A Comarca da Sertã nº568 06-12-1947

 

N.º 568

 

João Antunas Gaspar
Edezss. Enmingos & s/l = Tel. 23303

6 de Dazembro de 1947

Director Editor.e Proprietário

Eduardo Barata da Silva Corrêa I

Publica-se aos sábados

Visado pela Comissão de Censura

&M&%%&m&%%&â%&%%%%%%%%&%%&&#ª%&%&%%â%#%%w#â&#&ã&%%%#%##ã%#&#&#&%?K%&%%#&ã%&%#%ª&%*?***ª%%%K%%&&K*K%%#ª##%%?%%%%**&w%%&*%ª&&*
Febilomadário regionalista, independente, defensor dos Interôsses da Gomarca da Sertã Concelhos da Serta, Oleiros, Proança-a-Nova 8 Vila-de Rei; e Fregueslas da

KW%%#%%%%Wª#&ã%%ªª#%%#%%%%#%%%%%%%ª%ª%#&%%&*ª%ª&%K%%%íQÍ,.N S &
Fedacção e administiação: Rua Serpa Pinto — Composição e impressão: — GRÁFICA CELINDA, Lda. — SERTÃ

Ano X

do cencelho de Mação)

Amôndoa e Gardit

 

RRRAA AMOL RÉ RORROR RA RRR RRR RRRA NNEA A RRR AEN NEN 4 RORORRES FKRA ORREROE ANTA REAA RRERIR AA AN LAA

PNOTAS

Ú sr. Presidente da Câmara, por
virtude da nova deslocação a esta
Vila do arquitecto encarregado do
Plano dº tCrbanização e porque ao
Município convém estar de posse de
todos os possíveis alvitres, convidou
os muniícipes a reunir-se, no salão
nobre, no dia 30, para debaterem, em

conjunto, os problemas sugeridos pe-
do Plano de Trabalho.

tma dúzia de pessoas, se tanio,
ali compareceu com o propósito de
expor algumas considerações de or-
dem prática, já que lhes faltavam

“conhecimentos técnicos para aponta-
rem deficiências num trabalho que é
um verdadeiro péltago… para os
leigos !

O námero reduzido de assistentes
evidenciou que a quase totalidade
das pessoas da Sertá não liga ao as-
sunto importáncia de maior…oque

mal se harmoniza com a crítica vee- :

— mente e azeda de umas tantas! –

— cial, que se esperava ali aparecesse
em massa para dizer da sua justiça

quanto aãao ponto que lhe parecesse &

mebhor indicado para edificação do
mercado coberio, já que, segundo
consta, ela o considera de alta ma-
gnitude para os seus interesses.

É nossa opinião que o mercado,
ainda que deva ser construído na zo-
na central da Vila para comodidade
geral dos habitantes, não tem para
o comércio um valor por aí além co-
mo muio aãde atracção de consumido-
res a não ser o8 do próprio mercado.
Valor incalcutável para o comércio,
sim, (desculpe-se-nos este parênte-
sis) tinham os Paços do Concelho e
ele deixou-o fugir para a pior zona
da Vila! :

Votltando aão mercado coberto,
ningaém mostrou concordância ou
desacordo pela sua fixação entre a
R. Manuel Joaquim Nnunes e o Ter-

reiro das Acácias. O que a todos

Ppareceu inconveniente e absurdo é
transformar a Praça da República—
passeio e puíimão da Vila-em mer-
cado coberto ou aproveitar o recínio
entre as duas pontes da ribeira de
Amioso para tal fim, neste caso, bri-
gando com a estética e aformosea-
mento que se impõe no local, além
de vários outros inconvenientes para
a saúde pública, porque um merca-
do, por muitos cuidados que haja
com a sua limpeza, é sempre um re-
cinto mais ou menos sujo, que conti-
nuamente exala cheiros pouco agra-
dáveis. :

Salientou-se que a construção de
bairro de moradias, além da ponie

velha da Carvalha, apresenta dois |É

grandes inconvenientes: inutiliza lar-
£a área de terrenos de cullivo e
abrange uma zona de tão baixo nível
que fica fâcilmente exposta à invasão
das águas da ribeira na época das
grandes cheias.

Alguém lembrou que a faxa de
terreno desde o lagar do dr. Angelo

d milde hapbitação, e para com todos os alunos restantes

Nr;ioª—se, ) #g% aa
es € a e 2er-

Dois grandes banamóritos ofereceram 200 contos para manutenção
da gantina da futura Escola dos Vermelhos, freguesia da Sartã

P a manatenção dama cantina à instalar junto da futura escola dos
gara Vermelhos, nesta freguesia, os dois grandes beneméritos, dali na-
tarais, srs. Daniel António Redrigães e -Eduardo Marques, importantes e
considerados comerciantes na cidade do Recife (Brasil), ofereceram o im-
portante donativo de 200 contos, que o Ministério da Educação foi auto-
rizado à aceitar, vindo à ser construidas pelo Estado às necessárias
instalações.

A população do Venestal exulta de contentamento pelo benefício que
tão magnânimo gesto reprecenta para seus filhos e mais alaunos da fatu-
ra árca escolar do Venestal.

Carta da agradecímenio ede saudade
do sr. professor Tomaz Namorado

ho sr. Eduardo Barata da Silva Corrêa— Sertã—Meu caro Amigo :
Cano—Monte das Lameiras, 27-11-047.

E’ meu dever agradecer-vos as palavras amáveis que me são dedi=

cadas « insertas nas colunas do vosso é nosso jornal «A Cor

marca da Sertão, em o número 566, aqui recebido no dia 15. Penhora-

do pelas inequívocas demonstrações de estima, àáfecto e gralidão, aqui fi-

ca consignado o meu grande agradecimento para com todos aqueles meus

antigos alanos que se deram ào incómodo de se deslocarem

sentaram aconzthegados, nos e
m

que me toi feita pel nrosa e inesperada algans do
mais qaeridos discípalos, todos vivos na minha recordação.

Visita carta—e pena é qaãe o fosse—que mais radiceu no meua espí- –

rito à saudadeé dos bons tempos idos.
Não se daria tão eedo à minha retirada da vila da Sertã, à qual me
prendiam € prendem laços de cativante amizade, se não fosse justamente

requerida por. pessoas de família.
: Não É fácil, porém, perder-se à lembrança dos amigos adquiridos,

nem mesmo daqueéles que para sempre desapareceram, à caja memória
não pode faltar a minha gratidão.

Foi ao serviço da escola da Sertã que passei os tempos do maior
vigor físico. E só com à energia de então foi possível vencer obstáculos
é delender-me de tudo quanto me era adverso : exeesso de frequência es-

colar, ailauência de estudantes procedentes de vários distritos e provín-=

cias € até da Africa e do Brasil, com permanéncia no edíficio escolar,
neém sempre sob à vigilância do professor ; guerra surda e velada contra
o rendimento anual da escola. Foicom energia, suprema vonhtade e pro-
veitoso auxílio dos edacandos que as difieuluades se utendaram, que-os
transes mais inquietantes se venceram, —

E para que o timoneiro pudlesse guiar o seu barco até o porto al-
mejado, era necessário impor uma disciplina por ‘pezes severa, mais
obrigada pela força das circanstâncias que derivada da própria índole
de quem à impunha. :

iladando os tempos, outro ambiente mais salutar se começou a
respirar.

Hoje, é de há muito, sinto à satisfação do dever cumprido « sinto
satisíação e gloria por saber que meas saadosos alunos se acham espa-
lhados por varios, cantos da terra, a disfrutar honrosa situação social,
mais devida às suas faculdades mentais que aos serviços por mim pres-
tados, nos primeiros anos da suaa infância. :

Envio-lhe, meu caro Eduardo, um grande abraco a cingir quantos
me recordam e eu recordo, e fico com os lamentos pela falta dos amigos
que, pela força do Destino, passaram à eternidade. :

O amigo velho mauito e muito reconhecido e obrigado

Tomaz Florentino Namorado.

11 DE DEZEMBRO

Neste dia, no ano de 1849, nasceu na Sertã, e dr.. Acácio Au-
gusto Martins Velho, que veio a falecer em Lisboa— Rua da Alegria
n.º 15-1.º andar, no dia 21 de Janeiro de 1929.

Foi um ilédico muito disiíinto e um escritor de nomeada, Dei-
xou várias obras e entre elas temos conhecimento das seguintes :

«O Espiritismo contemporêneo», «As Rotências ocultas do
Homem», «Lendas e Contos»», «O ocultismo ou Magismo»,«O
iÁsgnetismo» e os célebres «Contos maravilhosos».

E” ocasiao de lembrar aos nossos Edis, que um tal nome deve
de ser recordado e tornado conhecido dos Sertaíinhos, perpetuando-o
pelo menos, em uma das ruas da Vila. SS

Joeão Sertã

– mos.

A FtAPIS

Vidigal até os quintais de D. Alber-
tina Lima da Silva podéria .ser apro-
veitada para construção de habita-
ções, apresentando a vantagem de fi-
car voltada para o nascente,
Reconheceu-se como incompren-
sível a expropriação de grande parte
do talhão de moradias entre às ruas
de Ourém e Sertório, onde existem
alguns bons edifícios, com a conse-
quente (lá está marcada no Plano) re-
dução da área de construções, o que
tudo está em antítese com o princípio
lógico de aumentar. e nunca diminuir
e número de casas. para habitação
num meio, como o da Sertáãá, onde a
sua falta representa já um problema
gravíssimo pela impessibilidade de
o solucionar nestes anos mais próxi-

Nada levamos pela informação,
que fazemos apenas a iílulo de con-
tribuir para minorar o sofrimento
alheio, pois que, quem quer anún-
cios,..paga-os !

ás estabelecimentos comerciais da
* Sertáa estiveram encerrados dois
dias consecutivos, 2.º e 3.º feira, o
que nos pareceu ser de grande trans-
torno para c público, que tem as suas
necessidades cotidianas,

Dado que o dia | era feriado ge-
ral obrigaiório, e 2, 8º feira, dia da
descanso semanaíi, não poderia este
ter transiiado para 5º feira, já que
a 4.º é dia de mercado? Se o comér-
cio tem exposto o caso ao L. A. 1. P.,
este, provávelmente, defereria o pedi-
do porque há sempre possibilidade
de conciliar os legítimos interesses
do comérrcvio e os direitos dos consu-
midores com a lei.

X x SÉ xx

á sr. prof. dr. Fernando da Fonseca,

de Lisboa, esteve na Sertã, em
serviço profissional, no princípio da
pretérita semana e teve o ensejo de
percorrer alguns dos pontos mais cu-
riosos e interessantes da nossa terra,
não escondendo a sua admiração pe-
las belezas panorâmicas que se dis-
frutam em vários sentidos, algumas
das quais classificou de encaniado-
ras, sentindo, poréin, que parie des-
ses pontos não esteja conveniente-
mente aproveitada,.

A Sertá sofireu sempre do grande
defeito de voltar as costas aos dons
que a Natureza lhe ofereceu tão pro-
digamente /

 

@@@ 1 @@@

 

e

Os piºOpã“ãQÉàÉiOà

. s & 1:-. … » ;
de pinhais 2 industriais de prodvio
rasinosos vão podoar calebrar cênito-

: s q d
tos para extraeção ds

O Ministério da Economia re-
meteua para o «Diário.do. Governos
o seguinte decreto=leis

«De hã maito constital aspira-
vão dos proprictários-de-pinhais.e
de alguns induastrisis de produtos
resinosossa- celebração, por inter-
mécivdos Grémios da liavoura,

dos contratos destinoados àa regolar .

a extracção de gema, Sóoseviden-

Les às vanlagens desse sisterma queê

agora Se institai sob 4 torma Jacul-

fativa. Elimiva-se por ele & diter-
venção despeeessária c onsrosade

intermediários e cConseguc-se ama

mais equitativa repartição. de . kr

cros Tesaltántes: da expartação de

produtos Fesinosos. Corresponden-

do áquela aspirocão, prevé-se qae

identéo em bpreve os proprickários,
rpeconhecendo a utilidade-do novo

segime, solicitem do respéeciivo

Cirémio a sua represcentação na ce-

Iebração doscontratos que tiverem

“de ciecluar com os indastriais, co-
Nosse éspéra da parle-destes o re-

conhecimento da sonventência. de

um sistemaque os apróxima da

matéria-prima. ;
Néstes férmos.s osando da fa-

“caldade conferida pela 1.* parte do

malgo.. para soster:como jel, d se- sS
; : : cAlamente os, criminalistas ccspanhois,

ã -Ha H G;Ú êl ‘*——HÚ%ÍÉTFÉHHDTS(Í . AEropuas que Dsstcm ç excehidos da regime

nº s do arto 1092 da Cóonstitui-
gão, ú Governg. decreto ccm pro-

ESA
h :

Lavoura, dentro da respeetiva áreo

“ de fcção, campre promover, a pe-
“dido dos interessados, aeelebração
“de controtos eotre ds seds agremia-

dos e ossindostriais de produtos
Tesinosos, destinados .a regúlar a
extrocção de resina: dos pinhais de
que equeles sejam propristarios.
Art, 2.º — Os:contratos em rele-
rência não ovrigam senão os pro-
prietários cindasiriais-a que disse-
Fêm respeito. e ém porcobjetiivo
garantir. à Lavouara elacro legiti-
mo c a preservação é defesa do pl-
nheiro e à indúsiria à oplenção de

Acma em condicocsdespréeço e *
quantidade compalíveis.-coom a.co- :

locação dos seus produtos nos mer-
cados EXICENDS.

Rrl. 3º—Cada contrato cresprei-
tará a um único indaúustrial.e deve-
rá abranger lánio quanto possível

“Aodos sos-próprietários de pinhais

que Trabitualménte abastecem ” da
estelam em melhores condições de
abastecer as tábricas – de prodatos
resinosos do mesmo indaustrial,
Art. 42— 08 contratos. serão
oulcrgados-e assinados respectiva-

Simente pelo presidente da dirécrão

eem

 

EE

Uma carta nobil!

O di Manuel Arricga fot dos prês

aneiros prestdentes que Dcu%ou Rú-a!m
clogagr “oposço uaplantação de Reptus ; porém, d
o PA ; “derar que, dáquealé 14, háosde decórrer

blico. f
Em 1912 visitou a Penitenciaria
de Lisboo; desejou Dper pessoalinente
o remime dessa, prisão do Estado, E
do que presenciou, d sua nobre alma
lenou=a q escrever a seguinte carta
a0 então ministro dae Justíiçã, d. An=
tóriito Macieira : :

mo Ministro-da Justiçõ, dr.
€EX= Srª ArtónioMacieira-n= M
prezado eamigo-Na visita quaehá dias
tfizemos. à Penilenéíária de Lisbod cns
CONtrâmaos. seqoestrados. .do, convívio
“huamano ç enclagsorados. incxorâvelmmecos
nté, em celns pesdenas é sombrias, sexds
genários, taberentosos, dementes € dois
dos.e am condenado por erime político,
por tentativarde eliciação contra o ree
ulme vigente, à caminho tambéim duauma
tobeércaolose, segando:s noindicaçõão do
espectivo: liorosde Balrada t- /Estão
nl a sotrer tortaras infinitas pof virtos
de de ama fajza feonria do direito penal;
que já teve, n sec tempo de telanfo code
império, nas que estáo hoje de parte,
em nome da joarispradência modérna,
purquento – partia da- -hipátese – faisa de
que todo. o criminoso cm doente sasn
ceptivéel de cara, caja Feqcnciação
de peindiadaquaeláa tefapéntica

penall… Fal sempre contrário a que,

se. intródggisse em – Portagã! aqdela
monstraósa máqoaina de fazer imbpécis,
desoentarados e doidos; e paráa f coma
batér, «pobligoci é defendi, há 23 / anoz
“otrás, em 1889,; fm congresso, farídiceo
feunido. em Lisboõa, composto de: jariss
cLonsaltos. nacionais. e cstrangeiros, o
LS E ET R V EE e E TmETcOE
i1 adesão de toda a itssembleia, desiqtês

Penitenciário os sexagendários, O8 Fin
tidentes ex os, condanados por crimes
POlEELCOS : om religinsosso Sel qe entro
DOILras:., ceparações cde fuastiço a queca
RKepública nascente tem de recarrer pão
ra honrar a saa alla/ indeclinávoele ax
qusta missão social, figara a da sabstis
taição, dogaele abominiívóel sisterma pê-
hal. por outro mais conscntimeo comeea
furispradência, moderna, mais hamano,
mais profícao e mais económica, € que
nheste, sentido. se trabalha já com afãoc
Gritenlosa solicitade, SE que se projecs
la solcnizar, em s de Oatabróososegonr-
do aniversario. da proclamação da. Res

 

=T :::.ãl:.l-‘lr.—’l:’:l-l:._”i-..I.”:-,ª’.’.ªlfl.-.-. REE

rO

A Comarca da Serta

STE

M ANIEHAS

puública, com dum amplo indallo qae atins
girá muitos daquelcs infelizes.
<Hão posso, porém, deixar de porr-

tnuitos minatos;, muitas horas, moitos
diás, mutas semanos, Mmoltos meses e
com eles oma série inintêrrapla, iníers
mMinável de sofrimentos e lortaras para
aqueles miseros excmplos dá vindicta
SOCIALL: a

«Pome concedida pela Constileição

“de Estódo & prefrogaátioa e decerto a
mais grata dão me coreção, sempre ins

clinádo à. picdade, de indaltar extomos
larpenas. CGonsticaição politica da Re-
piública FPortaguesa, artigo ,, 1, &
A e dáomes pols sa tacaldade de
arrancar, desde já, àqoelas fersivela e
intxoráocis celes penftenciárias os vêes
lhos com mais de sessenta anos de ido-
de, 05 doldos com a razão de todo pers
dida; 08 iImbécis e 05 tabercalosós com
porcas esperançãs de olda, para qóc
& já de todainátil, mais dó que inátil,
desomana; 6 tdeja dé 603 manter al pa-
Pa mais tarde o restitoair à sociédáde
Saos de corpo & de cspisitet… Bando-
mM R cIelcessa facaldáde, não é sóim-
pPalsoo do acadir en rómédio pronto
tTucles desventarados, Giaeira pois, V
Ex * mandar proceder à csceojlliados sem
Xagchários- dementes,/ tabércalosos e
dótdos. que – reclamamo a salotar intéers
venção da. minha prerrogativa prosis
dencial pora sereme indaltados, provis
denciando=-se a respelio do sea fotaro
contorme a léele 05 0508 em tais casos.
Quanto o preso polílico, desejoslhê cos
Mular a pena, igadlandosa à dosoulros
Conspirodores: = que foraim condenados
‘Porerimes mais graves a” penas eorrécs
Cionais, que cstão camprindo na cadeta.
Gonmpreenderáa v ES “quantoseriapuora
mim mstivoade remoórso irreparávelide
saplicio iniladioel e permenente dos póris
COS BIOSSque me restám e de vida se acas

S á morte arrebatasse algunsdeagélos”

infelizes antes de chegaratégiesa acção
Feparádora: da jastiça húinaná; que a
el nesteo nmomenti eoloca nas minhoas
mãos, no aso dúma soberania de qae
aliás mo jolgo menos, merecedor,

t rolaeme amigo certó–Lisbogs, &3
de Majio de 1ol22Har Manacl Arriagas

A carta &urliu 68 necessários efei>
to Lnh breve os diriventes do nóno
estodo decretavan leis que aboliram
PAra sempre o capuas,o sistena de
silêncio. e oulras. profíicas Ignomi-
Miusdã.: j

MA AA | CLDAS

REVESTIMENTOS
RAA LS

aaa l
S UCCLEAALLAO

do Grémio da Láavoura cm cepre- :

scntação legol dos proprietários de :

— pinhais que assim otenham pedido
c opelo industrialode – prodotos resi-

nosos com: quem aquele hajo pré-
vinimente felto o respectivo ajaste,
D por, sea Fastante” procarador..s
1.º—-O. presidênte poderá deiegar
nam dós vogsis da direcção;, per-
Mmancntentente 6m nagias tonções
que per este artico The são atribui-
daãs. & 2.—Na celebração dós-con-
tratos de que serocapão presente
diploma: nêo pederão intervir os

LISBOA :

profissionais .a que alade o artigo
6.º .do :Regalamento “do Regime:de
Oblenção de Resina edo Trabalho
do Pinhal. $ 6.º — As. direcções dos
Girémios da Lavoura também po-
derão representar os associados
que o desejarem nas negociações
preliminares do contrato,

(Zontinuo)

G Pp+t -.
Á Jwtuguàa.a

PORTO

EEA

ineiro Gosiho
MEDICO

Doeenças doa boca e dos dentes

Consaltas TODOS OS SABA-

DOS, NA SERTAÁ, ne rés-do-chão.

da casa de 1Or. Pedro de 11 Neves
RUA MANUEL JORGOUIS HONES

 

REEA

“Tantasias sem

Política de
realidades

Mareado coberto na Vila de Sertã:
sua nacessidade, & localização

f alinhar, pois, elgamas das
K/-ômDS fazóes que paregem cons
trâsindicar à Solaçõão. da edificação-do
mércado “naã Vila de-Sertã no récinto à
obter pela. ceobertara da Ribeira . do
Amioso: e de seguida veremos s qaoe
aconselham à so7 localização cm oatro
panto Tnais cestral e não distante da
FPraço da Kepóública,

A primeira razão, à condenar aques
f osalização, é a cirenstáncia de o
mercado à cdificar al dever ficarçà beéejos
ra da csirada nacional, de tránsito in=
tenso e que o será cadao vez mais, con-
soante é-lestilmo esperar, mercê do des
senoololmento—que vários factores fmes
lhor seqxumeionados. -ho-plano das reatio
TOÇÕEeS – práticas, em fTutaro próximio,
vão. flavortcer — das “nossãs eclóções
CONADTMICÃS, COMErcinis .é sociats eom
08 concellnos vizinhos.

Seria bem singular, em áerdade, q
m. nome da higicne se fosse consirair
um mireado coberlo – que vlesse sabstis
tul o astaol, onde nenhiamó defesa con-.
trã – os. miasmas t aspociíras teem o0s
QCNeros e cârtigos expostos à ofertá-sdo
consamidor. oq do possíoel interessado
na. aquisigão, para o iImplantar ofinal
em síltio no. qaal os mesmos nmotivos,
mMas cmáãis agqravados, de condenáçõo
passassem n sabsistir,

Paor outro Tado, sabido que am nier»

-cado coberto é uma considerável mole

de elmaento e ferro projectada do ehão
porá o ar, por múáilo airosas e o ligeiras
QUe Se apresentassem. ç às Jinhãs do conr
junto não sofre dávidas quae teríamos
qma cortina flixa de . materiais pesados
à tapar & visão da entráda na Vilá pela
artéria que, depc dizerese & propóstto, .
úqTIASSA ÚNica que- o olandante ou trans
seonte despreocapade conhego nãoSdã
PAssagem pn:_]i’l SEA ÁCSÃAE SNE STTO
traga disposições de por. cá sc demorar
GuRe ndo faço dcompanhodo dé am
níluia Toríslicos ou qualqueéer o ootro
badafascéo no géncro.

Certo é todavia que; mau grado
nosso, essa artéria no estado aclual
poueo 09 nada fem que à recomien-
de em mátéria de constroções dr-
banas, cxcepção. feita ao . edifício
das Casas, dos fiagistrados, -pelo
que maitos seriáam tentados .a pen-
sar que se olerecia benvinda, e até
diqgns da melhor accitáção, & sola-
ção que sé propasesse ocultar aque-
la série ineríool de mazelas e atei-
jões que se lobrigam na cncosta so-
Branceita à entrada; para quetm
venha até nós pela estrada de To-
mar. .a serta.

Mas, por Deus, não confanda-
mos s coisas, é antes tráatemos de
póú-las no seu devido” pláno, se na
pverdáde se pretende encarar pró-
blemas desta natareza c de tal ca-
tegoria com. ânimo de alcançar.di-
rectivas inteligentes e práticas: E
assim afigara-se-nos que, exclaidas
mérito nem ecabi-
mento no caso, ama justa. conside-
ração das nossas conveniências re-
comenda que se modifique . aquele
miserando: estendal de barracas,
capociras, pocilgos, gaiolos, elo,
com uma ou oulra casita à mistara,
por um novo dispositivo habitacio-
nal próprio e digno da nossa terra,

Com vista à isso / já se dea am
grande e primeiro. passo, qae foi a
constracção do cdifício das Casas
dos Magistrados: honra € louvores

(Conclusão na 4-º Pagina)

 

@@@ 1 @@@

 

A Comarca da Sertrã

 

Interesses do Distrito

Do Goéeroo Cieil remeltlemenos a seguintfe
nota informeriva :

FKenresseo de Lishoa no passado. dia 2E o
Exm * Gosernador Civil, Senhor Pontor José
de Carvallio, que águcie cicnde ol trolar de
PArios desunios de jnteresse para todo o Diso
trito.

HoTlinatétiodes tbhas Páblicas, suo Ex
celência traina em especial: : :

— RAcompanhoado pelas senhor Fresidente
da Câmara Dúmoipal de Cascelo Branco, dá
urbanização da cidode e de meihoramentos
diverios 6 Pealizor naãs ireguesias do cónces
Uo ;

— Bo proeblema de construção dam edifício
taria o Fiústo Nédico a insftalar Go segé do
Jistrito, que:se destinhrá o prestáar Socorros
CÁmicos AG G/erários e em prengados, e d suas
farcillos:

Nota – Estãojá & promoverese diligências
no sénlico de se alagar unma cnsa pata elh
loçõo provisória dos respeclivos seroiçõs:

—h abasteciménto de Equas poótáceis D
IMmóis de Lu eem ireguesias do , BDistrito, à
Fenlizar EM dos fnos, e de ebres o cleclusr
TM ANAB:

Notss Vai realizar-se no QGuverno, Cleil
ina reuninão des Senthuúrés Prestdéntes dos
Câmeras Mucnlelpeis, aflm.de estes tomarem
conlvecimento-do plano claberade por sa Exe
ceêscia o Pinislro comeo coasennência dao sua
rececte vísita o este Distrilo, cm viflade da
quaAl muilas Gbras se encontiram já em exes
UIÇão ;

—hBoa nmelhoria. das deficientes instoloções
do Gomando an PosP. em Castelo Firanco,
EnsuSoIO não fOr construnlo o grnnde edifis
Tim destinido há repargções públicas de cas
Vieter ds ritad. :

— heonpanhado peto Seolborc. Presidente
da Cámara Municipal da Scrtã, aaa Excelés-
Cia estadoo, tanibém nu Ministério uos Dbras
Fáúblicãas, à sólução de vários provlemas de
Interesse para o concvelho; entre eies o a nõe
vA mlécniftacação da vilacda Serta, bem como
nocde udtras iregoesias, nómeadamente Crrs
náche dc Isenjatraáim,

—No Comissão de Construções Tospitala-
Tes / Ex”” Senhor Gavernador Gil 1ratou
fAais W6A vez do construção dos bhospitais
proójeclados pára vpárias lóc lidades do Dia-
ErIRO,

—Ná Ministério da Educaçõo Hacional,

cóm & Seih.e Directóor Geral do enstuo: Técs
nivo, promuvea s necessárias viligências pãás
ra censegoira ofieislização da Escola Comer-
cial de Peédro Nunes,

—Com esta visita de Sas Excelência à cas)

Pital deven fer sido renmovidos 05 ubsiíácalos
ac olnda se opunham à reabertures da foiis
LelrA de sequrds o f

FADiteve-se já 8 aprovacêão dáa Comissão
Instaladora do Cemro de Assistência Soceial

úa vila de Torlosgendo, que deve eslar. a ion-

Cionar uencro da lgumAS semeanas :

2— Veiser colocado em Costeio Branco um
Engenheiros 1VÉenico ccm a missão de fiscaáli-
LEArOAa Construção de edifícios escolares do
Flano das Centenários, nó Distritos de Cas-
têelo, Branco e Liiarila, ;

—MNyu próximo mês de Dezembro o senhor
Hinistro das Cibras Fúblicas deve pisirar 6
vila do Fundão, para estudar, lh lc 0 psojecto
de urbanizaçõo da sede dagucle unportante
concvelho:

– Can.?rãâuiçãà En;ius!’riaã
EDITAL

L[.’j’j_.“ FERAEIÃA, Chefe da Seceão

de, Finaaçãodo Concelho de Serta:

Taz público que, de hornuinia com
o dispuústa to artíigo 1, do Decrelo-
Leiins 24,00/6, de 10 de Joneiro de
L935, é dentro do prazo de 15 dias
GqUe se conteçam o a conlar da deta do
presente edital, podem os contribuin-
i das freguesias deste concelho sus
deítoa & Contribuiíção Industrinat Gru-
Do C tomar conhecimento. daos im>
portâncias do rendimento tributavel
fixado peta Comessão respeclidva e
CEESEINOS T0 Ímesmo prazo gquais-
AJUEOE VECIlAMenões para & mesind Co=
missao, / sobre as onportâncias fira-
e 008 comércios ou Indesirios se=
guintes : satsicharia, vinhos (fárina-
2én e meteador), resino, úgcougue,
razeito (armazém eexportador), adu-
A c parva agriêeuitura é elecirieidade
(fornecedor dej,

Ao reclamações la6radas em pa-
pel setado devem ser assinadas pelo
interessado, ou & Seu roso dado po-
rante XNotário quando não souber
ESCRONÓES SSS

E para que chepue do conheci=
mento de foedlos sée passou 6 presente:
edital e ouiros de igual leor quê váo
ser afivuados nos lugares de estito.

Secsão de Fitanças do GConcelho
de Serta, 26 de Novembro de 1847;

O Chefe da Secçõo de Finançãs,

LEIS FERIRELTA

ileix Corte

eal

Ergªªg a-galeria dos heróis portagueses, tão grandes as suas faça-
I_ ;

nhas quemão lê-las, nº História, à admiração não é maior que
o esparto. Rdmiração pela coragem, firmeza dê carácter, destémor que
manilcstaram. Espanto de ser possível .à forças houmanas fazer tais
prodígios. E a par das façanhas que a História nos conta, quantos ras-
gos, quántas heroicidades não tiveram testemanhas que s contassem,
não tiveram escritores que àas lixassem e se perderam da memória dos

“hómens.

Mas à alma heróica dos Portugõeses não se entibioa com os tem-
pos.. Simpiesmente não tem tido oportunidade pora se desentranhãr em
gestos épicos. Terminada a renda das Índias e do Brasil, delimitadas
ns ironteiras e pacificadas às provincias de África, a luta mais viojenta

ue trava 6 portaguês de hoje é a tomada do eléctrico: Mas está eon-
quista, apésar de importante para o dia-a-dia da vida rotineira, não É
quadro. onde. se possam praticar proóezas dignas de passar à posterida-
de. À altima guerra passou sem nos tocar, ;Só em Timor… Pois bas-
ta este &) cm Timor c para que à válvala se abrisse, para que sé pro-

vasse que 6 heroismo portaggêés não é relíquia do passado nem teçla.

picgas de patríolas saddósistas, para que à galeria dos hertis se am-
pilasse, : :
Timor, pedaço dê terra portuguesa tão distante. .. MMais pequeno
ainda o Elm, on bocado de Timor que vive tranqoilo a saa vida pacifli-
ca c de que É régulo D, Alaixo Corte Feal (Nal Sêssu antes da soaa conversão
ao catolicisimo, cm 1931), qaerreiro intré pido, chete empreendedor e
progressivo, colaborador leal das autoridades portaguesas.

1942. ÀA ronda da Murte atinge Timor. D. fileixo, quando os
olhos-lnskados (como os Timorenses designam os Joponeses) ocupam à
iihã, receoso de represálias por ter fornécido gêneros 65 trópas euostrallanas,
relugia-se cóm os seus, na montanha &iri-Sal. ÀA onda de sangue alas-
tra,com e tempo, para o interior. Colunos japonesas oonde indígenas
linlandeses. a seu soldo passam, por vezes, na: planícies D. Aleixo e 08
seas Timorenses lenis vigiam do alto das montanhas e, sempre que po-
dem, avisam c adxiliam os Porlaguaeses. Já nesta Tase, quanto herois-
tmo, quanta dedicação, quanto patriotismo ! Quem sabe 0 nome do timo-

– PERSC que, para avisar os missionários de ál-Hâr da aproximação duma

.dessas colunas, corre pelas encostas abruptas, avisa à Missão, Fegres-. nomerçado ama nova” Colecção intítis

lãda eNocelas Policiais», da qual temos –

sa correndo às montanhas e cói, morio, extenuado pelo esforço, novo
herói da Maratona? E quanta grandeza de alma à desses missiondá-
Fios que, tranquilos de consciência, não abandonaro à sãa Missão e são
craclimente trecidados ) | ; :

Não1 sSentados comodamente. n poltrona do escritório, & oavir lalvez
tma melodia em eoga pelo rádio, não se senla a oróndeza de alma destes heróis,
E cslamos ninda naà sinfoniao ds ahertura,

D, Aleixo-não se limitoa a procarar nas montanhas am refágio, como los
bo em eovil. Orgenizou à soa defesa. Montou centros de obseroação e resisténs
cia é comandava pessoslmente o mais importante. As colanas inimigas experi-
mentaram-lhêes por veses sa lorça € foram. sempre patíidas. 0 orgalho nipónico
não podja sofroer este vexame. E organizou=se um ataque em forma. ilhares
de soldados e de indígenas holandeses traidores marcham à conquista das mons
tanhas. Oo postos são atocados demoradomeénte. Três bombardeiros joponcecs
colaberem no ataqoe. Aas os Timorenses balemose como Ieõces. Algans. redes
tos cacrm porsfim, mas após dois dias do combate – a banidelra portiguesa contis
niiva à desiroldarese nãs montánhas do Súroa, E, aposar dos indicenas nóc tes
Fem Grmas antisaéreas, am dos aviões: ataeantes linha sido abatidot Os jaopos
nceses vécme-se obri.odos à levantar o cerco.

A situação é, conticlo, grave-porá os Timorcenses, As monições é os
1113[[[1[&!?”395. estão qiase csquiados, D, Alcixo, cheie pradénte, redne os chefes
é dizelliess

— Não. temos miinições: nem. alimentos. Roumidos, não podéremos venecr.
Famos decidiranos e aproveitar à noite porá o fago. Os que cscaparem à mors
te irão deépois contar aos. Portagacses o que foita nossa futaie à nossa morte.
íJf:nllqucr quUe-se Sseja o nosso destino, nõão rencouem nuonca é:bandeira de VFors
togal l

Pas o8 Japoneses, vendo como cra de aço o têmpera dogacles heróõis, res
sofoem recorrer g traição. Ctilizando ehefes desleais enviam a D. Alcixo elogios
pEla saa feção em combate e garantias de seguranca para ele, sea fómília c pas
fá todos Os Limorenses que se queiram, acolher à protecção japonesa. Os Ti-
Mercasss, na imaoossibilidade de continaarem a lata, confiam. Mas, mal ches
GOM 80 deampanmento de Hatu-Uid, são . pecsos. Iniciasse imediatamente an+ folgas
mento, já oncecinadoamente preparádo. Os ehefes traidores vêm acasar D, Aleixo
de madctdmorense e pedir à saá meorte!

B. Alcixo, € olgons . dos seus.da barraca onde estavam presos, véem o
que sc passa. E não demora à &aa desaftrontal Gotem à porta da barraca é mal
à seniinsla joponcesa à àbre lançamese sobre ela.e dominam-ena, D, Alcixo. clama:

—A mim, 85 08 Portuguesos podem prender [ e lonçõese sobre os Japonçses, Todos
Os Timorenses o seguerm, e que leta Aitânica-e. desiqual se desenrolas Sem ars
Mes, mas . fories pelo espírito que 08 6nimaá, qlgôntes pela almao” patriótica, com
que Jatam, vendem cara a vide, E à lolo só icrmino quando o óitimo timorense
tumba inanimeadeo

ET

IDE «RIDITORIIMA)»

 

FS PE NEE

Á — Na fica nfítedo

-. imprimem-se rodos os trabalhos para o co-
vª mércio, indústria e repartições públicas.

 

Riravês..Comarça

PROENÇA-A-NOVA, 25

No dia 22 do corrente mês rehligon=se na
Cova de Irin, em Fáiliia, 0 enloce mmrrÉqnÁ
nial da mentna Maria Ldisa Roda Reis ;-çh[ll
filhinhãa do sr. Luois da SilgalRéis, ccrm_’lfíg.’ln-.’.ª._’.
COMOGCCÍANte nesta praçãa ecodnsse ç) _Fl.’umm-_…
Gonçnlees Euda Reis, j falecide, com o s
Luis da Silva ftvis Jónior, secretário da Çf_..’.
mara Tuunicipal de Aller de Chão.

Apadriaharam. 6 &cto por parte da noiva
o &r, José Lopes Fibeiro Tovares, Comercions
te em Lishboa en sró D, Amita Marques Cous
geiro Rodn, de Galecios, e por Pparle do nobyo
o &sr. Lais da Silva Rêls c asro D: Matulde
Pinheiro, FEn

Bos noivos, redendos dr maior consideras
ção nesta vilo, desejamos n& mMaiores felicsis
ilades, Y

— Quando andava a ripar Kzeitona de úárs
VOTCS SUAs, Calu e Iraclaroo uma peroas 6 ar º
Jonquina Ribeiro, por alcunhon sEarrecas
solteira e de 45 ancs de idade, á
[H sinistraga loi internoda no hosplist jos
cal. :

—CLom comparticipação de Estad 0 Pão
principiar às obras para & CONSITUÇÃO UM e
trado que liqará esta vilo tom, a laborios: ç
Importênte povcação des Corgas, melhoiras
mento que inmuito beneflielará a sede do cous
celho e:a referida povoaçãe Q

SOGREIRA FORMOSA, s

Ha tniversidade de Colmbra acaba de cons
claiF n suA formatara” em Medicina-o posso
Klutr:mn e amigo sr, dr. Engénio Férrelra de
Tlatos, filho do concettuado comerceiaaro sr.
I:ulri]êntº Ferrêéira de Matos e de sua CSPOSO À
srº D, Maria do Cermo Rlbeiro de Maetos, O
novo médico que obteve à elevada classillens
o de 17 valores é dotedo dás melhores quas
idades de carfcter e por isso lhe deve ester
Feéservado dm largo furoro, :

Daqui lhe enviamos qm abraço de sincéercs
Ilelicitacões desejando-ihe no mésmo tempors
Malores ventiras na sa nivo espinhosa miss
são,—EC,

l FENS TIETEO E TTA
O Mistério do «Comboio Feliz»
Por Henry Marshall

presente o n.ºº 4 que é um primor no

géntcro, pois trata-se da obra do cons

scegrado escritóor americano Hentv
J”ªflr’-!í—.híllf O Mistério do & Comboio

Fetizn, numa cuidada tradução de An
gelo de Soisa:

“A asção poasse-se toda no EXPIresso
Rudapeste-Roma, comboio de laxo on-
dê só costamanj viájar pessoas bem
Instaladás n3 vida, mas que, ecrto diaá,
lêva atrelada ama eonrroaageninisterios
sa-não se sabe que 00 quem vat dens
tro-ncarruagem vigiada pela polício,
não vá serstoo de qualquer atentado.,.

Em dado momento, aporcee morlo

UMm . passagelro que mâánifestara vivo
descjo de . ocipar oma cabine qUuEe não
lhe pertencia, & mais próxima da tal
cçlr]ruaqcm, objecto da vigiláncia polis
al :

“ CAqUE principia à fctoac o capitão
Faladi, da Real Polícia Miúngara, coas
djuvado pelo seo colega Smith, dô Séos
tland Yard, nama sucessão de peripes
clas que crópolgam o leitor, sem atinar
com o lio dá meada, que só é encons
trado nas páginas fnais deste Jivro.

Os outros volames da colecção
tNovelas Policiaiss sán:; Mataram

uma muiner, de Wiliam Forst: A
moarte chega &s 4 hords, de Nils Stes
wart; À berilartna apunhalada,de Char-
les Richter, :

FPedídos a Editaríial Gleba, E.da–
Rua da Madalena, 511-<3,º

Telef. S1916 = Ligboa

NASCIMENTO

Nopretérito dia 20 teve o sea feliz sucesco,
nésta vito, dendo à loz am menino, 6nsr.é Te,
Tigria Irené Tovares Morcelino, esposa do
AUSSO BESINANte sTr, Jonquinm de Coste, de Liss
bon. Mahe.e filho estão bem.

: PELDGDAR FEG DEES FoRSCITEENCNTINESS ES

 

Trespassa-se

Na Sertã, estabelecimento de mitdezas,
merccaria c o YVYinhos, Motiveo retirada
para fora do país,

Informá-se nesta Redécção,

1 Editorial Glcha acabo de Ionçar –

 

@@@ 1 @@@

 

A Comarca da Seria

à S e Ãs
NOIaAS à Émãããiª%?%
(Conclusão da 1.fª pág.)

Ás as pardas bandas:da Marinha
“‘É’ª’ªíª Grande que uma mulher mal-
dila, de coração cru, y];edg”()laçz’a no
Seu cinismo, e fereza, de eujo convi-=
vioas próprias feras se desprezariam,
&Glirou a um poço um rapazito de 5
. dnos, seu enteado, para dele se des-
fazer duma vez pará sempre |
A Providência, porém, não con-
sentiu na torpeza infamíssima da
megera ? Apesar de o poço ler meiro
e meio de aliura de água, a eriança
agarrara=se às pedras e conseguira,
assim, manter a cabeça fora de água;
– entretanto, um cão, que ouvira o baá-
que do corpo da criança é arremerte-
ra contra q criminosa, Ariginse
— para a porta do dono ladr(zndg.dç-—
sesperadamente até ele o seguir em
directão aão poço. O homem viu to£go
de que se tralava €e, munido duma
escada, retirou, não sem muzfo’czzs—
io, a criançá da posição perigosa
em que permanecia; clamava pelo,
paí, numa voz débile lmpr,e.sszonaníe.
Pois esse cão, admirável na sua
bondade e, inteligência—e , Dporque
não, também, no seu herozsn.m?;»——
recebeu uma medalha, que assina:a-
rá o seu acto filantrópico, durante
uma festa nad Ã;’Íarmlm Grande,
promovida pela Casa dos Amigos
dos Anímais. € Sociedade Proteciora
dos AÁnímais, í á :
Resumimos aqui a jfaçanha por-
lentosa e comovente dum cão para

que toda a gentea conheça e preste:

& esses animais a prolecção que me-
recein. : S —— ;
Que belo tema para um dlicão na
Escola Primária, que fa_lvez tivesse
o dom de evitar que muitos garotos
maifazejos cessassem as suas perse-
ouições encarniçadas contra o seu
S i?naíar’e mais fiel amigo !
: : ª o ª%*

—A Câmara anunciou a venda dos eu-

—AA galiptos da mata da Fonte da Pinta,

dizem=-nos, por motivo de eles estarem
a seçar. – :

: Se não há outro remédio, paciência,

. que nós somos iutransigentemente fe-

– rozes na conservação de todo o arvo” |É

redo, sopretudo, das matas, parques e
jardins, E a ser verdade o que se diz,—
e nósnãotemoso direito de davidar1 —
esperamos que o Manicípio providencçie
“sem demora para o repovoamento da
mata. da Fonte da Pinta, porventara,
” até hoje e desde. há imuitos anos, a
mais bela da Sertã, apesar da destrui»-
– ção que sotrea quando do último gran-=
de-eiclone. o :

Que a Câmará, ao menos, para
exemplo, dê provas do seu amor à ár=
vore e nunca seja o sea flagelo, o Áti-
ja, deixando=se subjugar por ideias ar-
boricidas, que hoje pertarbam, de mo-
do inconcebível, a mente da maior par-
€ dos munícipes !

2a L”
H , quem diga que o ilustre director-
gerente da Eléctrica Sertaginênse
anda por Lisboa à mexer os pauzinhos
com o intaito de conseguir antorização
para o aumento do kw para trés mil e
quinhentos !

Um benemérito, não acham? O
diabo é se os cálealos lhe saiem fara-
dos!

Vacinação Anti-Variólica

A vacinação das ireguesias de Ser=
tá, Camiada, Marmeleiro, Troviscal,
Várzea dos Cavaleiros, Figueiredo, Er-
mida e Cabeçudo realiza-se na sub-de-
legação de Saúde todas as 3.“ feiras,
às 12 horas. : : :

Das freguesias de Cernache do Bon+-
jardim, Nesperal, Castelo e Palhais, no
cunsultório do dr. Santos Farraia, em
Cernacehe, todos os domingos, às 10
horas da manhã.

Das Ireguesias de Pedrógão Peque-
no e Carvalhal, igualmente, aos do-
imingos e às 10 horas: da manhã, no
consaultório do dr, Raúál Lima da Silva.

Na sota da Ei%amá%ãsa União Sartaginensa foi prestada, no íªi ;
al di

8 t
do correnta, significaílva homenagem de gratidão ao incsansas
rector Aníba! Nunas Gorrêa, descerrando-se o seu retrato

GRATIDÃO .ou reconhecimento .de benetíçios recebidos foi sempre,
A através de todos os têmpos, ama virtade; assim a podemos classi-

Í
Ú

“, ficar porque, sobretado, nesta Éépoca em que se mostra mais vivo € Sa-

jiente o abastardamento. de carácter, a gratidão quase excede o âmpbito
do simples dever, é pérola rara e valiosa nas relações correntes.
Tão mal estamos habitaados a avaliar o valor de alguns homens,

em que apenas descobrimos áefeitos e só de raro em raro alguma quali- É

dade, que apenas no momento em que alguém se lêmbra de lhes prestar
reconhecimento páblico a seus méritos, compreendemos que aàs nossas
críticas injustas, despidãs de bom senso e eivadas áàe maledicência são
como a lama fétida, que, desviando-se do alvo pretendido, vem cair
sobrê nós… : :

São pouquíssimos os homens que nestes tempos de egoismo bár-
baro se mostram dispostos a contribuair para o bem da colectividade € do
porm nome da sua terra, quer com o sea dinheiro, quer—e mauito menos,
que o sacrifício é extraordinário—com o seu trabatho, inteligência e for=
ça de vontade, prejudicando os próprios interesses legítimos e não pou-
cas vezes a saúde | :

Quantos homens há por aí que, Ievados pelo espírito de abnegação
e amor devotado a esta.terra, lhe tenham dado o melhor do seu esforço,
queimando por ela, todas as energias ? Poacos, bem poucos! Claro, que
às pessoas de acção, defensoras dum alto iáeal, lutadoras por formação
psíquica, obstinadas em realizar obra átil e perdarável em bencfício da
terra .natal. ou daquela que amam € à que as prendem laços afectivos,
onde um dia constrairam sea futaro, trabalham em silêéncio, com uma
paciência de Jop e sem desânimo, rodeando-se dúm ampbiente de modés-
tia que ma! lhes lembra a grandeza da acção desenvolvida e de que nem
sempre os estranhos se apereebem!

Aníbal Nunes Corrêa é um desses rapazes—e porq1e não devemos
chamar assim à quem teima co 1siderar-se velho ?—dotados de energia e
de forte perseverança, que há muitos anos foi chamado a fazer parie da
Direcção da Filarmónica União Sertaginense, colectividade que tem co-
nhscido altos e baixos, a glória e a decadêneia, nos seus 132 anos de cxíg—«
tência. Pois bem, a Aníbal Corrêa, que tem acompanhado com amora-
vel solicitude a vida da antiquíssima Filarmónica, deve=se, não sômente
a orientação prudente, sábia e honesta da prestante Sociedade, mas tam-
bém, e maito principalmente, o amparo decidido e o carinho que lhe tem
consagrado. nos períodos mais difíeeis e críticos da saa existência, sem
os quais, por certo, ela já teria sossobrado há maito, açoutada pelo ven-
daval da indiferençã!l Quem não sabe isto? As erises pronunciadas,
quer por falta de elementos constitativos quer por carência de recursos
—e estes têm sido o nó górdio aflitivo—a pouco € pouco, com ama
energia que não excluai, prudência e tacto administrativo, têm sido venei-
das por Aníbal Corrêa com perseverança admirável, digna de elogio ou,
pelo. menos, de reconhecimento de todos os Sertanenses, que, um dia, se

‘mente ou até se revoltariam, mas a maioria é incapaz de lhe dar auxi-

lio efectivo, ainda que modesto, esquecendo que maitos poucos fazem

MUitosS… : ;
O motivo da homenagem, simples mas sincera, que tão excelente-

— mente caia no espírito público—-ov que mostra haver algam calto pela

justiça—, résidia no reconhecimento das altas qualidades de Anibal Cor-
rêa como director da Filarmónica por parte dos executantes é seu re-
gente e de Carlos dos Santos, um dos seas antigos elementos de maior
competência e prestígio, que em períodos difíceis e ingratos tem arcado
com as responsabilidades da regência. Carlos dos Santos sabe, como
poucos, quanto Anibal Corrêa tem contribuido para que a Filarmónina
seja uma colectividade disciplinada € valiosa no nosso meio e, lá por
fora, elemento honroso de propaganda da Sertà. Por isso mesmo, ele
pôs na homenagem todo o seu calor e entusiasmo, nascido do reconhe-
cimento a Anibal Corrêa e dum bairrismo indefectível.

homenagem associaram-se muitos sócios da Filarmónica, simaul-
taneamente, amigos e admiradores de Anibal Corrêa.

Carlos dos Santos, depois de aduzir os motivos da homenagem,
em breves palavras ditadas por verdadeira amizade € admiração a quem
tanto tem contribuido para o engrandecimento da velha Filarmónica €
jamais se escusoa a ampará-la nos períodos difíceis e delicados, descer-
rou o retrato do homenageado por entre calorosa salva de palmas.

Falaram a seguir os srs. / drs. Angelo Vidigal c Flávio dos Reis e
Moura, que testemunharam a Aníbal Corrêa à sua simpatia pelo maito
que tem feito pela nossa Filarmónica, evidenciando o quanto ela repre-
senta de áútil para à nossa terra desde que, seguindo as normas orienta-
doras de Anibal Corrêa, se imponha pela disciplina e espírito de sacriftí-
cio dos seas componentes, que, mesno sêm garantia de remaneração,
não devem olvidar o cumprimento do sea dever. O sr. dr. Angelo Vidi-
gal prestoa ainda homenagem aào valor profissional e qualidades de tra-
balho do maestro António Teixeira, tão amigo da Sertã que, por muito
largos que sejam Sseus voos por terras distantes, a ela volta de novo,
animado da vontade de fazer da nossa Filarmónica am agrapamento in-
vejável; e a Carlos dos Santos, músico distinto, elemento disciplinador e
prestigioso, que jamais se escusou a prestar o sea concarso à Filarmó-
nica para que ela possa desempenhar=-se cabalmente das funções que é
chamada a camprir.

Por fim, visivelmente comovido, Anibal Corrêa confessa o seu sin-
cero reconhecimento pela cativante homenagem de que acaba de ser al-
vo e que considera imerecida, agradecendo-a de todo o coração e dirige-
se ao sr. Presidente da Câmara, dr. Flávio dos Reis e Moara, para, pà-
bliçcamente, confessar a maior gratidão pelo importante donaátivo de 4
mil escados conceedido pelo Município à Filarmónica, o qual permitia
ftardar os execatantes, dizendo, ainda, que continaava a esperar da Câ-
mara todo o auxílio compativel com os seas recursos. Aníbal Corrêa foi
muito abraçado.

A todos os presente se servia um saboroso lanehe.

Após cada um dos discursos, a Filarmónica executoa o hino da

H Sociedade, excelente composição do maestro Joaquim Ferreira d’An-

drade. :
A prestante calectividade comemorou, naquele dia, o 132.º aniver-
sário da sua gloriosa existência. :

i — Bom café?! Só no «FAVORITO», da Seriã

vissem o desaparecimento da sua Filarmónica, queixar-se-iam amaárga- &

A
realidades

1
( Conclusão da 2.º página )

por isso a quem para lá o levou,
não sem lauta com a corrente que o.
quereria implantado em outro pon-
to—se bem que por alguns outros
aspectos se não recomendasse que
ficasse onde se encontra o citado
imóvel.

Temos, portanto, uma seganda
razão a contra-indicar à localiza-
ção do mercado no recinto a obter
pela cobertura da ribeira pequena,
à qual é à privação do contacto
visaal com a Sertã, !ogo à entrada
da -Vila, para quem vai à entrar
rela vindo dos lados de Cernache do
Bonjardim, Cabeçado e Pedrógão Pe-
queno. Ficaria, em tal hipótese, a Sertã
como que emparedada para lá dessa
cortina, quando a verdade é que o que
importa é fazer guerra de morte a toda
à Sorte de cordinas, para deixkar o . àr
e os sentidos cireular livremente…

Uma terceira razão seria o tacto de,
tendo a ribeira duas secções, ama à
direita e outra à esquerda da ponte que
fica em frente da Pensão Branco, mal
se compreenderia, até por uma questão
de simetria, que, levantando-se o mer+
cado coberio por sobre uma dessas sec-
ções, a vutra ficasse desguaarnecida,
sem reeeber edificação condigna e pa-
ralela àquela—salvo se sa pensasse dar tais
proporçõ:s ao mercado que ele viesse
a ocupar a área das duas Seeções, o
que parece seria excessivo quer tanto
para as nossas necessidades, quer para
as nossas possibilidades e recursos.

Mais razões poderiam sem difical-
dade apresentar-se, de menor monitia
por certo, para lulminar a tese que pre-

Prefira a Sráfica Celinda, Lda,, para

lhe imprimir os sous rrabaihos

tende trazer o mereado cá para baixo;
e entre elas a da distâneia em relação
ao centro da Vila, que não é irrelevante,
ao contrário do perssamento dos que
alirmam oOd se mostram convencidos
de qaue, dentro do perímetro da Vila
de Sertã, não ha distâncias considerá-
veis a percorrer em qualquer sentido.
Mas não valerá a pena-—porqae estas
chegam e sobejam, pela saa vuhbjectivi-
dade e valor intrínseco, para desacon=
selhar a solução que vimos de analisar.

Chegados entretanto à este ponto é
nataral que não falte quem pergunte,
um pouco angustiado : — Mas então, a
cobertura da ribeira pequena ? Deixará
de fazer-se, quando importa que se fa-
ça, em nome justamente da higiene, da
estética e de diversas oatras prendas
respeitáveis como o que de mais res-
peitável existe ?l

Nada disso, uma vez que tal 2ober-
tara nada tem que ver com a ennstra-
ção do mercado coberto, visto serem
duas “questões distinfas, exigindo solu-
ções independentes.

A cobertiura da ribeira pequena sem
dúvida que a sea témpo deverá fazer-
se, acompanhada da rêgularização do
curso da água mercê da constração de
pequenos açades é aproveitamento das

– Margens, ete., ete.

Quando? Como? Comvista à qie
finalidades práticas ?

Isso é com a Técnica, e bom será
qaue simples cariosos como o autor des=
tes rabiscos não meta atrevidamente à
sua foice em seara alheia, para que lhe
não aconteça qualquer dia como ào sa-
pateiro da fábala: ser chamado à rea-
jidade por algam novo Apeles.

E afinal verificamos que ocupamos
com a apreciação da tese dos que que=
reriam que se constraisse: o merçado
no recinto à obtér pela cobertara da
Ribeéeira do Amioso, mais espaço no
Jornal do que esperávamos ocapar.
Para outro dia ficará a análise da tese
oposta.

27-X1-1947.