A Comarca da Sertã nº320 19-11-1942
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DIRECTOR, EDITOR E PROPRIETARIO 61
Eduardo Barato da Tuna Cria
ne
cen re REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO emenem
RUA SERPA PINTO-SERTÃ
. | | PUBLICA-SE As
QUINTAS FEIRAS
ANO VII| |
NE sabio |
“’otas ed
VEIO NOS ter à mão ama
magnífica brochura inti-
tulaiu <A Cooperação Anglo-
Portuguesa na Grande Guerra
de 1914 1918», pelo General
Ferreira Martins, do Quadro
de Reserva, ex-Sub-Chefe do
E. M do Corpo Expedicioná-
rio Português à França, 1917-
– J918,
Vamos lê la nam fólego, com
todo o interêsse que nos me-
recem as obras do grande mi-.
litar, que ao País prestou re:
levantissimos serviços em mais)
dnma campanha e nos últimos
anos tem publicado diversas
obras em que é analisada, com
tôda a proficiência e autori-
dade, a missão do Exército]
Portaguês na última Guerra
Europeia e postas em foco. al.
gumas das mais gradas figa:
ras militares do País,
«Sept
APARTE o arroz, que che-
gou na última semana e
parece ter-se esgotado num
abrir e fechar de olhos, e o
ugúcar, sujeitos aracionamens
to, continuam faltando, na Ser-
tà, muitos artigos de primeira
necessidade, como a manteiga,
o bacalhau e o sabão.
Em virtude da faita de leite
de cabra e vaca, que dura há
mais de dois meses, de pressa
se esgoton o leite «Moça», não
obstante cada lata custar
10850.
Os ovos vão também,rarean-
do e simultaneamente, vão sã
bindo de preço.
Por tudo isto, há cada vez
mais dificuldades para prover
a uma alimentação cuidada e
conveniente, e em especial das
erranças e doentes.
salsicharia local tem ven-
dido carne de porco nas últi-
mas semanas. O preço tabela-
do, para o lombo é de 188001
Pois, a pesar-disso, aquéle es-
tabelecimento, nos dias de ven-
da, assemelhasse a um formi-
gueiro !
Tudo marcha e desaparece
num ápice!
O que preocupa sériamente
as classes pobres é a falta de
milho. Na praça não aparece
um só bago e o stock da Câ-
“mara já há muito se esgotou.
Purece-nos que o abastecimen .
to dêste cereal podia ser orga-
nizado e regnlado pelo Grémio
da Lavoura, o que está dentro
das suas funções. O jornalei-
ro também não pode dispensar
a sardinha na sua alimenta
ção e, quanto a esta, não só
se verifica a sua carência como
um preço exorbitante. Basta
dizer que no mercado de 11 do
corrente pediam se por 3 sar-
dinhas, de tamanho médio e
boas de facto, um escudo, ou
seja a 4800 a dúzia ou 6800
o quarteirão! S& escndos é a
jorna do nosso rarall
Se êle tem direito à vida,
como os demais, é justo e hu-
mano que se providencie no
fentido de encontrar o meio
nentes com indomável fúria e se,
em certos períodos, parece, como-a|:
loba enfartada de tanta carnagew, ter cai-
do prostrada, exausta, para gozar tranqui-
lamente a digestão ou como o ofídio, que
procura abrigo próprio para a longa letar-
gia, depois de ter saciado a gula nosinocen-
tes que topou em seu rasto ardilosc, não tar-
da à erguer-se, cada vez mais sinistra e
medonha, numa fúria louca e terrível, para
| prosseguir na destruição de vidas e fazen-:
das, deixando, no seu caminho a mais hor».
rivel miséria é “afrontosos suplícios, como;
B não satisfaz a su: voragem!] E’ cada
vez maior a sua sêde de sangue, de igno-
mínia, de ferocidade! Nada a detém enquan-
to houver vidas a imolar e riquezas a con-
sumir!
O homem, tadiformada em besta-fe-
ra, não se cansa de exterminar o próprio
semelhante à sombra dos mais talgos prin-
cípios e ideologias. Contumaz, prêsa do.
ódio, calca o Cristianismo, de que se diz
adepto e rejubila com o sofrimento dos i ino-
centes sem mácula,
Campeiam, à solta, a hipocrisia, a vin.
gança, o ultraje afrontoso e 0 egoísmo sór-
dido. Assiste-se ao desabar estrondoso dum
mundo pestilento, corroido, minado até ao
âmago, de podridão, que tresanda a desfa-
çatez, a maldade e a cinismo.
PD 4
Na sua evolução constante, o conflito,
aproximou-se da Península, se bem que
hoje, atento o desenvolvimento da aviação,
não haja, praticamente, distâncias.
O certo é que a guerra envolve e cin-‘
ge, com o seu círculo de ferro e fogo, tôda!|:
a região setentrional do Continente Negro,
por conseguinte, a meia dúzia de passos da
Peninsula Ibérica, onde existem dois po-
vos pacíficos 6 laboriosos, e cujo território,
livre do flagelo, tem constituído oásis pre-
cioso para tôdas as nações e muito espe-
cialmente para aquelas que não se pude-
ram furtar aos horrores da luta. Um, a Es-
panha, esforça-se por cicatrizar as feridas
da guerra civil, que tão cruelmente a dila-
cerou ; outro, Portugal, redimido dum pas-
sado de decadência, votou-se com tenaci-
dade ao trabalho honroso e produtivo, con-
fiando, tão sômente, nas suas próprias fôr-
ças, para se elevar ao ponto culminante de
tôda a sua grandeza, mostrando-se digno
FUNDADORES –
— Dr. José Carios Ehrhardt —.
— Dr. Angelo Henriques Vidigal —
—— António Barata e Silva sn –
José Barata Corrêa e Silva
Eduardo Barata da Silva Corrêa
Composio e Impresso
ra
TIP, PORTELLA FELIÃO
CASTELO
BRANCO
ITELE FONE
112
| Hebdomadário co independente, defensor dos interêsses da comarea da Sestã: concelhos de Sertã | |
| Oleiros, Proença -a = SR e Vila de Rei; e req de RR e Gardigos (do concelho de ER |
[CONSERVEMO-
Ci BM
Nº a guerra alastrando pelos conti-
NOS UNIDOS
io id ini lã na
das assis: de Gena que são seu orgu-
lho e estímulo para altos empreendimentos.
Vivendo com dignidade e no respeito
dos interôsses alheios, indiferente a pugnas,
que não lhe respeitam, mas sentindo, como
Pais cristão, as dores dos demais povos,
que procura, sem olhar a sacrifícios, mino-
rar dentro das suas limitadas possibilida-
des, Portugal quere sómente que o deixem
[viver em Paz, mas uma Paz honrosa, que
não seja perturbada a sua vida calma e
tranquila, conseguida à custa de esforços
verdadeiramente hercúleos.
“Logo após o desencadear do conflito,
o Govêrno português marcou uma posição
Ide clara neutralidade e tem-a seguido in-
floxivelmente, a ponto de merecer o res-
peio de todo o mundo e a própria admira-
ção dos beligerantes. Mas não nos é dado
saber se assim poderemos continuar. O
curso dos acontecimentos pude, quando
mal se espera, fazer ruir os nossos arden-
tes e bem legítimos desejos de Paz e tran-
qiidade, Os homens são impotentes para
“dprever o Futuro e êle antolha-se de ruins
| preságios, sem esperança imediata de me-
lhores dias.
Isto é assim e mal de nós se nos que-
darmos inconscientes perante a realidade
dos factos.
Portugal e Espanha têm, felizmente,
as mesmas aspirações de Paz, comungam
no mesmo sincero desejo de se manterem
afastado do terrivel conflito; a amizade
que une as duas Nações peninsulares é um
escudo que as pode preservar do cataclis-
mo. Mas ninguém se atreverá a afirmar
que esse escudo não se estilhe em face dum
golpe traiçoeiro vibrado pelo Destino !
Continuemos trabalhando em sossêgo.
Unâmo-nos, todos, à volta do Govêrno da
Nação e dômos-lhe, como é nosso dever,
um apoio decidido e lial, a fôrça magnifica
do nosso patriotismo.
Suportemos, com resignação, todos os
sacrifícios que nos sejam pedidos, calcando
as rivalidades e egouismos que deformam as
almas e pervertem as consciências.
9) Govêrno da Nação só cuida do bem
da Pátria,
Não perturbemos, pois, com questiún-
culas mesquinhas, a tarefa que ôle está
executando, serenamente, em beneficio do
País.
A honra da Nação está entregue nas
mãos de Salazar. E’ a garantia suprema
de que sairá incólume de qualquer desa-
cato alheio.
EDUARDO BARATA
fácil de se abastecer do pão;
Não se compreende nem ad- | peculação desenfreada à volta
de que carece para alimenta-, mite que, recebendo o nosso de todos os géneros alimenti-
ção da família e que se ‘estu-| País grandes quantidades de cios, mas o abastecimento de
de o modo mais prático e viá | peixe durante quási todo o peixe, para só a êste nos refe-
vel de importar sardinha em | ano, a sua população seja pri- rirmos, deveria ser, superior-
boas condições, artigo que as | vada de alimento tão sâdio, mente estudado com critério,
classes pobrês não podem dis-|e saboroso e que, ainda por | de tal modo que as mais hn-
pensar, tanto mais que os cen- | cima, tenha de pagá-lo por|mildes povoações não ficas:
tros piscatórios têm recebido | preços fabulosos.
Há muita ganância, ama es- | damente, da sardinha,
fartas quantidades.
sem privadas dêle e, designa-
19
NOVEMBRO
1942
“e. d lápis
A correspondência de Vila de
Rei, que hoje pablicamos,
merece dois minitos de aten-
ção.
Não é, infelizmente, caso
inédito ver, em muitas aldeias
do país, pessoas sujeitas à
tratos inguisitoriais, vítimas
da ferocidade humana! Issó
sacede, principalmente, a des-
graçados que doaram tudo o
que tinham aos filhos ou oa-
tros parentes e que, por fim,
inúteis para o trabalho e cone
siderados pesado fardo, são
repelidos e tratados com inâue
dita brutalidade, negando-ses
lhes uma cama e o próbrio gar
mento que se dá àos câis..
Famintos, devorados pelos
parasitas, esses infelizes seres
ainda por cima são mimoseas-
dos com farta pancadaria, aca-
bando por morrer no meio da
mais atroz agonia.
O algoz tem a alma feita de
lama, amassada de fel; a per=
versidade essa, mesmo, ress=
sumbra ódio e sentimentos vis.
do apêlo do nosso Corres=
pondente, para que as aútorit=
dades procedam contra os car=
rasçcos da desgraçada, juntas
mos os nossos, não por sinta
ples praxe ou amável concor»
dância, mas para que lhes seja
aplicado o justo e merecido
castigo.
Ste qt
À muila gente que encara
a guerra, na sua nova
fase, por um prisma de opti=
mismo que desconceria…
Deixá-los viver na sua doce
ilasão !
Não é daí que vem mai ao
mundo! Ao menos, enquanto
honver sonhos côr de rosa,
vive-se afastado das realida-
des, que é a existência cheia
de abrolhost
GS
«Diário Popular» vem mars
cando logar primacial en=
tre a Imprensa cotidiana do
Pais. Apresenta sempre varias
da, esplêndida e sujestiva cos
laboração e mantém, com raro
aprumo, campanhas de verda=
deiro interêsse público, ten=
dentes à moralização de cos
tames.
Um jornal como deve ser,
afinal |
E teve uma atitude simpáti-
ca para os pequenos periódi-
cos, ao contrário dos colossos :
não se sentia diminuído em
estabelecer com êles, desde o
primeiro dia, a permuta, que,
vistas bem as coisas, não lhe
dá interêsse, mas evidencia
uma solidariedade e forte co-
munhão espiritual que só en-.
nobrece o novo jornale o ima
põe à admiração.
Dessa atitnde virá a tera
compensação merecida.
Por nossa parte, aqui lhe
consignamos as nossas homes
nagens de muita estima e lial
camaradagem,tima e lial
camaradagem,
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Constituição de Sociedade
Por escritura desta data, levrãs ;
da nas notas do Notário de Proen-
ça a Nova, Dr. Joaquim Henris
ques de Almeida, foi constituida
entre José Sebastião Marcelino,
e Hermano Ribeiro Marcelino,
uma sociedade comercial por quos
tas de responsabilidade limitada
nos termos e sob as clausulas e
condições exaradas nos artigos
seguintes.
1.º-—Esta sociedade adopta a
firma «Sebastião R’beiro Marce-
lino, (Sucsssores) Limitada», fica
coma sua sede e estabelecimento
nesta vila;
2.º–O seu objecto é o exerois
cio do comércio de mercearias,
azeites, vinhos, carvão vegetal,
louças, vidros, e o de qualquer
outro ramo que resolva explorar
dentro dos limites da lei;
3.º-—=A duração da sociedade é
por tempo indeterminado, con-
tandosse para todos os efeitos o
seu começo desde hoje;
P==() capital social é de vin=
te mil escudos em dinheiro, divi=
de-se em duas quotas iguais cada
uma pertencente a cada um dos
sócios, e está integralmente reas
lizado;
5º—O capital social poderá
ser elevado, por uma ou mais
vez 8, quando o aumento seja
revoivido em assembléia geral,
por unanimidade dos votos correse
pondentes ás quotas em que so
tempo estiver dividido o capital;
S úniso — Na «ubscrição de
que aquernoves q) tssterão sem
pre a D ferência os sócios, n-
groporçã da qu so tempo poa.
auirems;
64% rão = sócios faz r à
Ociedado 08. suprimentos que.
ém do o pltal das quotas, o das
prestaçõe uplementares, por
ventu a venham + ar necesaários
va melb r and-mento dos ne-
ócic:; mas é pr cia» que. prô
v meu -, sejam fix-das com acôr-
do de tudu os sócios, as impor
tâncias respeotivas, OU juros é as
condições de reembôlso;.
7.º—Dspende do consentimen-
to da aoviedade a cessão, venda
ou alienação de qualquer quota,
no todo ou em parte, quer seja
feita a favor de estranhos, quer
mesmo e favor de outro sócio;
S$ único — Independentemente
de consentimento especial, pode-
rá ser admitida na sociedade
qualquer pessoa estranha, esco-
lhida por acôrdo de ambos os só-
oios, ma diante a cessão de parte
ds quo:a de cada um dêntes, a
fixa: por acôrdo;
8 º=-Tem « sooisdade o direito
de sdquirir quotas, e bem assim
poderá emortigá-las nos casos
a-guate:: s) Por acôrdo com os
respectivos proprietários; b) quan-
do se haja feito penhora ou ar-
rêsto sobre uma quota, ou quan=
do por qualquer outro motivo,
deva proceder-se á sua arrema-
tação ou adjudicação judicial,
quando não fôr em partilha por
falecimento de sócio;
9,º-—-Salvo acôrdo em contrá
rio, o preço da amortização será,
em regra, a importância que, pelo
ultimo balanço Aprovado, corres-
ponda ao valor nominal da quo-
ta, acrescida dá parte proporcio-
nal das reservas, que não repre-
sentem compensação de prejuizos
previstos e não:liquidados, e re-
dusida da parte: proporcional em
qualquer deminuição que, poste
riormente ao balanço tenha ha-
vido no valor do activo liquido;
$ primeiro–O preço da amor-
tização será pago em quatro prese
tações semestrais e iguais, À pri-
mira prestação sará paga no acto
da amortização As prestações
que não forem pagas no vencie
mento vencerão juro de taxa igual
é do dasconto do Banco de Por-
tugal;
$ segundo-—-Considerar-se-á rea.
lizada a amortização, quer pela
outorga da respeotiva escritura,
quer pelo pagamento ou conal
gnação em depósito do preço ou
de sua primeir» prestação;
10,’m=A, sociedade será repre-
sentada por uma gerência come
posta desde já dos dois sócios, e,
mais tarde, também daquêle ou
daquêles que venham a ser admi-
tidos;
$ primeiro Durará por um ano
o mandante dos gerentes, mas as
suas funções subsistirão enquane
to não houver nova eleição, se-
guida da posse dos gerentes elei.
tos;
$ segundo—E’ permitida a ree-
leição, e o exercício da gerência
terá a retribuição que fôr deter
minada em reiinião dos sócios.
Os gerentes prestarão caução
quando a assembléia geral a exi=
gir e fixar;
$ terceiro—As atribuições es
peciaia de cada um dos gerentes
serão fixadas em reinião social;
S quarto—Quando alguns dos
gerentes não possa exercer o car-
go, por ausência ou qualquer ou-
tro impedimento, poderá ser suba-
tituido nesse exercício por pessoa
idónea nomeada por acôrdo em
reúnião social;
11.º—Competem à gerência os
mais amplos poderes para a ges-
tão dos negócios sociais e repre-
sentação da sociedade em juízo e
fora dêle, activa e passivamente.
Para que a sociedade fique obri-
gada, basta que os respectivos
actos e documentos sejam em no-
me dela assinados por dois ge:
rentes, salvo tratando-se de actos
de mero expediente, que valerão
com a Assinatura de um só ge-
rente. A gerência poderá livre-
mente constituir mandatários to-
renses, &, por mútuo acôrdo, no-
mesr directores, chefes de servi-
ço ou quaisquer auxiliares, con-
ferir mendatos para certos e de
terminados aotos, e encarreger
quaisquer pessoss do desempenh”
tnro, em nome da sociedade e por
conta dela, de algum cu alguns
dos ramos gre constituem o ob
jecto social, E” pessoalmente res-
ponsável para com a sociedade o
gerente que assine qualquer do-
cumento ou pratique acto de
administração, com violação da
lei ou do contrato social, das de-
liberações da gerência ou dos sós
cios. O gerente que assim proce-
de responderá por perdas e danos;
12.º-—-Nas deliberações da ge-
rência, cada um dos gerentes, que
seja sócio, terá os mesmos votos
que lhe caibam nas deliberações
sociais;
a lei exija outros requisitos, as
assembléias gerais serão apenas
convocadas por meio de cartas
com oito dias de antecedência;
14,º—Os exaroloios sociais cor-
respondem aos anos civis, pelo
que os balanços serão fechados
no dia trinta e um de dezembro
de cada ano;
15.º-—-Os lucros líquidos que
resultem do balanço anual, dedas
zida a percentagem legal para o
fundo de reserva, enquanto êste
não estiver realizado, ou sempre
que seja preciso reintegra-lo, ses
rão devididos pelos sócios em
proporção das quotas, e, sem pres
juizo de qualquer ontra deliberas
ção ou encargo obrigatório, dig.
tribnídos no fim de cada anc, em
seguida á aprovação dos balanços;
16.º—Fica expressamente pera
mitida a divisão de quotas entre
herdeiros de sócios, como con-
vierem entre sí e fôr legal, mas,
enquanto a quota estiver indivi-
sa, sómente poderão os respecti-
vos direitos ser exercidos em
comum por um só dos herdairos
do sócio falesido, com capaoida-
de legal, ou por pessoa estranha,
o que também fica permitido;
17.º Esta sociedade não se
dissolverá, nem pela vontade, nem
pelo falecimento de um dos só
olos, bem como pela sua interdis
ção ou incapacidade, e apenas
renta e dois da iei de onze de
abril da mil novecentos e um;
18º —-Em tudo o mais regala-
rão as disposições do direito aplie
constante periódico, actual ou fu-.
13,º—Salvo 0s casos para que’
registadas, dirigidas sos sócios,
nos casos difinidos no artigo qua- |
SIEESA OA E AE
AVISO
Carlos Martins, Conservador
do Registo Predial e Co-
mercial e Presidente da
Câmara Municipal do Con-
celho da Sertã:
Faço saber que até o próximo
dia 30 de Novembro se aceitam
na Secretaria da Câmara Muni-
cipal, propostas em carta fechada
para a vende dos seguintes ma-
teriais :
Sucata existente no convento:
Cêrca de 1.225 quilos de ferro fundido;
2.5» 545 > > > forjado;
2» 16 » > cinco,
Nos Paços do Concelho :
Cêrca de 226 quilos de ferro fundido;
» > 555 > > > forado.
Estes materiais encontram-se
patentes nos locais acima indi-f
cados todos os dias úteis das 11 |.
às 17 horas.
A Câmara reserva-se o direito
de não fazer entrega, caso as ofer-
tas não convenham.
Paços do Concelho de Sertã, 9
de Novembro de 1942,
O Presidente da Câmara, —
Carios Martins.
ANUNCIO
(1.º Pablicação)
Por este Juizo o Primera Seca
ção da Secretaria Judicial desta
comarca, se faz suber que se acha
aberta a correição, pelo espaço de
trinta dias, a começur em onze de
dezembro próximo e a terminar em
dez de Janeiro de 1943, a todos 08
oficiuis de Justiça deste Tribunal,
Julgado Municipal de Oleiros é
Juizos de Paz, a qual abrangerá
todos os lrwros, pupsis é processos
começudos ow jfindos desde um de
Janeiro do anv corrente em diante,
devendo as entidades competentes
apresentar as respectivas reluções
com os livros, papeis e processos
referidos, nos termos legais, e po-
dendo quaisquer pessoas, durante
aquele prazo de trinta dias, apre.
sentar ao Juiz da comarca quars-
quer queixas que tenham a faser
dos funcionários sugeitos à mesma
correição,
Sertã, 5 de Novembro de 1942,
Verifiquei,
O Juiz de Direito,
Eduardo Marques Coelho Correia
Simões
O Chefe da Secção,
José Nunes
Companhia de Viação de Ser-
nache, Limitada
Oleiros — Sertã. Eata carreira
efectua-se às 2,ºº feiras — Liga
com Castelo Branco e Lisboa.
b.ºº feiras — Liga com Castelo
Branco e Lisboa.
Sábados — Liga com COuimbra
e Lisboa,
Sertã — Oleiros, Eita carreira
efectua-se às 4,ºº feiras — Reces
ba ligação de Lisboa,
6.ºº feiras — Recebe ligação de
Lisboa e de Coimbra.
Sábados -—- Recebe ligação de
Castelo Branco,
Tomar (Estação)— Sertã e Vice
Versa (Serviço Combinado e dos
correios) efectua-se diariamente.
Papel para embrulho
Vende-se nesta Redacção.
cável, e as deliberações tomadas
em reiúnião dos sócios;
Proença a Nova, 2 de Outubro
de 1942,
O ajudante do Notário Dr,
Henriques de Almeida,— Antómio
da Silva Mouga.
Aa Gomarca da Sortã
| Companhia de Viação de Sepnache, L.
Concessionária das Carreiras de Passageiros entre
Castelo Braneo = Coimbra e Sertã «= Lisboa
tes:
Castelo Branco—Coimbra
Coimbra-—-Castelo Branco
Serti—Lisboa . . .
Lisboa—sSertã . . .
Castelo Branco—sSertã
Sertã—Castelo Branco .
Sertã=-Coimbra e vice versa
Avisa o público que, por falta de carbu-
rantes e pneus, e a partir de 6 de Outubro
efectua aquelas carreiras nos dias seguin-
— 5,284 Sábados
— 22º q 6.º feiras
-— 2.28, 5.º à Sábados
o — Domingos, À.º q 6.º
— 3.28, 52º 0 Sábados
suo LA As
Proença—Sertã (com ligação a Lisboa). — Sábados
Sertã—Proença (c/ ligação de Lisboa). — 6,ºº feiras
– — 32 q dias 23 de cada mês
Os passageiros vindos na carreira de C. Branco
das 2.” feiras têm, na Sertã, ligação a Lishoa
N. B. — Sempre que queiram viajar devem marcar seus lugares escrevendo para
Sernache, devendo em seguida ser avisados se têm ou não lugar
Atenção — A Carreira Coimbra—cC, Branco efectua-se às 2.º e
6.ºº e não às 2.ºº e 4.º’ como anunciavam os prospectos anteriores
Emissões dos ESTADOS UNIDOS
EM LINGUA, PORTUGUESA
(Recorte esta Tabela para referência futura) .
Horas Estações Dias Ondas curtas –
7,15 WD] :- ‘Todosos dias,…. 39,7 m( 7,565 mo/s)
7,15 WRCA * feira a Domingo 31,02 m (,967 mc/s)
7,15 WNBI Só 2ºfeirse.c….. 25,28 m (11,89 mo/a)
830 WRCA 3.ºfeira a Sábado.. 31,02m( 9,67 mc/s
830 WNBI Só 2.º feira c.c.0.o 20,28 m (11:89 moc/o
1830 WDO Todos os dias..,.,. 20,7 m (14,47 mos
19,80 WRCA : ‘Todosos dias,…. 198 mi(l5,1D mc/s
19,46 WGEA 2. feira a Sábado..;, 19566m (1583 m6/2)
21,80 WGEA|, Todos os dias…..| 19,56 m (15,83 mo/s)
21,80 WDO Todos os dias …..! 20,7 m (14,47 mc/:)
OIÇA a VOZ da
AMERICA em MARCHA
“ANUNCIO
(24 Publicação)
Faz-se saber que pela terceis
ra o da Secretaria Judi-
cial da comarca de Sertã, cor.
rem éditos de vinte dias, a con=
tar da segunda publicação deste
anúncio, citando os credores des-
conhecidos, para no prazo de
dez dias, findos que sejam os
éditos, deduzirem o seu pedido
nos autos de execução por cus-
tas, em que é exequente o Mi-
nistério Público e executado
António Coelho, solteiro, agri=
cultor, do logar da Zaboeira,
freguesia de Vila de Rei, desta
comarca,
Sertã, 4 de Novembro de 1942,
= Verifiquei,
O Juiz de Direito,
Eduardo Marques Coelho Correia
Simões
O Chefe da 3.º Secção, int.º,
Armando António da Silva
Joaquim André
PROFESSOR DIPLOMADO
Instrução Primária – Admissão aos liceus
:; Postos de Ensino – 1.º Ciclo dos liceus
TELEFONE 5 8074
Avenida Grão Vasco, 56 — Renfica
LISBOA
anna rece ma rare ema
Colégio Vaz Serra
(PARA AMBOS OS SEXOS)
CGurso dos liceus.
Admissão aos liceus
o Instituto Comeroial
o Industrial.
SERNACHE DO BOMJARDIM
aa
Postais com vistas da Sertã
(EDIÇÃO PRIMOROSA)
Vendem-se nesta Redacção à
Colecção, de 7 postais — 7400
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CURIOSIDADES |Necro logia
1 — Origem improvisada
Em uma relação de entrada de ‘
vapores nos portos de Portugal,
impressa em França no ano de
1873, vi a designação de Saint-
Ubes como tradução de Setúbal.
Também vi Saint-Ubbald em
um livro de viagens. Ambas as
grafias se parecem. Mas como
teriam sido inventadas ?
2 -—- Quadrilheiros
Compare-se a organização da
moderna polícia de segurança
com a que vigorava no reinado
dos Filipes:
Chamavam-se «quadrilheiros>
os guardas, que deviam servir
pelo tempo de três anos. Eram
escolhidos pelos juízes dentre os
moradores das freguesias, deven-
do fazer serviço na rua, e tinham |
como arma uma vara pintada de
verde com as armas reais. Em
cada freguesia havia vinte vizi-
nhos (cujos nomes constavam de
um rol em poder de cada qua-
drilheiro) que, sempre que Íôs-
sem recorridos por aquêles, de-
viam estar prontos para acudirem
a prender os malfeitores.
Cada vizinho devia ter em sua
casa uma lança, ou uma alabar-
da, ou uma chuça. Multa por não
a ter, 200 reis.
Os quadrilheiros tinham por
obrigação: inquirir dos furtos e
crimes; vigiar os homens de má
fama e os estrangeiros; conhecer
dos barregueiros (homens aman- |
cebados) casados, das casas de
alcouce, das alcoviteiras, das
tciticeiros, das tavolagens, das
estolagens, das tabernas, das mu-
lheres que recolhiam homens por
dinheiro, das que provocavam
desmanchos com beberagens, das
parturientes, dos falsos testemu-
nhadores, etc.
Quando iôsse necessário pren-
der alguém, cujo paradeiro se
igaorasse, deviam gritar :—Prene
dam foão, da parte de El-Rei!
Quando algum homisiado se
aculnesse a casa de algum po-
deroso, o quadrilheiro e os seus
ajudantes guardariam a porta e
avisariam o Corregedor. E bem
assim o que se acolhesse a al-
gum mosteiro ou igrela.
Apreensão t tal de armas aos
criminosos, repartindo-as pelo
quaúrilhei e scus ajudantes.
Eis o que se acha de mais in-
teressantc em uma fôlha avulsa
que possuo, do ano de 1603, in-
titulada Regimento dos Qua-
drilheiros.
3 — Lotarias
Em nossos dias, quem for ao
sábado à Misericórdia de Lisboa
€ assistir à ex racção da lotaria,
podera ver como tuio aquilo se
taz, sem grandes complicações,
nem embaraços.
No ano de 1783, que foi quan-=
do se realizou a 1.º extracção da
Lotaria Nacional, para que ela
se afizesse sem óbices, publicou-
se um decreto assinado pelo Vis-
conde da Vila Nova de Cerdeira,
regulamentando-a,
À lotaria era a favor da Santa
Casa e dos Hospitais Reais dos
Enfêrmos, de Lisbua. O capital
foi de 144 contos de reis em
22.500 bilhetes de 6,400 reis
cada um. Havia 14.667 bilhetes
brancos.
O 1.º e o último número, que
saíssem da roda, teriam o pré-
mio de 720 mil reis.
Os bilhetes foram «impressos
em chapa de cobre, aberta a bu-
ril, com margem grande coberta
de linhas encadeadas, para que
depuis -de encadernados os bi-
lhetes se pudessem ir cortando
pelo meio da margem e pôr-se
na parte que ficasse encadernada
o mesmo número que levasse o
bilhete a fim-de que, quando ês-
te se apresentasse para a cobran-
ça, por lhe haver saíio o pré-
mio, se pudesse cotejar com,a
parte dêle que ficou encadernada
e evitar qualquer fraude.»
Houve duas rodas. Numa dei-
taram-se 0s 22.500 papelinhos
D. Mariana da Gosta Ferro
No dia 1.º do corrente faleceu,
em Lisboa, a sr.* D. Mariana da
Costa Ferro, viúva do sr. Jorge
Ferro, de 78 anos de idade, mai
| exemplar e avó estremosa, que
. deixa seis filhos casados e doze
netos e, entre êste, a sr * D. Ma-
“ria Antónia Ferro Gomes das Ne
| ves, digna professora oficial do
Bravo (Pedrógão Pequeno), a
quem, bem como a tôda a família
enlutada, apresentamos os nossos
| sentidos pêsames.
O funeral, com grande acom-
panhamento, realizou se no dia
me eta
no cemitério dos Prazeres.
POL
VeNvA DE SUCATA
A Câmara Municipal tornou pú
blico que, até ao dia 30 do cor-
rente, aceita propostas, em carta
fechada, para a venda das seguin-
tes quantidades de sucata: 1,225
quilogramas de ferro fundido,
545 de ferro forjado e 16 de zin-
co, existentes no Convento; 226
qu’logramas de ferro fundido e
556 de ferro forjado, existentes
nos Paços do Concelho. São quan»
tidades aproximadas,
Os materiais podem ser vistos,
em todus os dias úteis, das 11 às
17 horas. A Câmara reserva se o
direito de não fazer a entregar no
CHO4O-
Companhia de Viação
de Sernache
Informação importante
Para que o público se possa
orientar devidamente sôbre as
“temos publicado, na 2.º página,
os avisos que contêm os horarios.
Às reduções vriginam, em cer-
tos dias, aglomeração de passa
geiros. A tim de evitar tais in-
convenientes e para que se ga-
ranta o transporte, é de tôda a
conveniência que os passageiros
escrevam à Companhia—seu es-
critório, em Sernache — com a de-
vida antecedência, indicando o
dia e a carreira em que desejam
efectuar a viagem; depois, devem
aguardar a respusta, que pode
| ser atirmativa ou negativa, con-
* soante o número de passageiros
que houver inscritos.
No caso de a resposta ser afir=
mativa, deverão apresentar 0 pos-
tal, que a contém, ao agente res-
pectivo, que só em tais condi-
ções está autorizado a fornecer O
bilhete solicitado.
com a designação dos números,
noutra outros tantos em branco
ou com a designação dos pré-
mios. Junto de cada roda estava
um homem que lhe dava volta
de meia em meia hora e dois
meninos, para extraírem os nú-
meros e Os prémios, Os meninos,
depois, davam os papelinhos a
outros dois homens para êstes
os desdobrarem e lerem o que
neles se achava escrito.
O mais curioso de tudo isto,
é que os papelinhos eram guar-
dados no arquivo, dobrados cui-
dadosamente, e atados com li
nhas, para não se desdobrarem.
á — Bibergaria
Na frontaria de uma casa em
Albergaria a Velha existia uma
lápida encimada por uma cruz
de pedra, que dizia o seguinte:
«Albergaria de pobres e pasa-
geiros da Rainha D. Thareai com
4 camas e 2 enxargois, e estei-
ras lume e agoa sal fogo e ca-
valgaduras e esmola e vvos ou
frangos aos doentes.
Ainda existirá ?
(Continua)
João Jardim de Vilhana
| imediato para jazigo de família.
últimas alterações das carreiras, |
A Qomarca da Bertã
caso de as ofertas não convirem. |
hravés da Comare
Es”
litro dos ossos Comespondnhs
A falta de milho que existia nesta fre-
puesia e a prestimosa e providencial
acção da Casa do Povo para solução
de tão grave problema
PESO, 5 — Graças ao Exm.º Senhor
Ministro da Economia o povo da nossa
freguesia já tem milho. O milho de que
carecia em absoluto para a sua alimen-
tação. A quantidade recebida, dará,
enfim, pelo menos temporáriamente,
um apreciavel conifórto, bem estar e
sosségo, ante a miséria que já aíligia
tantos lares!
Sua Excelência praticou, assim, com
justiça, um acto de verdadeiro patrio-
tismo e humanidade, acudindo com les-=
ta prontidão ao grito de angústia que
lhe dirigimos. A prática de tamanha
generosidade é realmente consoladora
nesta hota de crucis incertezas e sofri-
mentos que o Mundo atravessa—triste
e dolorosa consegiiência da guerra —
que faz desabar também sôbre nós
ortugueses os seus horriveis efeitos,
elizmente em nada comparáveis, ainda,
e isto graças aos nossos governantes,
aos que mil vezes pior se passa a fora
das nossas fronteiras !
Bem haja pois, o Exm.º Senhor Mi-
nistro, pelo humanissimo acolhimento
dispensado ao apêlo que lhe dirigiu a
Casa do Povo do Peso. E’ assim atinal,
a magnânima generosidade dos nossos
governantes! A nossa Casa do Povo,
como instituição de beneficência, pro-
vou uma vez mais o quanto a preocu-
pa a sorte do seu elemento associati=
vo. Norteada pelos principais de ca-
rácter justo, ela não descansa, pugna
com afinco, todos os problemas de in-
terêsse para a nossa terra , interferin-
do, e fazendo chegar o clamor das nos-
sas aspirações, até junto das altas esfe-
ras governativas. E
“O carrasco de uma infeliz
VILA DE REI, 9 — Na povoação do
Vale do Grou, muito próximo desta
Vila, reside conjuntamente com seus fi-
lhos José e Fiorência, Maria Daniel,
por alcunha a «Vagneta», viúva, de
cento e tal anos de idade, pensionista
do Estado, por lhe ter morrido um filho
num desastre no Arsenal.
O filho José Daniel, ex-sapateiro,
tem procuração da mãe, que se encon-
tra inválida, para receber a pensão à
qual dá o destino que muito bem lhe
parece, sem atender às necessidades
da família.
A Florência, demente e tutelada de-
pois da morte do pai, foi, até que teve
fôrças, a guardadora de umas ovelhas
pertencentes ao irmão.
Esta infeliz aparecia andrajosa, se-
mi-núa, esfomeada, implorando dos vi-
zinhos um naco de pão para mitigar a
fome que a atormentava, porque lhe
eram negados a alimentação e o vestir
necessários, enquanto que o seu carras-
Cc», O irmão, se regalara com o produto
da pensão dada à mãe.
Este estado de coisas mantem-se já
há anos, porém há quinze dias, deram
os vizinhos pelo desaparecimento da
Florência, tratando de indagar onde ela
se encontraria, condoidos da situação
da infeliz, por saberem de antemão
qual o procedimento que o irmão cos-
tumava ter para ela, encontrando-a
encafuáda em uma enxóvia, onde há
tempos morreu um jumento, num esta-
do tão deplorável que impossível será
descrevê-lo por completo.
Esquálida, semi-morta, sujíssima, di-
visando-se-lhe apenas no rosto o cláro
produzido pelas lágrimas, tendo por
cama um montão de trapos, albergue
de centenares de parasitas, únicos com-
panheiros da infeliz, naquele antro de
escuridão e horror, tendo por leito um
amontoado de pedras e garavêtos, que
a livravam em parte, das águas que
para ali escortiam das estrumeiras
próximas e tendo como bebida a água
de uma cova ali existente que servia
de tulha de bagaço de azeitona e como
copo e prato um caco dos usados para
aparar a resina extraída dos pinheiros.
Era horroroso e mais que repelente,
pelo nauseabundo cheiro que exauria,
o espectáculo visto, enlameada pelos-
seus próprios dejectos, não tinha—esta
desgraçada, um átomo sequer, dos ca-
rinhos de nma pessoa de sua família.
Em vista ao exposto, a população
do Vale do Grou, num assomo de re-
volta e dó, tomou uma atitude digna,
vindo perante a autoridade administra-
tiva, solicitar providências, tendentes a
colocar a infeliz em estado de limpeza
e tratamento adequados, nesse sentido
a dita autoridade mandou providenciar,
o que não foi necessário por se ter
dado o falecimento da Florência.,
Qualquer indivíduo, quando tem doen-
te algum animal dos que lhe são úteis,
cuída em dar-lhe boa cama, limpeza e
assistência, mas a desgraçada de que
sa trata, foi durante a sua dolorosa
existência inferior a um animal.
Não somos acusadores, mas revolta-
dos contra tão asqueroso proceder anti=
caridoso e anti=cristão, preguntamos se
merecem punição os responsáveis por
este premeditado sequestro, causador
de uma morte lenta, talvez para fins já
pensados.
Por isso aos Ex.mos Srs. Administra-
dor deste concelho e Delegado do Pro-
curador da República na Comarca da
Sertã, a dentro das funções que lhe es=
Á MARGEM DA GUERRA
Os aviadores americanos sabstitairam
a sua indumentária de peles por fatos
aquecidos electricamente
Missa de sufrágio
Eº no próximo dia 28, e não
em 30, como haviamos noticiado,
que na Igreja Matriz, pelas 8,30
horas, se reza a missa em sulrá-
gio da alma da sr.? D. Júlia de
Moura e Costa, espôsa do sr.
António da Costa, em cumpri
mento do desejo do Rev.” P.º
Artur Mendes. de Moura, de
Sernache do Bomjardim, que
àquela instituição, por nosso in-
termédio, enviou o donativo de
100800.
tenda
Bombeiros Voluntários
da Sertã
A Direcção da Associação dos
Bombeiros recebeu, do sr. José
Martins Manso, da Várzea dos
Cavaleiros, o donativo de 3008,
que testemunha, assim, o seu re»
conhecimento pelo rápido e va-
loroso auxílio prestado pelo pron
to-socôrro quando do incêndio
na sua fábrica de resina.
tão confiadas em correlação com êste
facto pedimos providencias.
— Suícidou-se hoje, por enforcamen-
to, Manuel da Mata Coelho, solteiro,
SD O natural e residente nesta
ila.
Deve ter sido o alcool a causa desta
loucura.
PEDROGAO PEQUENO, 15 — Esti-
veram nesta vila.os srs. Silvestre Man
ria Figueiredo e António Manuel da Sil-
va, respectivamente, Directores do Dis-
trito Escolar e Correios, Telegrafos e
Telefones de Castelo Branco que vie-
ram inspeccionar as escolas e Estação
Regional, colhendo das suas visitas bôas
impressões.
— Foi mandada rezar nesta fregue-
sia uma missa pelo 30.º dia do faleci-
mento de João da Cruz David e Silva,
e distribuídas 53 esmolas de 10800 a
igual número de pobres da Freguesia
pelo sr. José Antunes Amaro, da Var-
zea Fundeira, mandadas pelo sr. Fran-
cisco David e Silva e Família de Lisboa.
— Na noite de 14 para 15 do corren-
te, roubaram o calabre de ferro e res-
pectivos púcaros dum engenho que es-
tava num poço duma propriedade cha-
mada a Serrada, subúrbios desta vila
e que pertencia à Exm.2 Sr.º D. Maria
Dias David, de Pedrógão Pequeno. Já
é desafôro !
— Concluiu actos do.4.º ano de me-
dicina, na Universidade de Coimbra, o
nosso prezado amigo e sr. Armindo
Silva, da Arrochela, obtendo a classifi-
cação elevada de 15 valores, pelo que
sinceramente o felicitamos.
Ao simpático e brioso estudante,
bem como a seu pai, O nosso amigo
sr. Francisco Lourenço da Silva, da
Arrochela, apresentamos as nossas fe-
licitações,
QL. EGITO
Bosquejo da História Antiga
A” frente de tôda a sociedade
egípcia estava o rei — faraó, —
filho do deus Sol e seu represen=
tante na terra. O faraó, senhor
do Egito unificado, era a «bon-
dosa divindade,» o «dispensador
da saúde e da alegria,» a quem
os subditos adoravam, consagra-
vam templos e ofereciam sacrifi-
cios. A sua vontade era a lei.
Dispunha da vida e dos bens de
todos: o seu poder era absoluto,
Em sinal da sua divindade, usa-
va um diadema na cabeça e senl=
tava-se num trono dourado.
Os faraós habitavam em palá-
cios mais ou menos sumptuosos,
algumas vezes construídos de
madeira, altos e estreitos. Ro-
deavam-nos numerosos oficiais,
s cerdotes, escribas, mulheres e
uma multidão de serventuários,
atentos aos seus menores capri-
chos. Essa residência era inaces-
Isível ao povo.
Quando saía, o faraó era quási
sempre precedido de um cortejo
imponente, em que figuravam
soldados, sacerdotes, estátuas de
deuses, servos que queimavam
incenso ou agitavam grandes le-
ques, escribas que anunciavam a
sua vontade ou proclamavam as
suas virtudes. la sentado num
trono, debaixo de um rico pálio.
Um cerimonial minucioso regu-
lava a sua vida: tôdas as suas
preocupações durante o dia esta=
vam rigorosamente fixadas.
ao.
INSTRUÇÃO
Foi anulada a portaria que exe
tinguiu as escolas de Vale de
A’gua, freguesia e concelho de
Proençaa-Nova e de Salaviza,
freguesia e concelho de Vila de
Rei.
Foi nomeada regente do posto
escolar de Vale da Urra, fregue-
sia e concelho de Vila de Rei, a
sr? D, Ana de Piedade Serra,
«ga Bi
NOVO COLABORADOR
Apresentado pelo nosso amigao
e colaborador Cardoso Martha,
Icomeça hoje a colaborar neste
jornal o sr. Dr. João Jardim de
Vilhena, espírito lúcido e de não
vulgar cultura, investigador mes
ticuloso, autor de vários traba
lhos históricos e literários de
grande proveito aos estudiosos.
São fruto das suas pesquisas 0
registo e comentário de factos
não conhecidos até agora do gran-
de público, subordinados ao títu=
lo cnriosidades, que noutro lts
gar inserimos.
Bemvindo seja !
apto SD pa
Duas anedotas
-—Porque está a senhora de tão
mau humor ?
— Está de mau humor por umas
poucas de razões; primeiro zan-
gou-se com a creada, depois zan-
gou-se comigo por eu não me
‘Zangar também com a creada, de=
pois zangou-se consigo mesmo
por eu me zangar com ela, por
ela se ter zangado com a creada.
Entende ?
No fogo da prégação engana-
se um padre e diz que Jesus com
cinco mil pães e três mil peixes
dera de comer a cinco pessoas.
—Então onde está o milagre?
pergunta a meia voz um ouvinte.
—Onde está o milagre? res:
ponde o pregador sem se pertur=
bar; está em não rebentarem as
cinco pessoas depois de terem
comido tanto pão e tanto peixe.
«282 ng
«Quem com ferro mata …»
Ainda hoje, bem contra a nos»
sa vontade, não podemos, por
falta de espaço, continuar a pus
blicação da interessante crónica
de aldeia do nosso patrício e es=
timado colaborador José Pinto
Duarte (Sertório).
Que êle e os nossos leitores
nos desculpem a forçada interrupção,
@@@ 1 @@@
A COMARCA DA SERTÃ
Noite. Sarau no Paço. À lua crescente,
Parece olhar sorrindo a festa encantadora,
Joana Vaz, passa, leve: — é latinista e loura, .
Fala Luisa Sigeia a mestra. — Alegremente,
Rodeiam Publia Hortênsia; a graça transcendente
Da mulher que logrou ser mulher… e dontora,
— Um silêncio : — e na voz de Paula, a Tangidora…
Revive em ccrpo e alma o grande Gil Vicente.
Noiva de tantos reis poderosos
..* 4 0» q 4 ooo
a Infanta
De nenhum for mulher. – Quere lhe, como a uma Santa,
O povo, que advinha os grandes corações.
Preside ao seu serão; e alheia-se, absorvida,
Quem sabe se — acordando écos da própria vida —
Ouve no luar, ao longe, ans versos de Camões…
BRANCA DE GONTA COLAÇO
Notas a lápis
(Continuação)
CANTAMOS hossanas em
louvor do verão de S,
Martinho, mas já estamos ate
rependidos!
. Pelo que se vê, não temos
jeito algum para borda de
água!
Houve, realmente, ans dias
de ndo sol, mas a 6.º feira
passada — talvez por ser 6.º
feira e dia 131! — amanhecen
agreste, com um frio cortante
e desabalado, chnva e durante
a noite soprou uma ventania
forte, que soltava bramidos
longos que arrepiavam e tado
punha em alvorôço.
Océu apresentava-se negro.
toldado de pesadas nuvens. O
frio era tanto que dir-se-ia ter
caído neve, com abundância,
nas serras próximas.
— rue
À REVOLUÇÃO CONTINUA
No.curto espaço de oito dias,
– assinaram-se três contratos co-
– lectivos de trabalho que solucio-
naram, dentro do espírito corpo-
rativo da economia portuguesa,
o problema dos operários da in-
dústria de moagem e de outras
afins. Todos êles são prova da
acção prática da política do Es.
tado Novo, e todos serviram de
pretexto para se fixar claramen-
te e vincar bem o carácter técni-
co e humano que presíde à orgã
nica corporativo, na obediência
a princípios legislativos que sir
vam de garantia segura aos res-
pectivos contratantes e respeitem,
na sua integridade total, a per-
sonalidade dos mesmos e a sua
hierarquia—condição essencial da
organização da economia na-
cional.
Eº dentro dessa básica hier-
rarquia de valores que é mister
estudar a solidariedade que o
contracto colectivo de trabalho
representa, das várias actividades
económicas que nêle interferem.
E é igualmente dentro do seu
carácter humano—de respeito pe-
la personalidade e da certeza
imanente do próprio contrato du-
ma remuneração e condições de
trabalho certas — que se tem de
compreender o alcance social dês-
se instrumento da política do Es
tado Novo — a que não são es-
tranhos os interêsses de patrões
e trabalhadores e em que pesam
os determinismos de certos e ine-
vitáveis reflexos da actualidade.
Dentro dêsse vasto espírito se
estabeleceu recentemente, o abô-
no de família se estudam, parce-
larmente, as condições de traba-
lho, se reajustam salários se avi-
gora:a mística corporstiva e re-
volucionária, a-fim:de que, por
uma-acção nacional de conjunto,
em teoria e na prática, a Revolu-.
ão passa continuar-—e continue, |
Promessas e realidades
O Sub-Secretário de Estado
das Corporações e Previdência
Social, ao definir as intenções do
‘Govêrno em face de certas con-
dições anormais criadas à econo-
mia do país pelos reilexos da
guerra, acentuou que tais proble-
mas se resolveriam por uma cui-
dada revisão de salários, quando
nêles se verifique injustiça; dan-
do maior elasticidade ao horário
de trabalho; e estabelecendo o
subsídio familiar,
Tal enunciado de soluções e
de princípios demonstra o inte-
rêsse que merecem ao Govêrno
de Salazar e à sua política social
certas dificuldades que são con-
segiiências inevitáveis do confli-
to que abarca o mundo. Por isso
se olhou, com largo critério, à
realidade humana de que o tra-
balhador deve ganhar quanto lhe:
baste para viver dignamente; se
alargou o horário de trabalho |
para que a êste aumento corres-
ponda o dos salários ; e se pôs
em prática—com a prudência ne-
cessária a uma ulterior e certa
extensão do sistema — o regime
do subsídio de família.
Entre a doutrina e as realiza-
ções, as promessas e realidades
da Revolução nacional não há,
por isso, soluções de continuida-
de. A obra corresponde à ideia.
Cro
Distribuição de água aos
domicílios
Dois funcionários da Câmara
Municipal têm andado a proce-
der às dimensões necessárias, den-
tro das casas da vila, para se sa-
ber da extensão da tubagem des-
tinada ao abastecimento de água.
Cro
Cobrança de assinaturas
em Lisboa
Até ao fim do mês corrente va-
mos remeter, ao nosso cobrador,
em Lisboa, os recibos respeitan-
tes aos prezados assinantes da
área da cidade,
Esperamos que todos os ligui-
dem no acto de apresentação,
evitando transtôrnos e inúteis
perdas de tempo, além de que os
grarides encargos que oneram a
publicação do semanário não per-
mitem o adiamento da liquidação
dos recibos das assinaturas, úni-
ca receita certá com que conia-
mos para lhes fazer face,
A alguns assinantes ser-lhes-á
apresentado mais de um recibo,
porque, quando da última co-
brança, estavam ausentes de.
Lisboa.
Nada mais pedimos, a todos,
do que o pagamento das assina-
turas e, antecipadamente, agra-
decemos tôda a atenção que nos
dispensarem.
A Administração | pelo-seu pronto restabelecimento,
Enormes montes de minério de ferro esperam para ser transformados em armas de guerra nas fábricas de ago
americanas. A produção de aço dos Estados Unidos este ano atingirá 87 milhões de toneladas mais do, que todos
E e -08paízes do Eixo jantos podem prodazir.
Em bemelício dum estudante pobre
Para aquisição de livrose cu-
tros apetrechos escolares e dum
fato destinados ao pequeno es-
tudante Ernesto Lourenço, da Ser-
tã, recebemos, mais, os seguintes
donativos dossrs.: Anónimo, 508;
“Francisco David e Silva Lisboa,
20$; A., Lisboa, 1008; António da
“Costa, Sertã, 508: Lúcio do Ama-
ral Marques, Sertã, 208%; Um sa-
cerdote residente fora do conce-
lho, mas sertaínho autêntico, 508;
Manoel Farinha Portela, Pêso,
508; Jacinto Pedro, Lisboa, 2:$.’
&
De uma senhora de Lisboa, e
acompanhada do valioso donati-
vo de 5008 (quinhentos escudos),
recebemos a seguinte carta, que
bem denota os sentimentos al-
truístas e generosos do seu co-
ração:
«.. «Sr Director da «Comsrca
da Sertã — Para os estudantes
protegidos, direi melhor, escolhi-
dos, por esse jornal e pela Câma-
ra, que vão aproveitar o benefi-
cio que lhes deu o Colégio «Vaz
Serra», envio junto a quantia de
quinhentos escudos, com o que
lhes comprarão os livros e obje-
ctos que-êles mais precisem. Do
restante, se é que sobra alguma
coisa, queira entregá-lo à Sopa
dos Pobres da Sertã ou aos po-
bres protegidos por esse jornal».
o
A todos, aqui deixamos expres-
so O nosso sincero reconhecimen-
to.
“O rapazito já tem quási todos
os livros de que necessita; faltam
uns, que a livraria, a que nos di-.
rigimos, ainda não possue, mas
que tenciona remeter em breve.
E agora vai também o moço
ter uma fatiota bua para o inverno.
ro
GRÊMIO DA LAVOURA
Foram nomeados assistentes da
“Casa da Lavoura de Vila de Rei
os srs. dr. José de Oliveira Xa-
vier e Abílio Dias,
e
Dr. José de Oliveira Xavier
Encontra-se internado na Casa
de Saúde de Abrantes, onde foi
submetido a uma operação que
decorreu satisfatoriamente. o nos-
so estimado assinante e benquisto
médico de Vila de Rei, sr. dr. Jos
sé de Oliveira Xavier.
Fazemos os mais.sinceros votos
e EM SEARA, ALHEIA
A chegada do brasileiro
Havia povo à entrada da aldeia na
expectativa do-brasileiro rico : malhe=
res com as mãos cruzadas sôbre as
barrigas numa imobilidade pascácia ;
rapazitos em Iralda suja e esfarrapa»
da de tumentos, coçando as pernas
picadas pelas môscas e repuxando.as
“Saias das mais, a pedirem pão com es»
gares lamariantes, dama fealdade es
pecifica da raça hamana e dos peque-
cruzeiro, com as calças brancas ar-
regaçadas até à coxa, e esiregavam
com delícia as pernas cabeludas mor»
didas pela pôjeira do palhiço e dos
eirados, pondo os joelhos escarpados
lJao péda bôca. O criado do abade,
um torto que limpava a égua eia bus=
car a carne ao Arco, estava no adro,
e, logo que avistou na revolta do cam
minho a âma, atiroa ao ar seis bom»
bas reais, e enfiando pela escada da
tórre começou a repicar dois sinos a
um tempo com a veemência febril de
quem toca a fogo O José Macário,
que estava à porta da boiica e mais
aum grupo de trolhas que trazia na
casa, fizeram sabir dúzias de fogaetes
de três respostas, enquanto um dos
trolhas disparava doze morteiros que
retumbavam nos ecos da corda de
serras com Ífragor alegre. Povo cor=
ria de todos os quinchosos; rapazolas
com os chapéus nas mãos e as caras
no ar, dando palos por sôbre as sebes,
espojavam=se dispatá-las com grandes
gritos e sopapos.
»ecsescscoc ren c os te ga
«Eusébio Macário»— Camilo
Castelo Branco É
pag e
PREÇUS DO. ARROZ
das diversas qualidades de arroz,
fixados para o mercado local,
são os seguintes, por quilograma:
mercantil B, 3800; gigante de 2.º,
3300; gigante de 1,*, 3840; cor-
rente de 1.º, 3800 e corrente de
2.º, 2870,
EB
A homenagem ao sr. Engenhei-
ro Joaquim Barata Corrêa.
O nosso distinto confrade À
Comarca de Arganil, em seu
número de 13 do corrente, refe-
re-se, em termos muito cativan-
tes, à homenagem prestada, re-
centemente, em Faro, ao nosso
patrício e amigo sr. Engenheiro
Joaquim Barata Corrêa, ilustre
Director das Estradas do Distrito,
inserindo a descrição na primei-
ta página com a fotografia do
homenageado.
E diz, a propósito, que o sr
Engenheiro Barata Corrêa é
oriundo da vila de Góis.
Este número foi visado pela
Comissão de Censura
de Castelo Branco
nos garotos das aldeias; homens que
vinham das malhadas sentapam-se no:
aparavam as canas dos ioguetes el
Informam-nos que os preços.
huis Domingues da Silva
No próximo dia 26 passa o 23.º
aniversário do falecimento do ilus=
tre sertanense sr. Luís Dominguês
da Silva, que em terras do Pará
(Brasil), honrou, com as suas
grandes qualidades de trabalho e
iniciativa e alto espírito de bon-
dade, a sua Pátria e o torrão na-
tal, ao qual prestou assinalados
serviços.
– Não quis o Destino, após o res
-gresso à Sertã, proporcionar lhe
a vida longa e venturosa que de-
lineara com todo o entusiasmo da
sua alma. A morte arrebatou-o
bem cedo do convívio da família,
que estremecia e da terra que
amava entranhadamente.
Homens, como Luís Domin-
gues da Silva, que se impõem
pelo seu carácter e virtudes, fa-
zem falta à Sertã e dilicilmente. se
substituem.
Por isso, rendemos-à sua me-
mória estas simples, mas sinceras.
palavras de gratidão.
Cro
ADUBO PARA CEREAIS
No Grémio da Lavoura e tam-
bém na Casa do Povo de Serna
che do Bomjardim existe o adubo
necessário para a sementeira de
cereais (trigo e centeio), ou seja
de 16 e 18, e nitrato.
Não há.n.º 1 mas êste é mais
próprio para a cultura da bat-ta,
O Grémio espera ter, muito em
breve, adubo «Activina>, igual»
mente indicado para a sementeira
de cereais, É
atado
Câmara Municipal de
Proença-a-Nova
A-Câmara Municipal de Proen.
ça-a Nova abriu. concurso para O
provimento do logar de escriturá-
rio de 3.º classe da sua secretaria.
OD pa
Pagamento de assinataras
Por intermédio do sr. Carlos
Ferreira David, de Pedrógo Pe-
queno, dignou-se pagar a sua -as-
sinatura, até o n.º 357, para o
que nos foi entregue a quantia
de 50800, o sr. Gualdim Jacinto
Nunes, de Silva Pôrto-Bié (An-
gola).
Pagaram, também, as suas .as-
sinaturas: até o n.º 320 o sr:Ro-
drigo Quaresma de Oliveira, do
Funchal, 10$00; e até o n,º’311,
o sr. José Luiz, de Lisboa, 9850.
A todos, os meLhores agradecimentos.