A Comarca da Sertã nº66 20-11-1937

@@@ 1 @@@
|. Freire, o iniciador das Escolas.
– ANO
Notas
| E IN O n:º 62 publicimos uma
“pequena notícia come- |
* vicissitudes na
FRAGA de e MNA
+ Estiano Parada,
| DIRESTOR, EDITOR E PROPRIETARIO | É
do Tiba Canha
RUA SERPA
———: REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO
PINTO-SERTA’
À
4

ata
morando o 19.º aniversário da
morte de Casimiro Freire, duas
– guense ilustre, a quem a. Instru-
“* ção muito ficou devendo pelo seu
“esfórço de incomparável persis-
tência na fundação e propagação
das Escolas Móveis pelo Método
João de Deus.
– Ainda que as extraordinárias
faculdadesde trabalho e à inte-
“higencia do grande apóstolo. da
“Tustrução. Popular, que foi Casi-
miro breire, não houvessem sido
compreendidas por muitos homens
da sua época, a verdade é que a
“luz do espírito, divulgada pela
Cartilha Maternal, urradiou por
todo o Portugal como emanação
salutar, rompendo as trevas do
analfabetismo, difundindo em
“centelhas radiosas, o amor pelas
letras pátrias.
tudo quanto aqui dis-
ermos
Apontando o seu nome às mo-
—* dernas gerações, cumprimos um
dever sagrado; e fazemo-lo com
orgulho, porque êsse homem, que
Jise fez por si e passou muitas
sUida,. norteado
sempre por um ideal do mais al-
to esplendor, era natural de Pe-
drogão Pequeno, antiga e for-
mosa vila, pátria de outros gran-
“des homens.
GEss
A vida de Casimiro Freire,
r dêsse cidadão exemplar,
“toda consagrada à familia, ao
trabalho e ao bem social, merece
ser conhecida pelo que contém de
austeridade e de benemerência, —
“para estímulo dos honestos e es-| estavam no princi-
cárneo dos desver gonhados.
eorobocoe sos sta neo oa cossnasecs
FRANÇA BORGES :
DOS oc rr re cre ras venoso sas cos oo sus ss sa a
Nada mais justo e necessário
do que aclamar bem alto o nome
de um homem que sustenta com
toda a energia e com os maiores
sacrifícios uma ideia ide progres-
so, e que, senão abre o ceu de
par em par aos pobres e humil-
des, indica e encurta o caminho
da Terra Prometida — o da ci-
vilização universal.
E. néêste caso- está. Casimiro
| PUBLICA-SE AOS SABADOS
“A sua biografia fala mais al-
mese
É
DR. JOSÉ
FUNDADORES
DR. JOSÉ CARLOS EHRHARDT
DR. ANGELO HENRIQUES VIDIGAL
“ANTONIO BARATA
E SILA
BARATA CORREA E SILVA
| EDUAKDO BARATA DA SILVA CORREA
a Hebtomaário regionalista, independente, defensor dos interêsses da comarca da Sertã; concelhos de Sertã,
Oleiros, Prognça-a-Nova € Vila. de Rei; é freguesias de Amêndoa e Gardigos (do concelho de Mação )
tubro de 1843 na antiga e pitoresca
“vila de Pedrógão Pequeno, terra
bem portuguesa, porque está situa-
da no centro de Portugal, nos limi-
tes da Beira Baixa com a Estrema-
dura, que o rio Zêzere separa no local
chamado o Cabril, magestosa serrania de ser
vista e admirada. Filho do tabelião José
| Inácio Freire e Josefa da Silva Freire, seu
| pai, antigo cficial absolutista, dirigindo a
casa e educando os filhos com excessiva se-
veridade — à miguelista — foi talvez uma das
causas que impeliu Casimiro Freire para os
ideais avançados da democracia pura.
* Vindo para Lisboa aos 13 anos, sabendo
apenas lêr, escrever e contar, empregou-se
em modest 8 .d ércio; aos
[18 anc E ea fortuna de entrar |
ra o escritório do falecido Sr. João Jacinto
Fernandes, nogociante de cereais, espirito
esclarecido e aberto a todas as nobres ideias.
Ali praticou e estu-
dando. nas horas
vagas habilitou-se
para guarda-livros
da casa, donde de-
pois foi sócio e mais
tarde sucessor do
seu honrado patrão,
amigo e correligio-
nário.. a do
‘ Quem . escreve
estas linhas convi-:.
veu familiarmente
com êle, nos. anos
“de 1871-1874, e na
mesma pensão se.
hospedavam alguns ,
“homens que então:
pio da sua carrei-
ra militar, como os .
falecidos generais.
Pimenta de: Castro
e Avelar Machado,
coronel. Francisco” “ias
Maria Supico e ou-
[tros que faleceram
em -póstos: menos
elevados, eque, du- – Gu.
rante as vicissitudes da sua vida, sempre
uniu na juventude. As discussões em que se
envolvia repetidas vezes com êstes seus
tamigos tinham .por origem a instrução do
povo eos principios republicanos que êle
defendia, argumentando com o exemplo da
|. Moveis’palo método de João de priiguaç as pila cuco
– g
= alma dos apóstolos.
– das Escolas
+ +
| Deus, 0 colossal inimigo do anal-
‘ fabetismo, verdadeiro português
‘ da pátria de Camões, cheio de
abnegação e Talentos… Neide Ea
JOÃO DE DEUS RAMOS
e. Referimo-nos a Casimi-
ro Freire, o grande – fundador
oveis, o grande
apóstolo da instrução popular,
apostolado a que dedicou mais de
cingúenta anos da sua vida.
«Apóstolo, dizemos, pois nêle : ha-
wa toda a fé, entusiasmo, tena-
cidade e amor que constituem a
HOMEM CRISTO
outros contraditavam segundo o seu critério.
A-pesar-de não ter, sequer, exame de ins-
trução primária, falava e escrevia com a
maior correcção, sabia francês e italiano, e
possuia a ilustração própria de homem cul-
to, distinguindo-se nas questões econômicas
e de instrução. Grande amador de musica, e
tendo uma bela voz de baritono, ainda que
contrariado; porque não. era homem. para
exibições, apresentvu-se em público no tea-
tro Avenida, cantando, uma vomanza, em ré-
cita dada a favor das Escolas Moveis. Só as
suas queridas Escolas o obrigavam a tal
sacrificiob sd A a
Republicano desde 1862, estreou-se como
polemista de imprensa na Democracia, jornal
fundado por José Elias “Garcia, — um dos
percursores da Republica, — batalhando já
trução elementar, Dai a
CASIMIRO FREIRE
Benemérito Apóstolo da Instrução Popular
se conservaram fieis à amisade que os
tassem
de João de Deus e as Escolas Móveis podem
BASSO AA AL E
“APONTAMENTOS BIOGRÁFICOS
ASIMIRO FREIRE nasceu em 8 de Ou-
pela instrução popular e pelos, principios
republicanos, campanhas que continuou no
Século, País, Vanguarda, Comércio de Portugal,
“Mundo e outros.
Em 1876, com Oliveira Marreca, Sousa
Brandão, Bernardino Pinheiro, Elias Garcia,
e diversos, cooperou na fundação do pri-
meiro Centro Republicano, onde teve o n.º 17.
Nesse mesmo ano tomou parte no banque-
te memorável do palácio Quintéla, no qual
se celebrou a queda do marechal Mac-Mahon,
presidente da República Francesa, que pre-
tendeu atraiçoar.
Tendo nêsse mesmo ano de 1876 o gran-
| de poeta João de Deus publicado o seu notá-
vel método de leiturã Cartilha Maternal, Ca-
d
paganc E
nêle o instrumento fácil
simiro Freire, que já era seu amigo e admi-
e derramar a i
propaganda oral e
escrita que desenvolveu, e em Março de 1881,
Ê -» nos n.º 68 e 69 do
: Século, lançou as ba-
ses da obra monu-
mental que se tor-
nou a obsessão de
tôda a sua vida e
lhe dã um lugar
perpétuo entre os
beneméritos da sua
Pátria, fundando à
Associação de Escolas
– Moveis pelo método de
– João de Deus, de que
foi tesoureiro du-
rante 26 anos, e que
o seu esforço e abne-
gação sustentaram
contra os pedero-
sos inimigos do mé
todo e a indiferen-
ça geral. À sua qua
lidade de republica-
no, à sua activissi-
ma propaganda nos
jornais do partido
e o facto de ser di-
rigente naigumas
“agremiações, fize-
ram com que todos
os centros e associações
para difundir o ideal republicano, adop-
o novo método. Dizia: «O método
resolver o problema do
analfabetismo» E
assim seria se OS seus
brados
em vãs ostentações ou: em safisfazer os
vícios mais torpes, nada destinando para
a beneficência, para a instrução, para mino-
rar, enfim, as necessidades e sofrimentos das
classes pobres. Pode afirmar-se que, sem à
desinteressada propaganda de Casimiro Frei-
re, expandindo as missões escolares por to-
do o país, o método de João de Deus deficil-
mente teriavinsado, tantos eram os seus de-
tractores; uns por inveja, outros por interês-
ses feridos e ainda outros por preguiça
mental: –
Em 1883, percorreu várias cidades do
pais com Magalhãis. Lima, Jacinto Nunes e
outros oradores, falando em comícios contra
a Salamancada, um dos muitos escândaios
Continua na 1.º página
é
escolares – fundadas.
fossem |
ouvidos pelos argentários que, na sua maio- |
ria, gastam o que herdam ou arranjaram,.
Composto e Impressa
NA
GRAFICA DA SERTÁ
Largo do Chafariz
SERTÃ
th
Zo
AOVERBRO
1987
(O sr. Governador Civil pe
diu a comparticipação
do Estado para várias obras no
concelho da Sertã.
vo
sr. ministro das Obras
Públicas e Comunica
ções, concedeu à Junta da Fr
guesia de Sernache do Bomjer
dim, a dotação de 6.787800 (ru
ço) para pesquisas de agua pa”
abastecimento daquela aldeia.
a
pe no dia 14, à noit:
= assistir aos ensaios 1
tuna organizada pelo Sertanen
Foot-Ball Club e quedámo-:
surpreendidos e maravilhados
que constituem êsse grupo musta
Rede ar ULO e ç ee,
nosso espírito deliciou-se anteven-
doa apresentação, em público,
de um grande grupo artístico,
que virá a honrar. a Sertã em
qualquer parte onde se apresente,
A alegria que sentimos foi, ex»
traordinária e confirma aquilo
que muitas vezes temos dito sôbre
a vocação musical de uma gran
de maioria dos rapazes da Sertã,
que até há pouco, por falta de
direcção, não tinham tido ocasião
de se revelar. ne
“O entranhado amor do maes
tro sr. Antônio Teixeira pela di-
vina arte, que é a musica, te *
feito prodígios; e revele
uma grande. dedicação :
mais: denota uma gramuc
tência e até mesmo uwm elevado
espírito de sacrifício, que se deve
realçar, :
À Direcção do Sertanense mos»
trounse à altura das circuustân-
cias, agindo intehgentemente ng
organização duma bôa tuga,
Perspicas, aproveitow todos os
elementos para levar por diante
uma ideia por que há muito ag
Diria
Consegue, assim, o engrandes
cimento daquela colectividade e q
recreio espiritual de todos que
pela muísica sentem alguma pre:
dilecção. Leva por diante uma
obra de grande alcance social,
que só uma persistência formi-
dável pode conseguir.
Oportunamente, e com mais
vagar, nos veferiremos a êste
assunto, que a pobreza de espaço
não consente ser tratado já.
ONDE
I o entre as veses que se
t abatem no Matadouro
Municipal, o sr. Inspector de Sa-
nidade Pecuária, determinou que
metade sejam ovinas e metade
caprinas.
CAGOA LEBRE ES URANO
O sr. Manuel Ferreira ca -,
há poucos dias, a prt
Imeira galinhola no concelho.
Po
ante o adiantamento. dos rapazes dos rapazes@@@ 1 @@@
A COMARGA DA SERTA,
ANUNCIO
(1.º Publicação)
Nb die 12 do proximo mez de
Dezembro, pelas 12 horas. à porta
do Tribunal Judicial, desta co-
marca, se ha-de procedêr à ar-
“— rematação em hasta pública dos
– – Prédios abaixo descritos, penho-
nl
a
x
rados na execução por custas e
* sêlos, em que é exequente o
Ministério Público e executado
“ David António, vinvo proprietario
– da Fcz da Sertã, freguesia de
“ Ser ache do Bomjardim, desta
«comarca, a ssabêr : .
“ 1º—Metade do direito aa. prédio
de um olival, com mato e pinh-.
eiros, sita no logar do Salgueiri-
“nho, freguesia de Sernache do
-Bomjardim. Vai pela primeira
vez á praça no valôr demil escu-
– dos. — 1000800.
-2.º— Metade do direito ao prédio
de um olival, no sítio da Abiceira,
limites da Foz da Sertã. Vai pela
primeira vez á praça em quarenta
escudos.— 40800.
3.º— Metade do direito ao prédio
“de tima tara de aemeadura com
oliveiras, pinheiros e mato, atra-
– vessada por um ribeiro sita no
logar da Abiceira, limite da Foz
ANUNCIO
(7.º Publicação)
Por este se anuncia que no dia
21 do corrente mês de Novembro,
por 12 horas, à porta do Tri-
bunal Judicial desta comarca, se
há-de proceder à arrematação em
hasta pública dos prédiosa seguir
designados e pelo maior preço que
for oferecido acima do valor
indicado.
PREDIOS
1.º—Uma terra de cultura e
duas ohiveiras, no sítio da Porte-
la do Pêzo, limite. do Estevês.
Descrita no Conservatória sob o
nº 26.880. Vai pela segunda
vez a praça no valôr de cento
e trinta e trez escudoe e cinco
centavos. —133805.
2º—Uma terra de cultivo no
sitio da Tapada do Pêzo, ‘ limite
do Estevéz. Descrita na Conser-
vatória sobo n.º 26.679. Vai pe-
la segunda vez a praça no va-
lóôr de cento e vmite e trez escu-
dos e vinte centavos -—123820.
Penhorados na execução fiscal
administrativa, em que ê exe-
quente a Fazenda Nacional e
excutado Francisco Mortins, re-
ANUNCIO
(2.º Publicação)
dia 28. do corrente mês de
Novembro, por 12 horas, à
porta do Tribunal Judicial
desta comarca, se há-de
proceder à arrematação em
hasta pública dos prédios a
seguir designados e pelo
maior preço que fôr oferecido
acima dos valores respectiva-
mente indicados.
PRÉDIOS
1.==0O direito ao arrenda-
mento de uma terra com casta-
nheiros e mato, no sitio dos
Salgueiros, limite do Carva-
lhal Cimeiro, cuja renda anual
é de quarenta litros seiscentos
e trinta e dois mililitros
de centeio e uma franga, a
Domingos Mateus do Sorvel,
cujo arrendamento termina
em 19 de Fevereiro do ano
2.009. Vai pela primeira vez
á praça no valôr de setecentos
quarenta e oito escudos e
setenta e oito centavos.
— 748418. -2.º—O direito ao
arrendamento de uma courela
Por êste se anuncia que no.
DE
danto António dos Milagres
FIGUEIRO’ DOS VINHOS
Unica casa fundada por ANTONIO DE VAS-
CONGELOS
Premiado com diploma honroso
” e medalhas de ouro
O verdadeiro Pão de Ló de
Figueiró, conhecido no pais
e estrangeiro.
Especialidade em doces fi-
nos sortidos.
Cuidado com as imitações
da fama desta marca.
REGEBEM-SE ENCOMENDAS
Dr Abel Carreira
MEDICO CIRURGIÃO
PELA UNIVERSIDADE DE COIMBRA
ESPECIALISTA DE OLHOS
[bra o Pod ly
que procuram apoderar-se
NECROLOGIA |
Na Aldeia Fúndeira da Ribeira, free
guesia da Sertã, faleceu no dia 16, o
sr. José Fernandes, de 73 anos, pro-
prietário. Ee
Deixa viuva a sr? D. Clementina
de Jesus e era cunhado dos srs: José
Lopes da Silva, da Sertã, António Lo-
pes ca Silva, de Pessene, (Africa Orien-
til); Manuel Lopes, Manuel Jorge “e
Manuel Pedro, de aldeia Fundcira: pai
dos Srs,; José Fernandes Lopes, da Ser-
tã; António Fernandes Lopes, de Robert,
Williams (Angola) e sogro dos sra;
Manuel Alves, da Aldeia Fundeira e
Adriano Francisco, da Fonte Branca.
O funeral realizou-se no dia seg in-
tepara o cemitério municipal, com
grande acompanhamento: !
– — Faleceu no dia 16 em Lisboa, o
nosso presado assinante Viriato David é
Silya, de 60 anos natural de Pedró-
gão Pequeno, irmão do amigo e esti-
mado assinante dêste jornal, sr, João da
Cruz David e Silva, proprietário e co-
merciante na capital.
| O funeral realisou-se, no dia ses
guinte da calçada da Ladeira, 10 (Quin-
ta do Alperche), para o cemitério do
Alto de >. João, e
A’s familias enlutadas enviamos o
nosso cartão de pêsame. a
ss ia
NORBERTO PEREIRA CARDIM
SOLICITA DOR ENCARTADO
ALARGAR
“da Sertã, Vai Sa primeira vez | presentado por Maria Joaquina, leom castanheiros no sítio | Pla Escola Oftalmológica de Barcelama | Rua de Santa Justa, 95-2.º
– á praça no valor de setecentos e | do logar do Esjevêz, freguesiá dos Salgueiros, limite do |; TRATAMENTOS — ESCOLHA DE TELEFONE 26607
à praça no valôr demile qui-
que servede habitação, sita nO | qontos e cincoenta escudos. — ee +
e a pa O a 250800. o á José Botelho daSilva Mourão fncem PARTIA BREGADA | PARTIDA
E cento e cincoenta escudos 150800, USE ar EE a o00000pDopnopaonaa ppenDsoda veoDoaDoo | Fi ueiró dos Vinhos — | 6,25] Coimbra. a 1 16,00
9.º—Metade E Pré- | Dãco Negro, limite da Foz da Pe as de mobilia Ponto. 1 e da pra do Gato . : a e
dio de uma casa de = ra pa Sertã Vai pela primeria vez à Ç : Avelar .. E: E ma E E e o neo
serve de habitação, sita no logar praça no valôr de cem escudos. — usadas Ponte Espinhal. 47, : onte Espinhal. 17, Go
da Foz da Sertã . Vai pela pri- 100800 Podentes 18,05 | 8,05] Avelar . 17,40 | 1,50
meira vez á praça no valôr cento 16.º–Metade do direito ao | Vendem-se algumas. Nesta re- Portela do Gato 18,3518,35 Pontão dd dn a 17,58 | 18,00
vinte escudos. — 120800, prédio de um olival, com pinhei Coimbra . à 9,00 | — | Figueiró dos Vinhos . .| 18,35) —
cincoenta escudos. — /50800.
4º-Metade do direito ao prédio
de uma terra de semeadura com
oliveiras, videiras e uma laran-
geira, um sobreiroe um casa,
terrea, sita na Revessa, limites.
da Foz da Sertã. Vai pela primeira
vez à praçano valôr de mil e
quinhentos escudos. | 1500800.
5.0— Metade do direito ao prédio
de nma terra de semeadura, com
quatro oliveiras, videiras e uma
macieira figueiras, nos limites
da Foz da Sertã. Vai pela primeira
vez á praça no valôr quatro centos
escudos. — 400800.
6, —Metade do direito ao prédio
“de uma terra de semeadura, com
trez oliveiras, videiras e uma la-
rangeira, sita nos limites da Foz
da Sertã. Vai qela primeira vez
do Peral, concelho de Proença-a
Nova, desta comarca.
São por este citados quaisquer
crédores mcerios à arrematação
neste anunciada.
Sertã, 9 de Novembro de 1937.
Verifiquei
O Juiz de Direito,
Lopes de Castro
O Chefe da 2.º Secção
Angelo Soares Bastos
O
praça no valôr de noventa escu-
dos. — 90800. E a
13.º— Metade do direito ao pré-
Carvalhal, cuja renda anual
é de dezanóve litros duzentos
setenta e dois mililitros de
centeio e uma galinha, a
Custódio Fernandes, do
Carvalhal, cujo arrendameto
termina em 20 de Fevereiro
do ano 2.009. Vai pela pri-
meira vez à praça no valór
de quatrocentos e sessenta e
cinco escudos e
nove centavos. — 465869.
Penhorados na execução
fiscal administrativa, em que
é exequente a Fazenda Nacio-
nale executado Ernesto Nunes
do logar do Carvalhal Cimei-
ro, freguesia do Troviscal,
desta comarca,
São por este citados quaisquer
crédores incertos para assisti-
sessenta e.
LENTES — OPERAÇÕES
Consultas todos os dias, das
9 ás 12 horas, em PEDROGÃO
PEQUENO.
Nas 4.ºº e Sábados, das 15
às 17 h. no consultório do
Sr. Dr. Angelo Vidigal, na
SERTA.
Telefone 4 2906
MOBILADIRA DAS ÁVENIDAS
Valente k Hmh, |,
MOVEIS, ESTOFOS
E COLCHOARIAS
Avenida 5 de Outubro, 37 a 41
LISBOA
PROVEM AS DELICIOSAS
SARDINHAS DE CONSERVA
“LA ROSE”
Fabricantes:
Feu Hermanos
PORTIMÃO — (Algarve) |
Agentes depositários: :
at dio de uma terra de cultura com lrem à arremataçãa nêste 230 — LISBOA
ne : E o aaa é oliveiras, sita no logar do Prazêdo, |anunciada. tan mou as
4, —mMetade do direi “” | limite da Foz da Sertã, Vai pela | «
“dio de uma casa terrea, que ser- |nrimeira es à praça em Olido Sertã, 2 de Novembro de 1937 as
ve de adéga, no logar do Vale,li- |; s escudos, – 800800. Verifiquei
mite da Foz da Sertã. Vai pela
primeira vez à praça no valôr de
sessenta e cinco escudos. — 65800.
* 8º-—Metade do direito ao pré-
– dio de uma casa de alt’s e baixo,
10.º—Metade do direito ao
prédio de uma casa terrea de
arrecadação, na Foz da Sertã Vai
ela primeira vez á praça no va-
“lôr de cincoenta escudos. 50800,
11º—-Metade dodireito ao predio
** “de duas casas terreas, de arreca-
*dáção sitas à Eira dos Pin-
14.º=Metade do direito ao pré-
dio de uma courela de mato,
oliveirase pinheiros, sítio de Ca-
valhos, no limite da Foz da Sertã.
vai pela primeira vez à praça em
ros mato, sita no logar das Puti-
cas. vai pela primeira vez à ptra-
ça no valôr de quinhentos escn-
dos. —500$00.
São por êste meio citados quais-
quer crédores incertos para
assistirem à arrematação.
O Juiz de Direito,
Lopes de Castro
O Chefe da 3.º secção
dacção se diz.
O
A. FERREIRA DA
SILVA
Notário Público e
Vinhos &
Horário anual da carreira de Passageiros entre Figueiró dos
Coimbra
Concessionario — ANTONIO SIMÕES
Janeiro, 25 de Dezembro e
Efectua-se diaiimente, excepto aos Domingos, dias 1 de
Terça-feira de Carnaval .
TABELA DE PREÇOS DE BILHETES SIMPLES
(CRIANÇAS DE 4 A 10 ANOS PAGAM MEIO BILHETE)
Figueiro dos Vinhos
. 4
“Vilarinho & Ricardo, Leo
“ “heiros. Vai pela primeira vez à | Sertã, s de Novembro de 1937. Advogado o sa
“praça no valôrde quarenta es- Verifiquei: e :
Cc Melade: O Juis de Direito, | Sermache do Bomjardim-Sertá 4850 850. Avelar
É ’12.º—Metade do direito ao pré- de de E 8850 Ri dono Podanto
“dio de uma casa de sobrado de Ê Gráfica da Sertã” Bi o AR
O Chefe da 1.º Secção
arrecadação, sita na Fozda :
José Nunes
Sertã. Vai pela primeira vez à.
8450
Bilhetes de Visita
de
ODUTOS DA CASA VAZ SERRA | |
4 | s ” Sa) : | e |
AZEITES EXTRA-FINO, CONSUMO E EM LATAS ESTAMPADAS DE 1 A 5 LITROS, MARCA (La Y | |
VENDE PARA A PRAÇA E EXPORTAÇÃO AOS MELHORES PREÇOS DO. MERCADO |
Vinhos engarrafados da sua propriedade (Marca Registada), grande vinho de Mesa L. V. S. Fornecedor dos principais Hotéis e Restaurantes
Fábrica de Moagem, Serração e Oficina de Automoveis em SERNACHE DE BOMJARDIM
Madeiras — Depósito em Sernache do Bomjardim
Azeites da região da Sertã e vinhos engarrafados — Depósito na Avenida Almirante Reis, N.º 62-|– Lisboa

PF

PF@@@ 1 @@@
RTA’
e
Figueiredo
“ Em primeiro lugar e com
tôda a sinceridade do meu
«eu», as minhas. felicitações
‘- pelo admirável eco que as
«minhas desconjuntadas fra-
ses encontraram em V. Ex.”
Parabens pelo escrito 21-
3-937 e por tôdã a cómu-
nhão de idéas que parece
– existir entre nós s/ o assunto
versado.
– É porq 1e não pode «À Co-
marca da Sertã», infelizmente,
abranger todos os assuntos
«— úteisou agradáveis, atrevo-
– mea dirigir-me a V. Ex.
para que um pónto do vosso
“ artigo bem defendido, não sir-
“va de discordância entre nós.
“* Julgo, com razão, esperar
confiada, a necessária des-
culpa de V. Ex* para esta
minha ousadia, não é verda-
de?
Eu preguntei: —« quem lhe
contesta êsse direito? Pre-
guntei, para que a resposta
fosse esta ( aliás única ine-
vitável): «os egoistas, os
imensos emporeirados pela
densidade dos hábitos adqui-
ridos, os indiferentes» —E a
seguir, como que a esta
– resposta, pregunta novamen-
te:—-E com que direito?
— — Sim, (permiti-me o ‘de-
sabafo), quem conferiu ao
‘ homem o direito do exercicio:
“de tanto poder e liberdade?
“Qual o espírito, fôrça, atrac-
«ção, enfim, tudo o que quei-
– ram, conferiu essa autoridade
“Séculos e séculos admitida e:|
quasi incontestada?-—Foi as-
sim que o egoismo humano
se adensou. tanto !-—Fiz-me
entender? .
Mais abaixo, V. Ex.? digna-
. Se, entusiasta, sublinhar uma.
– passagem minha. E a propó-
“sito dirige-me uma pregunta |
“. Quasi justificada e cujo res-
“posta se tormou o fim es-
sencial desta insipida carta.
– Pregunta V. Ex”: « Mas julga:
“mais felizes êstes lindos dibelo-
ts da sociedade que enxameiam
as ruas da capital…» — Mi-
“nha Ex.”* Senhora, na verdade:
na capital, meu berço querido
e acolhedor lar de há até 4
anos, há: mulheres fúteis,
ornamentos
mos, bem entendido, a Snr.?
que sabe vestir, consoante a
ocasião, mas muito mais ainda
segundo as stas posses.
“‘ Hã tambem a rapariga fú-
til, consegiência do presen-
te, filho dos resultados da
guerra de 1914-18 e que deve
melhorar e modificar-se. A
rapariga que ganha e não
sabe aplicar sensatamente os
vencimentos vusufruidos sa-
tisfaz-se na guloseima dos or-
namentos mais variados e às
vezes dos maisiniíteis, à diver
são espiritual e para tantas
material dos cinemas, dos
entretenimentos que lhe dê
-8 fugaz ilusão de que pode e
vale! Estas mulheres, são pro-
dutos passágeiros, estou certa,
ainda da presente mudanca
de ideias que estamos discu-
tindo e que era de esperar.
Sou livrel —é o seu grito. E
“a satisfação que sentem, nun-
ca vivida, fá-las insensatas.
Não contam ou por outra, de-
vemos, nós mulheres também,
combatê-las com firmeza e
“Constância, para que pensem
e se modifiquem nas necessá-
rias e imprescindíveis.
– Mas resta-nôs a mulher in-
teligente prática e útil. E
essa que já vive em quanti-
dade nos grandes meios, é
essa que precisa de fazer nú-
mero e de prevalecer, À essa
é que eu ligo tôda a minha
atenção, todó o meu apoio, |
-08sAÉ que precisa de ser rol
VIDA FEMININA.
! Ex. FSenhora D. Fernanda Tasso de
melhores ou:
– piores, venenos corrosivos da.
bolsa e da saúde-—São mulhe-
-res?– Não minha Senhora, são
“aves ornamentais. Exclua-.
“Carta aberta aos amigos “de
Aquela gota de àgua, tei-
mosa e impertinente, que lá
na serra diae noite. caia
duma rocha fendida sôbre
pedra lisa e bem: talhada, foi
cavando aos poucos no logar
da queda uma: pequena con-
cavidade, onde as avezitas
vinham mitigar a sêde e afi-
nar seus pios para mais ma-
viosos trilós, Aqui principiou
a sua utilidade, até que um
dia, descuidado lavrador que
por lá adregara passar, a des-
cobriu e nela viu indício cer-
to de uma nascente, cujo ma-
nancial, sabiamente aprovei-
tado, seria a riqueza das suas
pobres leiras, tão escassas: de
frescura.
Por ali voltou mais algu-
mas vezese lã se ficava a me-
ditar na teimosia daquele
pingue-pingue, monótono e
compassado, qual ampulheta
misteriosa, indiferente ao
tempo e parece que porfiado
a furar o penedo, no intuito,
talvez, de confirmar o rifão:
« agua mole em pedra du-
ra.. » +
Mas a que propósito me.
ocorre a história da gota de
àgua teimosa, do lavrador e
do rifão? Que analogia terá
tôda esta história com -úm
selamim de frases que eu pre-
tenda ditar-vos, na
desto?
– E que eu comparo. muito.
«A Comarca da Sertã» âquela
gota de água, alheia ao tempo
-e ao logar, a bater impertur-
bávelmente no. penedo, des-,
conhecendoó-se quantos estios |
foram precisos para queo la-.
vrador nela sonhasse a nas-.
cente que viria a transformar
em vergéis floridos as duas
Jeiras de terra que, lá – muito
em baixo, morriam à min-
gua.
À natureza, sempre pródiga,
iniciara a obra; ao lavrador
competia torná-la: completa,
para ver traduzida em rique-
za a sua abençoada desco-
berta. Re
– Também o Eduardo—ilus-
tre Director dêste jornal—
que nos meus tempos de es-:
cola conheci já empenhado
nas lides da imprensa, a di-
rigir um jornalzito, intitula-
do «A Hóra», tido manuscri-
to pelo seu punho, desde o
editorial até o mais: modesto
anúncio, e que, ao tempo se
vendia a vintém, dando-nos
PER RE
deada de respeito, atenção e
carinho,
Nas cidâdes vai abundando
a mulher-sensata e útil. Nos
meios pequenos (salvo as ex-
cepções) tirando a mulher-
máquina, só há a mulher-
inútil.
Sim minha senhora, a mu-
lher dacidade também é mui-
to ignorante. Mas a essa, bas- |.
ta olhar e querer, para colher
das fontes o saber ea prá-
tica. Querendo, tem o sa-
ber. Mas a mulher dos nossos
cantinhos portugueses e lin-
dos, precisa do auxílio da-
quelas que mais felizes lho
podem dar. Eis, ao que, côns-
cia do meu débil poder, me
proponho.
Quere V. Ex.º o mesmó, ao
que parece com melhor pro-
babilidade ? Julgo que sim.
Abençoada seja,
Meu Deus! Como me alon-
guei e talvez, a enfastiei! Per-
doai e permiti que se assine
respeitosamente e ao vosso
dispor, a .
N.
25/4/1981.
autoria, cheios de graça e hu-
estábulo na tradicional Rua
| to, respeitosamente se desco-
que êle certamente adivin-
pobreza
simples do meu estilo mo- |.
tência, e, pelas infórmações
que das Africas lhe chegam
terrâneos que mourejam no
ainda uns desenhos da sua
morismo, de entre os quais
recordo aquele de . erto bur-
ro branco que tinha cómodo
do Vale, com janela para
aquela movimentada artéria,
onde se punha às tardes com
a cabeça à vista, a gozar O
fresco, vindo algum dia a ser
confundido por um dos mui-
tos caixeiros viajantes que
pela nossa terra faziam demo-
rado póizo, gozando-lhe a
hospitalidade, e que supôs ou
lhe pareceu ouvir «boas-noi-
tes» ao pobre animal, e em
resposta ao cumprimen-
bris… vindo depois a dar
pelo logro, que francamente |
confessou numa roda deami-
gos. Era o burro do Batalha.|
Como vai longe esse tempo! |
“Mas, também o Eduardo,
— como ia dizendo — preten-
deu transformar o jornal que
nos envia, —bem apresentado
e sábiamente redigido naque-
lá atrevida e teimosa gota
de agua, a cair-nos nas mãos
logo à chegada dos paquetes,
no louvável intuito de des-
pertar o nosso bairrismo,
hou adormecida dentro do
peito de cada sertaginense.
* No entanto vai «A Comar-
ca da Sestã» no seu trigéssi-
mo oitavo número «le exis-
que acabo de receber e que
bastante me penalizam, bem
parcos têm sido os auxílios
para manter a gazeta e, com
ela, o seu titulo bem escolhi-
do, na defeza séria dos avan-
tajados interêsses e legitimas
aspirações da vila e das suas
catorze freguesias — que tan-
tas são as que constituem o
concelho,
Parece que salvo raras ex-
cepções, os conterraneos não
têm sabido corresponder ao
esforço que vem sendo dis-
pendido pór êse punhado de
dedicados amigos da nossa
terra, que não se pouparam.
atrabalhoe boa-vontade, para
nos remeterem periódicamen-
te as notícias de tudo aquilo
que por lá ficou e do mais
que a gente não conhece,
E, afinal, é de vós — con-
Ultramar — é do vosso ex-
pontâneo querer que pode
resultar a vida ou a morte
do órgãa defensor dos inte-
rêsses da nossa Comarca, E
sois vós, também, quem me-
lhor pode auxiliar essa obra,
a todos os titulos digna do
nosso respeito e da nossa
veneração—quanto mais não
seja para, ao menos, pagar
“sos filhos e nossos
| quanto é grande o amor por
com à nossa gratidão a todos
quantos a ela meteram om:
bros para a levar para dian-
te e torná-la realidade.
“De resto, é tão pequeno o
obolo -da assinatura que se
vos pede, que só um descui-
do, com alguma preguiça à
mistura, — males tão próprios
deste clima que nos adultera
o sangue, poderá ocasionar
a demora na remessa do pa-
gamento. Mas é precisamen-
te dessa cobrança que depen-
de a vida do jornal – e eu
nãó creio que haja por cá
quem olhe com indiferença a
iniciativa. Bem ao contrário,
tenho visto aplaudi-la, pois
que para nós, seja qual for a
nossa condição constitue sem-
pre motivo de bem justifica-
do orgulho, o facto de ainda
haver conterrâneos, que mo-
| vidos pelo acrisolado amor à
nossa terra, se dispõem a tra-
balhar por ela, lançando pa-
“ra a luz da publicidadeo jor-
nal que leva até aos Poderes
constituídos o eco das suas
aspirações mais queridas.
Cabe-nos, pois, v dever de
Ssecundar a- iniciativa, au-
xiliando-a com o nosso apoio,
moral e material, para que
ela não sucumba, desampara-
da dêsse apoio.
Só nós, aqueles que, como
eu, por cá movrejam, seria-
mos, à meu ver, suficientes
para manter de pé a obra!
iniciada E muito justificada-
“mente poderiamos orgulhar- |
nos de o fazer. Indo mais
longe ainda, num movimen-
to expontâneo de solidarie-
dade beirôa, poderiamos coa-
djuvar a aspiração legitima
-de muitos dos nossos conter-
raneos, oferecendo ao jornal
uma tipografia propria, do-
tando assim a nossa terra
com um melhoramento bem
digno dela e de todos nós, que
seria obra nossa, eali’ficaria
como marco imperecivel, a
a atestar aôs vindouros, nos-
netos, o
elae por tudo quanto lá te-
mos !
“Vindo ão meu conhecimen-
to, por noticias de um amigo
alheio ao corpo redactorial, |
o facto lamentável de nem
todos ós nossos conterrâneos |
corresponderem áquilo que
dêles era justo esperar, ocor-
reu-me vir a terreiro e res-
ponder por êles, para afir-
mar que tal alheamento não
pode traduzir-se em esque-
cimento pela terra que lhes
foi berço e por todas.as re-
cordações que a ela andam li-
gadas. Só quem vive por es-
tas paragens e num dado mó-
mento depara no seu cami-
nho com um companheiro de
MEA CUL
Não tenho, é certo, a
De me sSupôr sem fal
Pois, como todo o sêr,
PA
louca pretenção
as nem defeito,
anda sujeito
A errar também — humana condição.
Sou barro frágil, como os outros são,
Mas toda a vida usei,
Como preceito,
Fugir ao Mal e caminhar direito
Só por bons trilhos,
em terreno chão…
Faz dêste norte a minha môr virtude
E se acaso pequei, é que não pude – E
(Que fracoeusou!)vencerna resistência. o
O barro é sempre barro, é só fraqueza,
Mas Deus é bom, perdôa,
de certeza,
Podes dormir. traquíla, 6 consciência!
a nt LUIZ DA SILVA DIAS
Fonte de Santo António
Em 29 de Novembro de 1908, do-
mingo, a Câmara Municipal dêste con-
celho proced-u à inauguração “da fonte
de Santo António (cimo da vila), fa-
lando o sr. João da Silva C rvalho,
presidente da Câmara. em nome desta ;
osr, Zeferino Lucas de Mourá, vice-
presidente salientando os serviços pres-
tados pela nosso patrício, capitão de
mar e eueria sr, Domingos Tasso de
Figueiredo. o número dos. quais e-tá
a planta da nossa fonte; o sr, dr. Fran-
cisco Nunes Correia, delegado do pro-
curador régio, referindo-so ás belezas
naturais da Sertã e Telicitando a (Ca-
mara pelo novo melhoramento, e, :
m nte, o sr, José Dias Bernardo J
felicitando a Câmara, e especial
o seu presidente, por obra tão necess
ria.
* Com excepção do sr, dr, F, Nunes
Correia, actualmente advogado em Es-
pinho, todos os outros senhores, aqui
apresentados, são falecidos,
DONDE A O OO
Dr. Francisco Nunes Gorreia
Concluiu a formatura em Medici a,
em Lisboa, o sr. dr, Francisco Nunes
Correia, nosso patrício e amigo, que
através do curso se mostrou sempre
um estudante muito aplicado e inte-
ligente, – É E ?
. Daqui lhe enviamos um grande
abraço é oxala s ja muito feliz na car-
reira que encetou.
s e da
ds srs
-s | “a E a
== sl ETs
do 28 ai
o O um UT fz vz
a As e
» == ea a
Q|S. à gs Mas
– is TA ES
Hs E o gds
: U Ga o A, EB o feP)
ul o E + OQ
R os ses 08
gs ofsolgs
-O edi es +
O: Sisiai!
= o:
a LO (1) oO “= « Q.
e qo: Saca
e o wma e Ú Sm
o E a. – O a o O ea
pa Q a
5 so q Em eS
Se e a
dê a qáis
? e – Do NAS
oo h Ga E
E] E ss A O
infância, afastado do nosso
convívio há muitos anos,
aprecia e sente como os ser-
taginenses se estimam êntre
|si e, com êles, todos os habi-
[tantes dos diversos casais e
aldeias que rodeiam a Ser-
tá!
Por isso me atrevo a fazer
um apêlo ao vosso bairrismo
| para que êle desperte em vós
o amor regional, certamente
adormecido pelos mil azares
que a todos afligem nesta ho-
ira tão funesta, perene de res-
ponsabilidades e sacrificios e
-exausta de benefícios.
E se este meu apêlo tiveco
| condão de ser para vós | um
toque de unir—que me seja
permitido levantar mais alto
o meu brado, para que a
brisa leve bem longe, ao escri-
nio sagrado «dos vossos icora-
ções de Sertaginenes e de Sc:
rões onde vive escondida a
Saiidade da Patria, do Lar
da Familia que todos nôs ve-
neramos, e em prol dos quais
vamos permitindo que o Fein-
po, na sua ânsia insatisfeita
de demolidor, nos absorva a
Mocidade na aridez das plagas
africanas, conduzindo-nos aos
poucos pará os umbrais da
Velhice sem, cóntudo, nos
obliterar o sentimento regio-
nal, porque ele é o mais belo
e mais sagradode todos os
sentimentos ! É
Luanda, Maio de 193.
“- J. Nunes da Silva
Queira o meu amigo descul-
par, mas nunca tive jeito para
fazer burros, conquanto não me
tenha sido possivel evitar ter de
suportar muitos. Da secção ilus-
trada tratava o Raúl Ferreiro,
que mais tarde pensou em tor
o curso de Belas Artes, o
não conseguiu, indo depois pura
a África, onde encontrou sêca a
arvore das patacas».as patacas».@@@ 1 @@@
A COMARCA
DA SERTA’
oo o
O da Ss
ad?
AG E ND A
o
&
EQ
a DO DO Do, O
SA SO LF SM
%P CP CP CP %
Ba
qPaasaso
““Doc008
º9,
9 «00,
& O OO)
CAR
DO,
S %
Ga o”
Do,
us
CRE S aê
o
Parte no dia 24 para Bulun-
go (Congo Belga), com sua espo-
sa, o nosso amigo sr. Antônio
Nunes do Vale, sócio da impor-
tante firma Vale & Irmãos.
Desejamos-lhes boa viagem.
um Com sua esposa esteve em
Pedrogão Pequeno o sr: Manuel
Ramos, capitalista, de Lisboa.
wu fretirou para Lisboa, de-
vendo embarcar brevemente pa-
ra Angola, o nosso amigo sr.
José Joaquim Pedro.
mm Acontra-se doente em
Lisboa, o menino Angelo Antu-
nes Mendes, filho do sr. Joa-
quim Pires Mendes. Ao inteli-
gente rapazito desejamos breves
melhoras.
“Al Com curta demora esteve
na Sertã o sr. Ernesto Leitão,
comerciante na capital.
um L2zeram anos, em Lo, o sy.
Jerónimo António dos Santos,
filho do sr. Custódio António, de
Lisboa; em 12, 0 sr. dr. Abel
Carreira, de Pedrógão Pequeno.
uu Zazem anos: amanhã, as
srs D. Júlia de Moura Costa.
e D. Anunciação Reinalda Reis
Garcia; em 22, o sr. Amilcar
Francisco de Oliveira, de Lisboa;
em 25, 0 sr. Gustavo Bártolo.
Parabens.
809000000000000D00 DOG DDD DooDDDsgosos
Casamento
” Realisou-se uo passado dia 10, no
Larvoeiro, o enlace matrimonial da
Ex.m: Sr? D. Aurora de Matos Neves,
irmã do nosso amigo sr. dr, Pedro de
Matos Neves. Inspector de Sunidade
Pecuária dêste concêlho, com o sr.
Eduardo Curado Ribeiro, regente agri-
“cola,
Os noivos partiram para Lisboa,
| onde fixaram resicência.
Desejamos-lhes as maiores felici-
dades: ne
000000004000050000000000000000000000
BAPTIZADOS
Na Igreja da Sertã baptizaram-se,
no pretérito dia 10, quatro interessan-
tes filhos do nosso amigo sr. José Joa-
“quim Pedro, digno sargento do Exér-
cito de Angola e de sua esposa D. Geor-
gina Albino Pedro: Maria Emilia, de
8 anos; Helder Armando, de 7; Arlete
Natália, de 5 e Noémia Ruth, de 4 anos,
todos de apelid» Albino Pedro.
Foram padrinhos, respectivamente:
, os srs. António A, Lopes Manso, pro-
fessor primário e sua filha menina Ma-
ria Lidia; Antonio Martins e esposa,
de Benguela (Angola), representados
pelo sr, Pedro de Oliveira e esposa;
Manuel Pedro de Lisboa ea menina
Rosa Pedro, tio e irmã da baptizanda;
e da última, seus avós maternos sr,
Jerónimo Albino e esposa,
ag O
Marco Postal
Exmo Sr. José Martins Lopes
– Inongo (Congo Belga) —
Os 100800 francos belgas pro-
duziram 713800, dos quais re-
tiramos 50800 para a assina-
tura, que ficou liquidada até
ao n.º 100. Muito agradecidos,
Ao sr. José Nunes Fernan-
des já respondemos.
Exmo Sr. João Martins—Lou-
renço Marques — Recebemos
50$00, pelo que fica paga a
sua assinatura até ao n.º 100.
Pela atenção que nos dispen-
sou e pelas amáveis referên-
cias que faz ao nosso jornal,
apresentamos-lhe os mais sin-
ceros agradecimentos.
Exmo Sr. José Marques Ba-
rata — Boas Aguas (Lobito)—
Recebemos 50%00, ficando a
a assinatura paga até ao n.º
80. Muito agradecidos. Gra:
tos lhe ficamos pelas felici-
tações que nos dirige.
ANSA E O O
Este número foi visado pela
Comissão de Gensura
de Castelo Branco
(Continuação
da monarquia. Em 1885 e 1887, foi proposto
na lista republicana para vereador da Cá-
mara Municipal, sendo dos mais votados.
Em 1890, por ocasião do afrontoso ultimatum
da Inglaterra, editou um folheto com um
notável discurso do Barão da Ribeira de
Sabrosa, sob o titulo Portugal Desagravado, e
foi nomeado para a grande comissão da Su-
bscrição Nacional. Nêsse mesmo ano foi elei-
to para a direcção da Associação Comercial
de Lisboa, onde se conservou até voluntária-
mente se demitir em Dezembro de 1893. São
da sua lavra as notáveis representações de
1890 e 1893 acerca da velha e nova legislação
sobre cereais; e ainda de seu punho o magni-
fico trabalho, de consulta constante, sôbre
es wnpostos portugueses, àqueles e êste deven-
do o ter sido nomeado vogal da comissão
permanente de cereais, na qualidade de de-
legado da Associação Comercial.
Foi êle quem, em 1894, lançou nas colu-
nas do Século a ideia da homenagem nacio-
nal a prestar ao imortal poeta e pedagogista,
publicando uma série de artigos sob o titu-
lo—«/João de Deus ea gratidão nacional», e dessa
propaganda resulta a consagração que se
lhe fez em Março de 1895, comemorando o
seu 65.º aniversário
Em 1899 foi eleito efectivo do Directório
do Partido Republicano Português e em 1911
foi o mais votado da Junta Consultiva do
mesmo partido.
Os relevantes e desinteressados serviços
que Casimiro Freire prestou à causa da
instrução têm sido reconhecidos e aprecia-
dos por várias entidades e agremiações, en-
tre outras pela Societá Luizi de Camoens, de
Nápoles, que o nomeou seu sócio correspon-
dente em 19 de Março de 1906, Grémio. Laterá-
rio Português, do Pará, que igualmente o no-
meou seu sócio correspondente em 16 de Ou-
tubro de 1906, e Sociedade Promotora de Edu-
cação Popular, de Lisboa, que a nomeou seu
socio honorário em 3 de Outubro de 1906.
O Conselheiro José Silvestre Ribeiro, na
sua importante Zistória dos Estabelecimentos
Científicos, Laterários e artisticos de Portugal (XV
volume—pasgs, 59 a 62),ocupa-se da Assóçia-
ção de Escolas Moveis pelo método de João
de Deus, dando conta da iniciativa de Casi-
miro Freire e da primeira direcção eleita,
Transcreve depois parte dos estatutos e
refere-se à 4.º? missão escolar no lugar de
Ramalhos, concelho da Sertã, na qual foram
a exame 23 alunos, tengo à média de 90 li-
ções, mostrando todos que sabiam lêr, es-
crever e contar. Ocupa-se ainda da Cartilha
Maternal e dos méritos do ilustre autor.
A Associação de Escolas Móveis pelo método
de João de Deus, quando circunstâncias dolo-
rosas o obrigaram a demitir-se do lugar de
tesoureiro, em 1908, nomeou-o seu Presidente
honorário. Essas circunstâncias dolorosas fo-
pois que, para salvar um parente da sua mu-
lher que se encontrava em situação bastante
dificil e aflita, teve de se envolver em ne-
gócios de fazendas e em questões judiciais
com o conde da Folgosa e casa bancária
Pinto Leite, do Porto, questões que se pro-
longaram por mais de ro anos.
Nesses negócios c questões sofreu pre-
juizos superiores a cem contos (cerca de 2.000
contos actuais) e, mais do que isso, a perda
do crédito que lârgamente gozava, não só
na praça de Lisboa, como em todo o pais,
agravada com a delação que um falso amigo
fez a um director do Banco de Portugal,
dando como extremamente precária a sua
situação comercial.
Mas a-pesar-dos desgostos, prejuizos e
injustiças de que foi vitima, Casimiro Frei-
re continuou sempre na brécha, baten-
do-se pela instrução e educação do povo,
em jornais, revistas, congressos e na pró-
pria Assoçiação de Escolas Moveis, cujos
trabalhos dirigia. O Govêrno provisório da
Repúbliça, reconhecendo o seu elevado me-
recimento e os serviços prestados pela Asso-
ciação, publicou uma portaria de louyor em
24 de Janeiro de 1911, assinada pelo grande
tribuno Dr. António José de Almeida. Tam-
bém as Câmaras Municipais da Sertã e de
ram a resultante da sua excessiva bondade, |
PEDROGUENSES ILUSTRES
da 1.º página)
Lisboa deram o seu nome, a primeira a
uma das ruas de Pedrogão Pequeno e a se-
gunda a uma das novas ruas no bairro dos
Aliadós, ao Arieiro. Adiante se reproduz a
portaria de louvor, o edital da Câmara de
Lisboa, assim como um artigo do Dr. João
de Deus Ramos, o ilustre fundador dos
Jardins Escolas, — no primeiro número da re-
vista 4 Ilustração do Povo e outro dó patrió-
tico escritor e romancista Campos Júnior,
autor do Guerreiro e Monge, Camões, Marquez
de Pombal, ete., publicada na revista O Passa-
tempo, no qual, em estilo alevantado, se elo-
gia a obra do benemérito amigo da ins-
trução. Muitos outros distintos escritores e
jornalistas se ocuparam de Casimiro
Freire, como Magalhãis Lima, Gomes
da Silva, França Borges, Luiz Derouet,
Homem Cristo, etc, mas já dêles se fez
menção em um outro folheto, publicado
em 1923, comemorando o 5.º aniversário da
sua morte.
E agora que tanto se fala «m instrução
elementar e no vergonhoso estado de igno-
rância em que nossos emigrantes saem do
país, também se reproduzem os artigos que
Casimiro Freire publicou na Justrução do
Povo, em 1005 e que infelizmente ainda têm
tôda a actualidade, a-pesar-de decorridos 25
anos!
Com a liquidação da sua casa comercial,
ficou êste estrénuo defensor de todas as re-
galias populares em condições bastante pre-
cárias, porque, o pouco que possuiae a pró-
pria mobilia da sua residência, tudo foi
vendido para satisfazer os seus compro-
missos.
Por isso o democrata Br. Magalhãis Li-
ma, quando ministro da instrução em 1915,
atendendo ao merecimento e cultura incontestáveis,
como propagandista padagógico», — nomeou-o
para inventariar e organizar o Museu Peda-
gógico, com a modesta cratificação mensal
de 50 escudos, serviço que concluiu em 30
de Junho de 1916. Mais tarde foi nomeado
para o cargo de conservador do referido
Museu, com o mesmo ordenado, mas poucos
anos usufruiu esta grande sineciira, porque fa-
leceu em 20 de Outubro de 1918, Jaz em mo-
desto jazigo no cemitério da sua terra na-
tal, por cujo engrandecimento sempre tra-.
balnóu.
A-pesar-das condições anormais em que
se vivia nesse tempo, — gvande guerra e ebide-
mia da pneumónica, — quási todos os jornais
se referiam com largueza as seu falecimento,
descrevendó os seus inolvidáveis serviços
como patriota e vulgarizador acérrimo da
instrução. E em todos os aniversários da sua
morte, a maioria da imprensa tem lembra-
do a sua vida de trabalho, benemerência e
altruísmo, nos termos mais justos e honro-
sos para a sua memória,
O Século no seu número de 24 de Ja-
neiro último, comemorativo do 50.º aniver-
sário da sua fundação, publica, entre outros,
o retrato de Casimiro Freire como um dos
seus primitivos colaboradores, porque foi
nos seus primeiros números que fez a pro-
paganda das Escolas Moveis.
No edificio do Museu Jóão de Deus, na
Avenida Alvares Cabral, hã uma sala deno-
minada Casimiro Freire. onde existem duas
obras de arte que lhe foram dedicadas e
executadas por dois distintos artistas. São
um busto em bronze, por Maximino Alves e
um retrato (sanguimnea) por António Car-
neiro, o mólogrado pintor portuense, re:
cententemente falecido. |:
E passando o hoje 48.º aniversário da
fundação da Associação de Escolas Móveis
pelo método de João de Deus, de que os Jar-
dins-Escolas são um complemento, parece-
nos oportuno recordar o nome do seu ins-
tituidor, para servir de exemplo Aqueles
que queiram honrar-se, trabalhando e lu-
lando pelo desenvolvimento intelectual dos
seus cidadãos, e como consequência pe-
lo progresso e cultura de nossa pátria bem
amada.
Maio 18, 1930.
LF.
Agressão
Foi preso na terça-feira, á ordem
da autoridade administrativa, José An-
tónio, vulgarmente conhecido pelo «Co-
me e Dorme», desta vila, por agredir
em públiço sua mulher, causando-lhe
equimoses de gravidade, Pessoas que
têm assistido ás agressões, sentem-se
Sopa dos pobres
Com destino
Pobres, recebemos da G. N. R.
a quantia de 10800, que mui-
to agradecemos.
ANDODADARA VADE AHEAD AGRADA AAA DARAGAEAGA OLHARES
Escolas Vagas
S Actualmente estão vagas nêste con-
à Sopa dos celho as escolas das seguintes locali-
dades : Mosteiro Cirneiro de Sant’lago,
Âmioso, Passaria. Outeiro da Lagoa,
Carvalhal, Bravo, Mourisco, Mendeira
e Quinta, :
E’ de prever que até ao fim de De-
zembro sejam -providas pelo quadro dos
agregados,
revoltadas contra as façanhas do va-
lentão que de há muito e constantemen-
| te vem tosando a ,infeliz, daimaneira
mais brutal,
Luiz Domingues da Silva
– No próximo dia 26 passa o 18.º ani-
versário da morte do grande Sertagi-
nense sr, Luiz Domingues da Silva,
DOOODODODBHADE VIDOU poo DDoDoD nDoBDaDOs
FLAVIO D(IS REIS E MOURA
“Dificuldades na |
frequência escolar
Segundo a lei, os pais são
obrigados a mandar os filhos
à escola logo que êles atin-
jam a idade necessária.
Mas, por vezes, dificulda-
des surjem que obstam a
êsse objetivo, para as quais
não concorrem os pais ou
encarregados da educação das
crianças.
Veio à nossa Redação o ar.
José Simões Dias, do M
teiro Fundeiro de Sant’lago,
freguesia da Várzea dos Ca-
valeiros, dizer-nos que tem
3 filhos em idade escolar, sem
que tenha sido possivel, até
hoje, matricular qualquer
dêles: na Várzea estã a lo-
tação excedida; no Figueiredo
não é possivel fazer a matri-
cula porque não pertence a
essa àrea, além do que o ca-
minho, cheio de obstáculos
naturais no inverno, torna
muito dificil o trajecto das
crianças que vivem no Mos-
teiro; pensou trazer pelo me:
nos o mais velho, que já es-
tã na 2.º classe, para a Sertã,
mas aqui a lotação está ex-
cedida, não sendo possivel
admiti-lo ao
Informaram-no que a es-
cola do Mosteiro deve rea-
brir para Dezembro; mas
pregunta o sr. Simges Dias,
se isso não suceder, os seus
filhos terão de ficar privados
de Instrução ? É
Por muito favor, um do
pequenos recebe algum en-
sino particular em terra afas-
tada, mas esta solução é in-
comportável com a economia
do paí. o
Ao ilustre Director do Dia-
trito Escolar recomendamos.
êste caso, na certeza dé que
o há-de resolver da forma
mais satisfatória. :
OGPDDO DON 000 BaSBROo Densa DOLBOpaDADOE
CAMIDNETA DESPENHADA |
À camioneta de carga n.º
35.198, pertencente a Joa-
quim Leitão Gomes & C’*, de
Lisboa, conduzia para esta
vila, nó passado dia 14, di-
versas mercadorias para o
cumerciante sr. António da
Silva Lourenço, quando por
cerca das 17 horas, depoia
de descrever a curva ‘em
frente da casa da sr.” D. Lui-
za Mendes, se precipitou um
pouco mais adiante, na leva-
da, fazendo ruir um pedaço
do muro que separa a leva-
da da propriedade da terra de
cultura do sr. Henrique Mou-
ra. Era conduzida pelo mo-
torista Francisco jerónimo
Dias, ao lado do qual se sen-
tava o ajudante Abel Costa,
empregadosda aludida firma;
um e outro nada sofreram
e os prejuizos na camioneta
devem ser minimos. :
Algumas pessoasinformaram»
nos que o veiculo feza curva
com velocidade deinasiada;
o motorista, com quem fa-
lâmos, disse-nos que o desas-
tre resultou da direccão se
ter prendido e ao tacto dos
travões hidráulicos não tu.
rem obedecido, o que mui-
tas vezes sucede.
D000000900068(
Menino Carlos Martins
O sr. Domingos Dias. guarda-fios
desta vila, acaba de sofrer um grand:
olpe com a morte do seu filhinho
arlos Martins; ocorrida no dia 13;
tinha a criança pouco mais de 4 anos,
e era todo o enlêvo dos pais.
Com grande acompanhamento fez-
-se o enterro no dia seguinte, sendo o
pequeno caixão conduzido pot vários
rapazitos; muitas crianças, colocadas
em: duas filas, sobraçavam -raminhos
de crisântemos. so É
Acompanhamos os desolados pais
na dôr imensa que os punge. – >
990090000000000000 400000000 000000n0g
ALBANO LOUENÇO DA SILVA
Alicia
Advoga do-SERTÁ
SER To Área 1a 1