A Comarca da Sertã nº384 01-04-1944
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DIRECTOR, EDITOR E PROPRIETÁRIO
Eduardo Barata da Silva Correia
== PPD NC CAOSE ADMINISBRAÇÃO Ss
RUA SERPA PINTO — SERTÃ
A VENCADO
PUBLICA-SE AOS SÁBADOS
-“—FPUNDADORES–
=” Dr José Carlos Ehrhardt —
“Dr. Angelo Henriques Vidigal
-— “António Barata e Silva —
‘Dr. José Barata Corrêa e Silva
Eduardo Barata da Silva Corrêa
Compósto e im-
presso nas
Oficinas Gráficas
da Ribeira de Pe-
: ra, Limitada
CASTANHEIRA
DE PERA
Teleforeto.,
ANO VIII || Hebdomadário regionalista, independente, defensor dos interêsses da comarca da Sertã ; concelhos de Sertã, Oleiros, |
——— Proença-a-Nova é Vila de Rei; e freguesias de Amêndoa e Cardigos (do concelho de Mação) ————
N.º 384
T if
ABRIL
194.4
“O GLOBO,,
– Este explêndido quinzenário
da capital apresenta-nos no últi-
mo número, agora recebido, uma
nova e muito melhor orientação
literária a qual se deve ao jor-
nalista Octávio Rodrigues de
Campos que assumiu a chefia da
Redacção.
Assuntos de actualidade, esiu-
dos, crítica, reportagens, temas
de arte, economia e politica são
focados por um.quadro de cola-
boradores consagrados pela sua.
actividade nos vários sectores das
letras, E
“Bastante ilustrado e grálica-
mente melhorado, «O GLOBO»,
-—que tem a sua Redacção na
Rua Luz Soriano, 27-2.º, Lisboa
—promete vir. a ser um jornal
de larga expansão e votos por
tal daqui formulamos.
— entoteconemon DR notontontnrom
Joaquim Ferreira
Monteiro
Teve alta do hospital de S.
José, onde foi operado, no dia 19
do mês passado, encontrando-se
em plena convalescença, o nosso
amigo Joaquim Ferreira Mon-
teiro, informador fiscal dêste con-
celho.
— 4 operação teveo melhor êxi-
to, o que muito folgamos saber.
a HESSE
Carta de um patrício
«O nosso periódico é lido sem»
pre gostosamente, porque além de
defender os . interêsses da nossa
querida terra, dá-nos também no-
tícias dos nossos conterrâneos e
amigos, com os quais lidamos na
maioria.
“Você, caro Eduardo Barata,
tem sido de uma grande dedica-
ção e tem trabalhado; bem merece
a estima de todos os patrícios, que
julgo indiscutivel, São assim quá-
si todos os sertanenses. Você sa-
be, pelas assinaturas do jornal, a
* quantidade dos que mourejam por
aqui, pois todos êles, sem excep-
ção, sabem grangear a estima e
consideração de tóda a gente. Não
há um só que ceja desonesto, in-
correcto e de má reputação, mas
antes são trabalhadores, com boa
conduta, manifestando sempre as
Suas boas qualidades, impondo-se
assim aos olhos de todos. Isto só
honra a terra que lhes serviu de
“berço.
Meu caro Eduardo Barata; es-
pero dentro em breve poder dar-
Jhe um abraço; até lá, faço since-
ros votos pelas suas prosperida-
des pessoais e do nosso familiar
jornal, que, ajudado por todos,
ainda poderá ser grande.
Quelimane, 8 de Janeiro de 1944
F. Lopes da Silva.
3. oficial radiotelegrafista
A cultura ética na Escola Primária
É (omo realizá-la pelo desenho |
e trabalhos NA MURAAS
O rellectirmos sôbre as origens da de-
sordem moral que afecta a paz indivi-
dual e social, não custa a discernir, através
a sua complexidade, como uma das mais de-
terminantes, a da insuficiência de capacidade
realizadora para defeza na luta pela vida.
Temos observado, na análise curiosa de tan-
tos despeitos e protêstos, contra tudo e con.
tra todos, nascerem, em grande parte, de
quem mais deve ter-se por vítima do que ser
julgado por algoz. Nem a família nem a
escola lhes favoreceram a vida, uns porque
nunca experimentaram o benefício da sua
influência, outros porque a receberam erra-
damente.
Interessa-nos, hoje, o prejuízo da escola
excessivamente intelectualista, escusada-
mente pesada pela má interpretação do prô-
grama, atrofiada pela insipidez duma memo-
tização absurda, inconveniente pela mono-
tonia do ambiente espiritual e-material, sem
o reflexo festivo e acolhedor do Ideal, da be-
leza e do confôrto, faltas estas correlacio-
nadas e reduzíveis a uma só: a indiferença
pela cultura artística. ‘
Não se concretizando, em forma sensí-
vel,so conteúdo da consciência, subtrai-se
o ensino ao processo superior da sua aqui-
sição, desperdiçando se o proveito da inter-
venção das sensações tácteis e musculares
ou seja o raciocínio concreto da acção, que,
segundo Guyau, grava ao mesmo tempo as
ideas no espírito e nos dedos. Além disso,
a escola não passará, nestas condições, de
“lugar de difícil adaptação, com seu ar de ca-
verna de paredes nuas, frias e repulsivas,
sem a nota alegre daigumas prateleiras de
trabalhos manuais, frisos ornamentais e al-
guns exemplares mais perfeitos de desenho.
“Importa ensinar bem, transmitindo os conhe-
cimentos intuitivamente, em vez de pela fas-
tidiosa via livresca, como devemos cuidar,
simultâneamente, de adornar o meio educa-
tivo, fazê-lo realçar aos olhos dos alunos,
torná-lo convidativo. Não realizaremos, as-
sim, deve acrescentar-se, apenas obra inte-
“lectual e artística, mas alcançaremos tam-
bém o aspecto ético da cultura. Só se apren
de a trabalhar, trabalhando, excelente veí-
culo de virtudes. E’-se exacto moralmente,
– pelo hábito de exactidão nos nossos labores.
A limpeza a que a arte obriga cômunica es-
crúpulos de higiene de espírito. A observa-
ção atenta dá firmeza ao juízo e ao carác-
ter. A acção, em última análise, a que os
desenhos e os trabalhos manuais obrigam,
conduz ao amor do esfôrço. Para muitos
dos nossos falídos revoltados o que os levou
à falência foi a mão que falhou, por não ter
sido cultivada no amor do trabalho e na sa»
tisfação mais que nenhuma profunda, salutar
e grata de verificarem a utilidade dêste ma-
ravilhoso utensílio servindo o poder criádor
do artista. Cabe à escola primária formar es:
ta espécie de trabalhador ?
A minguada escolaridade e seu aprovei- ‘
tor do distr.esc. de Castelo Branco
‘ tamento na idade mais juvenil não permitem,
é certo, nem é êste o designio, a sua forma-
ção. Sem embargo, se tal não se atinge,
podemos incluir, na cultura que ministra-
mos aos pequenos educandos, o germe que,
– fecundado pelos anos, pelo ensino subse-
quente, algumas vezes, e pela experiência da
vida, sempre, trará facilidades de govêrno
próprio, perfeição e independência.
“A criança sente desde a mais tenra ida-
de o impulso criador; ponto de partida de
tôda’a cultura. Destroi, como sabemos, pa-
ra melhor conhecer e construir. O brinque-
do desfeito é o testemunho do seu desejo de
fabricar. A garatuja informe saída da mão
tremente da criança de três ou quatro anos
é o embrião da obra prima do dessnhista e
«pintor célebre, como o boneco aleijado que
modelouw pode vir a ser a estátua admirável
da praça pública, orgulho do grande escul-
tor. Os desenhos de cópia e os de imagi-
‘ção, meticulosamente anotados e corrigidos,
são. alicerce de competência profissional.
Por êles se habituarão à beleza das formas
o futuro carpinteiro, o marceneiro, O cerra-
lheiro, etc. O adôrno das capas dum cader-
no, com a grinalda de côres, as dobragens,
– recortes e entrançados podem ser motivo de
competência e bom-gôsto da costureira ou
de qualquer mulher que precisa de ganhar o
sustento ou realizar economias sabendo
compor as peças do seu vestuário. Se não
vemos no desenho e trabalhos manuais um
fim, considerámo-los, todavia, como um
meio -—-o adestramento da habilidade manual
e das faculdades criadoras, como preâmbulo
da função profissional lucrativa. Favorecen-
do a emancipação, defendemos a moral.
Repetimos: E” preciso considerar, além
da influência intelectual tão benéfica que
exercem na aprendizagem, concretizando-a,
o valor moral que encerra o cultivo, na nos-
sa escola, do desenho e trabalhos manuais.
Por estas disciplinas pode adornar-se o meio
educativo que deve inculcar, sugestivamente
o amor do Belo e do Bom, na escolha es-
crupulosa dos assuntos;conduz-se:o educando
à exactidão moral pela exactidão dos traba-
lhos que realiza; estimula-se o amor da or-
dem e da limpeza, pela boa apresentação dos
mesmos; desenvolve se o espírito de obser-
vação tão necessário, pela análise dos ob-
jectos a reproduzir, ao que não é estranha a
riqueza dos sentimentos; como “linguagem .
universal» são excelente meio de comunica-
: ção e simpatia; impõem prestígio ao trabalho
manual com que são obrigados a manter-se,
na nossa terra como em tôda à parte, a maioria
dos cidadãos que não ricos e devem: ganhar a vida
‘-honradamente e com alegria pelo próprio esfôrço.
Atenção, pois, muito interessada ao de-
ver que em tal matéria incumbe ao professor,
“para que a família, alunos e superiores hie-
rárquicos bendigam a sua acção e a Pátria
dela aproveite o mais amplamente possível.
Cuidemos do desenho e dos trabalhos manuais.
Por Silvestre deF’igueiredo direc-
Heminação ditada
Depois do avanço da hora, a
iluminação pública é particular
cessa à meia noite é como em
geral principia algum tempo de-
pois das 19 horas-—a particular
“não temos agora luz mais do
que quatro horas e picos…
E’certo que os dias são maio-
res, mas há muita gente que jem
necessidade de prolongar o seu
trabalho pela noite fora é a fal-
ta de luz eléctrica causa-lhes
transtôrnos e prejuízos sérios,
tanto mais que certos serviços,
sobretudo os que envolvem um:
estôrço intelectual aturado, con-
centrado e ininterrupto, só se
podem fazer de noite, em horas
de silêncio absoluto. .
A luz é tão necessária e im-
prescindível: como a, comida e
a água; é indispensável em todos
os centros urbanos de certa im-
portância e não exigir muito >
que a Sertãtivesse corrente des-
“de-olusco-fusco até .às 5 horás
pelo menos. Se a energia é pro-
“duzida pelo carvão Vegeta! não
compreendemos a economia ja
que se submeteu a Eléctrica e
estamos convencidos: de que
uma tal orientação só lhe pode
causar prejuízos, visto.que a di-
minuição das despesas de explo-
ção não é compensada pelo ren-
dimento, que, fatalmente, tem
de ser bastante reduzido. Se Os
consumidores que possuem con-
tador, se conformam com unia
determinação que os obriga:a
uma economia que roça pela
penúria, já “não “sucede o mes-
mo com os que pagam avença.
A nosso ver, a solução mais prá-
tica seria prolongar o forneci-
mento de energia e facilitar. a
tôda a gente o consumo de luz
eléctrica, concedendo condições
especiais—dentro da devida
compensação para a emprêsa —
a tôdas as famílias pobres da
vila.
pi
O que sc passa no
Marmeleiro?
Diz-nos alguém do Marme-
leiro que há ali muito potico mi-
lho para consumo público; quarn-
“to ao pão de trigo, vai para três
semanas que ninguém alio pro-
“va, depois que se publicou o
edital da distribuição, pois que,
até então, ainda um ou outro e
“vinha buscar à Sertã durante a
semana. São as crianças e os
doentes que mais sofrem: com a
escassez. .
Pregunta o nosso informador
o que pensa fazer a Junta de
Freguesia do Marmeleiro para
resolver o assunto e se persiste
em ficar de braços cruzados,
deixando correr o marfim, co-
mo também tem sucedido com
a distribuição de arroz e açúcar,
que ninguém até hoje conseguiu
compreender, dando motivo a
protêstos da população, que se
vê prejudicada nos seus direi-
tos. nos seus direi-
tos.
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mia (Carneiro Moura, 2530; Meelle Maria Miquelina Santos, 2850;
Mell Clarisse Caldeira Ribeira, 2850: Mello Maria Margarida E,
Farinha, 2550; M.elle Maria Helena Craveiro, 29590: Melle Maria
da Luz Malheiro, 2850: e M.elle Maria Amélia Logrenço, 2850.
mortalidade
As crianças são q elemento
mais importante do movimento
demográfico dum país, medin-
do-se pelo seu número o seu
potencial fisiológico e as suas
capacidades de progressão. A-
LEm da continuidade das fami-
las elgs Sarantem a cominuida-
de dos povos. A salubridade
infantil é um dos indices da
prosperidade cas nações, &, por
via disso, os higieniatas dizem
que scb o ponto de vista eco-
nómico importa mais salvar a
vida de uma criança de mama
do que garantir a de qm adulto
ou alongar a de um velho. E
esta é uma maneira forcada de
expressar uma verdade social.
(dra sucede que essas mara-
“vilhas que garantem o ulbro do
nosso sangue e do nosso Pais,
jenecem Bos milhares nos pri
meiros tempos da criação, myr-
rendo por túdas as maneiras,
– embora, caso paradoxal, quasi
“sempre por doenças ou aciden-
tes sóbrê os quais podemos ter
mão. DMascem matas crianças,
porém multas já mortas e ou-
trás pará morrerem em fresca
data.
& natalidade infantil é muito
razoavel em bastantes países
do globo mas a mortalidade ain-
da a ulrapassa. Por cada mi
lhar de habitantes nascem mai.
tas crianças mas de cadamilhar
dêsses infantes motrem largas
dezenas nós. primeiros meses,
“ó va Europa, no ano de loga,
a que se referem sempre os
seus túmeros, estas compara-
ções são as mais conirangedo-.
TAS:
Indicamos as nações E Os
números representativos das
percentagens pot natalidade com
cada so00 habitantes e mortali-
dade infantil (antes de roano)
Por Pan! nascidos Jivos:
Alemanha—t89 e hã Aus-
tria—-131 e 9h Bélgica l5d e
TT; Bulgária—26,3 e 154: Dina-
marca=1T7,)i e Tl; Espanha—
252 e 109: Estónia 15,0 e 89:
“ Finlândia —Ll6 e 07; França
l52 e til: Grécia-—28,3 e 112;
Hungria-21 2 e 152: Inglaterra
— 15.2 e 60 Irnlanda—l9,0 e 6%;
itála—23,ãe 101: Letónia 17.6
79 Lituânia =23,5 e 123; Lu-
à transportar… 15.00554)
A natalidade
xemburgo— li2 e TT. Malia—
dd e 280 Noruega—lg6 é dl:
Holanda 20,2 e do; Polónia—
Bh t e lat; Portugal=of se
740: Rumânia— 30,7 e ly2; Sué-
cia—lã,S e dr; Suiça—lb e d&;
Tchecoeslováquia—iT;A e 125;
lugolávia-31Ã e 130,
Felo que respeita ao nosso
Fais vê-se que se nasceram por
ano, e por 100 habitantes, 28,4.
crianças, também por cada mi-
lhsiro de nascidas com vida vie-
“tamo a morrer LA,
“Dr. Almerindo Lessa –
– Puericultura,
ap]
FHESESoaa EE
NECROLOGIA
Fon 14 do mês findo faleceu,
cm Arruda dos Vinhos, qude re.
sidraç o sr Adriano Leitor de
“rito, de 100 anos, notural de
Ponda (luta Portuguesa), par
da sro do Frnestina Jeitor de
divito Portela e sugro do nosso
estimado assinante sr. (ruilher-
mino Farinha Portela.
Lxercey una brilhante acção,
como agente comercial, em Hom-
baim (fudia Britânica), que mui-
to honrou o some de Dortugalias
pracis de foondres, Berlin Pa-
rise oulras capitmis, pelo que re-
cobeu louvores do governador da
nossa india. () Rei lh Luiz con-
cedeulhe o Htuio de fidalgo da
Cast feal ea comenda da Ur-
dem de Cristo por caclus de de-
“oenção, honestidade é maror qo-
los, A sua vida foi sempre mm
exemplo de trabalho,
irrande Feremérito, doou do
municipio de Arruda dus Vinhos
importiuntes fofes de terreno, am
de foram construidos um edificio
e Ouiro para a Sopa dos Pobres.
O extinto era filho do gene
ral Jusê fndoio de Breo é de)
Jultana Luva Henriques de Bri-
to,. 0) funeral realizou se, no dia,
vnediafo, ce Arruda dos Finhos
“para o seu joqigo po cemitério
du Alto de 5. Joda. à
4d tida à emilio enhutada,
designadamente au nosso amigo
sr. Guilhermino Variúita Horte-
fa, opresentamos sentidas condo-
tências.
Eee c propagai M EE ;
da Sertão,
Camionetas
de Passageiros
Por enquanto não é vigvei o
desdobramento de carreira
entre Oleiros é Sertã nos
dias de feira
No cm Dir alúdimos à ne-
cessidade de desilobrar a car
ceira eutra Oleiros e Sertã na
dias em gue aqui se etectuam
as Lrandes feiras anuais, visto
que do concelho de Cleiros e
dos lados da serra se desloca
muita gente para tratar dos seus
nedúcios; chamamos a gienção
da Companhia de Viação de Ser.
nache para o assunto, que nos
diz em carta recebida em lb do
corrente: e Com o titulo sCamnio-
netas de passageiros» toi publi-
cada na «Comarca da Sertão
uma noticia sôbre o desdobra
mento da carreira LHeiras-Seta
tã, em certos dias, Só goora
nos foi possível respúnder à ci-
tada noticia, porquanto os nos-
sos trabalhos e inúmeros aíaze-
tes não permitiram fazélo há
mais tempo. Esta Emprisa, sem-
pre habituada e pronta a aten-
dar e servir o público, multas
das vezes com manhesto pre-
juízo para sl, teria todo o inte
rêsse em ser adradável, solu-
clonando a pretençio a que aly-
de a referida local -=cdesdobrar
a carreira de Oleiros-Seriã em
dias de feira». Mas, atendendo
ao encarecimento das matérias
primas e mol especialmente à
enorme dificuldade em adquirir
pneus, lal desdobramento não é
viável. Que se torna necessário
um desdobramento, reconheçe-o
a Companhia, pois o alvitre não
é de agora, existindo há muito
no espírito da decência, mas so»
luclonar tal problema sem aten-
der às circunstâncias actuais é
emprésa arriscada e de dificil
solução.—A Gerência. –
E
Assinaturas.
cm atrazo
Ds nossos prezados assinan-
tes de Angulo e Mapambique pe-
dimos para liquidarem os resper-
tivos recibos logo que lhes sejam
apresentados, peln Baneo de An-
gola, aos primeiros, e pelo cor
rela, aos segundos. Ultimamente
tém vindo alguns secihos devol.
vidos, O que causa grave transe
túrno porque os encargos da ma-
nutenção do jorúal são muito ele-
vados e ainda porque a cóbrança
demora muitos meses a eléctuar.
Yamos enviar, novamente, à co
brança os recibos devolvidos, se-
dindo aos destinatários o favor
de vs liquidar prontamente.
quanto aos nossas assinantes!
que residem em 5. Time, Bra.
sil Congo Belga, Congo Fran-
cese Fernando Pó é que o caso
e mais complicado pela impossi-
bilidade de proceder gu cchransas.
Assim, dentro da medida do
possível, vinuis pedir a todos que
não têm, no continente, pessoa
encarregada de faser va pagamen-
toa, «do proceder a estes pela for
ma que tiverem por mais conves
mente, lembrando-lhes que, mui-
tos, bã maia de dois anos não nos
remetem um vintém é a expedição
do jornal, em tais condições, re-
presenta pera a Redacção um Des
sado encargo. Cada um dever-se-
ia lembrar que, não cbstante a
Jalta de papamento, temos conti-
nuado a remeter o jornal com res
gularidae.
A titulo de inturmação, e dada
a dificuldade de [fazer à comuni
vação directa com todos OE nossos
assinântes nas condições Indias
das, passamos a indicar, apõa ne
nomes e moradas, à importância
dos seus débitos até o n.º 400;
Adelino Ferreira, Brasil, 1648;
Adelino Ricardo Louro, Id. 158%:
Aberto Farinha de Oliveira. Con-
go Felga, 1008; Alberto Ramos,
Brasil, 1528; Alberto Tavares,
Congo Belga, 145%; Alivedo Per
reira, Brasil, 1208: álitedo Mar-
Fissociação dos Bombeiros
Voluntários da Sertã
Continuamos a publicar hoje a lista das pessoas
“que corresponderam ao apélo desta associação
paraa compra dum Auto-Maca des-
upado-ao set corpo de bombeiros:
Transpoite: Ido mn Iori,
D, Lidia Manso, GoG00: Dr. CGartos Martins, MIGU0: Francisco!
Pires de Moura, sis0o, António da Costa, S00GUl D. Marta do
Carmo Modra, Lo4S00: OD, Matia de Gusmão. Gg00; Dr. João Anto-
“mio Menano asOJo lieipaldo Costa, 2000; Manuel Farinha: Pat-
tela; MMS Palre Artur Mendes de Moura, 208007 Dr, Antómo
Vitorino da 8, Coelho, 200; Januário José de Moura, SOS TI,
Maria Teresa Cid Leitão, 20500; António Henriques Neves, 20500:
E, Henriqueta Tasso de Figueiredo, 50301; Libânio Vaz Serra,
150206. António Nogueira é limão, MS00 De. Ruben Anjos de
Carvalho, 105800; Almirante António Antunes de Mato, 190500;
|. Teresa Batalha, 20500; Francisco Ferretra Leitão, SUSU0; Padre
Eduardo Fernandes, S0g0l José Matos Pessoa, A0S00 Ernesto
Carvalho Leitão, 72800; Antônio Dias, 5800; Manuel Matias, SUGUl;
Eugênio Farinha, TOrbl: Carlos Domindos, 50500 Juteta Leitão,
20804) Egrica Lopes, 50500; Manuel Rodrigues Ameixôeira, SOM;
Dr. Jaime Lopes Dias, S0G00; José Dionisio dos Santos. 5$U;
João Marcelino, 20200: Dr. António Nunes e Silva, IQOBUOM. Tran-
cisco Fernandes, 10800. D, Maria Eutália Reis, 1bg00 Manme]
Caldeira, 10500; Drogaria Rodrigues, 30800; Drogaria Pestana,
Dgik! Padre Manuel Martius, SOgOD: José Antunes, S0S0K); Vicen-
te Vale, SUS00: e D. Lúcia Magalhães, SORUO,
A transportar… cd S5AG0)
avós a Camara
—— mn
ques, idem, 1424: Américp Pesta-
na, idem, 708 AnLânio Soaguim
da dilva, Congo Nelga, 548; Au-
tánic Alartins, Brasil, poco Arbús
vio Sempedro, Congo Belga, tap:
Carlos Larinha Portela, Brasil, cus:
David Baptista, idem, si Dio-
otingos Martina, idom, id lon-
tinua:
— Doda a atenção que dispen-
saem ao nosso pedido corresporte
de, (simplesmente, – à boa vaon-
Lade que temos mostrado em suis
vilos, não lhes faltando com as
noticias da sua Lerra tatal,
Elis
Das viticoltares
Conforme determina o novo
Decreto n.º 33.544 sôbre cons
dicionamento viticola,’ pobli-
cado no Diário do Govêrmo
do dia 21 de Kevereiro últi- –
mo, têm os requerimentos, fei-
tos em papel selado com uma
cópia em papel comum com
pedidos para plantio de vinha,
que dar entrada nos Serviços
até ao dia 15 de Abril pró-
Ximo,
As plantações estão sujeitas
ao pagamento de 410 por cada
pé de hacelo cuja plantação
vier a ser autorizada, com ex
cepção das que se efectuarem
nas bordaduras dos campos
nas condições expressas noar-
tigo 5 do citado Decreto.
Aconselham-se os viticulto-
res, quetiverem dúvidas sôbre
a luterpreiação das novas dis-
posições legislativas sôbre
plantio da vinha, a dislgirem-
se, quanto antes, à Repartição
de Serviços Vitivinicolas da
Direcção (Geral dos Serviços
Agricolas, Brigadas Móveis do
Piantio da Vinha ou aos Gré-
mios da Lavouta onde serão
convenientemente esclareci-
dos.
Desde já se informa que
não se dará andamento a re:
querimentos entrados depois
da data indisada e que qual-
quer plantação que se electne
sem a necessária licença terá
“que ser arrancada, ficando à
seu possuídor sujeito às pena-
lidades correspondentes aú
plantio não antorizado.
— Pste número fol visado pe-
la Comissão de Censura de
Castelo Branco.
CARDIGOS, 22
Crónica de Cardigos
“Termitam-me em que nes-
te dia, que o Borda de A’qua
nos aunncia o Entrudo, vã
lançar as tristezas, para cima
do diabo que as carregue…
e de lhes enviar duas linhas
hHurmmoristicas, mal alinhava-
das; tis
Neste dia de tripa cheia…
não só os palaritos, como as
aohrissimas galinhas. fo-
rata à dególa,..
E eu lhes conto… :
Veio há dias num jornal,
a noticia, que noma terra do
Brasil, um camponês tinha
“encontrado dentro duma pali-
nha, numa pérola chjo. valor
era de 300 libras!..
“Como deve calcular, O que
são as mulheres… e vá de,
estirpar quantos galináceos
havia… e não havia… mas
que decepção… mada de pé-
rolas… Ho papo apenas ar e
vento. pio
Cá temos nós o adagio
bem popular — há males que
veem por bem… — e sem
querer, lá se tirou a barrigui-
uha de misérias. : de gali-
Has
Agota temos a vesolver o
roblema dos aros, porque
sem galinhas mal os pode
haver… e mal está aquela
mulher da anedota, que mui-
to bem deve saber.
De quando o marido &
noite, vliha do trabalho, cheio
de lôme e cansaço, sempre lhe
arranjava qualquer pretêxio
para o fazer arreliar.
Numa dessas noites, para
a ceia, tinha fritado três OVOS,
mas advertindo-o dizendo sem-
pre, que comia dois…
E como êle não podendo
suportar por mais tempo tal
espécie de afrontas, aum abrir
e fechar de olhos, não estando
“com meias medidas, e quando
ela dá meia: voita, Áás..;
tráz… pápadhe os dois…
Ao ver 08 ovos comidos,
num acesso de cólera, fica
prostada, sem sentidos, e jul-
@@@ 1 @@@
É E
IRL ceia
A
«Através da comarca
gando- à morta, va de se fa-
ser o entêrro
Sucedeu, porém, Bo meio
do caminho, dar acprdo de si,
começando por bracejar, e gri-
tar com tôda a lôrça, que ha-
via de comer dois .. 4
Hei-de comer dois gritava
ainda com mais lárça…
Os do acomoanhamento,
já se vê, pernas para que te.
quero… asde Vila Diogo.
mas o pior de tudo fol ir
a acompanhar Um cõxo, que
que não podendo alcançar os
companheicos cá de rabãr
da, tão aflito sz via, que en-
quanto ela gritava, hei-de co-
mer dois… e hei-de comer
dois. . êie só dizia: ai o que
há-de ser de mim e mais don-
tro
E agota, aqui pata nós.
que ninguém nos homve, com
o susto, .: o cáxo GColtadi-
nho… ficou com as coronlas
tódas. . sim. você sabe
Mas como vcastipo.,. E
para exempio,. fa-lhe jm-
posto Aquela malvada não
mais poder sair de deatro do
caixão e ainda hoje lá se en
contra. repetindo a cada ins
tantes, e heide comer
dois…
Ainda mais ontro proble-
bizado..<«: o: do
pão… porque não é o padel-
ro a levantar-se à mela noite,
mes sim o pobre do consumi-
dar! .. ns
Mas lá ia eu já a rasvalar
para co’sas tristes, eu que pro-
meti ao lançar à mio da pe-
na, ser, humorista… e para
não faltar ão prometido, de
verdade vos digo, que a garo-
tada é mulherio. fazem equi
no centro da Praça, estrondo
de ensurdecer pela descalada
da uoite, em volta das foguei-
ras, estridentes gargalhadas e
assobios, como se fosse em
festas de arraial. «e ainda
BEBES a
Mars um carnanal que passa,
MENOS HRS ditas de pics,
Prés insipidos dias de inúteis
diveriimentos, incontestavelimen-
te cheios de dissabores e decep-
CBS difarbas, restando po fun
do, quando múilo, apenas um
, pone de sujidade. Afinal o car
naval não acaba, porque hoje já
ninguém quere perotténcia.
Lntrase da quaresma, antes
é derois, mantemse à mésma
“máscara ny pida,
Quem com ferros mata…
O que se vê nose cndevente
traje feminino, e que fazem das
faces e labios fila de pinta, e
de sobrancelhas depela dave units
semelhantis ad Ga Mis ensanguen
tadas, O que é semiv indubitaivel
fa ur cólendo entrado?
as amiçados falsar, us desen
gatos, os Jaros desferios, as tra-
Jicdaria , ai mentiras, tudo sto
é mais de qui Inunaoi fade an
da envolrda, que &. gendo ui
permqnente garnatre) P
dá cdigião SS. Podro Damnio
Ha Segpo ter Crer uiietdEs —
céste quado afunda-se de dal gui
te na corrupdoç gue lódlas as
classes socigis estão em runas.
Não há pudor, nem decência, em
relietão; o córo dar santas ir
tudes abantonog a Serra.
Vodos Buscar o inteorcise, de-
votados pelo apetits dos bens da
Ferrão Permem as ondas furia
sas do orgulho ea luxtria fe.
panta tempestades gerais,
A ardem do matrimônio esta
confundida; os cristãos virem
COMO BAgIOS,
Crrandes e pequenos estão su-
jeitos à concupiscência, ninguém
tem vergonha do sacrilógio e do
PérgiTo, o npendo E um alisa
de invejoso podritipa
Eeiwar pois passar de largo
esse hndo ululante, Tncomecion-
te, que quere gem saber o que
quere, e que na realidade só der
xa um rasto de alegrias tristes,
cheias de mistejas.
Voltamos 0 pensamento para
o fem único que nos espera, é fa
calmos pemtércia, nestes dias lão
cumturhados e chato de Incerte-
qas, em que a igreja jnaiís Men
te; nos conrida à orqrão.— dy,
MOS TEFRO de 5º TIAGO, 15
Fe sta Escolar
Reali jou-se o passado dia 5
q jesta escolar da Escala de Mos.
tetra Cimeiro, promovida, pela
sr professora, que empregou to-
dus OS seus esforcos para que a
festa hivesse o meljor êxito pos-
sevel, Pode dizer se que o conse
guin. pois ludo decorreu na me-
thor ordem, com muito brilho e
grande êxito. E
Imiciowse a festa ds q horas
com o trar da Bandeira do gom
do Hino Nacional. Pugco de-
pois chegut o Rer, Po Cardoso,
que gustusamente se deslocou dn
Uuárçea dos Caralerros ao Mos-
tetro, não só para celebrar a
Senta Missa, mas para assistir
a qa das criancinhas du ss
cola.
Orguntow-se wo cortejo que,
da escola sé dirigin à capelo de
&. Piago, onde todos foram curir
“missa, tendo comungado agr
Erofesanra, os alunos e sto ro
vo Ao Evangelho, o Mer, Pe
Liardesa, dirigiu ds crianças é à
fodo o povo sábios conselhos é
una bela licão de moral, que fui
ouvida com anuita atenção.
Crônica da aldeia
por dosé Pinto Ugarte “Ser tório)
Nr
batia
Hpriinaação do Mo ass]
Como são mesquinha as derójudas
mores dos Noens au lado da mais in-
sienficaote obra de Petas
Instintivamente voltou a lixar tu
Ração dd azenbo da eujo-telhado saiz
gare ora ccoliita die fimo que ponta
gemas mgneha grafado qa névis mai
Lina:
E. porquê nas hepde qrlêm é
hão. não decente A beleza fascinante
Caqiels rapariga, 2 candusa dos seus
tmutos olhos, a gentileza das suas ga
ne Tas od audéstia o simplicidade do
mes drabo, puercurbeao me mais cg iquá
gue cen dasejuria e mem çu se mam
Se pgs ainda v que u não amo!
Partes npossivel QUE mamã cy pa-
Fiaa. da cldcia, sem convivência é sem
educação, 55 SNCONCrem dhãs maneicas
ELO uistimias, dum porre cão nobre e
arrstiiel Se me dissessem que ela Eri
sijia de alguma rainha acredita -lo-iy
imediatamente,
Paráçe impossivel que na mein
dessas Serras su encontre má jóia de
canta valia! DPojs não É eme os Po
chedos que se envontram os ntais (inos
diamantes:! Sempre vou ate lá, queia
desuder Goeigarro e não tenho Ea
E ulinal, norgue não hejede iró Já hy
quinze dis queestum na lama & nbhes
Lufnei e ve: Luiza depois degue’p noite
em que lá fiquei ve azenha, Vasbs mea
velho! Não terás tu fúrças para resistir
4 BirdLçên daqueles encantosi.i magia
úaqueles clhost vamos ly Zé Maria é
deiua-te de nieomices Cane r não nas-
Le mESim SSm ISia SM crencas, VAMIDS
mas úio portutões a preza daquele
CoTEção, inocência daqueia alma.
candura daquele anjo enqu pulavas Eal-
sas e mentirosas law seria my Crime!
seria Um sacrlégio! servia uma ipii-
mia!
E. instintivamente: José: Maria to:
INOU, peusativo. o caminho da azenho,
Comarca
Finda q omnissa, roltaramm to
das dd extola, fetismaeiite CH DON»
fejol ds crianiços Pina Cam-
tando-lindas concões, que a fodas
encantaram O poros mas surto
Porv, seguia as criaronnoas Ui
piano fabeén quairorapaçes com
mma linda e ralinga fugaça, que
fot oferecida polo poro em hene-
fio da Calxa Escolar: do che
gar doestola tolos sailfaram a
Bamdeiro,o folme nopamente O
fer, Pe tiardoso Jehertenido o
povo e camnprimentando q sr
“professgra. Ds servido, áscrian-
Cas 0 REMO Pepiseiioo boi 19
largo da escola,
Pezse uv leitão da fogaca é
foi aberta a cxpostedo dos fra
balhos escolares, a iermesse e
renda da ur.
E mmunciada q chegada do
sr. Delepato Pacolar, a quem, a
sr professora com os seus alu-
HAS, MD Cro BrTirentaro ls ar
Nuras teve inicio a récita. Abrim
a sessão a sr.* professora lh Ma
ria Pretre Ribeiro, que depois de
saidar e agradecer ao sr. Dele
gado Escolar q Aomra da sum
digna presciça na fésia do Mas
tetro, explicou go público ais
fitade da festa e o destino da re-
certa vótida. Dirigiu-se tambim
de mrles e pois dos seus alunos,
pedindo lhes que colaborem com
a escola na educação de seus fi-
ditas, POIS SÓ dessim se consegue o
almejado fim. doradeceu q toda
a gssisténcia o amxílio prestado
df SEMSE CÊNAOS, COM q 34d present
El oi nm sua afecta e termino
dando pitas aos nossos ilustres
“Chefes, q Poriugale go sro TH.
rector Pycular de Castelo Bram
“co Fon seguida falou o sr. Au
tóma Enpes Manso, dis,” Tale
gado Escolar neste concelho, que
fer wma brilhante livão, pelu que
no fon jo mito vplautido, Pa-
tou também a sr, Mantel Faria
nha Murtins. menhro da Junta
de Preguesta da Virçea dus Ca-
raleiros, como representante da
mesa Mente,
Seguiram-se os muitos e hopi-
for niineras da récita que agro-
daram pletameênte, à túda a as
sIsténcias
asia monilosos, didlogos,
canções, oilados e comédias.
Faria mntotas onitas e salvras
engraçados sem esquecer q de.
senvolto egaroto dos jornais: &
os garbosos csoldadinhos».
ds comédias: «Não dias to-
dicesu, €0 tinhos, «Chegará a
Eoutoro e ns quairo estacões
também muito ngradaram.
Ilonraram-mos com a sua vi-
sita, além do sr Manso e Rey.
Pis Cardoso, os srs. Josi Tava-
res, dr Sertã. Francisco Barra-
sm Mntúnio dr Martins e as ar 5
E. Maria Balbina Barroso, D,
Maria do Cén Abranches, D. du
dife Barvvso e muitas outros se
nhoras e coralheiros à quem, fo-
dos ficamos profundamente grã-
tos,
Terudedu é dia e terminou a
festa, que detxon em todos que a
ela assistiram, una agradávél
sensação e as melhores iimpres-
sãos — E.
== amor nãntgasce ss digia-
eu pois não alitncu alguém que par
mar vendadejementa qine nuiber, cu
bastam cinco minutas ou não chega
vida inteiras! e em eu sei dic, E como
tquelas pobres muileres me rataram
ha noite em Que agui cheguei! Santas
cregmmras. Se em lhes tivesse pedida
talves me tivessem deizado ficar mm ca-
atonoto junto gu azenha, Fi estmpave
de endar todos Ga dias a calentrinro
ccunioho para a fez oda lena, Mas não;
mio o devia fazer Apesar dos meus
Seftimen 04 por aquela tapariga serem
TÃO puros como ús dos anjos, apesar de
Eu ser incipas de a ofender até memo
Com um perrsimento, êstos lapúzea, na
estupidez velhãca ca sum indule, não
dejaarato ode tutar: não cleisarigor de
dramas lálves pesa upesios CTikIura à
quest 85 deva gentuegas. Não, Hiúda-
Ya ter fiéncdo lá,
É tão emevado o -npenheiro nos
S2Ms SECFEl0s pensamentos que, quisi
sem “der mao jeso, se foi apromincarado
va quenha,
Não estuma a cais de cem metres
dela quando Litiza, vejubo=o, core
pera cle muiso maturalmente úforecen-
do-lhe cd grentut cheio de laranjas
Ju-é Maria sorindo-se cumprisen-
tou-=a afecipnsamento :
da Sertã
ess merrjao
Julgamento
Ega audiência de Drmnal Ud
leciiun ode 15 do correntes res
pondego dJaideo Mabets. vivo. che
5 ans, jormaleica, da Senáoke-
la, [remnesia do doleitos, mor tar
viblada a menço Maria da ioncei-
cão Mantins, de si anos, do misma
lugar, flbacde António Mattlis é
cdi Maria da Conceição.
Condenado n4 pena de 3 anos
de prisão maior celblar Ou, em
allsenatiça, em quÁito amos e aito
mess du degrêdr um possessão
de primeira classe, fo minimo de
imposto de jusliça Com ba entar,
gos depaisoinchindo o devido aus
pertos, des mil escudos de inde-
mação do ofendida é lrezénios
escudos ao defensor óficigan,
CARDIGOS, 6
Quem nos acode?l!…
CJ que se passa nesta frsguc-
sla e, crômos, nas freguesias li-
mnroles atinge os limites do ham
senso e de tôlgs a prudência, Es-
tamos em Portugal, somos ppr=
tamo portugueses é lemos porisso
o direito a sermos tratados camo
tais,
Referimo nos ao modo como
ao está procedendo no pagamen-
to du Tesinagém, :
O lavrador que é dono dos
pinheiros & paga. em diaas con
iribuições respectivas, vê OS seus
direitos e as suas propriêdades
verdadeiramente sesaltadas, pois
os Srs, da Mesina entra nos pi-
nhais Cazendo as sangrias, levar
a resina, fabricamena, transfor-
mam-na em pezelonro e dguarar
e depois déste: produtos vendi-
dos, atrila não têm pago ao fa-
vrador eo que é ras! éste ainda
não sabe quanto é que 5. fix”
estão dispostas a dar-lhe por cada
sangria ou ferida! A maior par-
tê nem sequer. presuntaram se
querem que fizessem q resina-
gem: Entraram nos pinhais e
quando q lavrador deu pelas [e-
ridas, resigacy-se e pensou; aJá
que lã estão as tjelas…o E coa-
lormou-se.,. mas va, préguntar
pelo preço das sangras-e onde,
invariávelmente a resposta se-
gointe: «Pagarêmos pelo preço
da Tabela…» ;
Aqusem Cardigos existiu um
sugeito, cóxo, – que dinha o mau
hábito de daixar envelhecer as
dividas. TOS que tiverem mais
que 30 anos devem tembiar-se
cdélej e quando alzurmm ertdor lhe
pedia dmihero Gis respondia
com o ar mais gatural dêste mun-
dos «bu pagarei!o., Frepetia a
Frase com todo a vagar e o mais
alto que. podias «lu pa-pa.,,
FEL ;
— Coma lamos dizendo:
Mas depois da collieita (e já
estamos em Março!!! e quando
parece já vão haver remédio di-
zem que pagarão pelo preço que
quiserem lt;
Consta-nos que pretendar pa-
sara É tostõss vd 10 dE vipara
às que relilarem.,
Preguntam os pobres lavrado-
res alarmados : «Pode ser assur?
Há lei que 12) gonsinta?s
aa ds ab e – ”
—tibrigado. Elano, es só acei»
to as lapamjas &e cias der ja mão.
Luisa, agora um pouco enlezda, li-
toJ as olhos Mele = escolhendo us duas
ittelhoras laranias apresentou-lhas pre-
gmttando:
Porquê: O avensat está Irado
Porque assim são mais daces—
disse dogê Maria, chvolverdo-s num
calhar de simpatia.
Lettiga rin-se com à gentileza o co
lncando as laranjas no chão, pegóii num
tie começõo a dascasra-la.
[h engenteiro, agíena frente, assis
lia itirel e Rilencioso à operação, mae,
logo que clã acabo de descascar a la-
Tamjdo G fa meter dos gomos na húga,
tirou-lhos rapidamente o comeca com
vutapivosidade,
= Ai minha laranja! disse Luiza
desperinda.
= El assim são aipela mil vezes qmals
ouces—dizas lose Dara satisfeito,
Um pouso mais sóradi do que hu-
bitualmenito, mas perfeitagente à von
ade, Luiza preguuton aposto para
ns rochedos: :
-Mue Faria além é
Puxia una estudos e por Fim estive
a vor dm velhúto & jynela daquela Eask
mist que Fica bo cimo da aléeia.
Liza des uma gargelhada fitendo
no engenheiro olhares de troça.
Mao…
Em 15 de Agosto da 1801,
faziam parte da Sociedade Fi-
larménica Sertadinense, como
então sa denôminava, os seduin-
tes cidadãos:
egenta, Manmel António
Cirilo; João Rafa=| Baptista, Ma-
nuEl dos Santos, Antônia Fran-
cisco, José Casimiro, António
Lopes Mardaride, Joaquim Mar-
tina Cardo. Jacinto da CunhaVa-
lente, Manuel Antúnio de Sog-
am, Mantel Bernardo, Antônio
Nunes e Silva, túlio Jangaário
Leitão. Antônio Fuga.” de Carva-
lho Leitão, José Possidônio, ljo-
sé Maria de Miranda, Luiz An-
tômio, Francisco Martins Grilo,
Augusto Justino Rossi, António
Dias de Oliveira, Antúnio Me-
leiro. Antônio Justino Rossi,
António Casimiro, José da Cos-
ta e Henrique Nunes.
Ainda vivem; Augusto Justi-
no Rossi, Jacinto da Cunha Va-
lente e José Maria da Miranda.
Para quem de direito apeia-
mos em nome da população des.
ta freguesia, crentes de que w
nosso justa brado será onvido.
Quem nos acode ? k
Pambém nos ocorre pregum.
tar: Quer -acode dos nossos cam-
Los, ds nossas segras e vinhas,
sulvando-as dos dentes vurazes
do paro daninha?
Em Cardigos, geralmente, é
salvn Patas Cacepções, só ten rom
banho de gado quem não-tem
terras que à possa sustentar! Pa.
rece moenlita mas é mesma age
sbt Var um brado de indigna-
qa por túdas estas aldeias con-
ia Ésses cavalheiros que sem ese
crúpelos nem vergonha têm graz-
des rebanhos… alimentados com
vo que é dos outros!
E vendem leite e vendem quei-
jos é criação, aquêles mesmos a –
quem devoram as sementeiras é
plantações! a
E o belo e louro trigo que
tanta falta Faz e tanto nos custa à
cultivar — jornais alhos, adubas
trãcos É caríssimos, sementes elis
tsas e raras — lã vai, logo após
4 nascença para alimentação des-
sas vabrus, cujos pastores, de 7
a vor anos, nem eabem avaliar os
prRjuiZOos que causar, os dissa-
bares que acarretam…
E. se alguém, com direijo lé-
gitims, pretende castigar os de-
lingientes, encoimando-va, ainda
por cima é qnsuitado « valado!
Não poderão as Câmaras proi-
int que qualquer lavrador tenha
miss que 2 cabras:
Em compensação poderiam
ter as ovelhas que pudessem pais
êstes antmaís não são dauinhos e
Forares como as caras,
Quem nos acode 2 VETA,
Fans EE ESSE r
Interesses de Sobreira Formosa
Pelo Vundo do Desemprégo
lui concedida, à Junta de Fregue-
“Bia de Solbroira Formosa, ao COn-
participação de 8354720. para
constução de arruamentos do li-
gação coma EN Iq-1.º,
—Porque 5º ri assim, Luisa? NEb
metedica :
Então queria que ei acredilasse
gue vii úmia péssia tão lopge da goi?
==hiis Luiza, eu tenho lã mm Seúlo
de grande adenaçe ei e mulher rão bag)
Conto se ela usticêsse ali & marpem do
rich.
Ds olhas de [otra Iiaram neva-
mente 0 estgenheiro a Este Joy nelês a
mata absoluta incredulidade,
Mus se não goredita porque nn
went vero dJuere vir comigo! Von mos
tesr-lhe.
o Pois ampre quero sabe ae O sem
São mente. Espere-me gym begadinta
que eu venho já-=e pesunda mas Jarao-
as Correu parda egenha.
Voltando pouco depreia digse a sor
cus vagos Já então, ; de
&) engenherro encaminhon-se para
us tochedos, seguido de Luiza
EU) cculy estave sina focudo para.
a aldsia e Joc Moria, verificando u
graduação, convidam dniza a olhar:
F
“ConnnHa,