Echo da Beira nº2 24-12-1896

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em
“ Anno, ES200 réis. — a
800 réis. Brazil, anno,
“véia Vóra da Sertã acer
ssnlso, BO réis. -Comrenpondeneia ré
ve o porte da cobrança. Num
ção, pe no gar deste jornal, LUIZ vIAS.
ai as
éspeitinte à admini
Ed Re on
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“Bia do Kane SE R
bro de 1896
REDACÇÃO E AD HISTRAÇÃO
No corpo do
ja lyinha dO ré
inancios permanentes,
tm guantes teem o aba
1 Os originae receb
PUBLICAÇÕES
pal,
cada | nb 100» Anunncios
Repet tições, 20 rêis cada linha. Am
preço convencional. Os senhores us
timento de 20.019,
idos não se devolvem.
EXPEDIENTE.
o pessoas a quem enviamos O
“nosso jornal, e que não queiram hon-
j a sua assignatura, pe-
dimos a fincza de nolo devolverem
im ediatamente, para 0 que, basta.
estrever na mesma cinta— «Devol-
vido-à redação. :
“Em caso contrario, e visto que a
ma folha é enviada a muitas pes-
oas,. per indicação d’outras, consi-
deral-as-hemos para todos os effeitos,
jussos assignantes. =
E
2 euros vi insbra-
ação
esta Pao os gabi –
ao peio de-
anda, ao par. de conhecimen-
tos technicos Epediada e uma
ga e bem exercida pratica,
uma oxientação scientifica é E
itiva, bebida na observação de
odos os dias, De erro em erro,
“de tolice em tolice, de disparate
elaro é evidente a incompe-.
eia obsoluta dos nosses esta-
distas para legislar em assum-
pto tão grave e delicado.
Incompetencia “absotw’a… Pa-
ecerá dura e exaggerada a
hrase, mas tem o merito de
verdadeira, digam o que
issecrem todos os defensores
ide tolices officiues.
“Não nos propomos analysar
miudamente quantos program-
mas e regulamentos se teem
publicado nos ultimos vinte an-
10$, porque esse ctirioso estu-
o hos ontaria tanto ag e
o s certo gm se tornaria
massadora quanto impso-
ntiNios da asneira e
m sido, de ha vin-.
as duas ultimas deeretadas so-
— eundaria,
cessoras.
Quando ellãs viram a luz da
“prensa falou, discutiu, opinou.
XNão vimos, porém, entre a al-
luvião medonha de artigos quê
então fizeram gemer os ; prelos,
que alguem tocasse os pontos
verdadeiramente sensiveis, isto
é, que atacasse os lados vul-
‘neraveis da questão. Muito de
proposito nos reservámos para,
na occasião opportuna, trazer
a terreno a nossa humilde opi-
nião, baseada n’uma imparci-
‘alidade insuspeita, e num es-
rudo attento e largo, que nos
levou afinal ao convencimento
– profundo de que tudo que ahi
– se foz recisa de ser remode- :
j RE “1874, em Coimbra, mas sem ser re-/7:560 centimetros. quadrados.
4
visto pelo auetor, como elis noi-o
a té enpt ]
estadio à percorrer;
méia duzia de arti-
“gos feitos 4 vol d’oiseru, sobre
os joelhos, que se discute uma
questão tão vasta e importante
“como esta se nos apresenta. Te-
mos que tocar, tanto na in-
strucção primaria como na se-
cundaria, pontos de sua nata-
reza serios e graves, como são
os compendios, os program-
mas, os regulamentos, os exa-
mes, os concursos de livros,
“sem disparate; teem vindo essas |ete, Começaremos, pois; pels
“formas accentrar «um mo- instrucção primaria, que pela
natureza mesma da sua utili-
dade social, é pela ordem hie-
‘rarchica no quadro s enitifico
‘e pidagogico, está exigindo fi-
gurar em prinieiro plano, viS-
to que a instrucção d’um paiz
será tanto mais solida e util,
quauto mais “racional, mais
pratica, mais completa e intin-
maria. Não tocaremos na ins-,
trueção -supericr e especial,
porque para nós, a grande ba-
se, à alavanea principal Cair
Sobre a ultima reforma d’esta
Aa havemos de analysar com
a attenção que exige, a nossa
bre instrucção primaria e sê-|
sobrelevam em dis-
“parate qualquer das suas qnto
publicidade, quasi toda a im-|
tiva for a sua Instrucção pri P
struoção primaria é secuindiria.
rexcessiva longanimidade d’este
povo pacífico ainda lo tole-
rava. a !
Amtigo 1º—A instrucção
secundarta fica sendo monopo-
Fo exclusivo do governo. |
artigo 2 RA TIA revogada
toda a legislação em contrario,
Era cruel, era; mas tinha a
suprema virtude da franqueza.
|
-— Abilio David.
FERNANDO BARTHOLOMEU
E? do ilustre professor, Fernan-
a deseripção que n’outro lugar d’es-
ta folha estamos publicando, refe-
rente a esta villa.
Possuímos um folheto desse dis-
tmetissimo Jatinista, onnotado e
emendado pelo seu proprio punho,
em que nos dá cumosas notas his
toricas da Sertã. Foi publicado em
declara em nota final;
| aliste folheto, ainda em esboço,
e sema devida correcção e augmen-
to, foi pelo auctor emprestado a um
seu amigo, que residia em Coimbra,
Este, sem consultar o auctor, man-
‘dou-o imprimir. Isto. oceasionou
tantos erros e lacunas, das quaes
algumas vão suppr idas em notas ma-
nuscriptas.»
Como esse pequeno Ao abre
juntamente com um estudo muito
bem feito sobre a origem da villa e
seu nome, houve ahi quem Julgasse
que foi proposito nosso inpór aquela
transeripção por causa da origem
da palavra Sertã.
Não. E’-nos intifferente que nas
regiões officiass de escreva Sertã
com S ou 6. Em nossa opinião deve
ser com S. Mas como no codigo não
ha um artigo que mande prender
ninguori por escrever Seftã com O.
“Du com É, escreva cada um como
quizer ou como entender. E tanto
assim que, no dossu jornal, respei-
ta-se a ortographia dºunis e d’ ouiros, |
e d’ahi o facto do ver êscripta a
palavr aí ertã de duas maneiras.
a Entretanto, e já que muais uma
vez. se ventila a questão, sempre
diremos que em gêral, às pessoas
ais illustiadas é que vemos estre-
ver Sertã cor S, E o folheto do
sr. Bartholomeu está escripto de tal
maneira, adduz razões historicas de |
(tal valor, que até se acha citado mo
grande diecionario universal, por
| Pinheiro Chagas e Fernandes Cos-
ta, duas grandes capacidades, “dois
“dum modo mais claro,
da pio deriva desta synthese 5
cruel; mas verdadeira: o gover- |esriptóres s prme’ra grandeza,
: j ê ‘que recommendam 6 trabalho do sr.
ão no, escusava de se esforçar tam ‘Pernando Bartholonseu, é aceeitam
to para dár á luz cáse parto a erthographia de Sertã com S e
monstruoso. Podia res mir regeitam o C. Latino Coelho era
eathe- | o maior escriptor o o maior litterato
idos tempos modernos, Pis esse
mesmo, mestre da lngua como ni
guem; lá escreveu na sua «Bhey
pacifica ea clapé das Escolus Primariasz Ser
agi embora |
. O seu intnito,
arts a te
; a e
do José Bartholomeu, já falleecido, |
!
|
a
tê com 8. Poderiamos citar muitas,
autras autoridades que militem em
favor do S. Mas, repetimos, é nos
indiferente que ascrevamt assim ou
assado, Nós escrevemos como muito
bem entendemos, À transcripção
que fazemos do folheto do sr. Bar-
tholemeu é antes pelo valor histo-
rico do trabalho, do que por qual-
quer outra razão, tanto mais que,
“tendo sido pubbeado em IST4,
é ha cerca de 23 annos, tem
sagens que ainda hoje teem act:
dade.
ANA ALA
Refere um peridico de Mu-
nich que, na pequena colleco-
“ção de quadros que deixou o
fomoso pintor francez Emilio
Gerard, fallecido em. Vienna.
em 1818, foi encontrado um
Murillo authentico. O quadro
‘mede noventa e dois centime-
tros de altura por oitenta de
largura, prefazendo, portanto.
Representa Santo Antonio
‘ajoelhado, em acção de orar,
com os olhos fitos no ceu.
Authenticidade de tão im-
portante e valiosa obra, foi re-
conhecida pelo eminente pro-
fessor Rober.
—— q gp
Temos historia
É
Em perspectva mais
conflicto. durante o Fido
Veste gabinete, com a Alea,
nha. Por este caminho não va-
mos mal. E’ de prever que va-
1508 parar perlo, ahi aloures.. |
a Pantana, por exemplo.
A obigem da nóvo conflicto
“tom raizes na proverbial per
fidia ingleza. Já sabemos que,
boas pessoas são os tats nos-|
sus ficis alados. Boa gente.
YVanios a vero que sae dé |
tudo isto, U gabincte tem àn-
dido ds Herodes para Pilatos.
em confereúcias e conselhos, e
parees que, a despeito de tudo |
isso, OS
E Red turvos.
Ao mienos assim se di nas.
arcadas do Terreiro do Paço.
D’ahi à verdade; por orá, ani-
da não sabemos ao serto o que
ates Se conservam
|
vae: Mas hávemos do sabólo.,
serem os individuos de raça judaica
obrigados a usar determinados dia.
tinctivos. Isso “mesmo honve entro
nós o, notese, em tem que a fé
perdera já o dominio das conseien-
cias. ;
As ordenaçõos, publicadas em
1603 determinaram que os mouros
e judeus, que em Portugal andas…
sem com licença, assim livros coma
captivos, tronxessem s signal usAus
fossem conhecidos. Este signal con-
sisvia em os jadeus usarem carapu-
ca, ou chapeu amaxello, 6 qs nous
ros trazerem uma lua do panno ver-
melho de quatro dedos cosida no
hombro direito, na capa e no pelo,
te. O que infrmgisse on procurasse
iludir a lei, era preso e pagava.
pela primeira vez, mil reis de maul:
ta, pela segunda deis mil véis, par
ra O meirinho que o prendesse. Jim
caso de reincidencia, exumn-lhe con-
fiscados os bens, fosse captivo ou
livre.»
Per aquella propos sta dos anti se-
mitas e que ainda fe faz muita
tolice n’eate fm de seculo.
O que diz o cReporter» sobre 0
qua ho uve uti “OTA Do (GUSSO pais.
com referencia aos judius 6 exacto.
| Joãe Pedro Ribeiro diz, mais;
que em tedis as povoações em que
Ichegava a haver dez judeus, devi-
“am viver nam ie áparte, em
“judiarias ou communas. Mais ainda:
‘as mnlheres christãs não podam
(entrar em casa de judeu ou moiro
som ser acompanhada por um ehris-
| tão.
| O anti-semitas tambem. podiam
agora propor ontro tanto, Ja ag gora
complete-se a obra.
1
mM
Está matriculada na” Escola e
Fdustrial Principe Real, onde tem
“feito uma brilhante figura nas anias
(de portuguez, francez, ehimica,
“physica, ecographia e historia pa-
Eria, mathematica, Fo geral e
livorana merina D. Narcisa Fere
David -ivmã mais nova e afi;
h nada do redietor principal É estg
folha,
Damos á inteligente menina 05
| nossos parabens.
e
RUA DO VALLE
O calceteamento esta us ostá
ido tal modo 1 impossiy el pura o tran-
(sito, que pedimos providencias, x
“quem competir. E já gue estamos
om ar nto na massa, como se eos.
(tuma dizer, jembiamos. a convenien:
teia de imandar fazer o Dovo c;
tcamento de pedra mais mi
mais unida; quando não,
breve trecho andado estames BS
mesma ou peor E E
K
| trabalho, que
voz como deve x
ser, Ami d fica a ré
Eee
y (clamação utó ver.
E
CURIOSO E
Conta o nosso sollega o «Repor- | Abilio David
toi» |
«Ém uma reunião de entisem-, Saiu para Lisboa este nosso
tas, havido nu estran igo, principal redactor Pê
tou-se nm propasta no sentidoentido@@@ 1 @@@
Feqsuguese
“A Mãe de Jesus
A mulher, o diamante d
mais puro brilho. a perola mai
nrimosa da ercação, desprendi-
da e extraviada um dia do mais
fotmoso é incomparavel the-
sonro de preciosidades, do vas-
tissimo e incommensuravel co-
fre de perfeições, que outro não
é senão Deus: lançada dos la-
bios augustos da divindade, do
Eden de nosses primeiros paes,
para fazer entrever ao homem
às bellezas é perfeições das di-
land e espiritos celestes, |t
que habitam os palacios do cen.
e a côrte do Altissimo; a mu-
her, o lirio mis perfumado,
a rosa mysteriosa e a açucena
duma candura alvissima, foi
sempre, no vastissimo painel
“da historia a etherea e precio-
“sissina inspiração do poeta, a
“constelação que brilha r splan-
decente, no ceu azul da gloria,
e ilumina, esclarece e doira,
escandecendo-o, o templo da
immortalidade dos heroes.
Corramos os olhos pela his-
toria, somontemos do berço dos
seculos e contemplemos assom-
brados, humilh hados na cons-
ciencia da nossã impotencia
na ivagueza das forças DE
a aquela maravilhosa esta-
tua, aquella obra prima que só
teria se produzida pelo ein-
1, divmo pêla inspiração ge-
1 do Esculptor eterno.
a tradição e na historia a,
mulher apparece-nos a cada
passe exercendo à sua Influen-
a nos differentes meios so-
aes. da mesma maneira que
o= raios do sol fecundante dos
trapicos fazem sentir a sua be-
a influencia atravez a lu-
ante e potentissima vege-
ão dos paizes do Equador.
4 mulher é isto,
a mulher que reduziu a
|inzas a Horescentissim>
| pi
“Proia, mas que, em compen-.
cão faz surgir doismonumen-
de
tos, duas obras primas, que a
humanidade vinda hoje respei-
ta é venera, dá origem a essas
duas maravilhas que se cha-|
mam a Illada e a Edisséa..
E Judith que hberta Bethu-,
ha do cerco de Helofernes—
à audacia; é Deboral que livra
Baré do cerco de Jabino-—a
patriotismo; é Esther que sal-|
vou Mardocheu dos ferros e
ua tyranuia feroz Asma —a
dedicação: é Wermntis que sal-
va das aguas O supremo liber-
tador do povo. hebreu—a cari-
dade; Lucrecia que, pelo cara-
cter, põe termo á realeza dos
“Varquinios—a honra; Virginia
acaba desgraçadamente e ar-
rasta comsigo a corrupção dos
Decemviros « e as preces de Ve-
turia abatem o orgulho dos to-
ariolano, a
Mas contraste estupendo!
À natureza oria, anima, mas
destroe. Deus, com um sopro
da sua omnipotencia, faz sur-
gir da ephemera argila da hu-
manidade, typos quasi divinos
diversos e mais do que ideaes;
cria monumentos no saber e
A pui arte.
Raphael pinta, Miguel An-
gelo esculpe, Newton” observa,
Euclides caleula, Platão pensa,
6 Eaphael maravilha, Buona-
rotti assombra, Homero nrva-
ag
data, Newton é sabio, Enelides |
e debspaimo 6 Platão grande
losopho: A Halia tem Dante;
a Inglaterra, Miton, Portugal
Camões; -hontem, hoje & âma-
manhã surgem aqui e além es-
sas christalisações do bello, es-
sus predipinr: do saber, essas
quasi omnipotetitias nã arte;
mas todas estas scehtelhas, to-
das estas emanações de ‘supre-
mo bem, do summo sabio, do
unico omnipotente são perfu-
mes que se esynem na immen-
ida dei sidade do espaço, são flóres|
|cortrdas na tenra haste e e
‘çadas no negro sopro da mor
ino Borvedonro do nada
abysmo do incognuscivel,
Os altares dos lonvores, as
apoiheoses, ainda que grando-
dos vultos que tem enobro-
o
[sas
|
cibo as seiencins, a hist
artes. “emâm todo e qua
ramo dos conhecimentos hu-
manos, são cultos meree
Ss
e
gratidão que a sociedade con-
trahe, mas infelizmente o effei-
to não póde exceder a cansa,
e todas estas manifestações,
todas estás glorias, quando al-
fim o planeta que habitamos,
obedecendo as leis nacessarias
(e fataes da materia, voltar um
sahiu, ao estado cohotico em
que jazia quando Deus come-
cou a exercer sobre elle a sua
oimnipotente vontade; todos es-
tes exemplos, todas essas glo-
rias, todos esses efieitos hão-de
parecer com a Causa que os
produziu, porque o finito não
póde crear o infinito, o mortal
acaba co immortal persiste.
Triste FURAçaO das coisas
humanas! .
Sé a virtude é grande: é a
virtude é immortal! E acima de
todas estas fragilidades, supe-
manas, Maria Virgem é o com
juncto de todas às p perfeições, é
o typo ideal do Ho e da vir-
mo artista. Maria é a Mãe do
mo é o Sustentaculo da – sucie-
dade!
Sua fronte oeculta-se de
te no ceu azul da bemaven-
turança ca fimbria dourada
de suas vêstes cumula de bens
à humanidade, envolta cons-
tantemente no tremedal das vi-
da, nos perfidos o sempre inei-
diosos troncos da maldade.
«| thurbulo incensande
| nôóssas gr Ação
mente prestados; dividas de,
dia ao pada relativo de que,
vior a tedas as eng :
tude, € a obra prima do supre-|
Christianismo e o Christianis- |
rutilanfe)
é a estrella
mento: é o ivis da bo |
Maria
Go firm ar
pança das tempestades da VE,
a Maria éa esperança e a
esperança é tudo,
| E por isso que, no di
hóje, a humanidade é vim córo|
la
de,
unisono de louvores, com o seu)
sen al- |
|
incenso |
tissimo throno com o
das suas preces co perfume da
á Mãe do Re-|
emptor, solemnisando 9 “nas
cimento miraculoso do Liomem- | |
Deus, do Redemptor da lmima-|
nidade que do ceu baixou pará!
remir o homem proscripto.,
1896 annos volvidos. desde |
que os pomposos mas extra-.
vagantes e ridiculos idolos do
paganismo cairam despedaça-
dos no momento em que res-
plandecentes nuvens a
em celestes côros, baixar
sobre Bethlem, entoando nym-
nos de gloria ao Auctor di
mundos! 1896 annos volvidos
desde que aquélla: pequena
mas predestinada cidade, foi
theatro da mais assombrosa
maravilha que os seculos tem
visto! ;
1896 annos volvidos depois
que Maria Vogem n’um
bulo de BetlJem deu ao munido
é Salvador promettido;
Ave glatia plena!
Salvé, pois dia incompara-
vel e none idines au-
rora refulgente e bemdicia da
redem anhelada; dia, em-|
fim, d’alliança e paz, e graça
rehabilitação e amor!
sao
Faltecimento
Falleceu ha dias em Cardigos, a
sr.* D. Maria da Conceitão Cardo-
so, irmã do nosso amigo o sp. Án
tânio Dias Tavares, chefe da esta-
ção telegrapho-postal d’esta villa.
| Ao nosso amigo e sua ex.mê fa.
imilia enviainos « expressão da nos-
sa condolencia.
e-Ji saquimo E
| Franti
|20 dias da durnissão
Sessão de 10 de dezembro.
Presidencia, Dr. Antonio.
E a
[Silves
om
be
RCE
OS seus vencimentos re
no fim de mesmo.
:cerrou, rubricol
o lançamento des impostos directos
municipaes cobrar po proximo.
anno.
— Mandou pagar ás amas de ex-
postos e miães subsidiadas, os seus
salúrios referentes ao 4.º tumestró
do dito ánno.
— Áuetorisoa E slmente o pagá-
‘mento, de alguns reparos feitos nos
| Paços do Concelho é Escola do Coh-
de de Ferreira.
1 é
+
este M€Z,
e
assignou é
Eleição do Monte-pio
Reéaliso
do corrente,
pos – gerentes, do Monte- -pió
Cortagini ense, pará O amiio civil
de 18
Jo
Resultado
— Presidente,
ximo Pires Eranto; Thesourei
ro, Luiz Dias; Secretario, Eru
etnoso Pires; Vice Presidente
José Belchior da Cruz; Vogal
so Báratta.
Direcção.
Censelho fiscal
Presidente, Antonio E. 5. de €
Leit Relator, Perna
Martins Farinha; “Secretário,
Antonio Dias Pavares.
Assembica
Presidente, Eu
lhães; Secretarios, E Carlos
Dias e Sergio Pina,
na
xe
edi 19
*
Está aberta pelo tempo dé
extraor-
dinaria de socios para esta asi
sociação, sem o Pagamento de
joia.
FOLHETIM
; PRÉVOST
MANON LESCAUT
Pradueção do frances
por
ERILIO DAVID
: — ee —
PRIMBIRIA PARTE
=P
=s0, entretanto, dizer-lhe,
1 O que esses miseraveis não
m =cuntiuuou, elle, indican-
rdas—e é que « amo com
do tão violenta, que me
» mais infeliz de todos os ho-
Yudo empregaci em Paris
obter a sua liberdade. As sol-
‘ Dos, a astucia é a força, fo-
inuteis; tomei o partido de
ir até ao fim do mun lo. Em-
com ella. Passarei à Ame-
mas oque éa ultina das,
xime della. O meu
vtacal os abertamente a
leguas de Pais,
intento
algu-!
Assucior
la esses guardas que me permitti
me a quatro homens que me ha-
viam pFomettido os ses sbecbrros
por uma sonma consideravel. Os
traidores deixarâm-me sósinho ás
mãos com os giuurdas, e partiram
com o meu dinheiro A impossibili-
“| dade do bom exito por meio da for-
ca, fez-me depôr as armas. Propuz
sem pelo menos seguil-os, prompti-
ficando me a recompensal- -0s. O de.
sejo do ganho fel-os consentir n’isse.
uizarami ser pagos de cada vez
que me concederam a liberdade de
tm á minha amante. À minha
bolsa esgotou-se em pouco tem
e agora que estou seni um sou, él
les teem a barbaridade de me re-
pelhr brutalmente quando dou um
passo para ella, Ha um instante
apeuas, tendo ousado approximar
utes, mau grado an suas aueaças, ti
veram a insolencia de me apoutar az
espingardas, Sou obri do, pera sa-
tisfuzer a cubiça d’esses homens e
vara me pôr em estado de conti-
nuar o ecêminho a po a vender
“saunidades, é csses infames | aqui um juan cavalo da que me,
tus–ajunteu elle falan lo dos [Not vi até agora.
ias—não perritiirem que me |
inda que prvecia fazer assás
nquillantente e Ro, o
apaz, as aceabar, deixou cair al
gumas lagrimas: à aventura pá
“que os guardas pe
recen-me das mais extraordiaarias
e das mais emocionantes.
-—Não lhe peço, senhor—
ser-lhe util n’nlgtima coisa; oliere-
come de muito boa vontade para
lhe prestar um serviço,
— Abl-—continuou elle-não ve
jo o minimo raio d’esperança. E
forgoso que eu me submetta à fode
o vgor da. minha sorte,
para America; ahi, ao menos, se-
rei
Escrevi a um dos meús amigos,
que me prestará alguns sucenrros
no Havro. Não estou “enbaraçado,
senão para me transportar para
ali, pura procurar a Rath pobre
creatura — deerescentou, olhando
tristemente a sua amante= algum
consolo durante o caminho,
—Pois bem—respondi— von aca-
bar o sem embaraço: Aqui tem al
guim dinheiro que lhe psço que
eite. —Sinto-mo panalisado de
uão poder sérvilo d’ouira mancita.
Dei-lho quatro luizes d? viro, sem
mm Íaso;
porque julguei, e julguei bom, que
elles soubessem desta soma
lie venderian: mus caro os
soccur ros. Veiu-ine
se
disse-,
lhe ei—que mé descubra. o segre-,
do do sen coração; mas se posso,
Irei,
re com aquela que en amo.
séts |
ao espirito u ‘broga
idéia de fazer ejuste com os guar-
fas para obter aojoven amantea |
berdude de falar contintiamente
a sui amada até ao Havre.
com
Fia si-
gnal ao chefe * 86 appro-|
ximasse, e apresentei lhe a minha,
proposta, Elie ‘ pareccú enve
rgo-
nhado, não obstante o seu dar –
mento, E |
—Não é » Sr.-—respondeu
ello comi certo embaraço-—nós não
nos recusanos deixal O falar a esta
rapariga; mas elle. quena estar sem
cessar ao pé della; isso intommo-
danos; 6 muito as que pague
pelo incommodo. .
—NVejamos, pois — disse eu o
que é pres pira que o sr. per-
pitta que oa dois âmante se falém.
Teve a audacia de me pedir dois
luizes. Dei-lh’os immediatamente. |
-—Mas tome Cuidado disse cu
ao chete-— que não lhe escape al-
gunia tratantice, porque vou deixar
o meu endereço a esso mencebo,
afim de que elle possi informar.
me do que hoiiver, o conte que te-|
| rei E poder de o castigar.
pu-me tude seja luizes oiro.
O favor e 6 vivo reconhecimento
| x 4 7
[merecia a minha liberatidade.
ihenaivel d
Eu
[disse algumas
te, antes de sa
me com, wma modestia tão dôcé é
tão encantadora, e não pude
eximir-me de er mil refexões,
saia, » Sobre o caracter incom pé
mulheres
Vendo votádo 4 minha
não fui nado do
des’a aventara, P
de
ce
me
Na respondem
E
solidão; —
er 3
101 segnimenti
aram côrca d
nuos que m’a fizeram esque.
inteiramente,
ateu
até que o atasd
o de lhe conhã:
de ens
todas
ú as cireumstan-
Regressava de a ai
aims com o marques d -«meil
discipulo: Ilespedâmo nos, sb bem
me lepsbro, no Leão d” Oiro; onde
algumas razões nos obrigatath o
passar O dia inteiro é à noité et
guinte. Andando na rua, de tatde
pareceu me reconhecer q fnesiiid
Ro Com quem travava cod
mento em Vinha ent
»ssimo estado, 6 muito mais pal:
lido do que evo vira a primeira,
vez, Tragia uma velha Minla e pas
recia ter cho gado apeúas 1 “aghelle
Cum que O rapaz nv egradecea,
á braeroe de-me convencer da no
du seu
Huschucátu, v q
momento. Eutretanto, como tinha
| tino | noínia demasiádo belli”
para não aer rec lo facilme té;
eu reconicer q (E (E@@@ 1 @@@
Era nma vezuma Vegem
em Nazareth, branca aldeia,
“que tinha um noivo da: origem
“des veihos reis da Judéa
|
: “A” porta do seu casal
crescia a flôr de espinheiro,
como um emblema primeiro
do diadema real.
Je vastos seus pés beijavam
plantas, como ás Rainhas.
No sen telhado adejavam
às agas dus Ea | À
5)
ue o Apa magua
– ninguem “sabia tambem!
era mais pura que à agua
da cisterna de Belem,
|
Havia anceios contidos,
gomo vozes de quem roga,
quando iu, de olhos descidos,
ao sabbado, à synagoga!
“Vinham as pombas, em bando,
sobre as suas mãos pousar,
quando fiava, cantando,
sentado, â par do lar.
o a E nea açneena,
– puaa lr do rosmaninho:
— Que casta virgem morena
toda vestida de linho!
“Omar que se o da sonda
dizia com tom extranho:
— Quem me déra uma só anda
de seu Ebbalio castanho!
! ado rosto Rs ge
vs cheios de sol!
“a, uma vez que frei dee
ad ao pé do espinhe’ro,
ã porta do lar ponsava, E
‘ ape e
RR omissa nos cumes.
“O sol descia a ladeira,
No ar hoinvam perfumes
nes de Inrangeira.
o rosto do mensageiro,
placido resplandecente,
brilhava como um guerreiro
ou como 0 sol no Oriente.
Então, com voz grave, a
de uma ineffavel poesia,
à Virgem de Galiléa
saudou a: «Ave Maria!
|.
camigo sr.
“E
[tão em +
“amigo sr. dr.
| melhoras este nosso. ilustre
3 LOCAES
tão em E adi onde vierem
passar as festas do Natal as ars.
|Tanuario 8. da Silva George Tam
e Moraes, com suas ex Mês, fa-
be
imilias,
=
Está na sua casa da Quintã com
ext? familia o nosso presuto
barão-d | Alvaiazere.
Em goso dus ferias do Nat, es
nache cs estudantes ars
José Marçai Co
[da Silva e Antonio Edefonso.
“Partiu para a Covilhã o nosso
Antonio Catalão, dis-
tincto professor do real eollegio das
missões.
a
Dre AniouTá Barroso
E aeperado. por estes dias no
callegio das missões o benemerito
Prelado de Moçambique que antés
de partir para a sua diocese vem
vintar este seminaro, do qual é
um dos mais distinetos filhos.
Lniz pias
Tem experimentado bastantes
amigo,
administrador d’este jornal. é
Complete restabelecimento é o
“que sinecramente lhe desejamos,
Variola
Esta flagellativa opidemia, que
tem. grassado com intensidade por
todo este concelhia, parece que ten-
ciona terminar aqu com a asatama
de seus horçendos estragos. Tem
havido poucos casos e esses Eetmos.
Ends nto natiir ;
Recita
O Grapo Dramatico Cortaginense
projecta dar brevemento uma recita
para o que já fez distribuição do
[drama em 3 actos «Procella e Bo)
nança».
Por efeito das ultimas chuvas,
acha-se quasi intransitavel, a ponte
da Csrvalha onde existe um grande
Jamaçal. Este incidente attribue-so
a não estar a seu pavimento com-
pletamento ealcetado, o que pode
offerece graves prejuizos aus arcos
ultimamente reconstroidos,
Eeladores. manicipaes
A Camara, soliciton do governo,
Avé, 6 lirio impollato!
“cheia de graça” entro os Céos
Bento no ventre 6 o frneto.
“Comvosco 6 0 Senhor Deus!»
– Mas ella, corr humildade, :
como a rastcitinhha herva:
—« Paça-so a nossa vontade,
Senhor! —eis a nossa serva.»
– Então, as rolas voaram:
Den gracas o Oceano vario,
— Mas, sobre as hastes choravam
as violotas do Calvario.
“Gomes Leal
– Nos mezes de março e abril
anno que vem ha de reali-
ar-se em Lille. cidade capital
“departumento setemptrional
a França, a annungiada espo-
sição de lygiene, de alimenta-
io e d’arte industrial, sob à
auctorisação para nomear para cada
freguezia de concelho, dois d’aquel-
Jes empregados,
veres, do que, aquelles oncarrega-
dos. de policiar a séde do concelho.
A proposito, pedimos att enção
pará o estado infectnoso das ras
Westa villa, não falando das g
nbase porcos que por ahi passeiam
livremente.
Chegada
Chegaram hontem, a esta villa,
onde veem gosar as feras do Natal
tecom snas familias, 08 srs,
Antonio
é Angelo AS Ribeiro, filhos
do ex. Mº sr. Juiz desta comarca, e
José Miguel Coelho Godinho, filho
do sr, José dos Santos Coelho Go-
dinho; todos estudantes em Coim
bra.
Queda desnsírosa
No domingo ultimo o nosso ami
Us
eg ide do municipio.
“go o sr. José Gabriel. da
|
ei
Fonseca |
e, Virguio Nunos |
Oxalá, que estes sejam mais so-.
|icitos no cumprimento dos seus de-
NR T
3244
ECHO-DA BEIRA
ide encontro a uma parede fcen
|hastante ferido na cabeça e braço
esquerdo.
Promptas melhoras é o-nue sin:
ceramente lhe desejamos.
Martins Grillo, escrivão e tabelhão.
| da comarea de Fronteira.
Esteve ba dias, entre nós o
José Alexandre da Costa, de Pe:
drogam Pequeno.
Ri
1
| A
— mem gn] en
Aos noszos collegas
A”quelles dos nossos collegas
da imprensa que acensaram a
recepção da nossa folha com
Relanr ha de benevolenca e a-
nisade, agradecemos nenhora-
nar as suas lisongeirãs releren-
cias que RS per merecer,
tanto quanto em nossas forças
couber. À
=—————<2C OC —
Acham-se já felizmente res-
tabelecidos dos incommodos
que o retiravam alguns dias
em casa, os nossos amigos
Fractuoso Fntso e Augusto
Kosst,
— pen
Descripção topographica
s à g da x
villa da Sertã
“Cathegoria da villa
— omtinuado do nô )
Sendo como se q aprazivel
a situação desta vill: pela risonha
paisagem, que a cérca, trocam-se
estas scenas, ao penetrar no inte-
rior della, em um aspecto triste
por effeito das ruas, em geral es
treitas, torinosas, faltas de limpeza,
e algumas guarnecidas de casas tos-
Samente construidas, muitas desmo-
ronadas, 6 outras prestes a i 1880. Ha
aperas uma rua chamada Direita, 4
qual bem quadra este nome: tem
seu principio no cimo da villa e di-
rige- ae em toda a extensão d’esta
quasi em linha recta de norte a sul
até ao largo da Carvalha, por exis-
tir ali uma arvore d’esta especie,
notavel por sua grandeza e por ter
porto de einco seculos de duração, |
como testiica uma sessão da camara
oita à sombra d’ellá, exarada em
um dos livros existentes na res pes
etiva secretaria, E! esta rua a unica
regular, a que contém os melhores
(edi jos, e à de aspecto mais agra-
davel. Tem, todavia, melhorado
muito esta vila, eso, ha poucos
Andos, cum-& construe de boas
calçadas nes suas ruas prime ipaes, e
alvejamento das casas nelas situa-
das.
Com excepção do rico da Carva-
lha, que é aprazível. pela ribei
que o banha, ponte que lhe
contigua, AfpcaRo que o adora, e
convento dos religiosos de Sinto |
Antonio, a elly adjacente, nenhum
outro lnrgo se oilereve digno de
E
É
ou
mengionar- se a não ser o adro que
eireumda a Egreja Matriz, à qual
pela sua posição sobran eira imaior
parte da vila, é um ponto de vista
de largo e aprazível alcance.
As casas particulares, com exco-
pção | Puma o de aspecto
regular e agradavel, nada teem de
notavel, a não ser a sua aútiguida-
de e toses ennstruc ção.
Diniz caiu da soa hyeicleta, e, indo,
Um esplendido madyigal de Guerra Junar teixos.
Quando toda a ni á o do sol nai
Nai erepusenlar de uma-tarde de agosto,
Salto o leio oiro, em extasi damor;
Vaes, pallida, atravez -do teu jurdim em flôr,
* Acha se n’esta villa osr, Joaquim
Ee Bei rotitar
tavioso o rouxincl gorgei
FUtxE,
pn ragola da escola ulibamente,
em 18685, construida a expensas do |
Conde de Ve é
A Egreja Matriz é da invocação
des Pedro; fundada quasi-no cen-
tro da via e em sitio sobranceiro
a ella, Dita a sua consteueção dos
princípios do seculo XVI, segundo
o attosta ma lapde, que se acha
sobre a porta lateral na fachada do
meio dia. A sua architectura inter-
na imita a gothica. Tem suficiente
capacidade em relação aos habitau
tes da freguegia. E” notavel a ca-
peliz-mór pela sua tribuna, que é
da madeira «dourada, em que os ca-
piteis das columnas são durdem
corin hia; os fustes d’estas tec de-
licadissimos lavores issitando videi-
vas «om fruclo, é aves,
Além do alta:z-mór tem mais qua-
tro altares lateraes, dois dos quaes
são de construeção do mesmo gosto.
Era ontr’ora uma das Egrajas de
primeira artem no Priorado do
Orato, e era sede duma collegiada
composta de dito beneficiados e um
vigamo, sustentados pela casa do 1
Tnfantado, até que, com a extineção
da mesma casa, em 1834, extincta
ficon tambem esta cs TECTO &
– Anteriormente á construeção dº es-
Egreja, fôr por muitos seculos à
Matriz uma ontra pequena: Egreja,
que com invocação de 5. João, que,
ainda existe em estado decento den-
tro do aa castello. hoje denoli-
do. Esta nada oferece de notavel
mais do 6 com a sua pequena ca-
pacidade uma prova de que a pe-
pulação da freguezir era m’aqueiles
remotos fempos mm: n disninata com
relação À actual, e, tanto mais ten-
do-se, desta postesiormente des-
membrado muitas povoações para
outras freguezias.
A Causa da Misericordia o. Ios-
pital annexo é 0“ estabelecimento
que mais destingue “toras – consi-
deravel esta villa, assim. pela bene
ficencia q protecção que presta E
pobreza e enfermos, como pelo sen
actual estado matemal e adiministra-
cão das suas rendas. Hão pódem ti-
xar-se a eposha da tundação, d’este
estabelacimento, que é da imvos gação
de 8. João e 8, Pedro, E’ todavia
certo fer já existencia no anno de
1195, pois que é desse ano data-
do o primeiro compromisso da sua
confraria, existente no archive,
D’aqueila epocha em diante foi pon-
por deficiencia de m
teu.scio alabastrino,
sper abre no azul o seu olhar divino,
a na espessura
Julgancdo.ver na lua a face, argentea e pure,
Fa eotoviv acorda. e diz a
— Cantemus, que além ve
rempendo a RR
mo nome, Pedre Vermandes
Ignacio Leitão Ramos, Mo
Eabel Leitão, : Pascho:
rnandos, e melher Maria) ernar:
(des, e Praneisco Ravier Moniz fo
Soveral;
Dotada com Se o se
conservou esta Banta Cusa é Hos-
pital até ao fim do seculo XVIII,
enmprindo-so com seus rendipentos
religiosamente todos os sens muitua
omus pios, e beneficiando se em
larga es a pobreza enferma:
mas man fado sen! D’aqueila epo-
cha em diante até 1860, o ES RR
e insuria, 0 patronato ea corru-
pção de suas sucessivas. gerencias
(ue poucas, mas honrosas exca
pções) levaram o estabelecimento e
suas rendas a am veploravel esta-
do: o edificio em ruita, a capela
inlecente, sem paramentos nem al-
fais; cêrea de 3:
0003000.. reis. de
capitães mutuados perdidos e dela-
pidados, e outros prestes a – soffver
a mesma sorte; pensõas a pão, ile-
de
gilimaunente reduzidos a manos
metade em novos emprasamentos
foreiros, com prejuizo da Santa Ca
sa, a mais de 300 alqueires annuaes;
muitas outras em generos e dinhei-
vo, extraviadas; despesas introde
tidas Dunn itens sando assim,
8,0 cumpri
mento de muitos ocuus. e legados
pios, que lhe ine umbiam, e Duas
(esmolas e medicamentos ‘a. ento
mos pobres: era este 0 ctriste qu é
‘dro que apresentava este desenr
estabelecimento, quando em. LSUU
começou para elle a raiar brilhante
aurora,
Mesas An de, pessoas
dadeiramente possuidas de soul
mentos de humanidade teem, desde
então, com uma zelosa e economi-
ca, gerencia, remediado, qnanto
possivel, tão lamentavel estado.

(Cont: nto)
Fernando J. ET
pe
Tributo sobre os hômens
Ê (Conto popula “)
* Quando lhe apparec
do padre que tinha
do e eeiposo, estava. r
=xpressão muis sit
5
co a pouco crescendo e melhorando
este ostr belegi mento; adqnirindo- =S6 1
rendimentos e Io se a. sua]
adminiswação, e tanto mais com o,
regimento que no ano de 1530
dera ao Hospital, ElRei D. João
(É, que no avebivo se encontra.
Muitos; e dignos de eternes en
eomios, fa am, os bemfeitores “gue
“em dife. entes epochas, até ao fim
do seculo XVII concorreram com
avultados legados para o engrande-
cimento d’esto pio estabela imento;
entre oujros, individuamos aqui os
t
nara-se mais alto, cons
(cia do emagrecimento,
menos o rei-essim 0 pens
tevo dó delle.
— Estão ve esolvidos
blemas? pergunton-lhe e
— Veremos, real, senhor.
— Vamos ao prime:
tos. cestus. são prec)
transportar o monte dr
“ —lsso, real senho
e
Mppama nos reverendos Padre Ma
de Sequeira Caldeira, Padre)
io Annes,.e Alvaro de França,
lerianno | Caldeira, Licene e
anoel-de Carva duro, Cra-
Nero o e e Rasca join
nool
do tamanho dos ces
rem por metade do
arão. 2, se regular
pas tanto delle sãoe são@@@ 1 @@@
E
“ação ao monte, que depois Ile
“Carci a conta d’elles.
—A tua resposta
pras póde ser debatida. .em-
ii, passemos á segunda. Quan-
“tas estrellas ha no céo?
= 677:822 e mande vossa
“magestade verificar que se fal-
far clgiima, eu mesmo me de-
“golo.
Basta. Quanto pesa q ter-
É
— AL! real senhor!
fito são ellas! Imagine vossa
magestade que em todo o mez
não tenho feito mais que sepa-
rar as pedras da terra e ainda
poitto consegui. Munde-me vos-
“sa magestade separar a terra
de todas as pedtas, pedrinhas
“e peilregnlhos, que n’ella se a-
cham, e eu depois lh’a pesarer |
muito bem pesadínha,
= Assim será. — Quanto va-
lho eu?
— — Nosso Senhor Jesus Chris
to valeu 80 dinheiros, ora os
Yeis são a imagem de Deus na
terra, portanto vossa magesta-
de deverá valer 29, para não
volfender a sua modestia.
=Bei, bem, exclamou o
teia quem esta conversação
pozera de bom humor,
— Diz-me agora em qe es-
tou cu pensando?
= Verdade, verdade, vossa
imagestade pensa que fala com
frei João sem cuidados, e à fiz
dal de contas está falando com
à oleiro delle.
Dito isto tirou a
brança e deixou ver ao monar-
cha admirado, a cabeça rude,
mas inteligente, do moleiro,
=-Muito beim; disse-lhe o
tei rindo da esperteza do al-
deão— podes assegurar a frei,
João que a tua habilidade lhe,
poupou alguna dissabores, e
demora-te que te quero recom-.
pensar e has-de almoçar no
palacio.
– Iali a pouco estava 0 aldeão
almoçando e divertindo o mo-
narcha com os seus ditos: por
fim disse-lhe este:
=Quero dar-te uma lem-
brança minha e como me tens
dado bastante prazer, quero
ique esta lembrança seja a teu
gosto: dize-me o que tlesejas.
— O que desejo-—respondeu
e moleiro, reparando para um
“+eposteiro que diante o alino-
go se : gitava sem cansa appa-
“cabeleira!
tente por máis de uma vez—|
que desejo!… que vossa ma-
gestade mande que todos os
imaridos quando tiverem medo
das mulheres, me dêem uma
peça de ouro.
— Ora essal.. o teu pedido
obriga-me a mudar a boa opi-
bião que formúra do teu jui-
gol… medo da mulhei, qual
“Será o homem tão degenerado
que o tenha? à
Mande vossa migestade que
é sagaz,
+
agora é,
We convenço que não has
“enriquecer. de
io
rá se quizer dar algum pa
por aqueles sitios!.. .e, se me
atrevesse a dar um conselho
lao meu rei, dir-lhe-hia/que fos-
‘se por alí muitas vezes: ha bel.
los pontos de vista, abúndan-
“eia dê caça, agnas deliciosas, e
principalmente, vossa mages-
tode desculpe, as mais bellas
cachopitas! Rae
— Cala-te, diabo, exclamou
1, está gia rainha.
|
FOMES.
– —NYenha de lá. numa peça,
‘“retrocou o moleiro, visto ter
medo da esposa. .
O rei riu-se e remiu o Im-
posto.
O Animatographo .
O kinéstocopio que appare-
ceu nas principaes cidades da
Europa ha perto de dois annos,
e sobretudo o cinématographo;
“cujo nascimento é muito máis
“recente, constituem com efeito
prodigiosas realisações da en-
genhosa concepção relevada
or miss Edisson, n’esse famoso
baile de Nova-York. :
Mas, pot mais bonitas 6 in-
teressantes que fossem as figu-
ritas animadas do primeiro
por ellas produzidas não era
tão perfeita como se desejaria.
O cinématographo, enjo in-
vento é devido aos dois irmãos
Lumidre, de Lyon, dá essa il-
Jusão de iodo admiravel e
‘perfeitissimo.
Graças a este novo appare
lho, com cffeito, a synthese de,
movimento é d’esta vez reeli-|
sada na integra de modo abso-
luto, a tal ponto que não ha
scena, por mais complexa e
movimentada, cuja reprodução
não possa apanhar-se para ser
depois simultaneamente apre-
sentada a uma grande multi-
dão de espectadores.
Não pode imaginar-se espe-
ctaculo mais empolgante.
N’um vasto panno, vemos
em tamanho natural a vida,
surprebendida em fagrante.
Os personagens movem-se com
toda à naturelidade, e a ilu-
são não pode sér mais com-
pleta. ê
Sôa a hora da sahida das fa-
bricas. À porta abre-se; e os
operarios sahem em tropel, es-
paliando-se pela rãa fóra. Uns
“apressados, deitam a correr;
“outros, mais tranquillos, cami-
inha devagar, parando para
“conversar com um Companhei-
‘ro, para accender um Cigarro;
[cujo fumo deitam pela bocca
‘em baforadas azues: Voltam
“atraz, seguem para a direita ou |
‘para a esquerda, conforme
“querem, conforme precisam ou
dhes appetece,
| Outra projecção de – enje-
= Ora vossa magestade ve-|
d’estes apparelhos, a ilisão|.
sde mos passar 08 carros america-!
geinos, |
nos, € g
presenciamos O filar do:
trens, correndo ag trote dos e
‘valhós, É
“Ontra dá-nos a ilusão com-
picta do desembarque dos pas-
sagreiros de um navio. Ássisti-
‘mos á chegada de um com
boio que vêmos, a principio
“muito pequeno ao longe, de
pois crescendo, crescendo, até
‘ehegar á estação, onde os pás-
sngeiros começam n sahir dos
wWagons, com as suas bagagens,
ou dando o braço às senhoras
que os acompanham.
Podemos vêr tambem o mar,
‘cheio de vida e de movimento.
Assistimos ao pittoresco espe-
com a sua multidão de banhis-
tas, atirando-se ás ondas, que
veem quebrar-se desfeitas em
pelo sol.
(Continva).
| “ANNUNCIOS
Fazendas baratas. B, do Valie 107.
COMMERCIAL
FODE Ê
LUIZ DIAS |
Completo sortimento de fa-
«sndas de algodão, lã, linho e
CENTRO
4
‘seda, mercearia, ferragens e,
‘quinquilherias, chapeus, guar-.
len-|’
‘da-chuvas e sombrinhas;
os, papel, garrafões, relogios
nho, chumbo, drogas, vidro em
nho do Porto, licores e cognac;
tabacos etc. ‘
Preços extraordinariámerite
“baratos e sem coiipetencia
Agencia da Companhia de
Seguros Portugal. É
La7, Praça do Commercio, 1 a 7
CERTÃ
BERTÃ
Dúxid Nunes e Silvá
PYROTÉCHNICO
mitadissimos.
RETRATOS
| Tiramise em diferentes ta
manhos desde 800 reis a dizia
(e nitidez, –
Encarega-se de ir tirar pho
|
[tographias a qualquer
pont
4
|Weste concelho, mediante ajus-
– 8e cumpra esse pe lido, que o nhos e apparelhos mostra-nos te especial.
testo diz-me respeito. –
— Bem, faremos o possivel a sua múltidão de transeuntes,! Luiz Dias, Praça dó Commer-|
x – y a
una grande rua da capital com
Quem pretender dirija-se
fera se satisfazer; mas desde apressados ou indolentes. Ve- co OERTA,
ctaculo da vida das praias,
espuma nas areias douradas,
e sala, cainas de ferro e lava-|
torios, íolha de Flandres, esta-|
chapa e objectos do mesmo, vis.
livros de estado + littorarios. |
“qualquer encommenda conser-
‘nente á sua arte, por preços li-
garantindo-se a sua perfeição
MD ENT!
; TRES é
EO a
À BEIRA
À BEIRA
QUA DO VALLE
sas 35EA ca a ta Da
|
e
“arte ty pographica, para o que
a “ec
Reina se fazem tôdos os trabalhos conceimente
“esta 6 o :
tem pessoal habilitado, por]
ços assás rasoaveis. SRP A ca
Acceitam-se encommendas de facturas commerciaes,
Jhetes de estabelecimentos, memoranduns, participações dec:
samento. etc., ete.. impressos ofliciaes e bilhetes de visita, pa
o que esta casa possue um grande e variado sortimento de m
‘teriaes que mandou vir expressamente das primeiras casas
Lisboa:
Garante-se O
| promptidão
bom scabamento cos trabalhos, à midi
| MAIS DO DE D g
Elixiz, Dó o Pasta dentifricios Têg Zi
PP, BENEDICTINOS
da ABBADIA de SOULAC (Gironde) |
0 DOM MAGUELONNE, Prior É
É Medálhas de Grao: Bruxeiias 1880 — Londres v884 ESG
AS MAIS ELEVADAS RECOMPENSAS E
INVENTADO
Ko anNo 878 Perto BOURSAUD
« Ouso quotfdiano do Elixir Dea-
tifricio dos RR. PP. Benedie-
tinos, com cose de aigumas gotiás
comegua, po ecuraacáriedos
dentes, embranqueceos, fortalecem:
do e tornando as gengivas perfei-
tamente sadias. E 5
« Prestâmos um verdadeiro ser-
viço, assignalando aos nossos ler
tores este antigo e iiilissimo pre-
arado, o melhor curativo e É
Gina preservativo contra
cgões Gontarias.b
ra 48307 406
mea SEGUIN O
Deposito em todas as boas Perfuriérias, Phármadias a Droguer!
Em Kisboa,ém casa de R. Bergeyro, rua do Ouro, 100, 1t.
|
]
|
|
Casa fundada 8 [is
Agente G:
SYSTHEMA METRICO.
E
NOÇÕES DE ARITHEME TICA
E — Por
ABILIO DAVID e FERNANDO MENDES
| Aeaba de ser posta á venda a segunda edição deite ii!
jemifico compendio, redigido em conformidade com o progra
ma Vinstrucção primaria elementar do 1.º e 2.º graus, conto
me o decreto de 19 de junho de 1896 E um livrinho qui
|jretommenda, não só pela acertada disposição pedagogica u
mo pela extrêma clareza das suas definições e pela excl
barateza do seu preço. a
Brochado, 80 réis; cartonado, 120 réis.
: Todos os pedidos deveih ser acompanhados da ic
importancia, e dirigidos a J. N. GUERREIRO.
: Rua Nova da Trindade, 30 — LISBOA
| ALFAVATERIA
Trabalhos em todos os generos poí artists de Lisbo
Garante-se a perfeição e boni acabamento das obras:
PATOS DESDE 44500 RÉIS
ds RR te ERRA :
Grande sortimento de fazendas de ia.
Encarrega-se de satisfazer
CENTRO COMMERCIAL
Luiz Dias
3
|
|
E a
17, Praça do Commercio, 1 à 7
CERTÃ
O
|
|
|
pata di
TYPOGRAPHI!
a!
| -—Rua do Valle. -SERTÃ
Editor respsosavel- ANTONIO DIAS D’OLJ VEIRA VEIRA