A Comarca da Sertã nº350 31-07-1943

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DIRECTOR, EDITOR E PROPRIETÁRIO
Eduardo Barata da Silva Correia

— REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO —

RUA SERPA PINTO — SERTÃ

“A NEN CAD O

PUBLICA-SE AOS SÁBADOS

—— FUNDADORES

E DR José Carlos Ehrhardt -—
Dr. Angelo Henriques Vidigal
= Antônio Barata e Silva —
Dr. José Barata Corrêa e Silva
Eduardo Barata da Silva Corrêa

cem O
Composto e im-
presso nas
Oficinas Gráficas
da Ribeira de Pe-
ira; Lonitada

CASTANHEIRA
DE PERA

Telefone 16:

ANO VIII
Nº 350.

Ea ESA bos Rosa Isa Zi RAISS LE ISR RSS REIS ISA SA EDS ESG LIS EESTI ROSI RAS TESTS ROSI ROSS NCIA CO TSG cTSO RPOSa EIS

Notas…

“ GRAÇAS à conduta exem

plar do Chefe do Govêrna
=-um homem que «não corre, não
foge, não agrava, não transige,
procura a justiça eo bem do po-

vor-—a minha geração uprendeu

os sãos processos de servir o in-
terésse nacional por uma politica
feita de trabalho exaustivo, mas
discreto, de que se véem os fru-
tos mas cujas ângustias se pou-
pam, quanto possível, aos henefi-
“ciários, tanto mais ingratos quan:
to mais favorecidos. os
Esse é, quanto a mim, O maior
dos serviços prestados por Sala-
qar ao Pais: o deter modado
“jotalmente O carácter à nossa pi-
da pública. Em ve; de muita agi-
«tação estéril que trazia a Nação
dividida e inquieta mas não re-
solvia nenhum dos seus proble-
mas –nem sequer o da sua liber-

“dade, é preciso diçêlo!–um la-..
– bor aparentemente sereno, um

govérno em que quási não se fala,
mas cuja preocupação dominan-
te é a eficácia do esfórco a bem
da Nação».

(Palavras do dr. Marcelo Caetana)

seu

UMA recente reiinião da
Classe de Letras da Aca-
demia de Ciências, o sr. dr. Ju-
tio “Dantas, referindo-se ao tão
discutido Dicionário da Aca-
“demia, deu conhecimento do teor
do Decreto do Govêrno brasilei-
ro, n.º 5.186 de 13 de Janeiro
déste ano, que plenamente asse-
gura o cumprimento do acordo
académico de 3o de Abril de
1931 e, portanto, à unidade in-
tercontinental da lingua portu-
uesa escrita. O novo «Vocabu-
ário», em elaboração pela Áca-
demia Brasil.ira de Letas, tem
por base o regime ortográfico
instiluíido pelo «Vocabulário da
Academia de Ciências de Las-
toa», que a grande nação irmã
aceitou como expressão para-

digmal.

O sr, dr, Júlio Dantas comu-

nicou ainda que os trabalhos do
Grande Dicionário Etimológico
e Histórico da Lingua Portu-

guesa» se encontram muito adian- .

tados, o que permitirá o júbilo
de oferecer, ainda em nossos
dias, à Nacão esta obra monu-
mental.
(Ixalá vejamos finalmente rea-
lizada, e com-êxito, a unitorm.
| dade da lingua das duas nações
“irmãs.
“Já não é sem tempo.

so

“—IDIZEM.NOS que muitas pes.
soas de fora virão aqui
passar os dois próximos meses,
Agósto e Setembro. Isto prova,
simplesmente, que a Sertã, pelas
suas belezas: naturais, esp.
dos ares e magníficas águas, é
uma terra privilegiada para go-
gar as férios e para repouso do
corpo é do espírito,
Quiras terras próximas ret-
nem óptimas condições para o

LITERATURA + :

Os Servos do Bem

caverna aberta nas rochas duma mon-
tanha, um velho ermitão.
Alimentava-se de raizes e frutos silves-
tres e empregava o seu tempo em orações e
boas obras..
Um dia, ao cabo de quarenta anos deêsté
viver, teve um grande desejo em saber a que
grau de perfeição havia chegado a sua alma
e pediu a Deus que lhe fôsse dado ver um ho-
mem que aos seus olhos valesse o mesmo
que êle.
| No mesmo instante, viu um anjo que lhe
disse : A
— Vai à cidade próxima e na praça pú-
blica encontrarás um saltimbanco a dívertir o

ar já muitos anos, vivia numa pequena
esdienos

povo para ganhar à vida. E’ o homem que:
procuras;-a sua-alma é como. a iua..e os seus.

merecimentos igualam os teus.

Quando o anjo desapareceu, o ermitão
baixou a cabeça, cheio de temor e vergonha.
Que valiam, então, os seus quarenta anos de
orações e benefícios, se a sua alma não era
mais pura aos-olhos de Deus do que a dum
miserável comediante ? Não sabia que pensar
do que ouvira e até desejava não encontrar o
homem que lhe fora indicado propenso a acre-
ditar que a visita do anjo havia sido apenas
uma visão. Quando porém, depois de uma
caminhada longa e fatigante, entrou na cida-
de, aí viu o saltimbanco a fazer palhaçadas
para entretenimento do povo. |

O ermitão observou-o com terror e tris-
teza, pois sabia que estava a ver a sua pró-
pria alma.

– E quando os assistentes sejretiraram, 0
ermitão dirigiu se a êle, levou o para um lu-
gar isolado e interrogou-o docemente.

E o histrião contou-lhe, cheio de tristeza,
que arrastava aquela miserável existência, por-
que não conhecia outro meio de ganhar a
vida.
-— Mas tiveste, porventura, outra profis-
são antes desta, preguntou-lhe o ermitão,

— Sim, meu padre, antes de ser palhaço
fui bandido! Fiz parte duma quadrilha de
salteadores que infestava a região e era tão
mat como os outros.

O ermitão sentiu que o seu coração se
despedaçava. Era então possível que êle se
se parecesse aos olhos de Deus com um la-
drão, com um bandoleiro ?

Mal podia- falar e as lágrimas caíam lhe
em borbotão, mas ainda teve fôrças para for-
mular outra pregunta :

— E pratícaste alguma vez qualquer ac-
ção boa? :

-= Pratiquei, respondeu o saltimbanco,
mas foi tão insignificante que não vale a pe-
na referí la. E

— No entanto, peço-té que ma refiras,
suplicou o ermitão.

-— Um dia – disse o homem – entrâmos
a saque num convento e levámos uma das re-
ligiosas para vendê-la como escrava ou liber-
tá-la contra resgate.

‘ Arrastâmo-la connosco para a nossa mo-
radia, nas cavernas da montanha. A pobre

criatura pedia-nos soluçando que a deixasse-
mos partir. E depois -de mirar o rôsto dos
bandidos, cada qual o mais duro, olhou para

“Mim num modo tão aflitivo e suplicante que |
eu senti que alguma coisa de extraordinário

me havia tocado o coração. Pela primeira
vez na minha vida. a piedade e a vergonha se
apoderaram de mim. Permaneci, porém, im-

passível, para não deixar transparecer aos

meus companheiros o que se passava no meu
espiríto. Quando todos dormiam, deslizei pa-
ra o canto onde ela jazia e disse lhe devari-
nho: «Tenha confiança em mim que eu a sal
varei.» e
Cortei as cordas que a prendiam e le-
vei-a para o convento por caminhos que só
eu conhecia. Chamou e fez-se reconhecer.

-Abriram-lhe a-porta e ela entrou-dizendo-me:.

«Deus te pagará».

– Já não podia retomar a minha antiga

existência e não sabia nenhum ofício. Fiz-me
saltimbanco e saltimbanco permanecerei até

a morte.

-— Não, não, meu filho ! — exclamou o
ermitão, deixando correr lágrimas de alegria
Deus lembrou-se de ti; a tua alma é, aos seus

“olhos, igual à minha, e no céu espera-te a

mesma recompensa que a mim, que tôda a
vida tenho rezado e pregado.

— O meu padre graceja, certamente, vol-
veu o palhaço, –

Quando, porém, o ermitão, lhe contou a
visita do anjo, o rósto do antigo bandoleiro
iluminou se, pois esmpreendeu que os seus
pecados tinham sido perdoados. E acompa-
nhou o ermitão à sua gruta e passou a viver
com êle.

Viveram e trabalharam juntos, e quando

o homem que havia sido ladrão e saltimbanco ,

morreu, passados dois anos, O ermitão sentiu
que havia perdido um irmão, mais santo do

“que êle.

Durante dez anos ainda o ermitão viveu
na sua caverna, procurando fazer sempre o
bem. Ao cabo dêsse tempo, desejou outra vez
saber quanto a sua alma progredira em per-
feição, e novamente impetrou do céu que lhe
mostrasse alguém que merecesse juízo igual
ao que éle merecia,

De novo a sua oração foi atendida e o
anjo surgin e disse-lhe que, junto de certa al.
deia, do outro lado da montanha, encontraria
uma pequena granja. Nela viviam duas mu-
lheres, cujas almas, aos olhos de Deus, eram
semelhantes à sua.

Quando o ermitão chegou à granja, as
duas mulheres que nela viviam ficaram muito
contentes, pois ambas o conheciam e conside-
ravam como santo. Puseram-lhe uma cadeira
à porta e ofereceram-lhe de comer e de beber.
Mas o ermitão estava ancioso por saber como
eram as suas almas que se apressou a interro-
gá-las, acérca da sua vida.

“Responderam elas que ponco lhe podiam
contar. Tinham sempre vivido ali, com seus
maridos, que eram irmãos; haviam passado
dias penosos de enfermidade e de miséria,

(Continua na página 4)

|| Hebdomadário regionalista, independente, defensor dos interêsses da comarca da Sertã: concelhos de Sertã, Oleiros, ||. j SM o
meo Prognpg-g-Nova é Vila de Rei, é treguesias de Amêndoa 8 Cardigos (do concelho de Mação) ==

«a lápis

mesmo: efeito; e nos seus arrabal-
des há incomparáveis atractivos,
mostrando o quanto a Natureza
foi pródiga: Sernache do Bom-
jardim e Pedrógão Pequeno.

NAVE

X
POS quási dois meses de ca-
lor intensissimo, verdadei-

ramente tropical, o tempo refres- .

cou bastante, tornou-se mais ame-

no.
Durante alguns dias da se-

mana passada caiu uma chuva

miúda, mas persistente, que gran-.

des benefícios prestou à agricul-
tura, sobretudo às vinhas e oli-
veiras e ate mesmo aos milharais.
As terras aráveis, pulverizadas
pelo sol escaldante, gozaram a
frescura proporcionada pela chu-
va, que alguns lavradores cl. ssi-
“ficaram de «ouro sóbre aqui».

Muitas oliveiras têm magni. .

“fico aspecto, ostentando fartos
frutos, já bem grossos, que pro-

– metem boa produção y

E o

Vá NFORMAM-NOS que o pin-

tor Luiz Ferreira, que de
há muito trabalha com o pintor
e dourador sr. Pedro de Olivei-
ra, se temrevelado, ultimamente,
um hábil entalhador e por forma
à causar a admiração dos seus
companheiros.

Os

A FALTA de milho obriga
muita gente da vila e dv
termo, que até há pouco empre-
garva exclusivamente aquele ce-
real no fabricô do pão que con-
suma, a procurar o pão de 2.º,
que nem sempre consegue adqui-
rar porque a paduria recebe quan-

diidides limitadas de farinha.
Uma maior procura de pão
na padaria determinou, por sua

vez, dificuldades de abastecimen-

to às casas que geralmente gas-
tavam pão de 2.º.

Espera-se que a colheita de
milho, no presente ano, seja in-
ferior à do transacto, mas mesmo
assim estamos convencidos de que
o sr. Presidente da Câmara há-
-de resolver o problema de for-
ma satisfatória, orientando os
seus esforços no sentido de que,
no ano agrícola que se apróxi-
ma, não filte o pão necessário
ao abastecimento da população
do concelho.

Terá, evidentemente, de apu-
rar com rigor, a produção da
colheita próxima, usar de medi-
das severas tendentes a impedir
a saída do milho do concelho e,
depois, conseguir a importação
das quantidades necessárias pa-
ra compensar o deficit, isto é, o
saldo negativo entre à produção
e o consumo.

A acção do sr. Presidente da
Câmara poderá ser gandemente
facilitada se, da parte dos lavra-
dores. houver consciência e es-
crúpulos no preenchimento dos
manifestos e se os consumidores

(Continua na 44 página)(Continua na 44 página)

 

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A Comarca da Serta

ER
guintes horários:

Lisboa-Sertã de:

Lisboa-Serta para:

Alvaro — Aos Domingos

“Comarca dg Sertã
SECRETARIA DURMA.

Anúncio
(1.º publicação)

No dia 7 do próximo mez:

de Agosto, pelas 12 horas, no
Tribunal Judicial desta comar-
ca da Sertã, em virtude da exe-
cução fiscal administrativa que
a Fazenda Nacional promove
contra o executado Manuel de
Almeida, solteiro. mator, resi-
dente na cidade Lisboa, cuja

se 2 ms –
execução corre;seus termos pe: .

la 2.º secção desta comarca,
heo-de ser postos pela primei-
ra vêz em praça, para serem
arrematados relo maior lanço
oferecido, superior aos valores

que adiante se indicam, os se- |

guintes prédios pertencentes
ao referido executado, a saber:

Prédios a arrematar
pr

O direito e acção a 3/8 três

oitavos de uma casa de híibi-
tação no povo das Pedras
Brancas, freguesia de Sobreira
Formosa, descrito sob o art.
362, 38. Vai à praça pelo va-
lor de quantro centos oitenta
e oito escodos. 488800.

DES : :

O direito e acção à metade
de uma terra com uma olivei-
ra no sítio da Parroca, limite
das Pedras Brancas, descrito
sob o art” 40.615, 1/2. Vai à
praça no valor de cento noven-
ta“ seta “escudos e doze centa-
vos. 197812.
k de o

O direito e acção à rtade
de uma terra de cultivo e pi-
nheiros na Cor da Velha, li-
mite das Pedras Brancas, fre-
guesia de Sobreira “Formosa,
descrita sob o axt.” 38.973, 1/2:
Vai à praça no valor de cento
quarenta e sete escudos e oí-
tenta e quatro centavos.

São por este meio citados
quaisquer credores incertos ou
desconhecidos-

asia ide lulho de jo

O Chefe da 2.º Secção
Angelo Soares Bastos
Verifiquei.
O Juiz de Vireito

Eduardo Marques Coeiho

Correia «Simões

“Comarca da Sertã

SECRETARIA -JUDICIAL.
Ecital
2º publicação

Faz-se saber que no di 31
do mês de Julho pelas 11 ho-
ras, nesta vila da Sertã e à
porta do Tribunal Judicial des
ta Comarca, se há de proce-
der à venda em hasta pública
dos móveis abaixo designa-
dos,e pelo maior preço ofere-
cido acima do valor indicado.

do o

Uma camionete FORD

AC-23-56 de carga qe vai

Oleiros — – Diária-—exepto aos Domingos
Alvaro — A’s Segundas- -Feiras

Pedrógão Pequeno – A’s 2.º, 5.º e Sábados
Proenca-a-Nova — A’s Seguandas e-Sextas

| Oleiros —Diária — exepto aos Domingos

Pedrógão Pequeno —A’s 4.º, 6.º e Sábados
Proença-a-Nova— A’s Quintas e Sábados

ESEBEREFERFE

A Companhia de Viação de Senrnache, L.i2, avisa O
Público que a partir desta data entram em vigor Os se-

“Esta Companhia pede ao Ex.”º Público o favor de se fazer acompanhar de um nús
mero de volumes o menór possível, pela dificuldade em adquirir pneus,

Castelo Branco-seriã-Figueiró
dos Vinhos-Colmbra:
A’s Têrças, Quintas e Sábados

Coimbra-Figueiró dos Vinhos:
Sertã-Castelo Branco:

A’s Segundas, Quartas e Sextas

Sertã-Coimbra—A’s 3º e dias 23 (ida e
e volta) nêstes dias.

Sertã-Castelo Branco — Aos Sábados
“Castelo Branco: Sertã— Ro “Feiras

Emos. dos ESTADOS UNIDOS
EM. LINGUA PORTUGUESA

(Recorte esta Tabela para referência futura) –

SE HONAS ESTAÇÕES

(: WERC

as WoI

= ( WRUW
MO (ANDI

12,45 — WERX

| WDL

145 a WGEO

O MNRS O

AGO WERE
Et WA
0 ANDO
1845 — WDO
19/45 WDO

( WGEO
20,30 | WDO
2200 — WGEO

a GR A
28,00 ( NYGEO
E 00,45 – WDL
045 WD!

Emissões alârias

* OIÇÃA VOZ da.

icores

Lisboa
ESSES

pela 2.º vez à praça no valor
de 7.500$00.
ES CNA a

Um automóvel REO AC-
-08-31 sem pneus que vai pe-

la 2.º vez à praça no valoy de

2 000800.
ao
Uma espingarda n.º 189512

“Ticha 36799 quevai pela 2.º

vez à praça no valor de Esc.
1.000800.
Ae
Três pás, quatro ancinhos
e um pistôlo, já usados que
vão à praça peia 2º vez no
valor de 10890.
Os referidos bens consti-
tuem o activo da herança i in-

solvente aberta por óbito de

 

AV. Ex: é comerciante?
| Pretende comprar Vinhos no

No seu próprio interêsse consulte a

“Sociedade Por luguesa de Espumantes, Li
| RUA DO ALECRIM, 30-2:º

COMPRIMENTO DE ONDAS

311 m 9.650 kejs

397 m. 7.565 kcIs

49,6 m 6,040 kejs.

39,7 m 7.565 .kejs

30,3 m 9,897 kcjs

30,8 m 9,750 kels,

19.6 m 15, 330: kejs

30,3 m 9,897: Belas
30,3 m : 9,897 Res
25,3 m 11,847 kcjs

20,7 m 14.470 kgs

20.7. m 14,470 ke

20,7 m 14, 470 keys

19,6 m 15,830 kejs

20,7 m 14,470: kcis

19,6. m 15.330: keys ‘

25:53: m Ji SAZIECI ec
19,6 m 1 330 kcjs RE
30,8 m 9, 750 kejs
39,7 m 7,565 kejs

ESSES SS SPEFREESEESEE

ou Xaropes?

Teo 2 6652
Teles. NDANA –

Constantino Xaviet de Carva-
lho que foi morador na Vila
e freguesia de Proença a-No-
va, cujo processo corre pela
1.º Secção da Secretaria Ju-
dicial desta Comarca.

Sertã, 11 de Julho de 1943,

O Administrador da Insolvência

Aníbal Diniz Carvalho

Verifiquei a exactidio—O síndico

Bernardino Rodrigues
“ — de Sousa

= eo

É amigo dedicado da sua terra)

Indique-nos, como assinante,
todos os patrícios e amigos que

mn dinda -O não são. ;

O valor e o bom nome da sua
terra dependem, em grande par-
te; da propaganda que dela se

fizer nêste jornal.

prrnereroreeneremeres

Sea

asim andre rata
GOLFLEIO DE.

NUN’ ALVARES:

To o, e A E 54
Alvará nº 492

Secções: masculinas e femininas em edifícios indapendérice
e alastados, tendo cada uma o seu internato

Ensino primário — Curso já Admissão ao Liceu
—————— . Ensino Liceal completo. ——. o

Tratamento cuidado e um ia confortável e salutar

Enviam-se regulamentos com todas as informações
a quem as requisitar

pese niek É
GENE NEEDS EEE
PEDRO de OLIVEIRA &

DOURADOR e PINTOR
“0. SERTÃ —

AU NIE ”
ese ea

QURAM-SE e pintam-se todos os trabalhos concernentes à arte
religiosa, Dotramento em alfares, a ouro fino, prata e pa
dira, Mordentes e Drunidos.

TODA A OBRA DE TALHA — Tribunas, altores, c astiçais,
tocheiros, banquetas, cadeiras paroquiais, estantes para missal, cadei-
ras, guardaventos. etc., etc.

FINGIDOS : a todos os mármores e madeiras,

INTURAS: Bandeiras em sêda com: “artísticas pinturas para
irmandades; IMITAÇ ÃO a damascos a côres próprias e esco-
ihidas, Pinturas em Tabuletas de Vidro. Madeira ou Pedra.
PINTURAS e retoques em imagens com esmerado acabamento,

Pessoal habilitado que SE esloca Ô unas ponto do Pai

ERIaa Rio dE

Essas

– Auto- -pint ra vã Pistola; ae e reparação em o e inabiliadi Ti ra-
balhos à prova no distrito ds Castelo Branco, Santarém, Coimbra,
Guarda. Trabalhos na-Exposição do Mundo Português e na Nau
Portugal. Executam-se todos os trabalhos que respeitam à arte religiosa.

SITUAR FOR OR DU ZOR DOI ZOLTOR A

bel fama
à Evite de ficar careca é

Red caspa, eladas, ou dailhe o cabelo?
‘ Recorra imediatamente ao Extrato e Loção

SEAROM

no seu própio interêsse.

Depósito – RU À DO: ALECRIM, 30-2.
Teles. ONDINA — Telef, 2 6652
Lisboa

E9000000990000000000 80005
ppp an E EE A
“FÁBRICA DE FOGOS DE ARTIFÍCIO

Esc

es PIROTEÊNICA SERTAGINENSE

RE DE—-

vma DE JOÃO NUNES DASILVA (ALJOGA)

Encarrega-se detodos os Ceabuthdo da mais Rio deMA Piiste-
cnica em todos os géneros

GRAN DE SORTIDO DE FOGO DE FANTASIA E
– <BOUQUETS»

s883 PE FR PREF FEPPRRTRE

Toada uim Mateus

a SEDE FIL IAL
Rua Campo de Ourique, 174 Rua da Prata, 244

LISBOA — PORTUGAL

PAT RICIOS! Pod e poupar, na hora presente, é uma candi-
ção que a ninguém deve esquecer !..

O BAZAR SUETAM, de Lisboa na Rua Campo de Ourique, I74,
está à altura de vos proporcionar em todo o vasto sortido do s/ €o-
mércio— Meias, Sapataria, Tecidos de lã, séda e algodão; Re-
trosaria, Luvaria, Malas, Livros, “Papelaria, Artigos. para foto-
árafia, Perfumaria, Lâmpadas eléctricas, Bijouterias, Quinqui-

“lharias e em muitíssimso outros artigos, —completa satisfação, tanto nos

preços, como nas qualidades e ainda concede uma percentagem no |
total das compras efectuadas durante o ano.

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A Comarca da Sertã

 

“AS “GRALHAS.

Há «gralhas» inocentes:
Outras, porém, são inconvenientes
E até insultuosas, com frequência,
Originam não só conflitos vários .
Mas prestam-se aos mais duros comentários
Pela sua bizarra incoerência.
Invadem as colunas do jornal
E pousam no artigo, na notícia,
A ponto de parecer que por malícia,
Foi alterado o texto original.
‘ Esta li eu, e nunca mais esqueço :
«Mundanismo. — Teve o ti bom sucesso
A senhora de tal..
“Até aqui, está tudo muito ai
dias caleulem a indignação da mãe
— E do pai — quando ao lerem mais à frente
Descobrem esta «gralha» nunca vista: — .
«A mãe e a filha estão perfeitamente.
À polícia prendeu o motorista
Que provocou o trágico acidente.»
Este exemplo também não é pior: —
Em certa aldeia houve um casamento
De estrondoso espavento,
Que deu brado dez léguas em redor:
O cronista mundano do jornal
Fez uma reportagem colossal,
E com todo o enlêvo descreveu
Os pombos, a que só faltavam asas
“Pará voar ao céu. E
“ Mas o compositor cortou-lhe as vasas
E acrescentou por baixo: «Os dois brigões
Recolheram depois a suas casas |
Apenas com ligeiras escoriações.»

EX DA:
(Do «Jornal do Nu
Exames. e * passagens
“| de classe EI ml Juáicia)
“Concluíram: oc 6.º ano do li-:
ceu, Aníval Nunes Corrêa Júá- * JULGAMENTOS
mior, Lauriano de Almeida Fer- A Rê
Cr a pon Acusado pelo Ministério Pú-
“mreira e António Vaz Milheiro, -blico, respondeu, em Tribunal

– filhos, respectivamente, dos srs.
“- Aníbal Nunes Corrêa, José Fer-
“ reira Júnior e Manuel Milheiro

Duarte, da Sertã; o 3.º, a meni-

– na Isaura da Conceição Alves,
– filha do sr. Carlos Joaquim a

«ves, de Lotrenço Marques.
– Transitaram: para o 6.º

“des e para o 2º, Vitor Manuel

“Soares de Bastos, filhos, respe-
“clivamente, dos srs. Joaquim
Pires Mendes e Angelo Soares
Bastos, da Serta.

São todos alunos do Colégio:

«Nun’Alveres», de Tomar.
* “Fransitou para o 6.º ano do
liceuy, António Albano Cid de
“Carvalho Leitão, filho do sr.
Ernesto E. de Carvalho Leitão,
de Lisboa.
Obteve distinção do exame
“do 2.º grau a menina Maria de
“La Salete Martins, filha do sr.

«dr, Carlos Martins e aprovação.

“do mesmo exame a menina Ma-
ria Teresinha dos Santos Ro-
«cha, neta do sr. Carlos dos San-
os da Sertã.

Aos simpáticos e briosos es
tudantes, bem como a sus pais,
dera mos as nossas felici-
tações.

RE o

* Inspeções militares

= As inspecções militares: do
congslho efectuam se em Setem-
bro, nos dias que vão indicados,
e Rcc, às q horas:

ddias E freguesias de Ca-.

Ecindo. Car valhol e Castelo; 2,
Ermida, Figueiredo e Várzea dos
Caváleiros. 3, Pedrógão Pequeno
e: Proviscal; 4, Cumeada, Mar-
meleiro, Nesperal, Palhais-e Ser-
nacghe dó Bomjardim (até Abílio
Vitorino); 6, à mesma fregussia
de: Abilio. Inácio em diante; o
Sertã (até José Francisco, filho
de José. Francisco é Sabinã Pi-

rés, incl): 8 a mesma freguesia

(de “José Martins, filho de Ama-
ro Martins.e de Maria de Jesus,
em diante).

“Alves, do. fabeçuido:

VENDE carros de 4 rodas,
6 pessoas, aros borracha; pare-

lha cavalos treinados e respe- :

ctivos arreios.

ano.
doliceu, Angelo Antunes Men-.

Colectivo, em 13 do corrente Acá-
cio Rodri igues de Carvalho, casa-
do, proprietário, de 60 anos do
logar da Ribeira: da Várzea, fre-
guesia de Pedrógão Pequeno, por,
no dia. 3-de Abril de ano corren-
te, na mesma freguésia, ter aten-
tado contra o pudor de Maria da
Piedade Moreira Fernandes; casa-
da, doméstica, moradora no refe-
rido logar,

Acordaram os. Juízes do Tribu-
nal Colectivo em considerar o réu
autor do dito crime de atentado
ao pudor e, tendo em atenção as
agravantes e atenuantes verifica-

“das, bem como O disposto no ar-

tigo .99.º do Código Penal, con-
“denaram-no em dez mezes de pri-
são correcional, levando-se lhe em
conta a “detenção sofrida, no míni-
mo do imposto de justiça com os
encargos legais, incluindo o devi-
do aos srs. Peritos, em quinhen-
tos escudos de inddniditição à
queixosa e duzentos escudos de
emolumentos para o sr. drogado

Da)

“acusação.

pe

oficioso. O delinqliente é
tal,
o AX
Em 19 do corrente foi profe-

-rida a sentença no processo mo-

vido pelo Ministério Público con-
tra João Gonçalves ou João Gon-

calves Cardeira, casado agricultor,

de 40 anos, do Chão Redondo,
freguesia de Montes da Senhora,
desta comarca, que, no dia 11 de
Fevereiro último pelas 11,30 ho-
ras, na vila de Proença-a-Nova,
atropelou mortalmente, quando
conduzia uma carroça dentro da
zona escolar eom excessiva velo-
cidade e fora da sua mão, o me-
nor Joaquim Henriques de Assis
Calado Pereira, de O anos, filho
de de A’lvaro Luiz Pereira, da
mesma vila, pelo que incorreu no
ra nos artigos 30, 31, 144;

“2, do Código de Estrada, 1.º
ae Decreto n.º.26.-929, de 25 de
Agosto de de 1936, e 369 do Có-
digo Penal. O arguido negou a
Com a Observância das
formalidades legais, procedeu-se
ao julgamento e ficou aprovado
que o arguido, no dia em que
atroplou a vítima conduzia a sua
carroça na área da zona escolar,
delimiteda com placas bem visí-

veis, com grande velocidade é fo-..

ra da sua mão. Além disso, era o
dia do mercado da vila, o que si-
gnifica ser maior, do costume, o
movimento na estrada. Nestas
condições, o arguido devia ter
adoptado uma marcha moderada,
por se encontrar dentro a zona es-
colar e seguirem,

cadc. Não o fez e, para correr
“mais de-pressa, saiu fora da sua
mão, pois o menor foi atropelado
do lado esquerdo da estrada, a
um metro aproximadamente da
berma. Se o arguido viesse com
menOr velocidade, não haveria
perdido O inteiro domínio da mar:
cha, podia parar rapidamente e
evitar o desastre, assim como tê-

-lo-ja evitado se caminhasse pela

sua mão. :

julgada procedente e provada
o acusação e: condonado à réu
nas multas dos artigos 144, n.º 2
(25800) e 1º do “Decreto nº
26.929, atima indicado (100300),
conu referência aos artigos 30 €
31 do mesmo Código Penal, na
pena de seis meses de. prisão
correccional e seis meses de mul-
ta, à razão de 2400 por dia, no
mínimo do imposto de justiça,
com os encargos legais, incluindo
o devido aos srs. Peritos, em
1.000%00 de indemnização aos
pais da vítima é 20000 de emo-
lumentos para o sr. defensor ofi-
cioso. Mas, atendendo a que não
concorre uma só. circunstância
agravante, ao bom comportamen-
to anterior do réu, que não so-
freu ainda uma condenação por
qualquer crime, e à atitude que

na estrada,
umas oitenta crianças e bastantes.
pessoas que se dirigiam ao mer-

je

“= Festas da Vila de Oleiros

‘Grandiosos festejos nos dias 8 e 9 de Agosto
no ARRAIAL DE SANTA MARGARIDA

Ê Praca DAS FESTAS

DIA g
Á’s 7 horas– Alvorada pela Filarmónica Oleirense é salva de 21 tiros

início das festas.
A’s 14 horas-—-Chegada das fogaças,

-A’sghoras—A Filarmónica Oleirense percorrerá as suas da vila aminciando o

A’s 1) horas—Imponente cortejo cívico, da vila para o arraial de Santa Margarida,

conduzindo as fogaças.

Aºs 20 horas—Início do arraial, abertura da quermesse e tômbola e venda da flôr,
seguidos de concêrto pela Filarmónica Oleirense,

Á’s 21 horas Leilão de fogaças.

A’s 23 horas Feéricas ilgminações à veneziana e largada de balões.

GRANDE SURPRES:

A’s 24 horas–Bailados populares, o de artifício (prêso e do ar).

Após as 21 horas, GR uma «Barraca Mistério» aonde serão exibi-
das as melhores surpresas internacionais.

DIA 9

A’s 13 horas— Entrega da Bandeira à futura Comissão.
Á’s 17 horas – Concêrto pela Filarmónica Oleirense e continuação da quermesse e

tômbola.
A’s 23 horas
fôgo de artifício.

Grandiosas iluminações, descantes popniares, largada de balões e

Presta o seu valioso concurso a estas festas uma barraca

das minas do

Cavalo

Dur ante « o arraial nocturno será queimado um vistoso fogo pr êso de surpreenden-
te efeito, apresentado pela «Pirotécnica Sertaginense», de João Nunes da

Silva (“Maljoga).

“A Filarmónica Oleirense abrilhantará todos os números dos festivais.
SERENO SRH DLO NA ISO URPRE SAS
Visitai OLEIROS durante os dias das suas festas

“Este programa poderá ser alterado por qualquer motivo imprevisto
A Comissão—-DANIEL MATEUS MURALHA

tomou, após o atropelamento,
prontific ando-se a prestar todo o
auxílio ao menor falecido, usan-
do-se da faculdade conferida pelo
artigo 22 do Decreto de 15 de

“Setembro de 1892, foi a pena de

prisão substituida pela de multa
a tooo por dia, consoante pre-
ceitua o artigo 1.º do Decreto n.º
13.822, de” 24 de Junho de
1927. “As penas de multa, acres-
ce o respectivo adicional. O de-
lingiiente é acidental.

EE: é É
MOVIMENTO DE JUNHO

Distribuição: 3) Inventários
orfanológicos por óbitos de: José

Martins dós Santos, Orvalho, vine

do do J. M, de Oleiros; 7) Maria
Rosa, Peral; 11) António Gama,
Foz Giraldo, Orvalho; Luíza Rosa,
Cabecinha, Vila de Rei; Carta pre-
catória para citação edital, publi-
cação de anúncios e citação do
chefe da Secção de Finanças de
Vila de Rei, extraída da execução
ordinária que Noé Isidro de Sou-
sa move contra Manoel Francisco
Barreiros e mulher, Borreiros, Vi-
la de Rei; 14) Inventários orfano-
lógicos por óbitos de: Manuel
Pereira, Vale do Souto, Mosteiro;
-Maria do Carmo, Casal Cerejeiro,
-Sertã; António Joaquim Lapa, Sei-
co, Castelo; Palmira Dias Farinha,
Moínho do Cabo, Várzea dos Ca-
valeiros; 17) Acção especial de
Justificação de ausência requerida

Um telegrama s. D.S. de 10 palavras custa sômente 10$00
Para a expedição dêstes telegramas, tem 100 textos seleccionados e divididos em 4 assuntos:

1º — Saudações diversas

20 me Casamentos É respectivos aniversários

[SS = pe mac =o=)é

ES cpooReReenasa

pos Ena == jojojo] al=s=iejato! =| Ieleigieie! SE SL Cras Sos jolojelsãs a

“Via Poriucale ao serviço do edi
Celegramas de gaidação S.D.s.

Em 1 de Setembro de 1942, a Companhia Portuguesa Rádio Marconi criou um serviço especial de «Sauda-
gões» para todos os pontos do Império, “sob o. designativo de S. D. 5.

Não se poupou para isso a sacrifícios. . Com uma taxa telegráfica ínfima, acessível a fodas as bolsas, fa-

cilitou enormemente a troca de saudaçães entre a Metrópole, navios nacionais e as províncias

Si E Nascimentos e aniversários natalícios

papo:

* de Janeiro findo.

4.º — Viagens,

por Resária Maria e marido e ou-
tros, em que é justificado João
Gaspar, Azenha Fundeira, Vila de
Rei; Acção sumaríssima em que é
autor José Cardoso, Ponte dá Va-
lada, Sertã e réus Monuel Nunes
Serra e mulher, Vale Porco, Ser-
tã; Inventário orfanológico por
óbito de Manuel Farinha, Vale de
Cuba, Isna; 21) Acção especial de
restituição de posse, em que é
autora Luíza Custódia, Várzea da
Lameira e ré Margarida de Jesus,
Arrifana, Cabeçudo; 28) Inventá-
rio orfanológic) por óbito de Rita
Maria, Perogonçalves, Amêndoa,

vindo do J. M. de Mação.

seen o .
Marco postal

Ex.Ӽ Snr. Isidro Pires Ca-
chingues= Curi—Bié (Angola):

“Recebemos a sua prezada car-

ta de 15 de Maio e dois che-
ques no total de 110800 para
pagamento da assinatura até o
n.º 589, Recomeçámos a expe-
dição a partir do n.º 551, sus-
pensa por virtude da devolução
do recibo de n.º 285/3532 em 50
Os. nossos
agradecimentos.

Êste número foi visado pe-

la Comissão de Censura de

Castelo Branco.

ESSES sn ,

Bea Isjofejeiorefojelololelele! =] E

Se tem dúvidas, peça informaçõ.s à Companhia Portuguesa Rádio. coa ou na Estação dos Correios e Telégrafos da sua localidade-
Se lhe interessa, escreva-nos um postal indicando o seu nome e morada e receberá gr: atuitamente, na volta do correio, uma brochura com todos os
q textos dos Elegramas S. D.S. e instruções sôbre a sua utilização. S

PRAÇA ALMEIDA GARREIT, 27

o Mia hs cs uti oras ‘Gompanhia Dorluguesa Rádio Nartonl PORTO
Boo nasc poetas PRESS oEEoES EDS)

 

@@@ 1 @@@

Necrologia
“Padre António Nunes
Farinha

Faleceu em Barcelos, no dia
“18, cidade para onde fôra pro-
curar alívio para os seus graves

padecimentos, o nosso amigo .

sr. Padre António Nunes Fari-
nha, de 35 anos, natural da fre-
guesia da Cumiada, pátoco em
Alferrarede. onde gozava de
estima geral. :

Sacerdote muito ilustrado,
por diversas vezes nos honrou
com a sua valiosa colaboração.
Ordenou-se há pouco mais de
5 anos. a

Era irmão do sr. António Nu-
nes Fatinha, estudante do Se-
minário de E’vora.

Joaquim Nunes Cam-=
piro
No dia 22 faleceu, inespera-

damente, em Vila de Rei, O nos-
so bom amigo sr. Joaquim Nu-

nes Campíno, (le 61 anos, natu–

ral da Sertã, que muito consi-
derávamos pelas suas qualida-
des de carácter e coração.
Viveu durante muitos anos
em Viia de Rei, onde, além de
notário muito distinto que era,
exerceu as elevadas funções de
Presidente da Câmara Munici-
pal, administrador do concelho
e Conservador do Registo Civil,
interido, Foí também notário
em Fafe e ainda há pouco ha-
– bia sido transferido, a seu pe-
dido, para o mesmo logar em
Alcobaça, logo depois da vaga
ocorrida por falecimento do sr.
dr. José Dias Garcia, natural de
Madeirã. :
Há 9 anos que o extinto não
vinha à sua terra e fê-lo então
em condições particularmente

doiorosas: falecera sua mãi, a

quem dedicava profundo afectc.
Tão prolongada ausência não
significava menos amor pela
Sertã. O sr. Joaguim Nunes
Campine, como verdadeiro ser-
tanense, interessava-se pelos

progressos do torrão natal, ma-.
nifestando-o, plenamente, em |.

“diversas cartas que nos escre-

vel. a

Era casado com asr,* D.
Beatriz de Moura Campino, pai
dos srs. Rafael de Moura Cam-
pino, empregado bancário em
Lisboa, João de Moura Campi-
no, aluno do Instituto Superior
Técnico e Armando de Moura
Campino, aspirante de Finanças
em Mação, irmão do sr. Angé-
lico Nunes Campino, actual
mente em Lisboa e Pompeu
Nunes Campino, de Tomar e
cunhado dos srs. João Farinha
de Figuelredo, de Lisboa, Artur
de Oliveira Barata e António
Nunes e Silva Ratc, da Serta.

O funeral efectuou-se, no
dia imediato, com grande acom-
panhamento,

Este semanário e o seu di-
rector fizeram-se representar
pelo sr. João Baptista dos San-
tos, de Vila de Rei.

“As famílias doridas apre
sentamos as nossas sinceras
condolências.

Popper ico pesa
AGENDA

Regressou do Luso o Rev.
P. José Baptista.

Encontram-se: na Sertã, a
passar as férias, os meninos
António e Maria Teresa, sim-
páticos filhos do sr. Ernesto E.
de Carvalho Leitão, de Lisboa;
em Pedrógão Pequeno, o st.
Eduardo C. Brandão Lopes. es-
põôsa e filho; no Brejo da Gor-
reia, o sr. Francisco Inácio
Corrêa, de Lisboa.

—Partiu para a Nazaré, com
sua família, o sr. dr. Flávio dos
Reis e Moura |

—Vindos de Lisboa, encon-
tra-se na Sertã o sr. dr. Raúl
Lima da Silva, espôsa e filhinho.

“cimentos. :

Os Servos do Bam

(Continuação da 1.2 página)

porém jámais tinha desesperado.

—E quanto a boas obras—
tornou o ermitão– que fazeís
voz para Deus?

-Muito pouco — disseram
elas com tristeza. Eram muito
pobres e, por isso, não podiam
dar muito, e viviam sempre tão
ocupadas com os seus serviços
que não podiam entregar-se a
largas meditações. Sem embar-
go. duas vezes por ano, quando
matavam uma ovelha, davam
metade dela aos visinhos mais
pobres.’

—E’ uma boa acção — con-

cordou o ermitão—, Não há ou-

tra? nas
-—Não—disse a mais velha
—-a menos que isto possa cha-
mar-se boa acção… e as duas
mulheres olharam-se sorrindo.
—() quê?–Perguntou o er-
mitão. .
A mulher parecia duvidar.
-—Não é coisa de importân-
cia, meu padre, sómente isto:
Durante os vinte anos que mi-
nha cunhada e eu vivemos jun-

tas nesta casa onde temos cria- |
– do os nossos filhos, jámais hou-

ve entre nós uma altercação ou
um olhar de cólera.

O ermitão baixou a cabeça.

às duas mulheres e alegrot-se
interiormente, dizendo.

—Se a minha alma é como
a destas mulheres, então, estou,
na verdade, abençoado. E ime-
diatamente o seu espírito se ilu-
minoi e reconheceu quantas ma-
neiras há de servir a Deus.

Uns servem-no no isolamen-
to; outros, suportando as priva-
ções com paciência. |.

E tôdas as vezes que do seu
retiro contemplava as janelas da
casa da pequena granja ilumi-
nadas pelo sol poente, o ermi-
tão pensava que, Ielizmente,
eram muitos os ocultos servido-
res do bem.

Adap. de
Joaquim Tomis
depot iso papa

Beneficência
Por um anónimo foi-nos reme-
tida, em carta, a quantia de 50800

pata a «pequena tuberculosa de

Cardigos». Como, porém, na data
em que. recebemos a carta, 3 do

corrente, se publicava uma cor-

respondência daquela vila: noti-
ciando a sua morte, resolvemos
enviar a referida importância ao
nosso bom amigo sr. José de Oli-

-veira Tavares Júnior para a dis-

tribuir, em ‘ partes iguais, pelas
duas famílias pobres das raparigas
tuberculosas que faleceram com
pequeno intervalo uma da outra,

“caso a que o nosso prezado cor-

respondente se referiu, esperando
que o bondoso anónimo esteja de
acôrdo com esta resolução.

Em nome das famílias contem-
pladas, os nossos sinceros agrade-

O nosso patrício sr. Luiz Nu-
nes, de Abumombuzi (Congo Bel-
ga) mandou-nos entregar com des-
tino à Sopa dos Pobres, a impor-
tância de sogoo.

“Os nossos agradecimentos,

ESA RASA CAS Aa Less EO

EDUARDO BARATA

COMISSÕES e CONSIGNAÇÕES

Representação de Fábricas Ar-
mazens e Firmas Comerciais e
Industriais:

SERTÃ
Presos iersosags

AMIGOS DA COMARCA,

Tiveram a gentileza de indi-
car novos assinantes os nossos

“amigos srs. Joaquim Mateus,
António Martins, Mário Antu-

nes Silva, José Martins e David
Marques, de Lisboa e José Joa-
quim Paulo, de Vila de Rei,
Muito reconhecidos agrade-
cemos. e

A Gomarca da sérta

À MARGEM DA GUERRA

UMA PATRULHA DOS E. U. ENTRA EM MAKNASSY

Alerta contra atiradores inimigos e armadilhas, uma patrulha
avançada dos E. U. entra em Maknassy, na Tunisia. Esta aldeia
norte-africana, centro ferroviario, foi ocupada sem resistencia pelos
Americanos quando as forças do Eixo retiraram mais para o norte,

Sanot aaa

“ Notas a lápis
(Continuação da £.* página)

tiverem feito as declaraçõés com
honestidade…

Estamos numa época de rá-
rias dificuldades e por conse-
guinte é justo que elas toquem a
todos por igual.

aos
OS mercados semanais no-
ta-se, agora, uma rela-

“tiva abundância, que contrasta
“com a penúria verificada duran-
– te muitos sábados consecutivos.

“Há mais fartura de géneros,
ainda que continue a escassês
parcial ou absoluta de algus. A
fruta ocupa logar primacial:

“saborosíssimas ameixas, perfu-

madas macãs e sumarentas pe-

ras, de tudo se vê em largas por-,

bões. Tambem já comecam a
aparecer os deliciosos pêssegos
o mira-ólho, que são uma tenta-
cão e fazem crescer água na bo-
ca, mas, por enquanto, poucos
lhes podem chegar porque se pe-
de porelesum dinheirão.

“Festas

“Em 8€9 de Agosto realizam-
-se grandes festas em Oleiros,
conforme programa que publica-
mos noutro logar.. |

-<No dia 25 do mesmo mês
há, segundo nos consta, impor-
tantes festas na: Madeirã, que
devem atraír, como de costume,

muitas pessoas naturias da fre-

guesia residentes em Lisboa, |

-——Também, nos dias Id e d5
de Agosto, se efectuam. as fes-.
tas em honra de S. Nuno e N.
S. dos Remédios, nos subúrbios
da Serta.

pEP tras ap ssppdd

Feiras

Durante o mês de Agosto
– efectuam-se as seguintes feiras

na região: dia 1, Sobreira For-
mosa; 8, Cardigos; 14, Roqueiro
(Oleiros): 14 e 15, Sertã (franca);
20, Sernache do Bomjardim
(franca); 23 e 24, de S. Barto-
lomeu, em Proença-a-Nova.

sereposeHicopoesãs

Agradecimento

À comissão promotora dos
festejos realizados, na Sertã,
pelo S. João, apresenta, dêste
modo, os seus agradecimentos
a tôdas as meninas que genti!-
mente ofereceram fitas para a
corrida de bicicletas, correspon-
dendo, assim, ao pedido que
lhes dirigiu. E E

Aqui deixa expresso o seu”

grande reconhecimento…
Sertã, 20 de Julho de 1945.

EAST os REI era esa

V. Ex: precisa comprar uma
camisa, uma gravata ou um cin-
to da última moda ?

Dirija-se à |

Casa suetam €

“Qua de Campo de Ourique,
174, Lisboa, que o servirá pron-

| tamente e a seu contento.

remar reraee

FESTAS

dos Bombeiros
Voluntários

A Direcção dos Bombeiros
e a comissão de meninas que a
ela se agregou para realizar as
festas em benefício da Corpora-
ção, cujo produto, como disse-
mos, se destina à aquisição dum
auto-maca, têm recebido pren-
das para o bazar e donativos
em dinheiro de diversas pessoas
a quem foram enviadas circula-
res, à E
As festas devem principiar
no 2.º domingo de Agosto.

Entre outros numeros do
programa, que por ora não po-
demos anunciar, estão em pro-
jecto um desafio de futebol, já
assente, entre teams locais. um
de estudantes e outro de ope-
rários, corridas de bicicletas,
burros, remos, sacos e 53 pet-
nas, dependendo a realização
destas do número de inscritos,
bazar, verbena e petiscos na
esplanada do Castelo. .

A Filarmónica União Serta-
ginense dará o seu valioso con-
curso. e

Numa: das noites será quei-
mado, na esplanada, vistoso fo-
gà prêso de artifício do hábil
pirotécnico local,

Nesta redacção estão -aber-
tas as inscrições para as diver-
sas corridas é sôbre elas se da-
rão tôdas as informações. Aos
dois primeiros campetidores se-
rão distribui ‘os valicsos pré-
mios e ao team vencedor uma
taça de prata:

aerepar Ho cesprto

DR. RAUL LIMA DA SILVA

No pretérito dia 21 concluiu
a sua fornatura em Medicina,
na Universidade de Lisboa, o
nosso estimado patrício e ami-
go sr. dr. Raúl Lima da Silva,
filho do saiidoso sertanense sr.
Luiz Domingos da Silva e da
sr.” D. Albertina Lima da Silva.

Ão novo médico, que é um
excelente moço, activo e inteli-
gente, damos um apertado abra-
ço de parabens, desejando-lhe,
muito sinceramente, as maigres
felicidades na sua carreira.

Era DS Que ara
é
Aviso
Por ordem superior é pu-
blicado o seguinte aviso:
Muitos retalhistas omitem
nas relações dos géneros e ar-

tigos vendidos aos seus fregue-
zes as quantidades, em pêso e

‘ medida, para assim poderem

iludir a fiscalização.
hama-se a atenção do co-
mércio para êste facto, e aos
compradores pede-se que en-
viem a esta Secção, ou à Polí-
cia, as facturas ou relações
passadas com preterição das
exigências legais.
Recomenda-se ainda aos
consumidores que participei
contra os comerciantes que se
recusem a passar as facturas
quando exigidas.
Sertã e Secção policial da

Câmara, 21 de Julho de 1943.

Carta de Lisboa

E
Coisas Passadas

– Quem tiver vivido na Sertã,
ai por Iógg e 1695 e uns ans
mais, deve lembrar-se, certamen-
le, de uns tipo que pela calada
da noite, por volta das 1r horas,
passearam as ruas da Vila, alegremente cantando ao riimo ca-

denciado da guitarra e da rióla,

os fados e canções que fizeram

época no tempo e, por isso, wuti-

“to em voga: o Hilário, o Ro-

bles, as Carvoeiras, o Noivado

opulcro e tantíssimas de aru-
rado gosto, constituindo as deli-
ciasdos vilãos amantes da bva

«música e do bom canto.

– Que tempos e que saiúdades nos
deixaram essas noites!

E era interessante, em noites
de luar, como só a nossa terra
as tem, à passagem dos tanos,

correrem-se as vidraças das ja-

nelas e aparecer debrucada sóbre
o seu peitoril, a dama dos nos

sos sonhos, aquela que constituia

o motivo da nossa serenata, da
nosso devaneio, dos nossos can-
tares.

Que tempos e que. satidades
nos deixaram essas noites!

Que encantos tinha a vida
nessa idade descuidada e feliz!
Mas a vida é um osso bem duro
de roer!-—Dizia certo filósofo.

O vento do destino levou ca-
da qual à sua vida por essemun-
do em fóra, e hoje, olhos já, dis-
tanciados uns dus outros, quási

que nem sabemos da existencia

mutua. .

E quantos baixaramjá à cam-
pa fria!

E assim a vida! /

Uns restos que ainda exis-
tem dêsses tipos, em cujo núme-
ro se inclue o signatário, vão ve-
getando neste vale de ligrimas,
até que a parca implacável os
leve a juntarem-se aos compa-
nheiros queridos das rapaziadas
de então.

Que tempos ! :

Que Coisas Passadas!

FRUCTUOSO PIRES.

e (João Sertã)

er Eça

Falta de espaço

Acumulam-se na Redacção, de
semana para semana, quantidades

apreciáveis de original e não te-

mos outro remédio se não dar a

preferência ao mais urgente. |

e : :

Por isso, como já temos dito,
será publicado tudo o que nos é
dirigido, salvo se o remetente rê-

ceber aviso em contiária. Lima só.

publicação do jornal por semana
está longe de satisfazer as exigên-
cias do meio e da vasta região em
que actua, mas, por enquanto,
não nos é possível alterar esta si-
tuação que bastante nos penaliza.

Interêsses regionais

Pelo Fundo de Desemprêgo
foi concedida à Junta de Fre-
guesia da Fundada, concelho de
Vila de Rei, a comparticipação
de 20.317»00 para regulariza-
ção e calcetamento das ruas.

-—a Pensão Branco? .

—Sim, é a melhor que V. Ex*
éncontra na Sertã porque lhe

oferece alimentação cuidada e
propotciona – lhe convivência
familiar, confôrto e asseio inex-
cedíveis Nela está V. Ex.
tão bem como em sua própria
– casa. Experimente e verá.

Nada de confusões: é na Rua
Gonçalo Rodrigues Caldeira.
ao lado da residência dos Ma-
gistrados, edifício em cons-
—= | trução =
ESRZS ESTES ESUIS ESAZS CSS EST
NORBERTO PEREIRA
CARIDIM

SOLICITADOR ENCARTADO

Rua Aurea, 139 2.º Dº
Telefone 27.1
LISBOA

Ad

SR rasSARÃe Pa Pa