A Comarca da Sertã nº86 09-04-1938

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– DIRECTOR, EDITOR
Eduardo Barata da Silva Qreia
E PROPRIETARIO
o REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO
RUA SERPA PINTO -SERTA’
PUBLIGA-SE AOS sABADOS
AVENÇADO |
E tg NDADORES.
DR. JOSÉ CARLOS EHRHARDT –
DR. ANGELO HENRIQUES VIDIGAL
ANTONIO BARATA E SILVA |
DR. JOSÉ BARATA CORREA E SILVA |.
EDUARDO BARATA oa SILVA CORREA|
Composto e Impresso.
NA
ERAFICA DA SERTÁ|
Largo do Chafariz |
SERTÃ
“ANO 01
—- Nº86
METER
Notas…
N O próximo dia 27 é come-
14 – morado, em tôdas as
escolas do país, dignamente, o 1.º
aniversário da investidura do
sr. dr. Oliveira Salazar na pas-
ta das Finanças.
Por tal: motivo, o sr. ministro
da Educação Nacional dirigiu ao
Concelho Permanente da Acção
Educativa “uma ordem de serviço
salientando que essa investidura
é a causa Preta? do novo
renascimento português, tanto nos
domínios do progresso material
comu nos do espírito, impondo-se
a sua comemoração condigna em
“todas as escolas oficiais e parti-
culares dos diversos ramos e graus
de ensino, a-fim-de se pór em re-
lévo o significado nacional da-
quêle acontecimento e de se ex-
trair da obra realizada a lição
educativa. Aquele titular cometeu
ao Conselho Permanente da Acção
Educativa o estudo da organiza-
ção dos actos a celebrar sob um
“pensamento de unidade, na base.
“emque todos os estabelecimentos.
de ensino se faça uma ou mais
conferências documentadas com
gráficos adequados á diversa re-
ceptividade dos ouvintes.
mm
N AS obras Jus se estão fa-
sendo da reconstrução
da parte do muro do Castelo, pa-
rece-nos que não havia necessida-
de de ocupar quási tôda a largu-
ra da rua com a pedra, o que, de
algum modo, prejudica o trânsito.
Achamos que o muro fica ainda
com altura demasiada, se bem
que êle, depois de devidamente
alinhado e carado, empreste aque-
la artéria um aspecto inteiramen-
te novo, contrastando com o aban-
dono e desleixo antes verificado.
Além disso, quem depois bor ali
passar, terá o prazer de observar
todo o delo panorama da outra
margem da Ribeira Grande, que
é realmente, muito interessante
e
IZEM-NOS que no mer-
cado de Sernache se
vende bacelo, emquanto que no
daqui, desde há muito, a venda
não é permitida pela G. N. R.
Hebdomadário regionalista, independente, defensor dos interêsses da comarca a Sertã: concelhos de Sertá,
Oleiros, Proença-a-Nova e. Vila de Rei e freguesias de Amêndoa e Gardigos (do concelho de. Mação)
AZ hoje 20 anos que a 2.º Divisão Por-
brutal do ataque dos alemãis, co-
mo dos portugueses não logrou
– aguentar a vaga desençadeada pelo
inimigo com um impeto formidável; a nossa
Divisão, reduzida a cerca de 50 “’y do seu
efectivo de mobilização, foi esmagada, como
o teria sido qualquer outra, alemã, francesa
ou inglesa, perante o bombardeamento in-
fernal da artilharia e superioridade numeé-
riça da infantaria. e
A destruição e carnificina foram extraor:
dinárias, mas, não obstante, muitos oficiais
com o seu prestígio e exemplo conseguiram
que as fracções do seu comando praticassem
actoside valor, fazendo frente à avalanche e
retardando o avanço.
Durante a nossa longa campanha em
França, foi em 9 de abril que os soldados
portugueses entraram numa grande batalha,
segundo opini ê
1 OF: Add 11 N
terriveis que houve na frente ocidental de-
pois de Verdun. O punhado de portugueses
que nela entrou bateu-se com galhardia, le-
Quinas.
Qual foi à causa do desastre, em que
tantos compatriotas nossos perderam a vida?
Di-lo o Comandante ua Divisão, que foi
o valoroso General Gomes da Costa, de saii-
dosa memória, na parte final do relatório da
batalha: «Se hã culpas nêste desastre pro
vêem de faltas de organização, faltas que se
pagam sempre caras em tempo de guerra. A
2º Divisão pagou, e caro, culpas que não ti-
nha. A 2º Divisão não pôde vencer, mas
bateu-se no geral com bravura. Não se lhe
deve querer mal.»
O humilde soldado de Portugal expiou
êrros que não eram dêle, foi a vitima imo-
lada às maquinações políticas da época, sou-
be defrontar a Morte com altivez e despreso.
A História dirá que êle cumpriu como
pôde o seu dever, atribuindo-lhe a glória a
que tem direito.
O dia de hoje deve ser consagrado a
manifestações de sentimento pelos que
deram a vida em serviço da Pátria.
tuguesa suportou, na Lys, o peso |
mandados por Voa Quart. O herois- |
vantando bem alto o. sagrado pendão das
9 DE ABRIL
LS SSI PESE DSI:
SASNSASASANASANIS RINS ASS sd
E
x *
Em comemoração do dia de hoje, foi or-
ganizada pelas unidades da 3º Região Mili-
tar, com sede em Tomar, uma prova de es-
tafetas militares entre aquela cidade e Bata-
lha, que marcará pelo seu alto significado
patriotico, tendo com itinerário a estrada
Tomar—Vila Nova de Ourém—Fátima—Ba-
talha, num percurso de 48 quilometros, por
equipas de 12 estafetas.
A partila é da Varzea Grande, em To-
mar, ea chegada será no Largo do Mosteiro.
da Batalha, onde repousam as cinzas do
Soldado Desconhecido. |.
Concorrem à prova 6 equipas represen-
tativas de tôdas as unidades da região: duas
de Infantaria, uma de Cavalaria, uma de At-
telharia, uma de Aeronâutica e uma de En-
genharia.
Será entregue aos primeiros corredores
um facho . ho
Lampadário da Pátria, dando o eorredor
com êle uma volta a passo em torno do Mos-
teiro, como final de prova.
Em homenagem àqueles que derramaram
o seu sangue a bem da nossa pátria, findo a
competição, as equipas formarão junto do
Túmulo do Soldado Desconhecido, conservan-
do-se em sentido, fachos acesos, durante um
minuto; depois prestarão juramento solene
de fidelidade á Pátria e desliarão em con-
tinência perante o sr. Brigadeiro D. Luiz
da Cunha Menezes, Comandante da 3.º Região
Militar e organizador desta tão interessante
e patriótica competição despórtiva.
Os homens que compuserem a equipa
vencedora receberão como prémio 30 dias
de licença, e os restantes, 20.
As Delegações das unidades da Arma da
equipa vencedora, disputarão no dia 11, na
Várzea Grande de Tomar uma corrida de es-
tafetas no nercurso de dois quilómetros, ga
nhando o vencedor a Taça «Facho da 3.º
Região Militar», gentilmente oferecida pela
Camara Manicipal daquela cidade,
Tendo havido o maior empenho na selec-
ção e o maior cuidado com o treino dos con-
correntes, é de prever que esta competição
resulte brilhântissima,
Notário de Sernache
«a lápis
NICIA amanhã a carreira.
rápida entre Lisboa e Al-. :
varo, em substituição da que até .:
agora era feita entre aquela ci-.-
dade e Oleiros, a importante Em- ..
prêsa de Viação de Sernache, L.º, :.
à qual a nossa região deve mui-.,
tos serviços. .
Esta modificação, segundo nos. :
informou o sr. gerente da Em- –
prêsa, não afecta os passageiros
que sedirigem os Oleiros, por-
quanto êstes, se não tiverem que.
fazer no Casal Novo, esperam…
na Sertã pela camioneta das 16 .:
horas. A alteração foi determi-
nada, não só pelo exíguo numero
de dessoas que em Lisboa adqui- ::
riam bilhete para Oleiros, mas
também pelo pedido insistente de:
muitas pessoas da freguezia Te
Alvaro, residentes na capital e
arredores que, com fregiiência e.
em elevado número, vão à sua. :
terra, sobretudo na primavera e…
no verão. Ee
e RR A
lo á Sertã, na pretérita ,
3“-feira, a nova camio-
[neta Bussing Nay, da imbortan-
tação de Serna-
che, L.º, que esta semana foi pos- ;,
te Emprêsa de
ta ao serviço da carreira. entre;
esta vila e a capital. Sem dúvida.
que a sua aparição aqui, para ..
quem ainda a não tinha visto, :
causou admiração, pelo seu tama- ..
nho, elegância, modêlo de linhas,
estojos, sistema de ventilação, to-
do um conjunto berfeitissimo de
comodidade e beleza, que ultra- .,
passa a espectativa de tóda a *
gente da nossa região, tornando- :
a, incontestdvelmente, uma das
mais bem servidas do país. Dis-
põe de 34 logares. A carros- ..
serie honra a: casa construto-
ra — Guilherme Soares da Silva
—de Avintes (Gaia) e por consess:*
Quinte a indústria nacional. De
Lisboa à Sertã, passa-se, de oras
-dvante, a viajar com mais segit
rança e conforto do que até aqui,
Tóda a região deve tais servi
ços à Emprêsa de Viação de Sere
nache que mal os pode determi- “>
nar ou avahar. Do que não po-
demos duvidar é que a sua inteli-
gente orientação tem feito prodi-
op
IGREJA MATRIZ DA SERTÁ
gios; confirmam-no os constantes
Parece-nos que a permissão ou e ascensionais. progressos que se
proibição deve ser extensiva aos
do Bomjardim Instrução
dois mercados, não se praticando
excepções que só provocam quei-
xas e prejuizos.
O
Rs: É ano, como o ano pas-
sado, não houve, na
Sertã, a. cerimónia dos Passos,
que tem arreigadas tradições no
nosso povo; e assim vai caindo
em desuso uma solenidade que,
além, de agradar aos crentes, tem
ainda a vantágem, importantissi-
mu sob o ponto de vista material,
de o comércio local fazer belo ne-
gócio, pela muita gente que aqui
vem fazer as suas compras, en-
grossando-as, ainda, no dia de
feira. :
Porque não há de o comércio
promover a realização destas ce
rimónias?
Na 4. feira tomou posse,
no gabinete do Meritissimo
Juiz de Direito, do logar de
notário com sede em Serna-
che do Bomjardim, o sr. dr.
Lino Pinto Assalino, que lhe
foi conferida por aquele dis-
tinto magistrado, tendo assis-
tido elevado número de fun-
cionários,
Ao sr. dr. Pinto Assalino
apresentamos os nossos cum-
primentos de boas-vindas.
200029000000000000060000009600000000000
Este número foi visado pela
Comissão de Gensura
“de Castelo Branco
Na reiinião efectuada no do-
mingo passado, deliberou a co-
mussão das obras: encomendar a
cal; aceitar propostas para o for- |.
necimento de areia e telha e adju-
dicar a Carlos da Silva, de
Carnapete (Sertã), o fornecimento
das cantarias para o cunhal do
templo.
Esteve na Sertã, no dia 2,0
engenheiro-chefe da. 3.º secção
dos Edificios e Monumentos Na-
cionai “do Centro, com sede em
Coimbra, sr. Artur Freire de
Andrade Pimentel, que visitou a
igreja matriz, observando-a. de-
nidamente.
Foram colocados nas esco-
las adiante indicadas os se-
guintes regentes agregados:
Isna, Oleiros; Mariana Garcia
Varela da Silva, Fundada.
Secção de Finanças da Sertã
Encontra-se nesta vila o sr. dr.
Bernardo Costa Gomes, digno
Delegado do Procurador da Re-
pública na comarca de Castelo
de Vide, que veio presidir aos
actos de avaliação . requerida em
recursos . extraordinários para
efeito de pagamento de sisas.
Josefa Calaveiras Caroço,
vém verificando. Por isso ela: é.
créidora da maior gratidão do |
público e tem o direito de espe:
rar que éle corresponda aos ele-
vados sacrifícios financeiros fei-
tos em benefício da comunidade;
dêsse tremendo esfôrço resulta,
ainda, uma grande propaganda
e valorização das nossas terras.
4” ilustre gerência apresenta
mos as melhores felicitações pela
magnifica aquisição.
N o
da Igreja Matriz da Sertã, da
autoria do nosso bom amigo e
bresado patrício Revº P: Antó
nio Lourenço Farinha; a falta
DR
de a rp de o fazer.
hoje, como desejávamos.
bróximo numero cons
cluiremos a descrição .escrição .@@@ 1 @@@
A COMARCA DA SERTA
Escolas do Castelo
“No relatório sob a rúbrico
– «Apontamentos de . Higiene
das Escolas Primárias», publi-
cado no n.º 83 de «A Comar-
ca da Sertã» há uma referência
– que diz:
«EF. ainda no concelho da |
Sertã. freguesia do Castelo,
. que são construidos edifícios
escolares imediatos, assás me-
“ diocres nas dimensões». .
Permitimo-nos esclarecer |. ak
“que nem sempre assim foi.
Este edificio, que deve. ter
“-sido construido aí por volta
de 1893, aproximadamente; por
subscrição pública, destina-
va-se exclusivamente para O
– sexo masculino, e constava.
“de um só salão com dois pe-
quenos gabinetes contiguos
do lado do nascente.
E como tal funcionou até
1913, data, em que, contra a
“opinião da junta de freguesia
de então, foi demolido o tabi-
que que separava o salão dos
gabinetes, transformando-se
por esta forma o belo salão,
“que, quere-nos pare.er, ainda
hojesatisfaria plenamente nas
suas dimen des, nos dois es-
cassos salões, ada ptados actual-
mente para o sexo masculi-
‘no e feminino, ticandodividi-
das por um novotab que sem
comunicação interior, e cada
um com a sua entrada res-
pectivamente pelo lado do sul
e nascente.
Sem disprimor, é nossa opi-
nião, que, se quando foi cria:
da a cadeira para:o sexo fe-
minino, se em vez da presteza
que se moveu para o seu pro-
x.mento, Se tivesse pensado
e procedido como anierior-
mente procurando-se promo-
ver a construção de edificio
próprio, ter-se-ia conseguido
“com a melhor boa vontade.
Mais: recentemente, quando.
ali se procedeu a obras de re-
paração foi a porta do lado
“do nascente, que servia a es-
cola do sexo feminino, subs-
tituida por uma janela, pas-
sando aquele salão a ter a sua |
entrada pelo salão do lado do
óente, rasgando-se, – para
sse efeito, o tabique que iso-
lava os dois salões. Resumin-
do: o salão do lado do nas-
cente que supómos destinado
ao sexó feminino actualmen-
te só tem acesso pelo salão do |.
lado do poente destinado ao
“sexo masculino.
Não sabemos a que principio
pedagógico. obedeceu essa me-
dida. Devem ter sido, certa-
mente, razões de alta trans-
cendência. .
Castelo, 2 Abril de. 1938.
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Chegada a Santarem 9-15 4 Chegada ao Cesteiro 15-50
Saida 9-90 ‘ » Sertã 16-55
» Pernes 10-00 aida jeaa
» Sernache 17-50
» Torres Novas 10-35 Saida 18-00
> Tomar 11-20 » Ferreira a Zezere o
ç aida 19-00
» Ferreira do Zezere 11-00 DO Tom 19-40
» | Sernache 13.00 » Torres Novas 20-25
» Sera 13-20 » ao nes 21-00
E Es antarem 21-40
tio o » Cartaxo 22-10
» Cesteiro . 15-05 >» Vila Franca 23-10
» Alvaro 15-15 » Lisboa 0-10
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que tem concorrido:
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: E : áriãs * DI lo.
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em 1904; — Rio de Janeiro, E. U. do
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COMARCA DA
SERTA’
CARTA DE OLEIROS
Exmo Sr, Redactor de «A
Comarca da Sertão» — Com
os meus cumprimentos e
as melhores saiidações, vai
o pedido de publicidade para
estas mal alinhavadas linhas.
Com licença senhor! (E” como.
se diz cà na serra).
Tenho liso alguns numeros
da sua «Comarca» (nossa, de
nós tolos é que deveria ser,
se houvesse um pouco de
patriotismo, regionalismo, ou,
como é moda dizer-se agora, bair-
rismo) e, com franqueza, acho
que lhe faz falta uma carta,
uma crónica semanal, não
digo já de tôdas as fregue-
‘Sias da comarca o que tor-
naria o jornal deveras inte-
ressante para todos, mas ao
menos de cada uma dassedes
dos concelhos que constituem
a Comarca,
Quanto ae» concelho de
Oleiros, não tenho eu à petu-
tância de me vir oferecer pa-
ra-desempenhar tal missão,
pois reconheço que o não po-
‘deria fazer por muitos moti-
vos, ou melhor, só por um
— por não saber.
Mas, Ex.nº Sr. Redactor, se
achar esta ideia aproveitâvel,
não deixe de solicitar êste
servi;o de algumas das enti-
dades em destaque cà na ter-
ra, que por dever de oficio,
ou por outro qualquer mo-
tivo estão sempre bem infor-
madas do andamento dos
negócios publicos, que são os
que interessam e aqueles sô-
bre que pode e deve recair
a critica e os comentários
aconselhados pelo bom senso
e pela prática.
“Quanto a mim, sempre
obtuso, e agora, já velho, con-
denado a viver aqui, nêste
recanto, onde mal chegam os
ramores do que se vai passan-
do lá pelo mundo que posso eu
dizer ? Pouco, ou nada. Ape-
nas alguma coisa do que me
traz algum velho amigo, ou
conhecido, que perdido nas
encruzilhadas dos caminhos,
ou afastados pela noite, se
vê obrigada abater à porta,
pedindo poisada,
Ontem à noite, por exem-
plo, apareçeu-me cà em casa
o me: afilhado. Joaquim da
Luiza, muito bom homem,
muito conhecido lá em sua
casa, etc, etc.
Dá licença meu padrinho?
Ora essa, da melhor von-
tade e muito folgo de vos ver.
Então como vai por lã a afi«
lhada e os merinos, etc. etc.
Então, em vez de ficares ali
na vila, preferistes vir cã
para os arrabaldes, fizeste
bem pois não sabes o prazer
que me destes. Vamos passar
um serão bom. As mulheres
estiveram hoje a encambar
os chouriços e temos boa
pinga cà do lavradó, mas
sobretudo, o que mais apre-
ciarei será a vo:sa conversa
sempre alegre e instrutiva.
Muito obrigado meu padrinho,
Fui obrigado a estar na nos-
sa vila quási todo o dia e ou-
vi por lá muita coisa que
eu não sabia e que o padri-
nho talvez tambem ignore.
Pois muito folgarei de te ou-
vir.
— Olhe meu padrinho, va-
mos primeiro às noticias boas.
— Disseram-me agora que
havia uma câmara nova, que
vai fazer muitas coisas úteis
cà para a terra, que dentro
de 3 ou quatro anos estarã
tudo transformado.
“A p imeira coisa são as cal-
çadas e os esgotos que é ain-
da obra estudada e projecta-
da pela câmara que acabou.
mas que a nova perfilha e
vai pôr em prática antes de
potico tempo.
—&Olha, afilhado, tudo isso
é muito bonito, muito útil,
até muito necessário. mas eu
já não quero ver nada disso
não só por estar velho, mas
porque já estou tão farto de
promessas que só avredito
depois de ver, como S. Tomé.
— O meu pailrinho isto
agora é outra coisa; diz-se que
o dr. Oliveira Salazar tem lã
muito dinheiro e que quer
ver tudo bonito e bem arran-
jado e com muitas comodida-
des. Mas oihe que aquelas
obras são de primeira neces-
sidade. Então pode-se lá
admitir que numa terra co-
mo a nossa vila, uma sede de
concelho tenha as calçadas
no lastimoso estado em que
se encontram E” um perigo
para todos os que por obri-
ação, ou devoção andam pe-
as ruas em noites chuvosas
e tempestuosas, Certamente
teriamos já muitos incidentes
desagradáveis a lamentar, se
não fosse a iluminação…
E os esgotos, êsses então
são indispensáveis, impres-
cindiveis em tôda a parte
mas principalmente em Olei-
ros, onde se come tanto e
tão bem, todos os dias, quá-
sia todas as horas tantv de
dia como de noite. EF quem
bem cume… sim, o padrinho
entende. so
— Ora, ora afilhado, tôda
a vida secá passou sem essas
coisas. Hoje não acabo de
entender a tua conversa, nem
já sei se estãs a falar sério,
ou seestás a brincar. Se que-
res que te diga a verdade e
te fale com franquesa, não
acredito nada do que estás
dizendo…
— O” meu padrinho pelo
amor de Deus não me diga
isso, que até me ofende. vois
saiba que até me disseram
que esta câmara nova já
aumentou as contribuições
(bem no haja ela) para poder
fazer obras muitas obras.
—Jà te dissee registo quan-.
to a mim, só vendo. Tu és um
homem novo cheio de vida,
acreditas nessas coisas tódas,
que realmente tornariam mais
bela e atraente esta nossa
vila de Oleiros, tão favoreci-
da pela natureza em dons na-
turais como são a amenida-
de do clima, a fertilidade
da terra regada por abun-
dante caudal de magnifica
àgua, e, infelizmente tão des-
presada pelos seus filhos.
Dizes tu que a tul câmara
nova, com o auxilio do se-
nhor doutor Oliveira Salazar,
vai pôr tudo nos eixos e fa-
zer muitas obras. Pois bem.
Deus queira que assim seja,
O sr. redactor desculpe a
maçada. Até à primeira, se
esta não fôr a última.
JER
NECROLOGIA
No Maxial da E-trada faleceu, no
passado dia 28, o sr. José Nunes, de 83
anos de idade, proprietario, viuvo, pai
dos srs. Carolina da Conceção Nune-,
tonceição Nunes e do nosso assinante
Luiz Nunes, do Maxial da Estrada, Joa-
quim Nunes, do Cabeçudo, Eugénio Nu-
nes da Sertã, João Nunes, de Lisboa e
Guilhermina Nunes, do Tojal.
— Faleceu no dia 30, na casa de
sua residencia, na vila de Pedrógão
Pegneno, a Exma Sr, Maria
do Nascimento Freire Costa, de 82
anos de idade, viuva do sr. Jo:é Gomes
da Cota, falecido hã tres anos.
A falecida era mãi das Ex.mas Sr.as
D. Maria da Luz Freire Costa, daquela
vila, D. Angela Freire Costa Fernandes
e D. Clotilde Freire Costa residentes em
Angola, irmã dos srs. Izidro Freire,
empregado bancà-io em Li boa, e Ca-
simiro Freire, já falecido, fund dor da
Associação das Escolus Móveis, e sogra
do sr. Alfredo Fernandes, comerciante
em Benguela.
O funeral realizou-se da casa da
extinta para a igreja matriz e da-
qui para o cemitério, com bastante con-
corrência, havendo diversos turnos
À extinta, que gosava sinceras e ge-
rais simpatias, pelo seu trato e carac-
ter, era querida por todos
A’ ilustre família eslutada, e espe-
cialmente ao nosso bom amigo c pre-
sado colaboridor sr. Casimiro Freire
apresenta «A Comarca da Sertão o seu
cartão de si aceras condolências,
A resinagem dos
pinheiros
O ilustre publicista dr. Sa-
muel Maia, desde de há muito
que vem sustentando no jor-
nal «O Seculo» uma verda
deira campanha contra a for-
ma como em geral são feitas
as sangrias nos pinheiros.
Ha mais de 10 anos que
aqui n’4 Comarca, ao voltar-
mos de uma viagem á França
mostramos as vantagens da
resinagem chamada à fran-
cesa, e cs incunvenientes do
que se estava fazendo entre
nós.
Na Região das Landes Fran-
cesas, vastissima região flo-
restal, em parte, grande par-
te mesmo, roubada às dunas
e aos pântanos, tivemos oca-
sião de verificar os métodos
racionais da resinagem.
Falâmos com proprietários
e resineiros e trouxemos mes-
mo algumas ferramentas, que
depois foram copiadas, mode-
los hoje geralmente empre-
gados.
Proprietario de, quando
muito, alguimas centenas de
pinheiros, movia-nos, como
nos move hoje, apenas o de-
sejo de ser útil evitando a
desordenada selvajaria que
ameaça matar a «galinha dos
ovos de ouro».
Grita-se por aí muito con-
tra a regulamentação, contra
o vexame das multas (e nês-
te caso com bastante razão),
mas não se atende a que a
falta geral de uma cultura,
mesmo rudimentar, obriga à
violência, porque, sô ela
consegue evitar um mal
maior.
Pois não deviam ser os
proprietários dos pinheiros os
primeiros a exercer a fiscali
zação, evitando a estupidez
(não tem outro nome) de ca-
var fundo até ao cerne feri-
das enormes, prejudicando a
saúde da árvore e ameaçan-‘
do inutilizá-la em poucos
anos para a exploração re-
sineira ?
Nas Landes Francesas, vi- |
las e aldeias progressivas e
prósperas vivem quási que
exclusivamente da resinagem.
Mas a resinagem é execu-
tada com método e regula-
mentada com rigor,
Os pinheiros são anual-
mente resinudos, mas tão es-
treitas as feridas que em dois
anos a energia vital da àr-
vore as cobre completamente.
Compare-se isto com o que
por aí vemos por tôda a par-
te, As feridas brutalmente
largas e profundas, nunca
mais são cobertas, e as àrvo-
res, chagadas em tôda a volta
do tronco, definham, quando
não são derrubadas pela ven-
tania. Mas se nem a perda
fatal das nossas florestas os
preocupa, ao menos atendam
a que em poucos anos já não
terão espaço livre para no-
vas feridas, perdendo-se a sua
indústria e um dos nossos
mais valiosos artigos de ex-
portação.
Regulamentou agora 6 Go-
vêrno a resinagem, e os cla-
mores são tantos que é de es-
perar uma fiscalização rigo-
rosa.
A lei estabelece um periodo
transitório para adaptação aos
novos métodos.
E’ preciso saber que a re-
sina é uma secreção provo-
cada pela ferida, que de na-
da vale profundar, mas sim
avivá-la, para manter a irri-
tação, a que a árvore reage,
segregando a resina prótec-
tora.
Os dois centimetros e meio
de profundidade são mais que
suficientes, para operários
adestrados e cuidadosos avi-
varem com frequência duran-
te o periodo da recolha.
A largura permitida é até
demasiada, tendo-se, porém,
em vista habituar os operá-
rios a estenderem em altura
Interêsses do Con-
| celho de Vila de Rei
Vila de Rei, 29-3-938,
–. Senhor Director de «A Comar-
ca da Sertãa— Em on.º 83 do Jornal
que V. Ex? mui dignamente dirige,
vem uma local assinada pelo sr. Antó-
nio Francisco Tavares em que êste se-
nhor, deturpando, em parte, a verdade
do que se passou, vem dizer que eu saí
da sala amuado e que procedi ali in-
correctamente, Eu, Sr, Director, não de-
sejava incomodá-lo nem ocupur espaço
no seu jorn:l porque êle decerto lhe
não sobeja, mas para evitar que o pú-
blico que o lê fique convencido de que
fui eu O incorrecto, venho pedir-lhe a
publicação desta cart« para esclareci-
mento da verdade,
1,º— Eu não exigi, como osr. Tava-
res diz. que fosse paga a verba da des
pes: feita cm o pontão do Aivado,
Como se estava tratando, nessa sessão,
de elaborar um orçamento suplemen-
tar, e no final, havia um saldo em que
de moment», se não sabia «m que o
empregar, eu -/embrei — que êsse sal-
do podia aplicar-se ao pagamento das
obras do pontão do Aivado. visto que
os seus habitantes já haviam dispendi-
do êsse dinheiro que eram 178800 e o
br:çal sô era pago em Janeiro e nós
estavamos ainda em Setembro, — Co-
meçou aqui o incidente e a discussão—
porque o sr, Tavres exaltado e nervo-
so. foi buscar para aqui uma questão
da Mina da Serra da Milriça, coisa
sem importância, e foi nesta altura que
proferiu a—injúria—-que me ofendeu,
a qual, a meu pedido, não foi exarada
na Acta da Sessão. —0O resto da discus-
são não vale a pena relatar aqui para
não tomar tempo e espaço, apenas vou
relator o último periodo da Acta da
Sessão de 29-9-937, assinada pelo então
Presidente da Câmara sr, António Fran-
cisco Tavares, cuja cópia por certidão
foi pedida, que diz assim: — «O vogal
sr. João Nunes de Sousa; julgando in-
ijuriosas as palavras do st, Presidente,
abandonou a sala em sinnl de protes-
toe pediua demissão do Cargo» —
como se vê, o »r. Tavares assinou a
acta com a declaração acima, sem qual-
quer protesto. logo cocordou que me
dirigiu palavras injuriosas e nêsse caso
foi êle o — incorrecto —e não eu, —
Enquanto ao que o sr, Tavares diz
de ter saido da sala amuado, direi que
não tenho, como êle, êsse habito; ape-
nas suí vexado com a berraria que o
sr. Tavares fez em plen: sessão que
despertou a atenção de todo o funcio-
nolismo em serviço nos Paços do Con-
celho, só porque lhe falaram nos céle-
bres 600800 que pediu á Câmara logo
na primeira sessão da sua legi latura,
para a estrada da Salavisa e do Vale
da Urra, porque era esa a coisa que
mais o interessava.
Desculpe, sr, Director, ter-lhe to
mado tanto tempo e espaço e creia-me
De V. etc.
JOÃO NUNES DE SOUSA
ERRO
e diminuindo a largura, que
deve, passados os dois anos de
tolerância, reduzir-se a 10 cen-
timetros, o máximo.
Quanto ao diâmetro dos pi-
nheiros em que é permitida a
resinagem, tambem o regula-
mento é justo.
As árvores, em pleno desen-
volvimento, precisam de ser
poupadas, porque todo o vi-
gor lhes é preciso.
E* ainda fraco o seu desen-
volvimento radicular, esten-
dendo-se nas camadas super
ficiais do solo, sem as raizes
profundas que garantam a
h amidade nos meses de estio,
E bem evidente que nestas
condições a sangria é alta-
mente prejudicial ao desen-
volvimento. Devemos ainda
atender a que, com menos de
25 centimetros de diâmetro, a
ferida vai ocupar cêrca de
um terço da periféria da àr-
vore por onde se faz a circu-
lação da seiva.
Tudo isto são verdades, c
é no interesse de todos que
as pomos em evidência.
Temos já visto descarrasca-
dos muitos pinheiros com ne-
nos de 25 centimetros de
diâmetro permitidos por lei.
Tenham todos muito cui-
dado, evitando multas que
podem atingir importâncias
consideráveis.
A lei é justae a todos apro-
veita. Evitemos que se torne
justa a violência, que fácil é
evitar.
Salvemos as nossas matas;
salvemos uma das nossas
mais valiosas indústrias agri-
colas.
Coimbra, 9-3-938.
ALIPIO BARBOSA
4qDe 4 Comarca de Arganil)
Registo cos animais
de espécie canina
Do sr. Comandante do posto
aa Guarda Nacional Repu-
blicana, desta vila, recebe-
mos, com o pedido de pu-
blicação, a seguinte nota:
Sertã, 4-4-938.
«97. Director do jornal «A:
Comarca da Sertã»—Nos termos
do Decreto n.º 26:589, de 14-53-9036,
venho rogar a V. que se digne
anunciar no seujornal, o seguinte
que é dara bem do público:
Flavendo muitas pessoas néste
concelho, que possuem cãis e pelo
motivo de os terem presos nos
quintais ou casis, julgam estar
isentos da respectiva licença de
registo, previnem-se essas pessoas
que são obrigadas à mesma lhi-
cença, da qual se devem munir
o mais breve possivel pira evita-
rem incorrer na multa de 126800,
enquanto que a licença não lhes
vai a 10800 se conseguirem re-
sistá-los como cãis de guarda,
devendo esclarecer mais, que êsses
animais pelo motivo de estarem
registados não podem vaguear
com acâmo ou sem êle durante o
tempo de defeso nos terrenos fre-
gientados por caça, e sem o res-
pectivo açâmo dentro das povoa-
ções, em que néstes últimos casos
faz incorrer na multa respecti-
vamente de 64800 e 33800 con-
forme se trate nos terrenos de
caça ou povoações.
A Bem da Nação
O Comandante do Posto
António Sanches Boavida.
2.º Sargento
Para mais completo esclareci-
mento publicamos o
Decreto n. 1.8725
Art.º 1.º — E! obrigatório o registo
dos animais da espécie canina, de mais
de um ano de idade, na secretaria das
câma;as dos concelhos onde residam os – –
proprietários daqueles animuis, ou on- |
de estiverem situadas as propriedades
ou rebanhos a cuja guarda se destinam,
S unico — O registo serà feito por
meio de simples declaração prestada
directamente na secretaria da câmara
ou por intermédio da junta de fregue-
sia é dele deve constar o número, sexo,
raça, sinais e categoria dos referidos:
animais e local onde os mesmos eetãg:
alojados;
Art.º 2.º— Para os efeitos de.te des
creto os animais de espécie canina clas-
sificam-se nas categorias seguintes:
1.º—Cais de raça.
2.º -Cãis de guarda.
3,º — Cãis de luxo:
1.º – São considerados cãis de
caça aqueles que, pertencendo a indi-
víduos habilitados com licençade caça,
sejam declarados como tais.
2º — São considerados cãis de
guarda os pertencentes a proprietários
ou arrendatários de prédios urbanos
ou rústicos situados em zonas rurais
não policiadas, e os pertencentes a
proprietários ou possuidores de reba-
nhos.
8 3º —- São considerados cãis de lu-
xo os que não caibam nas categorias
anteriores
Art.º 3,º—Nenhum proprietário agrie
cola ou agricultor pode- possuir mais
de um cão de guarda por cada vasal, e
nenhum proprietario ou dono de re-
banhos poderá possuir mais do que um;
cão de guarda por cada rebanho ou
cada 5) cabeças de gado.
Art.º 4.º – Os cãis de guarda po ‘em
ser utilizados como guias de cegos,
mas nunca como cãis de caça.
Art.º 5.º— A declaração par o re-
gisto de cãis de guarda deve ser feita
por intermédio da junta de freguesia
onde residam os respectivos proprietá-
rios, ou estejam situadas as proprieda-
des, currais, ou bardo: de rebanhos, a
qual confirmarã as circunstâncias alu-
didas no artigo 3.º,
008900D00060 a000000005== aganoaDaovoa
24.000$800
PRECISAM-SE a juros.
Nesta redacção sc diz.
000600009060000000007000040002900090000
FLAVIO DOS REIS EMOURA
Advogado -SERTÃ
Francisco Nunes
Corrêa
MEDICO
Consultas das 12 às 18 horas
Consultório e residência:
TRAVESSA DO FORNO.
(á Rua Candido dos Reis)
SERTÃs)
SERTÃ@@@ 1 @@@
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o Co Cos”
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a CA ea Pa
Dogõãoo
“Vindos de Coimbra e de bdas-
sagem para Oleiros, tivemos o
prazer de abraçar na Sertã, os
srs. drs. Acácio Barata Lima,
distinto médico: do partido mami-
cipal daquele concelho e Francis-
co da Silva Garcia.
mnZncontram-se na Sertã, on-
de vêm passar as férias da Pás-
coa com sua família, os nossos |
amigos srs. Reinaldo e Emanoel
Lima da Silva, estudantes na
capital.
mu Zsteve na Sertã, o sr. dr.
José António Ferreira, distinto |
advogado em Lisboa. ‘
ANIVERSÁRIOS NATALT-
CIOS :
Hoje, sr“ D. Mariu Eugénia
de Mendonça David, de Alvaro e
D. Euliília Garcia Leite e Silva,
de Lisboa; 11, sr.“ D. Gertrudes
Pestana dos Santos Casimiro; 13,
sr. Alberto E. de Carvalho Lei-
tão, de Lisboa; 15, sr. Carlos dos:
Santos: É
“Parabens
se ste
a =
Têm obtido melhoras muito:
satisfatórias, o que nos apraz
regista”, a Senhora de Antonio
Lobes Manso eo sr. Augusto.
Justino Rossi.
ES oa
Interêsses da Fre-
guesia de
Pedrogão Pequeno
Pedrógão Pequeno, 30 de Março
de 1937,
+. .Sr, Director de «A Comarca da
Sertã», Sertá — Valendo-me da acção
que é devida à imprensa em prol dos
interêsses comuns, particularmente pe-
lo que diz respeito a esta ragião, e
utilizando a v/ boa vontade algumas
– vezes já patenteada, peço o obsequio
de se fazer éco do que passo a
narrar E à Re
É notório o abandono que se dá á
estrada do Cabril, que liga esta Vila
de Pedrógão Pequeno com Pedrógão
Grande, pelo que a calçada da mesma
está, de quando em vez, danificada, O
último arranjo que sofreu foi devido à
boa vontade e expensas da Brigada de
Estudos N.º 2no Rio Zêzere que qui
esteve, e que agora se encontra em Ser-
mache do Bomjardim,
Sucede que do lado de Pedrógão
Grande está já em ruina nalguns pon-
tos e na margem esquerda — concelho
de Sertã- vai pelo mesmo caminho se
Zhe não acudirem com um simples ar-
ranjo — agora pequeno, mais tarde dis-
pendioso — pois deixindo prolorgar o
desmoronamento da calçada, que em
breve será um facto, formar-se-ão va–
fas que impedirão o trânsito, prejudi-
cando imenso os interêsses do público
em geral. Devemos salientar que os
muros de resguardo vão ruindo. paten-
teando precipícios que põem a vida dos
transeuntes em enorme perigo.
Seria útil e pouco dispend’oso que
quem do direito —julgo que a Câmara.
Municipal da Sertã-—olhasse mais d-
perto para o Cabril, que como de to-
dos é sabido, é explendoroso pelo-seu
aspecto panorâmico, impondo-se. pelo
seu valor turistico—mantivesse e au-
mentasse o acesso ao belo Cabril que,
só por si, reverteria em benefício aré’
do Concelho da Sertã, – possivelmente
indo até á criação duma pequena zona
de turismo, conjuntamente com a Cã-
mara: Municipal de Pedrógão Grande.
Outro assunto para que chamo a
atenção da nossa Câmara Municipal é
o problema da iluminação pública nes-
ta Vila, pois não só é deficiente como
incompleto. Sem querer mole tar ni=-.
guem, devo declarar que é constante
o desngrádo em virtude, decerto, da mã
remuneração daqueles serviços + Não
seria possivel á nossa Câmara Munici-
pal, pagar um pouco melhor ao en-
carregado. de acender os candeeiros,
de modo a mantê-los no seu devido
asseio e acendendo-os com a devida
resularidade, reparando-se os estra-
gados e repondo nos seus devidos lyga-
res os que outrora existiram?
E, já agora, outro problema, de que
já me tenho interessado algumas vezes,
o qual é o da caiação das casas e mu-
tos que confinam com a via pública,
Este é dos que com um pouco de boa,
vontade; conseguir-se-‘a para dar como
ccnsequência um aspecto completa-
mente diferente à nossa Vila, tanto de
aformóseamento como de higiene,
A-par-destes problemas, outros há,
mas por agora ch2gu eoxalà êles tives-
sem a so’ução de-ejada., E
Agradecendo, é com os desejos de
saúde e regionalismo o
Assinante
GUSTAVO P, SEQUEIRA ALVES
| Na. residência da sr. D.
Higénia Neves Corrêa e Silva,
desta vila, às 3 horas da pas-
sada 2? feira, manifestou-se
um violento incêndio, que
provocou pânico entre os ha-
bitantes que por eventuali-
dade observaram o volume:
das chamas, alteando-se, con-
tinuamente, com uma fúria
anunciadora de inevitável tra-
gédia..
|, O incêndio tivera origem
na retrete; algumas faúlhas
| eaíram. para um curral de
suinos, situado na parte in-
ferior, comunicando-se o fogo
ao mato, ali colocado e espa-
lhado uns dias antes, o que
mais aumentou a extensão e
| irrupção das labaredas.
‘ O sinal de alarme foi dado
por José António, morador
nã. outra margem da ri-
beira; – assistindo ao – inicio
e desenrolar do -fogo, que,
momento a momento, tomava
maiores proporções, o pobre
mões, conseguindo assim
“chamar a atenção de diver-
vez, lançaram a noticia, cau-
sando alvoroço geral, Passa-
dos momentos a sineta da
Misericórdia repicava, co-
meçaram a surgir dezenas e
dezenas de pessoas munidas
de vazilhas com água; rápi-
damente apareceram às bom-
beiros com a sua bomba,
principiando o ataque com o
maior denodo e perícia, uti-
lizando uma potente agulhe-
ta; sem precipitacões, com a
máior ordem e o mais extraor-
dinário sangue-frio,os valoro-
sos rapazes haviam dominado
ofogo cerca de 30 minutos de-
pois do ataque e é incontes-
tável que a sua acção foi au-
xiliada, abnegadamente, por
muita gente que não se pou-
pou a quaisquer sacrificios.
O ataque foi dirigido, com a
maior rapidez e Gestreza, pe-
los 1.º e 2.º Comandantes, srs.
[José Miranda e Manuel An-
tónio, que se podem orgulhar
de ter, sob as suas ordens, ra-
pazes tam destemidos e dis-
ciplinados, como são os da
nossa importante e presti-
mosa Associação de Bombei-
ros que, indubitávelmente,
merece o carinho, apoio mo-
ral e auxilio material de tô-
da a gente da Sertã e de to-
dos os patrícios.
“À eficiência do material fa-
cilitou, também, em muito,
-o rescaldo, que pouco tempo
demorou após a dominação
do fogo. A dependência, on-
-de se declarou o incêndio, fi-
cou completamente destruida
e bem assim todos os moveis
que nela se encontravam e
que não foi possivel retirar;
um suino recebeu grandes
queimaduras. Festa
Os prejuizos orçam por
100 escudos e estão cobertos
pela companhia «Mundial»,
de que é agente o sr. Jósé
António Farinha,
Se não fôsse a rapidez e
boa direcção do ataque por
parte dos bombeiros e se aca-
so a noite não estivesse sere-
na, O sinistro poderia ter as
maiores e mais lamentáveis
conseguências e possivelmen-
te teriamos agora a registar a
destruição completa de dois
bons edificios.
AROS GOO
Venda de adubos
Pelo Ministério da Agri-
cultura foram concedidas li-
cenças para venda de adubos
a: Manuel Lopes, Maxial da
Estrada; António Patricio
Mendes, Roda da Estrada;
José Martins Barata, Sertã e
Abilio Gomes, Vale Sobreira,
homem, aflitivamente, grita-|
iva com tôda a fôrça dos pil-
ses habitantes, que, por sua:|
A COMARCA DA SERTA’
EMIGRAÇÃO |
Ratifico nêste periódico, o
facto comentado hã dias pelo
grande diário da capital «O
Século», sob o titulo Emigra-
ção para S. Paulo. EMA
Agora procuro eu: não te-:
remos nôs terras tão ricas,
tão prometedoras, tão férteis
e com climas por vezes mais
saiúdaveis do que o Brazil ?
Temos! V
E elas são: Angola, Moçam-
bique e muitos outros imen-
sos territórios, Rs
“Angola, esse extensissimo
território, com o seu solo’e
sub-solo cheios de imensa ri-‘
queza, onde infelizmente, ain-
da se encontram. escondido.
êsses grandes tesouros que lá
existem.
Moçambique, menor em ex-.
tensão, mas: maior em desen-|
volvimento, é sem duvida um
| dos territórios ma’s ricos da
Africa Oriental; tudo isso se
“deve na sua maior parte aos
capitais estrangeiros.
Acaso não podemos nós, por-
tugueses, que nos orgulha-
mos de ser uma raça coloni- |
-zadora, povoar, explorar e de-
senvolver êsses grandes terri-
tórios portugueses, que as
outras nações nos cobiçam,
mas sem direito algum ?
Podemos! :
Mas, isso só quando o -Go-
verno do Estado Novo fechar
com chaves de’ aço bem re-
sistente as portas aos emi-
grantes para o: estrangeiro e
abrindo: com chaves de pra-
ta as mesmas para as coló-
nias portuguesas, concelendo
aos intere:sados viagens gra-
tuitas, fornecendo-lhes auxi-‘
lio moral e material; então
veremos triunfar os territó-
rios que outrora foram ba-
nhados de sangue pelos nos-
sos destemidos navegadores e
guerreiros. Agora precisam de
suores, capitais e boas-von-
tades.
Mas, não é só isso que re-
representará grande valor pa-.
ra o nosso Pais; é preciso que
as Colónias forneçam à Me-
trôpole tudo o que ela carece,
evitando-se a elevada impor-
tação do estrangeiro, que mui-
to influi ‘no desequilibrio da
nossa balança comercial,
Quando é os que capitalistas
portugueses começerão a fa-.
zer progredir o comércio e in-
dústria e exploraros minérios
que existem em grande quan-
tidade no sub-solo das: coló-
nias portuguesas ?
Lisboa, 10 Fevereiro, 1938.
– JOSÉ PEDRO
“Camionete destruida por nm
incêndio |
A camioneta de tanspor-
te colectivo de mercadorias,
que fazia O percurso entre
Tomar, Sernache do Bomjar-
dim, Serty e Pedrógão Pe-.
queno, pertencente ao sr, Jo-
sé Manso de Carvalho, foi,
no passado sábado, no tra-
jectô de Tomar a Sernache,
destruida por um incêndio
na ladeira do Rio Zêzere, pró-
ximo da fonte, por virtude
da explosão do motor; ela:
foi tão rapida, que os tripu-
lantes mal tiveram tempo de
fugir, As chamas irrompe-
ram côm uma violência ater-
radora, propagando-se ins-
tantâneamentea tôda a carga,
da qual nada se pôde salvar.
Era conduzida por António.
Manso de Carvalho e nela
vinham um auxiliar e Ber-
nardo Fernandes, do Vale da
Froca, Rcc r
Quási tôda a carga era
composta de géneros alimen-
ticiose uma grande porção
de aguardente. Os prejuizos
são totais; a camioneta esta-
va segura, apenas, em 8
contos.
público.
DIZ-SE.
—Que. o «Amigo dé Peni-
che», grâvemento enfermo
pelo Carnaval, estã quási
moribundo, prevendo-se que
| tenha um lindo funeral, pelo.
menos tam. bom como o do
«Pinto Calcudos.,
-— Que algumas menina
estão muito pesarosas . por
não poderem mostrar a sua
vocação histriônica pela Pás-
coa, restando-lhes a consola-
ção de dançarem então rija-
mente no Grêmio ao som – dum.
belo «Jazz» a contratar para.
o baile, que promete ser de
arromba, se até lã não arre-
fecer o entusiasmo e não fal-
tar O caroço…
Correios, Telegra-
fos e Telefones
Foi lavrado contrato com
a Empresa de Viacão de Ser-
nache Ld.º para a condução
de malas entre Oleiros e To-
mar, substituindo-se, dêste
modo, o contrato existente
com a Aúto Constantino, Ld.?,.
“de Proença-a-Nova.
—A condução da mala en-
tre a Sertã e Trcviscal era
feita gratuitamente desde a
Sardinheira ao Troviscal, nu-
ma distância de 2 quilóme-
tros; nêste percurso a mala
era conduzida a expensas do
actual encarregado da esta-,
ção postal do Troviscal, Pos- |
ta a referida condução em
arrematação, fói entregue,
mediante contrato, ao sr. Ma-
nuel Deniz Nunes, pela quan-
tia de $50 diários. Dêste modo
fica assegurada a condução
do correio entre a sede do
concelho e aquela freguesia,
melhoramento que se fica
devendo à Aministração Ge-
ral, que tem sempre na maior
consideração os interêsses do
—Na Serra de S. Domingos
foi criada uma caixa postal,
de que ficou encarregado o
sr. Manuel Munes Roupiço,
com estabelecimento comer-
cial naquela povoação. |
“Ali é feita a venda de fran-
quias.
900090000000000006 000000000000000000
Taxa sôbre vinhos
À folha oficial publicou um
aviso esclarecendo que a ta-
xa de 805 (cinco centavos),
fixada pela portaria n,º 8 884,
incidiiã sôbre os vinhos e
seus derivados produzidos na
área da Junta Nacional do
“Vinho e União Vinícola do
Dão, e bem assim sôbre os
vinhos entrados na área da
Junta seia qual. fôr e sua.
proveniência, salvo os engar-
rafados de marca registada.
OD0D0aSD0 nao BDoODDODaDDGo vb 500coDanco
“Solenidade dos Ramos e Se-
mana Santa .
Domingo de Ramos, âmanhã
As 11 horas: . É
Benção dos Rumos, procissão
em volta da Igreja-e Missa So-
lene.
QUINTA-FEIRA, 14
As 12 horas, missa solene.
Ás 18, visita ás capelas pela
Confraria do S. S. Sacramento.
A’s 20, oficio das. trevas. Depois
do’oficio, costumada procissão.
SEXTA-FEIRA SANTA; 15
AÁ’s. 10 horas, Missa dos Pre-
sautificados, Adoração da Cruz
e Sermão da Paixão.
A’s 20, oficio das trevas, pro-
cissão do Enterro do Senhor e:
Sermão respectivo.
SABADO D’ALELUIA, 16
A’s 10 horas — Benção do lw-
me novo, da água baptismal e
“MUSSA.
DOMINGO .DE PASCOA, 17
A’s 11 horas — procissão pe-.
las ruas da Vila, Missa Solene
| sendo um
e Sermão da Ressurreição.
Dermacho + Bomjardim
(QUADRA CARNAVALESCA)
“Vale-mais tarde de que nunca”
Durante a aquela quadra
foram levados- a efeito dois
| bailes no’Club’: BOMJARDIM
fraca
animação e..com uma assis-
que decorreram com
tência bastante reduzida.
Como-nota de bom gosto e
solidariedade, destacou-se O
«ASSALTO» à residência do
Ex.”º Sr. Daniel, claro” esta;
sem ser o: das Pupilas do Se-
nhor Reitor.
Assim, pelas 21 horas do
dia 26, dois Aufo-Omnibus,
RA», da. Empreza V. Serna-
chense, conduzia cêrca de 50
ASSALTANTES ao Bréjo
que, valha-nos Santa Anastá-:
-cia, alguns como V. Portugal,
eram bem avantajados, em
contraste com as figuras es-
guias do Mouga e Armindo
Lourenço.
As 22,30 horas einos chega:
dos ao términus da linha, em”
zig-gag traçada, e recebidos:
pela Familia Bernardo com:
| uma gentil..za que nos deixou
viva nente impressionados.
Dansou-se animadamente até”
às 4 horas do dia seguinte, ten- |
do o baile sido abrilhantado
pela orquestra BOMJARDIM,’
que se soube desempenhar:
com vivacidade e mestria, “= *
Os serviços de «MENAGE»’
eram primorosos quer em pa-‘
ladar quer em visão pois até
as violetas rôxas (PAIXÃO) e
as brancas (CANDURA) alia-
das à respectiva folhinha ver-.
de, simbolo da ESPERANÇA, a
ali não faltaram, :
O império Colonial Poórtu-
guês, como Império de Elite, |
fez-se representar por uma
Miss Angolana que, no TAN:
GO, soube com muito brio e |
serenidade, honrar as suas –
conterrâneas de Além-Mar. –
Também os Ministros dos”
Estrangeiros de Inglaterra e
França, que tanto bramam
pela Paz, se fizeram represen-
tar telegraficamente por via
MENTIROSA, pelos srs. Al-
bano L. Junior e J. David da
Silva que, num cabaz,
ra ali transportaram a Paz,
convertida em serpentinas
perfumes, revuçados e bon-
bons. .
Enfim: foi um assalto de
elegância e cordialidade que a
todos deixou gratas recorda-
ções.
Ao sr. Daniel Bernardo e.
Sua Ex”: Familia, os nossos
reconhecimentos bem sinceros,
>“ No dia
primou pela numerosidade da
assistência,
gria;
Foi realizado um concurso
de damas, em tango, que foi
justamente ganho pela Senho-:
rinha Silvia Alves Lopes com
o sr. Joaquim Martins Viegas
obtendo ela, conio prémio, a
assinatura, por um ano, do
jornal «A Comarca da Sertã» |
e êle ficando como sócio ho- ‘
norário do referido Grêmio.
A” Direcção deste simpático
Grémio as nossas felicitações
| pelo êxito obtido no baile des-
ta inolvidável noite.
REPORTER DAVID.
906000900 600000000200000000 o09000000
frita dos Passos efectua-
da no passado sabado,
teve regular concorrência, sendo,
contudo, reduzido o volume. de
transacções. à
990200000R90 000000000080 ononnadacoaa
“O Primeiro de Janeiro”
o melhor jornal do Norte do
País
Agente na Sertã:
EDUARDO BARATA
marca «sMPUR-
tão
novo come a Sé de Braga, pa- –
21 realizou se no |
GRUPO RECREATIVO «NU-‘:
N’ALVARES» um baile que:
correcção e ale-‘
á
i

á
roncanca