maduras que tu
tão loucamente semeaste.

O astro agora- começará -a-empa-
lidecer, desaparecendo pouco a pou-
co, até não: ficar na noite lugubre

em que o teu destino se afundará-

um ponto | luminoso que te alumie.

O UN ababo Á. Daudel.
4 Zs 7 =
Que importa o que os labios calam,
Quando às palavras se prendem?
Tambem as flôres não falam,
E pelo aroma se entendem.

E” que esse aroma, imagino:
Que’será, talvêz, ná Hor,?
O mesmo efluvio divino
À que;chamamos amor.
Bulhão “Pato.
– fas
A mulher pode esconder que so-
fre, que está aborrecida, que ama…
só não pôde esconder’ que espera.
Madame de Girardin.

* e

Ha umarideia »que-nunca- morre

é o espirito da independencia. Acor-
rentem-no, que ele despedaçatá as

“cadeias; sufoquem-no;,que ele res:

suscitará–do tumulo. Sobre todas
as instituições produzirá o tempo o
seu efeito, menos sobre ele. Para
ele “os seculo não passam de dias,
como os dominadores não passam
de incidentes. Arranquem-lhe insti-
tuições, culto, lingua, monumentos,
arraquem-lhe tudo, só não poderão
arrancar-lhe’-a terra, e dentro dá

“terra estão os ossos-dos. avós, vivi=. |

ficados ainda por um espirito, o
espirito nacional, que se espelha
nos rios“patrios; que-se:bebe com

o leite das mães, é que fala”no fun-=

do de todos os corações.

Antonio da Costa.
O mundo é sempre o mesmo; em nós demora,
Espelho em que se altera quanto existe ;

Conforme fôr nossa alma alegre, ou triste,
Assim o mundo nos sorri, ou chora.

“Tomay Ribeiro.

Os homens grandes não vivem
no-seu tempo, vivem na’ posterida-
de. Qne seria dos génios se por
entre; os uivos dos: impotentes não

anteouvissem já no intimo da cons=-

ciência os aplausos ‘ vingadores da

historie? Os coevos podem- os hon- |

rar com a inveja; as geraóçes; futu-
ras coroam-nos de bençãos. *.

Antonto da Costa.

TAGRIGUL. TURA.

Alimentação dos coe-
| lhos.

 

 

18

Aproxima-se a época das chuvas,
durante as quais, todos os anos,
morrem muitos coelhos, por descui-
do das pessoas que deles tratam.
Sendo costume receber numerosas
consultas sôbre êste assunto, julgo
conveniente prevenir os lavradores,
indicando-lhes alguns conselhos sim-
ples e que permitem evitar a: mor-
talidade dos preciosos animais, que
tão grande auxílio prestam, sobre-
tudo aos habitantes dos campos.

Quasi tudo serve para alimento
dos coelhos, exceptuando apenas al-
gumas plantas venenosas: hervas
dos prados e caminhos, fôlhas de
árvores, Batatas, (.enoiras, Beter-
rabas, Niiãos, Topinambas, Maçãs,
Peras, Bolotas, Milho, Trigo, Aveia,.

Cevada, Roe de Uva; Farelo; Ê

dica =)

Os. amde de Tília, Choupo, Ma-
cieira, Pereira, Salgueiro, Cere-
jeira, Videira, Silva, etc., são mui-
to bons para os coelhos, quer -ver-
des, quer secos, representam um
magnifico recurso; para O inverno.

A grainha de Upa é tambem um

alimento bom e barato. Pode secar-
“sé depois de distilado o bagaço ou
bagulho do vinho, e dá-se sósinha
ou misturada com os farelos amas-
sados. Os lavradores deixam perder
geralmente a grainha ou aprovei-
tam-na para estrume, e fazem mui-
to mal, porque é muito mais vanta-

 

joso empregá-la-na alimentação dos
animais. ‘

As Beterrabas, que são pouquis-
“simo-conhecidas e-usadas no nosso
país, são um precioso alimento para

«coelhos e outros“animais ; e, por is-

so; deviam ser largamente cultiva-
“das:

As fólhas de ca podem em-
pregar-se, como: geralmente se faz,

 

na alimentação dos coelhos; mas é

preciso não lhas dar. muitas vezes
seguidas, porque: p̵er РB̫sto
à carne e fazem morrer. “os coelhi-
tos novos, por serem “tpuito, aquo-
sas. São muito” boas, mas P
coelhas com filhos, porque fázen
“muito Teite. Ear
“conveniente: variar “a “é

aos coelhos, porgne crescem ie en-
gordam mais e fica, a carnes-com
muito melhor gôsto. sosmmo sh eum

Uma: recomendação importantis-
sima é nunca dar comida molhada,
sobretudo aos; -uovos, «que. tenham
menos dé! 3omezes.: Quando, se cos-
tuma dar:comida molhada, ou muito
aquosa, como são as Convessos coe-
lhitos começam: a ganhar, barriga, e
coelho: barrigudo. é coelho; perdido.
Morrem às dezenas, e a causa :des-
ta doença que todos os anos, sobre-
tudo nos invernos “tanto arrelia os
criadores de coelhô: i
alimentação. ‘Quando-a alimentação
é racional e a coelheira está em sítio,
isento de humidade e é limpa fre-
quentemente, os coelhos são dos
animaes:’mais rusticos que eu co-
nheço.

Castelo de” Paiva:
di Lavradory –

“ANUNCIOS

 

 

J. Salema

 

 

Tas anheiro do Japão

O unico que résiste à terrivel
moléstia, a filoxera, que tão gra-
ves estragos tem produzido nos
nossos soutos, é castanheiro do
Japão. ion
|O cadinheiro japonez aire
ce iguais vantagens que o bace-
lo americano tem: oferecido no
caso da: doença: da.
ra cujas vantagens são já bem
conhecidas. As experiencias teem
sido feitas; não só ao norte do
nosso pais mas principalmente
em França, onde o;castanheiro
foi «primeiro -que“em Portugal
atacado: pela, filoxera, e hoje en-
contram-se os soutos já comple-
tamente povoados de castanhei-
ros-do Japão, dando:’um : Fendi-
mento magnifico. “0/*item ;

O castanheiró japonez” ha
se à venda em casa dé Manuel
psd aço Pedrogam Grande.

AL

Cem boa vivenda é nos Eabrabaldes
de Pedrogam; Pequeno — vende-se.
Trata-se tom o notário desta co-
marca, Carlos David.

 

 

 

 

 

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PROPESSOR DE INGL Ês

“Lecciona. Traduções de ing! ês,
francês e espanhol. .

QUARDA-LIVROS

Escrituração comercial e
Correspondencia.

Trata-se som F. Tedesc
nache do Bomjardim.

Cândido da Silra Teixeira
SERNACHE “DO BONJARDIN

Interessante monografia, de pro-
fundas investigações históricas, ilus-

trad: com excelentes gravuras” “
Obra dividida em «ir (capítulos,

 

 

 

 

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“Agua Car Foz da Certá

A Auá minero- iidicilal da e da e tã apresenta uma “composição
E que a distingue de todas as outras até hoje uzadas na térapeútica.

E’ empregada com segura vantagem da Diabetes Dispepsias— Catar-
ros gastricos, put” idos ou parasitarios ;—nas “prever “sões digestivas derivadas

“das doencas infeciosas ;–na convalescença das febres” graves; ——nas atonisa

gasiricas dos diabeticos, tuberculosos, brighticos, etc. nO -gastr icísnio dos
exgotados pelos excessos ou privações, etc, elc.

Mostra à analise bateriológica que a “Agua da Foz da Certã, tal como
se encontra nas garrafas. deve ser considerada como microbicamente
pura não contêndo colibacitlo, nem nenhuma das especies patogencas
que podem existir em aguas. Alem disso, gósa de uma certa acção microbi-
cida O B. Tifico, Difeterico e Vibrão colerico, em pouco tempo
nella perdem todos a sua vitalidade, outros microbios apresentam porém re-
sistencia maior.

A Agua di Foz da Certã não tem gazes livres, é limpida, de sabor le-
vemente acido, tnuito agradavel quer bebida pura, quer misturada com

vinho.
DEPOSITO GILIRA E

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Telefone 2168

qe 2168

q