A Comarca da Sertã nº68 04-12-1937

@@@ 1 @@@
“facto, associa-se calorosamente às
DIRECTOR, EDITOR:
E Eduanolo DPanata ota y tva CQmeta
E PROPRIETARIO
oc oo ombimço .
RUA SERPA PINTO -SERTA?
‘ PUBLICA-SE AOS SABADOS
ANO
Nº68
— Olio, Prooge
FUNDADORES
DR. JOSÉ CARLOS EHRHARDT | |
DR. ANGELO HENRIQUES VIDIG*’*
ANTONIO BARATA E SILVA
DR. JOSÉ BARATA CORREA E SILVA
EDUARDO BARATA DASILVA CORREA
Hebdomadário regionalista, independente, defensor dos inferêsses da comarca da Sertã: concelhos de Sertá,
Nova e Vila de Rei: e freguesias de Amêndoa e Cardigos (do concelho de Mação )
e Bomposto & Impresso
NA
ERAFICA BA SERTÁ
| Largo do Edafario
| SERTÃ
a |
DEZEMBRO
1937
dE passado ultimamen-
natalício do Sr. General Oscar
de Fragoso Carmona, ilustre
Presidente da República, Portu-
guesa, que então recebeu de todo |
o País as mais cativantes provas
de deferência e respeito, «A Cor
marca da Sertã», registando o
manifestações que. foram. tribu-
todas ao venerando chefe do Es-
“tado.
E oo
: [208 todo êste mês, ou Ja |,
neiro, tenciona, 0 Serta-
nense Fooi-Ball levará à cena,
uma interesante comédia no nos: |
te mais um aniversário |
Seles, Junho de 1937 .
CORAÇÕES PORTUGUESES EM ANGLOA
“og de Maio”:
Ea A AS AOS Ad Gy É Es ” fRsra a
comemoração desta data gloriosa
foram organizados pelos Fúncioná-
rios Públicos desta, Circunscrição,
|. alguns festejos que deixaram em to-
– da a população desta Vila, é maior
entusiasmo, .
‘ Pelas 8 horas teve logar no edificio da
M
“COLÓNIA DE ANGOLA
das nossas Colônias.
— Mas essa inteligência, ainda não imi-
grou por completo de Angola…!
Para o desenvolvimento da grande ri-
queza de Angola, é necessário o empate de
muitos capitais; por isso, capitalistas por-
| tugueses, não tenhais receio de empatar os
vossos capitais nesta, sem fim,
onde se hão-de obter
de todas as nossas Colônias.
Sô com a bôa vontade dos grandes ca-
pitalistas portugueses e das grandes inteli-
gências portuguesas, Angola poderá desen-
cadear o;sseu desenvolvimento; o que não
riqueza
os maiores lucros.
Grémio Sertaginense fe
chou contrato “com &
Lusa Films, L.º, de Lisboa, para
a exibição, em 30 de Janeiro
bróximo, do filme «Revolução de
Maio», a que a crítica tem tecido
os maiores elogios.
Õ
MEADALRRALEAAAAALOS
(COTAÇÕES de generos »o
mercado de 27 de No-
vembro: trigo, 138; centeio, 128;
mulho, 10850; fava, 168; feijão
frade, 168; feijão vulgar, 20800,
os 13,5 litros; ovos, 4850, a dú-
sia; galinha, 78; frango, 4850;
batata, 6850, 08 13,5 litros.
Come:
sô contribuirá para grandes Indústrias
Portuguesas, como também em honras para
a nossa – Pátria,
| Administração Pública, uma sessão solene
“do carácter patriótico e Nacionalista, onde
usaram da palavra os srs. dr. Veterinário
“so Teatro, interpretada por al-
guns amadores. O produto des- ae
“tinase a
“barda que.estão na disposição de
auxiliar a luna em
RR
| EMBRÁVAMOS a conve-
À miência de se plantarem
árvores de pequeno portena Ave-
nida Baima de-Bastos, na. orla
paralela ao muro de suporte.
“Presentemente aquela artéria tem
“um aspecto de nudes que causa
impressão desfavorável, sobretu-.
do porque-o casario é “acentuada-
mente rústico. .
ACRE AREA
N A madrugada do 1.º do
corrente, dia da Inde-
pendência Nacional, a filarmo-
nica União Sertaginense, como
de costume, deu a alvorada, lan-
cando-se . bastantes morteiros. e
foguetes. No edifício dos Paços
do Concelho e no Posto da Guar-
da Nacional Republicana foi iça-
da solenemente a bandeira na-
cional; os presos tiveram melho-
ria de ranho. e
pe gn
EA que por aí, a
| troco de uns modestos:
30800, se fabricam. armas para
matar pássaros. Hlá caçadores em
dizimar. tôdas as aves, de não as
deixarem sosségo. O nosso infor-
mador acrescenta que algumas
dessas espingardas não estão ma-
nifestadas, chegando-se ao abuso
de invadir os quintais murados
na perseguição dos imofensivos:|
bichos, que só fazem bem à agri-
cultura a a aa ss
A quem de direito compete
queriguar se êste processo de ca-
car está dentro das normas legais
eatéque ponto é permitida a
acção dos terríveis matadores de
passaritos.
He
A escola Conde de Ferrei-
ra, a mais húmida da
vila, foi instalado um fogão
«Alaska», que funcionará. duran-
teas horas de aula, tornando
mais suportável o ambiente du-/
| Francisco António Pires, sr. José Maria
| Usando também da palavra o sr. J. Pires
“| Carmona-e Dr. Oliveira Salazar. vs:
| que se reconheça que os poucos portugue-.
sidade: que hã no desenvolvimento desta
| fa
| ligência suficiente para o desenvolvimento
cita Ma dio anca ris
de Carvalho, comerciante nesta praça, que:
com assuas palavras de verdadeiro portu-
guês, fez comover todos os corações que
assistiram à gloriosa sessão, por quem foi
muito aplaudidó no decorrer do seu discurso
— bem como todós que úsaram da palavra
terminando com vivas à Pátria,a Suas
Ex. Srs. General Carmona e Dr. Oliveira
Salazar. E
‘ Os festejos continuaram nos dias 29 e
30 com o maior entusiasmo em tôda a po-
pulação, em que foi dirigente o sr, Alvaro
de Oliveira, Administrador nesta Circunscri-
-ção, e por todos aqui muito estimado.
E As noites de 28, 29 e 30 foram brilhan-
tissimas pelos bailes organizados no Salão
do «SPORT CLUB LISBOA-SELES, onde tu-
do decorreu com a maior animação.
| Isto próva que os poucos purtugueses,
que lutam pela: vida nas nossas tão ricas
Colonias, não esqueceram ainda o diá 28 de
Maio. apezar-de onze anos decorridos; mas
onze anos de Paz, que só devemos aos
grandes esforços de Suas Ex.* Snrs. General
“À Pátria Portuguesa continuará os
seus esforços pela Paz, pela Justiça, e pela
Fraternidade Humana.
– «Rogoa V…. a publicacão dêste artigo
ho vosso jornal «A Comarca da Sertã» para
ses que nesta Colónia velam pelos seus in-
terêsses, também velam pela nossa Pátria.
: E’ pena, o desenvolvimento desta Coló-
nia, ser tãó deminuto, depois de ser tão rica
como todos conhecem! fo
E” necessário ponderar-se bem a neces-
tiqueza, que os estrangeiros há. tanto tem.
pó ambicionam. Mas é preciso que se lhes.
-ver, que na pátria Portuguesa, há inte-
DaGDaaDAdDos Goabosondngd aBacdonpnd soc anandaDanõos opanogoa
Estou convicto se todos os portugueses
encararem em conjunto e a sério o desen
s to a, pi a At : Sus E as
General € “e Dr ir
Salazar, não deixarão de empregar os seus
esforços no auxílio de todos os portugueses,
que imigram para esta Colónia; porque,
não sô os honra a Pátria de que são di-
gnissimos supremos, como também os seus
nomes ficarão gravados em todos os cora-
ções portugueses.» | o
Adelino António Jerônimo.
asson
Lobito, Maio de 1937
NOTAS DO MES
Cruzeiro Académico
A bordo do paquete «Colonial» passaram
nêste porto os Acadêmicos da colonia de
Lourenço Marques e os do liceu de Sã da
Bandeira, que à nossa Mãi Pátria e aos seus
colegas dali, vão levar sinceros abraços
de conirternização e conhecer o que os
seus antecessores lhes têm ministrado pe-
la vida fóra.
E’ de louvar a ideia germinada de um
espirito culto e empreendedor, que e o de
Sua Ex.” o Sr. Ministro das Colónias e pa-
trocinada pelo Grande Estadista que é o Dr.
| Oliveira Salazar!
Aquela bela unidade da Companhia Co-
loníal de Navegação, entrou no nosso porto
tôda embandeirada em arco, dando-lhe um
aspécto todo festivo, vendo-se na ponte de
comando—além da oficialidade do navio, os
simpáticos estudantes, envergando o seu
uniforme negro e brilhand o nos seus rostós
franca alegria.
(Continua na 3.º – página)

qo0a gooonoçao asanonDao ss ono ne casnos sos Donconsco BOUDOO.
ledifício decente e dotado com boas
[INSTRUÇÃO
De visita às escolas dêste con-
| lho esteve entre nós o ilustre Di-
vector do Distrito Escolar, sr.
Joaquim Sobreira.
rante esta época,
“me E eo
— Na Sertã reiiniram-se no!
passado domingo todos os profes-
sores do: coucelho, especialmente
convocados pelo sr:Director -do| Castelo Branco no. concelho de
“Distrito Escolar, tendo sido deba-! Oleiros, o sr, José Martins de
tidos assuntos de. interêsse para a
escola primária e, portanto para
o ensino. Trocaram também um-
pressões: sôbre a nova reforma
esperando que ela melhorará os
serviços da instrução, conseguindo
os fins a que se propõe.
— Foi exonerado do: cargo de
delegado do director escolar de
Brito e nomeado paro o substi-
tuir o professor da Madeirã, sr.
António Alves Flór.
— Foi destinado exclusivamente
à frequência do sexo masculino o
póôsto «scolar do logar da Palho-
ta, concelho de Proença-a-Nova e
criado no mesmo logar um. pôsto
para a frequência do sexo femi-
nino.
sr. mimstro das Obras
ções concedeu ao sr. governador
civil do Distrito a importância
de 20.000800 para auxiliar os
desempregados, especialmente pa-
Ya os concelhos de Fundão e Olei-
ros, atingidos belo temporal de
13 de Novembro.
Nº domingo passado, a
Câmara vendeu em has-
ta pública as árvores do Adro,
que serão substituídas por outras
de pequeno porte, o que virá con-
NO
Icontribitir em muito para dar
àquele passeio o alindamento que
lhe compete.
DERRAMA AA
1 M
mais wnportantes
região é, sem dúvida, aquele que
na Sertã.
tes pelo contrário, tendo até aso-
ra bastantes prejuizos, resulta»
tes, principalmente, de deficientes
colheitas de azeitona nos ilimos
ânos, o sr. dr. Vidigal, espírito
de iniciativas arrojadas, homem
que não se prende com pequenas
coisas, teve apenas em vista dotar
a Sertã com uma indústria que
dornismo e eficiência nos proces
Assim, conseguiu transformar
um velho barracão, utilizado em
lagar primitivo, numa boa fá-
brica de azeite, construindo um
instalações, bem. arejadas e cheias
de luz, tendo anda nas águas
jfurtadas dependências magmifi-
cas bara o pessoal.
O lagar possue 2 moto-
res, um de 6 e outro de 12 H. P.,
2 moinhos e 3 prensas hidro!
cas. Em cada 24 horas fa
moeduras, que podem pro
98 alqueires de finíssimo az.
Ultimamente foram construi-
das 15 tulhas em cimento.
“Públicas e Comunica
dos lagares de azeite.
da
o sr. dr. Angelo Vidigal possui .
Sem mira em bons lucros, an |
se imponha e marque pelo mo.
sos de extracção e producção. : –
semo.
sos de extracção e producção. : –
se@@@ 1 @@@
ANUNCIO
(7º Publicação)
Por êste se anuncia que no
dia 12 do próximo mês de De-
zewbro por doze horas à porta
do Tribunal Judicial desta comar-
cz se há-de proceder à arrema-
| veçãoem hasta pública dos pré-
dios a seguir designados e pelo
maior preço que fôr oferecido
aciina dos valores respectivamen-
te indicados . a E
& & PREDIOS
1º —O direito ao arrendamento
de uma terra com castanheiros, e
mato, no sítio d s Salgueiros, li-
mite do Carvalhal Cimeiro, cuja
renda anual é de quarenta litros
seiscentos.e trinta dois mililitros
de centeio e uma: franga, a Do-
mingos. Mateus, do Sorvel, cujo
“varrendamento termina em 19 de
Fevereiro do ano 2009, Vai pela
Segunda vez á praça no valôr de
374839.
“ 2º O direito ao arrenlamen-
» to. de uma courela com castanhei-
ros, no sítio dos Salgueiros, limi-
te do Carvalhal, cuja renda anual
-s, é de dezanove litros duzentos e
seteata e dois mililitros de cen-
teio e uma galinha, a Custódio
Fernandes, do Carvalhal, cujo ar-
– rendanwnio termina em 20 de
– Fevereiro do ano 2009. Vai pela
segunda vez à praça no valôr de
232885.
Penhorados na execução fiscal
administrativa, em que é exe-
quentea Fazenda Nacional e exe-
cutado Ernesto Nunes, do logar do
Carvalhal Cimeiro, freguesia do
Troviscal, desta comarca.
– São por este citados quaisquer
credores incertos para assistirem
à arrematação neste anunciada.
a
“Sertã, 29 de Novembro de 1937.
Verifiquei
O Juiz de Direito,
Lopes de Castro
. O Chefe da Ja Secção
José Botelho da Silva Mourão |
ANUNCIO
(1.º Publicação)
‘ Por êste se anuncia que no
dia 5
Dezembro, por 12 horas, à
porta do Tribunal
desta
proceder à arrematação em
hasta pública dos prédios a
seguir designados
maior preço que fôr oferecido
acima dos valores respectiva-
ménte indicados.
do proximo mês de
Judicial
comarca, se há-de
e pelo
PRÉDIOS
“4.º Uma terra de cultura e |
duas oliveiras, no
Portela do
Estevez. Descrita na Conser-
vatória sob o n.º 26.880. Vai
pela terceira vez à praça, por
qualquer valôr.
sitio da
Pêzo, limite do
2º Uma terra de cultivo, no
sítio da Tapada do Pezo, limi-
te do
Conservatória sob o n.º 26.879.
Vai pela terceira vez à praça,
por qualquer valór.
Estevez. Descrita na
-: Penhorados na execução
fiscal administrativa, em que
é exequente a Fazenda Nacio-
nal e
Martins,
Maria Joaquina, dó logar do
Estevez, freguesia do Peral,
concelho de Proença-a-Nova,
desta comarca,
executado Francisco:
representado por
São por este citados quaisquer
crédores incertos para assisti-
rem à arrematação
nêste
nunciada.:
Sertã, 22 de Novembro de 1937
Verifiquei
O Juiz de Direito,
Lopes de Castro
O Chefe da 1.º secção
José Nunes
DRAEORAA A OEA OD OA OG CGA AO
ANUNCIO
(2º Publicação)
Faz-se sabêr que se acha
aberta a correição nesta co-
marca, por espaço de trinta
udiciais e juízos de paz, de-
E : A N U N a | (O dias, dos respectivos serviços
j
(1º Publicação( j
: Por êste meio são citados ISI-
DORO ANTÓNIO emulher cujo
nome se desconhece, ausentes em
parte incérta, para comparecêrem
“no Tribunal Judicial desta co-
marca, no dia 12 do proximo
“mez de Dezenbro, por 12 horas,
afim de assistirem à arrematação
designada nos autos de execução
por custas e selos em que é exe-
quente o Ministério Público e:
execntado David António, viuvo,
do logar da Foz da Sertã, fre-
guesia de Sernache d. Bomjardim,
e uzárem do seu direito de pre-
ferercia, ua qualidade de com-
proprietários dos bens a arrema-
tar.
Sertã, 24 de Novembro de 1937
Verifiquei:
“O Juiz de Direito,
— Lopes de Castro
O Chefe da 1º Secção.
José Nunes
vendo
tódôós os oficiais de
ustiça e solicitadores apre-
sentar os processos e livros,
nos termos legais, e podendo
quaisquer pessôas,
aquele prazo de
apresentar ao Juiz desta co-
marcaã quaisquer queixas que
tenham a fazer dos funcioná-
rios sujeitos à mesma correição
a qual começará em trez de
Janeiro próximo,
Sertã 24 de
durante
trinta dias
Novenbro 1937
verifiquei
O juiz de direito,
Lopes de Castro
O chefe da 2º secção
Angelo Soares Bastos
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Vinhos e Coimbra
Concessionario — ANTONIO SIMÕES
CHEGADA PARTIDA CHEGADA | PARTIDA
Fi ueiró dos Vinhos . — | 6,25] Coimbra, o À — | 16,00
Pontão . -, 7,00 | 7,02] Portela do Gato . «| 16,25 | 16,25
Avelar . 1 7,10 | 7,20 À Podentes. «À 16,55 | 16,55
Ponte Espinhal. À 7,45 | 7,45 | Ponte Espinhal, À 17,15 | 17,15
Podentes 18,05 | 8,05] Avelar . 17,40 | 17,5
Portela do Gato 16,99] 0,990 Pontão – -. – – 17,981 18,00
Coimbra . | 9:00 | — | Figueiró dos Vinhos . .] 1835] —
Efectua-se diaiâmente, excepto aos Domingos, dias 1 de
Janeiro, 25 de Dezembro e Terça-feira de Carnaval
TABELA DE PREÇOS DE BILHETES SIMPLES
(CRIANÇAS DE 4 A 10 ANOS PAGAM MEIO BILHETE)
Figueiró dos Vinhos 42
4800 Pontão |
4850 $50 Avelar
8850 4850 4800 Podentes
12800 8850 8800 4850 Coimbra
SAPATARIA PROGRESSO
du DE qui
Casimiro Farinha
Fabricante de todo o gêne-
ro de calcado; Exportador de
calçado para as Colónias
e das principais Cidades
do Continente
4
S E RTÃAÁÃ
A “Gráfica ca Sertã”
estabelecida no Largo do Cha-
fariz, acaba de receber um bo-
nito e belo sortido de artigos
de PAPELARIA, entre os quais:
ESTOJOS PARA DESENHO
TINTAS E PINCEIS PARA
AGUARELAS, TINTA DA CHI-
NA, PAPEIS PARA ESCRITA
E DESENHO, LAPIS E LAPI-
SEIRAS DE TODAS AS QUA-
LIDADES, ETC.
Pede-se uma visita,
COLÉGIO
“DS
CURSO GERAL DOS LICEUS
CURSO DE HABILITA.
ÇÃO PARA OEXAME LOS
POSTOS ESCOLARES: ::
CURSO DE HABILITAÇÃO
PARA O EXAME DE AD-
MISSÃO AO LICEU
Aprovados todos os alunos
apresentados a exame
Dn SRA]
SERNACHE DO BOMJA”D!!:
José Barala Junior
Avenida Joaquim Nabuco, a1d8. “à
MANADS-AMAZONAS-BR4Z%.
34
Com longa prática e resi
dencia nesta cidade há mais
de cinquenta anos, ocupa-se
com toda a atenção de pr:
curações para administração
de bens e outros assuntos —.
cumprindo com toda à rg
laridade, as ordens de sis
constituintes,
Comissão Módiea
AVISO CONVOGaloriy
Para cumprimento do artigo
67.0 do Código Administrativo,
tenho a honra de convocar cs
Ex.me! Vereadores da Câmar.
Municipal dêste Concelho— Dr.
Antonio Ferreira da Silva de
‘Sernache de Bomjardim; Olim-
pio Alberto Craveiro, Joaquim
Pires Mendes, da Sertã e Weu-
ceslau Joaquim Ferreira, de Ser-
nache de Bomjardim —— eleitos
fem 25 do corrente para o tric
de 1938-1940, a comparecere..
no dia 5 de Dezembro proxino
pelas 13 horas, na Sala das Ses-
sões da Câmara Municipal da
Sertã. E
Sertã, 29 de N pvembro de 1937.
O Presidente da Comissão
Administrativa.
José Farinha Tavares
PROVEM AS DELICIOSAS
SARDINHAS DE CONSERVA
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so
po
so
po@@@ 1 @@@
Contribuições e
Impostos
Extractos. dos decretos publicados’eiti 24 ie
Novembro de 1937 e que mais interessam aos
contribuintes
DECRETO N.º 28.219 — Fixa
em: 250800, acrescidos da res-
pectiva licença, a multa pelo
uso ou simples detenção de
acendedores e isqueiros que
“estejam em condições de fun-:
cionar, quando os portadores
não estejam muniios da li-
cença fiscal. a
Os estabelecimento comer-
ciais e industriais são isentos:
de licença.
Para os funcionarios publi- |
“cos ou adniinistrativos a mul-.
ta é elevada ao dobro ficando
o infractor sujeito a processo:
disciplinar. ca
DECRETO N.º 28.220 — De-
termina que os contribuintes
dos grupos Be C da contri-
buição industrial que inicia-
ram o seu comercio ou indús-
tria são obrigados a apresen-
tar na Secção de Finanças as
declarações. respectivas até
10 dias antes da data do inicio.
Para os contribuintes do
grupo A, a apresentação das
declarações efetuar-se-à antes |
de iniciada a actividade.
A falta da apresentação
| desta declarações é punida
. nos termos do 8 1.º do artigo
23. do decreto n.º 24916, de
10 de Janeiro de 1935 (multa
de 100 da contribuição que
fôr devida, acrescida dos res-
pectivos adicionais).
A escolha do representante
– dos contribuintes nascomis-
sões a que se referem os ar-
tigos 6º e 7.º do decreto n.º.
24.916, de 10 Janeiro de 1935
não poderá recair na mesma
pessoa por mais de três anos
sucessivos. SR
Determina também êste de-
ereto que as matrizes prediais
– estarão patentes para exame
“dos contribuintes durante o.
mes de Janeiro de cada ano. |
DECRETO N.º 28.221 — São
também sujeitos ao selo de
recibo de 1º as declarações
de vendas a dinheiro, vendas
sem lançamento, liquidado,
vendido, pago, lançado a cré-
dito ouquaisquer outras equi-
valentes sejam ou não apos-
– tasem contas, facturas, titulos
ou obrigações de divida e bem
assim as notas, avisos de cré-
ditos ou quaquer outra for-
ma de quitação quando docu-
mentem pagamentos ou se-
jam exibidos com identico
“fim.
Quando o recibo seja pas-
sado em qualquer documento
referente a saldo de contas,
no qual se designe a impor-
tância total da divida, a taxa
de 1º/, incide sobre este va-
lor-ou quitação, salvo seo pa-
gamento do selo tiver sido
efectuado nos pagamentos
parciais. RR
Determina também êste de-
creto que todo o comerciante
ou iudustrial é obrigado, para
efeitos fiscais, a arquivar os
livros da sua escrituração e
– documentos
“das operações registadas, in-
comprovativos
eluindo aqueles a que ácima
se faz referencia.
Estabelece quais as penali-
dades a aplicar aos que trans-
grediremas disposições dêste
decreto.
DECRETO N.º 28.22— Altera
algumas verbas da tabela do
imposto de selo, nomeada-
mente as de: Anuncios, bilhetes
de passágem, e cartazes ou
anúncios afixados ou expostos
em qualquer lugar.
82000000006000000009909ncinnno000000000
À. Ferreira da Silva
Notário Público e
Advogado –
Sermache do Bomjardim-Sertá
[DE TERRAS DE
ALÉM-MAR |
Estes eram aguardados no cais por to-
dos os professores e alunos das escolas: pri-
márias desta cidade e da de Benguela, que
debaixo de forma e impecavelmente vestidos
com a sua indumentaria à maruja, lhe apre-
sentaram cumprimentos de boa viagem. A
seguir à recepção e ao convite da Câmara
Municipal do Lobito, visitaram os pontos
principais da cidade. Ro
Também a convite do Municipio de Ben-
guela, foi organizado um comboio especial
que os fez transportar âquela cidade, onde
foram recebidos com aquela cortezia com
que é dotada a população de Benguela, sen-
do-lhes oferecido, no jardim do Palácio do
Comércio, um cha. a
— À sua partida com rumo ao norte, teve
lugar no mesmo dia (25) às 23 horas, tendo
afluido ao cais, quási tôda a população—
uns para lhes apresentar as suas despedidas
e outros por espirito de curiosidade, haven-
“do no final da largada aclamacões expontã-
neas tanto dos que partiram como dos que
ficáram.
ESSO
Grande Mortandado
– Talvez motivado pela transição de tem-
po, tem havido um grande número de fale-
cimentos, tanto na cidade de Benguela co-
mo na vila de Catumbela; a temperatura
tem sido muito inconstante, havendo duran-
te o dia várias fases de temperatura.
Nesta cidade, no meio indigena, tem si-
do um pavor a forma como os pretos
baqueiam, pois que sendo a sua população de
3.000, morrem diariamente 4 e 5! a
Quanto a nos, êste lamentável facto só
há que atribuillo a duas causas: — 1.º A
irregularidade do tempo, 2.:: — À pessima
situação do terreno onde se encontra ins-
talada à «Sanzala» que é muitissimo unida
e com falta de condições higiénicas. O preto
por si é de indole pouco limpa, não tendo
em vista quaisquer condições salutares de
que carece, e assim, é às autoridades que
compete desviar um pouco dasua atenção
para as condições em quese encontram
e tentar pôr côbro há mortandade que se
sucede. –
ao adgom
Avionete «Angola»
Esteve duvante alguns dias no aéro
porto desta cidade, aquela linda avionete
(Continuação da 1.º página)
adquirida pelo «Aéro Club de Angola», que,
de Luanda se deslocou a esta cidade, com o
fim especial de ser admirada por todos aque-
les que tam desinteressadamente contribui-
ram com a sua cotaparte para a sua aquisi-
ção, — pois que à excepção de Luanda, foi o
Lobito que mais contribuiu monetáriamente,
Por especial deferência do seu piloto
sr. capitão Baltazar e do representante do
«A. C. A» tiveram occasião de sobrevoar a
cidade muitas pessoas que ficaram encanta-
das com a vista interessante que o Lobito
revela visto lá de cima; Desta vez não nos
baseamos sômente no que dizem as outras
Dessoas porque também fomos deleitados com
o mesmo passeio, podendo também dizer: —
O Lobito visto da terra é encantador, mas
visto de avião é deslumbrante e único em
tôda a Angola..
Essen
Festas «28 de Maio»
Confôrme noticia que tivemos a honra
de transmitir aos presadissimos leitores do
jornal «A Comarca da Sertã» os festejos
consagrados a esta gloriosa data, realizados
nesta cidade, foram revestidos de um brilho
muito singular, tendo afluido ao recinto do
cais-lugar, onde se encontrava o amplo «Pa-
vilhão do Mar,»—tôda a população desta labo-
riosa cidade.
No dia da sua inauguração, além dos
comboios que se contava organizar, foram
feitos ainda outros, pois que a população de
Benguela e Catumbela veio em peso assistir
à deslumbrante queima do fogo aquático.
Na tribuna do «Pavilhão,» o Ex”º, Snr.
Capitão de Engenharia Raimundo Serrão,
Birector do Porto do Lobito, Presidente da
Comissão Provincial da União Nacional e
também Presidente do Rádio Club Sul de
Angola, — cargos que exerce com a mais
elevada profeciência, deu-nos a honra de
ouvir um discurso de carâcter nacio-
nalista, salientando a majestosa obra do
Estado Novo, superiormente ministrada por
aquela grande mentalidade — Dr. OLIVEIRA
SALAZAR — o restaurador de Portugal.
A êste discurso, a que deu a honra da sua
presença sua Ex.” o Snr. Governador da
Provincia, Capitão Eurico Nogueira, foi ou-
vido por mais de três mil europeus que, com
toda a sua convicção, receberam o ECO das
suas palavras cheias de patriotismo, sendo
sublinhadas com fortes aplansos. — C,
ae
Josamente
fo as pessoas que se
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FLAVIO DOS REIS E MURA
Advogado -SERTÃ
Esclarecimento
Sobo titulo indevido de «Homi-
cidio voluntário», publicâmos no nú-
mero anterior a noticia de ter sido pree
so Antônio Lopes da Silva, da Feiteira,
freguesia do Figueiredo, acusado de ter
assassinado sua mulher.
Pede-nos o advogado do »rgiído,
sr. dr. Flávio dos Reis Moura, para rec+
tificar a mesma notícia, pois que, diz o
mesmo senhor, «é cedo ainda para se
afirmar que de hosmicidio se trata. é
muito mais cedo para dogmatizar que o
seu constituinte cometeu um homícidio
voluntário,
A Justiça a seu tempo classificará o
lamentavel acto que cinco cias após
cometido, degenerou em morte, mercê
de incúria ds quem devia dispensar à
vitima os cuidados que um ele.
mentar bom senso eo respeito pela
vida humana aconselhavam.
Por elementos obtidos depois de :e-
cebida a carta do distinto advogado, fie
camos sabendo que da parte do argiiie
do não houve intenção de matar, o que
coincide com as alegações apresentadas,
que nos apressamos a publicar para O
devido e necessário esclarecimento,
AAA REAR
GORPOS ADMINISTRATIVOS
Em conformidade com o Código
Administrativo, reúniu – se no dia
25 0 Conselho Municipal para verificas
ção dos poderes dos seus componentes,
eleição dos respectivos secretários e ca
nova Câmara Municipal,
As Juntas de Freguesia ficam repres
sentadas pelos srs. Henrigie Pires ce
Moura, Izidro da Conceição Lopes, P.º
Augusto António Ribeiro e Pº Manuel
Martins: os dois maiores contribuintes
da contribuição industrial: srs. Libânio
Vaz Serra e António da Silva Lourenço;
os 2 maiores contribuintes da con-
tribuição urbana: srs, José Farinha
Tavares e Daniel Bernardo de Brito:
pela Casa do Povo de Sernache
do Bomjardim, sr, António Coelho Gui-
marães; pelas Misericórdias, sr, Manuel
Antunes,
Para secretários foram eleitos os
srs, António Coelho Guimarães e I.idro
da Conceição Lopes,
* *
O tonselho Municipal elegeu os sz
guintes cidadãos para a Câmara Muui-
cipal da Sertã (triénio 1938/40:
EFECTIVOS-=srs, dr. António F-r-
reira da ‘Silva, Olimpio Alberto Cras
veiro, Joaquim Pires Mendes e Wences-
lau Joaquim Ferreira,
SUBSTITUTOS srs. José Fernanse
des Ribeiro da Costa, João Nunes e Sil-
va, Antonio Bravo Serra e José Patricio.
– O Presidente é de nomeação do
Govêrno,
* *
Amanhã será eleito pela nova (Ca-
mara o representante deste concelho à
Junta Provincial:
00000008 200000000800000D00000009000
MANIFESTO DE FABRIGO GE
AZEITE
Os donos ou arrendatários úe
fábricas e lagares de Azeite
são obrigados a participar
por escrito nas administrações:
dos bairros de Lisboa e Porto,
nos comandos de policia de
segurança pública dos conce-
lhos, sédes de capitais de dis-
trito e nas secções adminis-
trativas das câmaras munici-
pais dos restantos concelhos,
que por sua vez participarão
ao Instituto Nacional de Esta-
tistisca, o mício eo termo da
moenda da azeitona, aquele com
15 dias de antecedência e ê te
nó dia imediato ao de haver
cessado a laboração da faábzi-
ca ou lagar,
O manifesto do fabrico de
azeite é feito quinzenalmente,
desde o inicio até cessar q
laboração dos lagares. Para
êste efeito, os donos ou ar-
rendatários de oficinas olei-
colas —fábricas e lagares,
—são obrigados u declarar
até aos s dias e 20 de cada mês,
as quantidades de azeites fa-
bricadas na quinzena anterior
proveniente da azeitona da
sua própria produção, de
azeitona adquirida por com-
pra e ainda da azeitona de
diferentes produtores, cujos
nomes deverão mencionar,
bem como as quantidades de
azeite correspondent:s
cada um dêles, sem ded:
de maquia. 4
Estas declarações são pres-
tadas em impressos especiais
esão apresentados às mesmas
entidades a que acima nos
referimos para participação
do início ou termo da moen-
da da azeitona.azeitona.@@@ 1 @@@
tita
is
A COMARCA DA SERTA’
o Pp o
Hera
 propósito de uma consagração
JUNHO, Sol brilhante,
Ão passar em frente da Igreja No-
va, num dos meus fr.quentes passeios,
entrei: solidão completa. A adornar
os altares, alguns cravos rubros, per-
fumavam o ambiente, E
Ab! como bem nos sentimos, a sós
com Deus, no silencio misterioso, de
Suas casas!
Mas eu não estava só; porque, quan-
do me quedava humilde, numa intima
oração para o Ceu, ouvi as resonâncias
do órgão, em notas solenes, majesto-
sis, dulcificantes, enchendo a vastidão
do templo, e penetrando em minha al-
ma como eflávios reconfortantes de
alegria… ;
Eu amo a música, Fala-me ao co-
ração sensivel uma lingua que só a
alma compreende. E,ou ela se des-
prenda dos altos em tempestades ru-
gidoras, ou se faça ouvir nos cicios das
plantas que nos acaricíam, ou nos mur-
murios dos arroios que passam gemen-
tes, ou no gorgeio das avesinhas que
nos encantam, ou nas vozes das ondas,
alterosas em revolta, ou humildes a
marulhar um cântico de psalmos, a
música é sempre bela.
Não sei quem era o organista que,
júulgando-s: também, talvez só com
Deus, se expandia na execução de
músicas solenes, inspiradas,
Deixei pender a fronte. O espírito |
desprendeu-se num sonho alado e
voou, voou…
Senti-me transportado a Sagres, e lã
no Promontório, assistia ás festas com
que uma legião de patriotas, á frente
um filho da nossa terra — de Cardigos
—o Dr. Joaquim Manso, glorificavam
a figura imortal de D. Henrique – o
Infante de Sagres,
E ouvi o rumor das vagas a reper:
cutirem-se nas vozes do órgão, acen-
tuarem a epopeia heroica que teste-
munharam, rendidas a imolarem-se nu-
ma adoração permanente,
E vi perpassar pela retina de meus
olhos ávidos e maravilhados, os vul-
tos heroicos do passado, numa aluci-
nação de bravura, a tripularem as ca-
ravelas com rumo ao desconhecido,
em procura de novas terras— de novos
mundos — para oferecerem á Pátria !
“ E a figura do Infante, a alma gran-
de, intemerata da frota que partia, su-
gestionada pelo seu intenso amor a
Portugal, elevava-se a meus olhos des-
lumbrados, com fulgurações de glória,
que os séculos jámais extinguiram! |
E parece que o organista sentia a
minhá visão, Pouco depois eu via as
naus—como que perdidas —no mar re-
volto e tempestuoso. — Ouvia gritos
de angústia e brados implorando mi-
sericórdia,
Os dedos do organista percorriam
as teclas numa alucinação de nervos,
As notas atropelavam–se, rouquejan-
tes. Mas,após a tempestade vem a
bonança. As caravelas, desfraldadas
as velas, com a Cruz de Cristo triun-
fante, navegam agora contiadas e afoi-
tas.
Os marujos cantam barcaroías, on-
de há saiidades, emoções, e espetran-
ças…»
E o órgão, em surdina, num cân-
tico que só Deus houve, murmurou
uma preçe de agradecimento, Mas as
vozes elevam-se. O organista trans-
forma-se. Há entusiasmo febril nos
acordes da música. Ouvem-se gritos de
júbilo e de victória. Viva Deus! Cora-
“ções ao alto! Há a visão de um Portu-
gal grande, muito grande, que avassa-
la o mundo!.,.
E o Infante em Sagres, aguarda a
volta dos seus homens…
* E senti-me transportado ao Promon-
tório e pareceu-me assistir á chegada
dos heróis. E pareceu-me que fazia
tambem parte daquele grupo de ho-
mens,.. Sentia as suas alegrias, to-
mava parte nas suas manifestações,
Pois.quê? Não era Português tam-
bém ? Não descenderia — quem sabe?
daqueles homens que encheram o
mundo com a fama das suas façanhas?
Que por onde passutam,’ deixaram em
Padrões, e na Cruz sacrosanta, assina-
lado o seu amor a esta Patria, que é
nossa, que é de nós todos e de que fa-
zemos parte? E que é o nosso orgulho | |
ea nossa glória? — :
E as vozes do órgão eram agora
mais sentidas, Tinham alma que —
dilatando-se, vibrava em acordes de
uma doçura inefável, Eram vozes de
anjos, carinhosos, meigos, a entoarem.
hinos de amor… E sia
Julgavamo-nos no Paraizo. Reali-
dade ? Sonho? Houve um momento
de pausa no orgão, e um refulgente
raio de sol, dêste sol: de poalhas de
ouro de Junho, incidiu sôbre a Estátua
da nossa Padroeira que parecia sor-
rir,,. E o órgão calou-se em vibra-
ções que enchiam o templo!
E ao terminarmos esta crónica,
que um sentimento putriótico inspirou,
sentimo-nos orgulhosos, como filho de
Cardigos, por sêr um outro filho de
Lardigos — o Dr, Joaquim Manso —
que é considerado hoje como um dos
mais distintos homens de letras de
Portugal, fôsse, com a sua alma de
poeta, entoar um hino de alória ao
Infante de Sagres, no Promontório, on-
de, devido à sua patriótica iniciativa,
e à sna perseverança e abnegação, vai-
lhe ser elevado, em brave, o merecido e
grandioso monumento,
Cardigos, Junho 1937,
0, T,
DO OO, Do, Do Do DO,
E) o S | Sa Sm,
nº? %º CP CP GP
AGENDA |
DO, OD, Oo, DO Do
Co do dC do db ds
E a PS “CR “CE CP
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$
Do0G8oB8ao,
e,
De visita a seu sobrinho sr.
Carlos Firmino da Silva, que
continua doente, esteve na Sertã,
o nosso estimado patricio e ama-
go, sr. Domingos Carlos da Sil-
va, digno factor de 1.º da C. P.
da Amadora; no regresso, levou
para Lisboa o peqguenito Carlos
Alberto, filho daquele nosso
amigo Carlos Firmino, que vai
ser submetido a rigoroso trata-
mento.
mm Tivemos o prazer de ver
na Sertão nosso prezado cola-
borador sr. Ezequiel Lopes Ri-
beiro, de Proença-a-Nova.
mun De Lisboa regressaram
as srs D. Júlia de Moura
Costa, D. Albertina Lima da
Silva e D. Emilia das Dores
Barata.
mm abarca no dia TI para
Angola, o nosso amigo e assi-
nante sr. Casimiro Lopes Mar-
cal, da Cumeada, a quem dese-
prosperidades.
mu Fez anos: em 1, à menina
Valentina Rosa da Silva. Fazem
anos: amanhã, a menina Liliana
Damas de Oliveira, de Lisboa;
6, a menina Maria da Conceição
Lopes da Silva; 8, osr. Custó-
dio António, de Lisboa e a sr.
D. Gabriela, Ventura.
O
A MINHA CASA
A minha casa branquinha,
Perdida no meio da Serra,
Muito alegre e caradinha,
E p’ra mim, tudo na terra.
A minha terra pequena
Conchegada, acolhedora;
Se eu um dia sair dela,
Não há-de ser com demora.
Quando a deixo por uns dias,
Vou sempre triste, ao partir,
E á volia dá-me a ideia
Que tudo me olha a sorrir. –
Tenho amor aos tetos negros,
Às paredes já velhinhas,
Ao telhado acolhedor,
Abrigo das andorinhas.
Sonhos belos de futuro.
Ilusões de rapariga,
Embalei-os nesta casa:
Ela os sabe; ela que os diga.
Fui aqui crente, feliz,
Fui alegre, desprendida ;
Aqui mais tarde aprendi
O muito que custa a vida.
Recordações d’alegria,
Outras cheias de tristesa,
O amor ao meu cantinho,
Tudo me conserva presa.
Ha casas ricas, palácios,
Maravilhas d’encantar ;
Não me seduzem a mam,
Antes quero aqui morar !
Deus. me dê paz e saúde.
Para encher d’alegria
E que eu tenha sempre nela,
O pão certo, cada dia.
FIM
Ana Maria
Premiada em tôdas as exposições a
que tem concorrido:
Universal de Paris em 1900; — Palá-
cio de cristal « Porto em 1903-1904
-S. Luiz, E. U. da América do Norte
em 1904; — Rio de Janeiro, E. U, do
Brazil, em 1908 e 1922; Grande Pré-
ção Industrial Portuguesa 1932 «88
jamos boa. viagem e muitas
“do seu jornal para lhe expôr
Galeguia, freguesia do Nespe-
mio de Honra Grand Prix na Exposis !
TEATRO
Nos dias 28 e 29 deu espectá-
culos no nosso teatro a «Com-
panhia de Quadros e Varie-
dades Internacionais», de Lis-
boa, de que fazem parte o
simpático artista José Dubi-
ni e sua esposa, já conheci-
dos do público da Sertã.
Todos as artistas, sem dis-
tinção, nos agradaram e a im-
pressão geral do desempenho
foi a melhor. Rôlo, excentri-
co musical, José e D. Ondina
Dubini, Carmenchu, bailarina
coupletista espanhola, Lucia e
Cruz, notável parelha de bai-
le acrobático e de fantasia e.
Casimiro Rodrigues, cómico.
impag ável representaram
muito bem, pondo à prova
o seu extraordinário engenho
e apreciáveis recursos his-
triônicos.
Duas casas muito pobre zi-
nhas, menos que mediocres,
leva-nos a concluir que o pú-
blico sertaginense não quere
saber da arte teatral ou vive
arredado de tudo que lhe po-
de recrear o espirito, numa
indiferença que vai além dos
limites do razoável.
O
Falta de meios de
comunicação
… Sr, Diretor de «A Co-
marca da Sertã»>—Permita-me
que lhe ocupe um bocadinho
mais uma necessidade justa
da freguesia de Palhais,
Em 1915 foi construida uma
ponte sobrea Ribeira da Sertã
entreo lugar da Rola, fregue-
sia de Palhais e o lugar da
ral, Por essa ponte se utili-
zam os habitantes de metade
da freguesia de Palhais ( parte
| nascente) e ainda parte dos
habitantes da Cumeada e Fun-
dada, do concelho de Vila de
Rei, para irem aos mercados
dos domingos a Sernache do
Bomjardim.
Além de ser a passágem
para o mercado é também
passagem obrigatória para
as chamadas urgentes do
médico, pois muitas vezes, em
casos urgentes, se tem de cha-
mar o médico de noite a Ser-
nache e Sua Ex”, nãó pode
ir senão nó dia seguinte por
motivo da falta deum camin-
ho de acesso à dita ponte, pois
que a passagem não se pode
efectuar de noite e mesmo de
dia é feita com dificuldade
em virtude do estado do ac-
tual caminho.
Desde a construção da pon-
te até esta data, ainda nin-
guém se interessou perante
os Podêres Públicos, pelo
estado de abandono em que
89 encontra esta passagem,
o que éde lamentar, pois
uma ponte como esta, que
foi construida há mais de
20 anos, não tem acesso,
bom.
Estou certo que com um
pequeno auxilio da Câmara e
sea Junta da freguesia inter-
| cedesse junto do povo da fre-
guesia, êle com certeza pres-
JDOLIVEIRA
TAVARES, F.os
Fábrica-das melhores velasde gera de abelhas do País
EASA FUNDADA EM 1850
CARDIGOS —PORTUGAL
Recomendada por alguns Ex.=º8 q
Reverendissimos prelados, mencio-
nada honrosamente n Boletins Eclo-
siasticos de várias Dioceses S elo-
giada por muitos respeitaveis, virtuo-
“sose dignos Sacerdotes do Continen-
to, Ilhas e Ultramar
Natal dos pobres
da Sertã
Exactamente como o ano
pessado, tencionamos no dia
de Natal próximo, consagra-
do à Familia, distribuir al-
guns agasalhos às crianci-
nhas pobres da Sertã e arre-
dores. Assim, contamos que
todas as ilustres Senhoras e
meninas da nossa sociedade,
nos prestem o melhor con-
curso nesta bela cruzada de
beneficência e solidariedade
hnmana. confeccionando to-
do o género de roupas, de
preferência agasalhos de fla-
nela e lã, para as crianças re-
cem-nascidas e até aos 10 anos.
Este convite, que é simulta-
neamente um pedido, dirige-
se a tôdas elas sem excepção,
e fazemo-lo dêste modo ante
a dificuldade de enviarmos
circulares, não só pela perda
de tempo que isso representa,
mas também porque, involun-
tariâmente, poder-se-iam ex-
ceptuar algumas senhoras e
meninas, o que não é prepó-
sito desta Administração.
Como a «Sopa do Pobres»
estã actualmente cumprindo,
com o maior louvor, o papel
para que foi criada, distri-
buindo alimentos cotidianos
a cerca de 50 indigentes, não
abrimos subscrição para do-
nativos a distribuir em di-
nheiro; em todo. o caso, se al-
guns amigos dêste jornal nos
remeterem quaisquer impor-
tancias, faremos delas entre-
ga à «Sopa». que por sua vez
e se assim o entender, melho-
rará no dia de Natal a refei-
ção dos seus protegidos, tor-
nando aínda extensiva a sua
benéfica acção aos doentes do
Hospital e aos presos da Ca-
deia Civil.
:
| DODDOO 000000 s9J8 Da DOGDO O Boap no DcoDDO
MOBILIAS
de quarto em 2.º mão, em bom
uso. Vende-se. Nesta
redacção se diz.
Este número foi visado pula
Comissão de Censura
de Gastelo Branco
taria muito trabalho gratui-
tamente. Assim ficaria cons-
truido êste caminho que tão
útil seria para êste povo, que
tôdas as vezes que tem de ir
a Sernache por necessidade, &
obrigado a dar uma grande
volta por não ter passagem
pela sua ponte que lhe fica a
uma pequena distância.
Coma realização dêsté me-
lhoramento ficava satisfeita
uma das maiores aspirações
do povo desta região que tão
isolado se encontra.
Pedindo-lhe desculpa do
espaço que lhe roubei, deseja-
lhe as maiores prosperidades
e ao seu jornal.
Lisboa, 8—11-—1937
José António Alexandre Junior
Dr Abel Carreira
MEDICO CIRURGIÃO
PELA UNIVERSIDADE DE COIMBRA
ESPECIALISTA DE OLHOS
pela Escola Oftalmológica de Barcelona
TRATAMENTOS — ESCOLHA DE
LENTES — OPERAÇÕES
Consultas todos os dias, das
9 ás 12 horas, em PEDROGÃO
PEQUENO.
Nas 4.ºº e Sabados, das 15
às 17 h. no consultório do
Sr. Dr. Angelo Vidigal, na
queo eminente portusuê:
Carta de Coimbr=
Dr. Torres Garu
O falecimento dêste grande
colonialista, professor, mili-
tar, deputado, ma’s que ;
vez ministro, consternvu pry-
fundamente Coimbra. A «uz
falta fez-se sentir comovida-
mente tanto nas classes vm:
baixas como nas mais ciova-
das da estirpe intectual ccim-
bra. E’ que homens como
Torres Garcia, de carksi:
infléxivel, vontade indo.
vel, personalidade emines
mente destacada pelos s=:*
dotes humanos e sociais, sit
dificeis de encontrar nin:
hora tôrva e de baixos, vi < repelentes interêsses como « que vamos, cambaleantes, a atravessar... Torres Garcia era daqueles que se entregam ao bem dos outros, servindo um ideal ale- vantado que, destilado nu-na consciência saiúdável com a dêle, toma sempre, embor: não a tenha, não a possa tir, a forma resplandescente a verdade! Jornalista brilhante e eseritor profundo, Torres Garcia era democrático de principios, daqueles homens sérios que faltaram à nossa democracia ou cuja acção foi. vilmente sacrificadaã a torpes caprichos de individuos que tu- do avassalaram, desde a hón-» ra individual até à soberania da nação. Um vendaval imen- so devastava e arruinava o: sólidos pilares duma nacio- nalidade criadora — a mais antiga da Europa! e Foi no agrilhoamento e tôdas as fórmas de Lib-rdute (liberdade escrava de libcrais | que só parasia tomaram >.
tou lançar com denôdo a s-
mente do que lhe parecia bc
e do progresso… Se ner
sempre o conseguiu, às incer-
tas cambalhotas daquela épo-
ca cabe a respousabilidade; e
io muito que fez pela Patria,
pelo Império e pela Cultura,.
certamente absolvem a quem
noutras condições de nasci- |
mento e de convicçõe., da
lhor pedia ter feito.
Mesmo assim, Torres Garc;a
é um exemplo de constância
e lealdade, patriotismo e de-
voção, digno de ser tomado |
para modêlo, Sóbrio na sua
vida, guindou a
to grau de perfeição a sua
Personalidade!
isso o que mais interc
ao humanismo do presente
como herança do futuro…
Coimbra, 12-IX-982.
Francisco de Matos Gomes
agaDoo doa Dao o onaDo s Dono DaDodo ==
António Farinha
Com curta demora esteve =.
Sertã, com sua Ex.”? espos::,
ó sr Antonio Farinha, só:
da firma comercial Silva,
Sampaio & €.º, do Rio de J-.
neiro, tendo partido hoje ps: .
ra Lisboa, donde embarcam |
para o Brazil no dia 8, a bor-
do do vapor alemão «Monte |
Rosa»
Ao sr. Farinha, que teve a
amabilidade dc nos vir apre-
sentar as suas despedidas, e .
bem assim a sua esposa, de-.
sejamos boa viagem e muitas |
prosperidades.
x au
Na noticia que publicâm::
no n.º 6], do seu casamento,
dissemos que o seu padrinho
tinha sido seu irmão sr. José
Farinha, quando finalments,
foio sr. Henrique Pires de
Moura, da Sertã.
É e e
Ainda na mesma noticia, .
por êrro de redacção, vem «.
seguir ào nome do sr. Fari |
nha a indicação indevida d:
| «abastado», que nos apressas
mos a eliminar,
Se nem
a cum ac