A Comarca da Sertã nº298 04-06-1942

@@@ 1 @@@

 

– FUNDADORES =—
— Dr. José Carlos Ehrhardt. -—
— Dr. Angelo Henriques Vidigal —
— “António Barata e Silvã —
Dr. José Barata. Corrêa e Silva

Eduardo Barata da Silva Corrêa

Õ DIRECTOR, EDITOR E PROPRIETARIO | “AF pn A eo
=|| Cuando Barata da Filo Oroeia, TP. PORTELA FO
o |-—— REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO —— aa
m| [RUA SERPA PINTO-SERTÃ so
Rd) ROS SER US STE Te] TELEFONE
<| | PUBLICGASE ÀS QUINTAS FEIRAS ne
es Tebdomadário regionalista, independente, defensor dos interêsses da comarca da Sertã: concelhos de Sertã | pe o na
AN. 298. | Oleiros, Proença – am – Nova e Vita de Reis e no de Hinendoa & Cardigos (do-coneelho de Mação ) | 1942

EM, Lodo 0. Patos se festejon

“com grande entusiasmo o
16.º aniversário da Revolução
Nacional, mas foi.na: cidade
de Braga, donde partiu o gri-
to de revolta do Marechal Go.
mes da Costa contra a dema-

ogia, logo secandado pelo.
Erército, que as comemorações

atingiram especial significado.
“Dezesseis anos, am instante
de séculos, que a ampulheta

-. do tempo marca num ápice,

bastaram para renovar a físio-
nómia do Pais em todos os

aspectos e mostrar ao povo] –
portáguês, até então desiludi-|’
do de vas promessas, cansado

de desvarios e desmandos e de
faces: enrnbescidas pelas afron:

tas do estranpeiro aos seas.
brios, causadas pelos faisos

ídolos, que o milagre da res.
tauração-era possível se apa-
recessem timoneiros coma pre
cisa fôrçamioral, passado sem
mancha e orientados pelo’mais
puro:patriotismo, que:condu:
tissem:a nau desmantelada —
fustigada pela tempestade de

ódios =-a pôrto de salvamento.

E os. timoneiros surgiram,
como por encanto, nessa hora
de receios e aflições, dos mais
negros preságios.

Carmona e Salazar, des:
viando a nau do mar procelos
So, recondaziram na, depois
de reparada, à rota segura, ao
caminho da glória e da pros-
peridade, perante o olhar em»
bevecido de todos os bons e
ram A hpataege dass

Bag

Er Vincent, professor do
Colégio de França e famo-
so: bactereologista, depois de
cinglenta anos de aturados
estudos, acaba de encontrar a

– fórmula perfeita do soro cura-.

tivo da febre tifoíde, que não
tem deixado de combater, um
só momento com afinco. A des-
coberta vai revolhcionar a te-
rapentica dessa enfermidade
e, Óque é mais importante,
salvar mais e mais vidas htt-
manas;

Enquanto pir tóda a parte,
nas laboratórios, se procura
alrigir a perfeição nos meios
de exterminar os seres huma-
nos, tal a Midori da guer-

o entregon-se,

damerl e, à abençoada

njid;
dure q de minotar os sofrimen-
tos do dade semelhante. A sua

É ria da França, a glória do
mundo inteiro, da Hamanidade.

rega

DizEn.Nos alguns. Idvrado.

“ Fes que o tempo tem ago-
ra decorrido desfavorável às
vinhas, pois há muitas videi-
rasatacadas demíldio; também
algans batatais se apresentam
atacados de moléstia, não
rem sido aplicados ) necessá-
rias, Prapamentos.

à ae rg EP de preço da quási totalidade dos

causando graves perturbações na vida eco-

nómica das classes pobre’e média, que não

podem encarar com; indiferença a extorsão
violenta nem cruzar os braços perante O
desaforo inaudito daquêles que: passaram

a constituir, salvo raríssimas excepções,

uma horda ignóbil de exploradores.

A ganância desenfreada, a inconsciên-
cia de tantos vendedores que parece terem
relégado o dinheiro ao plano-das coisas

inúteis ou à extrema desvalorização, a alta:
incompreensível e injustificada ‘que um
mesmo artigo vem tomando de semana para
semana, a voracidade dessas gentes des-.
vairadas pelo lucro fácil, mentecaptas, |,
exaltadas, à tresvariar de delírio, têm ide:
ser reprimidas, custe o que custar, doa à

quem doer, por quem pode aplicar medi-
das enérgicas é repressivas, já’que 08 cun:
selhos moderados é persvasivos não evitam
tais desmandos. a

Aceitando os factos como êle se apiá:
sentam, deixando-nos todos embalar pela

doce miragóm de que não está, em nossa
mão, mudar o rumo às coisas-e que deve-

mos ser bode expiatório de audaciosos, sol-
tando-inúteis e isolados queixumes, meros
desabafos que para nada servem, fazemos
a tristo figura de néscius, provando, até à

-| saciedade, que temos 0 que merecemos 6| –

que aprovamos, com o nosso silêncio, a ei-
tuação humilhante. e indecorosa que nos
foi criada. Mãs não pode: ser assim, nem
deve ser assim. E” preciso abrirmos os
olhos, despertar da letargia em que vimos
mergulhando, sacudir -o marasmo que nos

tolhe: e avilta, para deixar de sancionar a
permanente esfoladela que, se continuar,
talvez dentro em pouco não nos reste ou-

tro caminho doque. lançar mão de uma

cesta e’ir pedir esmola’ por essas portas…

cSe o Grémio das Mercearias fixou o
preço dos principais géneros de mercearia
numa base que muito pouco se desvia dos
existentes na época normal’e se, para mais,
as provisões estão garantidas. por um con-
veniente racionamento familiar, porque não

se estabelece uma tabela para todos os ou- |

tros artigos de consumo corrente, que a-
branja, descriminadamente, o’ peixe, as ba-
tatas, legumes, hortaliças, galináceos, coe-
lhos, cabritos, frutas e tudo o mais indis-

| pensável ao consumo da população?

E se a diversidade de qualidades do
mesmo produto torna, por assim dizer, im-
praticável ama descriminação, perfeita, que
inevitâvelmente seria complexa, fixe-se o
preço máximo; e depois disto aperte-se a
fiscalização, reprimindo e castigando, rigo-
rosa e inexorávelmente, sem qualquer es-
pécie de contemplação, todos os. abusos,
que-.não deve abranger só-os vendedores
nas suas arremetidas leoninas de rapacida-
dé, mas 08 próprios o tipada nas oi agravamento, sempre coRuants

gêneros alimentícios que be veris,
fica nos mercados semanais-da região, ve

ôêstes, contra o interêsse geral, se mostrem

predispostos a aceitar o caso consumado,
isto. é. a dar tudo quanto lhes exigem, re-
velando inconscientemente que o dinheiro
não Haeá custa a ganhar,

ixistá hoje, em todo o País, uma se-
suiasTáih repressão contra 08 preços exa-
gerados. dos géneros alimentícios, quer nos

armazens, quer nos estabelecimentos de

venda ao público, lançam-se, também, pe-

sadas! multas sôbre os que pretendem al-
cançar lucros abusivos na venda do calça-
do. e, de um modo geral, em todos os de-

mais «artigos de uso é consumo — pois não

só de pão vive q homem — porque não se

hão de adoptar, iguais providências quan-
to aos; artigos que aparecem nas feiras e
mercados. RA

” é Poderá, porventura, o agricultor, o
fdeibisçio público, o artista, qualquer in-
divíduo das classes liberais suportar o au-

“mento. constante de preço dos géneros in-

dispensáveis ao consumo da sua casa ? E
já não falamos: no jornaleiro, no humilde

trabalhador da terra, porque se êle, em
‘época anterior, incontestâvelmente melhor,
vivia. assoberbado de- dificuldades com o

vencimento; diário de seis escudos, hoje,
com. os oito escudos que aufere e que a

agricultura dificilmente lhe pode dar, en-

contra-so numa situação muito pior por-
que é evidente que os dois escudos não
compensam o agravamento.

-“Nem’ o funcionário público, depois da
crise, viu melhorados os ordenados; nem
qualquer outro indivíduo que vive do seu
trabalho, num campo livre, em relativa in-
dependência profissional — salvo os que
dedicam a sua actividade a negócios — se
dispôs a aumentar os seus proventos; nem
o senhorio procurou que a lei lhe facultas-
se a melhoria de rendas dos prédios; nem
o Estado, pelas suas repartições, colhe
maiores rendimentos. Ainda bem que as-
sim é, pois, de contrário, seríamos todos
lançados num círculo vicioso, tão funesto
e inconsequente que daí resultaria o caos:
a receita forçada não daria para satisfazer
os gastos, mesmo quando limitados ao in-
teiramente indispensável, ao comezinho,
ao necessásio para viver.

A época é de sacrifícios e todos estão
de acôrdo em aceitar um pequeno aumen-

to com a despesa de alimentação, do ves-

tuário e do calçado, sabido como é que
muitos artigos não se produzem no País e
que o fabrico de uns tantos ou quantos es.
tá dependente da importação de matérias
primas. Mas os sacrifícios devem caber a
todos por igual. Não tem o pequeno lavra-
dor odireito de se aproveitar da situação
difícil que atravessamos, muito especial-
mente porque apenas lhe coube uma pe-
queníssima quota parte no agravamento
geral do custo da vida, para obter 100, 200
e até 300 por cento de lucro nos artigos

(Continua na £.º página)

a vv da lápis

BSCREVE-NOS um amigo

mostrando a sna indigna-
ção e pedindo que chamemos a .
atenção de quem de, direito
contra a desenfreada ganôncia,
sempre crescente, que se veri«
fica nos mercados da região,
onde tndo, desde o mais reles
molho de conve à penosa ané-
mica, atingiu preços inconce-
bíveis, pasmosos, não havendo
dinheiro que satisfaça tanta
voracidade.

Diz que as autoridades des
verão providenciar no sentido
de reprimir os abusos que se
praticam com inandito desca-
ramenito, nas barbas de tôda
a gente, como se os vendedo-
res fôssem senhores absolutos
de uma raçae os compradores
míseros escravos, agrilhoados
à mais dura sujeição. Acres-
centa que, noutros tempos, era
fregúente aparecer a Guarda
Republicana. nos mercados de -.
Sernache e Pedrógão, que, com
a sia presença, evitava certos
desmandos; hoje, porém, raras
vezes isso acontece, não obse
tante considerar-se indispen-.
sável, visto que pode prestar .
óptimos serviços; que há arti«.
gos tabelados, mas os preços

não se respeitam; ecomo a am.

toridade policial só de longe
em longe surge naquéles mer-
cados, — diz o nosso leitor e
amigo —os que precisam dos
géneros para sea consumo não
têm a quem recorrer, pagando,
mas sempre butando, os preços
exorbitantes que se exigem.

O nosso amigo tem. muita
razão.

Estamos convencidos de que
o sr. Presidente da Câmara
procurará, sem perda de tem»
po, tomar as medidas necessá:
rias para pôr freio à explora:
ção nos mercados do concelho,
que não só daguêles, pois que
ela representa amargo pesade-
lo para todos que não se. po-
dem dispensar de obter o ne.
cessário ao consamo de’ -S8AS
casas,

No que diz respeito ao con-
venientee regular abastecimens
to de géneros alimentícios de
consamo corrente, não poucas

vezes o sr. Presidente da Cê. .

mara tem mostrado. energia e
inflexibilidade contra os esa

peculadores, com aplanso

tôda a gente de bem; por 1
tudo leva a crer que, uma vez
mais, serão tomadas as provis
dências que insistentemente se
reclamam.

«LAB IO

AS roserras do Miradonro
véem a água perto, na
fonte, mas as suas raízes não
se dessedentam nem gozam a
fresquidão a que têm jus.
Coitadinhas das pobres!

HS

O gradeamento do Miradou-

ro e os suportes dos nabos
precisam de ser pintados e
agora é a ocasião propícia de
o fazer.

 

@@@ 1 @@@

 

Carlos Martins, Conservador do Registo Pre-
dial e Comercial e Presidente da Câmara
Municipal da Sertã;

Tendo em atenção gue os contingentes de açúcar e arroz atri-
– buídos ao concelho variam de mês a mês, e reconhecen»
do-se a necessidade de alterar e completar algumas dis
“posições do EDITAL de 20 de Março de 1942 sôbre ra-
cionamento de géneros, determino, no uso dos poderes

conferidos pela Lei:

Artigo 1.º—Para efeitos do ra-
cionsmento do Açúcar e Arroz as
famílias da freguesia da Sertã
serão classificadas, respectiva-
mente, em 6 e 5 categorias,

Artigo 2º — As senhas indi-
carão a categoria respectiva e o
Presidente da Câmara, ouvido o
parecer do Presidente da Comis-
são Reguladora do Comércio Los
cal, fixará, para cada mês, as
quantidades a atribuir às diferen=
tes categori s, entendendosse que
o total é dividido em partes iguais
pelas duas quinzenas.

Artigo 3.º Os comerciantes
que não cumprirem o disposto
nos artigos (7.º e 10.º do Edital
de 20 de Março, incorrem na pe
na de desobediência e podem ser
excluídos, por um mês, do rateio
de merceurias feito mensalmente
pela Comissão Reguladora do Co-
méroio Local..

$ único—Em casos de reincis

dência, a exclusão pode elevar-se
a três meses.

Artigo 4.º–O comerciante que
usar de fraude nas vendas por
senhas, além das penas estabele-
oidas na Lei incorre na exclusão
do rateio de mercearias por tem.
po até três meses,

S único—O disposto neste ar.
tigo tem aplicação nas freguesias
onde estiver estabelecido o regia
me de racionamento,

E para geral conhecimento se
passaram êste e outros de igual
teor que vão ser afixados nos lu:
gares públicos do costume,

E eu, Antônia Caldeira Firmi-
no; Chefe da S oretarie, o eubs-
crevi.

Sertã e Secção Policiallda Cà
mara Municipal, 25 de Maio de
19492,

O PRESIDENTE DA CAMARA,
Carlos Martins

As cadernetas de racionamento de Açúcar e Arroz serão en-
tregues na Secretaria da Câmara durante a primeira semana do pró-
ximo mês de Junho, todos cs dias, das 9 às 12 horas,

A entrega será efectuada mediante a apresentação das cader-
netas antigas e O Pagamento das quantias da Tabela afixada na

Secretaria,

Não é permitido o levantamento de cadernetas aó de Açúcar ou

– do Arroz,

Valor, em n quilogramas, auto Dohaf de raclonamento reapeit ne

tes ao mês de Junho:

Açúcar Arroz
A” categoria n.º 1 correspondem. . … 6 5
” A na 2 : > BE Dep O EO o 4
» » » 3 » ar Lo â 3
>. o A >» q » PER CR Ro 3 2
>». >» » 5 > sea 2 l
> > > 6 > GO l o sendo a distribuição feita em partes iguais por cada quinzena.

Símbolos

A videira simboliza a alegria;
a oliveira, a paz; a nogueira,
a virtude; pinheiro, a saidade;
o olmeiro, o amparo; o cipreste,
a morte; 0 loureiro, o triunto;
a acácia, a nobreza; a maciei-
ra, o amor; a amendoeira, a ese
perança; a figueira, a doçura; a

murta, a det; O plátano, a gtan-
deza; as palmas, a justiça e a
vitória.

7 alvez não saiba…

o Que a raspa de batata crua

substitui perfeitamente a tapioca.

o

«e. que para descascar rápida-
mente e sem dificuldade as ma-
çãs, basta mergulhá-las durante
um minuto em água a ferver, e
em seguida outro minuto em
água fria,

Ad
w .

«– que, para conservar o ca-
cau, o melhor é deitá lo numa
caixa de loiça; assim não perde
as suas propriedades nem o seu
aroma Pelo contrário, conser-
vando o tal qual se compra, no pa-
cote, com facilidade adquire mau

gôsto.

Ad
w

— que a cenoura se não des-
casca : raspa se.

+

“oi que as hortaliças, para fi-
carem verdes, devem ser cozi-

das destapadas e com lume forte, !

OS AMIGOS DA «COMARCA»

Os srs. João Farinha de Fi-
gueiredo e José Adriano Men-
des, de Lisboa, indicaram para
assinantes, respectivamente, os
srs. Joaquim da Costa e Manoel
Ferreira, da mesma cidade. Mui-
to reconhecidos, agradecenos.

—<Brtefb apago

Certo judeu,. que conseguíu
entrar no céu, irige-se um dia
a Deus e pregunta-lhe:

— Senhor | O que representam
1000 anos para vós?

— O mesmo que um minuto.

— E um milhão de libras ?

— O mesmo que meio tostão.

— Senhor | Oferecei me meio
tostão |

— Ofereço! Mas espera um
minuto…

Fóbrica do Fogos do Art

A comarca da Sertã

Horário da Carreira de Passageiros entre Castelo Branco (esta)
* Concessionário: Companhia de Viação de Sernache, Ldt

Cheg, Part, | Cheg. Part. 1
Castelo Branco (Estação) . — 900. |Setã ca Ro ==> 18,15
Castelo Branco. . == 9,05 9,15 | Moínho do Cabo “| 830 18,30
Maberna Seca + 2. 9,35 9,35 Vale do Pereiro. . | 18,34. 18,34
Cabeça do Infante . . 9,55 9,55 | Moínho Branco . | 1840: 18,40 |
Sarzedas . 00 1210,00 10,10 Proença a Nova. -! 19,00 | 19,11
Monte Gordo 10,25 10,25 Sobreira Formosa |- 19,35 – 1945
Catraia Cimeira. 10,40 10,40 | Catraia Cimeira. . «| 20,05 20,05
Sobreira Formosa . .| 11,00 11,10 | Monte Gordo = | 20 20 – 20,20
Proença aNova. “o | Ps 11,45 | Sarzedas Co np 20 do 20,45
Moinho Branco . 12,05: 12,05 | Cabeça do Infante «| * 20,90 211,50
Vale do Peteiro. . .| ZM 12,11 Taberna Sêca 1 210 21,15 À
Moinho do Cabo . «| 12,15 12,15 | Castelo Branco. . «| 21,35 21,40
Sentada a 2 — Castelo Branco (estação) .) 21,45 —

| As 3º, 5 e sábados A’s 2%, 4“ e 6.º

MINISTÉRIO DA ECONOMIA

Junta Nacional dos Produtos)

“Pecuários
4º Secção

Produção e Comércio de
Péles e Cortumes

Deles é Couros de Bovinos

Faz-se público que, por decisão
de Sua Excelência o Ministro da
Economia, foi determinada a obri-
gatoriedade de entrega a esta Jun-
ta de tôda a produção nacional
de péles e couros: de bovinos.

Em cumprimento dessa deter-
minação as péles e couros das
rezes bovinas abatidas quer para
consumo quer por desastre ou ví-
timadas por doenças, de que não
resulte a impossibilidade de utili=

zação da péle, devem obrigatórias |.

mente ser apresentados na Dele-

“Ição, Sub-Delegação ou Comissão

de Abastecimento de Carnes do
respectivo concelho, à medida que
se forem dando as occisões ou as
baixas dos. animais a que perten-
cerem.

Às péles E couros serão pagos
pelos prêços Oficialmente tabe-
lados.

: As infracções ao disposto no
presente Edital serão punidas com

multa e apreensão dos depojos, E

sem prejuízo de. procedimento j Ju
dicial.

Lisboa, 1 de Maio de 1942,
“Junta Nacional dos Produtos Pecuários

Francisco Martins

t 5
em

MARCENEIRO – SERIÁ

Encarrega-se da construção e re-
paração de mobílias e Ide qual-

quer trabalho respeitante à sua

arte. Encontra-se habilitado e exe-
cutar todos os serviços da cons-
trução civil

Postais com vistas da Sertã
(EDIÇÃO PRIMOROSA)
Vendem-se nesta Redacção
Colecção de 7 postais — 7800

1 4

ESERAISaDEES men
ES +

Horário da Carreira de Passageiros entre SERTÃ e ALVARO
Concessionário: Companhia de Viação de Cernache, Ld.*

Alvaro (estrada camarária) 15,40 1º
Efectua-se aos Rs

Cheg. | Part. Uhog. À Part.
Sertã «Rua Cândido dos Reis)) — 1425] Alvaro (estrada camarária).| — [11,00 .
Maxeal . . . . .|1440/1440|| Cesteiro ‘ JO /11,10.
Alto do Cavalo . ./1520/15,20| Alto do Cavalo . ./11 20/11,20
Cesteiro;. 15,30 155 30] Maxeal. . 112,00 /12 00º:

Sertã (Rua Cândido dos Relg)12.151 —
Efectua-se às 2.2! feiras

Vendem-se as seguin-
tes propriedades:

Casa conhecida pela
«Quinta de SantajCruz», R/C
e 1.º andar, jardim e quintal.

—Casa de R/C e 1.º an-
dar, sita na rua da Boavis-
ta. Antiga casa Chico Tei-
xeira, .

— Casa em Milheirós, com
água corrente e horta toda
murada. Antiga casa de Mas
nuel dos Santos Antunes,

— Propriedade A’ estrada.
da Quintã, conhecida pelo
Canado.: Tudo terreno de
cultivo. Oliveiras, Vinha 6
A’rvores de fruto.

— Vende-se: Um carro de
parelha e respectivosarreios.
Trata-se em Sernache :
Nos Escritórios de Libânio
Vaz Serra. |

Novos livros

Nesta Redacção encontram-se à
venda novas obras literárias que têm
obtido grande sucesso por tôda a par»
te

Calcarhar do: Mundo (romance) —
Virgílio Godinho, 12309 O soldado
prático (história do Exéreito portam
guês ou, melhor, do heroísme lusiada
atrovés da História, escrita por Paiva
Couceiro, protagonista das campa=
nhas africanas de ocupação), 15800;
Sob o pendão real — Luiz de Almeida
Braga, 15800; Dois Nacionalismos, Him
pólito Raposo, 10800; Dissertação a fa-
vor da Monarquiu — Marquês de Penal
va, com um estado de Caetano Beirão,
12450; Lagoa Escura (contus)—Hipóli=
to Raposo, 10500; 4 história Sergista
de Portugal —J, Preto Pacheco, 8$00;
Cartas a um cêptico-—José Maria Pen
mán, 10890; Assuntos regionalistas —
Jorge Re 10800. :

Anicia-te para breve um novo rom

-| mance de Vergílio Godinho —A Herda-

de dos Castros—que a crítica aguarda
com bem justificado interesse.

Oficina de Reparações de |
“Máquinas de Costura |

Compra e venda de máqguin s |
de costura, em 2.º mão, nas me. ..
lhores condições de preço. a

Venda de peças para máquinis
de qualquer marca, incluind »
«Singet>.
* E” garantido por 5 anos o no É
cionamento de qualquer máquina .
saida destas oficinas: V. Ex.“ fi. .
carão: bem servidos, dando por ‘
útil o gasto de dinheiro com qual.
quer transacção cu reparação.

Deseja a sua máquina de costu- .

ra afinada ou pintada ? Dou tôd.s .

as garantias de bom acabamento. |
Por um simples postal ‘peça

tôdas as informações necessárias.

José António da Fonte
Entre-a-Serra (Sertã)

EE e a e E

Norberto Pereira E

Cardim ..
SOLICITADOR ENCARTADO

AESA

Rua Aurea, 139-2.º. Dº-

TELEFONE 27111
LISBOA

PROFESSOR

Ensina instrução primária, 1 º
e 2.º ano dos liceus, contabilida-
de e faz preparação cuidadosa |
para os exames de regentes de
postos escolares e de admissão
aos liceus. Lecciona durante as
férias actuais,

Informa-se nesta Redacção. .

Papel para embrulho
|, Vende-se nesta Redacção.”

: “00 ese sein cons

LAS

Horário da: Carreira de Passageiros entre Sertite lisboa a

* Concessionário, Companhia: de -Viaçã» de Sernache, LR

João Nunes da Silva (Maljoga)
Sertã — (Beira Baixa)

Encarrega-se de todos os tra-
balhos da mais moderna pirote-
cnia em todos os géneros. Ema
| Grande variedade de foguétes

de fantasia e «bouqueis»,

Calçadas!!! Jiuiinc a gos] 0,45

Tomar: edruio as ceari on DD
Tórres Novas a a >| AUOO
Peres gs md cs | FIS0
Santarem, 5º | 12,10
Cartaxo O =ºs Sic Sed 13,00
Vila Eranca O :| 14,05

Lisboa (Av. Alm. Re: 62-H). 15,15

Efectuam-se ;

dog pondo)

9,45 | 15,00 | 15,00 | Santarém
10,05 | 15,10 | 15,25 | Pernes . i
10,55 | 16,10 | 16,15 | Tôrres Novas.
11,30 | 16,50 | 16,50 | Tomar.
12,50 | 17,30 |-17,40 | Calçadas.

13,05 | 18,10 | 18,15 | Ferreira do Wérdiê: é

| À Pirotecnica Sertaginense | Cher: Part. Cheg. Pari. E Oheg. Part. Ghies. Part.
AR E Ra

= Db Sertã (Rua do Vale). . | — | 7,45) — |1250| Lisboa (Av. Alm. Reis, a — |-630/-— [10,00

J0S: NUNES E SILVA |sernachedo Bonjardim . .| 805) 815/1310] 13,30 | Vita Franca «| .7,35 | 7,40 | 11,05 | 11,10
SUCESSOR Ferreira do Zezere . +. «| 9,10/-9,15]| 14,25 | 1430 | Cartaxo . 840 | 8,45 | 12,10 | 12,15

| 915| 9,20] 12,45 | 13,05.
«| 10,00 | 10,00 | 13,45 | 13,45
«| 10,35 | 10,35 | 14,20 | 14,25
«| 11,20 | 11,30 | 15,10 | 15,20
= | 14,40] 11,40 | 15,30 | 15,30
«| 12,10 | 12,25 | 16,00 | 16,10

14,10 | 19,15 | 19,20 | Sernache do Bonjardim .. : 1320 13,35 1.17,05 ques

— . |120,25 | ;—
nos im

Sertã (Rua do Vale)
Efectuam-se

@@@ 1 @@@

Um belo achado

Quando há dias o marceneiro
António Nunes da Silva (Rato),
desta vila, dava voltas a uma
velha secretária que a sr.* D.
Judite Guimaráis lhe entregou
para reparar, ao tirar as gavetas
notou, com estranheza, que ao
fundo delas existiam duas outras,
muito pequenas e chatas, muito
bem dislarçadas, com aberturas
móveis jlaterais. Subiu de espan-
to quando, ao puxar uma, encon
trou uma peça de ouro, dobra

de 4 escudos com o valor pri
mitivo $500 réis, datada de
1783, 0 ndo, no anvei
bustos da raíí
Maria 1 marido, D. Pe-

dro Ill-e, no reverso, as armas

do reino otnamentadas, uma li-

bra, em ouro, de 1853, com a
efígie da raínha Vitória da In-
glaterra, uma boquilha em âm-
bar com anilha de ouro, 1 enor«
me charuto envolvido em papel
prateado e diversos documentos

de importância. Tudo-isto esta

va na gaveta esconderijo, sem
que a sr.º D. Judite ou alguém de
sua família o suspeitasse, há
muitos anos, evideniemente,

Já por mais de uma vez aque |.

la senhora mostrara a sua preo-
cupação pela falta dos documen-
tos, que sabia: existirem, mas que
não havia maneira de encontrar;
e êstes por certo, faziam lhe
mais falta que os objectos de ou-
ro, que considera mais pelo va-
lor estimativo.

— Fiquei tão nervoso, ao en=
contrar aquelas coisas — diz-nos
o Rato, satisfeitíssimo — que nem
me- segurava nais pernas | Calcu-
le que nesse dia nem pude ir ao
terço! Convém esclarecer que o
amigo Rato é sacristão). E fui
logo, presto, entregar tudo à do
na. Andou mum sino, de contens
te que ficou e logo me agradeceu
muito, . dando-me uma gratifica-
ção. E
Pudera! O caso não era para
menos. a

O nosso Rato mostrou um be-
líssimo faro !…:

Mais do que pelo esplêndido
achado, .que causou justificada
alegria à dona dos objectos e a
si próprio, pode o António Rato
sentir-se intimamente satisfeito
pelo acto de honradez que pra-
ticou e que tôda a gente da Ser
tã enaltece.
O mermo ;
Construção de capoeiras

O semanário -«l.º de Maio»,
de Lisbo», órgão da F. N. A. T,,
de 23 de Maio, apresenta uma
curiosa planta para construção
de uma capoeira destinada a 15
galinhas, modêlo simples, econó-
mico € prático. Re

A descrição é longa; por isso
não a podemos reproduzir, mas
facultâmo-la a quem a desejar,

DrDID

“Diário de Coimbra”

Entrou nó. XIII ano de publi=
cação, em 24 de Maio, o nosso
distinto colega «Diário de Coim-
bra», que, com inexcedível entub
siasmo, inteligência e espírito-de
bem servir, vota toda a sua ac-

ção à defesa dos legítimos direi-.

tos e aspirações da linda cidade
do Mondego e das Beiras, de
que se tornou notável paladino.

Que outros grandes benefícios
não tivesse prestado até hoje, e
muitos êles são, indiscutivelmen-
te, de alto valor por sinal, bas-
tariam as suas campanhas em
prol dos interêsses legítimos das
Beiras, subordinadas aos mais
puros princípios regionalistas,

– para o impôr, nestes doze anos

de aturados esforços, à conside-
ração e estima de todos os seus
habitantes.

Apresentamos-lhe os nossos
cumprimentos de leal camarada-
gem e votos sinceros por que vi-
va muitos e prósperos anos, ..

Comunhão Pascal
“Por iniciativa das senhoras da
Acção Católica da Sertã teve lo-
gar, no passado dia 27, a Comu-
nhão Pascal dos doentes do hos-
pital; depois, as meninas da Ju-
ventude serviram-lhes um peque-
no almôço.

No dia imediato realizou se a
Comunhão Pascal dos reclusos
da caleia civil, acto que se re-
vestiu da maior solenidade, tam-
bém preparado, com a necessá-
ria antecedência, pelas mesmas
senhoras. Houve missa às 10
horas, de que foi celebrante o
Rev.º P. Eduardo Filipe Fernan-
des, digno coadjutor desta paró:
quia, que, ;no final, proferiu uma
pequena alocução, que comoveu
profundamente os presentes, dei-
xando na alma ds que solrem
duro cativeiro um clarão de es-
perança a iluminar dias melho-
tes, mais tranquilos e felizes,
dando logar a que nos seus cos
rações raiasse o pensamento ínti-
mo de uma verdadeira regenera-

“ção, seguindo, de futuro, sem

vacilar, o caminh» do Bem

A” piedosa cerimónia assistiu

o sr. dr. Delegado do Procura-
dr da República.

As senhoras ofereceram, de-
pois, aos comungantes um es-
plêndido almôço. Um dos reclu-
sos levantou-se para agradecer
a assistencia espiritual e moral
que os corações bondosíssimos
das senhoras da A. €C. vêm pres-
tando aos infelizes presos, ex
primindo, da forma que sabia,
mas numa linguagem que deno-
tava tôda a sinceridade, a sua
gratidão e a dos seus compa-
nheiros.

Merece ser posta em relêvo
esta magnifica obra de caridade
em benefícios dos prêsos; as se-
nhoras que a ela se votam tão
abnegadamente não esperam ou-
tro agradecimento que não seja
a satisfação intima de contribuir
para a felicidade alheia, de pro-
porcionar aos que sofrem, por
suas culpas, um porvir de plena
alegria. E cremos que não exis-
te-maior felicidade do que con-
tribuir para a felicidade dos ou
tros. Por isso mesmo, as senho-
ras da À, C. da Sertã são crêdo-
ras do nosso profundo respeito
e de tôda a nossa simpatia.

rare

DR. JOSÉ BRAVO SERRA

Foi promovido a Juiz de Di-
reito de 2.º classe e colocado em
Abrantes o sr. dr. José Bravo
Serra, que exerceu as suas fun

‘Ções na comarca de Arganil du-

rante 4 anos.

A propósito, diz o nosso pre-
zado colega «A Comarca de Ar-
ganil» : aa RA

«Promoção por distinção Não
a que poderia filiar-se no favor
ou na amizade de uma pessoa
que o quizesse obsequiar, mas
sim a que de facto é destinada a
distinguir um magistrado distin-
tíssimo que faz honra à nobilis-
sima classe a que pertence. Não
sabe a gente que mais admirar

Inesta criatura verdadeiramente

extraordinária. Se’o magistrado,
que com a sua inteligência bri-
lhantíssima sabe sempre ser justo
e superiormente humano nas suas
sentenças, aplicando invariâvel-
mente ao caso concreto, sujeito
à sua apreciação, a melhor, a
mais nobre e a mais justa solu-
ção, se.o orador vibrante que
com a sua palavra eloqlientíssi-
ma ertusiasma e arrebata o au-
ditório que em religioso silêncio

sempre o escuta, se oicidadão
que no seu convívio é de uma.
afabilidade cativante e de -um.

desprendimento invulgar, se o
crente sincero e convicto que,
sem fanatismos condenáveis, mas

também sem tibiezas que rebai-
xam e deprimem, pratica a sua |
crença com um fervor comuniça- |

tivo e impressionante,»

– A estas palavras, de inteira jus
tiça, que retratam, fielmente, o’
carácter de um homem de bem e,

os méritos de um magistrado

austero, nos associamos jubilosa-

mente, apresentando a S; Ex.”

sinceras felicitações e os mais.

respeitosos cumprimentos… ..

A comarca da Sertã

Mravês da Comare

me
(Noticiário dos nossos Correspondentes)

CARDIGOS, 28 — Vindo de Tete,
Moçambique, no Colonial chegou a es=
ta vila o nosso assinante sr. Abílio
Mendes de Oliveira Pires, Chefe do
“Posto na região de Macona, filho do
também nosso assinante sr. José Aas
gasto de Oliveira Pires

Vem com licença graciosa, tencio-
nanda demorar-=se até Janeiro.

—Realizou-se ontem o baptizado de
ama filhinha do sr. Mário de Oliveira
Tavares, que recebeu o nome de Isa
bel Maria. Foram padrinhos, o sr. Dr.
Joaquim Alves Martins, dig mo Notário
em Santarém e a menina Maria do
Carmo Martins Alves, tios da neófita.

Foi servido am copo de água aos
convidados, seguido de jantar às pes»
soas de família mais intimas.

—pPara comemorar o 28 de Maio os
professores fizeram ama palestra às
crianças no edifício escolar. Depois
percorreram as ruas em marcha com

Mocidade. é

Na praça fizeram uma parada. Saiis
daram a Bandeira, entoaram a Por-
tagaesa e deram vários vivas a Sala-
-zar, ao Estado Novo, ao General Car=
mona, ete. Algans foguetes subiram
para os ares. Retiroa depois tudo na
melhor ordem regressando depois pam

ra a Escola.
é E:

ALVARO, 29 —-Realiza-se âmanhã o
enlace matrimonial de Artar Dias, do
logar do Bravo, freguesia de Pedró-
gão Pequeno, com Benedita Antunes,
desta vila de Alvaro, onde fixaram
residência. ao

São padrinhos, da parte do noivo o
sr. Abel Barata e sua espôsa, do lo»
gar do Bêco, e da parte da noiva, o
sr. José Rosa e sua espôsa, do logar
de Fragumeira.

Aos nabentes desejamos maitas fe-
licidades:.

C.

Festa do Corpo de Deus

Realiza-se hoje, na Sertã, a
tradicional festividade do Corpo

de Deus.
PD

« Porque não há-de a Sertã ter
uma Escola do Ensino |
Técnico Profissional »

O artigo do nosso patrício e
amigo sr. João Farinha de Fi-
gueiredo, sob aquela epígrafe,
publicado e comentado no n.º

sos por parte de alguns serta-
nenses residentes na capital,
como se conclui da carta que
passamos a inserir;

+» «St. Director do Jornal «A
Comarca da Sertã»:

Nós, como sertanenses e ami-
gos da nossa terra, não podería-

patriótico e regionalista do sr.
João Farinha de Figueiredo, que.
não temos a honra de pessoal-
mente conhecer.

Lemos o seu artigo e ficâmos
maravilhados com a atitude de
tão grande amigo da nossa terra.

Com esta temos o fim não só
de apoiarmos calorosamente o
seu grito, como V. sr, Director,
muito bem lhe chama, mas ainda
de publicamente manifestarmos’o
desejo de franca colaboração na
medida das nossas posses.

Que o nosso entusiasmo infla-
me o espírito de todos os serta-
nenises espalhados pelas cinco par-
tes do Mundo, a-fim de que a
Escola Técnica Profissional na
Sertã seja um facto a bem da
Comarca. – Ê Ah

marca se transformem em calhas
de escoamento. de alunos técni-
«eos para a Sertã, a-fim-de âma-
nhã termos melhores operários a
bem da Nação,

Lisboa, 23 5.942.
Com muita consideração sos

‘mos, de V.

‘- José Adriano Mendes, Joaquim
‘da Costa, Joaquim Nunes, Antó-
nio Nunes Branco, Manuel Fer-
reira, António Rafael Bátista,
Cristóvão Saboia Farinha, Fran-
“cisco Pedro, José da Costa, Abel
Henriques, Luciano Rodrigues e

| António Prancisço Martins,

os tambores à irente e cantando at. gds é
– À Sua Excelência o Ministro incluiu

290, sescitou grandes apian-

mos ficar indiferentes ao grito:

Que as estradas da nossa cos |

Aguas à Sertã

“«. Senhor Director da
«Comarca da Sertã»

No último número dêste sema-
nário, a propósito da recente
comparticipação do Estado para
a obra de distribuição de águas
nesta vila, são postas em relêvo
as dificuldades que se levantaram
à roda do respectivo pr. jecto.

Para esclarecimento-do públi-
co convém tornar bem conhecido
que, da parte das ENTIDADES
OFICIAIS do Estado Novo nun-
ca foi levantado qualquer estôr-
vo de molde a pôr em perigo a
consecução dêste grande melho-
ramento. No Ministério das Obras
Públicas encontrou sempre a Câ-
mara o melhor desejo em satis-
fazer esta velha aspiração da
vila, e tão sincero êle era que

a obra no plano das realizações
para 1940, ano dos Centenários.

No entanto, as deficiências do
projecto primitivo, e a remode-
lação a que teve de ser sujeito,
não permitiram que mais cedo

| pudesse ser concedido o auxílio

do Estado.

Houve, de facto, dificuldades
a vencer na marcha do projecto
novo; A Câmara, tôda, enfren-
tou-as com coragem e decisão,
e, se já tôdas foram removidas,
isso deveu-se exclusivamente ao
Ilustre Governador Civil dêste
Distrito, Senhor António Maria
Pinto de Castelo Branco, que
desde a primeira hora pôs tôda
a sua boa vontade e todo o inte-
rêsse em ver dotada a Sertã com
tão útil melhoramento.

Eu sei apreciar na justa medi-
da, com conhecimento de causa,
todo o esfôrço por Sua Excelên-

afirmar que, sem a sua aturada
e persistente actuação, ainda hoje
não seria realidade viva a com-
participação do Estado. A Sertã
deve estar agradecida ao primeiro
Magistrado do Distrito, e estou
certo de que, na devida oportu-

sua gratidão.

O Presidenfe da Câmara
epa

Inauguração do edifício es-
colar da Macieira

O edifício escolar da Macieira,
freguesia ao Troviscal, onde há
muito funciona um posto sob a
regência da sr.* D. Lourdes Ser-
rano Antunes, é inaugurado no
próximo domingo, 7, estando
preparada uma interessante festa
com a colaboração das crianças
que o freguentam. .

“ Além-do-sr. Delegado Escolar,
“deverão assistir outras pessoas,
especialmente convidadas para a
inauguração.
– A! sr* D. Lourdes Serrano
Antunes agradecemos o amável
convite que nos dirigiu pessoal.
mente.
O era

Concurso para o provi-
mento da vaga de médi-
co de Pedrógão Pequeno

Ficou sem efeito a abertura do
concurso para o provimento da
vaga de médico do 3.º partido,
com sede em Pedrógão Pequeno,
constante do aviso da Câmara
Municipal da Sertã publicado no
n.º 294 dêste semanário.

GEP
| Pagamento de assinaturas

Para pagamento das suas até
os n.º que vão indicados, reme
teram-nos: 80800, o sr, Abílio
Fernandes Baptista, de Benguela
(Angola), 335; e 23800, o sr.
“tenente Joaquim Nunes, de Vale
da Cuba-Isna, 300. Agradecemos.

getegbeteo
INSTRUÇÃO

Foram providos nas escolas:
de Orvalho, Oleiros, o st. João
Vaz de Azevedo e na de Cardi-
gos, Mação, o sr. Anselmo Ta-

VareS. é Cs

ALTO!

A medicina apregõa

que o vinho é receita bôa
para aos fracos dar vigor,
quando a pinguinha é bebida
com conta, pêso e medida,
como coisa de valor,

que de outra forma a receita
sai asnatice perfeita |

Ão almôço ou ao jantar,
mesmo em leve petiscar,
um copásio assenta bem

um ou dois conforme calhe,
nãc interessa o detalhe

se não fôr dos quatro além,
e O repasto assim regado,

é um autêntico achado |

Ora o vinho, santo Deus,
por mal dos pecados meus,
dia a dia está mais cato

e até a reles zurrapa .:

ao torniquete não escapa

e é como tesouro raro,

e breve talvez se apanhe
pelos preços do champanhe!

De furor todo me cóço

porque o vinho é muito nosso,
produzido em Portugal

e a carestia que aponto

e me deixa aflito e tonto

 

é um abuso brutal
idos ilustres patriotas
que andam ávidos por notas

Se a pinga fôsse estrangeira,
o assalto à nossa algibeira
era até compreensível,
tudo a guerra justifica

e ninguem se mortifica

por quanto é inconcebível,

 

cia dispendido e por isso posso .

nidade, saberá manifestar-lhe a

coisas da guerra, está visto,
em que há sempre o imprevisto !

Mas assim, com franquezinha,
se é portuguesa a pinguinha,
não há direito nenhum

p’ra a carestia crescente

e é um crime transcendente
que: não tem senso comum,
não deixar que um cidadão
abiscoite o seu pifão!

De “Os Ridiculos” XOUXA PINTO

Notasa lápis

(Continuação)

ÃO seria possível consegair
que, a bem da higiene €
do respeito que todos devem
ter pela posição desta terra,
se carregassem e descarregas:
sem, directamente, das lojas
para os carros e vice-versa,
estrumes, matos e lenhas, evis
tando transformar a via públi=
ca em logradouro particalar,
obstruindo e sujando as runas
como tantas vezes se nota ?
Não casta nada. E”, apenas,
uma questão de hábito.a a
Publicações recebidas

O n.º 1 da «Natura», revista
de saúde e de educação física,
que se publica em Lisboa sob a
direcção do sr. Bonifácio Antu-
nes e tem a sua sede na R. de S.
Bernardo, 84.

—bDa Liga Portuguesa de Pros
tilaxia Social, o «Resumo da suh
actuação no primeiro semestré
de 1940», a que, de espaço e q»;
portunamente, nos referiremos,

Agradecemos. E

GrO GP
Rectificação

No período final da 1.º coluna
do artigo de fundo inserto no
último número—Rêde de distrie
buição de águas aos domicílios
na Sertâ—deve ler-se «Não an
dei no segredo dos trâmites por
que o projecto…» e não «Não
andei no segredo dos transitos
porque o projecto…>, como,

por êrro de composição, saiu pus
blicado. nedo. ne

 

@@@ 1 @@@

 

Questões agrícolas da região:

A comarca da Sertã

Um problema que urge-resolper quanto antes:
o do planfio da Dinha

À Câmara dlunicipalde Oleis
ros dirigiu ao sr. Ministro da
Economia uma bem fundamen-
tada representação solicitando
benevolência paraostransgres
sores do plantio da vinha na-
guêle concelho. Dada a pobre-
za do solo da região, onde há
lonros tratos que só poderão
ser aproveitados para a plan-
tação de bacelo. e considerar,
do a deficientíssima produção
de vinho, é de aconselhar que

as. Câmaras Municipais dos

nossos concelhos patrocinem a
aspiração: dos lavradores no
sentido de se aproveitarem,
convenientemente, todos os ter-
renos disponíveis e improduti-
vos, que se adaptam ao plan-
tio da vinha, o que trará a dus
pla vantagem de um maior
rendinento: económico: e: au-
mento gradual e progressivo
do emprêgo de mão de obra.
O Grémio da Lavonra de
Sertã e Vila de Rei tem mais
um importante assunto a que
dedicar a sua atenção.

Eis a’representação da Câ-
mara Municipal de Oleiros:

Senhor: Ministro da: Economia

Excelência:

Inúmeros pequenos e médios
proprietários têm vindo perante
a Câmara Municipal, a que: te:
nho a honra de presidir, solici
tando—ou melhor rogando — pa
ta que sejamos perante Vossa
Excelência o intérprete dos seus
pedidos.

Sucede que se encontra actual-
mente em serviço neste Concelho
uma Brigada de funcionários do
Ministério da Economia, à frente
do qual tão brilhantemente se en-
contra Vossa Excelência, e incum
bida da fiscalização sôbre o plan-
tio de vinha.

Não negam esses proprietários
que de facto procederam a novas
plantações sem a preocupação de
antecipadamente haverem solici-
tado a devida autorização. Se as
sim agiram, foi sómente por
ignorância das disposições da Lei,
e com a convicção de que nada
de mau originariam para a eco
nomia regional

Nesta região onde escasseia a
vinha, em que inúmeros terrenos
se encontram, desaproveitados,
pela inadaptibilidade a quaisquer
culturas, só a vinha poderia ser
nêles plantada.

E assim o reconhecendo, e para

que o solo nacional não tivesse
parcela inculta, lançaram à terra
novas videiras. Procederam mal
á face da Lei, mas não são de
condenar á face dos princípios
económicos |

Este facto é tanto mais digno.

de- ponderação e de merecer o
maior interêsse quando é certo
que modernamente, se preconi-
zam e põem em prática certas re-
gras para o desenvolvimento eco-
cómico Nacional, e com o fim
patriótico de produzir.

Posso dizef a Vossa Excelên-
cia, sem perigo de contestação,
que além E riqueza florestal
dêste Concelho, mais nenhuma
existe. É

E assim, com terrenos incultos,
em encostas é vales, outro apro-
veitamento não lhes poderia ser

| benéfica certa benevolência.

| Francisco Rebêlo de Albuquer-

dado que não fôsse o de plantio)
de vinha.

Cuidando. dêsses. terrenos,
aproveitando-os, cuidava-se da
reorganização. económica nacio-

nal sôbre a base de produção e |:

ainda ;no interêsse dos; trabalha»
dores. !
Numa região em que o homem
vive da terra e para’a terra, jul:
go, salvo. melhor. opinião, que
não deixará de ser útiliuma certa
liberdade na.forma do seu apro-
veitamento. Com: o plantio. da
vinha, nada o Concelho de Oleis
tr. S, bastante pobre, terá a perder.
Não se basta a si próprio com
es a cultura. Tem. conseqiiente:
mente de importar, O que repre:
senta. a. saída. de . capitais. que
imensa falta fazem ao.seu desen-.
volvimento económico.

Senhor Ministro, fui, por assim
dizer, encarregado de traduzir, a:
Vossa Excelência, os sentimen-
tos de inquietação que enchem: o

coração do bom Povo dêste Cof=|

celho; Povo que honestamente ga:
nha a sua vida, que moureja: dia
a dia, de solia sol que vive-da
terra, justa recompensa: do seu
trabalho árduo.

‘ Somente por isso, e por o re-

conhecer justo, é que eutomo a |

liberdade, de muito respeitosa-
mente, solicitar de Vossa Exce-
lência que o rigor da Lei seja
atenuado no que do seu cumpri-

mento integral viria ocasionar |’

grandes prejuizos para êste Con-
celho.’

Não sou apologista: da trans-
gressão, mas entendo que em pe-
ríodos, como o actual, é bastante

Vossa Excelência não deve ter
esquecido os efeitos catastróficos

“do ciclone de Fevereiro do ano |’

findo. Foi o Concelho de Olei-
ros severamente castigado, e nos
termos que após a sua passagem,
ficaram nus, sem qualquer utili-
dade de momento, alguns pro-
prietários, por os já reconhece-
rem pobres, aproveitaram – nos
para o plantio de vinha, na es-
perança de que com mais brevi.
dade seriam recompensados em
parte dos prejuizos sofridos.

Não é por oposição á Lei que
eu delendo esses proprietários.
Creia Vossá Excelência que no
exercício das minhas funções ofi-
ciais sou rigoroso, mas quando
necessário, e sem prejuízo de
terceiros, sou também benevolente.

E muito principalmente quando
se trata do desenvolvimento eco-
nómico da região não hesito em
pedir benevolência.

E por isso que eu pcço a Vos-
sa Excelência que ordene medi-
das benevolas quanto aos trans-
gressores do plantio de vinha
nêste Concelho.

O seu arranque leva tempo —
tempo esse dispendioso — e com
êle a produção diminuirá.

Por isso e dentro do lema «pou-
par e produzir» espero que o es.
pírito justo de Vossa Excelência
permita que se poupe o Conce-
lho de uma baixa de produção.

Muito grato ficará o Concelho
de Oleiros a- Vossa Excelência.

A Bem da Nação.
Oleiros, (3 de Maio de 1942,

O Presidente da Câmara, —

que.

O NOSSO ANIVERSÁRIO
Dirigiram nos
saiidações, a propósito do: recen=

os fiossos amigos srs. P.º Artur
Mendes de Moura, de Sernache
do-Bomjardim, R Latangeira e
Francisco Pedro, de Lisboa.
Pelo mesmo motivo se referi

ram à «A Comarca da Sertã», em.

termos de muito aprêço e estima,
os -nossos estimados colegas -A’

Beira Baixa, de Castelo Bran:!

amabilíssimas
q E e Cidade de Tomar.
te aniversário dêste semanário, |

: gradecemos tantas e tão belas

co, Flor do Tâmega, de Ama-
rante, Jornal de Abrantes, Se-
mana Tirsense, de Santo Tirso

Sinceramente penhorados, a

provas de amizade, ainda que
imerecidas.

Este número foi visado pela
“Comissão de Censura

“Qualquer resineiro fôra pago.

Na Inglaterra, um rancho de prisioneiros italianos a caminho do trabalho nos campos

RESIN A GEM

Em – continuação: do quo expzemos no Número
Nransacto . soh, aquela. epigrafe publicamos a
seguir: 0 2.º “ofitio a “que nos referimos

Exm.º Senhor Presidente da Junta Na-
” cional-dos. Resinasos sn arE
É LISBOA:

| O oficio de V. Ex.2, n.º 294, possi-;
velmente por engano, foi-me pessoal-
mente. dirigido. com.o qualificativo: er-
rado dé Hresidente da Junta de Fregue-
isia de -Orvalho. jóia fo
O, digno, Presidente daquela, Junta
quiz ter, porém, a gentileza de pessoal-.
te no-lo vir entregar, e comigo Concer-
tou umas rápidas considerações que
pedimos licença para apresentar a V.a d Éxs,

Em boa verdade ninguem pode pôr
em dúvida a acção exercida pela Junta
Nacional dos Resinosos sob o ponto de
vista técnico em ordem a salvaguardar
ro nosso património florestal, e sob êste
-aspecto ninguem lhe repateia a justiça
que merece, mas sob o ponto de vista
econômico é possível que V. Ex.º des-.
conheça as acerbas críticas que se-fa-
zem-à-sua inacção que tôrnou. possível:
a formação. de um, escandaloso moio-:
‘pólio .à. margem .de .um organismo de
coordenação económica. *

Não queremos nem devemos roubar
tempo-a V.-Ex.2 a dizer o quê se pen-
sa e sente da grave crise. que O corpo-.
rativismo atravessa, e muito menos a
deslindar as rêsponsabilidades deste
facto que, em última análise, parece
não ser da exclusiva responsabilidade
dos organismos de coordenação econó-
mica.

Isso nos levaria longe, e não nos pa-
rece âzado o momento.” f

Queremos e devemos limitar-nos a
fazer algumas ligeiras considerações
aquele passo do oficio de V. Ex.2 em
que ‘se afirma :- Sp :

«Devo afirmar a V. Ex.º que veria
com’ o maior prazer, em qualquer re-:
gião do País, os proprietários, por in-:
termédio do seu Grémio, a executar a
resinagem do pinhal. Estou convencido
que essa experiência, a ser bem sice-
dida, provocaria a substituição do sis-
tema: tradicional da-resinagem por um
outro em que aos. proprietários caberia
uma função mais activa e racional.»

Lendo esta mensagem ao digno Pre-
sidente da Câmara Municipal dé Olei-‘

ros, êle nos observou — «em Oleiros já:

sas dos transportes,» i

E alguem que nos ouvia, informou:
— Isso não convem aos resineiros. . .

Tendo dado conhecimento do oficio
de V. Ex.” ao proprietário de: Torto-:
zendo — Covilhã, engenheiro Francisco
de Proança de Almeida Garrett, aca-.
bamos de receber à seguinte resposta:
— «Este ano volto à resinar por conta
própria, devendo-me:ser pago o-quilo
de gema:pelo melhor preço que o mer-
cado interno .consentir, por contrato
feito com uma emprêsa industrial.
‘ Como V, Ex.” vê, estou longe do!
justo preço, mas é o que, embora vago,
“se pode obter, ao que parece em regi-
men corporativo. PRSUÃ

Em resinagem por conta própria, o
quilo da gema rendeu-me liquido:$60,
em 1938; em 1939 rendeu $42 nas mes-:
mas condições, mas com capataz forne-
cido.grátis pela Junta Naciorial dos Re-
sinosos.; Uma miséria, embora seja cer-
to que neste ano houve certa’ baixa nas
cotações em relação ao ano anterior.
Em, 1940 os mesmos: pinhais foram ex-
plorados | directamente ‘pela-Junta: Na=
cional, dos Resinosos à razão.de $70 a
a ferida, preço inferior ao que por

He Castelo Branco

|. Em relação:

alguns experimentaram, mas houve ne-, d À
cessidade de desistir, tão sômente-por . para 5400 e 5850. Os resineires da Ser-.
o preço do quilo da gema não compen- ([ tã e arredores alarmaram-se, mexeram.
sato trabalho da colheita e as despe- É os pauzinhos de cambão e o industrial!

à gema colhida nêste ano

É

é como se me tivesse sido paga a $46
o quilo, não obstante as cotações esta-
rem’ mais altas e o ano ter sido muito
produtivo. ;

E” que a Junta Nacional dos Resino-
sos viu-se-em dificuldade para colocar

a gema e no final teve-de cedê-la aos |

resineiros pelo que lhe quizeram dar…
Se acrescentar que resino desde 1936 é
“que, em qualquer ano, teria tido me-
Thor, ou muito melhor resultado finan-
ceiro setivesse contratado à ferida, is-
to é por conta alheia sem empates de

1 capital, ralações e canseiras, creio ter

assim, neste breve apanhado, fornecido.
elementos a V. que julgo de algum in-
teresse, para a meritória campanha em
que está empenhado. Devo atrescen-
tar. que tenho: preferido a exploração
directa e a ela regressei, na esperança,

ide obter comperisação desta vez, por |

a exploração feita pela Junta: Nacional
dos | Resinosos ter sido trabalhosa’em:

| nóômicos . medíocres, embora: técnica-
mente boa e, quanto aos outros, 0 evi-
tar abusos na dimensão das feridas.»

Ora o que seja melhor preço em re-
gimên’ corporativo: o sabe V. Ex.2’tão
bem:como o Engenheiro Francisco Gar-
rett e muito melhor do que nós que só
por mera curiosidade é sem responsa-
bilidades de oficio, colhemos alguns

E elemertos elucidativos’ para obter um

«um quilo de gema, e quanto: produz em.
:Pez e água-raz. Eai

: Conhecidos como são os preços da-
quéles produtos nos mercados externo
“e inferno, em simples operação aritmé:
tica se encontra o justo preço é ainda
“o prejuízo que a lavoura tem sofrido

nêstes anos em proveito. dos-resineiros |.

de profissão.
Resumindo: quere-nos parecer que
de ver a maioria dos proprietários-a

resinar de conta própria, sera Junta
a que.V. Ex.2 preside quizer marcar

o justo: preço do quilo da gema, E que |.

“grande e inestimável serviço-ela pres-
tará à economia regional, onde a:para-
lisação da obra: pública e da explota-
ção do minério, traz já inactivos mui-
Edsnraços ce ISOS A
“Deixe-nos V. Ex * ainda dizer, com
a fudé franqueza: de beirões que é a-
bsolutâmente necessário: términar – de
vez -com a burla. dos contratos tendo
por base a ferida ou incisão. .
* Agora mesmo o ilustrado presidente
da Câmara Municipal da Sertã acaba

de nos dar conhecimento de um facto |

que vamos resumir em duas: palavras.
Um industrial resineiro de Leiria co-.|
missionou certa pessoa do concelho da:
Sertã para a compra de resina, pagan-
doa ferida a 4800 que depois elevou

de Leiria acomodou-se, o logo ‘o preço.
das feridas baixou para 2850! o

Dispense-nos V. Ex.º? de fazer co-
mentários porque teriam de ser duros.

Agora e para terminar: Diz V. Ex.2,|

que está a Junta a estudar «a forma de
coordenar a acção que os Grémios da:
Lavoura-poderão vir a exercer» em ma-.
téria de resinagem. pise

Fomos pessoalmente entregar a S.’
‘Ex.* o’Senhór Ministro da Economia a:
representação. sôbre a: resinagem | da;
Junta de Provincia e Câmaras: Munici-.
“pais da Beira Baixa, em 5 de Novem-.
bro de 1941, que V; Ex.2 muito bem
conhece. Eme HS!

S.-Ex.º o Senhor Ministro promes;
teu-nos que a estudaria com carinho.

Fomos depois informados que a re=
‘ptesentação seguira as vias burocráti-
cas, isto é, que-subira’ao organismo de
coordenação econômica para dar o seu
parecer. :

E” natural que assim seja, e que V.
Ex.2 a isso queira aludir — «que está
em estudo a forma de coordenar a ‘ac-
ção dos Grémios da Lavoura em ma=
téria de resinagem.». :
– Se assim é, permita-nos V. Ex.2 cha-

mar a sua esclarecida atenção para o
“douto parecer da Câmara Corporativa,

“cooperativas e suas aniões, en
“dade similar/à’própostã na base XXI

“Se esclareça a situação internacionai-e –
‘se possa estabelecer, em face desta o

idoso,
pode V. Ex.º ter o prazer, já Este ano, |

“Mas, não, O

Iso constitug

tás, e pbrigaçõES. *

acêrca do projecto de lei n.º 184, sô=
bre indústrias détivadas da produção –
agricola, publicado no Diário das iso nl
sões de 19 de Fevereiro último, que-só:
não tivemos a honra de subscrever, por

motivo de doênça.

Nesse notável parecer se diz: |

<.. «À legislação de condicionamento
das indústrias é da propriedade indus -::
trial em nada embaraça;a actividade |
dos Grémios da. Lavoura. Então não |
há nenhum estôrvo legal a que osGré-
mios da Lavourá e as Casas do Povo |
possam actuar desafogadamente por

do projecto de lei n.º 184. Conclusão :
— Os Grémios da Lavoura, assim co-.

«mo os Sindicatos Agricolas e as Coo-

erativas, estão habilitados pela leésisa-

lação existente a desenvolver ‘ã sá
“actividade na produção agricola,
aa desta e na.respectiva .industria- .
escrituração, etc., e de resultados eco- ||

nas

zação, sem sér necessária qualq
nova intervenção legislativa, até:

ajustamento do:

quadro do trabalho .
português…» EMA

– Sendo assim, como: é incontestável;

muito agradecemos a V.’ Ex 2’se qui-,

| zesse ter a bondade de nos informar

“com a possivel: urgencia; :se os Grémios
-da Lavoura da Beira Baixa podem-inis.
elar já os seus trabalhos no sentido de
industrializarem a gema do pitihal ed

“seus associados em-regimen cooper

tivo; conforme a sua: intenção expressa .
na representação gue «enviaram. em 5.

a cremes CA DemdaNapãa
O Presidente — a) José Ribeiro Cars

e Sa 8 o 2

Eis o que im

porta

(Continuação da 1.º página)

“que apresenta nos mercados. So-
brecarregá los com 20, 30 du, |
em certos casos e quando muito,
50 por cento, seria o sulicientes.,
que vai além disto
é supina roubalheira e entra

hos domínios de umã descarada
extorsão. |: GR Ga

Se 10 momento actual nosiime
põe tôda a espécie de restrições,
tão severas que, em certos casos,
roçam pela penúria, ao pequeno
trata — não pode sergáerihitido
que, sem rebiiço e consciência,

lavrador — porque só. dêste’ ‘sé

se venha tórfiando elemento de

perturbação : e ide tirania, vivêne
do à barba lopga pela arrecada-
ção de; capitáis sem aproveita-
mento útil, iguindado: a: umas pos
Sição de sugremacia que não: lhe
pode ser retofihecida porque is-

á uma afronta às que

tras classes; es dos; do traba-

Tho e conscientes dos, seus di

Tele

Eduardo Barata
– ROTAS DA SOCIEDADE

| Fazanos, no próximo ‘domin-
go, a sr. D, Ifigênia Neves Cor-

rêa e Silva.

Também no mesmo dia come
pleta as suas 10 primaveras q mé-

nina Maria de la Salette Moura
“Martins. interessante filha do:
“dr. Carlos Martins. –

Os nossos parabens