Voz da Beira nº46 21-11-1914

@@@ 1 @@@

 

e qe T ” “a ++ Ê
cds Rh osa
ab gDIÓRIoMoo esmoils oral
siga D

——
pars, Santos a Silva

“Redaçã pão e a aros

 

vo Muy Dr. Santos Valente !
ge ti CERTA : »SEMANARIO INDEPENDENTE
a o es TETAS FORTE | PNUD n Anuncios

Anno, 18200 réis; Semestre, 600 réis
Brazil, (fracos) 35000 rs. Avulso, 30 rs,

Propriedade da Empada da Voz da Beira

+ PÚBLICA-SE AOS SABADOS
COMPOSTO E IMPRESSO NA minNERvA GeLINDA DE RAMALHOSA & VALENTE — CERTA

Na 3.º e 4.º paginas cada linha, 30 réis
Noutro logar, preço convencional

 

“ Fomento industrial

| Cortado em varias direcções

por correntes fluviaes, algumas de

importancia relativamente apregia-

– vel, era de prezumir que a nossa

região, dado o impulso, fabril do

paiz.nos ultimos anos, as tivesse
Já melhor aproveitado.

O rio Zezere, as duas ribeiras

da Certã (a pequena e a grande) a

Isna ea Atamolha, para não falar

| já d’outros cursos inferiores, con-

servam ainda hoje das suas mar-

– gens alpestres todo o primitivo

recorte da natureza. A machina

com suas turbinas e volantes não

logrou ainda romper o mystério

dos seculos transformando para a

– mechanica, essa enorme força por

* ali desperdiçada como enignatico

nome de Julha. branca. Correm
– Jimpidas as aguas como descuida-
“do corre o viver do nosso povo
ainda ma infancia as artes. Nem
sequer um estorvo do genio-ousou
ainda suster a marcha possante
desses milhões de; cavalos que
anualmente fazem’a sua, Carreira
provocante atravez as PERUS do
prle, sets

Até hoje. nossa industria, se é
E dar este nome a um roncei-
rismo inveterado, apenas utilizou
corrente das uguas para moinhos
celagares!

“Nada, ota nada, que
bre: uma noção superionde pro-
gresso, em oficinas, ou fabricas,

LAO
eheh ya tico) logrou jamhis
aflorar entre nós, Malbarata a na-
tuxeza. comnosco uma riqueza. que
“tão mal agradecemos e que outros
povos, por ventura menos contem-
plados no bodo da natureza, tanto
desejariam possuir, As faldas da
da serra da Estrelanay Covilhã e
mais perto denós Onstanheirar de
Pera e Thomar são «exemplos de
quanto valle essa preciosa fonte
«e movimento a que tão pouco ya-
Tor ligamos.

Sen “alguma cousa temos pro-
gredido, como prova da mnossa
abundancia cultural, que não do
nosso ingenho ou ate, é no fabri-
co de azeite; mas ainda n’isso o
nosso progresso vae em despreso
da força hydranlicaque por toda a
parte se ostenta vigorosa,

“Nada menos do que 4 se
a vapós num total superior a 50
“cavalos de força, e 5 prensas, das
“quaes duas hydraulicas, estão
agora em laboração no nosso con-
celho com aplica ação ao fabrico do
azeite. Destas instalações apenas

ada Salgada, (Semache) do sr.

 

 

Antonio Pedro da Silva, merece a
designação fabril. Tem bom motor
com aplicação ao fabrico de azeite,
moageme serração, toda aaa
por machinas proprias para estas
operações.

Tambem nos visinhos concelhos |
de Oleiros e Proença existem ha
poucos anos dois motores aplica-

ce-nos especial referencia a insta- |
lação do sr. Baptista Diniz em
Proença onde tem montada em pe-
quena escala uma fabrica a vapór
com aplic: jão a cereaes, azeitona
e cortiça, dispondo de boas, machi-
nas entre as quaes duas prensas
hydraulicas. y

 

Nisto se resume o movimento
fubril da região, por ventura fada-

| da para melhores e ramioves arre-

 

“metidas industriaes. E. ele, sem
duvida, apreciavel para se conc ur
da nossa. riqueza e apraz-nos res
gistalô como primicias auspicio-
sas dum futuro ridente para a nos-
saindole laboviosa, ainda suscepti-
vel de se alçar à mais arduos co-
metimentos; mas o que é mezavel
é que à mtas ontras mnifesta-
ções de actividade. poderiumos Já
ter atingido se melhor quizessemos
aproveitar a força motwz dos nos-
sos cursos agua,

 

«+ quendo ha capital.

Puvo engano. O que mão ha éo
habito de lidar com dinheiro no
giro das 2 grandes tn ansações. Se la
quem cultive com pai sport
dmiasima Vporguid had
haver tambiia quem com egual
sencerimonia e mais visos: de: ga-
nho owse aventurmse às empre-,
sas industriaes, tódas elas fontes
do lucro?

Quest vo de habito, simplesmen-
tora

o inglez, o francez o belga, o
americano, ‘ mais por influencia do
meio em que se desenvolvem as

 

siús “qualidades de trabulho, do
que por tendencia natural, tão
identificados estão com este pro-

 

cesso de tentar fortuna que não
só no sem paiz, mas nas regiões
mais afastadas, vão subsidiar on
tomir de sta conta emprezas, ás
vezes bem disputadas “s rivalida-.
des do capita), .
“Pransformadas poe fossem
as normas da nossa comprehensão
de vida prafica, deveria-nos. meve-
cer maior atenção n forma a ubili-
nar, em proveito da nossa industria
e riqueza, essas enormes candaes
de movimento, generalizando- as
ao apr oveitamento da via mate-

 

ria prima de que dispomos.

dos sá lagaragem do azeite. Mere- |

Coisas & loisas…

 

| Juizes substitutos

|
| Por decreto de 20 de Outubro de
| A91O foi disposto que a lista tríplice
para juizes substilutos e formada
com os nomes de tres bachareis, forma-
| dos em direito, sempre que seja pos-
sivel, sendo, porem, obrigatono que na
lista entre o nome do conservador do
| registo predial da: respectiva comarca.
| Até aqui esti tudo muito bem.

Mas era necessario que aos
substitutos fosse vedado O
de advocacia, e como só o conserva-

 

dor do! registo predial é o unico que, |

pres-
sempre

 

pelos recursos a póde
| cindiv della, este deveria: ser
| escolhido para [.º subsutnto.

 

| Nomemese um advogado ou mesmo o |

| conservador do tegisto predial, quando
siváçao) substituto do Juiz de: Direito,
| a nosso very póde trazer graves prejui-
zos àqueles que na Justiça Leo pen-
dentes asuas acções

Podem, é certo; tuto: o advogado
como o conservador substabelecer m’ou-
tro “advogado a inrerlerenciz ques tem
nos processos que lhe [oremrent
Mas como póile estar insenta de susy
cão a sentença proférida por mm quiz,
lendo intervido já no processo como
mlvogado? oeste am assanto que de-
í 1 reficelido, pelos, cm-
dos da reforma, aa maior das
sem menluim conheci-
to esta tecnica judicial ”
Hretanto, aLé que não

pessoas

 

efa melhor
mi escolha
e todo o cuidado, de forma a
evitar suspeila no andamento dos dife-
rentes: processos judicités. e sobretudo
agora que do Ministerio da Justiça se pe-
de aos Presidentes: das Relações, pura
Qqezaaytis

 

Servir ch 49
Ponte da Bouçã

Estando já fóra da linha agua os
pegões da ponte das Barradas, sobre o
Uria Zezere, na estrada districlal esta
vilu a Certã, de cuja constiucção os
arrematantes se arreceiavam, vão (er-
minar os trabalhos feitos por adiminis-
tração directa das Obras Publicas, “de-
vendo em breve ser arrematados im-
portantes trabalhos na referida ponte.

 

Congresso

Que o congresso reune nos primeiros
dias da proxima semana, dizem nns.

Que não reune senão -no dia 2 de de-
zembro proximo, dizem outros.

Que só reune para tomar conbeei-
mento da nota d’Tnglaterra, dizem ain-
da os mais informados.
| Por este processo haverá quem aline
com o segredo.

Bacalhau

Segundo consta, o bacalhu, no proxi-
mo mês de dezembro alcançará uma
reducção de. 55000 réis em quintal, em
virtude das importantes cargas de peixe
fresco que os návios de carga conduzi-
ram,e pelos grandes «stocks» existentes
em algumas slarras principaes do paiz.

Só assim nos poderemos aproximar

do fiel amiga.

respeeti- |
direito

Annunciam-se. publicações se
receba um exemplar
Não se reslituem os originaes
Para ‘a penitenciaria
A dar. entrada na Penitenciaria, afim

de cumprir a pena de 2 annos que lhe
foi imposta, sahiu para Lisboa, na quar-
la feira, Manoel Martins Junior, um dos
implicados no celebre crime da Varzea.

Acompanharam-no os oficíaes do Jui-
z0 de Direito, s rancisco Batala e

Fructuoso d’Oliveira.

Antes assim

| O vapôr Augola trouxe de S.
mé para Lisboa £6 sacos de cacau,
[4052 de coconole e 199 de calé.

o Desta sorte é possivel. quo chegue
| alé nós estu especialidade,

O Talassa

Tho-

 

|
| Yai reaparecer
| colega i
publicava na capital.
| Bem vindo seja.

 

Caiação

Consla que vao ser caiádos os”Pacbs
do concelho, o ho Municipal é outros
edificios e muros municipaes:

Bom, exemplo, na, verdade, mas. já
um pouco tarde para dar novidade aos
municipés.

D’esta vez couhe a Honra do reclamo
ao beu, a” quem não regalearemos
louvores pelo «bom serviço que desta
stando à vila em materia de, çaia-

 

O Seculo

Também chegoma vezra estes paro

mestre «tu imprensa portuguezas que
talvez, contado na umpunidade, se tem

 

abalançado a é
contra todos,
| Taz

ver contra, tudo e

unicamente com o fim de

vo st jogo politico é servira…
CAUSd.

 

Fantas de o ouvirem de ode aturatem,
Do arcunien esobservdea dee! equi Usp
continuasse na sua atitude, Serido,
suspenso,

O artigo 90

 

Não nos consta que se ciúmipra o dis
posto no art.” 90 do Codigo de “Postu-
ras Municipaes.
= Qualquer, cidadão que.se lembra de
matar um poreo para negodio, expõe-o
à venda, sem que seja examitulo pelo
fiscal do matadouro ou por pessoa en-
carregada pela Camara, Ora isto não
póde coolinvar assim, porque destx
falta podem advir graves prejuizos. pa-
vu a saude publica.

 

Iuminação publica

Chamam a nossa atenção para a falfz
de luz que ha no bairro do Cabeço e
suas serventias.

Pelo menos dois
entrada, pela rua do
cimo das escadinhas,
necessidade.

candieiros, tm nz
Lelo-e outro qt
são de evidente

 

Açambarcadores

No ultimo mercado alguns comprado»
res de fóra do concelho fizeram mon
polio d’algãos artigos do consumo em
prejuizo do publico. Intérveio a Guardia
a tempo de evitar o escandalo aprehorn

 

dendo os generos e multando os coptis
vendores.

&coptis
vendores.

 

@@@ 1 @@@

 

CáRia DE bisDoA-

‘EISBOA,-17-11-9114 — Parece
«que vamos ter reunião extraordi-
maria ‘do congressemo proximo dia
winte-e-tres, para tratar «da nossa
situação iriternacional.

“Não queremos “fazer ,previsões
morque-em:polifica mada-ha certo.

“Quem tenha, porém, lido a im-
sprensa partidaria nestes ultimos
«dinsmão pódle-esperar, da reunião
«que se anuncia, agnéla serenidade
«e prudenoia que-seriam para Cese-
jar m’este momento “historico.

“Vamos, «portanto, ver os’termos
«em queifoi-sólicitada a nosse cola-
SBoração no theatro da guerra e
«sitão se demonstrará cabalmente
«que nãocteem xazão os -que para
=ahi afirmam (e n’este numero está
«ossr. Brito Camacho) quenada nos
“foi pedido, mas antes, por -genero-
«sidade nos oferecemos para refor-
«yar a la dos alados.

Ha, de certo, máinformação-da
parte dos’que assim falam, porque
tal offerta seria uma generosidade
ridicula ditada por um sentimenta-
Nismo piégas.

“Vasto, vastissimo será o “campo
«das operações no continente afri-
cano,-se «ali formos obrigados a
«defender o que nos pertence e tan-
*tos esforços nos tem custado. Lan-
carmo-nos no seio da fogueira que
ulastrarpela Europa sem que uma
-offensa nos haja sido feita ou sem
«que a isso sejamos obrigados pela
força imperiosa d’um tratado, seria
uma tremenda loucura, da qual
terinmos de prestar contas perante
o tribunal da historia.

E’ por isso-que eu não acredito
que se haja mentido ao povo por-
tuguez. Ha certamente, repito, má
informação (pois nem por um mo-
merito me passa pela ideia que se-

Ja-cobardia) da parte dos que afir-
anam que houve uma oferta e não
rum pedido.

E’ ali, no parlamento, perante os
xepresentantas da nação que o go-
verno vae «demonstrar sem evasi-
“vas, sem sophismasque não tem
mazão-de ser o que por ahi corre
«le ‘hooa em boca pelas mezas “dos
cafés ou circula livremente nas
colunas dos ipraaSa, so a ta) nota
fosse apenas uma mystificação do
governo?

Oh! não. Não pode ser!

Um governo não fulseia munca
a verdade. Os homens publicos
que a tal se abalançassem sabe-
alam como e paiz lhes escarraria
mas frontes toda a sua indignação
pela torpeza cometida.

Sertorio
r
en ee

Vo sul de Angola

Por noticias vindas da provincia
«le Angola, sabe-se ter al havido
um recontro das nossas tropas
com as forças alemis qué invadi-
rum o sul da provincia e ataciram
o forte de Cuangar.

Da aeção resultou ficarem mortos
2 tenentes, um sargento e vlgumas
praças,

O governo determinou já o en-
vio de novos reforços cuja expedi-
ção sabivá no 1º de Dezembro.
k? de esperar que todos saibam
cumprir o seu dever, ilibando a
patria portugiesa da afronta reco-

bida, &

 

Camara Municipal
«Sessão de 16 do Novembro

Presídencia do sr. dr. Virgilio Nunes
da Silva, secretariado pelos srs. Carlos
David e Antonio Pedro (la Silva Junivr,
com a assitencia de mais 19 vereadores.

Procedeu-se à lertura “e aprovação

da-acta da sessão anterior.
nte, loi preserite-o’re-
latorio da comissão executiva que fot
aprovado por 45 srs. vereadores, fazen-
do-o os restantes com declarações de
que não aprovam a“parte-que se refere
à ponte da Galeguia, visto estar penden-
le nas instancias superiores, um Tecur-
“so sobre ela,

—Lido um’requerimento apresentado
pelo sr. Antonio Leitão, chefe -da secre-
laria, em que,púde a entrega de do-
cumentos “com que “havia requerido a
sua aposentação, foi mandado à comis-
são executiva para informar.

—Toram lidas representações das
juntas “de paroquia “das freguesios do
Figueiredo e Ermida em que pedem, so-
bre varias considerações, a continuação
da estrada da Varzea as respectivas
freguezias. Sobre estas representações
pede a palavra O sr. Tasso de Figueire-
do e louva as juntas de paroquia que
assim se interessam pelo progr das
suas freguezias, mas é de parecer, que
não tendo a Camara nem havendo, no
concelho, tecnico que possa elaborar’o
competente estudo “para se-apreciar’o
pedido e proceder “como lorde justiça,
se aguardassem as representações alé
que a Camara o possa fazer, e assim o
propunha, o que foi plenamente -apro-
vado.

—tLidoo requerimento de José Bias
Fadista, apresentado na -sessão anterior,
foi mandado-a informar pela “comissão
executiva,

—Lido um oficio do’meretissimo juiz
de direito em que pede uma verba pa-
ra a limpeza e aceio do lribtnal, fei
egualmente mandado a informar pela.
comissão. ,

—Começou a discussão sobre “um or-
camento suplementar.

 

Na ultima quinta-feira mão houve
sessão por falta de numero,

CE RO
Gremio Gertaginense

No dia 17 deu n’este gremio um
concerto musical uma froupe que
executou rasoavelmente em viola e
guitarra, algumas peças de esco-
lhidos autores.

N’esta troupe sobresae o celebre
manocatinista Barros, que por mui-
to tempo se fez ouvir no Coliseu
dos Recreios, na capital.

No dia 18, sr. Julho Silva,
professor de guitarra portugueza
na capital, deu tambem um con-
cento na sala do baile do gremio,
tendo executado um programa que
muito agradou « todos os assisten-
tes.

Podemos afoitamente dizer que
o sr. Julio Silva é um dos primei-
ros guitarristas portuguezes, pois
tem verdadeiras creações que dão
ús suas musicas um renlce que
muito agrada e satisfaz ainda os,
mais exigentes,

-———eiad 1 dh Ata |

Castanheiro do Japão

Chegu a primeira remessa de
castanheiros do Japão, ao estabele-
cimento do nosso amigo sr. Manoel

To Dá BEIRA

Oito dias no Cabeçudo

(Continuação)

A sup quinta absorve-lhe des-
velos deentendedor, que, nas cir-
cunstagcias da actual vida portu-
gueza, mais carinhosamente deve
apreciar a paz de espirito, nesse
convivio dulcissimo cem as plantas
e as aves,

Foram horas bem empregadas
as do passeio dado a Pedrogam
Pequeno. Pelas belezas naturaes
e aspecto gerul docultivo esse pas-
seio deve ser coisa assente para

 

| todos os que visitem o Cabeçudo

ou queiram alegrar a vista fatiga-
da da monotonia d’outros campos,
do sul. ‘

Estava combinado um passeio á
Certã. Seria imperdoavel, estando
tão perto, não “visitar, ainda que
á vol d’viseau, a capital do conce-

 

Jho.

Monsenhor Ferreira, que é mais |
madrugador que as aves, celebra- |
da a missa, ás 6 horas da manhã,
punha logo tudo em movimento.
O ruido das obras, nas dependen-
cias da villa Mathilde, era o me-
lhor dos despertadores. Talvez por
esse motivo appareci sempre a ho-
ras, honrando assim as tradições
provincianas e provando de modo
tão pratico, como dificil de eviden-
ciar em quem tem 15 annos de
Lisboa que nem todos são aqui
tão preguiçosos e que me conservo
refractario a habitos civilisados
em que anda tudo ás avessas!
Realmente as aves dão-nos a to-
dos uma lição mestra, Nunca pu-
de comprehender esta preocupa-
ção snobita de dormir de dia e tra-
balhar ou antes desperdiçar a vida
de noite. Se de mim dependesse
uma mudança radical nos costu-
mes, todos os cidadãos seriam obri-
gados a começar o seu dia ás 4
da manhã e recolher aos seus pe-
nates ás 8 da noite. Seria uma
simples alteração d’horas, sem pre-
juizo d’um minuto no tempo ago-
ra utilisado. .. Estes altos racio-
cinios profundamente os confirmou
a insonmnia soffrida no Cabeçudo,
apoz a noite das festas, e compen-
sada, n’um deslumbramento auro-
real, pelas bellezas do dia que vi-
nba despontando, À meia elarida-
Be? dO BONO, “O MrêsGDCAS
montanhas distantes recortando-seê
a principio vaga e depois nitida-
mente no azul celeste, a nova sau-
dação da luz e da. vida palpitando
em tudo, na seiva das arvores e
nas campinas do pensamento va-
lem bem uma noite mal dormida.
Por isso, durante cerca de duas
horas eu conversei das minhas ja-
nellas com as maravilhas da natu-
reza e inclui essa larga meditação
juntamente com um despreocupa-
do passeio pelo quarto, nas melho-
res impressões recebidas como con-
fortantes do espirito.

Fomos, pois, em agradavel pus-
seio 4 villa da Certã, um sabbado,
em dia de mercado. Tive a impres-
são de que a nobre terra se esqui-
vava aos nossos cumprimentos de

 

Rodrigues, de Pedrogam Grande. !
Como é bella a ocasião para o
seu plantio, aconselhamos os lavra-
dores desta região a fazerem as |
sus encomendas já, Áquele nosso |
t

wnigo que prontamente as execu-
tati. À

Uonvem não demorar, Pera

em vista dos muitos pedidos póde
esgolar-se facilmente a 1º remmossa

apresentacão, porque, por mais vol-
tax que déssemos, ella só se dignou
apprecer precisamente no terno
da viagem! E! das mais recatadas
povoações, esta Certi enclausura-
da nos seus montes protetores e
tão desegual nas suas edificações
e acidentes,
(Continun)
Ps João Vacondeus

 

AGENDA

Em serviço d’inspecção esteve
em Vila de Rei o’sr. Joaquim Vas-
co, digno alferes comandante da
secção da guarda nacional d’esta
vila.

— Saiu para Lisboa, afim de en-
trar ao serviço d’uma casa comer-
cial onde foi colocado, o sr, Anto-
nio das Neves Barata, filho mais
velho do sr. Eduerdo Barata, ha-
bil escrivão-notario d’esta comarca,

— Esteve em Castelo Branco
com sua esposa, o sr. Acacio Ma-
cedo, que foi nomeado olheiro do
serviço de Obras Publicas na séc-
ção desta vila.

— Esteve ligeiramente incomo-
dado de saude o sr. Antonio Joa-
quim de Moura, conceituado co-
merciante n’esta praça.

— Regressou a esta vila acom-
panhado de sua esposa ‘o nosso as-

 

| sinante sr. Antonio J. Simões Da-

vid.

—A passar alguns dias na Cer-
tã, depois de ter concluido com dis-
tinção o seu 3.º ano “de medicina,
está entre nós o st. Antonio Mo-
raes David.

— Esteve em Tomar, o nosso
amigo sr. João Joaquim Branco.

— Está na Certão sr. Firmino
David e sua esposa.

— Esteve em Lisboa o nosso
amigo sr. dr. Albano Lourenço da
Silva, distinto advogado n’esta co-
marca.

—Foi transferido para Almada
o sr. Esteves, sargento da secção
da Guarda Republicana d’esta vila.

— Está na Certã, o sr. dr. Anto-
nio Augusto de Mendonça David,.

— Esteve em Sernache do Bom-
jardim, o sr. dr. Joaquim Ribeiro,
deputado da nação.

—’Tem passado encomodada de
saude a sr” D. Conceição da Silva
Baptista, professora oficial n’esta,
vila,

—Com demora d’um dia esteve
em Sernache o sr. padre Daniel
Simões Ladeiras, reitor do Colegio
dos Orfãos, em Coimbra.

— Durante a semana tivemos o
gosto de ver na Certã, os nossos
assinantes srs. Conego Joaquim
Mendes, Manoel Januario Leitão,
tida! Ce sia, Tolo Cuulfâina Ada
Queiroz, dr. Antonio R. Matos e
Silva, Manoel Nunes, Joaquim Ri-
beiro d’Andrade, José Gonçalves
Rei, Manoel Henriques, Filipe da
Silva Leonor e José Simões La-
deiras.

Delivrance

Deu á luz, com bastante felici-
dade, uma creança do sexo mas-
culino, a sr.” D. Albertina Guima-
rães Silva, esposa do nosso dedi-
cado amigo sr. Luiz Domingues da
Silva.

Mãe e filho estão de perfeita
saude.

Aos paes 05 Nossos sinceros pa-
rabens.

Aniversarios:

Fez anos no dia 19 agr D,
Beatriz Nunes da Silva.

Hoje, a sr.” D, Julia Pires de
Moura e Costa,

Fazem anos:

No dia 24, o sr. João Joaquim
Branco. ,

No dia 25 os srs Emidio Magas
lhães e Gustavo Bartolo,

 

@@@ 1 @@@

 

Campo de ciprestes

No logar do Pezo, faleceu no
sabado ultimo o gr. João d’Olivei-
xa Pires, na avançada edade de 81
amos. ?

Era um bom velho, múito que-
rido não só na sua aldeia coinó hos
povoados d’esta comarca, onde era
conhecido por se ter em tempo de-
dicado 4 compra de cortiça, com à
que grangeou bastantes relações e
alguns meios de fortuna.

Era pae dos nossos amigos srs,
padre Manuel d’Oliveira Pires, pa-
roco naquela freguesia, Alfredo
d’Oliveira Pires, socio da firma
Empreza Val do Rio, da capital e
José Augusto d’Oliveira Pires, ne-
gociante em Cardigos.

Por tal motivo está de luto toda
a familia Moura, desta vila, pois o
extinto era irmão da sr.? D. Ama-
lia Pires de Mouta, virtuosa espo-
sa do nosso assinante sr. José An-

tonio de Moura, escrivão substitui- |.

do d’esta comarca.

A toda a familia enlutada o nos-
so cartão de sinceras condolencias.
– pa a

No sabado ultimo faleceu tam-
bem na Ponte do Sotão, do conce-
lho de Goes, a sr.* D. Delfina da
Natividade e Silva, mãe dos nos-
sos dedicados amigos srs. Eduar-
do Barata Corrêa e Silva, escrivão
notario d’esta comarca, Antonio
Barata e Silva que actualmente
desempenha o cargo de secretario
de finanças n’este concelho, do sr.

– Carlos Barata, comerciante na cà-
– pital e da sr.º D. Emilia das Dôres

Barata, professora oficial em Ponte
do Sotão

– A Voz da Beira envia a todos o
seu cartão de sentidos pezames

 

“PRAÇAS LICENCEADAS

Foram convocadas para serviço
extraordinario as praças licencea-
das do Regimento de Artilliavia de
Montanha, devendo apresentar-se
em Portalegre no proxinio dia
22 às 9 horas.

DESPEDIDA

D. Luiza, Gomes, Seabra, não
Eos maos reticvesimiteS aa tia
partida para Lisboa, fal-o por este
meio, GEES a sua casa n’a-
quela cidade, ná Travessa da Pal-
meira 70,1.

Correspondencias
Sobreira Formosa IS

Faleceu na Lerçu feira dig 11 do cor-
rente em Lishoa; no hospilal de S. José
apoz uma melindrosa operação, o nosso
querido amigo e correligionario, sr.
Francisco Pires Corrêa, furmacentico e
ajudante do posto registo Civil d’esta
Freguesia, logares que sempre desem-
penhou com incoritestavel péticia.

Pires Corrêa —republicanio e patriota
sincero e lilieral, tanto por educação
como por convicção, soube sempre
verberar tom o seu vetho cheio de
indignação esses maus portuguezes e
amadores dos males desta paltia, que

outrora teve dias aureos de fortuna.
Afavel no lrato, eva o mesmo tanto
para os ricos Como pira os pobres,
merecendo-lhe estes ainda nais espe-
elal alenção tratando com carinho os
infelizes que a ele se dirigiam.
A conversa de Pires Corrêa era sem-
“pre provoitosa pelos ensinamentos que,
tela se liravam, principalmente 95 moços

 

ué DA

inexperientes que preventura tivessem
a dicta de conviver Ou pelo menos
acercar-se d’ele. Alma essencialmente
generosa e boa, não podia ouvir sem
compaixão a noticia d’uma desgraça
que fevisse, fosse quem fosse, pi
do sempre modesto, e desprendido,
sem o alrahirem as galas fictícias d’es-

 

“te mundo, que o não seduziam, com-

batendo-as com à simplicidade encanta-
dora de suas maneiras e costumes.

A morte desapiedada e cruel, apa-
gou aquele espirito admiravel; aniqui-
foa a Inz daquela inteligencia.

– Caiu para não mais se levantar aque-
la vida feita de abnegação e Don-
dade.

—E vencido aniquilado Pires Corrêa
lá se foi para o nada:—

E que à maldita morte, tem destes
caprichos irrisori

Morreu com 33 ánós de edade, dei-
xando viúva à senhora D. Afnelia Ribei-
ro d’Almeida e Correia, e duas simpaticas
crianças cujo a mais velha não excede
em edade mais de tres anos,

N’esles momentos de triste meditação
em que o meu espirito está cheio de
amargura pela sua recordação, e tam-
bem sombrio de incertêza pelo dia de
amanhã, envólvamos com os crepes do
nosso olhar amargurado a memoria de
quem em vida se chamou Francisco
Pires Corrêa.

O nosso coração sangrou de dôr. Nos
nossos olhos ha lagrimas de saudade, mas
de saudade intensa e fúnda.

E’ realmente belo e é nobre em ex-
tremo, nós venerarmos commovida-
mente a memora d’essa grande alma

Paz a vossa alma, pobre amigo! O
pedaço de terra onde 0 vosso corpo re-
pouza oculta um cidadão cujo nome foi
d’uma sinceridade imaculada de todas
as deshonras humanas e que na nossa
memoria frequentes vezes será avivado
com lagrimas da mais comovida e sen-
tida saudade. ,

A” familia eulutada e muito em espe-
cial à desolada viuva a expressão since-
ra do nosso profundo pezar.

So

Por ter definitivamente tomado conta
da estação telegralica d’esla vila a se-
nhora D: Maria da Conceição-Silva, reti
rou hoje para Castelo Branco o nosso
patrício sr. Bernardino Cardoso, distinto
empregado dos correios. Ê

 

Proença a Nova, 1I9-— Com
quanto já lérminassé ha muito tempo o
praso que à Ex.”‘º Camara marcon para
serem caiadas as casas dalgumas ruas
desta yila, ainda, até hoje, essa deter-
minação, assás justissima, não foi cum-
prida. Parece que os munícipes ileste
concelho, ao contrario do que sutede
nas outras partes, teen) horror ao em-
belezamento da sua terra!

Promhetemos voltar ao assunlo, se a
tanto toxings Obrigadosonrejro de Pazen
da-Mabliea ileste Contetho cio dial 19,70
se. Braulio Monteiro, que ha diús lala
sido homeado para tal cargo.

Desejamos-lhe boas viiidas.

— Na semana passada, esteve entre nós
um grupd de caçadores da capital, que,
à Isna de Oleiros e proximidides, veio
realisar uma caçada aos javalis. Foram.
porem, descontentes Com os hatedores,
para lal fim contratados, que ponco bem
se portaram. No entanto, prometeram
voltar brevemente. c

—No dia 14, reuniu O Senado Muni-
cipal deste concelho,

Foram truladas algumas questões,
por vezes; com um calor desuzadu;

—Pára. Lisboa, saju d sr.º D. Jnlia
Bernardo,

—A guerra europea, continua a ser
o assunto de todas as Conversas, sobre
tudo à hora do correio. C,

 

Vila de Jtei;19 — Muito bre-
Yemente começarão os trabalhos de
calcetamerito de dias tuas destt vila
e por-certo Lemos que as que ainda o
não estão, o setão litrhibem, à medida
que as forças monetarias da Camara
Municipal d’este concelho o pertitam.

Temos pois que honrar tal emprelen-
dimento que de ha muito se vinha im-
pundo. A

—Esteve no Alemtejo, tratando dos
seus negocios, o sr. Joaquim Martins
Rolos é

—Regressón de Coimbra com sua
ex familiã o sr. dr. Bduardo de Cas
tro, clinico muito distinto e facultativo
municipal deste concelhio.
stá ná Sua importante casa da Co-
nheira, com sua esposa, O st. Bernardo
Heitor de Deus. : k

—Com 81 annos dê idade faleceu na
sua casa do Pezo, d’este concelho, o sr.
João Pires d’Oliveira. A toda a familia en-
lntada enviamos a eXpressão mais sen-
tida do nosso profundo pezar.

—Tem sentido algumas melhoras a
sr.º [. Ameliá Nunes Tavares.

— Esteve ligeiramente enferma a es-
posa do sr. João d’Oliveira Xavier, da
Fundada.

—Regressou a esta vila o sr. Luiz
Antonio de Moraes.

—Vimos aqui os srs.: padre José
d’Oliveira Coelho, padre Manóel d’Olivei-
ra Pites, padré Acacio Mendes dOliveira
e Verissimo da Silva.

— Está entre nós 0 sr. Germano da
Silva.

—Trabalha-se com grande actividade
na apanha da azeitona,

— Esteve no Sárdoal, com sua ex.”
familia, o sr. Julio Pereira de Matos,
digno secretario de finalças n’este ton-
celho.

 

Secção de anuncios. .
ANUNCIO

1.º publicação Ê
pºE este Juigo de Direito e
cartotió, no inventário orpha-
nologico por obito de Emilia Ange-
la Gonçalves Flores, que residia
em Sernache do Bomjardim, cor-
rem éditos de trinta dias, a contar
da segunda e ultima publicação do
anuncio, citando à credor Joaquim
Martins dos Santos, de Lisboa,
para dedusir seus direitos qleren-
do, digo séus direitos, no mesmo
inventário, querendo:

Certã, 2 de novembro de 1914,
O escrivão do 1.º oficio,
Anonio Augusta Rodrigues
| Verifiquei
O Juiz de Direito,

Mattozo:

TO TA)
ANUNCIO
: 1.º públitação

OR este Juizo de Direito; e
cartorio, Tio Inventario orpha- |
nologico por obito de Emilia |
Angela Gonçalves Flores, que re- |
sidia em Scnache do Bomjardim,
correm éditos de 30 dias à contar
ta segunda e nlimnopúlticação do

Cândido José Gonçalves, solteiro
maior, de Loandaç Juheta da Con-
ceição Gongalves casada com José
Antunes Farinha Leitão, de Loan-
da, Emilia da Silva Gonçalves, e
marido António Goriçalves, de
Lisboa, e Guilhermina da Silva
Ladeivas; casada, do Pará, para
dedugifem querendo, os seiis di-
reitos, rio mesuio inventario:
Certã 16 de Novembro de 1914
O Escrivão
| Antonio Augusto Rodrigies’
Verifiquei: ;
O Juiz de Direito—Mattozo

 

ANNUNCIO
1.º publicação

VELO Juizo de Direito da
comarca da Certã é cartorio

do escrivão Corrêi e Silva

e nos autos de inventario
orphanologico a que se procede por
falecimento de Joaquim da Silva,
nroradora quie foi nio logar da Eira
do Sesmo, freguezia do Amparo,
correm editos de 30 dias, que se

 

começarão a contar da segunda e

ultima publicação d’este no «Diarió
do Governo» citando para todos os
termos do mesmo inventario o in-
teressado, José Cokta, solteiro,
mulor, residente em parte incerta.
Pelo prezente são citados ‘quas-
quer credores incertos.
Certa, 27 de ontubro dê 1914,
O escrivão, )
Edúardo Baratà Correia e Silva
Verifiquei A Rd
O Juiz de Direito=Matozo

ANNUNCIO
1.º publicação

 

elo juizo da Comarca da Cerz
tã e cartorio dó estrivão Cor-
reia e Silva e nos autos de
inventário orphanologico a que sé
procede por falecimento de José
Bonifacio de Miranda, morador
que foi no logar do Moinho da Ri-
beira, freguezia de Sernache do
Bom Jardim, correm editos de 30
dias que se começarão a contar dá
segunda e ultima publicação d’esté
no «Diario do Governo» citando
para todos os termos Até final a
interessada Vicencia Barbara, sol-
teira de 17 ános residente em par+
te incerta na Africa Ocidental; sob
pena de révelia.
Pelo presente são citados quas:
quer credores incertos.
Certã, 13 de novembro de 1914
O escrivão é
Eduardo Barata Correia é Silv&
Veriiquei
O Juiz de Direito — Matozo

ANNUNCI

2.º publicação pa
ELO Juizo de Direito dx co-
marca da Certã, cartorio do
quarto officio, correm editos
de trinta dias, à contar da segunda
e ultima publicação d’este no Dia-
rio dó Goverho, citando o iiiteres=
sado Antonio Lopes, maior, aúsen>
té em parte incerta; para todos o-
ter.ãos até final do inveritario or-
fanologico à qte sê procede por
obito de sua mãe Joatjuina Mar:
ques, moradura que foi no logar
do Caniçal Cimeiro, freguesia dé
Protnça a Nova, d’ esta comarca;
e em que é inventariante Estevant
Lopes, residente mn’aquele mesmU

logar. : o udd

ore & ge Novembro delta

Venfiquei a exactidão: |

O Juiz dé Diréito—Mattozo.

 

ANUNCIO

O Doitoir Fernando Mátogo Corta
Real; Juiz de Direito nã comars
en da Certã:

FAÇO saber qile por espaço de
trinta dias que se começant 4 cons
tar do dia dois de dezembro proxiz
mo futuro; se acha aberta à cors
reigão para. todos os protessos, lis
vros & papeis findos é pendentes
que teen de ser cortigidos, dos
oficiaes de justiça, notarios é solis
citadorés desta comarca devendo
os prodessos e papeis findos set
aconpanhados de úmia relação nos
termos do àrt 4.º do recuilâmentto
de 23 de janeiro de 1909, ficindo
por esta forma cliamadas todas ds
pessoas qtie tenham queixas a fas
zer contri os furicionsrios sujels
tos á correição para as apregenta-
rem em Juizo, dentro do mesmo
prazo. .

Certã, 19 de novembro de 1914,

O Juiz de Direito ,— Matodoito ,— Matodo

 

@@@ 1 @@@

 

PERTED E RE ca

TOZ DA SEIA

 

Ague da Foz da Certã

A Agua minero-medicinal da Foz
da Certã apresenta uma composição
ebimica que a distingue de todas as ou-
tas até boje usadas na fherapeutica.

E! empregada com segura vantagem
na Diabetes— Dyspepsias— atarros
a gastricos, putridos ou parasitarios;—
nas preversões digestivas derivados
das doenças infecciosas;–na convales-
censa das febres graves;—nas atonias

, easíricas dos diabeticos, tuberculosos,
brighticos, ete:,-—no .gastricismo dos
“exgotados pelos excessos on privações,
ele, etc.

Mostra a analyse batereologica que a
Agua da Foz da Certã, tal como se
encontra nas garrafas, deve ser consi-
derada como microbicamente
pura não contendo colibaci-
tIo, nem nenhuma das especies patho-
gemeas que podem existir em aguas.
Alem «isso, gosa de uma certa accão

– microhicida. O 33. ‘Thyphico,

“DBiphterico, e Vibrão
<holerico, em pouco tempo n’ella
perdem todos a sua vitalidade, outros
miecrobios apresentam porém resistencia
maior.
A Agua da Foz da Certã não tem ga-
zes livres, é limpida, de sabor levemen-
te acido, muito agradavel quer bebida
pura, quer misturada com vinho.

DEPOSITO GERAL

 

RUA DOS FANQUEIROS, 84, L.?
TELEPHONE 2168

 

ALPAIATE
Fatos para homens & rapazes

ca Preços Modicos
“Praça da Republica— CER TÁ

$ .
Fructuoso Pires
Solicitador encartado

Rua Dr. Santos Valente
=CERTÁ-—

tree

sr ATARIA
; SERBANO

 

(om a maxima prompti-
dão e ligeireza se execu-
tam todos os trabalhos da arte

Rua Candido dos Reis — CERTÃ

CHALET
ende-se nm acabado de cons-

mM truir no Bairro de Santo An-
tonio, com todas as condicções hy-

 

em todos os generos |

TELHA MARSELHEZA

gienicas, quintal que se presta pa-
ra jardim, terra de cultura e um |
pôço em exploração de agua.
Faculta-se o pagamento poden-
do ser de pronto ou a prestações.
“Tentar com Carlos dos Santos,
n’esta vila, ou em Coimbra, na
Rua Sá da Bandeira n.º Ta 13.

 

Fabrica de telha tipo «Mar selheza»,
telhões, tijolo e pucaros para resina.
Preços modicos
Pedidos ao fabricante

JOAQUIM LOPES

 

CRUZ do FUNDÃO-—CERTÃ

 

Be
linerva Celinda

RAMALHOSA & VALENTE
TIPOGRAFIA, PAPBLARIA BR ENCADERNAÇÃO

R. Candido dos Reis — CERTÁ
PRARPRARAR PR ARPRARa RAR

RREO de ep app

 

É CA RD 980
afopiis artificiaes em todos os
sistemas. Operações sem dor,
R. da-Palma, 115, 2.º— Lisboa

“ADEO-GALO

y à, 1 % E
Gazolina, oleos, vazelina, aces-

 

po » sorios para bicicletes, tubagem pa-
Pê “xa canalisação para agua e qecti-
p lene.
Plapisesns completa de aceti-
e lave, pp ct

Vendas por PR baratos na
nm dat jna de semalharia de

Emas o LOPES ROSA
.- – Re DO BORIRDII——
Bia

 

os ou simples
ME, pedidos ás jm por:

tes fabricas de Henry |

pi R

par
Brregotem ECOS, de Lisboa, on «o
represcntante desta fabrica MA-
NOCBL RODRIGUES

 

Pratas bosta tri aq

&s unicos que resistem à doença
da filoxera são os castanheiro do
Japão com eguaes vantagens ao ba-
celo americano no caso da doença

da nossa anliga videira. A” venda |

 

va casa de
Manuel Rodrigues
Pedrogam Grande.

Gu 4 : 22
“M EMO R TA
“a: AQUINAS de costur q, é
ff acessorios, Vendas a pronto

ea prestações, Pedidos ao corres-

pendente CANTONTO DA SIL-

PA LOUREN: ço, com atelier de

alfaiste.

à CANDIDO dos REIS GERTÃ

 

“a PEDROGAM GRANDE |

 

Agua rãz e 08
Eu éstos ge ro singgem.

preço do merecendo vende a os pros
Datos de resinagem O fubricunte MAXO-

[EL none

Podrogam Grande

 

RAS DTD

PUEBLO

 

|
MEROS

Cargo AUTO-GHRT Ã

CAIA AIMETO & COMBINA,

 

CAutomoveis de aluguer. Reparações, vulcanisações em camaras
d’ar e pueus. Óleos e gazolina.

MARIA UVA a

– Avenida Baima de Bastos – CERTÃ

 

 

pára Elba! oba LADA LUSDISLIOSES SESAESOA

CASA COMMERCIAL

3 — DE—

à MAXIMO PIRES FRANCO

 

=3 Completo sortido de fazendas de algodão, lã linho
e seda. Mercearia, ferragens, quinquilharias,
Papelaria, chapeus; guarda-chuvas,
sembrinhas. cordas, tintas, cimento, cera

em velas e em grumo. tabacos, etc.. ete.

+» AGENCIA DE DIVERSAS CASAS BANCARIAS
E DA COMPANHIA DE SEGUROS «PROBIDADE»

),

DERCITLTITO CETITTRO

dada

..
cas

 

Rua Candido dos Reis— Sua Dr. Santos Qulente,

SERTÃ

 

 

s RPA e
RARA COTAR TEEM EEE
0BOBOGOSOSOBS| Antonio unos da Ponte
s8 jo j
sm: GE EN agudo
o E Sanitaria & =6——
Hora A CATELIER D’ALFAIATE
& . Sá da Bandeira, 7-13 & — == —
e “1 68 | BE QXECUTAM-SE, com pers |
& -“COIMBRA-— & & feição todos os trabalhos
ES ; a gs Z da arte, :
? Maleriaes de construcção. Sa- &
é neamento moderno. Cimento das RUA CANDIDO DOS REIS
S melhores marcas. Telha, grés go
o ai azulejos, elc., ele. & : =0RRTA=-—
ja Cal hidraulica. Fogões, cofres à &s )
é prova de fogo e esquentadores 43; EE OEA SAR !
a em cobre. Canalisações em ferro ess
&S e em chumbo. Gazometros & E
s candíeitos. é
“a
& Pantm-Sê instalações de rs dm &
53 +”. 6 electricidade. – Eis ANIBAL MARQUES DE SOUSA a
& TESE «> | Rua do Largo do Corpo Santo, 6, 1.º
&S Esta casa é à unica deposifaria, Se LISBOA.
l 1 m: el
«&) em Coimbra, do incomparave É IR SORA farsa
EM portes, casamentos, Daplisados
é CERESIT E» | enterros, et, eto. INFORMAÇÕES —
«3 magnífico preparado que torna Es | TRANSPORTES — EMBARQUES de passa-

geiros, mercadorias e bagagens em to-
dias asno Tapes (emantoes, e pavaridis
portos do DErazhl, Argemiina, Afri-
9 | em, America do Norte, etc, ete.

Rapidez, Seriedade, Economia,

& a argamassa absolutamente im-

encargo ralo isa ir eHamita,
ê de e pressão de agua, sendo o
seu resultado já conhecido nas
é cinco partes do mundo!!!

END. TEL; A SANITARIA
O Numero lelefonico 512
Srugtuaso R

SPOPOPOLOÇOLO epa pires o
A PRC o aa ni |
E À

 

Presta escalarecimentos na Certã,

 

Ea b
é DENGEO E Nisa é 14
e |
&)
2 Do! MENSIZE E E INDUSTRIAL
G +
É »EIGINA de marceneiro e estabelecimento de fer- 7
é vagens, louças, vidros, tintas, oleos, vernizes € ma-

“46 teriats de « constrteção.

&

ERCEARIA de primeiras qualidade, vinhos fi-

ppa

E nos, licores, outras bebidas e conservas.

Camas do ferro, lavatorios, louças, malas de viagem, espolhos e baguetes
Caixões, urnas, corôas em diversos tamanhos

CHCOHOCOCHHMOCOO

e quíros artigos funerarios ,
LARGO FERREIRA RIBEIRO = CERTA

 

k

(E
ha
(hu

 

00909 92090 DOGOO 09000096

=
Es
4

» + ‘ ” é ú À
bio sezaéem ida ! A h j Rj R