A Comarca da Sertã nº319 12-11-1942

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DIRECTOR, EDITOR E PROPRIETARIO

da Filva Concia

a REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO rem
RUA SERPA PINTO -SERTÃ

PUBLICA-SE ÀS

QUINTAS: FEIRAS

ANO VII)
: Nº319

Notas o

OR pirinde da homenagem
recentemente prestada, em
Faro, ao director das Estra-
das do Distrito, nosso patri-
cio e amigo sr. Engenheiro
Joaquim Barata Corrêa, di-
versas pessoas amigas; da Ser:
tà, lhe enviaramtelegramas de
felicitações.

Registamos o caso com sa-
tisfação, tanto mais que o sr.
Engenheiro Barata Corrêa, não
obstante estar muito afastado
e ter um trabalho intenso que
lhe absorve tôdas. as horas,
nunca esguecen a sua terra:
muitas vezes tem prestado es-
pecial cuidado à construção de
estradas, da periferia da Sere
tã e posto ê. disposição os
meios para o sem proficiente
estudo. E é bom ainda recor-
dar:que se deve, exclustvamen-
“te, ao mesmo senhor, a pavi-
mentação q paralelipípedos da
raa’ Cândido dos Reis, obra

gue marca e se impõe pela sua!

Pei
0ou 0: era ds supor,e segan-
do .o costume tiveram in=
vulgar assistência de crentes
asmissas rezadas pelas almas
dos Fiéis Defuntos, no Dia de
Finados, nas igrejas Matriz e
“da Misericórdia e demais ca-
pelas da Sertã.

Durante a tarde etectnaram-
se inúmeras romagens ao ce:
mitério municipal; muitas e
muitas pessoas ali foram orar
junto das campas dos sens
mortos e. depor lindíssimas
flores, orvalhadas de lágrimas
de infinita. saúdade.

TEVE bastante concorrência
a feira de gados de sába-
do passado, primeira do mês,
continuando a verificar-se a
alta de preços das espécies
bovina e suína. –

Acentuou-se a procura de
bacoritos, pelos quais se pe-
diam verdadeiras exorbitân:
cias. Eº agora a época propí-
cia.à sna engorda e o lavra:
dor, que sabe bem o valor que
– OS porcos representam na eco-
nomia doméstica, não se im-
porta de. esportular algamas
notas para os adgairir e fazer
todos os sacrifícios que de-
manda a sua criação, tanto
mais que neste ano é deficien-
te a produção de azeiie,

+ DrOLO-

AGORA, que os dias são cur»

tíssimos e as noites do
tamanho da légoa da Póvoa,
podia a Eléctrica principiar a
fornecer iluminação às 17 ho-
ras e depois, gradualmente,
mais cedo, à medida que os
dias diminuem,

Sarge o crepúsculo a uma
hora quási inesperada, obri-
gando a interromper trabalhos
que exigem, pela sua argência
£ importância, imediata con-

plnsão,

FUND A DOR. ES.
— Dr. José Carlos Ehrhardt a

— Dr. Angelo Henriques Migloni =
—— António Barata e Silva —
Dr. José Barata Corrêa e Silva 4

Eduardo Barata da Silva Corrêa ã

| iebdomadári rigitalicta, spas defensor dos tilélissos à comarrea: da Sentã: concelhos de Sertã | !
| Oleiros, sad “a=fNova e Vila de Rei; e Ireguesias a Hmêndoa ê Gardigos (do eongelho de Mação). |

Atitude der comprecnsão

+= agaço RE

lho, ‘confinando, a cada um, o seu papel na

acto eleitoral-do 1..do corrente, em
(O) que a Nação escolheu 08; seus. lídi-
mos representantes à Assembleia,
Nacional, decorreu com tal entusiasmo em.
todo o Pais que bem se pode afirmar que 0
povo português compreende, devidamente,

os seus direitos de soberania é dêles sabe

usar em tôda a plenitude, demonstrando,

de forma inequívoca e eloquente, que apoia

a política do Govêrno de Salazar,
O acto eleitoral não se limitou a apoiar;

mas a consagrar as directrizes dum Govêr-|
no forte, que.soube erguer o País do cãos

a sacudir as clientelas famintas. e que, de=
pois de restabelecer a ordem e a; tranquili-
dade nos espíritos, realizou a mais, profun-
da e espantosa obra de renovação de todos
os tempos, uma verdadeira Revolução Na-
cional.

Portugal, ántádido pela insânia dúran-,
te côrca dum século, desalentado, envileci-

do e: escarnecido, presa fácil de aventurei-
ros, já exangue, estava nos paroxismos da
agonia quando a Salazar, quej vivia em
Coimbra entregue à sua cátedra, modesto,
simples, com uma vida sem mácula e indi-
terente a honrarias e vaidades, é cometida

a difícil e complexa tarefa de restaurar as
finanças, base de-todo o ressurgimento nas |.

cional.

Para impor a paz: interna, sem a qual:

não poderia haver trabalho proveitoso, lá
estava o Exército.

E Salazar pôs de parte o sossêgo e as |
comodidades que disfrutava para cumprir

o seu dever: dar à Nação combalida todo
o seu esfôrço e inteligência para que- ela
se redimisse. Tem sido sobrehumano esse
trabalho; só um génio, como o seu, e um
dedicado e inexcedivel amor à Pátria o
podiam levar a cabo em tão poucos anos,

Mas não fica por ai a obra gigantesca
do eminente estadista, que os portugueses
veneram e o Estrangeiro admira: conseguiu

‘que a Nação se encóntrasse a si própria,
reatando o culto pelo seu passado de gran-

deza e glória, que a fez imortal; despertou

na alma dos portugueses a consciência dos |

mais belos sentimentos nacionais, enrai-

zando, nela, a devoção absoluta à Pátria; |

suprimiu a lutasentre o capital e o traba-

prosperidade económica do País, mas sem
qualquer, les praticar intromissões abu-

‘sivas.;. estimulou a capacidade de produção
industrial, que só poderia conseguir-se pela
valorização da moeda e aproveitamento e

dignificação de todo o trabalho útil, levan-
do o País a abolir a importação de certo e

importante, número de matérias primas;
“que .o tornavam tributário do Estrangeiro,

ao mesmo tempu que a exportação se acen-
tuava. –

O) Exército e a Marinha viram-se en-
quadrados no seu papel de garantir a de-

fesa da Nação, pois que, para isso, se lhes

concederam os meios indispensáveis, ao
mesmo tempo que se arredavam das lutas
políticas, que os enfraqueciam. Renovou-se

a fisionomia do Pais, que, por uma acção
persistente.e metódica, se encontrou dota-

do-de melhoramentos materiais de tôda a
espécie, não esquecendo a restauração de

castelos, templos e monumentos históricos.

E essa acção não se confinou às cidades,

mas estendeu-se às mais humildes e remo-
tas: povoações; que viram, enfim, satisfei-
‘tas, se não tôdas, pelo menos grande parte

de antiquissimas aspirações. Aumentou-se
a rêde de estradas e repararam-se muitas
centenas de; quilómetros das que permane-

ciam na-mais completa ruína à data do 28

de Maio, prejudicando as relações econó-
micas entre: 08 povos.

Entre a obra de tão extraordinário
vulto erguida por Salazar, não podemos
esquecer o prestígio alcançado por Portu-

‘gal entre as nações do mundo e a missão

de paz e de assistência moral prestada às
demais nações neste conflito

Que-admira, pois, que os leitores com:
parecessem às urnas na sua quási totalida-

de? Se êles representam a massa geral da | [7
população e esta tem a consciência d2s
seus direitose deveres, por patriotismo e,

mais, por gratidão, cumpria-lhe dar ao Go-
vêrno da Nação. uma prova de inteira con-
fiança e inalterável apoio.

E. fê-lo, desta vez, com o mesmo en-
tusiasmo e civismo de-sempre.

EDUARDO BARATA

O Ministério da Guerra vai não possam, por falta de

autorizar, durante o Natal meios, aproveitar-se de tal bes
e Ano Novo, a visita aos mili- | nefício. para visitar os seus
tares expedicionários nas ilhas queridos expedicionários, ma-
do Atlântico, de pessoas de | tando as saiidades que-há-tan»
to tempo os torturam, a noti-
cia deve ter enchido de são

suas famílias. Para esse efetto .
serão organizados. dois tar-.
nos, que partirão nos vapores

e Ano Bom devem parecer-lhes
séculos; tal a ansiedade das
suas almas e o ardente desejo
‘de abraçar os paise os irmãos.

E que felizes festas vão ter
esses garbosos rapazes junto
das famílias !

do mês de Dezembro e regress
sarão nos de Janeiro.
O mesmo ministério vai ens=

tender-se com. a P. V. D. E. e.

com a. Junta Nacional da Ma-
rinha Mercante no sentido de
serem dadas aos visitantes as
facilidades possíveis,

Ainda que muitas familias |

contentamento aquelas a quem

nada impede de satisfazer um

idos desejos mais caros aos
sens corações,

Com que alvorôço muitos

dos soldados, actualmente na
Madeira e Açõres; devem ter
colhido a..boa noval Os dias
que medeiâm dagui ao Neal

Que pena não se conceder
um grande desconto nas pas=
sagens às famílias comprova-
damente pobres para gue elas
aproveitassem esta excelente
oportunidade! Eº que a gente
pobre também tem coração e
dedica aos. filhos tôda-a ter»
nara da sua alma!

NOVEMBRO
1942

KSGUSHE Ta

|- -. a lápis

“Foi “frado o dia 15 do. cor=
“> renté para a eleição ‘ de:

procuradores: à Câmara -Cor=

porativa em representação das,
Misericórdias, aatarguias lo.
cais € federações desportivas,

luta na Líbia tomou nova

feição: desta vez-estão os
britânicos na ofensiva, perses:
guindo as tropas; do: general:
Rommel, quehámesessurpreens:
deu o mando com uma das
mais famosas vitórias germãs
nicas desta guerra,

Bem certo é que tôda ela tem
sido fértil de surprezas; as
maiores, para nós, indiscati=.
velmente, foram a derrota inss.
tantânea da França e a resis-
tência heroica dos rassos; ame
bas excederam as nossas ex
pectativas.

Quanto à campanha no de.
serto, que agora prende a aten:
ção de todos os povos, mesmo
dos não envolvidos na contens
da, é natural que os ingleses
se queiram desforrar da gran»
de derrota injflingida, em luto
nho, pelos seas poderosos ads
versários. Segundo se concine .
dos comunicados, o motivo
principal do êxito britânico.
deve-se à superioridade esmas
gadora da aviação, que quást.
não encontra resistência.

Sea vitória dos ingleses na
Líbia for absoluta, completa,
ela virá a ter repercussões fas
voráveis às Nações Unidas no
desenrolar futuro do conflito
e, possivelmente, apressará’o
seu desfecho.

E é isto o que pretendem tôu
das as nações, tão sacrifica-
das em holocausto ao deus.
Marte. as
LO Cai
À dias, uma pessoa dagni :
expediu para Vila Castes
lo, 9 1.º, Dt.º, em Lisboa, um
telegrama, que não chegon ao
destino porque horas depois
lhe era comunicado: «Enderê=
ço insnficiente, Não há em Lis-
boa Vila Castelo.»

Isto motivom surpreza ao.
expedidor e com razão : é que, .
de facto, existe, em Lisboa,
Vila Castelo e o enderêço não

estava incompleto, antes pelo.

contrário !

Por sinal, êste semanário
tem um assinante naquela mo-
rada e nanca número algum
veio devolvido até hoje.

Causou transtorno, como é
nataral, o telegrama não che-
gar ao seu destino; mas sea –
falta originasse prejaízos om
transtôrnos graves, quem ins
demnizaria o expedidor, que.
não tem culpa da deficiência
que por vezes se nota nos ser-
viços telegráficos ?

Ao menos, podiam-lhe ter
restitaído a importância que:
pagou pelo telegrama! Do mal,
o menos!mal,
o menos!

 

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A comarca da Serta

: à e
Ivares

SBRESGUDSSES idea lo La E

– Agradecimento

A família do falecido Laiz António,
sã fui oficial de deligências do Jaizo
E = mo Y
Colégio de A
s RDGanassasao cons osuaaaa
-| desta comarca, vem, por esta forma, DSGSBSSDBSSE DAGRESBESHAS DE SBESDSDUENaO consasssasss
‘ e porque o deseja fazer públicamente, | 8 s

‘, E s
expressar o seu profundo reconheciz | “aesassanao BasssssasA
emo ao distinto médico da Sertã, sr. T O M A x R ;

ALVARÁ N.º 42

dr. Angelo Henriques Vidigal, pelo ca-
Secções masculina e feminina em edifícios

i rinho e cuidados clínicos que, a todo
vontade e dedicação, dispensou ao exe
independentes e afastados, tendo cada’

tinto, prodigalizando-lhe, mais do que
os vastos recarsos da Medicina, a afei-
ção que brota expontânea de ama al»
ma boa, sensível e carinhosa, como é
a do ilustre facultativo. E estas provas
-de dedicação sensibilizam e enterne-
cem, muito especialmente quando, co»
mo no caso presente, não podem ser
retribaídas.

Que S. Ex,? desculpe este desabafo,
que o nosso coração agradecido e pe=
nhorado, não ousa calar por mais

o momento e sempre com a maior boa
uma o seu internato

Ensino primário — Curso de Adniissão
ao Liceu — Ensino Liceal completo

(O?
do

N

dum

Tratamento cuidado e um ambiente
31,15 m.

Wiyuny
“ty,
= q

= GRU ao (9,45 m c/s) tempo. Vale só pelo que tem de expon» E gi

19,45 — Noticiário BIRO cio o dico DA2 no SUIS DA 6 O À [aco EST CRIO: | | confortável e salutar

E ; Também apresenta sinceros agra» : : : e RE

12,15 — Noticiário GRZ.»…. 1,66m. (21,64 m/s) & | decimentos a tôdas as pessoas, e maix Enviam-se regulamentos com todas as informações a quem as solicitar

4 GRU. Po mm (UIGM co | Mi NC a “a

“49,30 — Netualidades ER iai ends 28,02 (20 mo) a O tina

21,00 (*) Noticiário GRE… JDM CBO MOO) Sjoio Mo arniêaiaraia do detido
É 65B…… 31455 m. (9,5 m c/s) dolencias. ]
| 22,15 (*) Retualidades GRT-…. 4,96m «(7,5:m €/s) 8) Atôdas, o eterno e inolvidável pro- |: ;s %

| testo-da sua proianda gratidão:
Sertã, 6 de Novembro de 1942,

CE anões
| EDITAL

Eu, Simplício Barreto Ma-
“gro, médico veterinário e |
| Intendente de Pecuária do
distrito de Castelo Branco:

ABS DOCDBE PSLADBCDEDEESSEDBECAGEHO LADDOLLESDDSSSADCADSOBSESSCLLGBEABASNANEHS

(+) Êste período de Noticiário e Actualidades ouve-se tam
É bém em ONDAS MÉDIAS de 261,1 metros (1,149 k c/s) e
Ê ONDAS COMPRIDAS de 1.500 metros (200 k c/s).

| PENSÃO BRANGO

(ANTIGA CASA MARIA MOLEIRA)

– À preferida por tôda a gente que permanece na Sertã ou a vi-
sita, pelo seu Ótimo serviço de mesa e magnificos quartos.

INSTALAÇÕES MODERNAS, AMPLAS E BEM ILUMINADAS

Ao visitardes a Sertã, que tem belos passeios e lindos
pontos de vista, não deixeis de procufar esta pensão. .

PREÇOS MÓDICOS .

A falta de adubos, pro-/ LOUCURA, FANATISMO OU
– blema grave HEROISMO ? |

“ Eetan ! Nafrente oriental, trava-se uma
a Cc 1. É .
tica da Época da, semen, jolenta batalha, talvez a mai
lavradores da região estão aflitos, | roz desta ferocíssima guerra, pa:
não sabendo que voltas hão-de | fa à pôsse duma imprrtante ci-
dar à vida, porque lhes falta o |
necessário adubo para a fazer.
O caso é grave e exige solu-

Serviço privativo de automóvel,
RR ////////) (107 //

Avenida Balama de Bastos —- SERTÃ

BSSBESEBSSES RESESBSPABABABRESE f

Faço: saber, nos termos do n.º
12.º do artigo 93,º do Decreto n.º
21.207, de 16 de Novembro de
1936, que Simões & Pires, Ld.º,
pretende licença para instalar uma
oficina: de preparação de carnes

DIVSHDADDO! DHADHOSSUDHA suscnssnssas e?

Os atacantes, sem olhar a bai-:
| Xas, conseguiram romper as de-

EDITAL

ção rápida À agricultura. pobre
em “é nã: pode
ii asilo, nem exposta » pre
juízus que, fatalmente, terão re-
flexos na crise que a avassala.
Terá o Grémio da Lavoura to-
mado as meiidas que o caso
requere ?

Merto AD Pei

Reclamação sos Sorrelas
Queixam se-nos alguns dos
nossos assinantes dos Ramalhos
que não só não recebem «A Co-
marca» com a devida regularida-
de, como, muitas vezes, não lhes
é entregue pelo respectivo posto.
Chamamos a atenção do sr.
Chefe da Estação local para o
caso, pois não podemos suportar
os prejuízos resultantes de tais
deficiências.

SAB

R favor dos cancerosos
pobres

‘ O peditório, na Sertã, em be-
nefício dos cancerosos pobres,
rendeu 183$15,

Em Pedrógão Pequeno tam-
bém se constituiu uma comissão
de meninas para o mesmo fim,
que colheu donativos no total de
90800, quantia entregue à Junta
de Freguesia.

— me
INSTRUÇÃO

Em substituição da professora
st? D. Maria dos Anjos Alves
Lico, transferida para outra es-
“cola, encontra-se na de Palhais,
gesde 20 de Outubro, a regente
“agregada sr.* D. Irene Alves

Proença.

Requereu a aposentação o pro-
fessor do Castelo, sr. Alberto da
Purificação Ribeiro A mesma

– escola encontra-se a funcionar
sob ‘a direcção do professor sr.
Eugénio do Nascimento Ribe’ro

Joaquim André
PROFESSOR DIPLOMADO

Instrução Primária – Admissão aos liceus
Postos de Ensino – 4.º Ciclo dos liceus

TELEFONE 5 8074
Avenida Grão Vasco, 56 — Benfica
LISBOA

ser abandonas |

-neficiados

fesas exteriores inimigas e, com
a ajuda de cêrca de cinqiienta
tanks, ocuparam a parte nordes-
te da cidade ameaçando mortal
mente a continuação da resi tência
dos atacados. Urgia, pois, repe-
lir, custasse o que custasse, a
cunha inimiga, cravada no cora
ção da cidade. Imediatamente se
ofereceram para libertar a zona
ocupada muitos voluntários. que,
por loucura, fanatismo ou herois-
mo, envolveram a cintura com
um poderosíssimo explosivo e,
às escondidas, se lançaram sob
os carros inimigos. Horas depois,
à custa dêsse punhado de bravos,
os atacados conseguiram repelir
completamente os atacantes, que,
sem a protecção dos fanks, se
viram obrigados a retirar com
pesadas baixas.

(De «The Anglo-Portuguese Nws»)
te pag

BENEFICÊNCIA

Com destino à Sopa dos Po-

bres, e em sufrágio da sima del

sua prima sr.* D. Júlia de Moura

e Costa, recentemente falecida

nesta vila, enviou-nos 100800 6
nosso amigo sr. P.º Artur Men
des de Moura, professor do Co-
légio «Vaz Serra», de Sernache
do Bomjardim, que manifestou o
desejo de a Direcção da Sopa

mandar celebrar uma missa para |:

tal fim com a assistência dos be-
Ao mesmo tempo que entregá-
mos a importância aludida, trans

“mitimos a uma des senhoras que

dirigem a Sopa a recomendação
expressa na carta.
A missa reza-se, no dia 30, na
igre a matriz.
eta) e

AGRADECIMENTO .

losé Martins Manso, comerciante,
morador na Várzea dos Cavaleiros,
segurado da apólice n.º 32 109e 32.186,
da Companhia de Segaros «Atlas» vem
por este meio agradecer a prontidão
e forma correcta como esta Compam
nhia liquidoa o sinistro havido na saa
fábrica de resina.

Também, por este meio, testemanha
o seu reconhecimento a tôdas as pes=
soas e à Corporação dos Bombeiros
Volantários da Sertã, que tomaram
parte activa na extinção do incendio

Sertã, 4 de Novembro de 1942,
José Martins Manso

Papel para embrulho
Vende se nesta Redacção,

em Sertã, Praça da República. .

E como o referido estabeleci-
mento industrial seacha compreen-
dido na classe 3.º da tabela 1,
anexa ao Regulamento das indús-
trias insalubres, incómodas, pe-
tigosas ou tóxicas, aprovado pelo
decreto n.º 8,364, de 25 de Agosa
to de 1922, com os inconvenien:
tes de Fumo, etc., são por isso,
e em conformidade com as dis
posições do mesmo Regulamento,
convidadas tôdas as pessoas: in-
teressadas a – apresentar, por es-
crito, na sede desta Intendência
de Pecuária as teclamações que
julguem dever fazer contra a con-
cessão da licença requerida no
prazo de 30 dias, contados da
data da publicação deste edital,
podendo na mesma Repartição.
serem examinados ‘os documen-
tos juntos ao processo. .

Para constar, passo 0 presente
que assino. .

Intendência de Pecuária de Case
RA Branco, em 20 de Maio de

O Intendente de Pecuária, —
Simplício Barreto Magro.

ANUNCIO
(1.º Publicação)

Faz-se saber que pela terceis
ra secção da Secretaria Judi-
cial da comarca de Sertã, cor-
rem éditos de vinte dias, a con-
tar da segunda publicação deste
anúncio, citando os credores des-
conhecidos, para no prazo de
dez dias, findos que sejam os
éditos, deduzirem o seu pedido
nos autos de execução por cus-
tas, em que é exequente o Mi-.
nistério Público e executado
António Coelho, solteiro, agri-
cultor, do logar da Zaboeira,
freguesia de Vila de Rei, desta

comarca.
Sertã, 4 de Novembro de 1942,
Verifiquei,

O Juiz de Direito,
Eduardo Marques Coelho Correia
Simões
O Chefe da 3.º Secção, int.º,

Armando Antônio da Silva

EDITAMIL,

Bu, Simplício Barreto Ma»
gro, médico veterinário e
Intendente de Pecuária do
distrito de Castelo Branco:

Faço saber, nos termos do n.º
12.º do artigo 93.º do Decreto n.º
27 207, de 16 de Novembro de
1936, que Joaquim Lopes Cardo-
so, pretende licença para instalar
uma oficina de preparação de car-
nes em Vale do Pereiro, Fregue-
sia de Varzea dos Cavaleiros e
+oncelho da Sertã.

E como o referido estabeleci-
mento industrial seacha compreen-
dido na classe 3.º da tabela 1,
anexa ao Regulamento das indús-
trias insalúbres, incómodas, peri-
gosas ou tóxicas, aprovado pelo
decreto n.º 8.364, de 25 de Agos-
to de 1922, com os inconvenien-
tes de Fumo, etc., são por isso,
e em conformidade com as dis
posições do mesmo Regulamento,
convidadas tôdas as pessoas in-
teressadas a apresentar, por es-
crito, na sede desta Intendência
de Pecuária as reclamações que
julguem dever fazer contra a con-
cessão da licença requerida no
prazo de 30 dias, contados da
data da publicação dêste edital,
podendo na mesma Repartição
serem examinados os documens
tos juntos ao processo,

Para constar, passo o presente
que assino.

Intendência de Pecuária de Cas-
telo Branco, em 20 de Maio de
1942,

O Intendente de Pecuária, —
Simplício Barreto Magro.

eme

Colégio “Ja Serra”

(PARA AMBOS OS SEXOS)

Curso dos liceus.

Admissão aos licous

o Instituto Oomercial
e Industrial,

SERNACHE DO BOMJARDIM
come E
Postais com vistas da Sertã

(EDIÇÃO PRIMOROSA)
Vendem-se nesta Redacção

Colecção de 7 postais — 7800

Bu, Simplício Barreto Ma-‘
gro, médico veterinário e.

Intendente de Pecuária do
distrito de Castelo Branco:

Faço saber, nos termos do n.º .

12.º do artigo 93.º do Decreto n.º

27.207, de 16 de Novembro de .
1936, que José Martins Barata,
pretende licença para instalar uma |

oficina de preparação de carnes
em Sertã, Rua da Avenida.

E como o referido estabeleci=
mento industrialseaçha compreene
dido na classe 3.º da tabela 1,
anexa ao Regulamento das indús=
trias insalúbres, incómodas, peris

gosas ou tóxicas, aprovado pelo |

decreto n.º 8.364, de 25 de Agos-
to de 1922, com os inconveniene
tes de Pumo, etc., são por isso,
e em conformidade com as dis=
posições do mesmo Regulamento,
convidadas tôdas as pessoas ine
teressadas a apresentar, por ese
crito, na sede desta Intendência
de Pecuária as reclamações que
julguem dever fazer contra’a cons
cessão da licença requerida no
prazo de 30 dias, contados da
data da publicação dêste edital,
podendo na mesma Repartição
serem examinados os documens
tos juntos ao processo.

Para constar, passo o presenté
que assino. :

Intendência de Pecuária de Cas.
telo Branco, em 23 de Junho de
1942.

O Intendente de Pecuária, —
Simplício Barreto Magro,
Companhia de Viação de Ser-

nache, Limitada

O’eiros — Sertii, Eta carreira
efectunsse às 2,ºº feiras — Liga
com Castelo Branco e Lisboa.

6º feiras — Liga com Castelo
Branco e Lisboa. s PE

Sábados — Liga com- Coimbra
e Liaboa,

Sertã — Oleiros. Eta carreira
efeotua se às 4,ºº feiras — Regeu
ba ligação de Lisboa,

6.2º f.iras — Receba ligação da

L’sbou e de Coimbra,
Sábados — Recebe ligação de

| Castelo Branco,

Tomar (Estação) — Sertã » Vicosa
Versa (Serviço Combinado e dos
correios) efectua-ae diariamenta

 

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-Brónica publicitária

Re I. o
“elo há amor como O primeiro»

Por Fernanda de Matos e Silva – Editoral do Século !

Afazeres mais imperiosos, li
gados à finalização dum curso
superior, inibiram-me de ler e,
portanto, de apreciar públicamen-
te êste b.lo romance duma escri-
tora há pouco revelada. Não há
amor como o primeiro foi ao

concurso «Procura-se um roman-
cista» do Grémio dos Editores
Livreiros e, se não obteve o pri. |
meiro prémio, também não foi
posto de lado, pois trouxe de lá
Menção Honrosa. !
A autora mostra qualidades
bem dignas de serem cultivadas.
As suas personagens, um pouco
românticas, é certo, estão justa-
mente localizadas na idade e no
tempo, deixando em nós um halo

QUESTÕES AGRÍCOLAS

Foi mandado sustar o ar-
ranque da vinha, ordem
que não veio beneficiar
as freguesias de Serna-
che do Bomjardim, Ca-

“beçudo e Castelo, onde
já tinha sido executada.

Para conhecimento dos lavra-
dores da área do Grémiio da
Lavoura da Sertã e Vila de
Rei, e especialmente dos vinicul-
tores, publicamos as duas repre
sentações dirigidas por aquela
entidade ao sr. Ministro da Eco-
nomia, em 22 de Junho e 30 de
Outubro findos.

Ex.Ӽ Sr, Ministro da Economia
Excelência

“O Grémio da Lavoura da Ser-

de bondade que encanta. Os cos- | tã e Vila de Rei, vem mui res-
tumes necessáriamente descritos peitosamente pedir a V. Ex.º, se
não sofrem de exagêros, embora digne ordenar a suspensão do
A modernismo extravagante por | arranque das vinhas plantadas

‘* dever de interpretar a vida actnal

vezes sofra as cutiladas dum bis-
turi caricaturante e vigoroso. João
Paulo é um modêlo daquêles que
apetece imitar; e um dos fins da
literatura: é criar modêlos para
norte dêstes tempos arripiantes e
anárquic s. D. Joaninha é o re-
trato de muitas santas vêlhinhas
que a “«civilização»— por Deus —
deixou subsistirem pelo interior
montanhrso das beiras, como fia-
doras das poucas abastanças inda
a postos. Tem muitas irmãs—gé-
meas no restante da literatura na=
cional, arrancadas como ela, ao
exemplo real. Maria Tereza re-.
presenta a vivacidade moça que.
a educação destempera e o exem- !
plo inferioriza, mas que, num meio ‘
salutar, não deixa de florir nos |
extremes sentimentos de nobreza ;
lusitana — alevantada e pródiga
como antanho… Margarida, ou- |
tro modêlo, o da constância e da
fidelidade, é um exemplo hoje
taro, mas que alegra ver retra-.
tado para que, de facto, surja.
Alberto o D. Juan profissional,
é que se estranha um pouco tão |
facilmente se converta da impe-
nitência amorosa à renúncia e ao
amor casto…
“O diálogo está bem urdido e
com naturalidade. O português
é correcto e sóbrio. O estilo;
atraente. Uma ou outra cacofonia
—elas escapam a tôda a gente —
próva que a autora não escreveu
pretenciosamente :

<UMA MaAnhã…«págs7 e4
4… DOCA, CA muda…» (pág.
13); «.. .duMA MArgarida» (pág.
50) Embirra-se ccm o «consta-
tou» (pág. 57) e «constatações»,
pág. 58) por termos verificon e,
verificação em português verná- |
culo, Oc/ta missa est» (pág. 81):
é um deslise. Eis a grafia e pro-
núncia exactas: «lte missa est».

Isto nem chegam a ser defeitos
eo leitor vulgar nem por êles.
dará. O mais grave é o título: !
Não há amor como o primeiro, |
que é um rifão popular e que nos
apresenta o romance, à primeira
vista, como uma tese. Se o é,1
contudo, não está mal RemOnr;
trada, salvo no caso do Alberto,
como já fiz notar.

Que Fernanda de Matos e Sil-
va cofitinue a dedicar-se ao ros

mance, desenvolvendo as suas.
: aptidões de pintora de almas, é:

convite que não posso deixar de

fazer-lhe nestas colunas, porque, :
realmente, ela pode vir a ser e
critora de fôlego. Todavia, peço |
e insisto para não pintar só al..,
mas: pintar Jocalidades, tixando ,
o homem à terra – Homem e Ter-
ra, numa síntese: o Trabalho, que
é a máxima preocup:ção dêste
século, kº que a literatura tem o

nas suas múltiplas facêtas: social, !

económica, polít ca, religiosa, mo-,
ral,supersticiosa, aberrativa, ideal :
rotineira, inquieta, etc., para in-
terpretar anssios e erigir exem-
plos gerais, frutos do vário-e
desencontrado numasimbiose uni-
tária dentro das verdades secu«
lares da Raça.

3X-942
– PF, de Matos Gomes

‘ com dificiência de documentação
e ainda para que seia permitido
o seu cultivo em terrenos impró-
prios para cultura de cereais.

A área do Grémio fortemente

‘ acidentada, é constituída por ter-

renos paupérrimos que a custo
sustentam oliveiras, as quais de-
vido a isso, embora dêem bom
azeite, são de muita pequena
produção.

A terra boa localiza-se junto
ás margens do Zêzere, ribeiras e
quebradas dos montes onde o
homem á custa de esforços titâ-
nicos segura as terras de aluvião,
por meio de paredes; trabalho
que, ás vezes, é inutilizado em
poucos minutos.

A região importa tudo, à ex-
cepção de azeite e produtos resi-
nosos e se actualmente exporta
trigo, reimporta-o farinado em
em muito maior quantidade.

Mas a sua importação princi-
pal é o vinho, pois a colheita
não passa de um terço do con
sumo.

E porque assim é, parece-nos
dever ser permitida a plantação
da vinha intercalada de oliveiras
nos terrenos impróprios para ou-
tras culturas, advindo assim a
vantagem do incremento da oli-
vicultura, pois, á morte da vinha,
que, pouco dura, ficaria o olival.

Não contribuirá esta região
para um perigo futuro de pletora
de vinho e azeite, pois, a per-
missão pedida não originaria ex-
cesso de produção, tão pobres os
terrenos são aqui.

Confia este Grémio no alto
critério de justiça de V. Ex * pa-
ra que este pedido tenha deferi-
mento.

A Bem da Nação

Pelo Presidente, – a) José Fa-
rinha Tavares.

Sertã, Grémio da Lavoura, 22
de Junho de 1942.

O

Sertã, 30 de Outubro de 1942.
Ex.Ӽ Sr. Ministro da Economia

LISBOA
Excelência

Em meu nome e do Grémio da
Lavoura a. que presido, venho
agradecer a V. Ex.º o ter man-
dado sustar o arranque da vinha,
que infelizmente não aproveitou
ás freguesia de Sernache do Bom-
jardim, Cabeçudo e Castelo, on-
de êle já se tinha dado.

Devo dizer a V, Ex.º que esta
medida causou aqui a pior das
impressões. ;

Arrancar vinhas em uma re-
gião onde não há vinho para um
têrço do consumo, num ano em
que a produção, se pode dizer
nula e quando se está á espera
de uma modificação nas leis do

seu plantio foi determinação que

se recebeu com desagrado.

A restrição do plantio da vi-
nha em uma região de pobres
terrenos xistosos onde a planta-
ção é carissima e a produção mi»

A Qomarca da Sertã

“Mravés da Comarça

(Noticiário dos nossos Correspondentes)

Irregularidade no Gorreio
para esta fregués

PESO, 6 — A empresa concessionás
ria, a quem incumbe fazer 0 transpor»
te das malas do correio para este con=
celho, já há tempos que redazia para
4 dias por semana este serviço, Porém
últimamente, maior número de falhas
se veem verificando, e bom seria, pen
los graves transtôrnos e prejuizos que
acarreta para esta freguesia e também
para todo o Concelho, semelhante es«
tado de coisas, averigaar o motivo que
lhe dá causa, remediando-o com a ar

direito aqui deixamos o nosso apelo,
na certeza de que seremos ouvidos.

C.
Padre António Martins da
Gosta e Silva

CUCUJÃES, 5. — Está de lato a Sox
ciedade Portuguesa das Missões Catóm
licas Ultramarinas. Hoje, um pouco
depois das doze horas, ialeceu o rev.“
Padre António Martins da Costa e Silx
va, aum dos membros do novo Instituto,
maito considerado pela,sua virtude e
pradencia, e pelos seus trabalhos
apostólicos em Moçambique, e nos Sex
minários de Tomar, Sernache e Com
cujães

Nasceu em Pedrógão Pequeno (Serm
tã), a 5 de Maio de 1884. Estadou no
Seminário de Sernache do Bonjardim,
onde foi ordenado em 1906. Nesse
mesmo ano embarcou para Moçam»
bique, sendo colocado na Vila de
Inhambane. Aí trabalhou incansâvel=
mente, primeiro como Coadjator e
depois como Pároco, conquistando as
simpatias de todos, pelo seu trato aiám
vel, bondoso, que tanto o caracterizava.

Em 1908, obrigado por grave doenn
ça, teve de regressar à pátria, com
imenso pesar sea. Reparadas um poa-
co as suas iórças, em 1922 entrou no
Seminário das Missões de Tomar, on=
de prestou relevantes serviços como
Prefeito e Proiessor. Transitoa depois
para o Seminário de Sernache, e em
1931 foi-lhe confiada a direcção do
Probandato da S. P. M, C. U., recen=
temente fundada, à qual se consagroa
de alma e coração, amando=a e ser»
vindo-a sempre como segunda mãi.

vida sobrenatural, pela sãa protanda
piedade, pelo seu grande espírito de
hamildade, de sacrilício e de genero=
sidade apostólica, Querido, estimado e
venerado por todos, Padres e Alunos,
e especialmente dos Probandos, mere=
ceu especial confiança da parte dos
Superiores, que lhe entregaram os
cargos mais delicados e mais impor»
tantes.

Na última fase da sua longa e cram
ciante doença teve de ser hospitaliza=
do, por indicação do médico, para ias
zer tratamentos eléctricos, em Oliveix
ra de Azemeis, onde ioi carinhosa e
fraternalmente assistido pelos Padres
e Irmãos da saa Sociedade Missioná-
ria, e pelas dedicadas Irmãs Francis=
canas Hospitaleiras, até que adormex
ceu santamente no Senhor. Z

O Exm.º Saperior Geral, Bispo de
Garza, estepe a ler-lhe o ofício da
agonia, acompanhado por alguns Pam
dres da Sociedade Missionária, que
lhe assistiram até ao último momento.
Aº noitinha, foi o cadáver do estimado
Padre transportado para Caucajãis,
acompanhado pelo Exm.º Superior
Geral e por todo o pessoal do Semi»
nário das Missões de Cucajães, fican-
do depositado em câmara ardente no
Seminário. A’manhã, pelas dez horas,
terão lugar solenes olícios fúnebres
na Igreja, paroquial de Cucajães.

E,
HO

DOENTE

Encontra-se retido no leito, há
muitos dias, em consegiiência dum
forte ataque de reumatismo, o
nosso amigo sr. José Maria de:
Alcobia, de Sernache do Bom-
jardim, por cujo restabelecimento
fazemos os melhores: votos.

nima não tem razão de ser e
nunca influirá na produção geral.

Alei justa e necessária para as
regiões cerealiferas não tem apli-
cação na área do Grémio onde
os terrenos, plantados de vinhas,
não dão outra coisa além de ra-
quitica oliveiras.

As vinhas aqui, são plantadas
pelos jornaleiros quando não têem
quem lhes dê que fazer ou pelos
proprietários quando não têem
que dar que fazer àquêles.

Apresento a V. Ex.º compri-
mentos de maior consideração,

À Bem da Nação

O Presidente do Grémio — a)
Gualdim António de Queiroz
€ Melo,

gencia que tal requere. A quem de.

TS ruas do talo mos povoações |

Ainda que os estrumes das ruas
não deem bons adubos, o Gré-
mio da Lavoura dos concelhos

de Sertã e Vila de Rei, na re-
presentação enviada ao sr. mi-
nistro da Economia, preconi-

seu desaparecimento à medida
“que os corpos administrativos
forem tendo dinheiro para as
pavimentar.

Sertã, 30 de Outubro-de 1942.
Ex.Ӽ Sr. Ministro da Economia

LISBOA
” Excelência

Chega ao meu conhecimento
que foi ordenado o levantamento
das estrumeiras dentro das po-
Voações, O que sendo uma exce-
lente medida higiénica julgamos
inoportuna no momento actual
em que há falta e carestia de
adubos. RG RU
– Às ruas cobertas de mato têm
desníveis que atingem por vezes
cincoenta e sessenta centimetros;
tirados êles ficam os arruamentos
convertidos em charcos onde
nem os carros de bois podem
transitar.

Quando Delegado de Saúde
estudei o assunto com cuidado
e cheguei á conclusão que deve-
mos primeiro convençer os po-
vos que os estrumes das ruas
não dão bons adubos e depois
levantá-las á medida que os cor-

dinheiro para as pavimentar, o
que actualmente é um problema
difícil porque custa muitas cente-
nas de milhares de escudos.
Deixar a descoberto as poças
cheias de matéria orgânica é me-
dida que não se pode defender

Foi sacerdote exemplar, que se im= .
pôs sempre atodos, pela sua sólida |

debaixo de nenhum ponto de
| vista. –

Antigamente quando havia elei-
ções enchiam-se os campos de
Engenheiros a fazerem estudos
de estradas; agora cortam-se vi.
deiras e levantam- se estrumeiras.

Ão alto critério de V. Ex. dei-
xo a resolução dêste assunto que
sendo pequeno pode- levantar
muitos atritos.

Apresento a V. Ex.º cumpri.
mentos e protestos de maior con-
sideração.

A Bem da Nação

O Presidente do Grémio, —
Gualdim António de Queiroz
e Melo.

toda apago
Dr. Francisco de Matos Gomes

‘ Coneluiu a sua formatura em
Ciências Históricas e Pilosóficas
na Universidade de Coimbra, no
dia 29 do mês findo, o jnosso
prezado amigo e distinto colabo-
rador sr. dr. Francisco de Matos
Gomes, digno professor primário
em Lamas, Miranda do Corvo.

A-par-de uma grande inteli-
gência, revelou o sr. dr. Matos
Gomes uma extraordinária fôrça
de vontade para vonseguir a al-
mejada formatura, pois que, bas-
ta dizer, nos últimos dois anos,
exercendo o magistério no con-
celho de Oliveira de Azeméis,
via-se obrigado a percorrer 85
quilómetros para assistir aos actos
de fregiiência e actos finais, os
únicos a que as suas funções de
professor permitiam comparência.

Pode o novo diplomado orgu-
lhar-se, com justa razão, do seu
triunfo, conseguidojatravés de sa
crilícios de tôda a espécie e sem
quaisquer outros recursos que os
provindos da sua actividade.

O dr. Matos Gomes, que se
tem distinguido como colabora-
dor de diversos periódicos da
Província, focando os temas so-
ciais mais importantes e oportu-
nos, dedica especial cuidado à
crítica de obras literárias e, neste
ponto, <A Comarca da Sertã»

| conta com o seu valioso labor e

demonstrada competência,

Daqui lhe enviamos um grande
abraço de parabens, fazendo sin-
ceros votos pelas suas prosperi-
dades pessoais,

” za, como mais aconselhavel, o.

pos administrativos forem tendo:

 

e” o 8%. a
am a Ca a? fam?

a
É
e “os
EAD

fa % Ea e + o Ed Rd

Vindo de Thysville (Congo
Belga), onde se dedica ao cos
mércio, encontra-se na Metró-»

+

» AGENDA

pole, para reponso e de visita

a sta familia, na Aldeia da
Ribeiro (Sertã), o sr. foaguim
Alves, que há poucos dias ti-
vemos o prazer de camprimen-
tar. :
— Retiron para Lisboa, co
sua espôsa e filhinha, o sr;
Entíguio Belmonte de Lemos.

ADA

Eleições de deputados à As-
sembleia Nacional

Noconcelho da Sertã, dos 3.137
eleitores inscritos, votaram 2.908,
ou seja a percentagem de 92,7,
o que demonstra, plenamente—e
aqui o repetimos com muita sas
tisfação — que o povo do conce-
lho está de alma e coração com
o Govêrno de Salazar, para nos,
servirmos duma expressão muito
popular e, ao mesmo tempo, muis
to significativa.

Passamos a indicar o resultado
por freguesias. O primeiro núe.
mero indica os inscritos e o ses
gundo, os votantes.

Cabeçudo, 129 e 105; Carvas
lhal, 130 e 125; Castelo, 222-e:
191; Cumiada, 144 e 144; Ermi-
da, 79 e 77; Figueiredo, 80 e 80;
Marmeleiro, 125 e 110; Nesperal,
137 e 136; Palhais, 122 e 105;
Pedrógão Pequeno, 278 e 276;
Sernache do Bomjardim, 443 e
421; Sertã, 766 e 716; Troviscal,
110 e 105; e Várzea dos Cavaleis
ros, 372 e 317. Eu

Ê

No concelo de Oleiros, de 684 .
inscritos, votaram 661; de Proen-
ça-a Nova os números são, res-
pectivamente, 3.004 e 2.730 e Vi=
la de Rei, 1.007 e 941, ou sejam
as percentagens de 96, 6º/º, 90,8º/,
e 93,4º/,.

Marco Postal

Ex.Ӽ Sr. Jaime Cardoso da
Silva—S. Tomé: Recebemos, no
dia 20 de Outubro, a sua prezada
carta de 7 de Setembro e, em 3
do corrente, da Companhia Agri-
cola dasNeves,em Lisboa, a quans
tia de 100800 (cem escudos), a
que se refere; dividida, em partes
iguais, para pagamento da sua
assinatura e da do sr. josé Maria
Teodoro, ficam ambas pagas, res-
pectivamente, até os n.º 348 e
354, Esta semana foram expedi-
des os n.ºº 317/8, Ao amigo e ao
sr. Teodoro apresentamos os nose
sos sinceros agradecimentos e
aqui ficamos sempre, eJtinteira-
mente, ao voso dispor, Formu-
lamos os melhores votos pela
vossa saúde e prosperidades.

Bog
Neecrologia

D. Clementina Henrique Lei-
tão Paulo

Com a idade de 72 anos, fale-
ceu em Vila de Rei. no dia 19
do mês findo, a sr.? D. Clemen-
tina Henriques Leitão Paulo, de-
dicada espôsa do nosso prezado .
amigo e assinante sr. José Joa-
quim Paulo, mãi do sr. Artur
Henrique Paulo, da Boafarinha
(Vila de Rei), irmã do sr. Marco-
lino Leitão, de Alferrarede, cu-
nhada dos srs. Manoel: Joaquim
Paulo, de Portela, Luiz da Silva
Barreiros, de Lisboa e Manoel
da Silva Barreiros, de Ribeiros e
avó das meninas Maria do Carmo
de Oliveira Martins Paulo e Ar=
minda Martins Henriques Paulo,
de Vila de Rei.

A tôda a família enlutada, de-
signadamente ao sr. José Joaquim
Paulo, apresentamos as nossas
sentidas condolências,

Este número foi visado pela
Comissão de Censura
de Casíeio Branca

 

@@@ 1 @@@

 

4 + A Moqmaros da Seria

Debate sobre tema oporfuno

Enoluções do ENSINO TécmICO PROSISSIONAL np :
progresso da cibilização.. t

31374,

Sã. = o au +

«> Tempos houve em que o ensino das
primeiras letras era um privilégio ve-

dado aos filhos do, povo, mas última=:! |

mente tem-se dado alguns passos con-
trários a tal rotina, criando escolas
primárias e postos de ensino (escola-
rés), desde os grandes centros urbanos
às mais recônditas aldeias Conquanto
seja êsse o .caminho trilhado pelos
nossos estadistas, êstes necessitam da
colaboração da urbe, para que se ca-
minhe. mais. velozmente a combater a
grande percentagem de analfabetismo
que ainda hoje-infesta os nossos meios
rurais, : É E
– “A-pesar-de ser, de momento, o ensi-
no primário o que mais carinho deve
merecer aos Poderes Públicos e dos
aglomerados particulares. organizados
e ‘a-organizar, outro ramo de ensino há,
que urge dar-lhe o desenvolvimento
necessário, pois que, sem êle o progres-
so entre nós continuará marcando pas-
so eternamente. Esse ensino é o Té-
enico Profissional, aquêle que tem sido
o expoente máximo do desenvolvimen-
to das modernas nações.
“À evolução do: ensino primário, se
bem que não aniquilou a necessidade
impériosa da luta contra o analfabetis-
mo, criou: porém outra para os indivi-
duos que vivem do seu trabalho. O
– trabalhador, hoje mais que ontem, não
pode limitar os seus conhecimentos a
um mero exame de instrução primária.
Necessita de possuir um cabedal de co-
nhecimentos que, na indústria, no co-
mércio ou -na, agricultura, onde; quer
que exerça a sua actividade lhe permi-
ta assumir a responsabilidade profissio=
nal. Sem: conhecimentos e apenas obe-
decendo ao mestre, o operário a quem
é’confiada uma máquina, funciona como
seu acessório.

Torna-se necêssário que assim não

aconteça, porque a máquina não foi in-
ventada pata, pela paralização do bra-

ço, do homem, levar a miséria aos seus:

lares, isto, na consoladora e reconfor-
tante hipótese, de que todos os que tra-
balham têm lar… ;

Porém, a finalidade da máquina é
assãz muito diferente, pois que, conhe-
cidos os modernos métodos de extrac-
ção; da gusa do minério, só como facto
histórico. podemos admitir o antigo
processo da pudelagem, em que os ope-
rários de tronco nú, conduziam em pe-
sa condições a conversão do miné-
rio.
Ao aparecimento da máquina, o ope-

rário tem que corresponder com a evo-
lução do seu cabedal de conhecimentos.

Mas não é só a profissão industrial
que merece considerações porque te-

. mos O comércio que é o principal factor
da economia do nosso País.

Hoje, em dia, o progressivo desen-
volvimento do comércio, exige dos ín-
divíduos que a êle se dedicam, uma
maior soma de conhecimentos, entre os
quais, se destacam o cálculo e a escri-
turação, o. conhecimento. dos serviços
de expediente e correspondência co-
mercial, a estenografia, a dactilografia,
etc. Se outrora, para, a maioria dos es-
tabelecimentos, era bastante o rotinei-
ro conhecimento de algumas regras,
hoje, que as relações comerciais são
muito mais vastas, as operações mais
arrojadas e complexas, indispensável

se torna o conhecimento mais desenvol-.

vido da Técnica Comercial.

Nêste momento, em que a conquista
de qualquer emprêgo constitue tarefa
árdua, ante a enorme concorrência de
indivíduos em demanda de colocações,
quem não possuir. os indispensáveis co-
nhecimentos para alcançar ou se man-
ter nos lugares obtidos, necessâriamen-
te há-de sucumbir nesta luta tremenda
em prol da obtenção dos recursos im-
prescindíveis à subsistência.

Por último temos a agricultura, êsse
manancial ramo de actividade de que
dependem, não só os dois primeiros,

como-a existência de tôda a massa hu- À

mana. E dada a necessidade da super-
produção que o aumento da população
mundial exige, não podemos continuar
praticando agricultura, tal como já o
faziam os nossos avós. Esta tem que
acormbEnta o ritmo acelerado com que
vão desenvolvendo os dois ramos pre-
cedentes, para assim corresponder a
alta função que aquêles lhe exigem —
produzir mais e melhor. Dir-se-á que
entre nós poucas possibilidades nos
restam pafa alargar a esfera de acção
agricola, mas temos as nossas coló-
nias, onde reside largo futuro para a
agricultura, por isso colocar-se-ia ali
todo o excesso de população, depois
de devidamente preparada, de que re-
sultaria: o equilíbrio da nossa importa-
ção com a exportação, que bastante
dificulta a situação económica da Na-
ção. Mas, para se fazer agricultura
não basta que o povo saiba cavar a ter-
ra. E necessário aliar esse dom, pró-
prio do nosso meio rural, à Técnica
Agricola, o que se conseguirá pela for-
mação de capatazes, “regentes e agró-
nomos, em bases sólidamente práticas,

No úntiiito: de fortalecer a idéia em
marcha para a criação de uma Escola
do Ensino Técnico Profissional na Ser-
tã, dispuz-me a dizer alguma coisa sô-
bre a matéria conscientemente debatida
nas colunas déste jornal, que assim

continua seguindo o programa a que se :
propôs — «defender os interesses da .
egião» — e como se conclue, é pois, O –
do Ensino Técnico O que mais carinho :
nos deve merecer, dada a alta função |
que êle excerce da vida moderna. Ren-
do as minhas humildes homenagens aos -.:;
autores dos editoriais precedentes e in- |-
cito para o campo da luta todos os-que |”
têm possibilidades financeiras de dar |.»

da teoria à prática.
Falta-me competência para fazer con-

nova directriz à iniciativa em causa —

siderações locais, as quais devem estar |
quási concluídas nos artigos transactos.

Há, porém, o caso da emigração, que
um dos articulistas condena, mas, a meu
vet, não merece tal condenação, pois
que, o pouco: que tôda a região tem
progredido se deve quási exclusiva-
mente aos que fora dela têm ido tentar
fortuna. E, levados por essa noção,
todos os rapazes, que ultrapassam a
elementar bagagem de conhecimentos
que a Instrução Primária lhes faculta,
têm geral tendência para a emigração

taspiração que vão desenvolvendo à

medida. que vão caminhando de classe
em classe, sendo. corrente. ouvir-se dim
zer a êsses, quando se aproxima, a épo-
ca dos exames «se eu ficar bem, fulano
pede a cicrano para me levar para Lis-
boa, Africa, etc». Tal tendência é já
antiga e tem por vezes, produzido bons
frutos em todos os sectores da-vida eco-
nómica da Nação. Reconheço que, na
ultima década, os proventos advindos
de tal têm sido quási nulos, pois raro
tem sido aquêle que, a-pesar-da: sua
pertinaz luta e sacrifício, tem, conse-
guido mostrar de quando o génio ser-
tanense é capaz. Claro está, que a fa-

lha notada-tem como reflexo a precária.
preparação literária e sobretudo T’écni-.

co-Profissional com que se lançam na
vida prática, a qual hoje em dia. se
torna indispensável a quantos queiram
triunfar na dura luta pela existência.

Dê-se pois crédito a tôdas as objec-
ções narradas, saiamos da apatia em
que temos vivido, e leguemos à poste-
ridade focos de luz e energia para que
todo o País caminhe a par das grandes
nações como os Estados Unidos da
América do Norte, onde por: felicidade
da florescente nação, existem homens
sem o egoísmo de produzir para o bem
comum, O qual entre nós é corrente.

Apareçam meia dúzia de espíritos de-
sempoeirados e empreendedores, lan-
cem as bases para a fundação de uma
Escola, que reúna.em si, embora com-
pletamente independentes, a especiali-
zação de profissionais para cada uma
das respectivas actividades e em bre-
ves anos ver-se-iam coroados de êxito
todos os esforços dispendidos em prol
de tal iniciativa.

Foi de escolas baseadas nêstes mol-
des que sairam os principais homens
que idealizaram a radical transforma-
ção, não só dos E. U. A., como da
“Turquia, Bulgária, Grécia, etc. Algu-
mas destas escolas ou colégios — à
americana — iniciaram a sua actividade
apenas com- uma dezena e poucos alu-
nos e hoje conta a sua freqiiência algu-
mas centenas, assim como se instala-
ram em simples andares alugados e
hoje possuem um conjunto de edifícios
próprios com um pavilhão para cada
ramo de ensino.

Alguns dos leitores, ao acompanha-
rem o debate, terão pensado, que ao
Estado pertence pôr em prática tal ini-
ciativa, exigindo dos Poderes Públicos
todo à encargo de trabalho, mas êsse
critério é fundamentalmente errado. O
Estado e o particular têm de cooperar
mutuamente na solução dos problemas
vitais, tendentes a melhorar a situação
dos povos. Terminarei dizendo que o
caso presente devia ser obra puramen-
te particular para assim exercer a sua
actividade nos moldes em que alvitro.

J. PEDRO
CDI

Deficiência de comunicações
postais

O facto de, durante três dias
consecutivos, Vila de Rei não ter
recebido correspondência, origi-
nou uma reclamação junto da
Administração Geral dos Correios
dos elementos representativos do
comércio e da indústria e das re.
partições daquêle concelho.

DI
A’s Livrarias

«A Comarca da Sertã» aceita,
para vender à consignação, quais

quer obras literárias modernas.

que lhe sejam enviadas pelas Li

vrarias.
PrEE

Taxa Sanitária
Está a pagamento até ao fim do

mês corrente, na Delegação de
Saúde, a taxa sanitária,

Recordando uma cena nocturna das actividades da R, A. F. no Inverno.
Bombardeiros vão partir para ares inimigos,

Companhia, de Viação
| de Sernache

deficiência, que, por: vezes, se;
nota nos serviços de transportes
públicos desta: Companhia, te-
mos ouvido alguns dislates e,
acusações injustas que, denotam,
apenas, maldicência e crítica acer-.
ba e procuram esconder os ex-
traordinários benefícios que ela
trouxe a esta região, entre os
quais não se. pode considerar
menos valioso o de dar ocupação
a muit.s dezenas de chefes de
Iamilds Goa tono E

Não se desculpa nem tolera a
mais pequena falta, quando é fá-
cil compreender que, só a situa-
ção anormal do, momento, que
criou tôda a espécie: de dificul-
dades, origina deficiências, que
não estão nem podem estar, de
forma alguma, no espírito da ge-
rência da-Companhia. Até o li-
mite das suas possibilidades, ela
procura remover todos os obstá-
culos que, dia a dia vão surgin-
do. O seu intuito é servir o pú-
blico o melhor possível,

A redução de algumas carreis
ras obedece, simplesmente, ao
fim: de manter as mais importan-
tes, cuja existência, no entanto,
está seriamente ameaçada pela
falta de pneus e carburantes li-
quidos.

Várias camionetas estão a ser
dotadas de gasogénios; alguns,
já em serviço, não têm funciona-
do tão bem como. se. esperava,
por virtudes especialmente, do
solo acidentada da região.

Para que o. público se possa
orientar devidamente sôbre as
últimas alterações das carreiras,
temos publicado, na 2.º página,
os avisos que contêm os horá-
rios. As reduções originam, em
certos dias, aglomeração de pas-
sageiros.

A-tim-de evitar tais inconve-:

transporte, é de tôda a conve
niência que os passageiros es-
crevam à Companhia — seu es-
critório em Sernache—com a de-
vida antecedência, indicando o
dia e a carreira em que desejam
efectuar a viagem e esperar pela
resposta, que pode ser. afirmati-
va ou negative, consoante o nú-
mero de passageiros que houver

inscritos. No caso de a resposta

ser afirmativa, deverão apresen-
tar o postal, que a contém, ao
agente respectivo, que só em
tais condições está autorizado a
fornecer o bilhete solicitado.

interêsses regionais
Aº Junta de Freguesia de So-
breira Formosa foi concedida a

comparticipação de Esc. 3.4528
para abastecimento de água à po-

A propósito. de uma ou outra :

nientes e para que se garanta o |

| A distribuição de sulfato de
| cobre ou outros fungicidas cúpri-

Wolasa lápis

(Continuação)

VERÃO de S. Martinho!

Estamos em pleno verão
de: S. Martinho. Dias de sol
fagueiro, risonho, acariciador,
em quea Natureza exterioriza
tôda a magia, os mil encantos
e ajagos em que é pródiga.

Já o tempo está maito fres-
co, mas as chuvas enfadonhas,
impertinentes, marcaram um
compasso de espera, que se
aproveita para os trabalhos
agrícolas da época. Assim é
que vemos, por essas hortas,
um labor atarado, aproveitan-
do-se cuidadosamente êstes be-
los dias de sol amoroso.

«ro

MA ou oútra oliveira da re-
gião ostenta os seas fra-
tos negros, côr de azeviche,
mas a maior parte quási nada
temo
Quere dizer que, êste ano,
resume-se a pouco menos de
nada a produção de azeite.

EM ofício de 3 do corrente,
comunica-nos a Legação

dos Estados Unidos da Amêé-

rica do Norte, em Lisboa:

O Departamento do Tesou-
ro anunciou que a partir de
31 de Outubro de 1942 a quan-
tia de dólares que os viajantes
poderão trazer consigo ao en-
trar nos Estados Unidos, livre
de restrições, é de cingiienta
dólares por pessoa, em logar
de duzentos e cingiienta dóla-
res, como até aqui.

GABI

Sulfato de cobre e cufros
fungicidas cúpricos

| Uma portaria do sr. ministro
da Economia, de 31 de Outubro,
comete à Junta Nacional do Vi-
nho a função de regular, supe-
riormente, o comércio e a distri-
buição de sulfato de cobre e de-
mais fungicidas cúpricos, compe-
tindo-lhe promover a obtenção
no mercado nacional ou no es

trangeiro daquêles produtos ou
de matéria prima para o seu fa-.
brico, no sentido de se conseguir
o necessário para ass diversas
culturas.

cos, para outras culturas que não
seja a da vinha e para usos in-
dustriais, será efectuada, respecti-
vamente, pela Direccão Geral dos
Serviços Agrícolas e pela Comis-
são Reguladora dos Produtos
Químicos e Farmacêuticos, enti-
dades a que ] N. V. entregará
as quantidades atribuídas para

voação de Conqueiros, exploras

ção, Ao

“Infelizmente não são
só os sertanenses. . .”

«.. Senhor Director de “A

Comarca da Sertã»

Nas notas do jornal <A Comar:
ca da Sertã», de 22 do mês cor.

«rente, lamenta V., com tristeza, o,
desalento, a indiferença dos ser-.

tanenses pelos melhoramentos. e

problemas que interessam à sua:

terra.

Infelizmente não são só os ser».

tanenses insuflados dêsse mal; os

proencenses vivem mais indife.

rentes ao momento que passa,
Diz-nos a história que tôdas as

nações têm os seus períodos de:

decadência e de prosperidade.
E” do nosso tempo um dos pe-

ríodos de maior decadência do.

nosso paíz, em que o Estado
absorvia os rendimentos da na-

ção, sem olhar pelas necessidades. .

dos povos.
Com o Estado Novo uma on-

da de renovação agitou o paíz |

de norte a sul.

Povos há que, depois da publi-
cação dos decretos que criaram,
os melhoramentos rurais e ur=
banos, têm conseguido todos.os
melhoramentos indispensáveis à
sua comodidade.

Proença-a-Nova, excep uado o

edifício escolar, três marcos fon-.

tenários (que infelizmente noverão
não têm água) e algumas fontes
em povoações da freguesia, pous
co tem beneficiado.

Nos últimos 4 ou 5 anos, na
vila sede do concelho só se fi.
zeram pequenas obras de conclu-
são do edifício escolar e calçadas.
em duas ruas.

No entanto não há Casa do
Povo, não há abastecimento . de.
águas (já não falo em saneamen-
to), os Paços do concelho estão
em mau estado e não há rêde de
caminhos vicinais, etc.

Dêstes últimos melhoramentos
nos dá uma grande lição a vizi-
nha freguesia de Sobreira For-
mosa que tem recebido-em pous
cos anos algumas centenaa de
contos para a construção da admis
rável rêde de caminhos vicinais
que servem quási todos os aglo-
merados populacionais da fre.
guesia,

Não sabemos o que será o dia
de âmanhã e mal dos povos que
por simpatia não aproveitam à
ocasião que se lhes oferece p’ra
levarem aefeito assuas aspirações.

Não será despropósito lembrar
que Proença-a-Nova está privada.
do caminho de ferro, que estava
delineado de Alferrarede – Proen=
ça a Nova – Castelo Branco, por

indiferença e mau tato político.

dos nossos antepassados.
Têm surgido algumas boas von-
tades e também gente com boas

palavras, mas não basta; «res non.

verba» obras e não palavras,
Porto, Outubro de 1942.

esses lins.

Elias J Tavares