A Comarca da Sertã nº297 28-05-1942

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— FUNDADORES -—
— Dr. José Carlos Ehrhardt —
— Dr. Angelo , Vidigal —
—— Antônio BaHenriquesrata e Silva —

Dr. José Barata Corrêa e Silva

Eduardo Barata da Silva Corrêa

O vinho deu mais um salto
– de duas lecas! Está agora
ca 8 escndos o litro, o que é
nm pau portim ôlhod =
“* dTomon o freio nos dentes
“e agora não há quem o segure
ma corrida vertiginosa em que
se lançou ? : o à
– E” o que vamos ver Não há
bem que sempre dure e mal
«que não acabe.

Pensavam, .porventara, os!

Jgrandes vinícultores em obter

“enormes lucros com as“eleva-|’

das quantidades de vinho ar-
mazenado, bastando que, para
isso, rósse permitida a’livre e
incondicionada exportação,

Sain-lhes, porém, o gado
mosqueiro: um despacho do
Ministério Economia, pu-
blicado em 19 do corrente, de:
termina que a exportação dos
vinhos coômuns fique, condício-
nada à antorização da’ Junta

Nacionaldo Vinho salvo para
“Ds ilhas adjacentes, colónias.
“portnguesas e Brasil, respei
“tando-se, todavia, as contratos
existentes naquela data, que,
para o efeito, deveriam ser re-
gistadosna Janta, até sábado
passado, mediunte a apresen-
«tação dos documentos compro-
vativos da transacção. A saída
dos vinhos, objecto dos referi-
dos contratos, será regulada
de acôrdo com as. neçessida-
des do mercado interno e os
interêsses perars do País.

Ora assim é que é Mal se
Compreende que, havendo tanto
vinho, êle esteja a ser vendido
por preços astronómicos, como
se. se tratasse de uma bebida
esfleiinosa, de um licor, de vi-
nho espumoso, em suma. Os
vinhos comans, de pasto, são:
indispensáveis a tôda a gente
e. por isso mesmo, o sem pre-
go deve ser acessível à mais
modesta bólsa. E ]

Bebido com regra, o vinho
é um precioso estimulante. *
O parque do hospital está

«Cheio de erva, parecendo
um baldio!

Mal se admite que êle per-
maneça em tão raim estado de
“abandono e inúito menos nesta
éBoca, tantoimais que existem
naquêle estabelecimento dois
ou três intertindos semi-váli
dos que se podiam ocupar da
liftpeza ; cahsados de mandri- |
ice, esse pequeno trabalho se-
ria para eles uma distracção

benéfica: útile proveitosa.
“Dar se-d o (caso do sr. Pro:
vedor não entrar ali há mnito ?

Se assim é, vá até lá, apro-
veitando a frescura destas de.
liciosas manhãs primaveris,
veja; observe com, sens próprios
olhosagtéle parquee dêassuas
ordêns paraque o limpempalin-
dando-o como merece a sua. si-.

ta m dos melhores re.
Hide dá Sri borne ani)
ca entrada-do nossorúnico es-
PR diga e

Por fim, háde concluir quete:|.
mopirazdonos nossosreparos.

ode e distrihnção de
O AtEE==
Grs a concedida comparticipação do

Estado para as obras da rede de dis-
tribuição de águas aos domicílios
[nesta vila, vai a Sertã ficar de posse dum
importante melhoramento que não é demais
encarecer não só pelo seu valor próprio,
mas também pelo que representa como
complemento da rede de esgôtus com que
a sede dêste concelho foi dotada há seis anos,

Até que emfim…
| ds Fôra o projecto mandado organizar
em 1935. pela comissão administrativa da
Câmara presidida pelo gr. dr.!José Barata
Correia e Silva, e desde que subira às re-:
partições competentes, as noticias: que, de
quando em quando, surgiam a seu respei-
to, não eram de molde a animar os que
desajavam vê-lo convertido em realidade,

Dificuldades de vária natureza se le-
vahtaram à sua roda num encadeamento
que parbcia propositâdamente arranjado
para fazer ruir uma das grandes aspira-
| ções dos sertanenses,

“ Não faltava a água excelente e bas-
tante para a população, nem a capacidad
explorativa de maior caudal, ;

“Não faltava,o compromisso do muni-
cípio de arcar com a responsabilidade da
rua quota parte no encargo respectivo.
“Tudo, porém, parecia conspirar contra a le-
gitima pretensão desta vila,

Depois de removido um estôrvo logo
outro se levantava,

Repetiam-se as visitas e investigações |
técnicas, 8, por .vezes, opunham-se argu-
mentos contrariantes da justa, marcha do
projecto.

Houve que alterar a sua estrutura pri-
mitiva e amoldá-la a novas fórmulas, hou
ve, em suma, que vencer quantos entraves
retardaram o-seu prosseguimento normal
nas esferas burocráticas é provocaram de=
moras que desalentaram os mais optimistas,

A luta foi prolongada e teve poraspe-
ctivas incertas, masterminnu vitoriosamen-
te, proporcionando a esta vila mais um
avanço que a eleva na escala da civiliza-
ção e no-conceito dos outros povos. «

«vw; Não «andei no. segredo dos trânsitos
porque o projecto transitou na sua fase
mais intensa, mas tive ocasião de observar
o empenho que a Câmara vinha pondo na

sua boa finalidade,. nomeadamente o;seu

‘Q DIRECTOR, EDITOR E PROPRIETARIO) DE
1)», Clumdo Barata da Silva Coneia, od amo (| a
| —— REDACÇÃO! E ADMINISTRAÇÃO —Z 4 : CASTELO

“w||RUA:SERPAPINTO-SER TÃ EE né E RARE D
Re === eso nd TELEFONE
al PUBLICA-SE ÁS, QUINTAS FEIRAS ( / ; 4

j DAMOS! TZ Er 1270 a Faso : ; E z

aHebdomadário regionalista, independente, defensor dos interêsses da comarca da Sextã: concelhos de Sertã | r 4 S

Dleiros, Proença -â – Nota é Vila de Rei; e freguesias de Amêndoa e Gardigos (do concelho de Mação ) | 1942

gs sda a er

ed .

presidente sr. dr. Carlos Martins, que des-
de o primeiro dia da sua interferência nos
negócios municipais não deixou de interes-
sar-se pelo grande benefício coletivo e de
defendê-lo nas emergências que puseram
em perigo a sua execução. Estou mesmo
certo de que sem o seu esfôrço e boa von-
tade, a rôde de distribuição de águas ao
domicílio na Sertã, continuaria — sabe-se
lã até quando — a não passar dum sonho
como tantos que tesm embalado a fé patrió-
tica dos que se preocupam com o bem da
terra, À

Está a sede do concelho duplamente
de parabens.

E’.que o melhoramento que vai conhe-
cer abrirá caminho “a outro já sancionado e
comparticipado pelo Govêrno, e que da-
quele estava dependente.

Refiro-me ao recalcetamento da vila
e ao assentamento de colectores na rua
Cândido dos Reis, para recebimento das
águas pluviais,

Esta circunstância feliz, sôbre as de-
mais razões que’ a criaram’ o favorecem,
faz também recordar à Sertã, num jus-
to preito de gratidão ao Estado Novo, es-
sas brilhantes modalidades da administra-
ção de Salazar, que são os fundos do de-
semprêgo e melhoramentos rurais que de
há. 10 anos a esta parte, tem transformado
desenvolvidamente a fisionomia material
do País e levado a todos 08 seus recantos
benefícios públicos que antes ninguém ima-
ginaria praticáveis,

Sem o auxílio governativo que por
ôles largamente se espalha, algumas das
realizações mais dispendiosas que esta vila
conheceu nos ultimos tempos e vai próxi-
mamênte conhecer, não seriam possíveis
dentro da época que as demarca,

| Atrevo-me a dize-lo, persuadido como
estou” dd que os fundos do desemprêgo e
melhoramentos rurais, actuando no campo
das inicidtivas e empreendimentus consbru-
tivos como importantissimo apoio pecu-
niário, também tem-sido; talvez ainda mais,
um estimulante moral da acção progres-
siva dos homens de boa vontade,

Melhor do que eu o proclamam os
factos que por tôda a parte se revelam.

oa Silvânio

YBEM a’Fonte da Pinta Funcionalismo Judicial BENEFICÊNCIA

precisa ide) mma) grande
limpeza; erva e outras coisas
mais atapetam’o’ bonito pas-
iseio público, que agora’prin-
‘cipia a ser fregientado por

ber a água férrea e aspirar o
ar paro e embaisamado que to-
nifica os pulmões, dando lhes
uma óptima disposição de es-
pirito e novo vigor.

Se’a Fonte da Pinta falasse,
poricerto não esconderta as

muitas pessoas que ali vão be:

“Pela saída do sr, dr, João do Car-
mo: Corrêa Botelho para Lisboa, onde,
em comissão de. serviço, fica a exercer
o cargo de chefe da Secretaria do 6.º
Juízo Criminal, voltou a desempenhar,
interinamente, as funções de. chefe da
Secretaria Judicial desta comarca o

‘chefe da 32 Secção, sr, José Botelho
da Silva Mourão, ; É

suas mágoas ao ver-se tão
abandonada. tão só, snjeita à
dp sondição de enteas
E mau | aU) sea

Com edst no.aos pobres nossos
protegidos remeteu-nos a quantia
de 97800 o:sr. Bernardino Rodri-
– gues, de Vila Pery (Africa Orien-
tal) e entregaram nos pessoalmen-
te, a quantia de 20800, dividida
‘em partes iguais, os srs, António
Antunes Amaro e Jaime Antunes
Amaro, de Lisboa.

Agradecemos, muito reconhe-
gidos, – ,

«c. alápis

A Câmara Municipal dêste
concelho, por determinação
do sr. Governador Civil, tor-
non público o novo horário das
tabernas, que, a partir.de 15
do corrente e até 15 de Agos-
to, encerrarão às 22,80 horas.
O mesmo aviso diz, ainda, que
<os proprietários das tabernas
que consentirem fregneses om
quaisgner fregiientadores nos
sens estabelecimentos após a
hora de encerramento, on que
permitirem a frequência a me-
nores, com transgressão do ar-
tigo 24.º do Regulamento Dis«
trital, ficarão sujeitos, além
das multas previstas no refes
rido Regulamento, à pena de
encerramento temporário om
definitivo da taberna».

Não basta publicar estas
disposições, que têm uma fi-
nalidade moral muito louvável
e por isso mesmo são dignas
de todo o elogio. Eº preciso
fiscalizar o sen rigoroso cum-
primento, impedindo, por to=
dos os meios, que nas taber-
nas entrem menores, como se
vê fregiientemente ; ali arruta
nam a saúde, embebedando-se
e gastando os salários que têm
obrigação deentregar, intactos,
aos pais,

Pena é que a mesma proibis
ção não seja extensiva às ml
lheres! Na Sertã e nas povoa-
ções em volta, principalmente
aos sábados e domingos, elas,
de. comparsaria com homens,
que muitas vezes não são os
seus, juntam se nas tabernas,
em grandes magotes, beberri-
cando .até cair, soltando um=
propérios, discntindo a vida
do próximo. Algumas são au.
‘tênticas, esponjas, levando a
palma ao sexo jorte,.«

Há mais de família que pas-
sam horas intermináveis en=
tregues a libações, gastando o
dinheiro que; faz falta ao ar.
ranjo doméstico, enquanto os
filhos, sós em casa, choram
de fomel E à noite, quando os
homens chegam, cansados do
trabalho, não têm a ceia prons
ta, contentando-se com relhar
uma negra côdea de pão duro!
Às consortes passaram o dia
na pândega | Que valente tareia
elas precisam, essas desvergo»
nhadas, capazes pelo vício da
bebedeira, de descer às maior
res abjecções! Há-as que, pas
ra arranjarem dinheiro para
o álcool, cometem a desfaçatez
de vender, por dez réis de mel
coado, o milho, o azeite e tado
o mais que existe em casa sus
ceptível de rendimento.

Impõe-se, pois, como medida
de sanidade moral, proibir,
terminante e expressamente, q
entrada das mulheres nas ta-
bernas, seja qual for o estado
e idade, pois, para cúmulo, as
casadas e mars velhas são pre-
cisamente as piores…

Este número foi visado pela
Comissão de Censura
de Castelo Branco

 

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A Comarca da Sortã

Horário da Carreira de Passageiros entre (astelo- Branco (est.) e Sertã
Concessionário: Companhia de Viação de Sernache, Ld.

Cheg, Part, | Cheg. Part.
Castelo Branco (Estação) . — 9,00 |Sertã . . RS — 18,15
Castelo Branco. . .| 905 9,15 |Moínho do Cabo . -| 18,30 18,30
Taberna Sêca . .’. 9,35 9,35 |Valedo Pereiro. . .| 18,34 18,34
Cabeça do Infante . |. 9,55 9,55 | Moinho Branco. . .| 1840 18,40
Sarzedas . +. . « 10,00 10,10 | Proençaa Nova. . . 19,00 19,11
Monte Gordo . . | 10,25 10,25 | Sobreira Formosa . .| 19,35 19.45
Catraia Cimeira. . =| 10,40 10,40 | Catraia Cimeira. . .| 20,05 20,05
Sobreira Formosa . «| 11,00 11,10 | Monte Gordo . . .| 20,20 20,20
Proença a Nova. . ..| 11,34 11,45 | Sarzedas . IE DUO 20,45
Moinho Branco. . .| 12,05 12,05 | Cabeça do Infante « DP RODO 20,50
Vale do Pereiro. . .| 12,11 12,11 | Taberna Sêca . +. . 2110 21,15
Moinho do Cabo . «| 12,15 12,15 | Castelo Branco. . .| 21,35 21,40
RECESSO — Castelo Branco (estação) .) 21 :45 —
A’s 3.º, 5: e sáhados A’s 2, Bi O 6! |
; |
«eo DE SEARA ALHEIA Oficina de Reparações de Francisco Martins
O homemeo espaço Máquinas de Costura a
No primeiro e segundo dia| Compra e venda de quinas MARCENEIRO – SERIÃ

da criação criou Dens o cen, a à
terra e os elementos e é certo
em boa filosofia que não ficou
nenhum vácuo no mando, tado
estava cheio. Com isto ser as-
sim, e parecer que não havia
já lugar para caber mais na-
da, ao terceiro dia vieram as
ervas, as plantas e as àrvores,
e com serem tantas em número,
e tam grandes, conberamtôdas.
aoquartodia veio o sol, e sendo
aquele imenso planeta cento e
“sessenta e seis vezes maior que
a terra, conbe também o sol;
vieram no mesmo dia as estre:
las tantas mil e cada uma de
tantas mil léguas, e conberam
as estrélas. Ão quinto dia vie-
ram Os peixes uo mar, e com
haver neles tantos monstros de
disforme grandeza, conberam
os peixes. No sexto dia vieram
os animais, tantos e tam gran-
des à terra, e conberam os ani-
“mais; finalmente veio o homem,
e foi o homem o primeiro que
começou a não caber…

P.º Antonio Vieira
— Or
OS AMIGOS DA «COMARCA»

Teve a amabilidade, que muito
“agradecemos, de nos indícar um
«assinante, o nosso amigo sr. Fran-
cisco Pedro, de Lisboa.

«Novos livros

“Nesta Redacção encontram-se à
vénda novas obras literárias que têm
obtido grande sacesso por tôda a par-

ter
Calcanhar do Mundo (romance) —
Virgílio Godinho, 12800; O soldado
prático (história do Exército porta
guês oa, melhor, do heroísmo lasíada
ca da História, escrita por Paiva
Cogceiro, protagonista das campam
mhas. alricanas de ocupação), 15800;
Sobo pendão real — Luiz de Almeida
Braga, 15400; Dois Nacionalismos, Him
pólito Raposo, 10$00; Dissertação a fa-
vor da Monarquia — Marquês de Penal
va, com um estado de Caetono Beirão,
12850; Lagoa Escura (contus)— Hipólin
to Raposo, 10500; A Aistória Sergista
de Portugal—J, Preto Pacheco, 8$00;
Cartas a um cêptico—José Maria Pen
méán, 10590; Assuntos regionalistas —
Jorge Vernex, 10$00.

Anancla-s
mance de Vi
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le para breve um novo ro»
Ergliio Godinho—A Herda-

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ta. Antiga casa Chico Tei-
xeira,

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água corrente e horta toda
murada. Antiga casa de Mau
nuel dos Santos Antunes,

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Horário da Carreira de Passageiros entre Sertã

t

N

e Lisboa

A Concessionário: Companhia de Viação de Sernache, L“. :

Oheg. | Part. | Obog.| Part. Ohog.| Part. | Oheg. | Part.
Sertã (Rua do Vale) . — 745| — | 12,50] Lisboa (Av. Alm. Reis, 62-H) | — 630] — | 10,00
Sernache do Bonjardim 805) 8,15] 1310] 13,30] Vila Franca 9 E «| 7,35] 7,40] 11,05] 11,10
Ferreira do Zezere . 9,10] 9,15] 14,25 | 1430 | Cartaxo . “ Y a «| 840 | 8,45] 12,10] 12,15
CAlgAdASE Sed o o pesto 9,451 9,45 | 15,00 | 15,00 | Santarém » q , «| 9,15] 9,20] 12,45 | 13,05
Tomar 5 1» | 9,55] 10,05] 1510 | 15,25] Pernes . A o E «| 10,00 | 10,00 | 13,45 | 13,45
Tôrres Novas 0 ww | 10,50] 10,55] 16,10 | 16,15 | Tôrres Novas. . . «| 1035 | 10,35 | 14,20 | 14,25
Pernes . ww +) 11,30] 11,30] 16,50] 16,50] Tomar . | Ê + | 11,20] 11,30] 15,10 | 15,20
Santarém a 0» «| 12,10] 12,30] 17,30 | 17,40 | Calçadas. . . E «| 11,40 | 11,40 | 15,30 | 15,30
Cartaxo, . + «+ | 13,00] 13,05] 18,10 | 18,15 | Ferreira do Zezere . a «| 12,10 | 12,25 | 16,00 | 16,10
Vila Franca . . 14,05 | 14, pio 19,15 | 19, 40 Sernache do Bonjardim . «| 13,20 | 13, UEo 17,05 ra
Lisboa (Av. Alm, Reis, À E 15 20,25 Sertã (Rua do Vale) 5 »| 13,55 17,45
Electuam-se; O Electuam-se ; u taigo dote deedo!

(. AVoz de Lonres

RE RO un e 0 mundo acrédita

D. D.€

14,15 Noticiário | GRZ 13,86 m, (21,64 mc/*)
GSOo 19,76 m. (15:18 me/)

14,30 Actualidades GRYV 24,92 m. (12,04 mc/º)
23,00 (e) Noticiário | GScC 31,32 m. ( 9.58 me/)
à GSB 31:55 m. ( 9,51 mc/*)

23,15 . Actualidades | GRT 41,96 m. ( 7,15 mc”)

(e) Este noticiário ouve-se também em GRV, em 2492 me-
tros (12,04 mc/*).

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emissões, diurnas e nocturnas, respectivamente às 14,15 e às 23
horas, começou, no passado dia 4 de Maio, a lazer mais uma emis«
são para Portugal, Madeira e Açõres à 12,45, em satisfação dos

| numerosos desejos que lhe foram manifestados para tal efeito.

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e órgão oficial da B. B. Gs, revista indispensável a quantos se
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@@@ 1 @@@

 

A comarca da Sertã

B

CT GI SS

Poupar: prada

Semeis Soja

Como já se informou, o Minis-
tério da Economia conseguiu Im-
portar semente de soja da Amé-
rica, na quantidade aproximada
de 16 ton: ladas é das variedades
Medium Yellow (amarela média),

Jmproved Veltow (amarela me-

lhorada) e Mancha.

Esta semente é fornecida aos
astatires pelo preço do custo,
aproximadamente 15 escudos por
quilo, comprometendo-se o Mi-
nistério a receber à colheita entre
2 a 5 sementes pelo mesmo pre-
ço; Distribui gratuitamente um
oteio com instruções sôbre a
cultura é os usos mais importan-
tese E espera-se que possa forne:
cer também a vacina necessária,
vacina esta que faciita em alto
grau o desenvolvimento e a pro-
dução da soja e dispensa o em-
prêgo de adubo azotado (sulfato
de amónio, nitrato). Bastará em-
pregar superfosfato, à volta de 30
a 50 gramas por metro quadrado,
e cloreto de potássio se os terre
nos fôrem soltos, de pouca liga,
à razão de 10 a 15 gramas até 20
por metro quadrado.

Se as terras fôrem: ácidas, po-
bres de cal; ou muito apertadas
convém lazer ao terreno uma cas
lagem, espalhando cal em pó, re-
centemente a pagada, em quanti-
“dade não inferior a 60 a 80 gra-
mas por metro quadrado, pelo
menos (5 dias antes da semen-
teira, À soja, cultivada em boas

“condições, dá-produção elevada,

que pode ir à 3000 quilos por
hectare (5 carros ou moios), tanto
como uma produção: regular de
milho. E

Enriquece o terreno de azoto e,
como já se disse atrás, dispensa
o emprêgo de adubo azotado, o
mais caro. e que mais falta no
mercado. E” um alimento riquis-
simo, a bem dizer o mais rico
dos usuais, com as aplicações
mais variadas e imprevistas, e
um penso para gados de primei-
ra categoria, E” já noutros paises
e virá a ser em o nosso, valiosa
matéria prima para a indústria.

Por. tudo, a soja deve ser ob
jecto de atenções na actual situa-

“ção, ‘ que se apresenta tão som- | em

bria e cheia. dé dificuldades. Re-
servando-lhe parte do terreno de
cultura, a produção dos outros
géneros não diminuirá e ter-se-á
um género nóvo de muita valia.

“Neste ano, de resto, a cultura
pode fazer-se em condições ex-
cepcionalmente lavoráveis: os
que receberem a semente forne-
cida pelo Ministério da Econo-
mia, serão reembolsados da sua
importância, e de mais ainda.
Quere dizer, a cultura faz-se com
a certeza antecipada do reembol-
so de parte da despesa.

E” de esperar assim que a cul
tura se alargue, interesse milha-
ires de agricultores.

Os que desejarem ensaiar a
cultura deverão inscrever-se quan-
to. antés na Repartição de: Estu-
dos, esa e Propaganda
do Ministério da Economia (Lis:
boa — Praçã do Comércio) para

lhes reservár ;a semente e a vas!
cina necessárias, ou no Serviço |

Técnico Regiahal do mesmo Mi-
nistério — estadão agrária, posto

agrário, brigada técnica.

DOÉNTES
Encontra-s grávemente doente, em
Oleiros, o sr Francisco Gorjão Cou-
cetro de Albuquerque, das Sarzedas, |

= Tem passado bastante incomoda-
do de saúde o Rev.º José Ramiro Gas-
par, zeloso pároco desta freguesia, |

— Por falta de saúde encontram-se
na Sertã, junto de suas famílias, os
simpáticos estudantes [liceais Lauriano
Ferreira e António Baptista Manso, fi«
lhos, respectivamente, dos nossos ami-
gos srs, José Ferreira Júnior e António
A. Lopes Manso. Ê

— Tambémultimamente, tem estado,
doente, o sr. José António Martins,
activo sócio da firma Pires & Martins,
de Lisboa,

As rápidas melhoras de todos é o
Aus sinceramente desejamos.

| RESINAGEM

Publicámos há tempo uma bem ela-
horada rranCachaçãO da [unta de
Província e das Câmaras Municipais
sôbre o momentoso problema da resi-
nagem, que sobremaneira interessa 0s
concelhos do sul da Beira Baixa. A re-
presentação foi publicada também num
estudo monográfico — Freguesia do Or-
valho, — separata da valiosa publica-
ção «Subsídios para a História Regional
da Beira Baixa» e da referida monogra-
fia fez a Junta de Freguesia do Orva-
lho larga propaganda.

Um dos exemplares chegou à Junta
Nacional dos Resinosos e provocou a
troca de três ofícios que desejamos ar-
quivar, como documentos curiosos para
o estudo do problema da resinagem, e
ainda e sobretudo para o estudo da
evolução do chamado regimen corpo-
rativo em Portugal.

Para êsses ofícios, de que publica-
mos, a seguir, 0 primeiro, chamamos a
atenção dos nossos leitores, pois algu-
mas considerações sôbre êles faremos
em um dos próximos números do nos-
so semanário.

Exm.º Senhor Dr. J. Ribeiro Car-
doso, Presidente da Junta de Fre-
gnesia do

ORVALHO

Agradeço a V. Ex.? a oferta da in-
teressante e valiosa monografia «A
Freguesia do Orvalho» que V. Ex.?
teve a gentileza de enviar a esta Junta,

O problema da resinagem do pinhal
tem merecido a êste organismo a máxi-
ma atenção não só no seu aspecto té-
enico como também no económico.

Sob o ponto de vista técnico, os de-
cretos n.ºs 28.492 e 30.254, respectiva-
mente de 19/2/38 e 4/1/40, fixaram as
normas da résinagem de forma a evitar
o prejúízo ou até a destruição do nos-
so património florestal,

Entram em vigor, na campanha de
| 1942, as dimensões das incisões consi-
deradas técnicamente perfeitas e esta
Junta continuará, como há 5 anos o vem
fazendo, a orientar e a fiscalizar o tra-
balho de resinagem a-fim-dé todos se
convencerem que a resinagem bem fei-
ta não prejudica a árvore, mas que é
necessário executá-la dentro das nor-
mas legais.

O aspecto económico da questão não
tem sido descurado, mas entre as nu-
merosas dificuldades que tão complexo
problema apresenta avulta o grande
número (cerca de 100.000) de proprie-
tários de pinhal resinado e a sua falta
de organização que, com a creação dos
Grémios. da Lavoura, começa a desa-
parecer,

lá ao pi io, Sa is do decreto
n. A E /939, se dá compe-
tência à União dos Grémios ds Indus-
tria e Exportadores de produtos Resi-
nosos para realizar acôrdos com aquê-
les Grémios, como representantes dos
proprietários interessados, e, a tal res-
pelto, posso informar V. Ex.º que está
estudo a forma de coordenar a ac-
ção que os Grémios da Lavoura pode-
rão vir a exercer.

Devo, por último, afirmar a V. Ex.2
que veria com o maior prazer, em qual-
quer região do País, os proprietários,
por intermédio do seu grémio, a exe-
cutar a resinagem do pinhal,

Estou convencido que essa experiên-
cla, a ser bem sucedida, provocaria
a substituição do sistema tradicional
de resinagem por um outro em que aos
proprietários caberia’ uma função mais
activa e racional. n

* Parece-me necessário evitar que as
dificuldades provocadas, pela extrema
divisão do pinhal português tenha como
consegilência não ser feita a experiên-
cia a que me refiro.

Junto um exemplar duma publicação
desta Junta, uma separata de legislação
e um exemplar do cartaz que, dentro de
dias será enviado a tôdas as Juntas de
Freguesia do País,

A Bem da Nação
Junta Nacional dos Resinosos
O Presidente,
a) — Ilegível
Lisboa, 17 de Janeiro de 1942,
De terras de Moçambique

Vindo de Tete (Africa Orlental)
encontra se em Cardigos, de vi-
sita a sua família e em g0zo de
licença graciosa, ‘o nosso estima-
do assinante sr. Abílio Mendes
de Oliveira Pires.

Encontra-se nas Ribeiras (Vár-
zea dos Cavaleiros), junto de sua
família, o nosso prezado assinan-
te sr. Alberto Farinha Miguel,
distinto funcionário da capitania
do pôrto do Chinde (Africa Orien-
ta!) chegado êste mês no vapor

-| «Angola».

A um e outro apresentamos os
nossos cumprimentos de boas-
vindas, com os sinceros votos de
muita saúde e das melhores pros-:

peridades,

“través da Gomare

ni
(Noticiário dos nossos Correspondentes)

PEDRÓGÃO PEQUENO, 13 — En-
contra-se gravemente doente a Sr.º D,
Máximina Amália Marinha David, es-
pôsa do:sr. Carlos David,

— Vindos de Lisboa, encontram-se,
na Várzea Fundeira os srs, Artur Fer-
reira Vidigal, Jaime Antunes Amaro e
Francisco Antunes Amaro; e nesta vila,
o sr. Amadeu Marinha David. .

— Faleceu, ontem, nesta vila o sr.
José Inácio Pessoa, com 70 anos de
idade, casado com a Sr.” Maria do Ro-
sário Lopes Pessoa. Era na dos srs.
António, José, Carlos, Abílio, Angelo,
Sidónio, Maria Inácia e Maria Delfina
Lopes Pessoa e sogro de Artur Correia
Leitão e Victor Gomes, de Pedrógão
Pequeno. O enterro realizou-se hoje
com grande acompanhamento.

«A Comarca da Sertã» faz ardentes
votos pelas melhoras da Sr.“ D. Ma-
ximilana Amália Marinha David.

ARTISTAS DA SERTÃ

O nosso colega «A Comarca de Ar-
ganil», de 5 do cerrente, insere uma
notícia de Relva Velha em que é posta
em foco a competencia do pintor e dou-
rador da Sertã nosso amigo sr. Pedro
de Oliveira e dos artistas que o acom-
panham, a propósito dos trabalhos le-
vados a efeito na capela daquela loca-
lidade; a sua perfeição foi de molde a
deixar plenamente satisfeito o povo de
Relva Velha, A notícia elucida + «Já tí-
nhamos conhecimento -da competência
do sr. Pedro de Oliveira, pelo seu tra-
balho em um altar que dourou no Ca-
sal de Santa Terezinha, da freguesia de
Cebola, em outro na capela do Senhor
da Saúde, dos Parrozelos, e por ter
sido escolhido para prestar trabalhos
de douramento na Nau de Portugal,

ue esteve na Exposição do Mundo

ortuguês; e, aqui, mais uma vez pro-
vou a sua perfeição na arte».

Isto, é simplesmente à verdade. Pe-
dro de Oliveira, pela sua competência
como pintor e dourador, pelo seu tra-
balho e honestidade, conquistou uma
excelente posição no.campo artístico e
firmou o seu nome. A Sertã honra-se
em possuir artistas de tão alto mereci-.
mento e por isso apraz-nos fazer eco
da pública informação, que vem confir-
mar, uma vez mais, O valor de inúme-
ros trabalhos executados na Sertã, de
que se destacam os da Igreja Matriz,
na Sé de Castelo Branco, em todo o
nosso distrito e ainda nos de Santarém,
Coimbra e Guarda.

Ao amigo Pedro de Oliveira damos
um grande abraço pelo novo triunfo
que acc ba de alcançar.

rose
Casa de Saúle de Abrantes

No dia 2 dêste mês fez os seus 5
anos, que foram outros tantos de ópti-
mos serviços prestados a 1936 pessoas
que por lá, teem passado, Fizeram-se
1002 operações, não contando peque-
E intervenções, tratamentos e aplica-

São númerós que bem exprimem o
bom nome de que goza a Casa de Saú-
de e os justos créditos com que se fir-
mou, mercê da competência profissio-
nal do seu director e proprietário Sr.
Dr. Manuel Fernandes e do dedicado
pessoal que a serve e solicitamente
trata os doentes,

Não parece ter passado por ela 5
anos. Dir-se-la que foi ontem inaugu-
rada — sempre a mesma impecável lim-
peza, meticuloso arranjo e cuidada con-
servação. Não deixaram os pobres que
desejaram ser operados pelo Sr. Dr,
Fernandes de fazer as suas Operações,
Ele fê-las pratuitamente, Tem ainda a
Casa de Saúde esta simpática nota a
salientar.

Felicitando-n seu Director pelo quin-
to aniversário da sua Casa de Saúde,
desejamos-lhe longa vida para bem da
nossa região,

(Do «Jornal de Abrantes», a cu-
* jos votos expressos nos associamos)

O
Acomatida de ataque

Ficou paralítica pôr ter caído
de uma parede muito alta, em
conseqliência de um ataque, a sr.*
Maria de Jesus da Ana, do logar
das Pessegueiras, freguesia de
Alvaro

Comunicações por via
aérea

Foram restabelecidas comuni-
cações postais, por avião, entre
Lisboa e as colónias de Angola
e Moçambique e do Estado da In-
dia, aceitando-se correspondência
para aquelas nossas possessões
ultramarinas nas estações de cor
reio de Lisboa € da província,

Estrada Nacional N.º 54-2.º

O nosso prezado colega «Jor-
nal de Abrantes» transcreveu, na
íntegra, no número de 17 do cor-
rente, o editorial publicado sob a
epígrafe acima do nosso distinto
colaborador Olivier, as duas no-
tas’a lápis e a correspondência
do Pêso (Vila de Rei) àcerca do
mesmo importante melhoramento
para a nossa região e concelho
de Abrantes, fechando as trans-
crições com os seguintes escla-
recimentos :

«O artigo, notas e correspon-
dência que transcrevemos são do
mosso prezado colega «A Comar-
ca da Sertã»; e fazemos a trans-
crição porque reputamos estrada,
e as suas naturais ligações, do
maicr interêsse para a região de
Abrantes».

«Desde 17 de Novembro de
1940 que por vinte e uma vezes
nos temos ocupado do assunto,
reclamando o consêrto da estrada
municipal de -S, Domingos que
nos liga directamente a Vila de
Rel, e pela estrada a construir
agora, a Sertã e ao Norte do País»,

Sentimo-nos satisfeitos pelo
acolhimento que o confrade ami-
go dispensou àquelas inserções
do nosso n.º 294, agradecendo a
sua atenção e provas de leal ca-
maradagem. Também não pode-
mos deixar de exteriorizar 0 nos-
so contentamento pelas repercus-
sões que vêm tendo, na região de
Abrantes e nos concelhos vizi
nhos da comarca da Sertã, as no-
tícias e comentários publicados
sôbre a E. N, 542.

St dd
«A Comarca da Sertã»

O nosso distinto colega «Jor-
nal de Abrantes» refere se, no
seu número de 3 do corrente, a
«A Comarca da Sertã» com as
palavras amáveis que transcre-
vemos:

«Começámos a fazer permuta
com êste bem redig’do semanário
regionalista, defensor dos interês-
ses da Comarca da Sertã, que es-
trema com a de Abrantes pelo
concelho de de Vila de Rei. Te.
mos pelo jornal «A Comarca da
Sertão a maior simpatia porque
nos ligam a alguns dos seus fun-
dadores velhas amizades».

Agradecemos a gentileza. De
facto um dos fundadores dêste he-
bedomadário, o sr. António Ba-
rata e Silva, conheceu muito bem,
na Sertã, o digno cheje da Re-
dacção e editor do «Jornal de
Abrantes», sr, Diogo Oleiro, com
o qual manteve amistosas rela
ções, que recorda com saiidade,

ros
Receita contra o míldio

nos bafalais e nas vinhas

Os componentes da «Contraria
dos Carolas Agrícolas do Norte»
reliniram-se num almôço de con
fraternização—o 63.º—tendo sido
apresentados interessantes traba
lhos sôbre o momentoso problema
da intensificação e protecção da
agricultura.

Pelo sr. José Gregório de Sou-
sa, lavrador em Labrúgeira (Alen-
quer), foi lida a seguinte receita
contra o míldio nos batatais e nas
vinhas:

1.º e 2.º tratamento — 100 litros
de água, 125 gramas de sulfato
de cobree 2 a 2 1/2 quilos de
greda;

3.º e 4.º tratamento — 100 litros
de água, 150 gramas de sultato
de cobre e 2 à 2 1/2 quilos de
greda;

5.º e 6.º tratamento— 100 litros
de água, 175 gramas de sulfato
de cobre e 2 a 21/2 quilos de
greda.

A greda deve estar em 20 li-
tros de água desde o dia anterior
e depois passa se por uma rede fi-
na ou peneira de farinha de trigo,
antes de se juntar ao sulfato dis-
solvido.

Intervalo entre cada tratameto, 10 a 12 dias,

Racionamento

Em princípios do mês próxi-
mo serão distribuídas na Secre-
taria da Câmara, em dias a anun-
ciar, as cadernetas com as senhas
para abastecimento da freguesia
de Sertã em açúcar e arroz.

E? ligeiramente alterado o’ sis-
tima adoptado. !

Como os contingentes variam
de mês para mês, os consumido-
res são classificados em catego-
rias, e no princípio de cada mês,
depois de fixados os contingentes
pelo Grémio competente, o Pre-
sidente da Câmara determinará a
quantidade a atribuir a cada ca-
tegoria em conformidade com o
contingente distribuído, depois
de ouvir a Comissão Reguladora
do Comércio local,

Com êste sistema o valor de
cada senha pode variar de mês
em mês.

Mantém-se o regime de senhas
à quinzena, e as novas caderne-
tas conterão as senhas correspon-
dentes aos mêses de Junho, Julho
e Agosto.

Além das cadernetas para abas-
tecimento do público continua a
Secção Policial a distribuir gra-
tuitamente senhas suplementares
para doentes, crianças débeis e
velhos inválidos, visto manter-se
uma reserva para êste efeito.

Mais uma vêz se recomenda a
necessidade de «poupar», na pre-
visão de novos cortes nos con-
tingentesadistribuir pelo concelho

ro
Porta aberta da Europa

O jornalista francês Gaston
Gastéran, enviado especial de
«Le Temps» e que se encontra
ainda no nosso País, publicou
num dos últimos números da-
quele importante jornal uma in=
teressante crónica sôbre Portus
gal, intitulada: «A última porta
aberta da Europa».

Fala de Lisboa — «placa gira-
tória, pôsto de escuta, pôsto de
vigília, pôsto de trabalho que
éguipes vindas de todos os pon-
tos do horizonte povoam, tal é
hoje a capital de Portugal, que
conserva todavia a boa sorte de
permanecer, na tormenta que ba-
te às suas portas, um verdadeiro
oásis de encanto e de doçura»,
Diz que tudo aqui parece «tem-
perado e medido», a própria si=
tuação política «temperada por
um homem cuja personalidade
excepcional pôde tornar possi-
veis a criação e a consolidação
dum regime que não é nem im=
perialista, nem totalitário, nem ra-
cista. O sonho de Salazar, por-
que o’ construtor duma ordem
nova no seu país é um místico e
um sonhador, é tornar a sua pás
tria semelhante «a uma casa bran=
ca e soalheira, edificada num
jardim cuidado onde a vida seja
pacífica, alegre e digna»,

rose
IMPRENSA

Acaba de entrar no 43.º ano
de publicação o nosso simpático
contrade «Jornal de Abrantes»,
brilhantemente dirigido pelo sr.
dr. Armando Moura Neves, pala=
dino do nacionalismo e dos inte-
rêsses da importante região ri-
batejana de que tem o nome. Apre
sentamos-lhe as nossas saiidações
de leal camaradagem, fazendo Os
melhores votos por uma longa
vida e prosperidades que merece,

Recebemos a visita dos nossos
estimados colegas lisboetas— «1.º
de Maio» órgão da «Fundação
Nacional para a Alegria no Tra-
balho» e — «A mutualidade» —,
mensário defensor do mutualismo
te dedicado à causa da organiza
“ção corporativa da Nação, res-

pectivamente diridos pelos srs,
Higino de Queiroz e ). Ribeiro
| Pereira.
| Agradecendo a deferência,
apraz-nos iniciar a permuta,

 

@@@ 1 @@@

 

E a a ça Na

> AGENDA «,
asa a a E ea

Regressou de Monfortinho o
Rev.º P.º José Baptista.

— Estiveram na Várzea Fan-
deira (Pedrógão Pequeno), de
visita a seu irmão, nosso ami-
go sr. José Antanes Amaro, os
srs. António e Jaime Antanes
Amaro, de Lisboa.

—Da Várzea dos Cavaleiros
retirou para Lisboa o sr. An-
tónio Farinha Ribeiro.

— Esteve na Sertã, de visita
ao sr. Adrião Morais David e
espôsa osr. dr. António de
Mendonça David, de Alvaro.

ro

coimara Municipal do Sertã

Principais deliberações tomadas
em sessão ordinária de 20
de Maio de 1942:

“Tomar conhecimento de diver-
sa correspondência recebida;

— Solicitar das entidades com-
petentes que seja incluida no plano
de construções escolares a do
edifício da escola do Pampilhal;

— Adquirir 7.000 kilos de mi-
lho no Alcaide para abastecimen-
to do concelho ;

—pProceder à venda do estru-
me das estrumeiras municipais;

— Reservar para sepulturas per-
pétuas, no cemitério municipal,
os terrenos que marginam as tuas
transversais ; f

» —Intimar diversos proprietá-
rios a proceder ao levantamento

– de muros das suas propriedades
-que se encontram derruidos junto
a caminhos públicos;

—Detferir, sujeitando esta de-
“liberação a aprovação
do T. e P., um requerimento de
vários industricis de barbearia
em que se solicita autorização
para abertura dos seus estabele-
“cimentos às 9 horas e encerra-
mento às 19 ou às 22 nos dias
-de, feiras e mercados, e um ou-
“tro apresentado por vários co-
merciantes em que se solicita que,
enquanto durar o actual horário
“de verão os seus estabelecimen-
“tos possam abrir às 10 e encerrar
às 20 horas;

— —Deferir diversos requerimen-
tos; j
‘-— Autorizar diversos paga-
mentos,
se

Notas da sociedade

ava igreja Matriz baptizon-
-se, no sábado passado, um fis
lhinho do sr, dr. António Cal-
deira Firmino, digno chefe da
Secretaria da Câmara Mani-
cipal dêste concelho e de sua
espôsa, sr? D. Laura da Cons
ceição Saldanha Firmino, Do
neófito, que recebeu o nome de
Emanoel, foram padrinhos a
srº D. “Mária José Correa e
Silva e o sr. dr. Rúben de
Carvalho.

“ Missá de sufrágio

Em sufrágio da alma do nosso,

saiidoso amigo sr. José Nunes da
Silva, oficial de deligências da
Câmara Municipal, assassinado
em 24 de Maio do ano tindo, no
edifício dos Paços do Conselho,
por um louco do Vilar, sua lamí-
lia mandou rezar uma missa na
Igreja da Misericórdia, na preté-
rita 2.º leira pelas 9 horas.

Ao piedoso acto, assistiram
bastantes pessoas, tendo «A Co-,
marca da Serta» sijo representa-
da pelo nosso director,

do LN.

AOomarca da Sertã

MIRADOURO .:.

Algumas construções vr-
banas da Sertã

A Sertã, se o seu vetusto, pti-
mitivo e deselegante casario não
lhe dá foros de terra bonita, se a
sua posição. orográfica lhe furta
dilatados horizontes e maravilho=
sas vistas, deixando de constituir
cenário surpreendente para quem
a ela se dirige, podia oferecer
maiores atracções se jamais se
tivessem permitido as construções
acentuadamente rústicas que a
enxameiam, talhadas por curiosos
em quem sobeja, apenas, falta de
jeito e gôsto, inteiramente divor-
ciados da arte e beleza que pre-
pondera por tôda a parte e que
nos dão modelos interessantíssi-
mos, a resumar comodidade e
confôrto no interior e graça e
elegância no exterior. :

À tineta de engendrar moradias
sistema barracão, procurando,
somente, contentar os donos nas
suas hiperbólicas e condenáveis
costumeiras de repartir a parte
de cima em uma sala e alguns
quartos acanhados, sem pé direi-
to e a parte de baixo em taberna
e cavalariça, agravada pela indi-
fcrença de quem tinha o estrito
dever de velar por estas coisas,
deu, em resultado, erguêrem-se,
por aí, não chalets bonitos, de
configuração apalaçada, com seus
jardins e garages, amplas varan-
das, com rasgadas janelas e for-
mosos painéis, tão correntes;no
estilo bem português, modelados
nas construções do século XVII,
não casas decentes, simples e de
aparência modesta, onde o ar e
a luz entram ajorros, mas muitas
casinholas, verdadeiros espanta»
lhos, onde não há o menor ves-
tígio de arte, horrivelmente feias
e detestáveis, em que se não vis-
lumbra a mínima parcela de con
fórto.

Tôdas elas, como produzidas
em série, se consiruíram sem obe
diência às condições higiênicas
mais comezinhas, com pequenas
janelis e estreitas portas, telha
dos corridos de telha mourisca ..
São autênticos aleijões, detestá-
veis masmarros, que maís sobres
saem perante a nossa antipatia
porque muitas dessas edificações
estão fora do alinhamento traçado
sem um plano geral e nniforme,
marcado consoante as conveniên –
cias |

Vergonhosas construções to-
pamos por aí d>ndo uma forte
mota de mau gôsto e de desleixo,
a servir de escárneo a quem nos
visita |

Em vez de algumas lindas cons-
truções modernas e graciosas a
dominar o velho casario secular
e pesado, olerecemos à vista do
forasteiro barracas, barra.des e
barraquetas subordinad-s a um
padrão único, como se a Sertã
fôsse uma reles aldeia e não uma
vila que, pela sua importância já
nos primevos tempos da mo-
narquia tinha assento nas côrtes
e é cabeça de concelho e comar
ca, ocupando posição predomi-
nante no centro do País.

Drs
O andar e o carácter

Um curioso afirma que se pode
detinir, mais.ou menos, o carácter
pelo andar da pessoa.

Os passinhos precipitados, sal-
titantes, Indicam que o indivíduo
é pessimista, intelectual, ou me=
lhor, frívolo. s

Os passinhos lentos pertencem
às almas simples e serenas

O passo largo quere dizer von-
tade e teimosia, – E

O andar espaçado e rápido re=
vela ardor, decisão, espírito com-
bativo,

As pessoas de iniciativa e com
muita conf ança em si marcham a
direito e apoiam-se, com fôrça,
nos calcanhares,

Festa «Escolar do Distrito

Como.jhavia sido anunciada,
efectuou-se, em 17 do corrente,
em Castelo -Brânco, a festa esco-
lar do distrito, a que deram o

concelhos e muito em especial,
dada a sua situação favorável, os
dos limites da sede. 7
Esforçou-se o sr. Delegado Es-
colar do nosso concelho, protes
sor António A. Lopes Manso,
por que as escolas da sua área
tivessem larga representação, a
que convinha e se impunha à im-
portância do concelho! da Sertã,
e, neste sentido, tomou, a tempo,
as: providências indispensáveis
para que:a Castelo Branco:se des
locassem um «castelo» da eMoci

grande maioria dos agentes de
ensino. A boa vontade nem sem-
pre consegue remover obstáculos
e se deparam:’a simpáticaídéia
ficou frustrada em parte porque,
inopinadamente, faltou a camio-
neta com que se contava. Em to»
do-o caso ainda o sr. Delegado
Escolar conseguiu meio de:trans-
porte para si e para Os senhores
professores Eduardo António de
Caires, do Quteiro da Lagoa, D.
Margarida Lopes da Silva, dos
Ramalhos, D. Natércia Dias de
Sousa, da, Codeceira, D. Maria
de Jesus Farinha, do Mourisco, D.
Maria Amélia dos Santos, de Pi-
sões, Joaquim Nunes Rodrigues,
de Pedrógão Pequeno, D. Emília
Esteves Nunes e Roseiro Boavi
da, de Sernache e D. Emília Bar-
reiros Esteves, do Nésperal,

ro
Publicações recebidas

Do’ Ministério da Economia, respei-
tante à «Campanha da produção agri-
cola», os: interessantes e elucidativos
opúsculos sôbre a criação de coelhos e
cultura do «alho, do nabo(e-do melão,
que nesta Redacção podem-ser consul-
tados por quem o desejar.

Do-advogado de Lisboa, sr. dr, A. J.
de Vasconcelos, com: esctitório na R.
Nova do Almada, 24-2.º, a minuta no
recurso de apelação:n.º 1000, no Su-
premo Tribunal Administrativo, intitu-
lada «O ciclone’ como desonerador de
responsabilidade: em um acidente. So-
ciedade a partes».

‘ rose
+ Neecrologia
e

Artur Galdeira Ribeiro

Segundo comunicação telegrá-
fica recebida há dias na Metró-
eis faleceu no hospital de Vila

ery (Africa Oriêntal) o sr. Ar-
iur Caldeira Ribeiro, viúvo, de
62 anos de idade, natural da: Ser-
tã, activo e antigo colono, pois
desde 1900 que se encontrava em
terras de Moçambique; de início
desempenhou as: funções de-mo-
desto empregado da Companhia
do Boror, pára, p uco tempo de-
paia, e devido à sua inteligência,

Tho, ser nomeado administrador e
mais tarde director geral. Nos úl-
timos anos exerceu o elevado
cargo de directcr geral da Com-
pagnie Cotonniêre du Mozambi
que, em Chemba (Zambézia), que
ocupava à data do falecimento

O extinto era! pai da sr.” D.
Mafalda Caldeira Ribeiro, de
Chemba e dos meninos Clarisse
& Artur Caldeira Rio actual.
mente em Lisboa É filho da sr.”
D. Maria Cristiná de Figueiredo
Caldeira Ribeiro, desta vila.

«A Comarca da Sertã apresen-
ta sentidas condolências à família

enlutada, É
see

Se é verdade. .’.

Dizem-nos que na freguesia do
Cabeçudo se está a alargar uma
propriedade particular à custa de
uma faixa da estrada municipal,
nas, proximidades) de Santo ES-
têvão, que atinge, nada menos,
de 15 metros de comprimento;
isto é, o muro velho da proprie-
dade, agora demolido, avança sô-
bre o leito da estrada, Não sabe-

Os manhosos em ziguezague;
os desanimados eos tristes jar-,
rastim se como os perus; os tí |
| midos esgueiram-se € COSEM-Se |
com as paredes, ;

mos, porém, qual a superfície
abrangida da mesma estrada.
Para o assunto, que parece ter
visos de veracidade, chamamos a
atenção da Câmara.

seu melhor concurso. todos os|’

dade» e todos ou, pelo menos, a

onradez e faculdades de traba- |5

A margem  da guerra

Pela padrao am Heinkel Il, abatido por am caça

4. F. descia sôbre terra inglesa

Igreja do Cabeçudo

Há cêrca de dois anos foi con-
fiada a uma comissão, constituída
por pessoas gradas co Cabeçudo,
a incumbência de aplicar a recei=
ta’líquida de umas festas, ali le-
vadas a efeito por iniciativa par
ticular e em cumprimento de uma
promessa, nas reparações da:fa-
Chada “principal da igreja é da
tôrre da’matriz da localidade.
Surgiram depois divergências ea-
-tre:o. pároco interino e-a comis
são, pois que, enquanto oprimei-
ro entendia que parte dos fundos
| deveriam ser utilizados em certas
obras do interior do. templo,
“abrangendo algumas que ele re-
putava indispensáveis na sacris-
tia, a comissão, restringindo a
sua função ao papel de mandatá-
ria, não podia autorizar desvio
do dinheiro para qualquer uso
que não fôsse o designado pelo
dador,

D=qui nasceu a questão, sim-
ples tempestade num copo de
-água,- que se arrastava há longos
meses ‘sem proveito para” nin-

a, que demanda reparações. ur-
gentes e convenientes e colocan-
do, até, em falsa posição aquêle
que teve em mira cuidar do bem
alheio,

Felizmente; o caso está arru-
mado e as obras vão agora exe-
cutar se sem delongas, estando já
armados os andaimes.

Gu

Segundo nos dizem, a parte in-
terior da igreja do Cabeçudo es-
tá bastante arruinada, sendo ne-
cessário acudir-lhe quanto antes
para que, em ifutéro breve; não
seja lorçoso gastar muito mais
dinheiro do que agora. E? muito

re) os paroquianos, naturais e
amigos da freguesia não colha os
fundos precisos; por isso, talvez
seja conveniente qne-o pároco da
freguesia apele para a Junta, que,
usando dos seus bons, ofícios,
podia por intermédio da Câmara,
conseguir a comparticip-ção: in-
dispensável para, as obras, a
electtiar. q

re io
Pagamento de assinaturas

* Dignaram-se remeter para pagamen-
to das suas assinaturas : até o n.º 284,
o sr. José Alexande, de Esteves, Peral,
por intermédio do;sr Luiz Martins Ta-
vares, do Peral, 21850; até o n.º 290, o
sr, dr. Geraldo Tôrres Rodrigues, da
ppatiota; 10800; e até o n, gr.

n,2302,.0 gr,
oaquim Rodrigues-Manta, dé Gouveia,
10400, Agradecemos, Rara 1 à

uém, antes em prejuízo da igre- |

ossível que uma subscrição en |

ARISTES

: Quando desliza a noite e mansamente
O luar penetra ua minha alma, eu penso
Que ando a caltar alucinadamente
O pó dos sécilos num: mistório «imenso:….

– Fito a cismar- indefinidamente…

| Mo: cémmaguado o meu olhar “suspenso,

| Todo: o meu “ser-vibranio “subtilmente
Nos “braços fortes dum desejo infenso.,…

“Penpassa a brsa e 20 perpassar mumita:
«Porque divagas folha. ressequida
Sg o teu: caminho é só de freva- dura ?

+ Que anseio louco te encaminha os «passos
! Ma- palidez abstracta dos espaços,
!-E porque “interrogas, para:quê, a! Vida ?:1>

|
| Desperta: a minha alma adormecida
E põe-se, tristemente, a soluçar::
Tanta ilusão: de espuma e luz tecida
Em noites de magia, sob o luar…..

Tudo desfeito a eu só, pobre vencida,
Nas sombras do destino a vaguear 1…..
mo UE quizera adormecer na: vida –
Fi as mãos no geito de: resar….

E a brisa chora o beija-a de mansinho.
— Deixa que a noite com seu -manto esconda
Às duras pedras que ha no teu caminho.

* Minha. pobre alma inquieta: tu jpg -vês 4
Que chamam louco a quem a vida sonda .
Querendo adivinhar-lhe 05º «para -quês 7…

III

Chega, «suave: como, meiga preco,

Uma saudade triste. a delitada,

; Canelas doces, dês… o adormbca
Olhando os asttos le «alro deslumbrada.

k !
Cobre-a sorrindo ddma fiz magúada. –
‘ Ninha pobre calma adormptendo esquece
+ Mas-Jinhas!ponsativas da Balada
Que eu fiz um dia para que Alguém lesse…

Dorme, repousa sob q: claro: veu
E Feito de lágrimas que o luar chorou
Quando a Musão da Vida se” perdeu.. ..

Que mu, nunca voltes a acordar
Pra que a saudade, a irmã que te ficom
Não cfinde o lindo «gesto de embalar…..

Castanheira do Pera Maio, 1942
“Mária da Saldadealdade