A Comarca da Sertã nº85 02-04-1938

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E
DIRECTOR, EDITOR
Eduardo Barata da Silva reta
E PROPRIETARIO
DR. JOSÉ CARLOS EHRHARDI
DR. ANGELO HENRIQUES VIDIGAL
ANTONIO BARATA E SILVA
DR. JOSÉ BARATA CORREA E SILVA
EDUARDO BARATA oa SILVA CORREA
UNDADORES
CT REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO |
RUA SERPA PINTO -SERTA!
PUBLICA-SE AOS SABADOS
ANO II
Nº85
DERRAME
Notas…
STA o Govêrno no firme
e sunpático propósito,
“tam do agrado de todos os pa-
triolas, de comemorar com O
maior brilhantismo e solenidade,
em 1940, 08.º centenário da fun-
dação da nossa Nacionalidade e o
3º da Restauração.
O nosso nascimento nacional |,
deve ser festejado com a maior
pompa, com a mais elevada proe-
muinência. Que extraordinários
exemplos de audácia, de herois-
mo, de altivez e de amor pátrio
temos dado ao Mundo no decurso
de oito séculos de História! Até
na dor e nos sofrimentos temos
sido grandes, dum estoicismo in-
“comparável! 60 anos de pesado e
afrontoso cativeiro, de vilipêndio
e de tortura não bastaram para
azer apagar em nossos corações
& chama ardente do idealismo que
-despedaçaria, numa bela manhã
de Dezembro, as grilhetas proter-
vas e malditas da submissão. O
jugo estrangeiro uniu os bons
portugueses, breparando-os para
sacudir a tutela, para lutar du-
rante largo período, afirmando.
ao Mundo que um povo de tam
nobres e alevantadas tradições
históricas, tinha de continuar, pe
los tempos fóra, a sua honrosa |
missão civilizadora e cristã.
Precisamos de festejar, condi-
guamente, a funtação da nossa
pátria, no Continente, nas Ccló-
nias, em tôda a parte onde haja
núcleos de portugueses, para lem-
brarmos a nós mesmos o que te-
mos sido, para apontarmos aos
outros povos, que não nos conhe-
cem ou fingem esquecer-nos, que
somos wma das mais – antigas,
ilustres e nobres nações da Euro- |
pa, que demos novos mundos ao
mundo, que por toda a parte es-
palhâmos a civilização mais bela
“ate hoje conhecida. Precisamos de
lhes mostrar que a nossa lingua
é falada em todos os continentes,
que o nosso poderio joi tam gran-
de, que ainda hoje existem restos
da dominação e ifluência de
Portugal nas artes, nas letras e
nas ciências dos povos mais re-
motos.
Com a casa em ordem, disfru-
tando uma situação explêndida
no conceito internacional, que
causa inveja a outros países mais
ricos em bens materiais, mas de
govêrnos acéfalos, sobemos o que
queremos e o caminho que temos
de seguir, polemos convidar os
estranhos para a glorificação do
nascimento da Pátria, sem que
tenhamos a recear censuras ou
cepticismos.
A ideia do Govêrno da Nação,
recebida, como era de prever,
com o maior entusiasmo e senti-
mento patriótico por todos os por-
tugueses, encontrou cco no coração
dos nossos irmãos do Brasil e no
próprio Govêrno do país irmão,
que, a convite do nosso, tenciona:
compartilhar das manifestações
de regosijo, enviando uma luzida
embaixada, de que fará parte,
possivelmente, o próprio Chefe do
Estado.
“Hebdomadário regionalista
Oleiros, Proença
Ate E ESPETa DE ARS serio aos E
quer outra parte».
, independente, defensor dos interêsses da comarca a dertã: concelhos de Sertã,
-a-Nova e Vila de Rei; e ireguesias te Amêndoa e Gardigos (do concelho de Mação )
E Sp
Transcreve-se a circular que vai ser remetida aos naturais da freguesia da Sertã solicitando o seu
auxílio monetário ou emmateriais para levar a hom têrmo as obras dg reparação, con-
siderando-se que o apêlo é feito por intermédio dêste jornal, e dêste modo, a todos
aqueles cujos nomes ou moradas sejam desconhecidos, — Descrição do formosa templo
pelo ilustre conterrâneo Padre Antônio Lourenço Farinha no livro “A Sertã go seu concelho”.
Presado Conterrâneo
Desde todos os tembos, o espírito bairrista dos seriaginenses tem conseguido os mais diversos
objectivos para o engrandecimento da sua Terra.
» Por êsse País fora outros os “terão igualado em umor ao torrão querido, sim, mas já-
mais excedido. O carinho; a dedicação sem limites que os naturais desta freguesia sentem pela Sertã,
tem obrado prodígios de tal monta. que, éste século, pode dizer-se, ela mudou inteiramente de fisio-
nomia, sendo hoje uma vila acolhedora, simpática e alegre, identificada com os atributos que a Natu-
reza lhe proporcionou tam. fartamente, prodigalizando-lhe os mais atraentes e encantadores panoramas.
“A índole bondosa e essencialmente hosbitaleira dos Sertaginenses tem atraíd ade dos
estranhos em ta do grau que, les mesmo o afirmam, «sentem-se aqui mel, rua]
OS fihos a ta que conseg dote
la com o Hospital de N. S. do Carmo, obra grandiosa na época em
que foi edificada ; que construiu um sumptuoso edifício para Grémio
e Teatro; que reergueu o Castelo e a capelinha de São João. E para
«as duas primeiras obras contribuiram dezenas e dezenas de Sertagi-
nenses, muitos dêles espalhados pelo Orbe; todos deram alguma
coisa, até mesmo uma migalha do bouco que podiam dispensar !
Que sacrifícios alguns teriam feito !
Exemplo admirável: de tenacidade, de entusiasmo por êste
torrão, que vive sempre nos seus corações ! :
E feliz, sem dúvida, a terra que tais filhos tem.
“Pois bem. Mais uma vez vai ser posto à prova o bairris-
mo dos naturais da freguesia da Sertã!
Rev. P.º Francisco dos Santos e Silva — Agora é necessário, sem perda de tempo, reparar devida-
Arcipreste da Sertão Presidente da Mente o formoso edifício da nossa IGRE JA MATRIZ, belo monu-
anesao reu do arquitectónico, antigiissimo, de incalculável valor artístico.
O custo das obras excede, um pouco, 100 contos; o Estado deu, como. comparticipação, 30
contos. Da tarte de todos os naturais da freguesia está obter
o resto, Com bôa vontade, com um. pequenino sacrifício de.
todos, a obra será executada. .
Assim o exige o amor á nossa Terra-Mãi, assim o
pedem o respeito pela Casa de Deus, as nossas tradições cris-
tàs, tam sublimes e puras, impregnadas da mais bela virtude.
Um donativo vosso, em dinheiro ou em materiais, te-
rá as bênçãos do Céu e o reconhecimento eterno da vossa Terra.
Se nos quereis ajudar, coma prevemos, fazei-o já, por»
que o tempo das obras é assás hmitado; ordena-o a Lei.
Antecipadamente agradecemos tado o auxílio que nos.
prestardes, E a |
Sertã, as de Março de 1938,
Pe Francisco dos Santos e Silva
Dr. Carlos Martins. dao a
“Dr. José Carlos Erhardt F f
Dr. Angelo Henriques Vidigal
Olimpio Alberto Craveiro
Augusto Justino Rossi
João Esteves Eebis
Francisco Pires de Moura
Henrique Pires de Moura
Pº José Baptista
Manuel Milheiro Duarte
António Barata e Silva
José Farinha Tavares
José Tavares Mouta
“Joaquim Francisco
Manúel António
José Ventura r
Cartos dos Santos 1
João António Martins da Silva
João Nunes e Silva MEIa b
Eduardo Barata da Silva Corrêa
Fachada principal da Igreja Matriz da Sertã
Verificando-se o mau estado de conservação da
parede, em condições iguais às das fachadas la-
terais e posterior
igreja matriz da Sertã, cujo ora-
go é S. Pedro, apóstolo é um
templo bastante antigo, amplo
‘€ formoso. «Como tantos outros,
no mantém a arquitectura gótica
() no seu interior, apresentando exterior-
“mente o seu aspecto de renascimento (2) po-
>» onde corpos justapostos lateralmente,
(Contínua na 4.º página)
Composto & Impr ess,
NA
GRAFICA DA SERTÁ
SERTÃ
Largo do Chafariz |
as primeiros dias de Pri-
mavera foram chuvosos,
frios, pouco agradáveis, enfim.
Mas agora, pode dizer-se, estamos
na plena estação das flores; 0 sol,
brando e rutilante, afaga os se-
res vivos numa caricia voluptuo-
sa. As arvores de fruto, por ês-
ses campos, como noivas prepa-
radas para a boda, estão vestidi-
nhas de branco, tódas ca-regadi-
nhas de flor, mostrando. ag-la-
vrador que as suas primicias não
veem longe. Pelos campos vai
um movimento extraordinário,
terras, que se o ano correr bem,
trarão ao lavrador a abastança
e a alegria, como compensação do
estórço hercúleo de muitos dias.
E as andorinhas, aos band
reboando, não ta
* Sernache in
em pouco, a sua carreira de pas-
sageiros para Alvaro. e
Em breve começa a mesma
Emprêsa a pôr à disposição do
túblico a última camionete adqui-
rida— Bussing-Nay—que funcio-
na a oleos pesados, um primor’de
comodidade e de segurança inex-
cédivel.. &
OMR UEMA
1y4do ser adoptadas: medidas
especiais tendentes a evi-
tar que seja lançado no consumo
público vinho americano, apl
cando-se penalidaaes severas aos
infractores.
EEE
CANÇÃO DA NQITES é
o titulo do fono-filme
a exibir, êste mês, no; nosso cine-
ma.
ERG
Ne qfeira estreowse 110
— Cinema Conges, o novo.
filme português «A Canção da
terra», realizado por Brum do
Canto, coadjuvado por Aquilino
Mendes, de-que fará parte uma
to, de que hã a destacar, pela sua
naturalidade e sobriedade, Barreto
Poeira e Elsa Rumina.
O filme é dum género inteira-
mente novo na produção portugues
sa, que emociona a nossa alma,
sem cair nos exageros do drama.
OR
Nº domingo passado houve,
no campo de jogos los
cal, um desafio de football entre
a «Académica Sertaginenser e os,
«z1 Bruxos de Sernache do Bom
jardim», que terminou pela. vitó
– ria dos últimos, por 4 a 3.
breparando-o para novas semen-
bleiade de artistas de merecimew-.
sd ew-.
sd e@@@ 1 @@@
a
5 Pátria |
– viuvo João Farinha Freire;
‘ Cceição, doméstica, Casal dos.
“Matilde Nunes da Fonseca da
-buição de inventários por
– Antunes, negociante, da Ri-
“ria Rosa da Silva: Ana da
“Costa, viuva, Monte Fundei-
“tário, Catraia Cimeira, inv. a
IM
Cale-sée a voz quê, turbada,
Já de si mesma se espanta ;
“* Cesse dos ventos a insania,
Ante a clara madrugada, o
Em nossas almas nasce
E, por nós, oh Lusitania,
— Corpo de Amor, ter
“— Nau de Epopeia, a varar,
Ao longe, na praia absoria,
‘ . De novo, faze-te ao Mar !
Acesa de ébria alegr
Soberba de Galhardia,
De novo, faze-te ao Mar,
Que o teu rumo é o verdadeiro |
Se aMorte espreita-que importa?
«Morrer é partir primeiro»,
Como Camões anuncia |
Querer é a nossa divisa;
Querer — ê palavra que vem
Das mais profundas raízes:
Deslumbra a sombra indecisa,
Til Juba
“Movimento de Fevereiro
ORFANOLOGICO — Distri-
obitos de: 10) Manuel Lou-
renço Junior, Vale da Velha,
Figueiredo, inv.a viuva Amêé-
lia Gaspar; Ana Maria, Var-
zea dos Cavaleiros, inv. o
José Lourenço do Canto, pro-
prietário, Entre-a-Serra, inv.
à viuva Maria José; Antônio
beira, inv. a viuva Maria
Emilia Nunes; Maria da Con-
Bufos, inv. o viuvo Manuel
mo, viuva, Povoa, inv. José
Fernandes; João Simão, viu-
vo, proprietário, Casal do
Calvo, inv. Manuel da Costa;
Manuel Nunes Pereira, jor-
naleiro, Sertã, inv. viuva Ma-
ro, S. Pedro do Esteval, inv.
António Ribeiro; Manuel Car-
doso, serrador, Sobreira For-
mosa, inv, a Maria de Jesus,
Maria do Rosário, Maxiais,
inv. O viuvo José Ribeiro; Do-
mingos de Almeida, proprié-
Vinva Maria Luiza; José Fa-
rinha, pedreiro, .Proença-a-.
Nova, inv. a viuva Silvéria
de Jesus; Manuel Dias, jor-
naleiro, Mouta do Cabrito,
inv. a viuva Maria Car-
doso; Conceição de Jesus da
Silva Cavalheiro, viuva, Proen-
ça-a-Nova, inv. João Cristó-
vão Gonçalves Manso. 14)
Carta precatória para nomea-
ção de louvados e avaliação,
extraida do inventário orfa-
nologico por obito do dr. Jo-
sé António Prior, em que é
cabeça de casal Maria Alzira
serás celebrada ;
E por nós serás erguida,
“ Erguida ao alto da Vida !
| Dontdo ocnno oconasdonaeunanasenonvoa
— da Silva Jorge; Maria do Car- |
Silva Prior, vinda da 8.2 vara
da Comarca de Lisboa; 17)
Manuel Farinha, Troviscal,
inv. viuva Maria Mendes, Ma-
ria da Gloria, Cruz do Casal
Novo, Oleiros, inv. viuvo Ma-
nuel Martins, vindo do Jul-
gado Municipal de Oleiros;
24) Maria das Dores Gabriel,
solteira, Fundada, inv. José
Gabriel.
CIVEL — Distribuição : 17)
Acção sumária requerida por
Daniel Dias de Matos e ou-
tros. moradores em Sobreira
Formosa, contra Luiz do Nas-
cimento e mulher e outros,
da mesma vila; Execução hi-
potecária requerida por Ma-
nuel Martins Cardoso, pro-
prietário, de Belas, comarca
de Sintra, contra José Ven.
tura, casado, comerciante e
esposa D, Adelaide da Côncei-
mm,
a MOCIBADE PORTUGUESA
|
Transcende as nuvens de além…
Querer — palavra de Graça,
|Grito de almas felizes!
ida: L
Querer! Quererl E lá vamos!
— Tronco em flor estende os ramos
santa — :
Rs a A’ Mocidade que passa
Lã vamos, cantando e rindo,
|Levados, levados, sim,
Pela voz do som tremendo
Das tubas — clagor sem fim…
Lá vamos (que o sonho é lindo!)
ia Tôrres e tôrres erguendo
É Rasgões, clareiras abrindo!
— Alva de Luz imortal,
Roxas névoas despedaça,
Doura o Céu de Portugal! .
Querer! Querer! E lá vamos!
— Tronco em flor estende os raros
A’ Mocidade que passa!
MARIO BEIRÃO
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Esmerado servico de Frestau-
rante, bons quartos, higié-
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— — DE
Santo António dos Milagres:
Necrologia
Em Vila Fernando (Alen-
tejo) faleceu no passado dia
21, « nosso estimado assinan-
te sr. Germano Lopes dos
Santos, de 59 anos, natural
da Sertã, que naquela locali-
dade, exercia de há muito o
cargo «le auxiliar de perceptor
na Colônia Correcional.
Deixa viúva a sr. D. Ma-
riana Rita Fitas.
A’ familia enlutada apre-
sentamos os nossos sentidos
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Efectua-se diariamente, excepto aos Domingos, dias 1 de
Janeiro, 25 de Dezembro e Terça-feira de Carnaval
TABELA DE PREÇOS DE BILHETES SIMPLES
(CRIANÇAS DE 4 A 10 ANOS PAGAM MEIO BILHETE)
Ramalho, |
Figueiro dos Vinhos 42,
4800 Pontão
4850 450 Avelar
8450 48450 k400 Podentes
12800 84800 4450 Coimbrabra@@@ 1 @@@
Ea
RA
5 A
E Ri
Acedente ou mau |
olhado
Ê
O acedente ou mau olhado,
das pessoas ou dos animais,
desaparece com a seguinte
receita:
o grãos de centeio
5 folhas de oliveira
5 areias de sal e
5 folhas de argebento (1)
fervidas em conjunto nu-
ma panela de barro com água.
Enquanto dura a fervura re-
sam-se dois (terços e no final
uma salvê-rainha.
Concluida esta operação,
deborca-se (volta-se) a panela
sobre uma hacia. |
Nêste momento sai algu-
ma água que pouco depois é
absorvida.
Verificada a absorção da
àgua, a panela é levada
para o forro da casa, onde
permanece, até que a agua
desapareça.
Desaparecida esta deve ter
desaparecido o maú olhado.
(ESCALOS DE BAIXO)
Para desaparece-
remi cravos ouver-
rugas
Os cravos ou verrugas nas-
cem a quem conta as estre-
las e curam-se pelos seguintes
processos: :
Contam-se os cravos ou ver-
rugas e reune-s: igual nú-
mero de pedrinhas de sal num
pano ou papel que se coloca
nos foiais da porta.
À primeira pessoa que abrir |
“o pano ou o papel ficará com
os cravos ou verrugas, que
Gesaparecerão à pessoa que
às tinha. |
(SALGUEIRO DO FUNDÃO)
Em Bemquerença, as pedras
de sal deitam-se no forno a
arder, e a pessoa que assim
procede deverá sair sem se
voltar para trás. Igualmente
se curam ou secam desde
que a pessoa que os tem
marque no tronco de uma fi-
gueira tantos riscos quantos
us cravos ou verrugas.
Em Salgueiro, usa-se tam-
bém atirar as pedras de sal
para dentro de uma casa e
fugir sem olhar para trás.
JAIME LOPES DIAS
(1) ARGEBENTO é um arbusto de fo-
lhas verdes e bagas encarnadas que vege-
fa nas margens dos ribeiros eu em sitio
húmidos. E
0000000000D60 p000900090000900000060000
DOENTES
Foi recentemente operada
de uma hérnia, a sr? D. Ma-
nuela Marinha Rodrigues de
Aguiar, esposa do nosso ami-
go sr. João de Aguiar de Lis-
boa, sendo o seu estado bas-
tante satisfatório.
— Têm passados incomo-
dados de saúde os srs. D. Ma-
ria Emilia de Andrade Pei-
xoto, da Arncia, D. Ernestina
Marinha David, esposa do
nosso amigo sr. Adrião Mo-
rais David, Jorge dos Reis
Paixão, de Lisboa, e a meni-
na Fernanda da Silva Bar-
tolo, filha do sr. Gustavo da
Silva Baártolo, da Sertã.
À todos desejamos pronto
restabelecimento.
200009006 2000000057000000600 000000000
Os amigos de “A Comarca
da Sertá”
Teve a amabilidade de nos
indicar novos assinantes o
noss2 bom amigo sr. Abilio
José de Moura, do Pêso.
Muito agradecidos.
“— | COMARCA DA SERTA!
PRIMRESA
Comarca
Através da
(NOTIGIARIO DOS NOssos CORRESPONDENTES)
Novo Hospital
PROENÇA-A-NOVA, 1 — Como diziamos
em nossá correspondência anterior, a actual
mesa da Santa Casa da Misericórdia desta
vila, pensa construir um edificio hospita-
lar que reiina tôdas as condições higiênicas
necessarias. e
E” uma iniciativa bastante altruista e di-
gna do apoio de todos os Proencenses, pelo
que é de esperar a boa colaboração, nêste
sentido, de tolos os nossós conterrâneos de
aquem e de além-mar a-fim-de que se faça
alguma coisa digna do século actual.
Fazem parte da Mesa da Misericórdia
criaturas da mais elevada competência e res.
peito social, pelo que estamos convencidos
que levarão a bom termo a sua arrojada
iniciativa.
Nada de positivo há ainda quanto ao lo-
càl para a edificacão de tão importante me-
lhoramento; sabemos, porém, que estã mais
ou menos indicada a sua edificação no
sitio denominedo «Curral do Touro», de-
fronte da Alameda da Senhora das Neves.
Todos os Proencenses que bem conhe-
cem a sua terra e os seus arredores, certa-
mente devem ter admirado o Planalto do
Val Cação, um dos sitios mais pitorescos
desta vila pela sua elevada altitude, de onde
se disfruta um vasto e lindo panorama.
Construindo ali um grande parque ar-
borizado — desde o Moinho de Vento do Ba-
raçul até à descida para o Val da Cheira, —
era êste o melhor local para a construção do
novo Hospital, pois teria ali a Mesa da Mise-
ricórdia facilidade na aquisição do terreno
necessário por um preço irrisório, pois tra-
ta-se de terrenos maninhos.
Sobranceiro à nova escola, seria de fácil
acesso para viaturas de qualquer espécie,
pelo caminho de S. Bartolomeu, e pelo ve-
lho caminho do Baraçal, o qual seria trans-
formado numa ampla avenida, desde a vi-
venda do sr. Carlos da Silva Cavalheiro até
ao parque do hospital, com passagem junto
à casa do sr. José Catarino Junior.
Com esta Avenida que seria feita pela
Câmara, seria um passo andailo para o pro-
gresso da nossa terra e seria a obra mais
importante que se podia realizar. Far-se-iam
nesta avenida novas construções e teria
Próença aberta a sua «Costa do Sol» com o
seu Parque que serviria para de futtro se
| realizarem ali festas em benefício da Mise-
ricórdia ou outros fins de beneficência. |
Ficaria um Hospital higiésico e saiida-
vel, verdadeiro sanatório para os doentes,
com os melhores ares, repouso absoluto, sem
os inconvenientes do barulho dos veiculos
automóveis, facilidade em captação de àgua
se fôsse necessário, o que talvez seria evita-
do, pois que a Câmara pensa em captar um
grande nascente de água potável próximo do
Baraçal, cuja canalização podia passar junto
ao Hospital, o qual ficaria com água em abur-
daáncia para o seu consumo interno e ex-
terno.
Com o seu Parque ajardinado serviria
para recreio de todos os Proencenses,
Sem dúvida alguma o hospital feito nês-
te local ficaria um monumento digno de ser
visitado por todas as pessoas que aqui vêm,
o qual depois de concluido ficaria idêntico
ao hospital da Sertã pela elevada altitude
do local.
Sem paixões de qualquer espécie que
não sejam apenas o interêsse bairrista, con-
vidamos os mui dignos membros da Mesa
da Misericórdia a examinarem o local in-
dicado. o
Para inelhor ilucidação publicamos um
«croquis» da planta do local.
Caminho do
a Caminho da Braçal |
Crujeira
Caminho da
Cheira
Moradia de
J. Catarino
Caminho
Sarzedinho E
Abraços
Estrada
Nacional
Caminho de
Amoreiras
Quelha dos
Estrada
Caminho para
a Fonte
ESC. 1: 1.000
Nacional |
PROENÇA-A-NOVA, 21-No vapor «João
Belo» embarcou no passado dia 12, com
destino ao Congo Belga, o nosso presado
amigo e assinânte sr. José Martins Alves,
comerciante na cidade de Bumba, daquela
colônia a Sin o
— Com curta demora esteve netta vila o
nosso patrício sr. António Martins, socio ge-
rente da importante firma Dentalina, Ld.º
de Lisboa. fiada
—Fixou defenitivamente residência em |
Sobreira Formosa o nosso amigo sr. Manuel
Lopes Pires, que durante alguns anos aqui
foi proprietário da Farmacia Roda.
— Depois de um grande estio voltou a
chuva o que vem melhorar bastante a agri-
cultura.
— Faleceu em Lisboa, osr. José Vaz
Lança. O extinto, que esteve aqui durante
alguns meses como empreiteiro da reparacão
da estrada, contava aqui numerosos amigos.
O.
PLANO DE URBANIZAÇÃO DA VILA DE PROENÇA-A-NOVA
aszon
PEDROGÃO PEQUENO, 18 — Esteve ho-
téçnicos do Disirito,. a proceder aos estudos
para uma possivel comunicação directa da
estação telefónica com a Sertã, em-vez-de
com Pedrógão Grande, cômo actualmente.
EF de todo o ponto justo visto que esta vila
é uma das povoaçães mais importantes d
concelho da Sertã.
O comércio local está tomando grande
incremento, fazendo-se notar de hã muito à
grande falta de uma cabine telefônica que
está constituindo o desejó unânime de todos
os que desejam o progresso e engrandeci-
mento de Pedrógão Pequeno.
A junta de freguesia que tinha também
no seu programa êste melhoramento, tem
agora ocasião oportuna para activar tal me-
lhoramento.
— Saiu para Lisboa, o sr. Carlos Ferreija
David, notário aposentado, |
je nesta vila o chefe dos Servisos Electro:
Detorasio ló
Colônia de Angola
LOBITO
NOTAS DO MEZ
Medidas não aceitá-
veis pojos colonos
“de Angola :
A Companhia Nacionl de Navega-
ção, desejando proporcior ar aos colonos
de Angola, S, Tomé e Principê, Ca-
bo Verde etc. class .s mais compativeis
com «s suas posses, levou a eteilo al
gumas modificações nos paquetes «Mo-
çamb-que» = «Lourenço Marques», pas-
sando a 22.a 3.2 classee esta foi eleva-
da à categoria de suplementar, anexan-
do a 2.º com 1,2, distinção sômente nos
camarotes, :
A medida foi acertad-, e assim tô-
da a impren a de Angolisz sau com
o seu éco prestando nomnenagem aos
membros Directivos daquela pre timo-
sa Companhia pea tão benéfica rega-
lia que nos vinha proporcionar — aliás
muito justa; igualmente os-colonos sen-
tiram uma satisfação desusada. pela
med da tomada, pois que ela não só os
vinha beneficiar ma parte económica
como também na social. e
A vida nem a todos é sorrideate,
de molde a poderem fazer viagem nu-
ma primeira ou segunda classe, tendo
que se sujeitar embora a sua posição
social o não permita, a uina terceira, —
clase onde se junta tôda a escumalha,
pois que 5.500,00 Angs. por uma passa-
gem de aqui para Lisboa é dentro! Isto
uma 2.º, porque quem quizer uma 1.º
a quantia dobra. :
Com esta nova modalidade, já se
podia ir à Mãi-Pátria uma. vez por ou-
tra restabelecer o sangue depauperado,
pois que não sóo preço ds passagem
era acessivel a tôlas as bolsas, mas
também es alojamentos são excelen-
tes e ainda porque essa escumalha pas-
saria a viajar na suplementar.
Dentro destas bases ainda os vyapo-
res acima citados fizeram uma viagem
cada, saindo daqui ate tados de passa-
ge ros, mas qual não foi a surpreza ge-
ral quando foi anunciado aos quatro
ventos que a Conselho de Turifas da
Marinha Mercante Portuguesa, deter
mina que a CC N. não façu mis
viagens nestas condições-—voltando ase
sim á primeira forma! a
A indignação foi unânime, levan-
do tôdas as Associaçõesa fazer a
sua reclamação junto das entidades
‘com petentes, estando também a traba-
lhar afincâdamente nêste sentido as
Comissões Municipais da União Nacio-
nal,
Os colonos podem concordar com
tudo o que determine o Conselho de
Tarifas, menos o de lhestirar uma re-
galiaa que têm direito, para enfim,
salvaguardar os interêsses de indeter-
minada Companhia, — que, segundo
consta, fez o seu proiesto juntodaquele
organismo,
:
x x
Alvaro Martins Go»
mes: 3
Para a sua terra, seguiu no vapor
«Nyas-a», êste nosso presado assinante,
que é natural de Vila de Pei, que a
pedido de sua familia deixa terras de
Angola, : a
Apetecemos-lhe uma feliz viagem
Lusitano Sporé Clul
| Vai êste simpático e prosressiva
Club, em comemoração do 14º anivers
sário da sua fundação, levar a efeita
nos dias 2,3,4,5, 9e 10, grandiosos
festejos que, como é tradicion 1, devem.
ser revestidos daquele brilho que é
muito seu. –
—Para colaborar nesta simpática
festa, a prestimosa Direcção dê-te-Clu-
be convidou o Ferrovia Sport Club, de
Nova Lisboa e Sporting Club de Novo
Redondo a fazerem-se representar com
os seus grupos de honra, que aqui
farão alguns desafio como Club em
fest»,
Est) colectividade rei: no: seu
seio um numero de asocados nossos
conterrâneos muito interessinte, dos
quis uma grande parte se encontram
“em Portigal e que nós sabamos, serem
ussidos leitores da nessa «Comarca»,
—Para êstes faremos no próximo mês
um pequeno relato dos festejos, bara
assim recordarem- o. «Lusitano – Sport
Ciub», pois que record«r é viver. !!!
Setembro de 1937,
c
RR
29902c0000000 127 0000090000n0900B0n009pna
Venda de adubos
Pelo Ministério da Agricul-
tura foram concedidas iieen-
ças para a venda de adiúbos
a José Matias, de Sernache
do Bomjardim e V.º de Joa-
quim Martins Pereira, * de
Proença-a-Nova. o
ça@@@ 1 @@@
A COMARCA DA SERTA’
e pe
pecão erária
REALIDADE
Linda como Venús, irre-
quieta como uma gazela, a
pequena Mary corria no átrio
do seu palacete.
Toda ela brinca e pula de
contente, desde os seus olhos
negros irradiando fulgôres
de alegria, até às pequeninas
botinas que lhe cobrem ós fi-
nos pés,
Mas porque se mostrava
Mary tão alegre, naquele dia?
E’ que nêsse dia o seu noivo,
a quem ela tanto amava, ia
pedi-la em casamento, a seu
pai. Ela, ainda uma creança o
ano passado, feitã mulher tão
depressa!
Ia casar com Pedro, estu-
dante de direito, por quem
todas as meninas da rua es-
tavam sériamente enamora-
das. Era um rapaz belo, esti-
mado por todos e sobretudo
inteligente. Estava apaixona-
“da por êle, e daria a sua vida
– Casa
“nada a surpreende,
“Se necessário tôsse, só para o
salvar; queria-lhe mais do
que tudo.
Fantasiando, já via a sua
ornamentada, regorgi-
tando de convidados, para
assistirem ao jantar e à festa
das suas núpcias. Enquanto
Mary assim pensa, O seu co-
ração bate apressadamente, a
ponto de desfalecer de como-
ção.
Depois passeia, corre, colhe
uma flôr num dos canteiros,
e entra no jardim, tomando a
rua que dá para a estufa, Mas
nada a
detém. A brisa corre serena-
mente, agitando os ramos dos
arbustos, desprendendo os
aneis do seu cabêlo, que veêm
: cair sobre a testa, Envereda
agora pela rua que deita para
o lago dos peixinhos, e senta-.
* se como que exausta debaixo
“* do denso caramanchão. Todo o
– seu pensamento reverte para
o seu enlace com o seu que-
rido Pedro, de olhos e cabe-
los louros, que dentro em
pouco se deve realizar.
Então perscruta a sua alma
acêrca da fidelidade daquele
a quem tanto ama.
Amar-me-á?
Quem sabe! Mas decerto
que sim por.. Mas foi in-
terrompida por um dialogo
trocado por alguém que avan-
çava.
Quem será? Pensou Mary
“ consigo mesma.
Beijam-se fervorosamente;
escutemos:
—Deixa Mary, Pedro, por-
que ela é ainda uma creança
e não te saberá amar.
—DComo queres que veixe
essa creança, que é tão bela
e que possue sobretudo uma
grande fortuna?
Mas o que Mary ouvia, seria
real, ou seria un sonho?
“Pedro tinha-a trocado pela
sua mais querida amiga, aque-
la a quem tanta protecção
dispensara?
Era a pura da verdade, são
assim os homens,..
Quando foram em procura
da pobre Mary, jazia morta de
dor, e desengano, junto à bor-
da do aquário.
Pobre criança, que se dei-
xou acorrentar pela linda fan-
tasia das ilusões…
Sertã, 25-3-938
Maria do Anjo Martins
ope o co
QUEDA
Deu uma queda de um ca-
valo, sofrendo diversas con-
tusões, pelo que se encontra
retido no leito, o nosso es-
timado assinante sr. José Joa-
uim da Silva, proprietário,
e Amioso, a quem desejamos
rápidas melhoras,
“EM PROL DA TERRA E DO HOMEM
Do sr. dr. J. Ribeiro Cardo-
so, ilustre advogado em Cas-
telo Branco e Presidente da
Junta Provincial da Beira
Baixa, acabamos -de receber,
com amável dedicatória, esta
obra da sua autoria, que ago-
ra fói posta à enda.
– E um trabalho nctabilissi-
mo que, sem dúvida, hã de
merecer a critica mais elo-
giosa daqueles que se dedi-
cam à resolução dos proble-
mas económicos adstritos à
população rural dos nossos
campos, assunto que o Con-
selho Provincial vem enfren-
tando com grande pericia e
metículoso cuidado desde os
principios do ano passado,
porque entendeu, e muito
bem, em sua consciência,
que êle devia ser incluido no
seu programa de acção.
A interferência do notável
organismo, que é a Junta de
Provincia, na vida das clas-
ses pobres, quasi exclusiva-
mente entregues nesta pro-
vincia à actividade do solo,
há-de, por certo, contribuir
para melhorar a situação
precária, a roçar pela misé-
ria, dos trabalhadores rurais,
criando-lhes um futuro prós-
pero, livre de preocupações
que hoje os atormenta. Com
perseverança e tenacidade,
que, animada por um escla-
recido espirito regionalista,
trabalha com amor pelo pro-
gresso da Beira Baixa».
Na parte final da introdu-
ção diz o autur: «Nas páginas
que vão ler-se, simples e de-
sataviadas, procura-se focar
o alcance social das soluções
que a Provincia da Beira
Baixa preconiza—Lm prol da
terra e do homem — para al-
guns problemas que são de
flagrante actividade na hora
que vai passando,
À obra compreende os se-
guintes capitulos: «Reiúnião
da lavoira em Castelo Bran-
co», «Salários rurais», «A pe-
quena propriedade», «A ago-
nia da pequena proprieda-
de» «A pequena proprieda-
de suplemento do salário ru-
ral», «Casas do Povo», «Cai-
xas de reformas» e «A nova
divisão provincial». de que
faremos algumas transcri-
ções conforme a transigência
do espaço.
As soluções apontádas pelo
autor devem ser divulgadas,
e nós, fazendo-o, prestamos
um bom serviço à agricultu-
ra da Provincia, a sua malor
riqueza, a-pesar-das dificul-
dedes em que vive.
Ao sr. «dr. Ribeiro Cordo-
so agradecemos a cativante
oferta.
Correios, Telegra-
fos e Telefones
Inscrição para admissão, á pra-
tica, de um candidato a ma-
nipulador Telégrafo – Postal,
de reserva, na estação da
Sertã.
Na estação telégrafo-postal desta
vila, acha-se aberta a inscrição, para
a admissão, à pratica, de um candida-
to a manipulador, de raserva, até ao
dia 8 do corrente,
Os candidatos, que poderão ser de
ambos os sexos, devem ser de nacion1-
lidade portuguesa, terem mais de 16
anos e menos de 25, residirem, desde
22 de Março (data do ubertura da ins-
crição), na Sertã ou numa freguesia do
concelho, desde que entre esta e a sede
exista meio de trasporte fácil e râpido,
terem a habilitação minima de instru-
ção primária ou equivalente,
Os pretendentes deverão requerer
a sua admissão à prática, iudicando
nos requerimentos, que não carecem.
de reconhecimento por notário: nome
completo e por extenso, absolutamente
conforme com as indicações que cons-
tarem da respectiva certidão de idade :
filiação, devendo os nomes dos pais do
candidato concordar com os que cons-
tarem da certidão de idade do mesmo
candidato; data do nascimento: n tura-
lidade; residência — (localidade, rua e
n.º de polícia); classificações obtidas
nas habilitações que declararem pos-
suir, logar que se pretende nos ser-
viços da Administração Geral: locali-
dade em que pretende exercer as fun-
ções: data; assinatura completa e por
extenso, absolutamente concorde com
o nome antes indicado no requerimento.
Dos requerimentos deve constar o
grau de parentesco das pe:soas que
provêem à manutenção do candidato e
declaração de que o mesmo se pronti-
ficá a fazer os exames de admissão na
apoiada pelo Govêrno, há-de
consegui-lo, porque boa-von-
tade e competência não lhe
falta, ainda que o problema
seja demasiado complexo.
O livro é dedicado «A”
boa gente da nossa Provincia
000D090000000000000000089000000009000
Este número foi visado pela
Comissão de Censura
de Castelo Branco
sede dos Serviços.
* *
Na semana passada esteve entre nós
osr. António Manuel da Silva, ilustre
Director dos Correios do distrito, tendo
visitado, além da estação local, as de
Oleiros, Alvaro e Madeirã, acompanha-
do do chefe da estação da Sertã.
ATRAVE’S DA COMARGEA
PEDRÓGÃO PEQNENO, 23 — Foi ontem
registado e baptisado o interessante filhinho
do sr. dr. Loão de Barros Morais Cabral e
da sr* D. Maria Angela Vidigal Marinha de
Morais Cabral, com o nome de João Adelino
Marinha de Morais Cabral.
Foram padrinhos, seu tio materno sr. P.º
Guilherme Nunes Marinha e sua àávó mater-.
na sr? D. Angela Vidigal Marinha.
Ão Jantar a em festa intima a que assis-
tiram as pessoas de familia e outras das re-
lações dos pais do pequenino João Adelino,
trocaram-se vários brindes, sendo ainda
muito cumprimentada a sr? D. Maria An-
gela da Conceição Vidigal, por ser o dia do
seu aniversário natalício.
— Saiu parr Chaves o nosso presado
amigo sr. dr, João de Barros Morais Cabral,
meritissimo juiz daquela cidade, E
SD
ES
ORVALHO, 14-—Com extraordinária con-
corrência de feirantes, realisou-se ontem,
nesta localidade, a chamada «Feira de Mar-
ço» Realizaram-se bastantes transacções,
sobretudo em cereais.
— Também aqui esteve ontem, a dar
consultas aos doentes, no pôsto mêdico da
Casa do Poyo desta freguesia, O sr. dr. Sea-
bra de Almeida, que foi muito procurado,
tanto por pessoas da freguesiã como das cir-
cunvizinhas. Vem aqui sempre nos segun-
dos e quartos domingos do mês. As consul-
tas para os sócios da Casa do Povo são
gratuitas.
asso»
OLEIROS, 5 — Ultimamente procedeu-se
à eleição para a direcção do Grupo Despor-
tiva Oleirense, tendo sido eleitos o sr. dr.
acacio Barata Lima, presidente; Augusto
José de Paula, secretários; e Francisco Ven-
tura, tesoureiro.
IGREJA MATRIZ DA SERTÃ
(Continuação da 1.º página)
movimentando as fachadas e telhados, produ-
zem um efeito agradável. E formado por três
naves, das quais bastante mais alta a prin-
cipal, e quatro tramos. As naves são sepa-
radas por elegantes arcaturas góticas sôbre
grupos de pilestras, umas e outras em gra-
nito, com arestas chanfradas, E” isto tudo
quanto resta da sua estrutura quatrocentis-
ta, época a que se refere uma lápide inscrita
sôbre a porta lateral da epistola, onde se
vê gravada a era de 1442, Em volta do grupo
de pilastras, do lado do Evangelho, junto à
capela-mór, uma escada em espiral dã para
o púlpito, em forma de urna, também de
granito, mas já renascença, apoiado num co-
luneló de marmore rematado superiormente
por um capitel de acentuado valor romã-
nico.
A capela-mór, a capela do Santissimó ea
capela das Almas são já do periodo do renas-
cimento, sendo de tôdas a mais interessante
esta última, que fica do lado da epistola,
acentuadamente quinhentista, onde no chão,
ao centro, uma lápide sepulcral brazonada
marca a data do falecimento ou inhumação
dos fundadores da mesma capela. Dessa lá-
pide o que resta do brazão quási nada é
para se poder classificar devidamente. O
portado e a abóbada em meio do cilindro,
apainelados e moldurados, são do periodo
renascença, conservando-se ainda o cortina-
do suspenso duma galeria à altura das im-
postas do arco de entrada e uma elegante
balaustrada, com sua cancela, em rica ma-
deira exótica.
A capela-mór conserva ainda os cadei-
rais da Colegiada, O retábulo é também da
renascença. O côró é um enxerto praticado
no tramo da entradaã. Quási todo o interior
é forrado de belos azulejos policrômicos do
século XVI, com motivos repetidos nas na-
ves laterais e na parede acima do arco da
capela-mór. Na nave principal os azulejos
formam painéis onde são representados os
apóstolos, com desenhos apropriados ao ta-
lhe das ogivas das arcaturas, aparecendo, de
quando em quando, de mistura com os ou-
tros, alguns azulejos de desenho espano-ára-
be. Os tectos das naves são de madeira, em
forma de masseira com lindas e bem conser-
vadas pinturas à feição da renascença».
(Continua no próximo número)
*
– (1) Arquitectura caracterizada principalmente pela
forma ogival das abóbodas e dos arcos. (2) Renascença-o
renovamento artístico, líterário e cientifico que se operou
nos séculos XV e XVI baseado em grande parte sôbre a
imitação das modêlos da antiguidude grega e romana. Esta
espécie de ressurreição das letras. ciências e artes deu-se
sobre o patronato dos Medicis, de Leão X e de Francisco I
auxiliada pelos gregos refugiados na Itália depois da toma-
da de Constantinopla,
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Em serviço de Notariado,
seguiram para Ourique os
srs. drs. José Cardoso, da
Louzã e Jose Barata Corrêa e
Silva, notário em Tomar.
mm Vinda de Elizabeth (Amê-
rica do Norte), encontra-se
na Galeguia — Nesperal— a
sr.* D. alzira da Silva Martins,
esposa do sr. José Martins
e irmã do nosso amigo sr.
José David da Silva. Apre-
sentamss-lhe boas-vindas.
um De visita à seus cunha-
dos srs. Anibale dr. Fran-
cisco Nunes Corrêa, esteve na
Sertã, com sua esposa, 0 sr.
Luiz da Cruz, industrial, da
Praia do Ribatejo.
mm Tivemos o prazer de ver
na Sertã, o sr. dr. António
Ferreira da Silva, notário em
Mezão Frio, que nos apresen-
tou as suas depedidas, genti-
leza que mito agradecemos
e o sr. Antônio Vieira da
Cruz, industrial, da Praia do
Ribatejo.
mu À bordo do «Higland
Monarch» partiu na 3.º feira
para Fernando Pó, o nosso
amigo sr. José Nunes da Sil-
va, de Sernache do Bomjar-
dim, empregado do sr, Libâ-
nio Vaz Serra.
mn Da Calvaria (Sernache)
retirou para Lisboa o nosso
assinante sr. José Coelho.
uy Com curta demora esti-
veram em Pedrógão Pequeno,
os srs. Francisco e José Mar-
tins, sócios da firma Martins,
& Irmão, de Moscavide.
wu! Vindo de Lisboa e acom-.
panhado de sua esposa, en-
contra-se entre nós O sr. Al-
varo Lopes da Silva, filho do
nosso presado assinante sr.
José Lopes da Silva.
ANIVERSARIOS
“CIOS:
4 Albino Heitor Craveiro,
Tete (Africa Oriental); 6, D.
Maria José Corrêa e Silva; 7,
Antônio Alberto Craveiro.
Parabens.
990800000890000060000080 000099600000
Igreja Matriz as Sertã
Subscrição para as obras ie
reparação
DODPOOD
000000 Fá
o
=
NATALI-
Transporte do n.º 83, » 4:2093850
António da Costa , – 1.000800
José Farinha Tavares . . . 500800
D. Maria Cristina Caldeira. 150800
P.º José Francisco, da Varzea. 150500
Manuel Milheiro Duarte. 100$00
AcacioJoaquimSoaresRibeiro 100800
José Nunes COS
Aniónio da Silva Lourenço . 100800
Dr. Albano Lourenço da Silva 100800
Francisco Rafael Baptista 100800
D. Albertina Carvalho Tava-
res, 6 dias de carro de boise 100800
Joaquim Nunes e Silva. 100500
Manuel Pereira , . .. 50800
Anibal Nunes Correia . . 50$00
Manuel António , . – s 50500
Dr. José da Silva Bartolo 50800
José Ventura +… . 50800
| D. Adelaide Pedroso Franco 50800
Casimiro Farinha. .., ; 50500
Manuel Antunes . , , ,., 25800
Antonio Barata Corteia . , 25800
Dr. João do Carmo C, Botelho 20810
Carlos dos Santos sao 20800
D. Maria do Carmo Moura , 20800
D. Lucia Magalhãis. so 20800
José Francisco da Silva e Irmão 20800
José Nunesda Silva, of, delic? | 20500
Ricardo dosReis..ja mo 20800
Armando António da Silva , 20800
Luiz Vdzo veio 20800
Manuel Nunes da Silva , 20800
José Martins Barata. . .. 20800
Ernesto Criostomo . . : 15800
Abilio Augusto Correia, 15800
Alcino Martins Barata, 10$00
José Ramalhosa 10800
Angelo: Lopes, = 10800
António Inácio, serviços de
instilação elecirica e . ,.. 10800
João António Martins da Silva 10890
Domingos António Francisco
dasSilvaçã css 10800
Raul Caldeira, .., Es 10800
Sergio Pina 10500
João Cristovão Gaspar . |, 10809
Abel Ramalhosa . , ,.,, 10800
José Lopes da Silva, … 5900
Manuel Alves, guarda fios 5500
D. Luiza Mendes. , . .. 5$00
António Nunes Barbeiro , 5$00 .
Antonio Nunes Ruivo . ., 5500
Domingos Francisco , 5500
Samuel Fernandes Cravo, 5800
Maria de Jesus Lourenço dos
Sadtaue cs es e AA 3800
Ventura Fernandes . De 2850
António Farinha Lourenço. 2850
A transportar, « . 7:996$96$