Beira Nova nº1 10-04-1932

ANO – I-NUMERO 1

DEIR
Demi

Ab

PRÓ DEFEZA DOS INTERESSES DOS CONCELHOS DA SERTÁ, PROENÇA-A-NOVA, OLEIROZ, VILA DE REI E PEDROGÃO GRANDE

Director e Editor: NUNES COSTA

Propriedade do, Grupo “BEIRA NOVA” (em organisação)
Redacção e correspondencia: RUA DO DESTERRO; 23, 3.º-E.

LISBOA

Composição e impressão : Rua Antero do Quental, 16-Tel. N, 3097

H ASSINATURAS ||

|| Ano cs o 12500 |
Semestre E ; 6400 |
ArimeRgtro. 4 tores,

 

Administrador: (5 USTAVO ÁLVES
| Administração : Pedrogão Pegueno (SERTÃ)

Corpo Redatorial :

de Lisboa .
Bo

«Prometi uma cronica e vou já es-
crever, na minha bôa fé de a poder
concluir na comoda brevidade de
trinta minutos». Assim eu disse co-
migo e sentei-me logo á mesa do tra-
balho. –

Faltava-me porem um assunto, um
assunto singelo, para ser lido com
agrado, depois de ser escrito na conci-
são incisiva de uma linguagem aberta
e leal. E, logo vi a impossibilidade
de realizar o meu intento.

“Esgotaram-se-me os trinta minutos
com a pena na mão, sem que eu és-
crevesse uma frase. E quanto mais
fui insistindo com a teimosia do meu
espirito apostado a negar-me o que
quer que fosse, piores resultados
obtive e não fui capaz de pensar se-
quer | Portanto eu estava morto para
obedecer a minha vontade, embora
sofresse com muita consciencia mais
esta desilusão do meu espiríto auto-
ritario e rebelde.

No entanto serenidade é o reme-
dio para as grandes crises, e se mais
ama vês concordei, que havia mo-
mentos de irredutivel intransigencia
entre a vontade e o espirito de quem
escreve, propuz-me firmemente a es-
ecrever, sem procurar estabelecer
aquele plano mental, à guisa de uma
carta amavel a um amigo de confian-
ça. E não havia outra maneira de
cumprir com o prometido.

* + *

Mas que belo, espléndido, inspira-
dôr e oportuno não é tudo isto que me
rodeia! Estou mesmo convencido que
nunca assistia um espectáculo egual,
nem nunca me foí dado apreciar tan-
ta delicadeza no apuro elegante dos
bons costumes lisboetas. E que felici-
dade nem eu sentir a mentira con-
vencional que a civilisação nos im-
põe! Acho tudo tão natural, tão sim-
ples, tão cativante e tão cortês que
os menores desejos, as mais peque-
nas tentativas alcançam um êxito
completo !

Ha uns dias, qualquer coisa de
extraordinario se passa, uma modali-
dade nova no dinamismo psico-físiico
da city portuguesa se opera, E nin-
venha alirnar o contrario Até os
mais antagonicos interesses acham
uma plataforma de equidade de jus-
tiça!

Como tudo isto parece diferente!

A divisão natural do trabalho, a
distribuição hierarquica de funções,
a harmonia ea logica que se consa-
gram no ambiente da cidade marcam
bem uma fase nitida e a turba fan-
farrona, que andava á socapa imagi-
nando escandalos, calou-se prudente-
mente. Lisboa já não consente ser
o coito do ridículo disparate e do
maledicente boato.

Tudo se afigura calmo, como que a
pressentir o princípio de uma renova-
ção criadora daactividade portuguesa,

Suponho que a primavera de 1952
trouxe tal dose de optimismo salutar
que é inegavel o advento de uma
mentalidade nova, sadia, forte, sem
réclamos da vaidade, mas orgulhosa
do seu valor e do seu poder pratico.

Lisboa é hoje a amena cidade eu-
ropeia, paragem obrigatoria no rotei-
ro do mundo e, por isso, Portugal
mal suporta aquela designação geo-
grafica com que os franceses o apon-
tavam: «la bas en Espagne», E, lá fóra,
no estrangeiro, marcam-se os ren»

| Carta

Bem servir

Na época que passa, tão cheia de dolorosas incertezas, em
que tantas ideias generosas sucumbem por descarinho de ambien-
te, a nós próprios preguntamos se não representará cometimento
inglório isto de pôr a circular uma gazeta regional,

Vão cerrados os egoismos. :

A luta pela vida adquire proporções de batalha sangrenta, es-
terilisando as almas para as manifestações do bem.

Iniciativas ditadas pelas mais nobres intenções, extinguem-se,
a miúdo, como éco em descampado.

Porque conhecemos suficientemente o meio em que estamos,
que não deve ser dos meiiós refractários a empreendimentos dêste
quilate, não nos deixamos aliciar por optimismos excessivos, Sa-
bemos que vamos defrontar-nos com dificuldades tenazes.

A nuvem do analfabetismo, que paira sobre o País como um ;

pesadelo, é nesta região espessa bastante para empecilhar-nos o
caminho. /

Temos que contar ainda com a massa inerte dos indiferentes
que, infelizmente, em toda a parte é muito grande.

Apesar de tudo—iamos a dizer, por isso mesmo-—aqui esta-

“mos a ocupar um modesto sector na imprensa portuguesa, por

amor da nossa terra.

Não trazemos na nossa bagagem um programa de acção jor-
nalistica laboriosamente preconcebido.

Preferimos ir realizando, a prometer em vão.

Duas palavras chegam para sintetisar o nosso programa:
bem servir. E : ç

Servir com alma, com amor, com verdade, dentro das balisas
dum bem compreendido bairrismo, a nossa querida região.

Queremos que ela seja mais conhecida do país, possivelmente
mais amada de seus filhos e tenha dos poderes publicos a consi-
deração que lhe é devida como valiosa parcela de Portugal.

Não temos politica.

Melhor : não arvoremos êste jornal em estandarte de nenhu-
ma crença. à

Só nos interessarão os homens ou as parcerias, na medida em
que a sua acção se resolva em beneficio ou desproveito colectivo.

Qu ndo tivermos de louvar—louvaremos.

Se fôr mister discordar — discordaremos.

Mas nunca o Ódio, o acinte, a má fé envenenarão os nossos –

juizos.

Procederemos sempre com a lealdade e correcção de homens
educados, que pôem acima de tudo o valôr das ideias e a nobre-
za de sentimentos.

O meio provinciano—sabem-no todos—é facil viveiro de pai-
xões que dividem os homens.

Não é raro procurar-se, mesmo discretamente, empurrar um
jornal desta indole para o serviço duma facção.

Aos que pretendessem levar-nos por esse caminho, respon-
deriamos :

«Beira Nova» tem uma unica divisa :—Pela resião.

E sendo um jornal de todos, não é um jornal de ninguem.

AVISO e

A’S PESSOAS A QUEM ENVIAMOS O
JORNAL PEDIMOS O FAVOR DE O DE-
VOLVEREM, CASO NÃO DESEJEM ASSI-
NÁ-LO, PARA ASSIM NOS EVITAREM
PREJUIZOS.

SERÃO CONSIDERADOS ASSINANTES
TODOS OS QUE NÃO FIZEREM A DEVO-

o LUGÇÃO. ; e

3500 | AMERICO REBORDÃO, MARIO TAVARES E MARTINS MOREIRA

Miradouro…

Baptizar um periodico regional não
cuidem os senhores que é coisa sim-
ples.

Vozes, Ecos, Gazetas disto e da-
quilo são coisa tão estafada,..

Há que ter em conta certas suscep-
tibilidades bairristas, os pruridos dos
que pretendem puxar a brasa á sua
sardinha,

Há ainda o tropeço da Biblioteca
Nacional, espécie de registo civil de
publicações recemnascidas, que não
consente que se repitam chamadoiros

Beira Nova agradará a todos os
nossos leitores ? ia

A nós agrada-nos, porque diz mo-
cidade, entusiasmo, vontade renova-
dora ao serviço da nossa região,

jo “E isso nos basta,

OHMS

Propositadamente damos relevo ás
nossas informações àcêrca da visita
do senhor Governador Civil à Sertã.

Que mais não tosse, ela serviu para
á sua volta se agitarem problemas
locais cuja solução se vem arrastan-
do há muito tenpo, por cuntrarieda-
des insuperaveis alguns, por môr da
moleza indigena, outros.

No momento em que tanto se fala
na pacificação da familia portuguesa,
por que nós tambem vivamente an-
Siamos, muito nos apraz registar afir-
mações como as que produziram em
20 de Março, no Grémio Sertaginen-
se, individuos norteados por ideolo-‘
gias divergentes, mas unidos num só
pensamnento—o bem da sua terra,

Muita gente inquirirá por que bu-
las resolvemos alargar a esfera de
acção do nosso jornal até ao conce-
lho de Pedrógão Grande, ;

Justifica-se o reparo.

Mal comparado, é como se uma ga-
linha abrigasse, sob as azas, pintos
de outra ninhada.

Para futuro, o leitor terá a expli-
cação desta aparente anomalia.

Por agora diremos sómente que
existem, Aquem e Alem Zezere, inte-
resses comuns a defender, interesses
fundamentais que determinaram, em
boa parte, o aparecimento da «Beira
Nova»

EE e e a
CE see eee mm

dez-vous para visitar Lisboa, enquan-
to o pensamento e a cultura interna-
cionaes procuram passar umas apra
ziveis ferias em Portugal.

E quantos desses congressistas e
conferencistas, artistas e pensadores
não teriam consultado este nosso glo-
rioso azul celeste, sobre a tão almeja-
da faz universal?

E? possivel que eu me engane, mas
não erraram certamente aqueles que
sobre Portugal e a sua cidade capital,
acabam de escrever nas duas linguas
de maior expansão, francés e inglês,
com o acrisolado carinho de artistas
consumados,

Eis, meus senhores, a minha cro-
nica-carta que vos envio, saudando
a nobre Beira, uma das províncias
portuguesas que nunca regateia o seu
concurso para maior exaltação da
patria dos Lusiadas.

Beira Nova

ACTIVIDADE MUNICIPAL

Ouvindo o sr. capitão Farinha Mateus, administra-
dor do concelho de Proença-a-Nova

«Beira Nova? tem as suas opi-
niões. Julgará os factos ou os
homens com inalteravel impar-
cialidade, buscando errar o me-
nos possível. Mas não pretende
ser juiz único, porque não se
tem por infalível nem por omnis-
ciente.

Modesto orgão da imprensa,
cumpre-lhe auscultar as opi-
niões alheias, preferindo as mais
autotisadas, e transmiti las fiel-
mente aos seus leitores.

Sempre que a oportunidade
se preste quando houver ques-
tões importantes a agitar, de in-
teresse geral, bem entendido,
chamará a depôr as pessoas que
estiverem em condições de
o fazer, pela sua categoria
social, pelas suas funções,
pelos seus conhecimentos.

Seguindo este criterio,
publicamos . hoje uma en-
trevista que amavelmente
nos foi concedida pelo
capitão sr. Farinha Mateus,
ilustre administrador de
Proença-a-Nova, a quem
tivemos a felicidade de
ser apresentados, a uma
mesa -do «Nicola», ainda
quando o nosso jornal não
passava de um sonhe pro-
metedor. RA

-— Há quanto tempo está
v. éx.º desempenhando o
cargo de administrador?

—Fui nomeado após o
28 de Maio. Pouco tempo
depois deixei o lugar, por
motivo de doença, voltan-
do a ocupa-lo há 2 anos,
até á presente data.

— Pode v. ex.” dizer-nos
alguma-coisa sobre a sua

acção desenvolvida em prol do

concelho, durante esse nerio-
do? ;

—Não devo falar-lhe só, de
mim. A’ Comissão Administra-
tivo do Municipio, que é cons-
tituida por homens cheios de
iniciativa e de boa vontade, ca-
bem, em grande parte os louros
da obra realisada.

Lutando com a insuficiência
dos rendimentos públicos —
doença que aflige muitos muni-
cípios do País—a actual verea-
ção conseguiu obrar o máximo;
dispendendo o mínimo,

Começarei por lhe falar das
vomunicações, que é onde me-
hor -se-patenteia-a-actividade
camarária. RESARE:

Com o auxílio dos habitantes
da área mais directamente inte-
ressada construiram-se, ou es-
tão em via de conclusão, as es-
tradas (terraplanagens, sómente)
ligando os povos das Cimadas
Cimeiras, Cimadas Fundeiras,
Malhadal, Vergão, Cargas e Per-
ulho com a séde do concelho.
lambém a séde da freguesia de
Alvito da Beira, o lugar de Con-
queiros, da freguesia de Sobrei-
ra Formosa gosam já de ligação
directa com a Estrada Nacional
1.9 14-12.

—Entende v. ex.“ estar assim,

resolvido definitivamente o pro-
blema?

– Coneluida que seja a Estra-
da Nacional n.º 12-1.º, na parte
que nos separa do concelho de
Vila Velha de Rodam e aberta
qualquer ligação directa com a
estrada de Oleiros, podemos
considerar o concelho regular-
mente servido de comunicações.

Mas isto já não depende da
Câmara, é da competencia da
Junta Autónoma das Estradas
que, por certo, não deixará de
meter ombros, muito em breve,
a esses grandes melhoramentos,
tanto mais que eles não interes-
sam sómente a Proença: apro-

acompanhado o esforço da Cã-
mara?
– —Relativamente aos seus fra-
cos recursos, têm. O Município
concede-lhes anualmente, no li-
mite das suas possibilidades or-
camentais, verbas para ocorre-.
rem às suas despezas privativas,
provando interessar-se pelo bem
estar de cada uma delas.

— Que nos diz v. ex. do es-
tado da instrução no concelho?

—O número de escolas de
que dispomos está longe de
chegar para as necessidades de
toda a população concelhia, que –
vive espalhada por uma grande
área, embora seja para louvar

e manni ada nana

SE

Um aspecto da vila de Proença

veitam’ a todos os concelhos

desde Coimbra, que assim pas-
sarão a estar directamente líga-
dos com o Alto Alentejo.

— Que mais existe a docu-
mentar a acção da Câmara?

—Repararam-se os edifícios
públicos a cargo do Município,
não esquecendo as escolas que,
têm merecido especial atenção
e às quais se forneceu o mate-
rial indispensável às exigencias
do ensino.

Repararam-se também as fon-
tes principais, cujo estado dei-
xava muito a desejar, detenden-
do-as contra o perigo eminente
de infiltrações.

Neste capítulo quero desta-
car-lhe o fornecimento de água
à séde do concelho, obra de in-
discutível vulto local, para a
qual acaba de ser concedido,
pelo: Ministério do Comércio,
um subsídio de 40 contos.

Referirei ainda o calcetamen-
to das ruas de Proença e da So-
breira, para cujo aformosea-
mento, que deveras nos preo-
cupa, muito contribuiu a caia-
ção dos prédios e dos muros,
ordenada pela Câmara e levada
a efeito pelos respectivos pro-
prietários-

—As juntas de freguesia têm

“ar dedicação “dos professores

que as servem. Das escolas exis-
tentes somente uma parte fun-
ciona em edificios próprios.
Muitas estão instaladas em ca-
sas particulares.

Ultimamente foram criadas
5, que não poderão instalar-se
rapidamente, – como era desejo
das entidades oficiais, por não
haver edifícios nas respectivas
localidades.

Procurar-se-há remediar esta
falta, fazendo interessar os po-
vos na resolução do problema.

Ao Govêrno, que aliás não
tem descurado este assunto,
compete uma boa parte da ta-
refa.

Nunca são demais os saerifi-
cios que se façam para instruir
o povo. Sendo velha aspiração
da vila de Proença possuir um
edifício escolar expressamente

. construido para esse fim, que

comporte toda a sua população
infantil, resolveu a Comissão
Administrativa, de colaboração
com a junta de freguesia, dar ,
brevemente inicio á sua cons-
trução, para a qual os particu-
lares estão dispostos a concor-
rer com materiais e trabalho,
Quando se esgotaremas possi-
bilidades locais, recorreremos ao
poder central, para que nos aju-

 

de a levar a cabo essa utilis-
sima obra.

— Pode elucidar-nos sobre os
recursos económicos da área
que administra?

—O concelho de Proença é,
na generalidade, dotado de um
solo ingrato. Em compensação,
os seus habitantes possuem a
persistencia e honestidade ne-
cessária para suprir as deficiên-
cias do meio.

Ao seu esforço se devem as
produções relativamente avul-
tadas de alguns géneros, entre
os quais o azeite ocupa posi-
ção saliente, por ser dos mais
finos do País-

O comércio e a indús-
tria experimentaram um
incremento relativamente
apreciavel, nos últimos
– tempos, o que, no entanto,
ie nos não autoriza a consi-
derar Proença uma terra
industrial. :

— Existem manifestações
da crise de trabalho na re-
gião?

—Sim, já se esboçam
ali reflexos da actual crise
económica.

Para a debelar só ericon-
tro um meio que, de resto,
vem sendo geralmente pre-
conizado: a execução de
trabalhos públicos–estra-
das, escolas, etc. — em que
se aplicariam muitos bras,
ços inactivos.

Bastaria que o Estado
mandasse construir os edi-
ficios escolares e estradas
consideradas de mecessi-
dade inadiavel, para desa-
parecer a crise de trabalho
local, ao-mesmo tempo que se
aumentaria o bem-estar da po-
pulação com a posse de taís
melhoramentos.

—E quanto á assistencia pú-
blica, que nos diz v. Ex.?

— Devo dizer-lhe que o qua-
dro não é positivamente anima-
dor. ; –

A miséria é grande e nós
pouco podemos fazer para lhe
travar o passo. O que se tem
feito nesse sentido pouco exce-
de as fronteiras da generosida-
de particular.

Tanto a Misericórdia de Pro-
ença como a de Sobreira For-
mosa foram contempladas nas
últimas distribuições da Diree-
ção Geral da Assistência com
subsídios simplesmente irrisó-
rios. Confio em que aquela en-
tidade, para futuro, atenda mais
convenientemente as necessída-
des das referidas Mísericórdias.

Estava terminada a entrevista.

A conversa derivou para a
projectada publicação do nosso
jornal.

O sr. capitão Farinha Mateus
não escondeu a satisiação que
lhe causou a ideia e logo al
nos afirmou a sua preciosa so-
lidariedade, prestando-se a cria,

Beira Nova

O chefe do

Realizou-se em 20 do mez
“passado a visita do Senhor Go-
vernador Civil de Castelo Bran-
«co á Sertã, que estava anuncia-
da havia algum tempo.

O hospitaleiro berço de Ce-
finda prestou á autoridade su-
perior do distrito recepção
-«condigna, que devia ter produ-
zido no espirito do senhor Dr.
Selaviza, grata e perduravel im-
pressão.

E’ interessante notar que até
os elementos discordantes da
situação politica abateram na-
«quele momento bandeiras, al-
«guns por circunstancias de ami-
zade pessoal e todos pelo reco:
nhecimento dos serviços pres-
tados por aquele delegado do
Governo ao concelho da Sertã.

Eram treze horas quando o
estralejar de foguetes anunciou
a chegada de S. Ex.º, que pouco
depois se apeava no largo fron-
teiro á farmacia Lucas, onde o
aguardava numeroso público.

A seguir dirigiu-se á casa do
senhor Pinto de Albuquerque,
onde almoçou, enquanto as
pessoas em destaque no meio
se iam juntando no Grémio
Sertaginense, escolhido para a
cerimonia dos cumprimentos
oficiais, por os actuais Paços do
“Concelho, que provisóriamente
substituem os que arderam em
1917, não oferecerem condições
“para êsse fim.

A’s 1430 entrou o senhor
Governador Civil no Grémio,
ao som do Hino Nacional, exe-
cutado pela Filarmonica Serta-
ginense, sob a regencia do se-
nhor Antonio Teixeira,

Com a sala de honra comple-
tamente cheia, o senhor Dr. Nu-
nes da Silva iniciou os discur-
sos, improvisando uma vibrante
alocução.

Referiu-se á amizade que o
senhor Governador Civil tem

 

Tum RAT Cimino ]

[73 RUA DE E SAPADORES “78
io SPA er

ToDos os ÁRTIGOS
DE FANQUEIRO E |
MODAS.
ENCARREGAM-SE DE,
ENCOMENDAS PARA
mimo CASSA nona mé io
| ED ROVINGIAgã
| + ne

ambiente, no seu concelho, a
esta honesta tentativa.

Sabemos que já começou a
cumprir a promessa.

Daqui lhe enviamos a expres-.

são do nosso reconhecimento,
com protestos de sincera ho-
menagem às suas qualidades de
acção e de inteligencia.

A!” laboriosa população do
«concelho de Proença dirige tam-
bem a «Beira Nova? carinhosas
saudações.

distrito de Castelo Branco visita a Sertã

manifestado pela Sertã, e solici-
tou a atenção de S. Ex.* para o
facto de a séde do concelho se
encontrar, por falta de comuni-
cações, isolada da maioria das
freguesias, o que constitue um
dos mais sérios problemas lo-
cais.

Terminou por fazer afirma-
ções politicas, merecendo as
suas palavras finais ovações da
assistencia.

Segui-se no uso da palavra o
senhor Dr. Carlos Erhardt, co-
mo presidente da direcção do
grémio, que em seu nome e
dos respectivos sócios, cumpri-
mentou o senhor Governador
Civil e acentuou o júbilo com
que o povo da Sertã o recebia.
Expôs algumas necessidades da
vila, entre as quais o estabele-
cimento de um sistema de
esgotos e a renovação da canali-
sação da agua que, por ser muito
antiga, não oferece condições
de duração.

Falou depois o senhor Dr.
Virgilio Godinho. Discurso
cheio de elevação e ombridade.

Disse que estava alí, não por
concordancia de ideiaíis politi-
cos, mas para prestar homena-
gem a alguem. a quem a Sertã
devia alguns benefícios e ainda
pela circunstancia especial de
ter sido antígo condiscipulo do
Dr. Selaviza, cujos méritos e
boas intenções reconhecia.

Entre várias considerações, o
orador afirmou a necessidade
de se elevar a mentalidade do
povo da região por meio da

Escola, porque, infelizmente, ele
não possue uma consciencia
esclarecida que o faça senhor
da sua vontade.

Foi muito aplaudido.

Discursou a seguir o senhor
Dr. Angelo Vidigal que, como
o orador antecedente, declarou
militar em campo politico dife-
rente daquele que o senhor
Governador Civil representava,
o que não o impedia de se as-
sociar áquela homenagem, co-
mo amigo pessoal de S. Ex.* e
por entender que da sua acção
administrativa algo de útil re-
sultara já para a Sertã.

Julgava, no entanto, não de-
ver esquecer o antigo Governa-
dor Civil, senhor Capitão Julio,
a quem a Sertã devia a conces-
são de um subsídio de 100 con-
tos, pelo que pedia ao senhor
Dr. Selaviza para ser intérprete
da gratidão do povo sertagi-
nense junto daquele seu ante-
eessor.

Terminou o seu discurso com
um vivo á Pátria e à República,
sendo muito ovacionado.

Falou, finalmente, o senhor
Governador Civil, passando em
ligeira análise os discursos an-
teriores.

Disse que um dos principais
capitulos do seu programa con-
sístia na ligação dos povos dos
vários concelhos do-seu distri-
to com os centros urbanos
maiores, e reconhecia que o da
Sertã era o mais necessitado.

Tendo aberto um mapa, veri-
ficou que não existia entre a

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Sertã e Vila de Rei qualquer
via de comunicação.

A construção duma estrada a
ligar êsses dois concelhos,—
declarou-— impõe-se imperiosa-
mente e ele fará tudo para a
conseguir.

Agradeceu a homenagem que
ali lhe estava sendo prestada..
afirmando que a sua visita á
Sertã fora ditada pelo interess
e amizade que êste concelho
lhe merece.

Entrando no campo das afir-
mações politicas, o senhor Go-
vernador Civil elogiou caloro-
samente a obra da ditadura e
lamentou que. valores como
os Dts. Angelo Vidigal e
Virgilio Godinho, pessoas que
lhe mereciam o maior apreço,
não viessem colaborar com a
actual situação politica, pois
seriam bem recebidos.

Uma frase: «o que muita
gente receia é que com a Dita-
dura a Republica venha a mor-
rer. Mas eu garant: aos senho-
res que isso é falso. A Republi-
ca está segura porque a Ditadu-
ra a quere e a sente e os seus
homens republicanos são. .

Referindo-se à Comissão
Administrativa, disse que não

– podia ter sido mais feliz na es-

colha dos seus membros, desta-
cando o nome do seu presiden-
te, sr. Pinto de Albuquérque,

“pela sua competencia e quali-

dades de trabalho.

Ao terminar a-sua alocução,
o sr. dr. Selaviza recebeu da as-
sistencia uma prolongada salva
de palmas, ouvindo- se alguns
vivas a s. ex*

Depois da recepção O ST. SO-
vernador civil visitouas. cadeias.
escolas, a Câmara e o hospital

A” noite foi-lhe oferecido um
banquete, seguido: de baile, ten-
dos. ex.º retirado para Castelo
Branco por. volta das 3 horas
da manhã.

i “2 Roi

NOVE DE ABRIL

Vão decorridos 14 anos sobre esta,
já agora, histórica data.

o povo de Portugal acaba de viver,
mais uma vez, horas de intensa emo-
ção patriótica, evocando o sacrificio
sublime da arrancada de La-Lys.

Os mortos esquecem depressa,
diz-se.

Não é bem assim.

Aos que tombam em defeza da Pa-
tria, o tempo aproxima-os mais de
nós, estreita-os, em elos de saudade,
ao nosso coração.

O nove de Abril foi uma jornada
trágica, iluminada de clarões de he-
roismo.

Não venceram as nossas armas ? E

Que importa! Venceu o espirito da
raça, que em La-Lys obrou o inve-
rosimil,

Tambem nós, ao relembrarmos es-
ta data, estremecemnos de saudade
pelos mortos e de admiração pelos
vivos, que cimentaram com o seu
sacrifício a integridade da Nação, nu-
Ba hora incerta da sua história.

E e nero

Se és amigo da tua terra, assina a
BEIRA NOVA, que nasceu para lhe ser
útil.

UM ESCUDO por mês, que não pesa
nada no teu orçamento, representa a
gida dêste jornal. ê

 

Justificando

“O aparecimento dum jornal
tem sempre a sua natural justi-
ficação. E é por esse motivo
que, neste momento em que o
nosso jornal vem á luz da pu-
blicidade, me sinto adstricto ao
cumprimento duma obrigação
para com os nossos leitores.

Chamo-lhe obrigação ou de-
ver, porque é evidente que to-
dos os nossos leitores, ao rece-
berem este primeiro numero do
nosso jornal, pretenderão saber,
logicamente, qual o motivo da
sua publicação eos fins que
com ela se visa !

E” pois justo que comecemos
por explicar o seu réal objecti-
vo para que de futuro nos em-
tendamos. :

A «Beira Nova? é, como o
proprio nome nos indica, um
jornal ‘ essencialmente beirão, e:
mais restrictamente — um jornal
regionalista. a :

A! sua frente estão alguns
moços da Beira na maior pujan-
ca da vida, os quais se encon-
tam dispostos a insuflar-lhe as
melhores energias, pelo simples
facto de terem sentido já por
diversas vezes a necessidade da
existencia dum orgão local na
imprensa, destinado a focar —
sempre que se lhe ofereça
oportunidade — os assumptos
ou problemas de mais palpitan-
te interesse para as populações
abrangidas pela sua esfera de
acção.

A <Beira Nova» é portanto
um jornal que tem apenas um
único fim em vista—a defeza
dos interesses das regiões a
que se destina, convenientemen-
te aliada à propaganda do seu
comércio e indústria, indispen-
sável característica destas pu-
blicações. ; Í

A «Beira Nova» é finalmente
um jornal á margem de ques-
tões políticas e religiosas, abrin-
do as suas colunas a todos os
que, com razão e com justiça,
desejem contribuir para o en-
grandecimento da sua terra,
trazendo à tela da publicidade
alvitres que de algum modo in-
teressem ao progresso da re-

gião.
MM,

VISADO PELA COMISSÃO
DE CENSURA

Beira Nova

DE TODOS OS CANTOS DA REGIÃO

Sertã

Estiveram aqui ha pouco o capitão
de mare guerra sr. Carlos Tasso de
Figueiredo e o comandant= de Caça-
dores 2, coronel sr, Alberto Tasso de
Figueiredo,

x

Veio de visita a sua tia, D. Carlota
Pinto Tasso de Figueiredo, que este-
ve doente, a senhora D. Judite Pinto
Tasso de Figueiredo Conceiro de Al-
buquerque. é

*

De Castelo Branco, onde foi passar
a Pascoa, já regressou ao Marmeleiro
a professora sr. D. Maria Alice Mar-
ques Maia. )

Xe

Passaram a Pascoa entre nós os
académicos: senhores Dr. José Bara-
ta, D. Maria Emilia Belchior Rossi,
Rorgério Marinha Lucas, os irmãos
Raul e Reinaldo Lima da Silva e o
seminarista Acacio Farinha.

X%

Tambem vieram passar a Pascoa á
Sertã os senhores: coronel Conceiro
de Albuquerque, Eugênio Leitão, en-
genheiro Carlos Caldeira e Adrião
David.

*

De visita aos seus numerosos ami-
gos, esteve aqui e em Sernache o
meretíssimo Juiz sr. Dr. João Luiz da
Silva.

Pedrogão Grande

Decorreram com grande solenida-
de as festas da Semana Santa, que
este ano tiveram como promotores
os senhores: Antonio Lopes Roldão
e José Henriques da Silveira. Os ser-
mões foram prégados por distintos
oradores sagrados, merecendo espe-
cial referencia o pároco da Vila.

x

Encontra-se restabelecido da doen-
ça que durante algum tempo o aco»
meteu o nosso presado amigo Dr.
Antonio Farinha, com o que muito
regosijamos,

Ed

A Filarmonica local, que tem como
novo director o sr. José Dias Novo,
exibiu nas ultimas festevidades um
selecto reportorio, que bastante agra-
dou.

São para elogiar os esforços da sua
actual direcção,

x

O nosso presado amigo sr. Antorio
Brandão, tesoureiro muicipal, deu
uma queda, quando passeava a cava-
lo, sofrendo varias contusões, feliz-
mente sem importancia,

X*

O sr. Antonio Rodrigues, industrial

espera em breve terminar as novas,

instalações aperfeiçoadas para o fabri-
co de pasta de algodão.

Que o exito dêsse melhoramento

seja em tudo correspondente ás suas

 

E
QUEREIS UM 0Pi

Não necessitais adquirir produtos estrangeiros.

Tendes entre as marcas nacio
nais uma que vos dá a maior
garantia de qualidade: a ma
ca «Santa Clara»

 

O sabonete «Feno de Portugal» da fabrica Santa Clara é
perfeitamente da mesma qualidade mas com outro perfume
aliás agradabilissimo.

Á VENDA EM TODAS AS BOAS CASAS

IMO SABONETE?

OPINIÃO DE

Ex.Ӽ Sr, Dr, Albino Valente, ilus-
tre e considerado especialista de
doenças de pele sobre o sabonete
Luxo-Ovo da Fabrica de Santa
Clara:

“Experimentei os sabonetes que ti-
veram amabilidade de me oferecer
e que genho agradecer. Como me
pedem que Jhas diga a minha opi-
nião sobre o seu 1so venho dizer-
lhe que são excelentes.

Não irritam a pele e tem um periu-
me muito agradavel,

(a) Albino Valente,

faculdades de trabalho, é o que lhe
desejamos.
*

A primavera ainda não chegou a
esta localidade, ;

O tempo, ha muito chuvoso, faz
prever um ano de grande produção,

Os lavradores não descansam na
sua faina das sementeiras.

x

Já regressaram de Lisboa, onde es-
tiveram algumas semanas, os nossos
presedos amigos senhores Carlos da
Silva Martins e seu filho, Dr. João da
Silva Martins, —C,

Pedrógão Pequeno

Um grupo de amigos desta terra,
á frente dos quais estão os srs, Cus-
tódio Pereira Perfeito, José Simões
Aldeia, e Francisco Alves dos San-
tos, tomou a iniciativa de a dotar
com material: contra incendios, que
já foi adquirido em Lisboa.

Esperam os mesmos senhores BS
tudar a forma de organizar, dentro
em breve, um corpo de bombeiros
voluntários na: localidade a quem se
possa confiar o referido material,

Honra lhes seja por este melhora-
mento.

*

Foi nomeada nova Comissão Admi-
nistrativa para a Junta de Freguesia,
que ficou constituida pelos srs. Dr.
Domingos Lopes, médico local, como
Presidente, Artur autunes Barata e
José Antunes Xavier, como vogais,

Felicitando a nova Comissão, faze-
mos votos para que a sua acção se tra-

duza no maior numero de beneficios |

publicos locais,

Qusamos lembrar-lhe, por agora, a
urgente necessidade de se reparar o
sistema de captação das águas que
abastecem a vila, defendendo-o da
infiltração das chuvas a que tem es-
tado sujeito, com perigo para a saude
publica,

*

Jáse encontra felizmente melhor
dos seus padecimentos, a bondosa
sr. D. Mária da Conceição Vidigal,

Felicitando-a pelo facto, fazemos
votos para que gose ainda de muitos
anos de vida quem, como ela, conta
tão fundas e justas simpatias no meio
pedroguense,

*

Estiveram em Lisboa, durante al-
guns dias, os srs. Carlos Ferreira Da-
vid e seu genro, Joaquim Nunes Ro-
drigues

Sobreira Formosa

Vindo de Lisboa, esteve entre nós
avisitar o seu estimadopai, que se
encontra doente, o nosso dedicado
amigo e conceituado comerciante na-
quela cidade, sr. Alberto Lopes Mar-
tins, acompanhado de s; exi esposa
e filhos.

*

Tambem nos deu o prazer da sua
visita o nosso amigo € assinante sr
Abel Lopes Martins, socio da Firma
Abel L, Martins, L.da de Lisboa.

Noticias pessoais

Fez anos no dia 9 de Abril a me-
nina Lidia de Matos e Silva, gentil
filha do nosso prezado amigo, Fran-
cisco David e Silva. Muitos parabens,

*

Passa no dia 11 do corrente o ani-
versario do nosso administrador, Gus-
tavo Alves. Abraçamo-lo.

*

Encontra-se felizmente restabeleci-
do da penosa doença que o acometeu,
o Raúlito, filhinho do nosso bom
amigo, Capitão de engenharia, Raul
Vidigal, com o quenos congratulamos.

Nascimento

No passado dia 24, a Sri D. Ana
Lopes Martins, esposa do nosso assi-
nante Sr. Aurelio da Silva Reis, dem
à luz uma robusta criança do’sexo
masculino, encontrando mãe e filho
bem. ú

As nossas felicitações,

Está convidado para padrinho o Sr.
João Martins, tio do recemnascido.

“Américo Rebordão

Foi passar a Pascoa á Sertã, deven-
do regressar a Lisboa no principio da:
próxima semana, o nosso camarada
de redacção, aluno da Escola Supe-
rior Colonial, Américo Rebordão.

Martins Moreira

Regressou de Sobreira Formosa,
onde esteve gosando as férias da
Pascoa o nosso camarada Dr, Martins
Moreira, quintanista de Direito.

Para Lisboa sairam em viagem de:
recreio, o nosso prezado amigo e
assinante, sr, Fernando de Matos Pin-
o, acompa nhado de s. ex.ma familia,

Desejamos-lhes boa viagem e feliz.
regresso,

*

Tambem saiu para Lisboa, o nosso:
amigo L. Lino Ferreira de Matos, so-
cio das conhecidas e bem reputadas
firmas Matos & Matos e Abel L, Mar-
tins L.da.

x

Realisou-se em 31 de Março o bati-
sado de um filhinho do nosso preza-
do amigo sr. João Cardoso Sequeira
edasr, D. Joaquina Ribeiro E Sil-
va Sequeira.

Foi madrinha a gentil ménina Do-
roteia Ferreira Pinto, filha do abas-
tado propríetario em. Tugeirinha sr.
Antonio Ferreira Pinto e padrinho o
ex.m> Reverendo padre Jaime Ribeiro:
Martins, vice-reitor do colegio das
missões em Sernache do Bom Jardim.

O neofito recebeu na pia batismal
o nome de Jaime, tendo sido ofereci-
do depois por seus paes, na sua re-
sidencia, aos numerosos convidados,
um finissimo copo de agua — €.

 

 

RUA

Prado & Barata Junior, 1.º:

Grande sortido em
fanqueiro, retrozei-
ro e modas

Avenida Almirante Reis,
85-C e 85-D
LISBOA