Echo da Beira nº67 22-04-1898

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— NUMERO 67

SEXTA-FEIRA, 22 BE ABRIL DE 19898

ANNO 1]

ADMINISTRAÇÃO

gia

RUA £FKPA PINTO-—CERTÃ

AESSIGN YPURAS

Um anho icsccsesivero»

Semestro.i ceccescsde res steve saias
BRR ARO ray ar ndo 00020 60 EG ÃO IA

Africa— Anno…..».»
Numero a vulsO…cer 0»

DE LISBOA

Escrevo-lhes assistindo anm

espectaculo muito curioso. E!

sabido o desafogo, o abandono
com que a opposição regenera-
dora tem acompanhado os tra-
Lalhos parlamentares. Ao apre-
ciar o importanfissimo proje-
eto da conversão gastaram lar-
gas e largas sessdesdeclaman-
do iuutihdades, pintando tétri-
cós quadros da nossa situação
economica. espalhando noticias
alarmantes para o credito, em-
penhando-se por todos os mo-
dos para que se generalisasse
a crise de medo que produz a
drenagem das nossás melhores
economias para o extrangeiro.
Quando, depois dum mez de
obstrucionismo, esse projecto
sahiu da camara (dos deputa-
dos, a minoria regeneradora
cahiu num desalento sem limi-
tes, Surgiu então a famosa
theoria da abstenção passiva,
veiu o jogo de porta em que
os deputados da opposição fi-
puraram de creanças de esco-
la, as discussões arrastadas
com que os antigos e revolta-
dos tribunos appareciam – con-
vertidos em descrentes, com o

espirito entenebrecido para a

esperança, e em funebredepre-
* ciadores do regimen parlamen-
tar.

Eis porem que os antigos
enthusiasmos renascein, as cho-
eras já dependuradas nos ve-
lhos cabides como demodées
reaparecem mais tubras do que
nunca.

O que accende esses fervo-
tes? O que traz ás veias da
Opposição esse sangue novo e
Yigoroso? Um humilde proje-
“Sto-de iniciativa perticular pa-
“ta a organisação d’uma peque-

Na policia rúral, a cargo dos
municipios, que livre a Madei-
| Tae especialmente o Alemtejo
E da praga de vadios, de malte-
2es que ahi enfestam a propri-
E “dade constituem uma pra-

&a maldita para os que pos-
– Suem ‘n’essa provincia um pal-
– Mo de terreno. Ha tres dias
| Sue oradores se succedem à
| Sradores condemnando a mo-

EUipas sea A Ao SS DO FOI]

y aa
|
is eae fee ca OR
rs aa qe |
EU reto ANA FADOS

desta medida que se prepõe.
Agora mesmo vejo eu o
ministro da guerra, o sr. Mo-
taes Sarmento, vermelho e con-
gestionado, com uma voz cava
e profunda, citando a Europa,
a America, o Japão e até Sião,
a proposito da pequena policia
rural que se deseja crear. Os
meus leitores estão decerto mui-
to surprehendidos e pergun-
tando cada um d’elles a si mes-
mo.o que explica um facto tão
extravagante, como comico. À

ria, blaste, descrente
cida como está, ent ;
tudo que deve dominar na ca-
mara, Não consente, ou antes
não quer consentir, que passe
qualquer projecto, por mais in-
significante que elle seja, sem
sua previa acedencia. Os au-
ctores do projecto a que refiro
parece que não foram de cha-
peu na não pedir-lhes a sua
generosa henevolencia e ahi
tantas iras e tantas. indigna
ções. E são os queassim pro-
cedem e os que a razões tão
mesquinhas fazem obedecer os
seus actos, que todos os dias
accetuam e deploram o enfra-
quecimento e o descredito do
regimen parlamentar!
Re *

E já agora, e o salto não é
grande, porque passo de es-
pectaculo para espectaculo,
deixem-me falar-lhes da Duse.
Não lhes vou dizer nada de
mais. Ha muitos dias que os
mais importantes jornaes do
paiz consagram as suas phra-
ses mais cuidadas e os primo-
res deestylo mais imaginosos é
elegantes a essa mulher histe-
rica é nervosa que tem o poder
de se incarmar nas organisa-
ções mais dramaticas e de a-
paixonar e commover as pla-
teas, como se estas assistissem
a seenas desgarradas e crúeis.
Não farei pois estylo, não di-

vagarei em theorias de psy-|
cliologia, não procurarei osten- |

tar erudição, para lhes dizer
tudo o que sinto e como me
impressiona essã actriz sem ri-
val, Que cada tionte dilacera o

MEMORANDUM

A corr> ondencia relativa a assumptos“da redacção ao dic)
reetor do,jornal para Sernache do Bomjardim: e da adminis-
tração ao administrador para a Certã. RE :
Os originaes recebidos não se devolvem, sej
cades. Annuuciam-sepablicações de que sereceba um exemplar.*

am

seu coração no embate de pai-

ex-‘xõos tempestuosas e de dores

lacinantes. E resumírei tudo o
que lhes poderia dizer, com a,
impressão de que a Duse sen-
do feia, pouco elegante, sem
voz agradavel e desprendendo-
se de tudo o que consttue “a
sedução feminina, encanta to-
dos os que a ouvem e sobretu-
do e acima de tudo esmaga-os
com as vibrações magneticas
dos seus nervos. Despreza tu-
do o que pode impressionar

pelo bello. Mas chora lagri-
mas verdadeiras “nos lances

mais amargurados, córa e em-
pallidece sempre que alguma
grande paixão a deve dominar,
incarna-se absolutamente, com-
plectamente nos sentimentos
que tem de definir; experi-
meéntando-os como se na ver-
dade vivesse o personagem. E
este o grande, o genial segre-
do de Duse, é este o poder da
sua arte arte que a matará
decerto, porque nenhuma DF-
ganisação humana poderá re-
sistir por muito tempo a luctas
tão vivas. E assim eu desculpo
este delirio de Lisboa pela ini-
mitavel artista, delírio que
leva a encher o thestro D. A-
mrelia, por preços fabulosos,
n’uma semana em que alem
d’essas recitos, só. pars maba-
bos houve a batalha das flores.
o baile fio Hotel Internacional
e outros divertimentos egual-
mente dispendiosos. E ha, ain-
da lamiirientes que dizem que
estâmos pobres?!

o + > x
Qliveira Gomes
Esteve em Sernache, de vi-

sita ao director deste jornal, e
regressou já a Cuimbra, O nos-
so velho amigo Antonio POli-
veira Gomes, distinto alumno
do quarto animo juridico, à quem
desejamos, de todo o coração,
um anno escholar cheio de
prosperidades.

= &

Regressou a Coimbra, à cort-

tinuar os seus – trabalhos tni-l

vexsitarios, o nosso amigo Vir-

gilio Nunes da Silva.

líticto,

ADMINISTRADOR

Repetições.,…i.
aa “Nó corpe do jornal.

ounão publi. || Ai

Os assiguantes tem

Estrada da Boneca

As auctoridades administra-
tivas do distrieto concederam,
emfim, a sua plena approvação
á deliberação da camara que
decidiu a constracção du-
ma nova estrada d’esta villa a
Pedrogam Pequeno.

Este facto que, ha 3 ou 4
mezes, nos provocaria refle-
xões amargas e desagradaveis
para mais do que uma enti-
dade, recebemol-o e narra-
mel-o serenamente e com a
maior e mais ‘consoladora in-
differenta.

Soubemos da embaixada que
a Castello Branco foi sollititar|
a approvação do projecto e; sé
bem que ainda tivemos a inge-
nuidade de crer que as aúcto-
ridades progressistas evitariam
a consummação d’esta, loucura,
nefi gequer. nos movemos à
prevenir a peior das hypothe-

tas
ses, como tambem não ignora-
vamos. que deligencias
apressadas se faziam com o
fim de prejudicar a construeção
dam outro ramal de estrada,
ha pouco tempo vtedo pela
camara; Sob proposta do verea-
dor sr. Jos$ Diniz.
À reselução, pois, do gover-
no -d’este districto não nos: ir-
rita nem nos perinrba: o sr.
governador civil decerto teve
motivos ponderosos para assim
proceder e decerto o fez, como
não podia deixar de ser, d’ac-
tordo com o illustré chefe do
partido progressista n’este dis-

€ 8

Acereditamos que, promos
vendo à approvação do projes
eto não o fez Vesta vez porque
nós desejavamos que elle não
fosse approvado, e deve ser
mentita o que para aui se diz
de desdenhoso e affrontoso pa-

JULIO DA SILVA FERREIRA

Annuncios permanentes préço convencional.

ANNUNCIOS

| Cada linha ou espaço. …..csecsicioio 0000440 C18S

nO qi OA RE
100 reis a linhã

Ad

o abatimento de 20,1º.

let PeR IO : é

sordido egoismo, pela relaxa- 1
ção da suã energia, pela abdi- |
cação da sua vontade, bem mé-
rece esta camara prepotente,
com a sua administração vids
lenta, inconsciente e esbanja-
dora, tomando deliberações por
caprichos e arruinando as fis
nanças municipaes muito cal:
culada e friamente: ;

Desde que um povo transic
ge tão criminosamente com es:
se estado truinoso, e desde que;
tendo havido oceasião de reme-
dear o mal as auctoridades fo-
ram as primeiras é mais ener-
gicas em proteger essa orgia & à
a impossibilitar luctas, desde
esse momento ficamos nós de:
sinteressados do toda a vida |
niunicipal. :

E’ por isso que à approva- ,
go dada ao projecto da, cantia=- uses
ra hos foi absolutantente indif- E
ferente: uma prepotencia e um
esbanjaniento a mais na seriê
dos tantos com que a camara
se vae immortalisando.

E vem d’ahi só a nossa in-
diferença, este nosso desani-
imo? ps
Não; de mais alguma coisa
que não é ainda do dominio dos
nossos leitores mas que o será
breve, e então farão a justiça 4 |
nossa attitude, “4
Por agora registo apenas um
facto e registo-o com a mais
profunda tristeza-o partido
tegenerador neste concelho,
que tem por chefe o sr: con-
selheiro Baima de Bastos, tem
obtido do governo progressista
mais concessões e mais SA
çàs do que do proprio góver-
no regenerador. ;

K’ dever memorar este facto
e não seremos nós que oéeul-.
taremos é deixaremos de regis-
tor o séu triumipho:

Recebida a approvação su-
perior,’a camara logo na sua

ra & aúctoridade e prestigio da
chefia progressista neste dis-
1E-Gto = g

– A indignação que, exponta-
nita e vehemente, me surpre-
heúdeu numa primeira impres-

são, repre seia-a. e. domineisa
semi grande sacrificio.

Cada povo temo governo
que merece: é esté concelho,

– pela sua indiferença, pelo stw

sessão da semana passada vo-
tou que se fizesse a expropria-
ção do primeiro lanço (chão se
votou logo a expropriação tó-
tal porque a isso se oppoz 6 sE.
José Diniz, resolvendo na ses-
são d’esta semana queas obras!

principiassem da outra extre-

midade em” direeção 4 Certãs

porque e camara estava, iúfor

mada pelo sr. Cabral de que &

 

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seu director lhe declarava que
logo que assim procedessem el.!
le trataria de mandar encasca

lhar a estrada de Pedrogam.

Assim devia ser.

O capricho é teimoso, e as
circumstancias de municipio
podem bem com essas teimo-
sias.

As considerações que nos
suggere ainda este assumpto
reservamol-‘as para 0 proximo
numero,

Por agora, simplesmente es-
ta pregunta:

Será de boa politica para os
chefes regeneradores andarem
a profundur e aggravar des-
sidencias, pedindo favores po-
liticos a chefes progressistas e
iutermeétendo mesmo o vali-
mento pessoal d’um seu corre-
lgionaric para fazer valer ca-
prichos e triimphar teimosias?

Será de razoavel correcção
e de pura lealdade partidaria
que soldados progressistas an-
dem protegendo prstenções re-
generadoras?

à GUERRA

Às tenues esperanças que
existiam nos espiritos mais
optimistas pela conservação da
paz e á sombra da qual se a-
colhiam aquelles a quem hor-
rorisava a conflagração entre a
Hespanha e os Estados Uni-
los, dissiparam-se de todo ao
vo brutal e vil das boccas
dos congressistas

a

avinhadas
Yankees.

Não ha já duvidas! Desen-
ganemo-nos todos e prepare-
mo-nes para soffrermos as mais
imprevistas e temerosas dece-
pções com todo o sen cortejo
de desgraças e terríveis conse-
quencias.

A esta hora terá principia-
do, provavelmente, esse es-
pectaculo sangrento que man-

21- Folhetim do ECHO

Historia

de Manon Lescaut
—(»)—

PRIHEIRA PARTE

Manon era creaturad’um caracter
extraordinario. Nunca mulher, na
sua posição, teve menos amisade
d» que cla ao dinieiro; mas nãc
po tia estar trar quilla um momento,
quundo o receio de que elle lhe
taltasse, à vinha atromentar. Eram
os passatempos e os prazeres as
suis primeiras necessidades; nunca
teria ga-to um suldo, se se pudesse
divertir sem o gastar. No emtanto,
mina que ella me tivesse amor até
ao extremo e eu fosse O unico que
pulssso fazer-lhe sentir as doçuras
dosse amor, estava certo até que a
aua tornura não seria assaz forte

cherá a historia deste seculo
como um gorgolio de vinho
mal digirido d’esses Janchees
petulantes e malcreados,

Carnificina extraordinaria
que vae converter o mundo
num vasto açougue!

À voz da razão e da verda-|
de foi, emfim, abafada pelo vo-
zear estrepitoso d’essa turba
indomita e selvagem.

Que heroicidade!

Que gloria!

São cem mil descendentes de
8. Fernando contra milhares
de filhos de paes desconheci-
dos, diz o nosso collega do Jm-
parcial, de Madrid!

Mas vencerão esses 100:000
heroes, cheios de nobreza e fi-
dalguia?

Poderá a Hespanha gasta,
cançada de luctas e de calami-
dades, desamparada das outras
nações, entregue só ás suas
proprias forças, prostar a sua
inimiga quatro vezes mais po-
derosa, rica e vigorosa?

Que dôr nos atormenta ao
fazermos esta interrogação a
nós mesmos!

Quetransformações politicas

softrerá a peninsula iberica, se
| Hespanha for vencida?

Que futuro será o nosso?
Do nosso collega o Diario
ae Noticias, com a devida ve-
nia, trauscrevemos osseguintes
telegrammas que, dando conta
de factas importantes, trazem
tambem considerações que são
do nosso sentir.

A resolução de Mac-Kin-
Iy— Ultimatum à Mespauha
—Retiradadoministro hes
panhol—A guerra.

Washington. 19, às 8 h, da
n. (Urgente)— O presidente
Mac-Kinley — assignará esta
tarde a sua resolução sanccio-
nando as resoluções do parla-
mento com respeito à quesião
de Cuba.

contra os receios da indigencia:
Ter-me-ia preferido ao mundo in
teiro com uma fortuna mediocre;
mas-não duvidava que Manon me
abandonasse por algum novo B…,
logo que me não restassem mais
do que constancia e amor para lhe
ufferecer.

Resolvi assim regular à minha
despeza particular por tal modo,
que estivesse sempre em estado de
provêr ás suasexigencias, privando-
me antes de mil cousas necessarias,
do que faltar-lhe a ella mesmo com
o superfluo, A carruagem era o
que me dava mais cuidado pois não
tinha meios de poder sustentar um
cocheiro e cavallos.

Patenteei todos os meus receios
ao senhor Lascaut, não lhe oceul-
tando que tinha recebido cem pis
tolas d’um amigo. De núvo este
me tornou a repetir, que se)
quizesse tentar os azares do j 7
não desesperava de que, sacrifican
do uma centena de francos para
fazer a boera doce aos seus asso-
ciudos, eu não pudesse ser admitti
do, pela sua recommendação, na

liga dos industriosos, Por maior

ECHO Da BEIRA

Ao mesmo tempo mandará!
um ultimatum à Hespanha.
O ministro hespanhol parte

fámanha para o Canadá, entre-

gando os interesses dos seus
nacionães á legação de França
e à embaixada da Austria.

Quasi todos os
teem saido já dos Es
dos.

Londres, 19.—A guerra en-
tre os Estados Unidos e a Hes-
panha é aqui julgada certa.

Madrid, 19.—Na reunião
das maiorias do senado e do
congresso, Sagasta disse, en-
tre outras cousas:

—E’ forçoso destruir a co-
lumnia infame que pretende
manchar a historia desta na-
ção fidalga, tomando-a como
pretexto para arrebatar-nos o
direito e attentar contra a nos-
sa soberania.

«Agora são precisos actos
e não discurses, factos e não
palavras…»

N’esta oceasião foi interrom-
pido por estrondosa salva de
palmas.

O «conselho de ministros
reuniu-se no palacio real,

Sagzasta, ao trocar as suas
impressões sobre as ultimas
noticias de Washington e do
parecer da commissão mixta
norte-americana approvando o
reconhecimento da independen-
cia de Cuba e auctorisando o
presidente áintervenção imme-
diata pelas armas, declarou que
as actuaes circumstancias eram
gravissimas e que o governo
não podia deixar de tomar re-
soluções sevretas.

Esta noticia cireulou rapi-
damente, produzindo a impres-
são que se póde calcular.

Dizem que o ultimatum de
Mac-Kinley dará 48 horas á
Hespanha para acceder ás pre-
tenções dos Estados- Unidos.

Tem sahido do territorio

que fosse a minha repugnacia em
enganar alguem, deixeime arras-
tar aó crime por uniu cruel neces-
sidade.

Lescaut apresentou-me nessa mes-
ma noute, como um dos seus paren-
tes, ajuntando que eu estava tanto
mais disposto a conseguir os meus
fins, que tinhã necessidade dos
maiores favores da fortuna. Com-
sudo, para fazer conhecer que a
minha miseria não era a de um po-
bretão, disselhes que eu estava
lisposto a dar-lhes de ceiar, O offe-
recimento foi – escito com enlhusias-
mo, e tratei-os como principes. Fal-
laram muito tempo da gentileza da
minha figura, e das minhas afeli-
ses» disposições. Pretendiam que
havia muito a esperar de mim, po-
is que tendo eu na physionomia o
fosse que denotasse um
homem boniado, ninguem descon-
fiaria dos meus artiácios. Emfim
agradeceram no senhor Lescaut o
ter procurado à ordem um noviço
com o meu mer to, e encarregaram
um dos acavalbeivos da mesma»,
do me darem alguns dias as ins-

querque

trueções necessarias.

norte americano grande nu-
mero de hespanhoes cubanos
em direcção atiuba onde que-
rem defender a integridade da
Hespanha.

A’manhã renlisa-se a aber-
tura das córtes às 2 horas da
tarde, sendo lido o discurso da
rainha regente, ,

Const» que o proposito de
Mac Kinley é deixar ao povo
cubano o direito de designar
por meio de plebiscito a fórma,
de constituir o seu novo go-
verno.

Este boato, que tem circu-
lado ha dias, faz seppor um
triumpho para os yankees im-
pellidos para a guerra contra
a razão e a Justiça.

Os hespanhoes porém de-
vem caminhar para ella sem
vacilar nem admittir novas in-
tervenções.

Fiem-se na marinha e no
exercito que a nobre e santa
causa da Hespanha triumpha-
rá,

Ema phrase epica

Ha poucos dias encontrava-se um
pºrtuguez com um hespanhol e na-
turalmente falavam dºaquillo de que
todos falam: —a provavel declaração
de guerra dos Estados Unidos &
Hespanha.

Ponderava lhe 0 nosso compatri-
ota as desventuras da Hespanha nos
ultimos tempos: guerras no oriente
e no occidento, os sacrifícios de
gente e de dinheiro, a situação fi-
nanceira é a situação economica,
tudo quanto é afictivo para a no
bre Hespanha e o desfecho prova-
vel de uma guerra, que não se po-
de prever onde chegará.

—A Hespanha tem de – augmen-
tar o seu exercito.

— E? verdade, diziao hespanhol.

— E’verdade,

-—E quantos valentes morrerão!

— Muitissimos.

—O peior é que a Hespanhã se
ainda tem homens, já não pode ter
divheiro!

— Menos isso! ainda ha na Hes-
panha muitas mezas que teem mais
que pão e agua. Dinheiro não ha
de foltar.

O principal theatro das minhas agen-
tilezaso devia ser a hospedaria da
Transylvania, onde havia uma ban
ca de «pharaó» e varios outros
jogos carteados e de dado. Esta es-
pelunca pertencia ao principe R…
que então habitava em Vlagissy, e
a maior parte dos officiaes do seu
regimento eram filiados na nossa
associação!

Affirmal-o-ei, para minha ver
gonha!! Aproveite-me em pouco
tempo das lições do meu instructor.
Adquiri sobre tudo immensa per-
feição em empalmar as cartas, de
modo tio porfeito que enganava os
olhos mais perspicazes, e arruinei
sem dar mostras de tamanha trafi-
cancia, uma boa quantidade de jo-
gadores honesnos e leaes, Esta per-
feição extraordinaria adiantou tanto
o progresso da nanha fortuza, que
me achei em poucas semaaas com
sominas consideraveis, além daquel-
las que de bca fé partilhava com
os meus assoctados ‘

Então não receei descobrir à
Manon à nossa peria de Chaillot,
e para a consolar, ao anunciar-lhe

desta Zaguinha, aluguei uma casa

dHac-Einley

À jmminencia do conflicto
entre a Hespanha e os Estados
Unides torna opportunas e de
interesse algumas notas a res-
peito da vida de Mac-Kinley,
ne exercicio das suas funeções
presidenciaes no seu paço de-
nominado a Casa Branca.

Na America não ha cerimo-
nias eé sem ellas que o chefe |
do estado governa. Ê

Nas ante-camaras da Casa
Branca de Washington não ha -.
tabelleiras empoadas, nem – lis
brés vistosas, nem archeirosde
alabarda às portas. À

Os visitantes chegam, entram
e esperam no vestibulo.

De espaço a espaço, como
em casu de qualquer advoga-
do, medico ou dentista, abre-se
uma porta e é o proprio presi-
dente quem, a cada um por sua
vez, convida os seus clientes—
perdão! os seus concidadãos—
a entrarem no seu gabinete.

Estes saem como entraram,
cada um pela sua vez, sem 8
intervenção de qualquer mer-
domo ou porteiro.

Mac-Kinley, alem das rece-
pções extraordinarias recebe
publicamente, tres vezes por
semana e democraticamente as
pessoas de qualquer parte do
mundo que queiram visital-o.

Gente de todas as classes.
alli entra como € quando quer,
sem serem privadas de mos
trarem as suas memorines ou
de inscreverem o seu nome em —
qualquer registo.

Veem-se alli operarios com |
o seu fato de trabalho, chefes
de tribus pretos, mereeeiros,
soldados, mulheres com filhos
ao collo.

Estas multidões variadas des-.
filam no grande salão, onde
cada um, se lhe apraz troca
um aperto de mão com o pre- |
sidente. É

Unsinterrogam-n’o pedindo- |

opulentamente mobilada, para onde
tomos habitar.

Tiberge durante esto intervallo.
não havia deixado de me fazer tre-
quentes visitas. A sua morale os
seus sermões, eram interminaveis. .
Atoda a hora prégava-me que
eu na vida que então levava não
fazia senão obrar de mal em peior
para a minha consciencia, e para
a minha honra e fostuna] Recebia
os seus avisos com amizade. e ain-
da que não tivesse a menor tenção .
de os seguir, agradccia-lhe interior-.
mente os seus conselhos, porque
bem conhecia v sentimento d’affei-
ção que os dictava. Algumas vezes –
o motejei na presença mesmo de |
Manon exhortando-o a não ser |
mais escrupuloso do que um gran=. 4
de numero de bispos, e outros pa |
dres, que sabem perfeitamente cons
ciliar uma amante com um benef
cio. — Vê, continuava eu, mostrad-
do-lhe Manon, e diz-me se ha faltas
que uma tão bella causa | não juB”
utique?

 

 

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ECHO ,DA BEIRA

Si mm

The noticias da sua saude ou- O reinado da elegancia

Eallecimento

tros informam se doseu appeti-
te RC.

Uma verdadeira democracia.
Divertimento gratuito que
o pobre presidente proporciona
ve-

aos seus concidadãos tres
zes por semana!

“Pres vezes, fóra os extraor-

regressava d’Africa a esta vil-
la, o sr. Francisco Nunes Ber-
nardo, sobrinho do rev.” prior
de Sernache,

Ao tio e irmãos do fallecido

| Fallecen em Lisboa, quando

DE TUDO PARA TODOS

Passando nm estudante

no pé
d’uma senhora, disse-lhe:

«Descul-
modestia, mas permita que lhe di-

que tenho visto.»
A sechora, lisongeada com o cum-

pe, ininha sonhora, se offendo a sua |

ga que é a senhora mais formosa

Hoje que o ideal feminino consis
te na belluza e elegancia da atoi-|
lettos não podemos deixar de re-
commendar ás nossas estimaveis
assignantes e sympathicas leitoras a
acquisição da «Mods Elegante»
excellente jornal de modas, elegan
cia e bom tom, publicado em Pa-
ris pelos srs. Guillard Aillaad &

ANNUNCIO
2º publicação

ELO JUIZO DE DIREI-

TO da Comarca da Cer-
tãe cartorio do escrivão
do 3.º officio, correm edi-

Sesi ezanies. : É ni a .

dinarios! Sn primento, quiz retribuir-lhe; mas, | C.º, azreditados livreiros editores | ts de trinta dias citando Jo-
es achando-o muito feio, não quiz fal- | d’aquella cidade, e dirigido por ma-

VARIAS NOTI CIAS

Está n’esta villa, o sr. Hen
rique Pires de Motira, concei-
tuado commerciante no Brazil,
e filho «do digno escrivão desta

Está em via de complecto
restabelecimento, do ataque
que teve, o reverendo padre
João Antonio da Silva, zeloso
parocho da Real Capella de N.

Senhora dos Remedios.

cajado A ae ne

lar contra o que sentia, e disse-
lhe: «Tenho pena de não poder di-
zer-lhe outro tanto.»
Respo-ta do estudante:
xa, fizera como eu iiz.»

«Menti-

cerca do que a um-d’elles tinha
acontecido por gostar muito de ver
procissões,

Conversavam dois audaluzes á4-

dame Blanche de Mirekourg, cujo
talento e conhecimento em taes as
sumptos são incontestaveis,

O numero que acabimos de re-
ceber correspondente a 16 d’Abril
vem replecto de deliciosos modelos
da ultima moda, bem como d’um
molle cortado em tamanho natural
d’um costume para menina de 8 a
12 annos.

sé Rodrigues Leitão, casado,
carroceiro, de Sernache desta
Comarca, para no prazo de
dez dias, que começam a con-
tar-se passados cinco dias, de-
pois de terminado o prazo dos
editos, pagar a quantia de
378280 reis, importancia de
sellos e custas em que foi con-

é , 3 atoni , O texto interessantissi i- jei 4
vomarca, o sr. José Antonio cc dad lo Salleci-| —Imagine que ao passar pela ado, traz alem ão ms eira Pad demnado nos autos de policia
de Moura. stá de lucto, pelo falleci-| ma das Sierpes senti que me an- denso dida Sara na a correcional pelo crime d’offen»
| mento de seu avô, o nosso ami-| dava nma cousa estranha pelas al-| Mireboure, uma a asa sas corporaes, que o M. P, lho’
—————— + | go dr. Antonio Nave Catalão, |gibeiras do casaco, e suppondo que | e concertos, eseripta por um co-|moveo, e bem assim as «ab-
Regressou a esta villa, o sr. ilustrado professor de da E amd rp a tirei | nhecedor abalisado em taes assum |crescidas com a respectiva
SaNGE TES 40 SE cias ecclesiasticas do collegio h tado à Dinha Dava”, ptos que se oceulta sob o pseudo-| execução, ou nomear bens à |
Tosé dos Santos Coelho Godi- e miNngea a e com ella dei um corte com nymo de João do Palco : |
LT, RE Pora 8 pr bastante força, sem voltar a cara E » E enhora, sob pena dese de-
nho, habil escrivão de direito Envi N ã ERON A «Moda Llegante», é um jor
mesta villa. PA as o NOSSAS CON) par OU nal recommendavel sob todos os volver ao exequente, que é o
dolencias. Dois dies ns vestindo o pontos de vista e que fiz honra) Doutor Delegado do Protura-
Ea saco; notei e ele pesava mais dO | uos seus dignos editores. dos Regio, com representante 3
= que o natura!, examinei-lhe as al- de Tassndo Nucionff o di!
A h ‘ d 7 gibeiras é n’uma encontrei a mão an RR SORREOAO
(Eu Sp VEL q Depois duma longa estada ide um homem, tendo bem agarra- ANNUNCIOS de tal nomeação,
lem Sernache, regressou a Lis- do e meu lenço, que-para O tirar Certã 28 de Mrrço de 1898.
Na sexta feira da semana)boa, o nosso amigo José Mar- | Nºe aa e palhos ER aerea Verifiquei a exactidão
ç q pe — Cous as se veem no ) oi
passada, quando Maria daCon-; cal Corxéa da Silva, distincto | mundo! disse o ontro andaluz. Ou- ANNUNCIO aluna re
ceição, estava lavando roupa, alumno da escola medica da-l|ça o que me succedeu. Tinha eu um O PRPRUção .
na ribeira Pequena desta villa, quella cidade. napagaio que me fora dado do pre- E e aiii Ne Trade Do João José Teixeira É
det inuratagão Gatado de Boa viagem e felicidades. [sente por Muley el-Abas; era coxo, , N ]
dia hei porem mais lindo Jovro uunca vi.) Abanoel e Ba f » neetenteecae nei
rea ribeira, MOrren- nã Todas as manhãs lhe dava uma so- : bia. 00) pare. o
o asphyxinda. ‘ pa de chocolate em que o brutinho| TZ E
No sitio, onde a desgraçada! E pegava com a mãosinha, com tal Fundão, feequezia do Grovis- j
: , És ttin- Tem passado ligeiramente! ico que gra-mesmo iai p à Ee ng rato
sara ça altura d apua patas. incomodado o no antigo ç ? a fes pe lico A é Do E Es
gja um palmo, ”

Logo que aanctoridade teve
conhecimeuto do desastre a-
pressou-se em prestar-lhe todos
os socorros que foram balda-
dos.

A infeliz deixa tres filhos na
orphandade,

ai a ari

Esteve em Sernache de vi-
sita ao sr. Daniel dos Santos
Tavares e regressou já á sua

“Casa o sr. João Antonio Pires.

-— o —O———

sr. Antonio Pedro du Silva, de
Sernache, a quem desejamos
um prompto restabelecimento.

—emmmm ade

Tambem esteve doente mas
está já completamente restabe-
Jecido o sr, João Nemesio da
Silva :

As creanças foram para o lume
brincar, pegando-se-lhe o fogo ao
vestido da Carolina que em altas
gritos se agarrava ao irmão, A mãe
ouvindo os gritos aflietivos da cre-
ança deitou acorrer, e, quando che-
gou á cosinha, deparou se-lhe um
quadro horroroso.

Despejou o cuntaro que trazia à
cabeça para cima dos greanças,

— Porem, diga-me, am’go, inter-
tompeu 0 outro, se era eoxo, com
que mão se segurava, quando agar-
rava na sops?

— Ora! com a que o amigo en
controu na algibeira.
*

Metro

Uma senhora mandou ao açon-

co mil pães e tres mil peixes déva

; de comer a cinco pessoas.

Então onde está o milagre? per-
guntou a meis“voz um ouvinte.

— Onde está o milagre?! respon-
de o pregador sem se perturbar,
em não rebentarem as cinco pes-
soas depois de terem comido tanto
pão e tanto peixe.

sudo uma procuração publica
a seu meto etanol Quiz,
sulteixo, do teferdo. logar, em
8 de Saneiro de 1896, tegogou
a dicta procuração, tendo [o

feito notilicar judicialmente a
Ú

de ficar sem clleito. : !

Couã 45 Elbeil de 1 “98.

LOURENÇO G) vorLa |
CORAÇÃO popNTE

A 600″ reis o algneixe de
13]. 544, vende-se porção no
celleiro da Santa Casa da Mi-
zericordia da Uertã.

e

Preços do mercado
Carnes

“Sastanha secea » » «.. 656
vinho 20 1. de Santarem 1:600
ide ad
Machina photographica
de graça
Di-se uma boa machina photos
graphica 184 18, em bom estado:
a quem comprar os seguintes obje-

: É 1 volr n E :
Regressa por estes dias à miisoguindo-HNidar. guivia do < filho 5 Vendas” sesta pes uistantaneos,
; , E
sua casa da capital, o nosso Ro a Mina Tor pao seca a redacção 4 pannos de fundo, é tinasy À lan-
y a as À ha morreu pouco tempo de- 4 “atras Vendeo mo – Cêntro tsc. lahoratorio, 8 calibres.
amigo Padre Antonio Ladislau | pois. — Qual é a senhora que offerece | Con.r teraa para ,

Coelho, capellão do exercito,
Teformado.
O nosso amigo, que veio

Esteve n’esta villa, e já re-

tes?
—A Dona Feliz-mina.

mais vantagens aos seus pretenden- ER

Fr aercial—Praça do Commoreio
Sertã.

Livros de Estudo

de vidro, 6 chassis prensas, 1 ca=
mara escura para campo 3 suppor+
tes para secear chapas, É almotariza
3 copos. graduados, 3 funiz de vi

ao E e o ir pet Vacca, » pets Ro
ê. Marcos a e ST Pedir A eia as Rs revogação ao Ddicto procurador Chibato » » «1… 2:100
O rapaz encarregado de ven- Coreags
É Creança queimada der a E foi candilha a tabella|em 1 do cotsente mez de Elkeil. Trico 13,544 1 G60
; No dia 25 do corrente, bios de comparação entre as medidas Sz ; : Ce sia e er (RR 550
lisa-se em 8. Antonio, a festa Ne logar Ha Santa, “cosvelho antigas e modernos, e tendo visto | “0 pois prevenadas Rodna ee A SAS
– de S, Marcos, que costuma ser! q, Figueiró dos Vinhos, morreu | MUS um metro correspondia a tres a Milho Rio A DS 440
muito concorrida, não só devi- | queimada uma creança de seis an-| Pê Mandou á senhora tres pés de petoDdA para mão fazerem qual. Vínho “
do ao sitio que é o mais cul- |nos, chamada Carolina, filha – de vitolla, + VE AA 5 201. daterra …… 1400 ;
ininante e agradavel da Certã, | Mathilde da Conceição e José Dias e 9 Rr NCios Ur O vefer 0/20 1. da Tseira =… ..+ 1600
: i É t Brazil. 4 b
onde se disfructa um panora- ca ia Sohh Milagre ex-procutador, com tespeito aos Ateite Ê
RE agracavel, como ser UMA q, vara a tonte, deixando-a em ca- A 1897 10 sad 2:000
das principaes festas da Certã ido p od t No fogo da prégação engana-se | tens da mandante, dab na)? 848 1:800
. o a £ . . + … .
Pp no sa com tum Irmão de QUaO aNDOS my padre, é diz que Jesus com cin- ; ” RR NE oD a

buscar itivos para os seus|gressou Abrantes, o sr, José Ei 1 machina para trazer debaixo E
E Tenit P E nd ( o A. R. Sampao dizia de ur Approvados pelo governo Abas e O ra autos aba de
Padecimentos, volta cormple-| Joaquim Simões Campos, in-|, edividu DOE o bom OA aa | do colote, 1 lava de
tamente restabelecido, o que telligente major de caçadores to indivi sea não ps “desta of PATA uso das escolar. , Anvas de borracha, 3: vinhetas e
o 1 õ Jejum quem lhe almoça! F Deposito na Certã, na loja ainda outros objectos preciso nom
everas estimamos, . Lob.» AR OS mio

pe Luiz da Silva Dias.

 

@@@ 1 @@@

omaptrso nas,

DS E agem dm

ORIGINAL DE

JOÃO CHAGAS

Bomance palpitante actu-,
alidade. !

O CRIME DA

Hilustrado cem perto de
200 gravuras.

SOCIEDADE

Desenhos e aguarelias originaes de ANTONIO BAETA
60 reis–CADASEMANA–BO reis

Ed tores: LIBANIO & CUNHA Rua do Norte, 145-—LISBOA

ECHO DA BEIRA

i menda de fogos, em todos vs gene-

ldos trabalhos, d’um effeito surpre-!

CONDICÇÕES DA ASSIGNATURA: Serão distribuidas cada
«emana 3 folhas in.4.º, com 3 gravaras, ou 2 folhas, com 2 gravuras
GCHROMO em separado pelo preço de 60 REIS, ou em. tomos de 1
olhas com 28 gravuias e um CROMO pelo preço de 300 REIS. Para
rovincia expedir-se-hão quinzenalmente 6 folhas ou 4 folhas e 1
CgRÓNO pelo preço de 120 REIS, mas não se satisfazem pedidos que
mão venham acompanhados da importancia. Assigna-se em Lisboa no
eseriptorio da Empreza, rua do Norte, 145, nas principaes livrarias, na
GAL4PRIA MONACO e nos estabelecimentos onde estiver o cartaz-an-
anca, Consideram-se correspondentes as pessoas das provincias e ilhas
mo se responsabilisarem por 3 on mais assignaturas,

rothechnico

manhos desde 500 reis a duzia,
garantindo-se a sua perfeição
e nitidez.

FQGOS D’ARTIFICIO

U pyrotechnico David Nunes e
Silva, da Cerlã, satisfaz para todos
os pontos do priz quelquer encom-

ros, por preços sem competencia.
Apresenta sempre novos e varia-

hendente, rivalisando com os me-
lhores do estrangeiro.

Este pyrotechnico, já bastante
conhecido em Portugal, onde os
seus trabalhos teem sido admirados, |
foi quem forneceu os fogos queima-
dos em Lisboa pelo Centenario de
Santo Antonio e em Thomar pelo
de Gualdm Paes.

Correspondencia é pedidos ao py-

David Nunes e Silva

RETRATOS .

pais Bê

EP)

Por maio do emprego dos
Elixir, Pô o Fasta dentifricios
dos

DE Dra

ULAO (Gironde)
srtor
– Londres 1684 &

ço,
tores este antigo e utilissimo pro-

parado, o melhor curativo € o
wnico preservativo conita as +,
Afiocaões Contarias.»

Casa fundada am 1097

mta SERIO usage

-n vepesttoum todis as boas Perfumerias, Phacmacias e Droguer’:
ta Em Lisbon, em casa de R. Bergegre, rua do Unto, 1U0. 1º,

Tiram-se em diferentes ta-

Encarega-se de ir tirar pho-

DIRECTORA

Xe acto da entrega No acto ad entregã –

COLLECÇÃO PAULODE COKE

Tradueção de F- F. da Silva Vioira

9 BIGODE |

Rorrauce em 2 volumes. O preço
590 reis.

NOVO ROMANCE DA COLLECÇÃO

Ilustrado com magníficas gravuras 40 reis–cada semana—40 reis
aerea ie

da obra completa não excederá

dgra Beiduls da Go; da Garti

Approvada pela junta consulltiva de saude publica e am-
medalha de prata nas exposi-
nvers INDI, Saint Etienne [895
comeurao de Eygicnc Bruxelras Porto, 1897 medalha de
ouro — diploma de honra. Marstciha e Concurso de

ctorisada pelo
<ões de Lisboa

governo.
1993,

LôOnd res 1896.

Analyse chimica pelo ex.Ӽ sr, conselheiro dr. Virgilo Machado,

medico e lente de chimica.

Fista agua mineral possue a acção «adstrigente, tonica e desinfe-
explicam as notaveis curas obtidas especialmente nas

ctantc» < assim 8

seguiates doenças.
milatação

Pinheiro

Deposito geral–Rua dos Fanqueiros, 84, 1.º

LISBDA
Carro–aluga-se |CENTRO COMMERCIAL

Joaquim Ferreira, do Seixo,
aluga o caleche e parelha que
era da casa da Árnoia.

Faz serviços para qualquer
parte por preços razoaveis.

LOJA DO POVO

‘ de i pci
“Albano R. M, Ferreira -CERTÃ
Chitas baratas de 80 rs. q vova
do a 60 réis. á
Assucer de 1.2, lilo 280 réis.
– Dho de 2.º, 260 réis.
Dito n.º D- 250 reis
Este estabelecimento tem actual

mente um verisdo sortimento de

casaniras, funclas de là para ves.
tidos de Senhera, litas de algodão,
brocados, armures, chitas, castelle-
“tas,e cius, panilos panos bren-
«us ados, panos crus, lenços de sê
da, e entues, chaies, colchas, toa
lhas para meza, guardanapos, chi
“eus, etoeto, E
Preços convidativos,

do estomago. Byspepsia atonica, Ulcera
de estomago, Diabetes, Lencorrhea. Emicrites,Purga-
ções, Syphilis e nas infiameções em geral.
Não tem gazes hvres; sabor muito agradavel, quer pura quer mis-)
turada com vinho. Preço, incluindo a garrafa, (8 d.) 100 reis.
A” venda nas principres pharmacias e drogarias, e nos
BDepositos-—Porio, rua de Sanio Antonio, 48; Co-
imbra drogaria, 3. Figueiredo & T.’; Figueira, phar-
macia Simoes d’Oliveira:; PFhomar, pharmacia, Torres

Hygiene |

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cio —OERTA.

dustrial de Lisboa em 1893.

8 a 30 folhas, formato 64 x 80, 900
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os pedidoz, sendo postos em qual-

q
da . +
das sejam superiores a cinco mas-
rsos. Áceeita-sc apaa em troca,

dores, sendo a prompto pagamen-

|jos serviço para qualquer loca-|

tographias a qualquer ponto
d’este concelho, mediante ajus-

Quem pretender dirija-se a

 

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Papelão nacional

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LISBOA

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Pedrogam Pequeno, participa
ao publico que tem pare alla-
gar um crro com parelha. cu-

lidade, entrê Thomar é Certã,
faz por preços conmodos,

zendas de algodão, lã, linho e
seda, mercearia, ferragens e
quinquilherias, chapeus, gua-

|da-chuvas e sombrinhas, len-
ços, papel, garrafões, relogios

de sala, camas de ferro e lava-
torios, íolha de Flandres, esta-
nho, chumbo, drogas, vidro em
chapa e objectos do mesmo. vi-
inho do Porto, licores e copnac;
Hivros de estudo € litterarios,
Itabacos etc. dia
| Preços extraordinariamente
[baratos e sem competencia
Agencia da Companhia de
Seguros Portugal.

1a 7, Praça do Commercio, 1 a |

CERTA

CORTICA
Gompra-se por bom pre-
Dri
“Quem tiver para vender
‘creada ou porannos, diri-
| ja-se a alfredo Mictorino,
| Sernache do Bom dardim
Samirs astugraghos
DE

adre lólias Simões da Silva
Antigo, missionario

Director espiritual do Seminario
das Missões Ultramarinas.

1 volume —1:000 réis.
Editores—Lopos & O

Jornal das famílias

ALICE DE ATHAYDE

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| tamanho natural. Alternadamente A MODA ILLUSTRADA distribua!
| moldes traçados e folha de borcados – de todos os feitios, acompanhads

|soas que se dirijam à MODA ILLUESTRADA sobre assumptos decor

moldes anianho natural, imoldes cortados, tamanho | nat
52 Foll tea traçados ou de | 44000, a:
| bordad j É é
=-26 numeros cem Eta dedo s
-=-26 numeros com) gpyfiaTra 9h“ pimipros

41990 g

|ma catrega. «200 réis Na entrega.

RES] Fublicação semamn
Por contracto feito em Paris, sairá todas as asegundas-teiras» a MO.
DA ILLUSTRADA contendo em magnificas gravuras a preto e colors |

das, todas as novidades em chapéos, toilettes, Dordados, phantasias?

das respectivas deseripções: Conterá uma «revista da moda» onde todo.
as semunas indicará aos seus leitores, os factos mais importantes ques
derem durante aquello espaço de tempo, e que se relacionem com o ese
ttulo, «Correspondoncia:» Secção destinada a responder a todas as ipell

resse apropriado. «Methodo de córte:o Maneira de tirar medidas, ntes |
tar e fazer vestidos. «Flores artificiaess» Methodo que ensina a fazel-ase
de todas as qualidades. «Artigos diversos», sobre assumptos de interesso.
feminino. «lygiene» das ereanças, dos casados, da habitação, sda
ceitas» necessarias a todas as familias, ete,, ete. «Segredos do toucador.
Cozinha de Kneipp, uma receita por semana. «Secretarios das familias:»
Modelos de certas. «Doces:» Receitas desonhecidys e experimentadas.
«A seiencia em familia: Curiosas experiº cias de physica e de chimica;
acompanhadas de gravuras illucidativas, * faceis de realisar eta casa, pro
prias para ereanças, assim como uma diversidade de dogos infantis./A
seocão litteraria» constará de romances, contos, historias, poesias. pel
samentos, proverbios, charadas e enygmas. A MODA ILLUSTRAD
fica sendo o «melhor e o mais ba’ato» jornal de modas que se pu
em Paris na lingua portugueza e ela clareza, utilidade e variedade d
seus artigos torna-se.

Tudispemsavel em todas as casas de-familia
A MODA ILLUSTRADA publicará por anno 52 numeros de 8 pa
ginas, com 32 columnas, em grande formato, 1:800 gravuras em prefé
e coloridas, 52 moldes cortados, tamanho natural; 52 folhas de moldes
traçados alternados com bordados e será remettida fraaca de porte. –
BRINDE A TODOS OS ASSIGNANTES. Em cada trimestre UM
numero com 8 paginas cheias de figurinos de roupa branca.

CONDIÇÕES DA ASSIGNATURA | 22 ediçã ?

ANNO. — 52 numeros com 1:8
gravuras em preto e coloridas

1.º edição

ANNO.— 52 numeros com 1:800
gravuras em preto e coloridas, 52

y preto e Coloridas, GO pras

I aa 900 gravuras em preto, é colotl
ç es cortados talmant atu E E e ao,
26 moldes cora o SasapdR 26 moldes ‘cortades om t
ral, 26 moldes ireçadosMou DOrGM | ho natural, 25.00,

dos, 25900. | É :
TRIMESTRE. —1S numeros com
450 gravuras em preto e coloridas,
13 moldes cortados, tamanho natu-
val, 13 folhas de moldes traçados! das, 13 moldes cortados ém
ou borcados, 18300. nho natural, 18100.

* LISBOA, PORTO E COIMBRA

| | Um numero conteudo 30 gravu-l
ras em preto e coloridas, um mol-
de cortado, tamanho nataral, folha
de moldes traçados ou de bordados.

das, TRIMESTRE.—13 numeros 4

450 gravuras em preto, €

Um numero contendo 30.8!
ras em preto e coloridas um
cortado, tamanho natural.

SO
Antiga Casa Bertran d-=Josh-BASTOS = Rua Garrett, Lis!

TYPOGRAPHIA — Rua do Valle. —CERTÃ

119, Rua do Almada, 123 – Porto

Editor responsavel — ANTONIO DIAS D’OLIVEIRA