A Comarca da Sertã nº652 30-07-1949

A Comarca da Sertã
Representante em Lisboa:

João Antunes Gaspar L. de 5, Domingos 18 r/t – Tel. 25505

Director Editor e Proprietário:

Eduardo Barata da Silva Corrêa

Publica-se nos dias 5, IO. 15, 20, 25 e 30

Sertã, 5 de Agosto da 1940

Hebdomadário regionalista, independente, defensor dos interesses  da Comarca da Sertã Concelhos de Sertã, Oleiros, Proença-a-Nova e Vila de Rei:  Freguesias de Amêndoa é Cardigos [do concelho de Mação] (Visado pela Comissão de Censura)

Ano XIV     Redacção é administração: Rua Serpa Pinto — Composição e Impressão: — GRÁFICA CELINDA, Lda. — SERTÃ Nº652

 

 

Sertã, 25 do Julho do 1949

Ex Sr, Director da «A Comarca» da Sertã— Sertã

Li com mais tristeza do que revolta o artigo sob a epigrafe «COISAS QUE EU Vi», publicado no número 651, de 23 do correntes mês e ano, do jornal da digna Direção de V. Ex, e não obstante me sentir directemente visado ao longo das dissertações do articulista—e só eu – O que é na verdade bem singular distinção tratando-se de um Corpo Administrativo composto de cinco membros entre os quais o Presidente—hesitei durante alguns minutos sobre se sim ou não deveria responder à objurgatória tão desembuçadamente apontada a minha cabeça, e — repito—só à minha cabeça.

É que o responder teria os seus inconvenientes e contratempos, entre os quais não menor de todos o abrir uma inútil polêmica em volta de assuntos em que a documentação do articulista é manifestamente insuficiente, porque de contrária, não se teria permitido fazer afirmações totalmente carceidas de base, mas O não responder fazia-me correr o risco de aqueles, que aguardassem que eu viesse à liça para rebater imputações que se me fazem, perante o meu silêncio, concluíssem que ele que se cala…é porque na realidade se sente culpado».

Pesando, pois, OS prós E OS Contras dos duas atitudes, optei deliberadamente pela de acudir ao terceiro, para dizer, tão resumidamente quanto me seja possível, o que me parece necessário para reduzir o arrozoado do articulista aos seus justos limites.

Tomarei três ou quatro pontos do libelo, e pelo que se passar em torno deles se poderá ajuizar do que pensar de tido o mais. Vamos ao primeiro. Lastima, com profunda razão, o estado de alguns arruamentos dentro da Vila da Sertã e também o aspecto de sujidade que diz ter notado nas calçadas por onde passou. É curioso que o articulista só se refere a  alguns arruamentos—rua do Castelo, em direcção à São Sebastião, artérias que dão acesso à igreja da Misericórdia e ostras mais; mas se “quisesse ser justo, nada lhe costaria, creio ei, (Ou estarei enganado?) salientar  que, à par desses, cujo estado todos sem dúvida lastimamos, verificou e viu também ama coisa que bastante o reconfortos como ilustre valor humano que é da Sertã; é que na Sertã alguns outros e dos principais arruamentos, à cargo da Camara, já estão condignamente pavimentados.

E se o seu exame crítico pretendesse exercer-se em maior profundidade, só teria ama outra coisa à lazer: era procurar saber no Secretaria da Câmara por que razão não caminhava com à celeridade que todos–valores humanos e não—valores humanos da sertã-ambicionamos à pavimentação na segunda

fase, inclusivé a relativa à Rua Cândido dos Reis, valgo Rua do Vale, que é à designação que dentro da Vila de Sertã toma a estrada nacional nº 238, de segunda classe.

Assim, faria justiça, tão direita e severa quanto a entendesse dever fazer em face de dados objectivos indiscutíveis, c não de vagas informações colhidas em certos mentideros e vespeiros que medram por aí à barba longo; outra maneira só fez literatura c…demagogia, Que lhe prestel Mesmo porque não há entre Os sertanenses, vivendo por cá ou em Lisboa, quem ignore que às calçadas na Vila de Sertã se encontram no lastimoso estado em que se veem ainda algumas delas, de há uns oito anos a esta parte; e que o seu arranjo, na primeira fase, que abrange a bagatela de cerca de quatro quilômetros de traçado, é obra da actual Câmara, posto já encontrasse em andamento os respectivos projectos ao tomar posse do mandato. É passaremos ao segundo ponto, porque O tempo urge é outros afazeres demandam a nosso atenção.

A pobreza de recursos do Município. Parece que o articulista não está muito convencido deste tremenda da verdade. mas pode ter ocasião de  verificar bem de perto, se quiser dar-se no incómodo de aceitar à Presidência da Câmara, c só falo na Presidência porque é posto que vai vagar dentro de pouquíssimas Semanas, sendo de breves dias, visto o autor destes mal alinhavadas

regras estar disposto desta vez a não ceder perante quaisquer razões para continuar a exercê-lo por mais tempo. Todos ganharemos com a troca, e em especial a Sertã, porque certamente sobre esta terra vai descer uma chava de benefícios em brevíssimo espaço de tempo, uma vez que outra coisa não é de esperar da vasta e bem conhecida operosidade de quem critica todo e todos mas ainda se não viu que produzisse qualquer coisa de útil em favor da são terra natal, além dos pequenos favores e recomendações relativamente a pretensões de vizinhos, compadres, parentes ou simples amigos c conhecimentos, e ainda serviços de alguma monta através desta ou      (Conclusão na 4ª Pág.)

 

Aqui também é Portugal!

Carla ao Exmº Sr, Artur Farinha da Silva

Meu prezado Amigo,

Foi com verdadeiro entusiasmo que li O seu artigo com o título acimo, publicado no nosso paladino regional À COMARCA DA SERTA.

Cabe-lhe à honra de ter trazido para a letra redonda uma aspiração justíssima da nossa terra, cuja realização não pode nem deve por mais tempo retardar-se, pelo que gostosamente compro o dever de vir reforcar, embora modesta seja à minha voz, O sei vigoroso apelo a favor da terra estremecida, esperançado de que, Seguindo o exemplo, outras mais fortes e vibrantes se farão também ouvir, formando todas uníssono clamor que milagrosamente consiga converter em realidade O nosso dourado Sonho comum uma estrada de ligação com a sede do concelho, de cuja realidade depende essencialmente de toda a possibilidade de desenvolvimento da freguesia do Peso.

No século XX em que vivemos, caracterizado pela intensa vida de relações materiais e espirituais entre os povos, às vias de comunicação são, para as sociedades, o mesmo que às artérias para o organismo humano; conduto da seiva indispensável no seu progresso, base de todo o desenvolvimento; sem elas, a arofia e a morte.

Consciente desta verdade, já há cerca de 20 anos a população do Peso procuro, corajosa e esperançadamente, resolver por si própria o seu problema capital, promovendo à construção daquela artéria.

Esforço heroico, cheio de alevantado espírito bairrista, e merecedores dos maiores elogios todos os que para ele contribuíram, especialmente os que lhe deram vida e O amparam até ao fim, Seja-me permitido nesta altura recordar, por afecto filial, o nome de meu sogro, Francisco Marques Reis, de saudosa memó

Conclusão na 4.º pág.)

 

ENVELHECER

Soneto classificado com Menção Honrosa nos JOGOS FLORAIS DA EMISSORA NACIONAL

 

Atingem-se os vinte anos: Sol a prumo!

E o coração, em plena juventude,

A guia do Amor, ao ver-se na amplitude

Agita as azas e demanda rumo.

       Depois correm os anos e…- em resumo :

     O Tempo, —que é cruel! na faina rude

De aniquilar os Sonhos e à Saúde,

         Vai transformando as ilusões em fumo.

E o Coração,–o mesmo dos vinte anos

Avassalado já p’los desenganos,

Não quer envelhecer, e vibra, e grita!

            E quando algum velhinho, em alvoroço,

                            Conta aos mais novos que também foi moço: —

 Parece que ninguém a acredita!

SECA JUNIOR

VOLTANDO AO ASSUNTO…

Cooperativa Agrícola de Lacticínios dos Conselhos do Sertã e Proença-a Nova ?

AO lançarmos, em Maio p. p., neste jornal, a ideia da criação da Cooperativa Agrícola de Lacticínios dos Concelhos de Sertã é Proença-a-Nova, havíamos tomado, de antemão, o propósito de prosseguir na senda iniciada, uma vez que tínhamos à convicção de que a ideia era boa; oportuna é de não muito difícil realização. E’ por isso que de novo voltamos ao assunto que de maneira nenhuma queremos se esqueça.       Anima-nos o bom acolhimento que merece o nosso artigo. Muitos conterrâneos o leram com interesse e O passaram a amigos e conhecidos. Num certo local do concelho de Sertã houve até quem lembrasse A propaganda da ideia nas igrejas.

O conhecimento destes factos é para nós bastante consolador e incate-nos ânimo para prosseguir na defesa deste ideal que representa para o povo da nossa terra uma fonte de rendimento certo e quotidiano que, uma vez explorado e desenvolvido, virá contribuir grandemente para a melhoria das suas condições de vida que tão precárias têm sido até aqui. É posto isto continuemos.

Se observarmos atentamente as características das regiões mais produtoras de queijo de ovelha e cabra, notaremos que elas são geral- mente acidentadas, E” assim que encontramos os maiores centros de produção nas serras da Estrela, Gardunha, S. Mamede, Ossa, Arrábida, etc., etc.

A ovelha c a cabra são, pois, quanto ao seu «habitat», animais essencialmente serranos, não porque à alimentação encontrada na serra seja para elas o melhor, mas porque, alimentando-se do mato e das ervas Conclusão na 3.ª pág.)


A Comarca da Sertã


Escola de Enfermagem

Torne-se público que a inscrição dos candidatos à Escola de Enfermagem de Castelo Branco, deve ser requerida até15 de Setembro, para os cursos de Enfermagem Geral, Enfermagem Auxiliar e Auxiliares Sociais.

O requerimento de matricula será instruído com os seguintes documentos: 1º certidão de narrativa de nascimento;

2º documento comprovativo das habilitações literários;

3º atestado de bom comportamento moral é civil.

Os interessados poderão dirigir-se à Secretaria da mesma Escola, no dispensário de Púericultura Dr. Alfredo Mota, dos 14 às 17 horas.

Os exames finais dos primeiros Cursos de Enfermagem Auxiliar e de Auxiliares Sociais, realizar-se-ão em 19 de Setembro, sendo admitidas as seguintes alunas:

Enfermagem Auxiliar—1, Emília Vaz; 2, lrene Barroso; 3, Isabel Bispo;-4, Maria José Amoroso; 5, Maria de Lourdes Infante; 6, Maria de Lourdes Norberto Silva; 7 , Maria Piedade Cruz; 8, Maria Stela Camojo; 9, Matilde Parro; 10, Purificação Ribeiro.

Auxiliares Sociais—1, Delfina Farinha:; 2. Domitilia Martins; 3, Emília Amaral; 4, Fernanda Guterres, 5, Helena Cadete, 6, Maria Alice Chambel; 7, Maria Augusta Marinho; 8, Maria Lídia Manso; 9, Maria Luísa Reis; 10, Maria Natividade Carmona; 11, Maria Zulmiro Pereiro; 12, Perpétua Patrício.

Os novos preços das espécies da carne caprina neste conselho

Em reunião de 3 de Julho, a Câmara Municipal tomou conhecimento da informação da J. N.P. É. que propõe os seguintes preços máximos, por quilograma, para as carnes de espécie caprina : perna e lombo, 10$; pá, costelas, peito e cachaço, 9$00; rim, 12$ e sebo, 10$. Como determina a lei, não é permitido vender juntamente com a carne, mais de 25%s de osso, Deliberado, por unanimidade, lixar o preço único de 12$00 para qualquer das espécies da carne caprina a vender neste concelho de vendo dar-se notícia desta deliberação, para Os convenientes eleitos, às entidades superiores competentes.

Dr. José Lopes Dias

De Lisboa, onde há pouco tempo foi submetido 4 melindrosa operação cirúrgica, regressou à Castelo Branco o nosso prezado amigo  distinto Delegado de Saúde distrital sr. dr, José Lopes Dias.

Muito nos apraz noticiar que o ilustre clínico vai em via de completo restabelecimento. Os nossos respeitosos cumprimentos.

——

— Talvez 0s Veles seja a povoação da fregresia de Cardigos mais abundante de água para consumo público. E de lastimar não haver quem se interesse em mandar vedar a segunda barragem que até hoje ainda se não concluiu; os donos das propriedades que ficam pela parte baixa é que se estão aproveitando. E de supor que em breve nos falte aquela regalia, que até agora lemos lide e apenas por um desleixo, Está-se trabalhando na profundidade dum poço, que há dois anos foi expropriada a água do mesmo pele mina do povo; estarão os seus donos dentro da leis! Pedem-se providências a quem de direito — É

 

Instalação da rede eléctrica em Pedrógão Pequeno

Trabalha-se afanosamente para ver se em princípios de Setembro pode inaugurar-se à luz eléctrica nesta vila.

Já está a construir-se a cabine no sítio do Pinéu.

Uma brigada de operários está a proceder à montagem da rede de alta tensão que vai do Casal Ovelheiro ao Pinéu.

A primeira remessa de postes chegou ao Largo de S. Sebastião, desta vila e começaram os trabalhos de perfuração nos edifícios.

Alguns particulares já estão à proceder à montagem da rede eléctrica em suas casas.

A Comissão

Cooperativa A. C, C. R, do Zêzere

Datado de 20 do corrente, só no dia 24 chegou à nossa mão o convite, da Direcção da Cooperativa Abastecedora de Crédito e Consumo da Região do Zêzere, dirigido aos associados para comparecerem na última 5ªfeira, 28, na Casa de Ferreira do Zêzere-— Trav. dos Inglezinhos, 3-1.º afim de tomarem conhecimento das necessidades da Cooperativa resolver sobre a aquisição de mais material circulante.

Carreira Proença-a-Nova — Sertã

A Companhia de Viação de Cernache tornou público que, à partir de 23 do corrente, passou a ser diária, com excepção dos domingos,  a carreira entre Proença-Nova e Sertã e pedia aos passageiros, e quem isso interesse, para escrever para a sede, à marcar lugares, no seu regresso a Lisboa.

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CONTRA O MILDIO DA VINHA

— E DOS BATATAIS —

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Oxicloreto com 30 % de cobre metal. Preparação imediata. Não é necessário jantar cal 0u qualquer outra substância.

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Distribuidor para esta região:
Manuel Dias Rato — Castela Branco

 

Liceu Nacional de Castelo Branco

Matriculas dos alunos internos

Avisam-se os interessados de que o prazo pare às matrículas decorre de 11 a 20 de Agosto.

Juntamente com q boletim de inscrição deverão os candidatos que pretendam aproveitar da concessão de isenção de propinas, apresentar os respetivos processos.

Mais se informa que o prazo para pagamento da propina de inscrição vai de 1 a 10 de Setembro.

Castelo Branco, em 20 de Julho de 1949.

O Reitor, Joaquim Sérvulo Correia

Do Brasil

Vindo de Pernambuco (Brasil), chegou a Portugal, em 3 do corrente a srª D. Eunice Seneades Alves, esposa do nosso amigo sr, Augusto Bernardo Alves, que vem de óptima saúde.

De avião, chegou à Lisboa no dia 20 ao Venestal em 23, o nosso amigo e conceituado e importante comerciante e capitalista em Pernambuco sr. Daniel António Rodrigues, que conta demorar-se alguns meses entre nós. Os nossos cumprimentos de boas-vindas.

José Maria Tavares

Encontra-se em Proença-a-Nova, em gozo de uma bem merecida licença, este nosso estimado assinante, distinto funcionário da alfândega de Inhambane, na colônia de Moçambique.

Dirigimos-lha os nossas saudações e Deus haja permitido que tenha chegado dá melhor saúde.

Exames

Completos o 7.º ano de Ciências o sr, Manuel Vaz Milheiro Duarte, filho do sr. Manuel Milheiro Duarte.

Transitou para o 2.º ano do Curso Comercial o menino Armando Martins Tavares Mouta, filho da srª D. Conceição Martins da Silva Tavares Mouta. Os nossos parabéns.

Julgamentos em Colectivo

Por falta absoluta de espaço, só no próximo número poderemos dar uma súmula dos julgamentos efectuados no Tribunal Colectivo desta comarca no decurso desta semana.

Abastecimento da água

O Sr. ministro das Obras Publicas, pelo Fundo de Desemprego, concedeu à Câmara Municipal de Proença-a-Nova à comparticipação de 35400$00 para abastecimento de água às povoações de Aldeia Cimeira, Monte de Cima, Monte do Meio, Monte de Baixo e Monte do Trigo.

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Carro de praça em Pedrógão Pequeno
DE 4 LUGARES, «VANGUARD»

Isidro Ferreira

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DR, ALBERTO RIBEIRO COELHO

MÉDICO
Doenças da boca é dos dentes
Consultas todos os sábados na SERTÃ — RB, Manuel Joaquim Nunes

 

Bombeiros Voluntários da Sartã

Subscrição para a compra da ambulância em 1948

VI

Maio 

Donativos recebidos dos Ex. srs.:

Proença-a-Nova: Luís da Silva Reis, 200$: José Fernandes Caseiro, 100$: José Tavares, 100$: José Dias Fernandes, Pergulho do Meio, 20$; José Sequeira, Proença-a-Nova, 50$; Manuel Fernandes, Montinho, 100$; Proença-a-Nova: José António Tavares, 100$; José Nanes Tavares, 40$; Manuel Nunes Xavier, 30$: Fernandes & Farinha, 50$; , António Alves Júnior, 20$: D. Piedade. Alves, 20$; Joaquim Farinha, 50$; José de Matos, 20$; Manuel Cardoso, 20$: Adelino Dias, Carvalhal, 20$: Antônio Almeida, Proença-a-Nova, 20$; Joaquim Cardoso, Labrunhal, 20$: Manuel Fernandes, Galisteu Fundeiro, 100$; Bernardino Pereira Marques, Proença-a-Nova, 30$: Francisco Lourenço Júnior, Casais Fundeiros, 30$; António Dias Palhota, Moita, 30$; José Costa Júnior, Proença-a- Nova, 20$: Sebastião Lopes, Labrunhal Fundeiro, 20$; Ezequiel Lopes Ribeiro, Proença-a-Nova, 100$; José Fernandes, Sarzedinha, 20$; Proença-a-Nova: Carlos Sequeira, 100$: Alfredo Lopes Tavares, 200$; Dr. Manuel Rodrigues Paisana, 50$; Carlos Fernandes, 100$; José Lourenço, 50$; João de Oliveira Santos, 20$ Anónimo, 200$ Tenente António Fernandes, Vale d’Urso, 50$; José Lopes, Amoreira, 50$; José Gil, Vergão, 500$; D. José Alves Martins, id. 300$; Manuel Farinha Martins, Mosteiro de S, Tiago, 40$; «Um Padre sertainho residente fora do concelho», 500$; António Mateus Maralha, – Caramulo, 100$; Simões & Pires, L.da, Sertã, 50$; António Lourenço Silva, Vinha Velha, 50$; José Matias, Mauro, 200$; António Martins Leitão, Ramalhos, 100$: Carlos Joaquim Matias, Faval, 300$; Daniel António Rodrigues, Recife, 2.000$: João da Cruz Fernandes, Lisboa, 100$.

Soma, 9.702$50.

(Continua)

Colégio de Nun’Alyares

Tomar
Educação de meninas nã sua Secção Feminina

Rua Marquês de Pombal nº 47

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Não resolva sobre à educação de suas filhas sem conhecer directamente o nosso Colégio

 


A Comarca da Sertã


A MISSA NOVA

do Rev. P. Dr. Manual Antunes

Teve foros de grande acontecimento, que o foi pela magnitude espiritual, a Missa Nova do nosso patrício Rev. P. Dr. Manuel Antunes, da Companhia de Jesus, que se celebro na igreja matriz local no domingo passado. A invulgar inteligência do novo ministro de Deus, bem como a humildade do seu berço e, ainda, o propósito afectivo e patriótico — bem honroso para todos os Sertanenses— de escolher a sua terra para celebrar o primeiro acto solene e sagrado da sua vida de sacerdote, num testemunho de gratidão imperecível por todos quantos contribuíram para o elevar a uma posição de indiscutível relevo, brilhantemente conquistada pelo estudo e pelas mais nobres e intrínsecas qualidades morais, muito de vem ter influído para que a missa e mais cerimônias comemorativas se revestissem duma solenidade extraordinária e fossem presencia das por alguns milhares de pessoas, centenas delas vindas de muito longe.

A missa foi precedida dum luzido cortejo, que da capela de N. Sr da Conceição se dirigiu à Igrega Matriz e, de tarde, houve sessão solene nos Paços do Concelho em homenagem ao novo sacerdote do Evangelho, subiu ao púlpito o minorista Dr. José Antunes, também da Companhia de Jesus, irmão do Rev. Dr, Manuel Antunes e outro grande talento, que prendeu e subjugou os fieis com a sua oração elegante sobre a grandeza do Sacerdócio católico, tendo um hino triunfal Deus e a missão divina do Padre não terra como representante de Cristo; e neste discurso de incomparável beleza, não se esqueceu de salientar a pobreza de sua família, o amor ao torrão natal e a vida de sacrifício pleno a que se votam aqueles que algum dia sentiram vocação para servir a Igreja.

Ao Revº P. Dr. Manuel Antunes foi oferecida, como lembrança, uma valiosa pasta.

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HITLER

Esteve numa loja de Malines, segundo afirmou um belga

BRUXELAS, 20 —O sr. Wiliy Lauwens, de Antuerpia, afirma que no dia 19, em Malines, encontrou de braço dado Adolfo Hitler e Eva Braan. Diz que desceram de um automóvel Ford 1949 com placa de Luxemburgo e entraram num estabelecimento comercial, onde o sr. Lauwens se encontrava.

Nesse momento, uma empregada Que se encontrava no alto de um escadote, à arrumar caixas nas prateleiras, pediu a um dos empregados:  —Adolfo, venha ajudar-me, por favor.

Então o homem que descera do Automóvel empalideceu de súbito e olhou para todos os lados, ao redor, com um olhar de pânico, enquanto à senhora que o acompanhava dava também mostras de grande nervo sismo.

Foi assim que 0 sr, Lauwens os reconhecera. Falavam alemão, ele chamava-lhe Marta e ela chamavam lhe Johan. Acrescenta o sr. Lauwens que o aspecto físico de Hitler não se modificou extremamente, apesar de ter cortado o bigode.

O casal não comprou nada no estabelecimento, não pedia para ver coisa alguma « saiu, ainda apavora- – do; dizendo «Maria» que voltariam noutro dia,—(ANI).

 

Voltando ao assunto…

(Conclusão da 1ª pág.)

que nascem espontaneamente pelos campos, constituem para o lavrador ama exploração sobremaneira económica. Os concelhos de Sertã e Proença-a-Nova, ladeados pelas serras de Alvelos, Perdigão e Maradal, que dominam os seus espaços territoriais com os seus montes e Sinuosos prolongamentos, com os seus matos e ervas abundantes e vales cheios de frescura, são para a gado ovino e caprino um dos grandes meios de adaptação. Pena é que hão haja um cominho de ferro a atravessar esta região de lado a lado, pondo os seus centros em comunicação com 0s centros vizinhos e facilitando o escoam mento rápido das suas riquezas para Os principais centros consumidores. A sua falta reflete-se num mal geral, afcetando toda a população, que se vê assim forçada a produzir para comer e nada mais. As espécies pecuárias a que nos vimos referindo são também exploradas apenas até à altar das respectivas necessidades caseiras. Não temos, pois, dúvida em afirmar, pelo conhecimento que temos da região, que a montagem ali dama cooperativa queijeira estimularia grandemente a criação de gado, trazendo óptimos benefícios à lavoura à economia nacional.
A instalação de cooperativas queijeiras está neste momento a ser objecto de cuidadoso estudo por parte dos organismos competentes. A Junta Nacional dos Produtos Pecuários, a quem o assunto está especialmente confiado, vai construir, à expensas suas, duas cooperativas-modelo nos principais centros de produção — Beira Alta e Beira Baixa—, afim de mostrar aos lavradores o interesse que tal organização lhes proporciona e servir ao mesmo tempo de exemplo e estímulo à organização cooperativa das restantes regiões. E’ o início dama vasta obra de fomento neste sector dos queijos de ovelha e cabra que são uma das grandes fontes de riqueza nacional.

Não queremos pôr em dúvida a alta projecção desta medida e o quanto ela representa de benefício para a lavoura destas regiões. Como, porém, a intervenção financeira da Junta parece querer alargar-se à outros centros de grande produção, seja-nos lícito sugerir ou perguntar se, depois daquelas primeiras realizações, não seria talvez preferível intervir primeiramente naqueles centros onde não existe ainda à indústria montada e onde é manifestamente evidente a existência de gado, com grandes possibilidades de desenvolvimento. Alcançar-se-iam assim três vantagens, qual delas à mais importante, a saber:

1.º—Ajudar-se-ia a lavoura local geralmente muito mais pobre nessas regiões

2º—Fomentar-se-ia à produção em centros onde pouco ou nada se produzia, com manifesto interesse para à economia nacional;

3.º Servir-se ia de exemplo à organização cooperativa dos centros já produtores.

Começando à organização pelas regiões de maior produção, não se obtêm, parece-nos, maiores triunfos, a não ser a melhoria da técnica de fabrico e um maior interesse para o produtor. A Economia Nacional essa pouco ganha porque a produção não aumenta sensivelmente. Os lavradores dos locais onde existe a indústria montada já possuem o maior electivo possível de cabeças de gado, pois esse é o seu principal rendimento. O mesmo já não sucede com as restantes regiões, onde o leite não tem colocação e onde o lavrador, portanto, só explora o gado na medida das suas necessidades familiares.

Oxalá a região de Sertã e Proença-a-Nova seja tomada em consideração nos estudos em que a J, N. P, Pecuários, por intermédio dos seus técnicos, está presentemente empenhada.

Entretanto não podemos ficar inactivos à espera que o maná chova do céu. A J. N.P, P. tem muito que fazer e, se bem que lhe mereçam interesse as reivindicações de cada região, não há dúvida de que tem de encarar sempre o problema no seu conjunto e de acordo com os supremos interesses nacionais. Importa, pelo menos, colaborar com ela e aproveitar a assistência e orientação técnicas que ela está porcionar.

Habitantes dos concelhos de Serm tã e Proença-a-Nova, mãos à obra! Trabalhemos pela consecução da ins talação duma cooperativa queijeira na nossa terra, porque isso repre- sentará: a melhor compensação dos nossos esforços e canseiras na gran» de luta pela vida, sas! Lisboa, 22 de Jalho de 1949, JOAQUIM ALVES

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Em reunião ordinária de 5 do cor- rente, a Câmara deliberou mandar proceder imadiatamente à alectri- ficação do Miradouro Caldeira Ribeiro

Em reunião ordinária de 5 do corren- te, foi presente um ofício do engenheiro «direetor de Fiscalização Eléctrica do Cen tro, de Coimbra, informando que não vê motivos que justiliquem a desmontagem da eonsola no prédio de António Lopes Manso, e informando que segue junta ama cópia do ofício enviado ao reclamante, por dendo 6 Município proceder à instalação eléctrica para iluminação pública do Min tadouro Caldeira Ribeiro, Se houver reu surso para o Tribunal de Rrbivragem, a Câmara terá de suportar asindemnizações fixadas em virtude das instalações não te- rem «declaração de atilidade páblica»; no entanto, não serão de tal importância que possam iniluenciar o andamento dos tras balhos, por isso o signatário na posição deste corpo administrativo eoncluia ime- diatamente as obras de elsetriticação, que por eonstituirem um dos maiores benetin cios para todos Os sertanenses não podem sujeitar-se ao eapricho do reelamante, Deliberedo mandar proceder imediatamen-= te à eleeirificação do Miradoaro Caldeira Ribeiro, completendo-se, ôssim, à eleciria
licação da sede do concelho na forma do parecer comunicado do Manicípio pelo engénheiro-director de Fiscalização Eléc= trica do Centro, de Coimbra, que trazia em apenso uma cópia da comunicação fei= ta pelo mesmo funcionário superior ao reclamante manícipe Lopes Manso, dan- do-lhe ciência da razão por que entendia não ser cabida a sua reclamação, Esta de liberação foi tomada por maioria em vit» tude do vereador António Lopes haver de- elarado, em seguida a diversas considerar ções que formaloa, que concordava que se fizesse a electrilicação do Miradouro Caldeira-Ribeiro, mas não pela forma co« mo está a lazer=se, visto ser de opinião de que o ramal que serve o lagar dos herdei- rosde D, Cristina Caldeira Ribeiro é de in« teresse exclusivamente particular, sem embargo de a própria Direcção de Fiscas lizição Eléctrica do Centro, de Coimbra, se ter pronanciado no sentido de que a li- nha é de interesse público,

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Doente

Com feliz êxito, foi operada, nos hospitais de Coimbra, no dia 19 do corrente, a sr.“ D. Marie da Piedade Alves, esposa do sr. Ateino Lopes Ferreira, do Cimo da Ribeira. Fazemos sinceros votos pelo seca rápido restabelecimento,

 

Através da Comarca

 

ÁLVARO, 18- Em honra do Pá- drveiro S. Trago, desta fregresia, realizam-se grandes festejos nos dias 7 e 8 de Agosto com o segutina te programar — Bia?-às 5 horas, álvorada com sadva de 21 tiros anunciando » começo dos festejos; 9 h., chega= de da Filarmónica Oleirense, que percorrerá as ruas, estacionado, de seguida, na praçr, onde exectt- tarô várias peçás do seu reperios rios tt Às, missa cantotta peio grus po coral Fentinino Alvarénse, com a assistência do fev” PT Jorge, em honra do Padroeiro 8. Tiago Maior, enaltecento as suas santus virtudes; 14 h,, chegada de jogas ças, recebidas pela comissão é acompanhadas da Filarmônica; 17: h., procissão, que percorrera as ruas, reguida das fogaças; 19 h. grande leilão de fogaças e venda da flor, que despertará vivo entu= siasmo a toda a assistência; 21 h. começo do arraial com bailados. populares regionais, fogo de arti-: “fícic, largada de muitos balões, músicas, etc. : Dia 8-—aàs 5., estrondosa alvos rada de 21 morteiros; 9h, a Fis larmôónica Oleirense dará em cons certo na praça principal 10h. corridas de. sãcos; três pernas, bi= lhas à cabeça, ete.; 15 h.; despedi da da Filarmônica aos habitantes desta terra e entrega da bandeira à futura comissão, E O arraial será iluminado a elees. tricidade. fe Alvarenses, afastados da bossa terra natal; Visitai-a; nestes dias!
é -À população desta vila e fre guesia lamenta a grande crise dá . vida. Não há água: algumas nas centes já secaram e outras dão pés lo mesmo caminho; assim; nada se-cria, Os olivais não têm fruto, Vamos ter um ano de-miséria se não houver socorro. FE — Vai realizar-se o enlace nas trimonial de António Moreira, de 60 anos de idade, natural das Sar= nadas de Alvaro, com a ménina. Carolina de Jesus, do lugar do Mosteiro, que conta a bonita idade de 80 anos. Desejamos=lhes muis tas felicidades — C.
VALES (Cardigos), 19 = Receiii= chegados do Congo Belga, entcottao tram-se entre nós osabastadosvo= merciantes srs. António São Pedro e sua esposa e Lúcio Aljes de Olis veira. ss —Para este nosso atitigo;foi pe dida em castriiento à mão da me- nind Alcina Tavares Portela, di- gna professora oficial da escóld masculina desta povvação,; so “—pPelo sr. Antônio Fernandes é sta esposa, sr.º D; Nazaré Fernan- des foi mandado constrair o mais moderno e belo edifício desta po- voação; obras destas são sempre benvindas e presenciadas com ver- dadeira satisfação, não só. pela embelezamento qtte proporcionam à localidade mas também porque auwilium a mantença das famílias de muitos trabalhadores dos mais variados misteres, Aquele felizca- sal em breve vai conhecer 0 seu ninho dourado. Dews 0º abençoe como até agora tem abençoado os seus donos.. = —Por virtude da grande estiv- gem que vimos atravessando, o pegueno lavrador está condenado a sofrer os efeitos das colheitas in- significantes; os milharais e hor las véem-se estivlar à falta de aguas ao (Conclui na 2.º 4 py)

 


A Comarca da Sertã


Aqui também é

Portugal!

(Conchisão da 1.º pág.)

ria, no tempo presidente da Junta de Freguesia € pela projecção excepelo- nai da sua persevcranto c benélica acção em prol da treguesin do Peso os de Manacl Farinha Portela e P. Sebastião Cardoso, deixando no ol= vido os de todos os outros devota- dos erazados. Mas o esforço, se foi sedtciento para lhe dar realização € vida, não pôde manter-lhe o neces sário estado de conservação, € per- dido este, volton=se, como era ines vitável, 00 estado anterior, encon» trando-se agora aquela artéria prã- ilcamento intransitável! Por gentil oterta de um Amigo, Ini lá no més passado, de automóvel, Viagem magnífica até Amêndoa. Por tado q percarso sinais evidentes, pro- “as irrejatáveis da ânsia de progresso que, vigorosa « eriadora, palpha pes to país inteiro… mas mal atingimos o caminho vila de Rei–Feso, mudança total de cenário, transição absolata. Dir-se-ia que tinhamos transposto a Irontetra dum país progressivo, século XX, pá- ra mergalhormos em plena Idade Média, no Reino da Rotina, cujos guardas, cobertos de Polor € teias de aronha, nos pradavom, faribandos: Passagem proibida! E se, apesar do aviso, passamos, jo! o facto devido à perícia do mos torista, digno de todas as homena- gens, não sem que este me preveniss se de que maito desagradável ihe se- ria ver posta à prova a sãa amizade egm o pedido de repetição da façanha. Tal caminho -—— carrciro, atalho, seriam termos ainda demasiado li- Fisonjtiros-—deu-me à impressão pi= pa, col, deguela história da veiha diligência, cstilo sécalo VIL, na qual havia bilhetes de 1.º, 20 € 3.º, embora, à primeira vista, nada jus- vilicosse a variedade de classes. Aiinol a cxplicação ecra simples: O percarsa era longo e o seu estado muito irregalar. De modo que, otin- gido determinado ponto, O condutor bradava: — Passageiros de 3, a pél Mais. adiante, novo pregão, des pois outro, até chegarmos ao último. -=PaSssogciros de. 5.*, à puxêr à Igência! a MI ei Ex”* Amigo, este últi- mo troço de estrada da história en- eontro=sc, pora vergonha nossa, na nossa Terra, c esta está situado no coração de Portugal! EProtundamente vexados pela ve-. rificação de tal facto, ocorre pergan» tar, na ânsia de para o mal descor-= tinar remédio: «De quem a culpa? Para os almas simplistas OU pa» ra aquelas que não sentem demasia- do receio de cometer injustiças. a resposta olerece-se pronta € fácil: = Do Governo! Mos para aqueles que, como nós, conhecem quão intrincados, máltiplos c complexos são os problemas que pesam sobre 08 ombros das entidam – des oficiais, diferente terá de ser à solução. E esta não poderá isentar de res ponsabilidades o agregado colectivo de que fazemos. parte, envolvendo individagimente cada um dos Seus componentes, por não terem sabido dar às aspirações comans a galva- nização € ressonância necessárias para merccerem ser considerados «dignas de realização. Fela minha parte torno público o memrBeto-de contrição, ebandonana do a atitude de esperançosa passi= vidade, tão cómodo quão inoptrante e estéril, incitondo todos a regnirema ec à sua volta, pondo de lado, no

 

SERTÃ, 25 de Julho de 1949

Ex.”º Sr. Director de «A Comarca da Sertã — Sertã

(Conclusão da 1º págino)

daquela Repartição ou Secrelaria do Estado, Mas acagtele-se o articulista ao preparar-se paro distribair os rédi- tos manieipais. E” que já loi tempo em que a administração local supo- nha ou porta do princípio de que o concelho cra constituido Apenas pela Vila soa sede; e isto porque outras unidades !evantam cabeça, dentro do congiomerado concelhio, chamando para si, clamorosamente, às alen- cões das autoridades—este mesmo jotnol tem um magnífico repositório a tal respeito, para quem o queira consultar através de diversos núme- ros em que os seus correspondentes habitaais ou ocasionais sc fazem eco das reciamações dos povos ic re- presentam ou dizem representar — € proclamando com entono que, sc são tilhos do concelho para pagar para os cofres públicos, não podem ser entendos paro deles receberem comes pensações. É então veremos o articalista, com toda à cortcza—apesar dos seus cnormes talentos € da sãa insaperá- vc! Poa vontade—em sérios apuros, para distribolr, partido pelos pegue ninos, um pão que não chegaria pa» ra saciar uma Só Ireguesio, quanto mais catorze, e algumas que asam bater -o pé por ferma ruidosa c ina- palabel. : Campre dinda a este réspeito pon= derar à alguém que se deixasse tén- tar pelo argomento de que o erário ménicipal anda ao presente à rasar pela caso dos oitocentos contos de receita ordinária, quendo há ans quatro para cinco anos mal atingia à metade, que hoje se jaz menos fi- gura com a primeira perba do que então se fazia com a segunda, sábi- do como é que serviços, pessoal € material custam actualmente mais do dobro do que antes da última grerra custavam. Tereciro ponto. Dstensiva preo- cúpação de menostabar ou apagar » neção pdministrativa do anterior Presidente da Câmara. Sempre se ouvia dizer que o bom julgador por si julgo os outros; mas porque isto pode ser icvado apenas à conta de alirmação despida de contendo rcal, vamos apreciar os dois lundamentos em que se rcbusca apolar ssa cstra- vagante ideia, os quais são: negli= gência no tocante ao propósito de reforçar os caadais de água que ali» mentam o depósito que abastece a Vila, e abandono das obras da Cár- valha. O articulista, em vez de vir con- saltar na única fonte onde o podia fazer com real proveito, o que há de positivo € concreto sobre este assun- to, compraz-st em recolher os seus informes em locais inguinados dos micróbios de maledicência c espírito

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bremente imoládos em homenagem à Terra-Mãe, todos ce quaisquer res- sentimentos € divergências, ambos demasindo pequenos c mesquinhos em face de grandeza do sacrilício, e, iraternolmente unidos, clectunr- mos todos os esforços necessários à realização do objectivo comam, levando à nossa voz tão longe quan» to for necessário com a Hrmec seu reno consciência de que, tendo de bom grado contribuido com à nossa quota parte de sacrifícios para o des senvolvimeno. €- progresso gerais, ningaém poderá, com justiça, récas sar-nos à parte que dos consequeéna tes Denciícios nos compete. Para tal, pode incondicionalmen» te contar com os fracos préstimos do Amigo certo e dedicado, José Maria Martina
crítico sisttmático, Daof sair tudo tarvo, como ecra fatal… Ora, sé se desse do trabalho de subir até à Seccretoria da Câmara, ser-lhe-iam facúltados todos os ele- mentos necessários à lormação de um juizo correcto c seguro; € atra= vés deles saberia que o reiorço da dotação foi dado pela entidade com» petente porque à aclual Câmara pi- grou desvelâadamente por que tal acontecesse, expondo saperiormente o miséria a que haviamos chegado por virtude da «cHiminação de ama das minas que abastecia o depósito, por suspeita de a água ser imprópria para consamo. Mais tomaria conhecimento das inúmeras diligências feitas com vista à aceleração no andamento deste as= sunto, pelo que, € à não sc tratar de um espírito vbstinado em não querer ver senão aquilo que lhe convém, conchiiria necessáriamente que, se melhor se não consegaiu, não foi porque não honvesse O propósito de servir a Sertã dentro dos limites das possibilidades humanas. Isto, enquanto à água posta de remissa por sc ter encontrado sas- peita de inguinação, porque no to- conte à nova exploração com vista. própriamente ao reiorço e à fazer em Goncalo Mógão, também aqui as informações do articulista claudica- ram lastimôvelmento. Só na úliima reonião ordinária da Câmaro, renlia zada em dezanove do mês corrente, É que o assunto pôde ser examinado devidamente com vista a ama deli beração, porquanto antes disso, € apesar de publicada a portaria con-= cedendo a comparticipação paro o relorçco, não existiam elementos ca- bais para um estudo conducente à uma conelasão firme, Esta é a ver- dade, c tudo o mais puro devancio, H Carvalho é agora à dama por que o articulista se bate, esgrimindo. de viseira caido, Não 0 posso acom- panhar nos seas anscios de cimnbo- necar aquele recinto, que com toda à razão e o melhor cabimento deve ser considerado à sela de visitos desta Vila de Sertã. Ali não há que fazer bonitos: há apenas, ainda que esperando algum tempo mais. e de= pois de aprovado o plano de urha- nização, chamar um técnico poisa- gista e incambi-lo de apresentar um projceto de om pequeno parque, à semelhança do gue hoje existe por diversas cidades c vilas até de ima portância menos quelilicada que à da Vila de Sertã, respeitando os ter= renos que sejam alectados à Futura escola de tipo agricola a instalar no Convento de Sento Antônio, pa- ra fins circum-escolares áqueles. Tudo o mais, desde a ribeira grande, inclosivé o terreno resaltante da dem molição prevista da escola do Conde dé Ferreira, até ao terrapleno à con= quistar pelo apcamento do morro ironteiro e até à ribeira pequena, são terrenos à integrar na área do parque ou a destinar a outros lins públicos. Do recinto da Carvalho, penso isto, € parece-me que não estou mal acompanha- do. O que não faria era abrir um plebiscia to parc saber se firvores carunchosas, mais ou menos seculgres, deviam ficar de pé Du ser abatidos, ainda que tal decisão pes desse lazer levantar. dos seus timulos a ronda dos ascendentes «dos actoais muni- cipes. que em soa meninice tivessem Feito crochet ou junedo nu pela em torno dos Seus DeIStOs Erúncos, nos intervalus das alles da escola próxima, Noo quero com Isto dizer que se deva abandonar de todo a Carvalha, com pista aquela finalidodo, mas penso que bastará conservar oque está sem gostar dinheiro em novas Fantasias, que mais tarde Du mais cedo as dgoss do ribeira 0u O pó dos cas minhos hão-de sepoltar. Depois disto a que Fica redozida à toi ideia de intentar ofuscar s obra e a per»

 

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sonnlidade destacontes do anterior Fresi= dente da Câmnra? E tácil de perceber o que o articalista pretende. Estou, como dizia o falecido es- tadista das tempos de Monarquis, o Conses lheiro Dias Ferreiro: crão sei se 09 Senho- res estão à ver bem…» Eu ca eston—e coumpreendo-o à légaa! Por Fim. .-sin caudam venengm» Mas não-vale apena trator desta girândola fie nal, porque é de todas os peças da ahjur- getória à que tem carficter mais vincádas mente pessoh). Não se eninde, meu caro Senhor, purqde eu vou já salr e deixor q ceminho livre nus que estejam dispustos n fazer O seu quarto de sentinela nesta trine cheira bastante exposta, unde as munições não abundam para fazer o cínico foga-de barragem possivel perante certos adrer. sá ritos. a Entretanto, além de outras obras a atestnrem a actividade do nctual Câmera e. por forme imperecedora, ficará uma abagatelas que à todos nús tomou de pais xã0 lervente e que, lelizmente pora o con= celho—note-se que O digo para O concelho e não só para a Vila sede dou megma– deja xamos resolvido por forme a não ter que se lhe mexcr por estes vinte anos mais chegados, ad que dizem os técnicos, que não os leigos, mois ou menos atrevidus e abelhudos. E a sun electrilicação, Custo muito dinheiro, deixou as Finanças docóne celho empenhadissimas à ponto tal que, dlém do empréstimo de mil e setecentos contos que tivemos de contrair em condis qões que o articulista talvez conheça como poscos aqui na Sertã, a gerência. do cora tente ano transitará com um déiicir de cerco de lregentos contua só & conti dese sa obra. Mos seja-nos permitido a imodéstin da aiirmação de que nenhima outra obro era de necessidade tão Instante para w conce- lho como essa, olé porque trazido o cabo deita tensão para a sede, daqui facilmen- te poderá irradior pors todo ele, desde que se saiba trabalhar pará tanto, como, ao que dizem alguns desmançhe-prazeres, pnceo que nem sempre se tem visto lrá- alhar neato terra. Conselheiros e crilicos maia à menos nbalizados, que sobre meis dúzia de lina gandos inertes de papel sejom capazes de lecer as mnis sugestivas qu arrojadas fantnsias, desde sempre existiram no mun do e existirão até à consumação dos séu culos; mas realizadores que se dispozham a, gragiosamente, dar em favor dá colees tvidade não pouco do seu tempo ‘e até da sua saúde, desses é que asterras, que quel- rom estar na venguarda entre os suas Cons géneres, precisam. O Presidente da CA- mars actual tem sem a menor dúvida lad- meros defeitos; qualidades ou predicados nenhans os terá, mos em maiéria de dedis coção por uma terra de que. ..não É po= lor humano porque o dispensador de tal carta de aliorria einda sc não dignow bai» xor sobre ele os seus olhus complecentes, senão pera lúlminar q mísero por chusa da sua retórica e da são Hauta mágica, não sei se muitos valores humpsos de cd o terão excedido, pela único forma que é possivel fazê-lo e que se pode traduzir naquele conceito do filósoia da velha. Hé- lade, Zenão sea memória me não atraiçõa, que nos colegas e discipulos que preten- diam em volta dele demonstrarque 0 mos vimento não existia, é era antes pira abs tracção do espirito, respondei, em des monstração da tese contrário…lMmitans du-se a caminhar, enquanto eles Heavam fadiscutir e à discretenr. O Presidente da Câmera, Flávio Antônio Francisco dos Reis e Moura