A Comarca da Sertã nº321 26-11-1942
@@@ 1 @@@
=|| FUNDADORES —
— Dr. José Carlos Ehrhardt -—-
— Dr. Angelo Henriques Vidigal —
— António Barata e Sliva ——
Dr. José Barata Corrêa e Silva |
Eduardo Barata da Silva Corrêa
D| | DIRECTOR, EDITOR E PROPRIETARIO Ro ani ea
E. Coluando -Bariataido Fila Covuia E p= Tp. Pora ro
des i— REDACÇÃO E: ADMINISTRAÇÃO —— CASTELO
RUA SERPA PINTO-SERTAÃ a
: | Eos Sia Lê E TELEFONE
| PUBLICA-SE ÀS QUINTAS FEIRAS 12 |
an: Sa tHebdomadário seita, intended defensor dos o toisseda comarca da Sestã: coricelhos de Sertã | on sa Ro
N:º:321 I-Oleiros, Proença =a=flova eVila’de Reis e freguesias de “Bmêndos 8 & Gardigos (do Boneelho de Mação) | 1942. –
| | bê
Notas +…
POR ter satdo incompleta;
pois faltou uma linha in
teira dam pertodo do original,
publicamos nôvamente, a nota
em que comentávamos a cor-
espos êneir de Vila de Rei
inse ra no nassado número:
t re-nondência de Vila
de Rei. que hoje publicamos.
merece dois minutos deatenção.
Não é, infelizmente caso
inétito ver, em muitas aldeias
do país, pessoás sujeitas à
tratos inguisitoriais, vítimas
da fecocitade hamanal Isso
sucede, princivalmente, a des
grugados que doaram tudo o
que tinham aos’filhos ou ou
tros purentes e que, por fim
irtiteis nara o trabalho e con-
siterados pesado fardo, são
repetidos e tratados com inau-
dita brutalidade,
lhes uma coma e o pr 4
mento que se dá aos câis…
Famintos, devorados pelos
parasitas, esses infelizes seres
ainda por cima são mimosea-
dos com farta pancadaria, aca-
dando por morrer no meio da
mais atroz agonia.
O algoz tem a alma feita de
lama, amassada de fel; a per-
versidade mostra se em tôda a
hediondez e abjecção; de hn-
mano, só tem a figura e essa,
mesmo ressumbra ódios e sen
timentos vês.
Ao arêlo do nosso Corres
pondente, para que as autori-
dades procedam contra os car
rascos da desgraçada. junta-
mos os nossos. não por sum-
ples praere oz amável concor-
dância, mas para que lhes seja
aplicado o justo e merecido
castigo.
DIO
demente nataral da Senho-
ra dos Remédios que de há
tempo se encontra na cadeia
por projerir em alta grita, e
públicamente, tôda a casta de
obscenidudes, permanece ali
nas condições mais miseráveis
e deshumanas que se pod:
‘e- | são só do pub)
E:
do milho no concelho da Sertã a
* preocupar os que procuram encon-
trá-lo à venda para proverem àAs-duasçpre-
cisões.
“Não obstante os racolhimentos serem
recentes, não tem’éle vindo aus mercados,
tudo indicando que não virá expontanea-
mente na quantidade indispensável aos
que fazem da borda a base fundamental da
sua alimentação.
‘O caso é grave pelas consequências.
que pode produzir no ânimo dos que já
Dómica núma teia do “uficuldades «que não
e mas também
dentro dos estreitos Sis
ou salário, olham anguetiados é através de
temerosas perspectivas, o dia de amanha.
De-certo.
guém, o sabe o lavradur que, após uma la-
buta insana, sobrecarregada de despesas,
canseiras e contrariedades de tôda a or-
dem, viu consideravelmente minguada, em
ralação à colheita do ano anterior, a pro-
dução de uma cultura em que pusera os
seus cuidados e esperanças.
Intelzmente para todos, não pode es-
ta razão constitiur argumento para que o
milho excedente dos gastos do produtor
porta, com o dinheirinho numa mão e 0
chapéu na outra, a pedir — quási a mendi-
gar-—a cedência de um alqueire duo an
jado cereal.
Isto não pode ser,
A hora que passa não comporta ne-
gócios especulativos com o pão da bôca.
Por detrás do chefe de família que ca-
Via o problema do abastecimento,
vêem bastante embaraçada a sua vida eco-
Foi mau o ano,agrícola que findou »
| giuumo do prudutor, e organize-se, à imita-
Todos o sabem, e, melhor do que fin
seja arrecadado nas arcas, quando, na Fua,)
a turba dos necessitados anda de porta em
O milho da região
rêce de comêcio [para trabalhar, estão a
mulher-e os’filhos com o mesmo direito ao
minimo’do seu sustento.
“Poderão Bles andar descalços e mal
roupados; poderão dispensar os confôrtos
“que outros conhecem e alguns não dispen-
sam; poderão mesmo suportar as piores 1n-
elemôncias duma miséria implacável, mas
não podém passar sem o bocado da borôa,
que —Deús u sabe — muitos mastigam par-
Jcaménie sem outro alimento a servir-lhe
de conduto.
Urge, -portanto, que o milho na posse
de quem o guarda apareça e seja posto ao
alcançe dos seus naturais consuinidores….
Reclama-o a paz pública e a solidarie-
) | dade, humana nesta épuca conturbada de
fatdicas incertezas.
Estabeleça-se-lho um preço de equilí=
brio com’a bôlsa do pobre e o interôsso le-
ção do que se fez no ano passado por in-
usrfciência camarária, um celeiro onde êste
u enirega, recebendo o seu custo, e 0 cun-
sumidor o encuntre, pagando o que levar.
Bem andará o Grémio da Lavoura se
tomar a tareia à sua conta nos concelhos
da sua jarisdição, prestando dôste mudo
aus povos respectivos um benefício apre-
ciável déniro da estera da sua acção e ini-
ciativa,
Tudo o que não for assim, tudo o que
não fôr facilitar ao pobre a aquisição do
milho, será ladear um mal que não cede &
paliativos.
Há por aí melhor idéia de resolver a
questão ?
Pois que apareça de-pressa e antes
que tenha de remediar-se o que melhor
será prevenir.
SILVANIO
imaginar.
Não é tolerável, de facto que
essas ruas sirvam de palco a
actores de loguacidade de tal
género, exacerbada pela velhas
caria de garotos e até de gen-
te graúda sem educação e sem
escrúpulos, mas também causa
dó ver a pobre louca atirada
para uma masmorra como se
se tratasse de uma criminosa
da pior espécie,
Ao que nos dizem, essa ma:
lher possue alguns dens de
raiz Este facto não seriao sa
ftciente para garantir e tornar
possível o seu imediato inter-
namento nam hospital de lou-
cos? ;
por queira
EM Vale do Grou, fregnesia
de Vila de Rei, morrem,
recentemente, uma mulherzi-
nha, de nome Gertrudes Ma-
ria, viúva, com à bonita idade
de 105 anos,
PELAS ruas da Serta va:
gueiam muitos cais esque-
léticos, cheios de tinha e de
carraças, num estado que con-
trange e denuncia a ponca ca-
ridade dos donos. Se não que-
rem olhar pelos pobres bichos,
vale mais pôr fim ao seu so-
frimento.
Agora que os desgraçados
entrem nos quintais e casas
alheias em busca dum osso
para roer on, com pêsinhos de
lã, na mira de fartar alguma
coisa para entreter a debibuli-
dade, não está certo!
Quem quere ter câis, dé-lhes
comida e não espera que os
outros Os sustentem, não de-
vendo também esquecer que a
fome é meio caminho andado
(para a hidrofobia, doença que
pode trazer graves inconve-
inientes,
INSTRUÇÃO
Está aberto concurso documen-
tal para o preenchimento dos se-
guintes logares vagos em escolas
do ensino primário elementar :
mixtas de Isna e Sobral, conce-
lho de Oleiros e Corgas, conte
lho de Proença-a-Nova.
—Foi nômeada: regente do’
posto escolar do Vale de Agua
(Proença-a-Nova), a sr.* D Amé:
lia da Conceição Moreira,
rir
Viação
A firma João Clara & Irmãos
tomou de trespa–e a carreira cn-
tre à vilã de Prócnça-a Nova é
Alfcrrarede, tendo ja iniciado os
serviços com belas e confortá-
veis camionetas,
VENDA DE TABACO
Osconsignatários, depositários
ou vendedores por grosso de
tabaco, que cumulativamente fá-
çam vendas a retalho no próprio
depósito ou estabelecimento, si-
tuado ou não no mesmo conce-
lho, são obrigados a abastecer
os demais mercados a retalho,
habilitados com licença, com
quantidades não inferiores às que
os mesmos mercadores hajam
adquirido no período que tenha
servido de base à fixação, por
despacho ministerial, dos forne-
cimentos das emprêsas manti-
tactureiras,
Apps
FLIRA EM PROENÇA-A-NOVA
No dia 1.º de Dezembro eie-
ctua se uma importante feira na
vila de Proença-a-Nova,
minucioso varejo aos es=
tabelecimentos e, aparte emas
pequeníssimas diferenças en=
contradas nos preços factara-
dos de um ou dois artigos,
não descobrin nada em que
padesse molhar a sôpa!
Ora, êste facto só honra a
prugça comercial da Seriâ, on
de não se seguem os métodos
de exploração indecorosa que
se verificam continhamente e
mais ou menos por tôda a
parte, de que os diários nos
Parabens « todos os comer-
ciantes e já agora vejam se
nos mandam umas barras de
sabão para não mais ouvirmos
Os lamentos da patroa e amas
garrafitas de vinho do Porto
para afogar as mágoas…
ro
DISSEMOS, no nº 319, que
uma pessoa dagui expe-
din para Vila Castelo, 9-1.º,
Diº, em Lisboa, um telegra-
ma, que, a final, não chegou q
ser entregue com o fandamen
to de que o «endereço era in-
boa Vila Castelo».
Que esta asserção dos Cora
reios não se jastifica por mes
nos verdaderra, dissemos nós
então e vontirmâmo-lo hojel
Há e torna a haver! Os Lora
reios é que andam céguinhos!
Não têm bem organizado oro
teiro da cidade, é o que é, Sem
tirar nem pôr.
Sôbre o caso, recebemos um
postal de Lisboa, que esclares
ce bem a sitaação de Vila Casa
telo. Se os Correios, agora,
nos dessem alviçaras não fa-
ziam favor algum!
«Vila Castelo fica nas Esca-
dinhas da Costa do Castelo,
frente aon.º 8, freguesia de 8.
Cristóvam, 1º Bairro Admi-
nistrativo e 2,º Fiscal e come-
ça quási em frente do n.º 70
da Costa do Castelo»
Cain como sopa no mei!
Quem é amigo, quem éP
b fá agora, que diabo, era
restituir a massinha do telegra-
ma ao expedidor |
PELO Terreiro dás Mulatas
e adjacências é fregilente
ver bandos de galinhas, como
se aguela zona fizesse parte
de qualquer insignificante po-
voado, onde os galináceos e
outras aves… de pena gozam
da mais condescendente libera
dade!
Ora, cá dentro da vila. os
dicharocos têm de permanecer
nas capoeiras. Assim o man»
dam as posturas.
app
NA fábrica de serração de
Abílio José Passarinho,
próximo da Abegoaria, está
a fazer-se a montagem dos
respectivos maquinismos.
«co alápis
VEIO aí uma brigada que fez
fazem substancioso relato!!! .
suficiente e não haver em Lis- .
£ substancioso relato!!! .
suficiente e não haver em Lis- .
@@@ 1 @@@
A
é GRAU. ….. 3415m (945mc/s)
o attinio | GRI. ….. 2482m (12,04 m c/5)
12,15 — Noliciário GRZ..:… 1308 m. (21,64 m c/s)
GRU. ….. 3415m. (9,45 mc/s)
13,90 — Aciualidades GRU. . 24,92 m. (12,04 m c/s)
21,00 (*) Noticiário GRX…… 30,98m. (6,96 m c/s)
d ESB… …: 31,55 m. (9,5! m c/s)
22,15 [º) Retualidades GRT–…. 4,96 Mm (75 m 6/5)
– +) Êste perÃodo de Noticiário e Actualidades ouve-se tam
bém em ONDAS MÉDIAS de 261,1 metros (1,149 k e/s) e
ONDAS COMPRIDAS de 1,500 metros (200 k cjs).
Companhia de Viação de Sernache, L.º
Concessionária das Carreiras de Passageiros entre
Castelo Braneo == Coimbra e Sertã =» bisboa
Avisa o público que, por falta de carbu-
rantes e pneus, e a partir de 6 de Outubro
efectua aquelas carreiras nos dias seguin-
tes:
Castelo Branco—Coimbra .’.
Coimbra—-Castelo Branco . .
Serm=Lisboa «sc. . a
« — 5,8%ng Sábados
«— 280 6ºS foiras
e — 2, 5º 0 Sábados
« = Domingos, 4.º q 6.º*
388, 5,220 Siltados
Eisboa— Sertã , . cs
* Castelo Branco—sSértã
Sertã—Castelo Branco cao pie Agi
Proença—sSertã (com ligação a Lisboa). — Sábados
Sertê—Proença (c/ ligação de Lisboa). — 6.º feiras
Sertâ=Coimbra e vice versa . -— 38 e dias 23 de cada mês
Venseconsesuunasto
Os passageiros vindos na carreira de C. Branro
das 2.º feiras iêm, na Sertã, Iigação a Lisboa
N. 5. — Sempre que queiram viajar devem marcar seus lugares escrevendo para
Sernache, devendo em seguida ser avisados se têm ou não lugar
Atenção — A Carreira Coimbra—C, Branco efectua-se às 2. e
6.º†e não às 2.ºº e 4º como anuncçiavam os prospectos anteriores
Emissões dos ESTADOS UNIDOS
EM LINGUA PORTUGUESA
(Recorte esta Tabela para referência futura)
aforas Estações Dias Ondas curtas
Tio WDI Todos os dias, …. 89,7 m( 7,565 mo/a)
7,16 WROA 3ºfeiraa Domingo 31,02m( 967 me/s)
lb WNBI Só 2º feira…….o 25,28 m (11,89 me/s)
830 WRCA 8.º feira a Sábado., 3102m( 967 me/)
830 WNBI Só 2º feira ……. 26230 (1189 me/)
18 30 WDO Todos os diss,..,. 207 m(1447 me/
1980 WRCA Todos os dias ,…. 198 m(1515 mc/ )
19,45 WGEA 2.ºfeira a Sábado.. 19,56 m (1553 mc/r)
21,80 WGEA Todososdias,,… 1956 (1583 mc/)
21,80 WDO Todos os diss,…. 207 m(1447 u«/)
OIÇA a VOZ da
AMERICAce=rMARCHA
ANUNCIO
(7.º Publicação)
No dia um do próximo mês de
Maio, pelas doze horas, Ã porta do
Tribunal Judicial desta comarca,
se há-de proceder à arrematação
em hasta pública dos bens a seguir
indicados, pertencentes ao casal do
falecido José Martins, declarado
insolvente por sentença de dois de
Março do corrente ano, cujo pro-
cesso de insolvência corre na cos
marca de Huila, com ade em Sá da
Bandeira, e do qual foi extraÃda a
competente carta precatória para
arrematação.
BENS A ARREMATAR
1º — Metade de uma terra de
oliveiras e mato, sita ao Vaixincão,
limites da Póvoa. treguesia de Váre
sea dos Cavaleiros minta com Luiz
Martins e mulher Ilda Silveira
Martins. Faz parte do artigo qua-
trocentos e setenta e sete da matriz
predial, Vai pela primera vez Ã
praça no valor de mil escudos «=»
1000800. i
2.º — Um pequeno quintal com
duas oliveiras e casa de errado,
sita na Grade, limites da Póvoa.
Eº um sexto do artigo quinhentos é
três da matris predial, Vai pela
primeira vez à praça no valor de
cento é cincoenta escudos— 150800.
3º— 0 fôro de cinco alqueires
de trigo que paga anualmente Joa
quim Freiro, morador na Aldeia de
Jodo da Tira, freguesia do Cabe.
gudo, Vai pela primeira vez à pra
sa no valôr de mil tresentos é oi-
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O Juiz de Direito,
Eduardo Marques Coelho Correia
Simões
O Chefe da 3.º Secção, int.º,
“Armando António da Silva |
IS CE ETR om smantae!
Colégio Taz Serra
(PARA AMBOS OS SEXOS)
Gurso dos liceus.
Admissão aos licous
e Instituto Oomeroial
e Industrial,
SERNACHE DO
BOMJARDIM
(2.º Publicação)
Por este Juizo à Primeira Sece
são da Secretaria Judicial desta
comarca, se faz suber que se acha
aberta a correição, pelo espaço de
trinta dias, a começur em onze de
dezembro próximo e q terminar em
dez de Juneiro de 1943,a todos os
oficiais de Justiça deste Tribunal,
Julgado Municipal de Oleiros é
Juizos de Paz, a qual abrangerá
todos os lwros, papsis e processos
comegudos ou findos desde um de
Janeiro do ano corrente em diante,
devendo as entidades competentes
com os livros, pupeis e processos
referidos, mos termos legais, é po-
dendo quaisquer pessoas, durante
aquele prazo de trinta dias, apres
sentar ao Juiz da comarca quais-
quer queixas que tenham a fazer
dus funcionários sugertos à mesma
correição,
Sertã, 6 de Novembro de 194%,
Verifiquei,
O Juiz de Direito,
Eduardo Marques Coelho Vorreia
Sumões
O Chefe da Secção,
José Nunes
Papel para embrulho
Vende-se nesta Redacção,
oia MEBIDO) Ã ea
Sertã, 9 de Novembro de 1942. : E
Perifiquei, Quero T.Ex? mobilar confortavelmente a sua casa ?
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efectua-se às 4,ºº feiras — Recês
ba ligsção de Lisboa.
6,8 feiras — Recebe ligação ce
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Sopa dos Pobres
A Sopa dos Pobres, dirigida
por um grupo de senhoras cari-
tativas, que, durante largo tem-
po distribuiu a cêrca de 40 in-
digentes uma sopa cotidiana,
viu-se obrigada, dadas as tre
mendas dificuldades para a sua
manutenção especialmente ori-
ginadas p-la falta de auxílio cer-
to, visto que as cotas dos pro
tectores rarcavum de mês para
mês. quando seria natural espe-
rr o contrário, a modificar os
seus meios de acção, dando ago
ra, por seman:, a 25 pobrezi
nhos, as porções médias de 1
quilograma Je pão e 250 gramas
de arroz
Eº psuco, “uito pouco mesmo |
Tinh a vertã o dever de sus-
enter os seus indigentes mas
não o faz por egoísmo e pelo
desinterêssc absoluto a que vota
tôlas as obras de beneficência.
Outro ten’o sucede à Misericór-
ma que tem uma existência es.
pinhosa Cada qual procura ar
ranjur se melhor que pode, es
quecendo a desgraça alheia
S-gue a gente da Sertã por
mau cam nho e talvez se arre-
penda… quando já não houver
remédio | O futuro o dirá,
Para tirar o quebranto (acedente)
O curandeiro ou curandeira
acende uns pequenos paus de
mouta e, fazendo três brasas, e
tendo próximo uma tigela ou
alguidar com água, deita uma
brasa para a água e diz:
Deus te gerou,
Deus te tire o mal
Que por ti entrou.
Por cada uma das restantes
brasas que deita na água repete
as mesmas palavras. ç
Depois molha a mão na água
onde deitou as brasas e passa-a
irês vezes por cima da pessoa
ou animal doente e segulsamen-
te toma ums toalha servida (não
deve estar lavada) da cozinha e
passa igualmente três vezes por
cima «a pessoa ou animal, repe-
tindo as palavras acima referi-
das, ambém três vezes.
(Povoações do concelho da Sertã)
(«Etnografia da Beira»—Dr,
Jaime Lopes Dias)
rose
DOENTE
Encontra-se gravemente doene
te desde 16 do corrente, data
em que ceu à luz duas crianças
do sexo masculino, a sr* D.
Maria: Luíza Carvalho Farinha,
dedicada espôsa do nosso amigo
sr. Alfredo Farinha, negociante,
de S. João do Couto (Sertã).
Os pequenitos estão bem e
evidencizm forte compleição.
No transe allitivo por que pas-
sou, valeu à parturiente a inter.
Companhia de Viação
de Sernache
Informação importante
Para que o publico se possa
orientar devidamente sôbre as
os avisos que contêm os horários,
As reduções originam, em cer-
tos dias, aglomeração de passas
geiros. À fim-de evitar tais in
convenientes e para que se ga
ranta o transporte, é de tôda a
conveniência que os passageiros
escrevam à Companhia – seu eg-
critório, em Sernache—com a de-
vida antecedência, indicando o
dia e a carreira em que desejam
efectuar a viagem; depois, devem
aguardar a resposta, que pode
ser afirmativa ou negativa, con
soante o número de passageiros
que hcuver inscritos.
No caso de a resposta ser afir-
mativa, deverão apresentar o pos-
tal, que a contém ao agente res
pectivo, que só em tais condi-
ções está autorizado a fornecer o
bilhete solicitado.
END e
A obra realizada
Ao relembrar, numa palestra
elucidativa e necessária lida ao
microfone da EN, o caminho an
dado nos últimos anos — o sr.
a Rodrigues Cavalheiro resu-
miu:
<A obra está à vista de todos
E o contraste empolgante com o
que existia, podem-no estabele-
cer sem dificuldade todos os ho-
mens de boa fé e de boa memó-
ria. Importa. todavia, não perder
as ocasiões que se proporcionam
para sancionar c:lorosamente os
benefícios morais e materiais do
Estado Novo. A temerosa guer
ra mundial, de qu-, mercê de
Deus e do génio de Salazar nos
temos mantido afastads, obri.
ga-nos, mais do que nunca, a
cerrar Íileiras em tôrno dos nos
sos Chefes. Assim o ordena o
presente e assim o exige o futu-
ro.»
Sintese breve do dever que a
todos cabe, encontra-se aí o im-
perativo da nossa hora. Há que
cumpri-lo.
agido
Ros naturais da Comarca,
ausentes
«A Comarca da Sertã», mediante
uma pequena comissão, encarre=
ga-se de obter documentos junto
das repartições públicas ou de
tratar de quaisquer assuntos da
sua competência,
riso
“Açambarcamento de ovos
“dades de ovos que têm spareci-
do nos últimos mercados, artigo
últimas alterações das carreiras, |
temos publicado, na 2.º página,
São reduzidíssimas as quanti..
venção rápida, a grande compe- que atingiu 0 preço de 7850 a,
A Qomarca da Sertã
Um colossal bombardeiro Avro «Manchester», pejado de violentos explosivos, vai
despejá-los sôbre as indústrias germânicas de guerra
ras dá Comare
=»
(Noticiário dos mossos Correspondentes)
CARDIGOS, 16 — Chegaram’a Car-
digos e vão ser colocados por estes
dias, dois altares laterais que falta=
! vam para que a Igreja nova, matriz |
paroquial, ficasse conclaída. Os alta=
res não desmerecem do tim a que são
destinados e obedecem à linha arqai-
teciónica do grandioso templo, que
| representa um grande esforço patrió-
tico da geraçao dos últimos tempos.
Pena é que uma das principais ruas
que desembocam no Adro da Igreja
: esteja no péssimo estado em que se
; encontra, cheia de covas, desprovida
* de calçadas naigans pontos e intran=
| sitávei noatros. Já aqai nos referimos
; aos subsídios (um de 18 contos e outro
* de 6 — números redondos) concedidos
para a constraçao de calçadas neste
local, mas ainda não vimos o menor
indício de que as obras começassem q
que é triste. O tempo passa depressa,
e os prasos para a tem
mites. eria dolurosissimo que os
| sabsídios fossem anglados. Mas nós
‘ contamos no patriotismo, boas von
tades e brios dos vogais da Junta de
Fregaesia que só teremos a loavar.
— A colheita da azeitona que êste
ano é muito escassa, está a começar.
lim
Por êsie motivo e pela falta de trabam |
lho na região, estamus vendo passar
para o Ribatejo vários ranchos de ho=
i mens e malheres.
— Já lá vão mais de sessenta anos
que se estudoa a estrada 54-2.º (então
sob a nomenciatara de 120 de Lousã
– a Belver), que tem passado pur várias
fases nesta regiao, que é inútil repe-
tir. Ultimamente os jornais têm-se re-
ferido a decretos para estudos, con=
cessões de subsidius para a parte en
; tre Cardigos e Danto Antón.o do Mar-
| meleiro. Mas O desprezo que parece
prevalecer contra esta regiao, conti=
– nua, porque obras não se veem. Qual
ia caasa, quando a construção desta
| parte de estrada representaria um
| grande benefício para o país, pois se=
ria a aniao do norte com o sal pelo
centro de Portagal? E no entanto vão-
se constraindo vairas estradas de
i menor imporiâncial E os povos que
se vão servindo das vias quásiintran-
| sitáveis do tempo dos romanos, com
| pontes em raínas como na Ribeira da
| Isna, e Os pobres que vão pagando as
contribaições e emigrando para não
morrerem à lume!
Ah! que se oãa Ex.2 0 Sr. Dr. Sam
| lazar conhecesse esta situação |…
| — Encontra-se nesta vila, exercen=
i do o cargo de prufessor oficial, para
onde pedia a transierência de Sernas
che do Bumjardim, o sr. Anselmo de
Oliveira Tavares. o
4
ERMIDA, 21 — Tem causado a me-
lhor impressão, nesta freguesia, tôda
a douírina que a «Comarca», tão bri=
lhantemente tem exposto sôbre as «Res-
trições ao plantio da vinha na região.»
Inleiizmente, a maior parte da vinha já
das. Assim, em anos menos favoráveis
à vinha, a salvação duma grande parte
da uva, ou da maior parte, não se jaz
sem a aplicação de 6 a 8 sulfatagens.
Estas sulfataoens devem ser feitas com
uma calda de 2 quilos de sulfato para
100 litros de água. Isto é O que dizem,
geralmente, os formulários para a con-
fccção de caldas e é, de facto, o que a
experiência por aqui indica;
Com duas sufatagens, em ano mau,
como foi êste ano a vinha perdeu-se
quási tôda.
Acresce a isto que a distribuição do
sulfato, do pouco que naturalmente
existia, foi feita tendo por base a últi-
ma colheita, constante dos manifestos
de vinho, etc.
Supondo esses manifestos verdadei-
ros, êles nada mais poderiam atestar
do que uma parte da vinha a curar.
Pois é sabido que a colheita tem sido,
geralmente, 1/3, 1/4 e até 1/6 do que
deveria ser. Desta forma, fazendo uma
calda eficaz só 1/3 ou 1/6 da vinha se
podia garantir do mal, e, fazendo uma
calda para a vinha tôda, ela seria fra-
quíssima e, portanto, nula nos seus
efeitos.
A produção dêste ano, quanto a esta
fr ia, pode i
entre 5% à 309/, da que devia ser.
Aplicado o mesmo processo da dis-
tribução, os resultados ainda serão
plores.
Sentem, pois, os lavradores desta
freguesia que
1,º — À fazer-se uma distribuição de
sulfato, à faita completa dêsse artigo
no mercado, ela deve basear-se, quanto
possível, no número de cepas produti-
vas de cada lavrador,
2,º — Nas condições de receptivida-
de, estado € situaçao das vinhas a cu-
rar € outras circunstâncias que a expe-
riencia indique.
3.º — A avaliação de todas estas ba-
ses poderá ser ieita pelos donos das
vinhas e confirmada pelos Regedores e
Juntas de Freguesias .
4.º — Não havendo sulfato suficiente
para as necessidades dos lavradores de |
vinho, manter-se ainda assim a propor-
ção na distribuição do sulfato confor-
me as necessidades verdadeiras de ca-
da um,
Sentem pois os lavradores da Ermida
que de pouco poderão valer quaisquer
outras providências que não assentem
nestas bases, Ou seja : no conhecimento
das verdadeiras necessidades de cada
um. Que estes factos sejam pondera-
dos pur quem tem a cargo remediar,
um pouco, estes males, ae maneira a
aperfeiçuar-se cada vez mais, o siste=
ma de aistribuição, o qual todavia tem.
sido feita com 0 maior zelo, competên-=
cia e boa vontade de acertar dentro
das bases estabelecidas.
Cc.
nte Beto E
Cobrança de assinaturas
em Lisboa
Até ao fim do mês corrente ya-
mos remeter, ao nosso cobrador,
em Lisboa, Os recibos respeitan-
tes aos prezados assinantes da
À depressão de Quattara mar
de lama com 19.500 qui-
lómeiros quadrados
Os dois exércitos, que hoje
lutam pela posse do Egipto,
apoiam o flanco Sul sôbre um
obstáculo que os cobre tão efi-
cazmente como o Mediterrâneo :
a depressão de Quattara, duma
extensão de 19.500 quilómetros
quadrados ou seja o equivalente
a quási um quinto da superfície
de Portugal. Um mar de lama
no deserto,
Nem homens, nem tropas, nem
carros se podem aventurar nesse
extensíssimo lamaçal, viscoso e
escorregadio, completamente
inhabitável, que mede cêrca de
100 quilómetros de profundidade,
A depressão de Quattara fica
a 60 metros, têrmo médio abaixo
do nível do mar, mas as cavida-
des mais profundas vão até 134
metros.
Por mais paradoxal que pare-
ça, no meio do mais sêco e mais
tórrido dos desertos, o fundo da
depressão está coberto de lama,
A água das camadas aquosas pro=
fundas aflora e transforma a sue
perfície do solo num marnel vis»
coso, coberto, por vezes, duma
delgada camada terrosa, sêca é
esisladiça. Nalguns sítlos, vêem-
-se grandes calhaus ou areia pô-
dre, completamente impraticáveis.
À depressão de Quatt.ra. fez
da entrada do Egipto um largo
gargalo de 65 quilómetros enire
Ei Alamein e El Maghra. Os
dois exércitos adversários são
como que a rôlha dêsse gargalo.
Do «Diário Popalar»
Srta
Salários dos rurais na colheita
da azeitona
A Câmara Manicipal torna público
que pelo sr. Governador Civil, foram
propostos os segaintes preços para
vigorarem na colheita da azeitona de
1942/43, no concelho da Sertã: ho=
mica 8800 a 9400; malheres, 4400 a
4850. E
Acresce que os pequenos propriem
tários, cuja colheita não vai além de
15 dias úteis, podem pagar 1500 a
mais do estabelecido para os homens
e $50 para as malheres. As sanções
por desobediência são de 20$ a 1008
para os trabalhadores e de 50800 a
500800 para os proprietários e, em
caso de recusa 0q reincidênciaalém da
penalidade por desobediência será
feita a participação e entrega para
tência e incxcedível carinho do, eia! se achava arrancada quando chegou a
ilustre médico sr. dr. Angelo , Segundo informação que nos ordem de suspensão; não obstante, foi
E julgamento ao Tribunal do Trabalha
Henriques Viaigal, | deram — e que transmitimos sob ae grande satisfação para todos os la-
área da cidade, do distrito, com sede na Covilhã.
Fazemos os mais ardentes vo-
tos pelo restab: lecimento da boa
senhora
— Bu
Notícias diversas
No próximo dia 6 de Dezembro no
edifício dos Paçus do Concelho, pelas
10 horas, proceder-se-á, nos termos
do disposto no artigo 1.º do Decreto !
n.º 26.600 de 17 de Maio de 1936, à
eleição dos representantes dos caças
dores na Comissão Venatória Con=
celhia.
— Segando comunicação feita pela
Junta Nacional dos Produtos Pecuá=
rius,0 Sr Mnistro da Economia, por
despacho de 4 do corrente, fixou em
27300, por qu’lograma, o preço máxi=
mo. para a venda de apeiragens agri-
«ol s (tamoeiras, sogas piarças, etc.)
Em santo Tirso organizoa-se am
grandioso turtejo de Caridade», em
ben-fício da Misericórdia, no qual to»
maram parte 00 carros vistosamente
engalanados, que condaziram das fres
gaesias cebolas, cereais, batatas, abó-
boras vinho, fratas, ovos, lenhas,
aves, coclhos, mato e maitos oatros
artigos necessários para uso da Sans
ta casa. O valor dos géneros e dona=
tivos em dinheiro atingia a apreciável
soma ds 80 contos,
tôdas as reservas—a carência dos
| Ovos, tão precisos à alimentação,
– vêm sendo açambarcados em lar
ga escala, exportando-se a nada
mais, na :a menos do que 30$0U
a dúzia!!! Pode haver cxagêro,
mas também não nos custa mui-
ito a acreditar sc considerarmos
iaté que ponto subiu a ganância
desenfreada, verdadeiramente cri-
| minosa, que se faz em volta de
| tudo o que é indispensável à
vida!
Se é verdade, fica assim justi-
ficada a carência nos últimos
mercados locais.
Com lucro tão tentador, os ne-
gociantes adventíiios e oportu-
nistas entregam se afoutamente à
especulaçã e nada Os setém, nem
mesmo o receio da repressão
severa.
Para o caso, solicitamos as
providências necessárias.
Ao acabar de escrever esta no-
tícia, fomos infor.nado de que os
ovos estã. tabcl.dos a 68.0 a
gia,
vradores O saberem que podem conti»
E a arrotéar Os seus campos e isto
na convicção de que trabalham em pro-
– veito do pióprio Estado, em proveito
da sua stgião, e no seu interêsse pró-
prio. De igual modo as representações
dirigidas a Dua cx.2 0 5r. Mimstro da
Economia peios qgnissimos represen-
* tantes do Grémio da Lavoura dos con-
4 ceihos da Sertá e Vila de Rei; causa-
ram em tôda a freguesia a melhor im-
pressão. De facto pela categoria das
pessoas que expõem tal doutrina, já
pela verdade que essa doutrina encer-
ra vê-se garantia segura de que 0 as-
sunto seguirá o seu verdadeiro cami-
nho, na sua solução mais justa, útii é
faté pacífica e meritória. Eis o que im-
porta: — «díficar sôbre a verdade e
justiça, O resto é preparar males maio-
res.
Num ano que decorreu pouco satism
fatório no tocante a colheitas falta ao
lavrador, à boa pinga regional e caseis
ra para alegrar à» suas festas de fami-
Ha, os seus compromissos sociais e
relinião de seus amigos; pois, um ou
outro conseguiu resgatar uns escassos
almudes, e isto mais por uma questão
de sorte ou situação de suas vinhas,
De facto, todo o sulfato obtido, mesmo
entre os lavradores maiores, não daria
para mais duma sulfatação, ou, 0 mã-
Vximo, duas, feitas nas condições devi»
Esperamos que todos ‘os liqui-
dem no acto de apresentação,
evitando transtôrnos e inúteis
perdas de tempo, além de que os
gratides encargos que oneram a
publicação do semanario não per-
mitcm’o adiamento da liquidação
dos recibos das assinaturas, úni-
ca receita certa com que contas
mos para lhes fazer face,
A alguns assinantes ser-lhes-á
apresentado mais de um recibo,
porque, quando da última co-
brança, estavam ausentes de
Lisboa,
Nada mais pedimos, a todos,
do que o pagamento das assinas
turas e, antecipadamente, agra-
decemos tôda a atenção que nos
dispensarem.
A Administração
Este número foi visado pela
Comissão de Censura
de Casíeio Branco
SrDIE
Aviso aos Viticultores
Para uma mais rápida resolu-
ção de tôdas as pretensões, in.
formam-se os viticultores que os
requerimentos com pedidos para
as diversas práticas de plantio
de vinha, ao abrigo da legisla-
ção em vigôr, devem dar entra.
da na Direcção Geral dos Servi-
ços Agrícolas ou nas diversas
Brigadas Móveis do Plantio de
Vinha até ao dia 5 do próximo
mês de Dezembro,
A Direcção Geral dos Servi=
ços Agrícolas esforçar se à por
conseguir, apesar das enormes
dificuldades de transportes com
que lutam os serviços, que as
respectivas vistorias e despachos
dos requerimentos entrados no
praso marcado, sejam elaborados
com a possivel rapidez,
Direcção Geral dos Serviços
Agrícolas, em 16 de Novembra
de 1942,1942,
@@@ 1 @@@
ES
Quadro Edénico
A Uomaroa da Sortã
Aquela árvore esplêndida, frondosa,
que se eleva na ânsia de subir,
desentranha-se em flores e,a sorrir,
conversa comas brisas,
amorosa…
‘* Em seus ramos enleia-ge formosa,
. Uma roseira em poético florir;
frutos pendem dourados, a fulgir,
4 luz do sol que os beija radiosa..
Nas suas frondes vêm os passarinhos
enamorados construir seus ninhos
a chilrear, felizes, seu amor…
E dois jovens de mãos entrelaçadas
“olhos no céu, sentem visões aladas
em extasis, em bençãos do Criador.|
Cardigos-=1942-Setembro
OLIVEIRA TAVARES JÚNIOR
A ação da aGonarea da Sertão
Do sr. Presidente da Direcção
da Casa do Povo do Pêso rece-
bemos o seguinte cativante ofício;
Pêso (Vila de Rei), 9 de No-
vembro de: 1942.
«+ «St. Director do Jornal «A
Comarca da Sertão
Sertã
Altamente gratos, vimos agra
decer vivamente a V.,.a brilhan-
tíssima e proficiente reportagem,
feita por V., à velta da nossa
Casa “do Povo, por ocasião da
sua inauguração oficial.
Ela é mais uma prova do tes-
temunho exuberante e sentido
aprêço em que V. tem a nossa
querida instituição, e ao mesmo
tempo a demonstração do muito
interêsse e devotado carinho que
a V. vem merecendo de há mti-
to, através do vosso benquisto e
acreditado jornal, todos os factos
que’se relacionam com o desen
volvimento progressivo desta tre-
guésia,
À primorosa reportagem agora
feita, moldada em termos alta
mente penhorantes para nós, con-
sagra, …Sr. Director, uma data
felicíssima para esta freguesia, e
tem ninva além do mais, um alto
sentido regionalista e patriótico
que proluudamente calou na alma
dêste povo,
Por-isso vimos hoje, no cum-
primento dum dever, e interpre-
tando o verdadeiro sentir e de-
sejo de todo o elemento associa-
tivo desta Casa do Povo, mani-
festar a V. por tal motivo, à
nossa gratidão, e O alto conceito
em que temos as brilhantes quali=
dades jornalísticas de V. tantas ve-
zes postas com galhardia, desin-
terêsse e abnegação ao serviço
desta freguesia.
Com votos pelas prosperidades
pessosis de V., pelo engrandeci-
mento cada vez maior do jornal
que tão prolicientemente dirige,
para Bem da nossa Região e da
Nação. e com os nossos respel-
tosos cumprimentos, nos subs-
trevemos,;
FEDe V.
Amigos muito gratos
O Presidente da Direcção,
Manoel Farinha Portella
A propósito da mesma repor-
tagem sôbre a Casa do Povo do
êso, rec bemos dum ami
«Ss
cidamente o meu m a
na bela reportagem =0bre & inau
gureção da Casa do P vo do
Pêso, seria eu o primeiro, cu um :
dos primeiros, a agradecer lhe,
como amigo e filha daquela pe
quenina cldeis que recordo e
visito enternecidamente, os ter
mos de
seus filhos. Cativantes pela ele-
vação do estilo; cativantes pelo
carinho de que estão impregna-
dos; cativantes, ainda, pelo en-
tusiasmo de um’ bom amigo ..
Porque não sgradeci ? Poderia
parecer que, envaidecido, agrade
cia as palavras que me eram desti-
nadas e que só um bom amigo
poderia ter concebido |. .»
e
Nem o sr, Presidente da Casa
do Povo do Pêso nem aquêle
nosso amigo tinham que agrade-
cer a reportagem da in-nguração
solene e as referências feitas à
progressiva aldeia ea seus fi
lhos. O que dissemos é a expres
são da verdade; são alirmações
que se harmonizam com o nosso
modo de sentir, baseaco na aná-
lise psicológica da sua gente, que
nenhuma oúira pode exceder em
bairrismo e sentimentos pattió-
ticos.
Devíamos ser justos e impar-
ciais e dedicar ao assunto tôda a
atenção merecida, porque isso
estava dentro do nosso papel.
Eizemo-lo o melhor que sou
bemos, sem esperar outra re-
compensa que não [ôsse.a-satis-
fação de cumprir o nosso dever
de modestos e spagadosjorna-
listas.
sro
GEADA
De Domingo para 2º feira
caiu geada com extraordinária
intensidade, a primeira “grande
camada da época. De manhã
viam-se os campos e os telhados
“todos branquinhos, registando se,
por isso, muito frio,
O esplêndido sol, que houve
durante o dia, amenizou bastante
a temperatura.
oro.
Arrematação da empreitada de constru-
ção do empedrado ao lanço de es-
trada. entre o ro Zêzere e a
Forteia da Foz do Giraldo
A Junta Autónoma das Estras
das, pela Direcção dos Serviços
de Construção, tornou público
que no dia 9 de Dezembro pró-
ximo, pelas 15,30 horas, na sua
sede, perante a respectiva Co-
missão, se procederá ao concur-
so público para a arrematação
da empreitada de construção do
empedrado do lanço de estrada
acima indicado.
Buse de licitação, Escudos
1:157 263850.
O cepósiio provisório é de
Esc. 28 932801; 0 «epósito de
| finitivo sera de 5º do preço da
adjudicação.
O processo de concurso, in-
clundo o respeciivo programa,
acha-se; patente todos os dias
úteis, «as 11 à 17 horas. na Di-
recção dos Serviços de Constru
que se serviu, àlta ção e, em Castelo Branço, na 14º
mente cativantes para fodos os ! Secção,
Este porta-aviões foi oatrora orgalho da armada Japonesa pertencente a classe «Kaga», mas agora am montão de
sucata no lando do Pacifico Uma das vitimas da grande vitória da força aero-naval dos Estados Unidos-na batalha
das llhaside Midway. Do segando porta-aviões desta classe (e altimo do seu.genero)foi quasi seguidamente afundado
depois na mesma batalha, porque quando foi visto pela altima vez ardia fariosamente
PUBRIOULTURA
Aprotecção à mãl e à criança
4..A evolução da puericuitura
Os indús chamam às crianças «as re-
coveiras da felicidade» e nesse conceito
poético se mantiveram através de tôda
a civilização. Só muito p’óximo de nós
É que elas, consoante ‘o espiito-e a!
condição da família, foram dadas ou
como “valores políticos ou como valu-
tes humanos. De vários em vários juí-
zos à Puericultura veio a acabar donit-
nada por fins de saúde pública e máxi-
“mas de solidariedade e de respeito pela
vida potencial.
Ao contrário do que sucedeu em tan-
tos outros capítulos da vida colectiva.
não souberam os gregos, a-pesar-da
erfeição da sua cultu.a, servir a in-
ancia recém-nascida. Na cidade pri-
mitiva, com uma autoridade absoluta,
de direito de vida e.de morte sôbre os
filhos, o pai rejeitava aos dez dias de
nascidos aquêles de que não gostava,
e em Esparta um tribunal de velhos
separava entre os recém-nascidos os
que deviam sobreviver para os traba-
thos-do foro e defesa: da cidade – Os
outros ou eram basculados. da rocha:
Tarpeia ou expostos n monte Táigeto,
E por todo o mundo se passava o
mesmo. Só entre os povos agrícolas
que-habitavam o meio-dia da Europa,
a natureza diferente ‘do sangue e uma
melhor compreensão do valor económi-
| co e afectivo dos filhos se impunha
contra o seu abandono; quando os ro-
manos conquistaram a Gália foram sur-
preendidos por tais costumes, cujo es-
pirito infiuiu – profundamente nasua or-
dem “social; por 18s0’á época das con-
quistas de César corresponde o apog-u
das obras romanas de protecção à in-
fância cuja história chegou até nós em
restos de orfanatos e de cantinas. Mas
o seu estatuto, mal passou dum direito
consuetudinário, foi sempre pagão e de
política dirigida, alimentando-se prin=
cipalmente na vaidade familiar é na
compreensão das vantagens advindas
ao exército é à agricultura pelo fomen-
to ea protecção das gerações. Só com
o advento do Cristianismo, que suavi-
sou a autoridade dos pais € dignificou
as mulheres, as crianças receberam a
consideração humana (pela atribuição
aos fetos de tôdas as vantagens da al-
ma) que ainda hoje às protege.
(«Livro de Puericultura» — Dr,
Almerindo Lessa)
ted) de
Em benefício do estu-
dante pobre
Para aquisição de livros e ou-
tros apetrechos escolares e dum:
fato destinados ao pequeno es
tudante Ernesto Lourenço, da
Sertã, recebemos mais, os seguin-
tes donativos dos srs: Anónimo,
30400; e J. Costa & Martins,
Ld.º, Lisboa, 100800,
é
Do amigo que nos remeteu
aquêle donativo de 30800, rece-
bemos a cativante carta que ses
gue: «Não me passou desperçe-
bido, inicialmente, o apêlo feito.
Tria à tempo o meu pequeno au-
xílio? Teriam os conterrâneos do
Ernesto Lourenço, que o viram
crescer e brincar lauo a lado com
os seus filhos e mais felizes, por
certo — coberto o montante, por
assim dizer, tão pequenino? O
recorte recebido diz me, positi-
vamente, que não l…»
Muito agradecidos nos confes-
samos por tão boas palavras e
pelos generosos donativos,
IfpNeerotogial Fi do emengia elósiica
Ê Guilherme Frederico
Ehrhardt
Faleceu no Pôrto, no dia 17
do corrente, na residência de seu
genro, sr. dr. Amândio Pinto
aosres, o sr. Guilherme Frederi
co Ehrhardt, que, no verão ps
sado, estivera na »erta de visita
a seu irmão e nosso quer:do ami-
go sr. dr. Jo é Carlos Ehrhardt,
médico do partido municipal,
aposentado.
O extinto era pai muito extre-
moso das sr * D. Emília Ehr-
hardt Félix Alves D Arminda
Ehrhardt Soares, D Amélia Ehr-
hardt Gnçalves e do sr. Gui-
lherme Frederico Ehrhardt Jú-
nior, sogro dus srs dr, Ilídio
José Félix Alves e António Gon
calves, irmão, também, da sr”
D. Maria Guilhermina Ebrharát
Vieira € cunhado da sr.“ D. Ar-
mina Ehrhardt. :
D. Joaquina do Patrocínio
Duarte Xavier
Em 16 do corrente faleceu, em
Pedrógão Pequeno, a sr.* Di
Joaquina do Patrocínio Duarte
Xavier, viúva, de 78 anos de
idaje, muito estimada pela sua
bondade,
A extinta era mãi dos nossos
amigos srs. Veríssimo Duarte
Xavier, de Lisboa e José Antunes
Xavier e das sr.º D. Elisa e D.
GCarminda Antunes Xavier, de Pe
drógão Pequeno, a quem apre-
sentamos os nossos muito senti
dos pêsames.
O funeral, com grande acom-
panhamento, realizou-se, no dia
seguinte, para o cemitério pa
roquial,
A’s ilustres famílias enlutadas
apresenta «A Comarca da Sertã»
sentidas condolências.
«tg
BENEFICÊNCIA
De um nosso bom amigo de
Lisboa, sempre pronto a coa-
djuver ê te semanário na sua
acção benemerente, recebemos a
importância de 20800 «para mi-
norar’ a miséria do prêso mais
nevessitado da cadeia desta vila».
Como numa «nota a lápis» do
n.º 318 aludimos à situação des
gtoçada do rapaz argentino que
ali se encontra, foia êste que
entregámos a citada quantia
Os nossos agradecimentos.
CeBrs—
Marco Postal
Exmº Sr. Augusto Miguel—
Mocaba — Africa Oriental: Res
cebemos, em 16 do corrente, a
sua prezada corta de 15 de Se-
tembro. O pagamento a que se
de Julho p. p., dêste semanário;
está, por conseguinte, liquidada
a sua assinstura até o n. 324.
Desejamos-lhe saúde e prosperi-
dades e aqui ficamos, sempre, ao
E seu inteiro dispor,
refere consta do n.º 305 de 23.
Esteve a Sertã sem luz duran
te algumas noites e, como é evi-
‘Idente, o facto causou sérios. p e
juízos a tôda a população, que
lúta com a folta de petróleo, de
velas e de gasolina, Nenhnm dês
tes meios de iluminação: ssbstt
tue a electricidade e muit» me-
nos o azeite, o único, a-inal, so
alcance de todos.
E quem sofre maiores trans-
tôrnos com a falta de energia
eléctrica são todos aquêles que
têm de prolongar pela’noite Era,
os trabalhos iniciados de manhã;
a luz do dia, nesta época, mes
mo quand * bem apr veítada não
permite tarefa longa.
Primeiro ouvimos dizer que
tinha havido tuga nº campress -r
e, depois que aparecera uma
peça partida do motor Seria is-
so, não seri-? Pouco importa
agora. Também nos garantiram
que a falta de funcionamento do
-comp essor não imp-dia que o
motor frabalhass=, porque o pul
so de alguns homens po sia subs-
tituir a função daquêie, como
dantes sucedia.
Não teria havido, no meio de
tudo isto, algum desmazêlo, que
prolongasse, sem motivo, a falta
ide luz?
Seja como for. não queremos
discutir um caso em que somos
leigos. Já dizia um célebre filó-
solo grego: não vá o sapitero
além da chinela!
Contudo, permitimo-gos, ape-
nas, dizer que a direcção da
Eléctrica — contra a qual, aqui o
declaramos formalmente, não te-
mos a mais pequena má vonta
de—dadas as actuais circun-tãa-
iclas que impedem a aquis:ção
particular de combustivel, deve
empregar os. maiores esfôrços
para que o motor funcione nor-
malmente, verificando-o com fre
qiiência e tendo sempre à mão,
caso seja possivel, todo o mate:
rial necessário a uma rápida re-
paração.
Não pode a Eléctrica fazer mi.
lagres, — somos os primeirosa
reconhecê lo–mas com um pou-
co de boa vontade e zélo supri-
rá, até certo ponto, deficiências
que até hoje surgiram como ine:
vitáveis.
fr
Subscrição para a constru-
ção da estrada Madet:
rã-Alto da Cana
Toansportedalistan.º7. 7 954850
Guiiherme Martins Junior, Lis-
boa, 10800; D. Mala de Jecus,
Lisboa, 5$00; D. Maria dos San-
tos Rodrigues, Lisboa, 10800;
A, Matos (Café Lisboa), Lisboa,
10800; Armindo Rodrigues Dias,
Lisboa, 5800; D Maria Amélia,
Lisboa, 10300; Augusto Lopes
Barata, Lisboa, 5$00; João Silva.
Lisboa, 1800. Manuel Mendes
Núncio. Madeira, 9800.
A tran-portar…. 8 028850
Pela Comissão,
José da Silva