Campeão do Zezere nº17 24-05-1891

@@@ 1 @@@

 

Redaciores
Dnr. J. A v Sotvro BrinDÃO
78 ES ;DA CosÇE

á SIGY XTI*P AS

(Paga adinttada)

AMHOLA on 18200
ªmne—um s500
Trimestre…. ‘ $300
hwu–re AVUlO soso
MAIAZAL to o á 55000
Afries … 2147 ASU

Fára de Pedrogam acresce a
subrança

,)Dmgm Grunde

SEMANARIO IWI)FPLNDFNTE
N/&ç/»«

E rrlertnr

Jonquim Wnrlins Grilio

NUMERO 17

Administrndor

FranerseoMantins, Grrivro

 

P UBLICA(*OFS
o mrpo do jornal, hnha 80 ts
40 »
Hcpvhgõlw, Á o nÍ.:L 20»”

l’exmaneuif-s, pteço convénclomd
Os ‘8rs.. assignantes tem ó abau— í
mento de 25 pP. c.

, Alhhnciam;se gralmtamente
obras dé que se receba um exem
phr

ºª?m ugjarzm Gr&m“)m

 

RDA o

PEnauânm GBANDE |

a_cnm?m“n DA OPINIÃO
PUBLICA

âorrenbn crimel!

Mrebilmcn penên. t’

Consummatum est ! !
Foi fexta vossa vontade !

Está desafitontada a magis*

traturaá Portugneza !’

No dia 12 do corrênte res-
pondemos em aúdiencia de/pro’
cesso correccxonal pelo crime
monstmoalemmo de não tcrm%
obstado (?) à que nã noute de
28 de julho do ánno passado

; se uma peúdenua entre
: Juhgq%’ ih

árinha e o dr. Vicente

 

Dias Fe&xe

po sra

comarca.
Forto:
na de –

condemriados na ‘ pê-
mezes de prisão e 8

do n;ulta a ragão de 18000

reis pof cada dia.
— Não nos surprehendeu a se-
veridadê do _]ulgndm, aliás ma:
gistrado uídepehdçntusmm’ ful-
minando-tos com taíu maviosa
pena.

Parece-nos. d uma besetolen
cia e daridáde verdadeiramente

À evangehca, foi tal a sa com-

moção aó Foferir a sentença

que as higrlmas emb’u”«mdo—’

lhe auddcnonad& voz lhe não
permltmam o exhortar-nos a

que résignádos so&’ressmuosa

pena (%ie -todaq as pruvas da
accuàaç e mesmo a sud con-
vicçãos lhe tinham unposw nos
appltcásee

AppoÍarbos da consciosissima
sentençã; que . nos condentnou,
não pn’r n’os não conformar-mos
com ella mas pura evitar-mos
o Wl’ a estação calihosa, na
enchoviá, 6 pam ver subir
às eiuçõe& suPenores .Lq’uefht
monlti’umn adé a que se éha,
rocesso corróceional,
que’ andoú de Herodos pára

— Pilatos para assim ser erucifi-,
cado porq’e não sei se sábem

que fm xàstaurad’o como pro-
cesso de. querella convoliado,
pára, o. correeemnal’ dépois “de

.ga&sa&o em julgado o despa-

ira que & esse tem-”
uiz de Direito d’esta |

 

cho de pronuncia pelo, actual
Juiz de Direito o sapientissimo
dr. Joaquim Maria de Sá e
Motta.

E’ para 6 Tribunal Meneran-
do dáà Opinião Publica e peran-
te elle .que vamos dizer,. da
nossa justiça.

Demonstraremos, que fomos
vietimas d’úm,. erro, judiciario
para não dizermos «safara» on-
de «alguem» se abalançou à
‘amartellar bem á vontade, fa-
zendo prego, que ora nos vae
servir para «esburacar» cons-
ciencias bastantemente limpi-
das

E’ oocasião para pmenteqr-
mps bem alto a nossa gratidão
para com todos os, que se sur-
prehenderam com à nossa con-
demnação.

Convericenmo nos, que todos

‘aquelles individuos, que “pro- ;
sencearam o julgamento, que

estavam ao facto dos aconteci-
mentos de 28 de iulho, que co-
nliecem bem de perto os aceu
sados; viranmi revoltadas às cons-
Ciencias, porisso que devisamos

á sahida. do Tribunal Iugumda

em niuitos ollioa.

o proprio julgador se mos-
trou, nnple&ªumado o que nos
levou 4 convicãão . firme e ina-
balavel, de .que,.foi fongado á
satisfazer ás exigenciaes, im-

| periosissimas da, magiº«tra’tlira

Portugueza, . que era px’eu—so
fosse desaíºfxont;ld’t.,

Pode um juiz pelo mero fªm-
to de ser juiz, errar, como
qualqnm homem é disso. súscep-
tivel, póde caléar . à pês júntos
a lel, pode prnatog.lr os pvmu-
pios mais , rudimentares da jus-

|tiça/ e da equidade póde infa-

mar— péde deskonrar-nos, po-
de eunspir-nos nas faces, pode
êmfun querer-nos anmqulllm—
esmagar, armado, da symboliea
espada e envolto nos luctuosos
andrajos, d’ama beca, que nós
jamais poderemos ou deveremos
reagir, ;porque deparamos, na
nossa . fx’ento com um homem,
que é Juiz.

.0 artigo 72 da P Wunda.
mental da Nação diz-nos;, que
a Pessoa do Rei 6 mvwlawl e
ságuda.— Que Elle não está su-
jeito a responsabilidade algu-
ma,.

Lanrjamos mão de tal dxploJ

| s; orlgmaes rtecebidos. não se devolvem quer sejam ou
H || não pubhcaãos, se a redacçãc assml o en?ender.

ma, manússáma-lo: do prineipio
ao fim, folha .por folha, pagina
por pagina, linha por. linha; pa-
lavra por palaávra e não encontra-
mos, o que esperavamos—-e era
uma disposição em que estivessê
exarado . o seguinte principio:
a pessos& d’wmn in’lz de Direito
é sagra e inviolavel

Não existe tal disposição —
devia existir; pedimos portanto
venlia para propor às segumtes
alterações:

Propomos, seja supprimido o
artigo 1283, que preceituá o se-
guinte: —Todos, os. Juizes, de
Direito & os omcmes de Justiça
são le-ponsavels pelos, abusos
do poder ete. :. e.seja addi-
tado o artigo 72 com um ê em
que $e exdre. .

$ tbico — São e%nparadns

an Rei os Juizes de Direito de

79

d instancia…

(Continãa).

o
Iulgalentd

IMPORTAN TE
: Crime deo Lesa
MAGISTRATURA
Historiados s.. %*’r;hiº(-im(;n-
tos de 28 de Julho 6 a sua ori-

gSem, vamos em, cnntmuag,ao a
dar pabhudade ás perlpecxas

É que SP””H[‘ am:;::,

O dia 29 appfueceu 180 Tu
pldo, mas , sim cqlregado—ha
via um calor sulªfomnte, estava
um dia como, se.,diz entre o
povo «soturnado». , í

allava-se: a merÍn nos, acons
tecimernitos. da:: verpera,no .en-
tanto; tramava-se na. sombra-=
havia um..dedo ocenlto;s que
apontava os , conspiradotes: com-
tra/ a pessos& do dr, Vicente
Dias Ferreira. Erá necessario
esmagalos e mui ; prineipahnen-
ao, dr» Antonio da Gonceição,
adiinistrador do Concelho. Sal-
tava-se por cima. de tudo ja-se
à casa de varias pessoas, obri-
gavão-nas a ix depôr, , porque:
«um dedo evceulto» as apontava
como presencihes. te tinsa

Manda-se Jevantar «auto de
nOtlCld——-lllLllDªl -se, 0., perito pa-
ra proceder ao exame de corpo

:sente abalado . com tanto serv
‘ ço. Elles erão telegrammas pá-

! de delicto dxrecto—mhmam-se

testemunhas pará’ deporem no
corpo de : delicto indirecto, có-
mo effectivamente depozeram;
não has casas de resideneia do
Juiz, não deferido o jurathento
por, este, não iúquiridas arda
por . elle, mas sim no – cartorio
do: 2.º officio, o juramento foi *
deferido não: pelo Juiz, mas
sim pelo delegndo, por este in-
Qumdas ete…. .6 tudo isto
feita no dia seguinte aão do
conflicto, (29 de julho).’ Por um
triz que se não chega a Iançar
o despacho de “pronuncia n’es-
se dia! Mas..: tramava-se re-
pªtunos, na sombra. . ”
Os fios gemiam; o “pobré che- ”
fe da estação. telegraphica senº”
tia-se. esfalfado já não podia
dár é Manivella porque os te-
legmmmas erão tantos, tão ex-
tensos, que , elle hoje aimda se

ra o ministro, do, Reino; para o
da Justiça, para. o Presidente
daá Relação, para o Procurador
Regio, para o Governador civil
do Districto de Leiria, para o
Commandante das Guardas Mu-
mclpuca ete. ete. . ; « communi-

” cando 08, acontecimentos de 28:
de ]nlho.——a-Emwpmma ser de-

mittido a administrador do con-
cellio—prender o soldado /da

| guarda municipal encurralar mas

enxoviãs os implicados nos acon–
tecimentos: de 28 de julho,/re-
movelos : para as cadeias:. do”,
Leiria-e d’ahi: para, o Limociro.
ou. quem sube’se par/ à Penitenú-:
‘ciaria ow. para/ os infernos!.. .;
« Não poderaim conseguir a:de-
missão do administrador do:con-
celho.
Porque? peuguntar-se—ha.
Por que àás mãos do ex.”º go-,
vernador Civil de Leiria então
o « conselheiro. Visconde de &..
Sebastião.: (Lulz) subin’ um au-
to de investigação “por’ este: en
valhelro mandado Ievan.ar n’es-‘
tá, ndmmxâ 1(1(‘1(0 pªl’ª- RVBrlº’uªr
F das leªponbahhdaãe que*b seu
sibordinado teve nao conflicto— –
Nelle depozeram 28: testemu-
nhas de todas, as classes, ami-‘
£&os / e inimigos politicose: até
mdxfí’erentes, anto que é um
padrão dê gloria para o admi-.
D.lbÍradÚr do, concelho—As proprias testemunhas do corpo derpo de

 

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CAMPEAÃO DO ZEZERE

 

delicto indirecto do celebre pro-
cesso foram inqueridas á excep-
ção do dr. Eduardo de Maga-
lhães que pediu submissamente
ao administrador do concelho
lhe evitasse o desgosto de…
dizer a verdade.

(Para prova do que aconte-
ceu vae ser publicado pelagim-
prensa cesse auto),

Não foi demettido o admi-
nistrador do concelho dr. Anto-
nio Conceição. Fiquem-no sa-
bendo todos e mui principal:
mente o Meretissimo Juiz de
Direito d’esta comarca o illus-
tradissimo – dr. Joaquim Maria
de Sá e Motta—e fazemos esta
observação porque nos surpre-
hendeu o aquelle cavalheiro di-
zer na audiencia do julgamento
quando era interregado o dr.
Antonio Conceição «que elle
tambem tinha procedido como
auctoridade administrativa, que
“ demittiram, suspenderam ou
não sabia que…»

Que o nosso amigo não tinha
sido demittido ágquella data é
um facto, suspenso estavo-o e
ninguem melhor o devia saber
do que o meretissimo Juiz,
porque o tinha pronunciado por
despacho de 16 de janeiro do
corrente anno,, despacho em

ue sua ex.?º arbitrou a fiança
€ 4 contos de réêis a um mi-
sero soldado da guarda munici-
– pal, sem ter eira nem beira—
sem ter onde caia moórto, como
vulgarmente se diz, esquecen-
do as regras estabelecidas no
artigo 925 da N. R. J. combi-
nadaãs com as circumstancias
dos autos; isto é sem attender
é gravidade do crime, pena
Tespectiva damno vausado e
qualidade da pessoa do «delin
quente». j

(Continúa)
REE AEN

A esta redacção foi enviado
um bilhete postal anonyme con-
cebido mos seguintes termos: .

-«Vimos no ultimo numero
do seu jornal uma notíicia que
nos causou profundo desgosto
tal é a do «dr. Eduardo immovel
tambem a scorver.» Mande-nos
dizer se s. ex.* ainda se encon-
tra em tão Jlastimoso estado—

Leitores do Competin

Para satisíazer ao pedido do
espirituoso anonymo vamos res-
ponder que rsentimos mnão lhe
pudermos asseverar se odr,
Eduardo ainda se conserva «im-
imovel tambem a correr» no
entanto -o «que lhe podemos as-
severar é que aquella ex.º por
oceasião do conflicto de 28 <e
Julho «ficor insoffocado e ain-
da anda ..suspenso»- Estamos
“auctorisados a fazer esta decla-
ração, -que não é mais do que a
‘l’el)rc*dll(‘(‘âú do que s. ex ? dís-
sé 1a audiencia do ju]gamento’

qn&nd(l Nhe no«bservm-am, que,

elle podia agarrar o Julio Fa-
rinha e obstar.a/qualquer sce-
na de fugilato.

COLLAR DE PEROLASB

PHANTASIAS

Amote-te a face purpurina e bella,
Meiga donzella d’eternal candor;
Amoij teus olhos juvenis, |risonhos,
Amo teus .sonhos d’infantilyamor.

Amo ten seio a rescendor fragrancias,
ÁAmo-te as ancias d’um sonhar febiil;
Amo-te a veste divinal e pura,

Amo a candura de teu ar gentil.

Tu és a virgem dos meus sonhos vagos;
Das meus aflagos e do meu viver;

E’s & immensa, delirante idéia

Que em mim se ateia e me faz sofírer !

Suspiro e canto, mas debalde tudo;

O Deus é mudo, não me quer fallar!

E que eu desvairé em tão suave espersnça,
E sem bonança no ruidoso mar.

Sonhêi-te
Bem «<sei
Bem gsei

Bem sei que

as fórmas,
que és linda sem Jjámais te ver,
que és anjo sem fitarte ns nzas,
abrazas

tem as olhar ainda;

sem rxemedio ter!

Diz-m’o esta ancia d’um ideial affecto
Dizm’o secreto imaginar d amor;
Diz-m’6 anhelo de futura dita,
Diz-m’o infinita, eruciante dôr!

Ardente flamma por quem pensa asssim;
Deixa que en gore dilatada vida
Comtigo, é qida! Já o espero— sim?

AÁDili o David.

Anniversario

Passou-se no dia 12 de ontn-
bro da anno passado o 45.º
anniversario natalicio do ex.Ӽ
sr. dr. Eduardo de Magallides.

Talvez aos nossos Jeitores
pareca vir fóra de tempo esta
notícia mas como o nosso jor-
nal não timha ainda visto a luz

da publicidade n’aquelle dia eis.

a razão porque o fazemos hoje
attendendo a consideração que
nos merece a refulgente perso-
nalidade d’agelle cavalheiro.

— S 5 RE R UV R D ——
Desastre

Quando em frente da porta
da . cadeia formava a escolta
que havia de conduzir os pre-
sos que jam com destino é Pe-
nitenciaria de Lisboa e na oc-
casião em que o commandante
dava a voz de carregar arvas,
disparou-se a espingarda a um
soldado indo ferir mortalmente
o camarada que estava na sua
frente.

A bala atravessando-lhe uma
perna junte da verilha foi in-
truduzir-se n uma parede fron-
rteira.

Por este motivo não pode-
ram xretirar os presos.

No preximo numero «dare-
aros notícia mais circumstancia-

da do .acontecido.

Sete herejes e um sacerdote

Ha dias regressava no com-
boio À sua casa de Porto Man-
so, o reverendo Jesé Ramulho,
cuadjutor da fregúezia de San-
ta Cruz do LDouro, que é se-
gundo a opinião publica um
sacerdote exemplar mas. .. de
pulso.

Pvr companheiros de viagem
teve o reverendo Ramalho sete
franchinotes atrevidos c petu-
lantes, descrentes de Deus e
ignorantes dos deveres de civi-
lidade.

Começaram os sete herejes
a dirigir motejos ao respeitavel
sacerdote e a atacar a religião
catholica com umas idiotices
nogentas.

Ora o respeitavel sácerdote
admoestou primeiro os sete mal-
cresdos fazendu-lhes ver que
além da religião de Deus exis-
te a boareducação dos homens.
Elles, porém, nvão quizeram se-
guir o bom censelho que se
lhes dava e continuaraám a chas-
quear com o padre.

Este perden a paciencia e
ensinou n’um prompto a doutri-
na às sete: ovelhas desgarradas.
ÀA primeira lição. foi ao sopapo

e deu tão bom resultado que
ficarum desde lego sete narizes
esmurrados, :

& EAA
Casamento

Consorcionaram-se em Casta-
nheira de Pera, o digno – Dele-
gado d’esta Comarea o ex.”º
ar. dr. Alfredo Paes Correia
Telles e a ex.”* sr.º D. Muria
da Soledade Correia.

Os nossos parabens.

Fic REAA RE ANTA SS

A CRISE

O nosso collega «A Opinãos –
fallando a respeito da crise mi-
nisterial diz o seguinte:

«Como “tinhamos / previsto.s,.
illustre chefe do partido rege- –
nerador não conseguiu organi-
sar ministerio, taes foram as
gravissimas difficuldades de que
se viu rodeado, e em vista das
quaes o sr. conselheiro Antonid
de Serpa. resolveu. declinar nas
mãos d’el-rei a missão de cons-
tituir ministerio, :

Yoram chamados.ao Paçó o0s
presidentes das duas camaras,
que conterenciaárám com ‘el-rei
D: Carlos.

Sua Mugestade chamou de
novo o sr. João Chrysostomo,
a quem incumbio a orgauisação
do novo ministerio, ;

O illustre general e veneran-
do estadista conferenciou no
ministerio da guerra com varios —
homens politicos, correndo co-
mo é natural, diversos boatós
sobre a solução da crise. :

Pelas averiguações podémos
proceder, parece-nos que se o
Ulustre general. conseguir orga-
nisar gabinete, este será assim
constituido: : Í

Presidencia. e guerra—dJoão
Chrysostomo.

Justiça— Antonio de Azeve-
do Catello Branco.

Fazenda— Moraes de Carvalho

Reino e interino da.instiúc-
ção publica— Lopo Vaz.

Marinha— Marianno de Car-
valho.

Estrangeiros— Conde de Ma-
cedo.

Obras. Publicas— João Fran-
co Castello Branco. :

*

—A ultima hora sabemos
de certeza que o ministerio –
organisado pelo sr João.,
Chrisostomo é assim com-
posto: õ

Presidencia e guerra==”.
João Chrisostomo: y
Reino e instrucção publi-
ca—Lopo Vaz. ATTEIAINO S
Justiça— Moraes de Car-”
valho: EAA
Fazenda— Marianno de.
Carvalho. 4 &
Estrangeiros— Cónde de
Valbon. b
Marinha— Julio de Vi-
lhena. ; butsio
Obras publicas— Franco
Castello Branco. .

 

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mo aA
é BRevoliano Hubre

* Por cartás partienlares sabe-
se que os indigenas do Humbe
(Mossaimedes) estão em rebel
lião aberta / coutra 03 portugue
Zes.

ES QEITZOO

o .«—_—_W#___A tnA
Presos

Com destino a Penitenciaria
Contral de Lisboa sobiram, des
endeias d’esta villa – escoltados
por uma força de Inf-nteria 11
os 3 presos divis, que alli ‘ vão
cumprir às penas, que lhe fo-
ram appheadas nás ultimas – au-
diencias geraes. SA
STM TIO DDA o ——

Baptisado

No dia 18 teve Jlogar na
Tgreja matriz d’esta villay o
baptisamento do. filhindo, do
nosso amigo e collega n’esta
redacção o sr. dr. Brandão,
O neophito recebeu o nome de
Antonio—toram .padrinhos: à
ex.”º sr.º D. Maria Esequiel
David Leitão e padrinho o sr.
Francisco Farinha David Ler-
tão,, :

Finalizada a ceremonia. reli-
giosa o nosso amigo offerecen
um lauto juntar a nue tivemos
a honra de assistir.

Saudamos pele futuro do no-
vo baptisado.

REEA
– Fallecimento.
—Fallecen depois de prolonga-
dos e doloresos -soffrimentos . o
Paróélio da freguezia da Graça
o rev.º Manoel Henriques Da-
NT S
— Era um sacerdote exempla-
Tissimo. é
A.todos 03 seus as nossas
sinçeras: condolencias.
CORERETRERNDIR ENA

— D OORMRESO S DA
-, Museu

Em Aix la Chapelle ha um
museu de jornaes que contem
um exéniplar-de-todos ou qua-
si todos os que se’ publicam no
mundo. –

Osmaior vina Juz da poblici-
dade ém 1859, em Norw-Yk,
com oó titulo «Numninated qua
drupule Constellations. :

Tem .6 tamanho de um tabo-
leiro! de bilhar; 2,29/ metros de
comprido por 1,67 de largo e
contem 8 paginas de 13 colum-
1348 cada. 1uma. :

. Otpapel émumto forte, a res-
ma pesa 97 Kilos,

TFiravam-se 28:900 exempla-
res e cadu nomero eustava 2,50
francos. & :

O texto que* contem “gravu-
ras em madeira mui bem exe-
cutadas podia-encher. um tomo
em 4.º. Na ultima. pagina não
ha anmunceios.

:Q jornal mais pequeno do
mundo:é «El Telegramma», da

iuadalajara (Mexico), que €
duzentas vezes mais pequeno
que aquelle colosso.

CAMPRÃO DO
Adoravel abnegação:

VÚma irmão da caridade, so-
rôr Ceecilia, praticou em Laval-
lois-Perret um acto de rara ab-
negação,

Vma creanca sÃde quatro. an-
nos e (](1(1 21n HÚVUH“)I'() llltil’n(l
recebera graves quelmaduras,
estava em tratameinto na casa
religiosa a que pertence sorôr
Cecilia. Ultimamente pecron por
tal fórma que se temia, pela sua
vida.

Do hombro ao cotovello tinka
a pubre ereança o osso0 a des-
coberto, produzindo- 1 hê esta
ehaoa ‘ horrorosos — sofftiumentos,

Declaiatamo os medicos que
talvoz fosse possivel salvar a
ereança — cobrindo lhe à parte
chagada com, pelle. humana,
mas ecomo arvanjar quenl se
prestasse no saceríficio de se dei-
xar arrancar a pelle para a
applicar na infeliz creança?

Soror Cecilia, coni uma abne-
gação extraurdinaria oflfereceu-
se para o sacríficio, e applicada
a pelle no braço do. innocenti-
nho, 08 medicos teem toda àa
esperança de o salvar.

Advravel abnegação!
UG oA SE RR A

Doença

Esteve bastante incommoda-
da a esposa do nosso prezado

amigo o sr. Alberto Eugenio

de Carvalho Leitão.
“Felizmente sua ex.? està com-

pletamente restabelecida,.

Estimamos.

MESEASLADT GA ) MNA – AOPISSOCTELISE SST SIEDORNORS AN

e c en A aac en ta —

IIIUACIDS

RA AAA aa ac elndiralvertveno

– SOUSA BASTOS

 

ED
TAM-LVAM
Revista do anno de 1890
Coplas, Junduns, modinhas,
fudos e coros
SE
Embpbpeliezado com o retra-
to dea actriz PEPA em

costume de 1.º quadro do
«T ANTA SS

REEA E
Preço 100 jéis
e ;
a /T Qm
a .
venda no camaroteiro e
bengalleivo do theatro da
rua dos cvondes e mnos kiosques

Al

Fedidos « Livraria Popular,
60, Travessa de / S. Domngos,
60, ou á administração do
«eTim tim – por” Tim tim», na
mesma travessa, — nut 39, /2
—Lisboa.

mmam mee o

NrrINdnMento

Libanio Girão arrenda
as suas propriedades no lo-
gar da Cava; quem preten-
der derija-se ao mesmo pa-
r1a tratar das condições.

ZEZERE

bh
Francisco Antonio ‘de Mat-
tos,

Empregado na direcção geral
das contribuições directas do —
ministerto da fazenda

Preço: — Brochado, 400 réis;
Cartonada, 500 réis: Encader-
nado 500 réis.) sarsors

Pelo correiofacresce ó porte
respectivo.

iVende-se na Livraria Popu-
lar editora de Francisco Fráns
co, T. de S. Domingos, 60,
Lisboa. Remete-se a quem en-
viar a importancia.

PILULAS

Gontra a tenia ou solitaria
Preparam-se inteiramente voe-
2.getaes e inoffensivas —

SAV INFALLIVEIS

Enviam-se pelo correio,

Contribuícão de
REGISTO
REGULAMEMTO PARA A
Liquidação e cobrança da
sobredita contribuição
Approvado por decreto de% 31
de março de 1887, conforme
a edição official, com um ap-
pendice contendo a legislação
citada no mesmo regulamen-
to e, um desenvolvido vepor-
torio alphabetico e remessivo.

2495 EDIGÃO :

 

Incluindo as alterações que
fazem parte. do decreto de 22
de dezembre de 1887 o acces-
centada para & execução uni-
forme do regulamento e de
muitas notas elucidativas,

COORDENADO POR

 

Preco 1 $000 réis
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çus assim como easemiras pretas e de cores para roupas por
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Oscar Nep
E’ uma obra verdadeiramente extraordinaria, cheia de sol
e de vivos aromas, banhada por uma luz saliente e mysteriosas
a obra com que esta Empreza inicia uma seria de publicaçõue
destinadas à eausar sensações; óbras-primas devidas á pena als
thorisada de escriptores de primeira grandeza. Esta, que no-
faz passar pelos olhos deslumbrados, como n’um sonho produzi- —
do pelo opio, toda a phantastica vida oriental, é, sem duvida
muito superior aos contos que existem traduzidos por Galland
pois que encerra os mysterios, a8 reminiscencias do Oriente,–
desdv a litteratura d India até aos poemas traçados hos confine,
da Asia, como àa litteratura persa, arabe e japoneza. í
.Em todos os: paizes /onde OS MIL E UM DIAS tem
feito a sua apparição, nun erosas edicções se tem logo esgotado
em resumido espaço de tempo. ‘
CONDIÇOÕES DA ASSIGNATURA
LISBOA

Duas folhas, por semana, de 8 paginas, em 8.º grande, alternadas com.

bellas illustrações pagas no acto da entrega….220++ Petçãon B0 TEIS
: í : PROVINGIAS

Um fascienlo quinzenal de quatro folhas, de oito paginas, uma gravurw

inpressão nivida, pagamento adiantado…..i1ricia ee .. .120 reis

EMPREZA EDITORA DO MESTRE POPUÍ;AR
2.º— 278 Rua da Magdalena, 273—2.º
LISBOA3—2.º

@@@ 1 @@@

 

CHROMOS,
Fibro de Contos
de

D. Mágdaiena Martins dée Carvalho

EEA L ASa

Orlivro que brevemente vãe ver a luz dá publieidade sob
o titulo’ de CHROMOS; e onde se reune uma admiravel é va-
os seima collecção de contus, váe ter um grande suctesso por!
€r uma obra de merito, onde o leitor vacila ho que mais ” de-
verá apreciari:.se.o elevado do estylo, se 6 butilado da phrase:

A sua auctorage;uma escriptora distintissima, como o attes-
tam as suas produleções que são muito procuraáas e ldas, es

pevialmente ho À emtejo; e o livro que ora váe aparecer: terál

uma larga extracção não só ali, mas em qualquer parte onde
pparéça algumbexemplar. ;

Conaicções um assighktura

O livro CHROMS, formará um eleganteé volume que, em
Reguengos e naCertã, pode, ser: adquir.do pelo modico. :

Vreco 300 reis
nas demais localidades. por 320 reis,

Pedidos á auctora, em Reguengos, on ao editor Joaquim Mar
s Grjillo’, na Certã.

Õ

Mrria , É. Suitão
Bscrivão e Tábeifião
Pedrogam Grande
“ESCRIPTORIO,
ãi:m deMiguel Leitão d’Andra-

Joãb Antonio Caetano
‘ Rna do Eirádo

Lojá de mercearia, tabacos, cà
bedal, sóia, ferragens eutirus vitigo

Privob conviiniads
: :

Abilo Nogueira David

s hcÀ—

CAMPEAO DO ZEZERE É

Qfnmpu’n!j de Mnvegacão

s
“ Hamburgneza R Chargeure
MALA REAL E 2 REUNIS
Portúguezà Messagereis
Lloyd Breneú (A Maritimes

Ete. Ete. Ete. Ete:

“” Para todo os pofz’tºêà do
Drizsil, Sic Oudaibal » Oristal n

SAHIDA DE LISBOA, para todos o0s pórtós d’África, em
15 de cada mez. ; K;
Às creanças de passageiros, ate dois ahhos. gratis: de tres a guátro, aúz
nos, um quarto de passagem; e de exmeo à diz/annos meia, passagem.

Pará os diversos pomos de BRAZIL, em .din’Fl’PÉIÍPB’IIÍÉ,iS dos niezes

Passasrr. sratuitas para 0 Brazil
Nos. magnificc: paqueteá a tompanhia Charguers Reunis que sahem
dê Lisboa em nm «. v dois deis oê eada Mez dão-se passagens gra- —
tiitas as familias, de trababadores que desjeemir para quasquersProvinciá
do’ Brazil, d’éste Lisboa ate «o lio va Tabeito. A’sua / chegaãcia ali, o Go:
Vérnio cunçede-lhes transporte/gratuíio e a Piovineia/a queise; distinemé
ne ahi são livres para enpregarein à sha activídade, laboriosa trabúlho:
quê mais Ihe convenha não contrahinãlo, nenhuma divida pelos benefícios 1 e-
recebidos, EAA AAA ;

Na redacção d’este jornal bíéstâb—sâ Hsc]’ài’ê’cimehtbáa :
– Agehte na | psiso ) s
dextá &.
dJseguim Martiss Erillo

Olitina Wenisderindor. …
Misort ÂnTonto Quinco
Travessá Pires N.º 2

TELerta SST

1 Ét

Advodgado .

Mercearia e Tabacaria
J. A. de Souto Brandão!

; WIBPIQERLA , e
ESCRIPTORIO FORENSE,

Largo da Igreja
Pedrogami Graúde

N’este escriptorio toma-se
tonta de qualqter cáusa civel,
€rime ou prominoções, quer
dependam dos tribunaes da Co-|
marca de Pedrogam Graiide
quer de outros quaesaúer tri=

bunaes do paiz; e tambem de NIÍTIDEZ
outros quaesquer negócios civis | :

das repartições . públicas d’esta l E

Yilla, ou fora d’ella; Bont papef-

Mercearia é Tabacaria
: DE

liiiiu’!lº Whm&níã[nârré% Juntas de

t Rua’dê Miguel Leitão d’Andrade

CAatO: sh a5 ; ,12] quaesquer outiás rtepártições;
ESTA, icreditáda casa acaba; de Eulmé%, etes ESA

teteber fina Manteiga e bons aássuca-

tês, chá e calê, que vende por preços | ; TS Egn d= ED
tnuito rásoaveis, assito como esta óf Bilhetes dé Visita. 112100
€spera , de. magificos charuíos e outras é MALS UE S ds o
qualidades de tábicos. o é EA ;

é GE DretOS e :

lanos! GCueiano EEA
.A Targo do Municipio
Estabeleciimento de ferrágens |f
louças ccabedal. Agente
da . Companhia’ de’
Beguros Tágus’ .

s L$
Partecipaçõ

Certã.

Í ,hquer serviços, D

Nesta typográphia confecionatm-sê eom rápidez quaesquer
livrosº _impl];essog pára Juizes de % É

árochias, Júizes Ordinários, de Pas é Miúnitipaés;
cobrança/ de contgruas, diversas Confrára :
trações; Recebedorias, Répartições de
fiscal, Pharíacias, Estabellecimentós, Depositos dê tabacos; €

« EBE Nc dS

és de tascmenta de téÓae pára tima:

o BraxsSs oc

/ O proprietario d’este estabellecimento encarrega:se de quacs-

Compra Kvros é encarrega se da venda doutros; Etes

Nestá: officma confetiona-se todo 6 qualqhes trabalho ‘cohs
cernente à Esta arbes c : Í H HIDSiilA

Tíyompmà Í
DE

” JOAQIHM MARTINS GHIL’LU ;
Travessa Pires N. 1-2 e Beteo dá Iinpretisa N;º3

CERTA

Boaduim Pirés & Dávid.
– LARGO DO MUNICIPIO,
Loja de Meitearia; tabacariá;
%éi-‘rágéhs ejfazehdas BráBo
ꪪ__,_?ªªi_ ‘Etú;
LFinareciiino Lopes UE Siita
— Lárgo d6 Encontro
.4 Merécaria é Pabacaria

O REGREIO

RAPÍDEZ âgi—ígià teinahál, Liue:
E rária & Chársdiastica

NNA LRAA S O — 2Retreio= & sefmadihvida tme
Pieços modicoS — |das páblicações fetbrariãs/fáis bare
tas. do. pãis e gque tem, bhbicaments ;
ém vista proporeivhat àos s.evs assig;
Óuhtes leibra atmena o t) nediahro,
Ua hcdiciasãha reiibontãca 18tb $
tida pthbia =E0 1éia; tom 16 pariz
ª-‘ÍÍ à dbas cólumbas é em optitho pas
PEA A TDA E TAA AS
L Está cm pablicação à 10 é seri.Ca-
da série de 96 himeéros, lermain um
voluinê completemente independente:
tm Lisboa à asdignatara pegá no d. o

ireito; Delegados,, Esttivães;

‘%s; Camaras, Ádihidis-
azênda, Escolas; Corpo

ctorporações poblicas ou parti

EE Ã da intiegã, Párá a próvihéia, é assig=
—————— a AA : dA 1, Vastala e jéria ds séries ; 36 holeroe
RPA 25 de 100 à 800 réisfecosta S0 reis: “.. AÇA o

visud; BO de 150 a 450 é | TFoda à eortespondendia devé
ec 100 j 950 a 500 é |ser dirigida à JoRo. Romano

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