Echo da Beira nº3 07-01-1897
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E Ed
> NUMERO 5
EO NDIÇÕES
“Anno, 15200 réis. —
BOU réis. Brazil, anno, 65000 réis.
ASSINA VIU RA
Sioge 600, préis. — Primes tre, |
+
EN pad E
Quinta-feira 7
REDACTOR PRINGIPÁL = ABILIO DAVID
Abri iea,. amino, 2 23000 |
Péia, Pára da Sertã aceresce o porte da cobrança, Numero.
Brulsos “BO véis. Corr respondencia re
tão, dirigida + av oieee deste deem nal, pRRRR DIAS; = E ;
EXPEDIENTE
A’s pessoas a quem enviamos o
nosso jornal, e que não queiram hon-
rar-nos com a sua assignatura, pe-
dimos a fineza de nolo devolverem
“inmediatamente, para o que basta
escrever na mesma cinta— «Devol-
vido à redação».
ln caso contrario, e visto que a
nossa folha é enviada a muitas pes-
soas, por indicação d’outras, consi-
deral-as-hemos para todos os efeitos, |
[dever dos governos e das corpora |
nossos assighântes.
e ceara TaÕEr
MENDICIDADE
E’ do Seculo o artigo sensato
que hoje oceupa a nossa sec-.
cão editorial. Não obstante a
accumulação de assumpto que
se nos depara, achamos este
tão mortentoso, de tal opportu-
unidade, “attenlendo a que a
chaga da mendicidade se vae
alistranido medonhamente por:
esse paiz aléin, que não hesita-
mos em dar a ésse escripto o|
nosso ligar de honra; tanto,
niais que interpreta, em syn-,
these, o nosso modo de ver no.
assumpto.
Com effeito, por este andar,
Paqui a nada isto passa a ser
uma nação de pedintes. Diz
bem o jornal da rua Formosa:
trge pôr um dique a esta ver-
gonha. Torna-se indispensavel
que os poderes superiores pro-
videnceiem, mas não com pal-
liativos; por meio de medidas
energicas, decisivas eracionaes.
Tem-se alastrado de tal modo
o vicio da mendicancia, que
por toda a parte, mesmo nas
nossas terras de provincia, até
já à petizada não larga a casa-
ta dum estranho que vê che-
gar, emquanto lhe não dá es-
“mola. E uma vergonha que é
indispensavel acabar;
Eis o artigo:
São frequentes agora os clamores
contra a chusma ds mendigos que,
assaltam os transcuntes por toda a inverno tralos para Lisboa e a es: QU
parte, pedindo esmola com” uímia int
sistencia ver dadeiramentei eo tuna
Nas reis; nas lojas; nas portas, sur-
gem uns após outros 03 indigentes,
“cegos e aleijudos, mulheres e eréan-
ças, rogandoy imploranto, chamim-
do a attrnção para as subs miserias
procurando despertar o dó com la
mentos e supplicas, interrompendo
as conversas, acompanhando por
longo tempo as pessoas a quem se
|
speitante admieistra- | |
bem esmola. E” um espectaculo la-
mentavel, vergonhoso, improprio de
nma cidade civilisada, dizem os|
queixosos, e não sem razão.
Mas a verdade é que todos os|
mente, se repetem estes assaltos
mendiciflade e que, apesar de todas |
as medidas policiaes, não é possível |
pôr-se-lhe termo. E’ uma csnsequen-|
cia da defeitnosa organisação social,
um mal profundo que não se cura
com paliativos. Póde-se no entanto,
alliviar mais ou menos essa enfer-|
midade de ordem social, e é esse o.
ções administrativas.
Mas como? castigando a mendi-|
cidade com a prisão? Na maioria dos |
“asos seria injusta a condemnação e |
não poucas vezes a prisão corree-
cional não farir mais do que trans-
formar o mendigo nn» criminoss,
duos da peor especie. Sem duvida,
a punição é indispensavel, mas só
nos casas em que haja exploração |
“de menpres,.
diugem, e ainda n’esses cascs a pu-
nição deverá tender a corrigir e a
regenerar os delinquentes e nunca,
à pervertel os ainda mais.
Muitas vezes a policia, prendendo
os mendigos, limita-se a remettel-os
‘para as terras da sua naturalidade.
Expediente Cispendioso e demais a.
mais inutil, porque uma vez lá, não
tendo os meios de subsistencia,
apressamse a regressar á capital, |
onde ao menos esperam obter algu-|
ma coisa esmolundo.
varias classes de indigentas os men-
digos de profissão que exploram a
caridade publica;
mendigos que esmolam porque a
suas condições physicas lhes não,
pernittem trabalhar; os mendiges|
decasionaes, isto é, os que são ar-
de trabalho. São estas as Prineipaes
classes, Durante o inverno todas
ellas acodem ás grandes cidades,
mais facilmente esperam fazer larga
colheita de esmolar. Os verdadeiros
mendigos e os mendigos de profis-
são, que vivem sempre na capital,
sofirem Curante o interno a cencor
roncia dos seus collegas das provin-
cias, os quaes no decurso dos me-
zes de estio explóram a caridade
publica nas romarias, nas feiras, nas
estações
“onde se formato
ajuntamentos. O.
[Bia duas enormes clu:ses d> indi-
igentes; verdadeiros ou fingidos,|
a dos sem trabalho, que, acossados.
E pela fome, emigram das suas aldeias |
para a cidade ou veem para a rua
estendendo a mão aos transeun-
tes.
Contra’ esta invasão de mendigos
que se dá todos os invernos, é ur-
gente que sé tomem providencias,
tindo da perseguição se não rece- |
annos, durante o inverno principal-|
da í
ladrão ou assassino, em virtnde da,
convivencia na cadeia com indivi-|
dólo. ou-exvidente va-
Na menditidade ha a Ra
os verdadeiros |
|
rastados a esmolar por absoluta falta |
de aguas, por tola a parte |
Ê t 4;
de Jane
REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO q fUblicAçõoS
nr E CENTRO EA ue
Ruá do Vullo- = Ss
centes ou iniques e sim sensatas e
(eficazes.
Deve «omecar por facilitar tra-
balho aos mendi igos ocensionaes, que
só pedem esmola porque não teem
trabalho, e impolo áquelles, que
são falsos mondigos e a muitos dos
que o são verdaden ramente, desde
que se tenha em attenção O que
cada um póde fazer.
| Para estes urge fundar casas de
[trabalho sob a vigilancia das corpo-
rações admiaistrativas ou de socios
dades particulares de beneficencia e
| debaixo da protecção official, uma
especie de asylos-ofiicinas, que se-
jam elementos de moralisação.
Os mendigos, que de todo em
tudo não possam trabalhar, sejam
| | recolhidos Dos asylos existentes des-
‘tinados á pobreza ou em qualquer
“outro que se funde, se os actuaes
não são suficientes.
Com estas providensas não se
resolve a questão da mendicidade,
bem o sabemos, visto que ella é
[uma consequencia da viciosa orga-
nisação social, mas far-se-hia uma
oia salutar de regeneração moral
£
vergenhoso e lamentavel especta-
culo que oflerece todos os invernos
a capital.
——— «ICI mm
Martim Feyo
REDE
escriptor distincto, que a Sertã
po conhece de ha muito, o nosso
| amigo Fernando Mendel
| 1º elle de hoje para o futuro
jo chronista lisboeta da nossa
folha onde os leitores terão en-
(sejo de continuar à apreciar a
sua prosa cheia de ed con-
ceituosa e elegante. Felicitan-
|do-nos, feneu ao tambem os
[leitores que’o apreciam.
Em breve esperamos tambem |.
contar ao nosso lado um velho
sa em quo sempre tem otcupa-
do um lugar distincto, o nosso
presadissimo amigo; capitão
Thomaz Pereira Terra.
Hy’ario no céu
| Temos em nosso poder o ma-
gnifico livro de Gomes Leal,
teve a amabilidade de
nos offerecer um exemplar. Em
os, breve nos occupáremos da ori-
iagerega-se, então ainda uma terceira |
ginalissima obra do grande
poeta e nosso querido e parti-
| cular amigo.
Dante Aligiherí
[um monumento à mmoria do. eram
divigom, e só a muito custo dosis tias que não sejam contra-produ |de poeta Dante, aistor da «Divi-
No corpo do jornal, cada linha. 100 réis, Annnaeios;
| cada linha 40 réis. Repetições) 20 réis cada linha: An-
Im nuncios En preço convencional: Os senhores as-
ps Sabatini o nes? 29, Ad.
na Comedia», o poema, á similhan-, morto! Nã to obstante , tanto enthu:
ça dos «Luziadas», univ: ersulmente |siasmo, ainda não fui erigido o
conhecida, | projectado monumente,
im 1865 projectou esta cidade. E e caprz de ficar para as Kalen-
se um munumento 4 memoria das gregas, se Leão XII não to-
do celebre poeta italiano que pro-| ma a iniciativa.
phetisara a independencia da sua| E
patria. Dante morreu em Ravena AR ns o inte
a ld de setembro de 1321, aos|
cincoeata annos de idade e É seu
cadaver toi encerrado n’ ima a)
de mar more, Mas Guido della Po-|
Ds)
lenta, em casa de quem o Dante se em He panha, que E muito
aliiova: viu se forçado a fugir, sem. de original e de sinistro. Lem-
ter tempo para mandar construir | bra o “conto dos tres cegas, de
Castígo bem applicado
Ha dias suecedeu um caso
«Siminudr sêchia. sensivelmente o.
este o pseudonymo Pum.
amigo € jornalista sensato, ema-|
( 5 e, necido ; á nas luctas da impren-:
em especial a Lisboa, porque é onde |
ecelesiastica, |
Em Ravena foi ha dias levantado |
um mausoléu ao excelso pasta. Um.
seculo depois Bernardo Bembo, apo-
destá» da cidade de Ravena, fez
erguer aos restos mortaes do ean-
tor de Beatriz um mausoléu cons-
truido pelo famoso architecto Lam-
berti.
À cidade de Florença, que ape-
sar de berço de Dante, à condem-
nou à morte, como se sabe: sentiu-
se ferida no seu orgulho pela Jiata
bomenagem de Ravena e, em 1516,
tentou obter o corpo do posta, pa-
ra lhe dar sepultura na igreja de
Santa. Mariã das Dores.
Às negociações encetadas com
este fim, com a repabiica da Vene-
za, é sobre tudo a intervenção fa-|
o avel do Papa, teriam um bom!
desenlice em favor de Vlorença, |
se 0s monges de S. Francisco, sob |
cujas guardas estavam as Ciara de |
| Aligiberi, em Ravena, não tivessem
escondido a preciosissima reliquia, |
em lugar bem seguro, O facto irri-
tou devéras os senda
Às peregrinações dos a Imirado-
res do autor do «Inferno», prela-
(dos; principes, altos persontgeas |
da Kali e de toda a parte, conti-
(uuaram, não ao tumulo vasio, mas
à igreja dos monges, onde se sua-
peituva estarem escondidos 08 ossos
do Dante.
Por oceusião de se proceder a
diversos trabalhos de reparação na
igreja de 5. Praneisvo em 1617,09
padre Antonio Santi descobriu uma
caixa de madeira, no tampo da
qual se via uma placa com esta
mseripei ào— «Dantis ssa», na pa-
rede d’umh capella lateral. Os Ossos,
achados tão aproporito, foram ri
gorosamente examinados, é o es-
queleto foi reconstituido do melhor
modo possivel em taes alturas, de-
positandu- se pela terceira vez nº
seu juzigo.
Pensou-se então em trasladar
esses restos para um
grandioso, digno da memoria de
Dante, mas lo da igreja. Para
que a alia inteira tomasse parte
na obra d’esse montmento, abriu-
se uma subseripção para a qual
contribuiu pederosamente a classe
talvez mais do que
qualquer outra, E’ tanto que, no
numero dos subseriptores figurava
o cadeal Joaquim Perci— hoje Leão |
NHI —que só à sua parte deu pa-|
réis.
| ,
| Mas. mau séstro persegus 0
, + sia « “.
| gr: ande posta, mesmo depois «do.
sepulchro,
va cima de duzentos e cicoenta mil|
que nos fala o padre Manel
Bernardes na sua Floresta:
Conta-o assim o jornal da
Corunha, La Maiana.
Ha poncos dias appareceu na
praia de Bens, vroximo de Corunha,
flactuando á mercê das onde As, O ca-
daver de um homem, que po dia,
muito bem ser dos passageiros do
vapor a«Salier, naufragado recente-
mente nos baixos de Corrubedo.
Um habitante de Bens viu o ca-
daver, e reparando que as ondas o
arrojavam para a praia, approxi-
|mou-se, e arrastou-o pela areia.
| Quando conseguira transportal o para,
| certa distancia, da agua, preparou-se
para passar revista ao cadiver, co
imeçando por lhe moetter as mãos
nos bolsos da jaqueta,
O cadaver conservava o braço
| direito es sticado, devido, sem duvida,
|à rigidez peopria da morte. E
| Quando O habitante de Bens es-
tava no melhor da sua fama, revis-
!
tando os bolsos da jaqueta do mor-
to, tocou nos mnsculos peitoraes
deste, e por conseguinte o braço,
cau inespo oradamente, indo carr por
acaso na face do avarento lapuz,
que, atervado, e julgando talvez,
que o bofetão era providonei al, Cu
devido à resurreição do morto;
abandonou a aua, tarefa, deitando a
fugir, cheio de terror, em direcção
a sua casa.
Tal foi o medo que s2 apoderou,
do bolonio,, pelo inesperado facto.
que acabava de lhe succeder, que,
recolheu doente . à cama, peorando.
por tal órma, que faleceu passa-,
dos 2 dias, victima do terror que
o ussaltára.
Por esta não esperava o mi-
eravel que queria despojar 0
cadarEE E provavel que a li-
Gio aproveite a outros aven- .
[tureiros di mesma fôrça.
Gaara
| Agradecimento
sou pela primeira” vez “honrar as,
columnas do nosso jornal) um novo,
colaborador que modestamente se,
‘oceulta sob o pseudonyino de «Um
| conterraneo».
| Agradecemos a lembrança da.
[que elle. nosso amigo, ficando desto,
já as columnas deste semanario
sempre abertas ao seu dispôr.
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que de E o metior g
actas. E o progresso dos di
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E a : o E *iNTO GRAN Los dir os À mese OE
lirasse com elle as delicias do Hre-se-poótita dicer doses ptor,
preambulos?!
Ensina a boa rethorica que
prescindem de grandes affectos
os assumptos de pouca impor-|
tancia; mas n’um pequeno brin-|
de e tão singelo como este não |
ve ter sido tratado no discurs
que sarpeia no humido terreno;
e o alto sycomoro que se os-
tenta qual gigante das flores-
tas; todos enmprem essas pha-
ses essas prescripções que a
natureza assignou a cada um
vel Nmnca, que a fortuna e *
felicidade vos sorriam sempre, ; ne da curôa.
como vós mesmo o desejaes. Lisboa está & que positiva-| Depois. a policia encontro
Acha 2) 19-96 mente se pôde chatnar um bur- o X da moral publica, e resols
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go podre. Nem já as noticias | ven multar cor 109800 ri
repetidas de crise conseguem sobre tres dias de reclusão nt
“ Púdo tem phases determi! É : PS p Ss 45 asse Ea Rc LO o RR
à e Eden ow que-ao depois o se: Ros Cristão. paes e ora Sica
E das na or em rea Ê pesitiva | Eee a dexemos ser [bramos lanças, porsfacção nec A RA jaz trançuill
AA ‘guisse pelos pontes carpinde | GA é a | a
ds fuas magoas eps Hj Ss pela voss sa-| mi una. Es «este modo, não só jmoralinente:. À apa a
E ORAR), E Unidos em a Cê OP Ai – felicito-vos, dp dra agridamos A e quantos “Te- cães vadios* trale a exhausta d
-| t 4 3, A E Aa
fundo dos valles é Ea dor LE desgraças de um eramras de! as maiores venturas; sim |vem como, » principalmente, forças; entretanto a certeza di
E ge E | |
E BR UIQUE dedo mod dg 1º utro. as. felicidades d’um as Ué perennes venturas 82 vão ag ‘adamos à nossa, consciencia os ae matando 08 CARAI
eumyisinha, à urze que ueuo felic idades d outro; € assim o | esparg er por sc obre o vosso-leito que, nas horas calmas da obser- | dos dá-lhe resignação. O pe
da os mentes, o pinheiro au lo ordenou Ser np to que deverei dizer-| vação, vê muitas vezes Es – 6 que ficam os eges q grande
levanta altameiro Rn ant dO 1 e sa ser senão vos mais?! Que maiores felici-| grena onde em geral se asse- pes a esses não ha policia q)
cume das ventosas penedias, | on Ped vas poderei “desejar?! gura haver sal ide de ferro, a| Ivalha. Os cães gs randes der
tudo, tudo tem phases diversas, Ochymineussurado qué Boa Entreter-vos com requebros re- formula sem cessar os pontos por tugteza genuma engor
, 1 ç pe aos Ss se au O Me, “ » . Essa : e y aoria o nois ,
porque pessa e de que não pé SE RR o thorigos por mais tempo, seria de vista mais demonstrados |cada vez mais; e como teen
de desviar-se dois esposos não é o que liga o! dna o leenca espesial para não usa
bi E 1 : 2 .|cançar a vossa paciencia. icom a corrente. nça especial. para naoaaa
A hera que se entrelaca com | Pae ao filho, é mais que isso;| é É a paso E ER
Ro E não é o que liga irmãos, per-, Concluo, pois, desejando- Jul sou, pois, recomeço a rem açamo reitiam com 0 DB
e a e De i ate Ja = q | as
os corcomidos troncos das ai dE or * ES gos, repito ainda, que uma bri Incta já que a dintcião do Echo! bre contribúinte que é mes
vores seculares ou com as ve- d Bio a a 0 EG ê liga |Iante estrella mensageira de ida Beira entendeu que eu lhe de lhes rasgarem as canellas.
RE RS donde ls r t Ft 5
Jhas e derroidas paredes de al Ge o Enonia, mil-venturas prenda á vossa servia d’alguma coisa. Os lei-, sisto já não terem ceroulai
A – q t Aa | a A
gun palacio de outros tempos, a Pentiope a U Vcês “união com a eleita do vosso co-|tores, a quem desejo esta Rui todo o caso os medico dê
o. ê . º Dica a rap pre 1
Rdoo que o péas um Jacob com uma Rachel. E | ração e que tão digna é de vós; | muito felizes, dirão com o cor, Poder prepararam im form
suas ruinas contra a derrovada NE Cao cu com mais UE dilatados annos vos te-|rer dos tempos o que julgarem | desmentido para o dia 2 – Be-
7 « . . o Ps
dos seculos; o viçoso arbusto P |nham sempre unidos em inefa-| de justiça. gundo consta o bolo a usar d
À Um conterraneo,
| deles. E de ir no sua panic meme interessar ninguem, tão fundo Ghverno civil, a todo aque
E Assim o homem, U Creador| des aliectos nos requebros da ZA RT A DE LISBOA entrou no espirito de todos que ousar dirigir alguma ch
Eae impor Tie phases e deveres co- mais alia vethorica. | Ele Re aee POD certeza de que o ac tual lága ás damas que passem p
EO racional que era, é não leis Tecer-vos rasgados “elogios., stage sra “tgabinete.. . ainda mão eve | fes tas; Esta chalaça da
“fataes, como nos seres incons- e manifestar ns vossas fão re-| Emnceto hoje as minhas cor- d’ esta, O conflicto lusitano-al. cia é como vêem beni mai
cientes. Creou Deus o homem |levantes qualidades ornadas de, respondencias de Lisboa para lemão fi resolvido, segundo sado ainda que todas as €
como relata o mais antigo des|tão preciosas virtudes tambem |o Acho da Beira. À Sertã deve afirmam os orgãos governa- cas dos transeuntes mack
| “chronistas, pollo em um parai- |nãe é preciso; porque tambem conhecer-me Já; não faço, por mentaes, com bandeiras igadas. | que ão quer dizer que os
“vo de delicias, cercon-o de to-|se não goaduna com o meu ca- isse; npresent tação. Em um ex-/o que serenou os poucos ani- | nh ores agentes da ordem 5
dos os prezeres e commadida- | raeter esse panegyrismo louva- tincto perícdico da localidade, mos exaltados que ainda cá te- |muito para graças,
É des mas uma coisa faltava |minheiro do seculo actual. onde coliaboxei por muito tem-. |mos. De Lourenço Marques | —Á epidemia de variol
ci o paraizo esa bello, bel- | Se quizermos conhece et a vo ‘po, a pedido, e de cuja empre-| isa cedem-se as noticias de vi- | por aqui feito bastantes esl
lissimo, mas não passava d” u- da do fundador do Christianis-|za obtive para consolação dos ietorias o que dá nos gloriosos | gos, atacando maiornume
“ma solidão triste, monotona;|mo; se para isso folbeamos os | meus serviços um formidavel suecessores d’Ulysses a grande radultos que em outros p
eram talvez agradaveis, delei- evangelhos enconiramos e poa na bocea do estomago, satisfação de ore ainda na Nos agudos. 29-12-96.
“tosos, magnificos esses praze- Das tres palavras que a rel E eu aos sertanenses posse d’aquella | provincia afri- Martim Fey
4 a /
– prere
|
E A |
p= chris: É | |
E
Res e A | cumstancias da sua origem 4 Ame- me tinha enviado. Levava uma’vi-| que eu. Pinhamos sido conliscipu- |a passear con o meu arcigo
E É PRÉVOST |rica. Prodigalisei-lhe mil afingos, 6 da tão modesta e tão regrada, que: los; mas Us bens da sua Casa ines chamava Pibege; vimos
: ú ‘ordenei que lhe não faltasese nada.) os méuys professores me apontavam: meut iugres, € ello £yi obrigado ato lo coche de Airas, é seguimol
MARON LES SCAUT le BSS Cpo rama já senão que en eonnE, exemplo no colegio. Não mar à esta ado eee eso ca ficarlá estalagem onda estas carm
he pedisse que me contasse a his-, porque eu fizesse esturços. extraor [em Amiens depois de mim, para ape Se NtO: e amos Jeso
|
|
FOLEETIM [E “ades do “seu immfurtanio e as elr- una dus melhores casas de Pa inha alyns andos de edade mais do. devia deixar esta cidade. ana
|
|
Traducção do jrancez | toria da sua vida; a 7 | dinarios para merecer este elogio; [ahi fuzer os cotudos a convinham [outro impulso à ‘ém da caro:
E se | -—Senhor — disseme ele — teio | mas tinha o temperamento socegu: já sua profissão. Penha mil bas Apeara u-se à gunas mulhére:
E: ; ss ; b procedido tão nobremente comigo, Fdo- e nituvel; applica VA-me go Es sUdos quinhidudes Ounliecel o heis pe lo | sé retiraram romediatament
ps EBILIO DAVID “que eu conslderaria como uma a | por metinação, e levavam me à melhor dos amigos Ro segumento |. » porém, wa muito jovel
E Sor E e ea tera minima reser enuta de virtudes alguns signa aes de! da minha historia, e sobretudo por |-e a eve sósinha no páteo,
E e va comsigo. Rial o informal o, não | aversão natural polo vicio. O mem um zélo e uva generosidade que iso que em homem “Cola
Ea PEISEERA PARTE ., pipi das winitas desgraç as, MS | nascimento, o exito dos mens estu- jexcedem os mais célebres cxemp os [idade, que paretia servi
a ainda das minhas cesordens o das (dos e alguns atractivos exteriures| da antiguidade. Se eu tivesse end [o conducior, se apiersava €
disse eu no e ani mais vergonhosas franuezas. à tinham me. tornudo conhceido o es-| seguido os seus curselhos, teria jas bagagens. Ella pavece
quez-— que falemos a este homem. | E Eston certo que, ainda condena qt ado Ge todas as pessoas bones: | sempre sido prudente e fehz. Se no oucantanlora, à, que ci, que
“A sua alegria foi além de toda do-me, não deixmeis de lustimar- tis” da cidade. Acubei as min hs, menos tivesse, aproveludo- as suas nha puitstdo na diiierença «
a expressão quando & seu torno me me. SE E “conterencias publicas com tão gera! reprehensões é beira do pricípicio E nem uitentado punto
reconheceu, Devo- advertir o leitor que es- appiuvação, a o bispo que a Pellas róndê as minhas pulxões me arras- Eeom una pouca de akeraç
— Ah! sr. exclamou elle beilan-|crevi a historia d’este mancebo |awístia, me pr pos seguir a carrei. | taram, eu teria sal
“do me a mão— posso ainda uma vez | quasi imediatamente depos de ara osso, em que eu não des=| sa do nsufragio da miuha fortuna 6 mento toda a gente adm
testemunha;-lhe v seu eterno reco iter ouvido. e que por consequencia varia, dizia elle, de grangear mais|da minla repuação. Não colhi;| cheisme inftammado dimpi
nhecimento! nada é mula exacto € mais fel que distincção que va ordem de Malta, | porém, outro fructo dos seus cui- au arrebatamento. Tizha «
Perqueteilhe donde vinha. Res- |esta narração. Digo fiel até na re: « que. os meus parrutes me dest dados senão o pesar de 05 ver mu- de ser excessivamente ti
no me que chegava por mar lação das reilexões e sentimentos navoim, Estes fuziam-nie até já useriteis e algunas vezes duramento cil de desconcertar; mas
do Havre onde regressava pouco | que o joven aventureiro exprimir a crua, copa e recompensa los pur um iugrato que ses surprehendido então po
cm O alguma cor |digo, cuja modestia e co
a o de ca-
E antes da America. — (Sema mus belia praça do muunde. vuligito dv G x. Chegaram as| se ofiendia d’esses 6 que us bratava” fraqueza, avancei para a d
E o O sr. não me parece muito Eis, pois, a sua nartátiva, dá qual totias, e eu preparei nie para voltar “de im ortun dades. “meu coreção. Posto que é
E bem provido de dinheiro— disse-lhe |não junturei nada, até ao Emo que ja Casa de meu pue, que me tinha) Bu tinha marcado v tempo da de menos idade do que eu
— en—vá ao Leão d’Uiro, onde estou Iseja deite. E Fprúmetiião envum’ eb breve pára a minha parti! ae Amieus. Ah! port ou os meus cumprimentos
vedado, que ali vei encontrar | Bu tinha dezesete annos, e aca-[acadomia,s O men único pesar, que vão O fai um dia mais cedo! mustrar eabureçada.
Er) TA pa É a Na AR é ê, E | j A :
msigo u’um momento. bava os meus estudos de philuso- abandonando Ansiens, era dali dei- toria levado pera casa de men pae –
mm “effeito, voltei cheio de ini-Íphia em Amiens, paia cnde os xur, um am ral cu lôia tuda a minha innocénci : Na ves-
L para saber as particulari [hieus parentes, que perteucem a sempre termament bio | | pera mesmo Faquelle cn que eu| | pera mesmo Faquelle cn que eu|@@@ 1 @@@
prsrpenepere
: VIRGEM DA GALILEA
| Era uma vez uma Virgem
F .
| em Nazareth, branca aldeia,
que tinha um noivo da origem
| dos veihos reis da Judéa
A” porta do sen casal
crescia a flôr de espinheiro,
como um emblema primeiro
do diadema real.
Beljavam
Rainhas.
De rastos*seus pés
as plantas, como às
No sen telhado adejavam
“das andorinhas.
as “azas
E =
| ninguem sabia tambem! ;
era mais pura o a agua
da cisterna de Belem.
Havia anceios contidos,
como vozes de quem roga,
quando ja, de olhos descidos,
Conselar o alheia magna.
|
|
O Enbbado 4
synag gogal!
|
| Vinham as pombas, em bando, |
sobre as suas-mãos pousar,
quando fiava, Gama não,
sentado, à porta do lar.
Dizia a branca açucena,
para a flôr do Osho!
— Que casta virgem morena
toda vestida de linho!
O mar que se ri da sonda
dizia com tom extranho:
— Quem me déra wma só onda
do seu cabello castanho!
|
|
| Toda a tarde, um ronxinol
| cantava à flôr do espinhe eiro;
“—Que lindo rosto trigueiro
Que cantos cheios de sol!
“Os marinheiros, as barcas
paravam, como em delirio.
Era o mais myatico brio
Do bordão dos Patriarchas!
Ora, uma vez que fiava,
cantando ao pé do espinhe: TO,
á porta do lar pousava
um singular mensageiro.
Voavam pombas nos cumes.
O sol descia a ladeira;
No ar hojavam perfumes
mysticos de latangeira.
O rosto do mensageiro,
placido respiandecente,
brilhava como um guerreiro
ou como o s0l no Drienio:
Então, com voz grave, cheia
de uma ineffavél poesia,
á Virgem de Galiléa
saudou- a: «Ave Maria!
Avé, 6 lirio impolluto!
cheia de graça entro os Cêos
Bento no ventre é o frueto.
Comvyosco é o Senhor Deus!»
– Mas ella, cor humildade, |
É “como a rasteitinhha herva:
— «Faça-se a’nossa vontade,
Senhor! —eis a nossa serva.»
Então, as rolas voararo*
Deu graças o Oceano vario.
— Mas, sobre as hastes choravam
as violetas do Calvario:
; Gomes Leal
————— et —
Nas mezes Ge março e abril
do anno que vem ha de reali-
sar-se em Lille. cidade capital
do departamento setemptrional
da França, a annunciada espo-
|sição de bygiene, de alimenta-
cão e d’arte “industrial, sob à
legide do municipio.
ECHOS LOCGAES
Estão em Sernache, onde visrem
passar as festas do Natal os srs.
Januario S. da Silva George Lam-
bert e Moraes, com suas éx.Pº, fa-
milas.
Está na sua casa da Quintã com
exla familia o nosso presado
sr. barão q’ Alvalagere.
8.
anigo
Em goso das feria 13 do Natal, es-‘
tão em Sernaghe (8 estndantes SF
José Marçal Corrêa, Virgilio Nunes
da Silva é Antonio Tie tonso:
Partiu pars
amigo sr. dr. Antonio Catalão, dis-
tncto professor do real collegio das
missões,
Dr. Amtouiv Barroso
E’ esperado por estes dias no
col ego das missões o benemerito
Prelado de Moçambique que antes
É partir para a sua diocese vem
visitar este seminario, do qual é
um dos mais distinctos filhos.
Luiz (Dias
Tem experimentado bastantes
melhoras este nosso illustre amigo,
administrador d’este jornal.
Completo restabelecimento é o
que pen o lhe desejamos,
Variola
Esta flagellativa epidemia, que
tem grassado com intensidade por
todo este concelho, parece que ten-
ciona terminaragui com a asatama
de-seus-horrendos estragos. Tem
havido poncos casos e esses mesmos
| de insignifica nte natureza.
Recita
O Grupo Dramatico Certtaginense
projecta dar brevemente uma vecita
para o que já fez distribuição do
E ima em 3 actos «Procelia e Bo-
nança».
Por efeito das ultimas chuvas,
acha-se quasi intransitavel, a ponte
da Carvalha onde existe um grande
lamagal. Este incidente attribus-se
a não estar o seu pavimento com-
pletamente calcetado, o que pode
offerece graves prejuizos aus arcos
ultimamente reconstruidos.
Ecindores municipaes
A Camara, solicitou do governo,
auctorisação para nomear para cada,
Peguonia do concelho, dois d’aquel-
les empregados.
Oxalá, que estes sejam mais so-
licitos no cumprimento dos seus de-
veres, do que, aquelles encarrega-
dos de policiur a séde do concelho.
“À proposito, pedimos atterição
pára o estado infoctuoso das ruas
desta villa, não fallando das gali-
uhase porcos que por ahi passeiam
livremente.
Chegâda
Chegaram hontem, a esta villa,
onde veem gosar as ferias do Natal
com suas familias, os srs. Antonio
e Angelo d’almeida Ribeiro, filhos
do ex.Mo gr. Juiz desta comarca. e
José Miguel Coelho Godinho, filho
do sr. José dos Santos Coelho . Gro-
dinho; todos estudantes em Coim
bra.
em mad
Queda desastrosa
No domingo ultimo o nosso ami
“go o sr. José Gabriel da Eonseca
A
“Diniz cain da su
a Covilhã o nosso |
de encontro a uma
bastante ferido na €
esquerdo.
Promptas m
ceramente lhe
de SS€ jan 1087
Acha se n’esta villa 0 sr. doaquim |
Martins Grillo, escrivão e tabellião
da comarca de Fronteira.
Es teve da dias, entre nós 0.
José Alexandre da Costa, de Pe S
Pos SR
Er.
as i
Aos nossos collegas
A’quelles dos nossos colegas
dai imprensa que accusaram a
recepção da nossa folha, com
palavras de benevolenca e a-
misade, agradecemos penhora-
dos as suas lisongelras referen-
cias que faremos por merecer,
tanto quanto em nossas forç
couber.
—— DOR —
Acham-se já felizmente res-
tabelecidos dos incommodos
que o retiravam alguns dias
em casa, OS Nossos amigos
Fructuoso Pires, e Augusto
Rossi,
Descripção topographica
dai
vil’a da Sertã
Cathegoriardarvilla
(Continuadó do neo cl)
Sendo, como se disse, aprazivel
a situação d’esta villi pela risonha
paisagem, que a cérca, trocam-se
estas .scenas, ao penetrar no inte-
rior d’ella, em ua aspecto triste
por effeito das ruas, em geral es-
treitas, tortuosas, faltas de limpeza,
e algumas gúarnecidas de casas tos-
camento cohistruidas, muitas desmo-
ronadas, e outras prestes a isso. Ha
apeuas uma rua chamada Direita, à
qual bem quadra este nome: tem
seu principio no cimo da villa e di-
rige-se em toda à extensão desta
quasi em linha recta de norte a sul
até ao largo da Carvalha, por exis-
tir all uma arvore d’esta especie,
notavel por sua grande: za e por ter
porto de cinco seculos de duração,
como testifica uma sessão da camara
feita à sombra d’elly, exarada em
um dos livros existentes na respe-
ctiva secretaria. E! esta rua a unica
regular, a que contém os melhores
edificios, e a ds aspecto mais agra-
davel. Tem, todavia, melhorado
muito esta villa, desde ba poncos
annos, com a constrpeção de boas
calçadas n»s suas raas prncipaes, e
alvejamento das casas n’ellas situa-
das,
Com excepção do largo da Carya-
lha, que é aprazível. pela e
que o banha, ponte que lhe es
contigua, arvorédo que o adorna, e
convento dos religiosos de Santo
Antohio, a elle adjacente, nenhum
outro largo se oiferece digno de
mencionar-se a não ser o adro que
circumda à E egreja Matriz, a qua al
pela sua posição sobranceira À maior
parte da villa, é um ponto de vista
de largo e aprazivel altance.
As casas par ticulares, com exco-
pção d’uma ou d’ outra de aspecto
Repulne e aguda nada teem de
notavel, a não ser a sua aútiguida-
de e ne construeção.
Os edificios publicos que mere-|
F a cotovio acorda e
—-Cantemos, que aléu» vei
(cem alguma alencar são a Egreja
Matriz, Casa da Miseri icordia & Ho: &
pital, os Paços do Concelho, é a)
casa escola da escola ulimamente,
em 1€69, e
T
Conde de Fe:
A Egreja
de 3. Pedro,
3 do
=
1
da dt
Matriz é nxocaç ão.
fundada quasi no cen-
tro – da villa é em sitio sobranceiro
a ella, Data a sua co) tstrucçã io dos|
principios do sec ulo XVI, 5 segundo |
o attesta uma lapde, que se ac ha
sobre a porta Ro na fachada do,
meio dia. A sua architectura Imter-
na imita a gothica. Tem suficiente
RR em relação nos hPa,
tos da freguezia. &’ notase el a es
pella-mór pela sua tribuna, que é
ds madeira dourada, em que os ca-
piteis das columnas são d’ordem |
corinihia; os fustes d’estas teca do-
licadissimos
ras com fr ucto, é aves.
e
x
À
o
Além do alta:-mór tem mais qua-|
tro altares lateraes, dois dos quaes
são de construcção do mesmo gosto.
Era outr’cra uma das Egre) as de
primeira ordem no pare do
Orato, e era sédo d’uma colleginda
composta de oito benciiciaos e uns
vigario, nustentados pela casa do
Infantado, até que, com a ext ineção
da mesma casa, em 1834, extincta
ficou tambem esta cs a Ra
Anter iormente á constrúcção d’es-
Egreja, fôra por muitos secilos a
Matriz uma outra peguena Egreja,
que com invocação de 9. João, que
ainda existo em estado decente den-|
tro do antigo castello, bojo demolki-
do. Esta mada offerese de notavel
mais do que com à sua pequena ca-
pacidade uma prova de que a po-
pulação da freguezis era n’acue les
remotos tempos mu) diminuta com
relação & aotué al, e tanto moais ten-
do-se d’esta posteriormente des-
membrado muitas povoações para
outras fregueziaa.
A Casa da Misericordia e FHos-
pital annoxo é 0 estubelecimento
que meis destingue “ torna const-
deravel esta vila, assim pela bene
ficenma o protecção quo presta à
pobreza e enfermos, como “pelo seu |
actbal estado material e administra-
ção das suas rendas. Não pódem fi-
xar-se a epocha da tundação d’este
estabelecimento, que é da invocação
de 8. João e 8. Pedro. E” todaviu
certo ter já existencia no anro de
1195, pois que 6 d’esse anno data-
do o pio compromisso da sua
confraria, € stente no archive.
q aquella. epocha em diante foi pon- |,
co a pouco erescendo e melhorando
este este belecimento, adouirindo-se
rendimentos e re egulando. so a sua
administração, e tanto mais com, o
regimento que no annp de, 1530
à | dera as Hospital, BlRei D. João
II, que no archivo se encontra. ,
Muitos; e dignos de eternos em-
comios, foram os’ bemfeitores que
em difie: entes eposhas ss, até ao fim |
do seculo XVII concorreram com
avultados legados para 0 engrande-
cimento d’ este pio astabeleibiento:
eutre outros, individuamos aqui os
benemeritos reverendos Padro Ma-
noel de Sequeira Caldeira, Padre
Diogo Annes, e Alvaro de França,
Valóri: pn Caldeira, Lic nciAda
Mancel. de Carvalhaes, João Cra-
veiro Tello e mulher: Izabel Gomes,
Manoel Leitão Luiz; e seu filho do
Jule En ver na lua a face: arg
; |
lavores ipitando videl-,
Q romps ão a mad rugal Ee
mesmo nome
1508: Ighac
Leitão, Trab
Fe
ides, € E ancisco Xavier Moniz do
| Soveral,
Dotada com aminas fundos se
[conservou esta Bauta Casa e e
| pit tal até ao fim do O DEV,
[enmprindo- -se coin seus Ronin nds
religiosam ente todos, os seus muitos
onns pios, e, beneficiando: se em
Targa escaly à “pobreza . enferma;
mas a fado seu! p aquella epo;
sec
o | eha, em diante até 1860, o desleixo
o iucuria, 0 patronato ea corruz
PE ção de suas sucessivas gerencias
mas honrosas exce:
| peões) levaram o estabelecimento e
|suas rendas a um ceploravel esta-
|do: o edilisio em ruima, a cape Ih 1
| | CLOra poucas,
pa e
OO
| as PRI? GS
|capitaes Ra perdidos e E “as
pidados, e ontros prestes a: soliver
a mesma sorte; pensões a pão, alle-
gitimamente reduzidos a menos, de
metade em novos emprasamentos à
foreiroa, com prejuizo da Santa Ca-
sa, à mais de 300 alqueires annuacs;
muitas outras em generos O dinhei
ro, extraviadas; dempezas intrudu
zidas e nte, cessundo assim,
por deficiencia de meios, o cumpr
mento de muitos onus € legados
pios, que lhe incumbiam, e multas.
esmolas e medicamentos a. enfer-
mos pobres: era este o Triste qua-
dro que apresentava este deseurado
estabelecimento, quanto em 1860
começou para elic a ruiar brilhante
aurera.
Megas COB pos de pessoas ver
dadeiramente possuidas de senti;
mentos de humianidade teem, desde
então, com uma zelosa e economis
* gerencia, remediado, quanto
possivel, tão lamontavel estado.
(Contnúa)
Fernando J. Buribilom a
(Conto popula 5)
“a
Quando e appar eceno bom.
do padre que tinha sido rotun-
do e adi Doso: estava reduz
nara-se mais Er consequen-
cia do emagrecimento, “pelo,
menos o rei assim o pensou é
tevo dó delle.
— Estão resolvidos os pro-
blemas? perguutou- -lhe elle.
— Veremos, veal senhor. ;
—Vamos no primeiro: Quan-
tos cestus sÃo precisos para
transportar 0 monte branco?
sso, real senhor, depende
do tamanho dos cestos: se. fo-
rem por metade do monte. bas-
tarão 2, se regularem por um
aus delle são precisos 4,
no
eto; diga- me vossa mazes stade
‘as De dos cestos ci rê-i rê-@@@ 1 @@@
“que são ellas! Imagine vossa,
Veia quem esta conversação
“nal de contas está falando com
– brança e deixoli ver ao monat-.
“cha admirado, a cabeça rude,
– xênte por mais de uma vez — | pali
Tacho no mante, que Gepois lhe |;4 me convenço que não has demos passar os carros amerira-
a conta d’elles. enriquecer. mos, cheios de passageiros,
resposta é sagaz,, —Ora vossa magestade ve- presenciamos o desfila
“dava
ESA IRA
mas póde ser debatida… .em- rá se quizer dar algum passeio trens, correndo ag trote dos ca- |
fim, passemos á segunda. Quan= per aqueles sitios!. ..e, se me vallos.
tas estrellas ha no eco? atrevesse a dar um conselho,
— 677:822 e mande
magestade verificar que se fal- «e por al muitas vezes: ha bel- |sageiros de um navio. Assisti-|
los pontos de vista, abúndan- “mos á chegada de um com-
a dê caça, aguas deliciosas, e boio que vêmos, a prieipio,
(de-
tar alguma, eu mesmo nie de-.
golo. | ig | Oni gem |
— Basta. Quanto pesa a ter- principalmente, vossa Mages- muito pequeno ao longe,
ra? é ; ; e e]
— ti! real senhor! agora é ‘cachopitas! chegar ABMação, onde os pas-
— Cala-te, diabo, exclamou sageiros começam a sahir dos
magestade que em todo o mez 6 rei, está ali a rainha. | Wagons, com as suas bagagens;
não tenho feito mais que sepa-| = Yenha de lá uma peça, ou dando o braço ás senhoras
rar as pedras da terra e ainda | retrocou O molêiro, visto. ter [que os acompanha,
pouco consegui. Mande-me vos- medo da esposa. Cage Podemos vêr tambem o már,
sa magestide separar a terra, O vei rin-se é remin o im= cheio de vida e de movimento.
de todas as pedras, pedrinhas, posto. | Assistimos ao pittoresco espé-
e pedregulhos, que n’ellá se a= | — = casos Epa see otario da vida das praias,
cham, e eu depois lh’a pesárei o Aniimatographo com a sua multidão de banhis-
muito bem pesadinha. tas, atirando-se ás ondas, que
kinéstocopio que appare-. E
Ok qnd PP veem quebrar-se desfeitas em
espuma nas areias douradas
3 E > eg Reino
—— ASSIU E “A— o vas |, ‘ es s o E Rear RA E a
n o E uai (Ceu nás principaes o da
to eu E MESA ta di TREs as
Testa Fihria | Europa ha perto de dois ânhos, 4. 1
— Nosso Se s sa rs a pelo sois
da Ee C 408 | e sobretudo O cinématographo, p
raleu « tros, ora RasR aa SE aaa
so ue a DD ú má CUJO náscimento é muito mais |
“eis sí em [Es RR ARNO Go Sic dean ed] Sao
Ra a Ss a jtecente, constitiem Com teffbito | mas
terr rt: SE ABUNADIOS he PR o e | MR SI
Ra pas É a a mito | Prodigiosas tealisações da en- À TI RLATAS
Re E E e E o — |genhosa concepção relevada| ANNUNCIOS3
offender à sis estia: RA Ro SR! cap o A on geram Re
a E a E e selamon o «Dor mus Edisson, n’ésse famoso
RD DRI exGIABON OL a Nas od no soa DR Re A
; : [baile de Nova-York. E | Fazendas baratas. R. do Valie 107.
E | Mas, pot mais bonitase in-| o :
pozera de bom humor. er f feelo o MR E
RE Do w. teressamtes que fossem as fioue DE
Ono uu .: 4 E ! 5 | :
— Diz-me ador : Eta : DR SR |
RD ora a que es ‘iritas animadas dó prineiro CENTRO COMMERCIAL
e DE
LUIZ DIAS
tou eu pensando? ses OEM IS
dado vn destes úpparelhos, à ilusão
— Verdade, verdade, vossa) P| a
Completo sortimento de fa-
vendas de algodão; lã, linho e
E “pot ellás produzidas não era
magestade pensa que fala com |
sedã, mekitearia, ferragens e
MEC enidados p= tão perfeita como se desejaria.
“ei João sem € 08; =| Ro O a DR
mea Cc cccos, e Q cintmatagrapho, “cujo 1n-
“quinquilherias, chapeus, guár-
da-chuvas e sombrinhas, len-
| É aa
Do CA ivento é devido àos dois irmãos
A Rue | Liúmitre, de Lyon; dá essa il-
Cos, papll Sairafões, relogios
de sála, caiiás de fetro e lavá-
( Continia).
Dito isto tirou a cabeleira |
lusão de modo admiravel e
perfeitissimo.
Graças à estê novo appaie-
Deco o lho, com eifeito, a syhithese de
em; 4ISSC-l Eat Sn oa TEEN Dia
ce so a movimento é d’esta vez reali-
indo da esperteca do al- E E
Ra cepe – sada na integra de modo abso-| fio cho doar
deão— podes assegurar a freio. 1 Doito are não 1 | No; chumbo, drogas, vidro em
Mo a a habilidade flo tuto, à tal polto que não ha|
ão que a tua habilida eo ua aa fa a
odo que a tua ha RO na po? mais complexa e, ho do Pio Geore: ;
poupon alguna dissabores, e imentadá, eiriá renroducão | NO dó Porto, licores e cognac;
“ movimentada, clja reprodução |): ros d E RR o –
demora-te que te quero recom-. não possá apunhar-Se pará ser| Ivros de estudo é litterarios.
pensar é las-de almoçar no CO DOS SLANDO Da e o co
E É [depois siiitiltaneaniente apre, ne a qua
palacio. ao da casa a A reços extraordinirismenté
a :, » |Sentadã a úma grande mult-|,. 0 E Ê
Dali a potico estava O aldeão | dão de espectadores: naratos e sem Ro apepencia :
almoçando e divertindo o nó-| Não pode imaginar-se espe- g e = RR de
ha C E Cm por E 2 [jBeguros Portugal.
narcha com os seus ditos: por ‘ctaculo mais empolgante. Lo Ra 1 as
ê ta Da RR | E a ? ç j
fim disse o | Num vasto panno, vemos Ro
E —Quero CUM os tamanho hnatiral a vida, CERTÃ
v q REQ a 1a 4 PENIS Rea pes 4 a
E no o e tomo me tens smprehendida em Hagrante. | e a
dado bastante prazer, Rae e
SERTÃ
1 quero Os personagens movem-se com,
que esta lembrança seja a teu [toda a naturelidade, e a jllu-
David Nunes e Silvá
PYROTÉCHNICO
mas inteligente, do mroteiro,
— Muito
gosto: dize-me o que desejas. são não pode ser mais coii-
—O que desejo—respondeu “pleta.
ú moleiro, reparando para um Sôaa hora da sahida das fa-
reposteiro que diante o aliho- bricas. À porta abre-se, é os
+ gitava sem causa appa- operarios sahem em tropel, esc
P ando=se pela rua fóra. Uns | qualquer encominenda coiiser-
que desejo!… que vossa Ma- apressados, deitam 4 corrêr; | nente á sua arte, por preços li-
gestade mande que todos OS outros, mais tranquilos, câmi-| mitadissimos:
maridos quando tivereiti inedo nha devagar, parândo para. –
das mulheres, me dêem uma [conversar com uni Companhei- RETRATOS
peça de otro. : ro; para accender um eigarro,
— Ora essa!.. .v ten pedido cnjo fumo deitam pela bocca, Tiram-se em diffcrêntes ta-
obriga-me a mudar a boa opi-|em baforadas azues: Voltam | manhos desde 800 reis a dizia,
nião que formára do teu Jui- atrãz, seguem para a direita ou | garantindó-se a sua perfeição
Zo!…medo da mtilher, qual para a esquerda, conforme é nitideí. :
Será o homem tão degenerado querem, conforme precisam ou Encarega-se de ir tirar pho-
que o tenha? lhés appetece. — Itographias a qualquer ponto
| Mande vossa migestade que: Outra projecção de enje-| deste concelho, mediante ajus-
5 cumpra esse pedido, que o nhose apparelhos mostra-nos te especial;
Pesto diz-me respdito. una grande rua da capital com.
Quem pretender dirija-se a
—Bem, faremos o possivel a sua multidão de transenntes, Luiz Dias, Praça elo Commer-.
para se satisfazer; mas desde apressados ou ifidolentes. Ve-. co.—CURTÃ,
idos |
Outra dá-nos a ilusão com-.
vossa ao meu rei, dir-lke-lra que fos- pilota do desembarque dos pas-|
tode desculpe, as mais bellas | pois crescendo, crescêndo, até
torios, folha de Flandres, está-|
chapa e objectos do mesmo, viz|
Encarrepá-se de satisfazer!
| UA RUAS
A Db
à b
| –
| RUA DO VALLE
| ro
|
| N’esta cfhcina se fazem todos ob trabalhos concernentes 4
arte typographica, para o que tsm pessoal habilitado, por pre-
‘Gos assás rasoaveis. aa É
| Acceitam-se encommendas de factúras commereiães, biz
lheteés de estabelecimentos, memoranduns, participações de cà-
| samento. etc., ete.. impressos officiaes e bilhetes de visita, pará
[O que ésta casa possue um grande e variado sortimento de ni:
teriaes que mandou vir expressamentê das primeiras câsas dé
Lisboa. gs
Garante-se à bom scabamônto cos trabalhos, a nitidez é
promptidão.
apttAIS DORES pr Da, a
co, Por meio do emprego dos ds
Elixie, Pó o Pasta NTEs j
DÃG (Gironde)
«DOM MAGUELONNE, Prior
9 Medalhas de Ouro; Bruxolias 185) — Londros 4884
AS MAIS ELEVADAS REGOMPENSAS |
INVENTADO ;
«Pelo Prior AM
NO ANXQ 378 Piorra BOURSAUD ER
– «O uso quotidiano da Biixir Den-> ERAS
tlfricio dus RE. PP. Benedie- á so
tinos, com cose de aigunias Pottas
comagua, prevem c cura a carie dos –
dentes, embrangueceos, fortalecen- &
do e tornando as gengivas perfei b
tamente sadias. .. DA cast
« Prestamos um verdadeiro sore À
viço, assiprialando aos nossos lei- A
tores este anda e utilissimo pre:
parado, o melhor curativo € à
unico . preservativo contta as
Afectões aouútarias.»
Tasalundada dr 4307 6 Je AB RAN AOS ei40s, rue Croix-da-Saguby
ágente Geral: SEGUIM jBORDEOS o
dm Deposito em todas às boas Perfuimerlak, Pharmágiaso Droguorias. ER
E m Bésbo à; om casá dê É. Borguyré, ráa dó Oiira, 100, 1º.
SYSTHEMA METRICO
NOÇÕES DE ARITHEMÁ TICA
ÁBILIO DAVID e FERNANDO MENDES
| Acaba de ser posta á venda a segunda edição deste fia:
‘gnifico compendio. redigido em conformidade com o prógram-
ma dinstrucção primaria elementar do 1.º e 9.º graus, contóra
mé O decreto de 19 de junho de 1846 E’ um livrinho que sé
[recommenda, não só pela aceriada disposição pedágogica, vo-
[mo pelá extrêma clareza das suaú definições é pela excessiva
barateza do seu preço.
Brochado, 80 réis; cartonado, 120 réis. pai e
Todos os pedidos devem ser acompanhados da respectiva
importancia, e dirigidos a J. N. G UBRREIRO.
Rua Nova da Triúdade, 80 — LISBOA
PLFAVATERIA
Trabalhos em todos os generos por artistas de Lisboa:
Garante-se a perfeição e boni acabamento das obras:
FATOS DESDE 42500 RÉIS
Grande sortiniento de fazendas de Ia.
CENTRO COMMERCIAL
Luiz Dias
1a 7, Praça do Commercio, 1 à 7
CERTÃ
TYPOGRAPHIA-—Rua do Valle. -— SERTÃ
Editor responsavel — ANTONIO DIAS D’OLIVEIRÁO DIAS D’OLIVEIRÁ
Binary file (standard input) matches